alvinegro #14

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alvinegro de torcedor pra torcedor

Apoio

meufigueira.com.br 12 de outubro de 2010 | nº 14

Vencer em casa dá acesso pré-jogo

Seis das onze partidas que o Figueira joga na série B serão no Scarpelli. Se vencê-las, volta pra A Renato Ferro

Henrique Santos

E

m mais um feriado nacional, o Figueirense volta a enfrentar uma equipe paulista, hoje o Bragantino, às 21horas. O roteiro é semelhante ao da vitória diante do São Caetano, no último 7 de setembro, inclui a carreata desta tarde e ganha novo elemento: o bandeirão, que retorna depois da primeira e única aparição, no hogo em que o Alvinegro derrotou o Coritiba por 2 a 0. Naquela oportunidade, a liderança estava em jogo, agora é a manutenção no G4, um pouco ameaçada depois da derrota de sábado. Atualmente, a distância para o quinto colocado é de cinco pontos, podendo aumentar por causa do confronto direto entre Sport e Ponte Preta, os dois primeiros fora da zona de acesso à Série A. Sem peças chaves – Márcio Goiano conseguiu escalar o time titular no último jogo em casa, quando venceu a Ponte Preta. Desde então voltou a perder jogadores importantes como Reinaldo e Lucas, ambos machucados.

6 1 5

Pendurados Roger, Hélder, Coutinho, Baraka, Firmino, Willian

Suspenso Ygor levou o terceiro amarelo contra o Vila Nova

Machucados Lucas, J. Paulo, Reinaldo, Héber e Jean Carioca

Próximos jogos S. André x Figueira (sab, 16/10, 16h10) Figueira x Bahia (ter, 19/10, 21h) Icasa x Figueira (sab, 23/10, 16h10)

O bandeirão da Cofes volta ao Scarpelli no jogo de hoje à noite. Apoio da torcida é fundamental para subir Sem as peças principais, o futebol ficou abaixo do esperado e levou à quarta derrota do returno, deixando o time com um aproveitamento de 50% em oito partidas. Diante do Bragantino, novamente o comandante alvinegro não conta com força máxima. Ygor está suspenso pelo terceiro cartão amarelo, além da manutenção no Departamento Médico dos atletas citados acima. Wilson sofreu estiramento no treino de ontem e também não joga. Héber, boa opção para o ataque, faz compa-

(G) Ricardo (L) Bruno (Z) João Goiano (Z) Roger (L) Juninho (V) Baraka (V) Túlio (M) Maicon (M) Fernandes (A) Vinicius Pacheco (A) Willian Técnico: Márcio Goiano

51 gols pró 28 gols contra Jogos da 28ª rodada

nhia a Reinaldo e Lucas, devendo ficar duas semanas afastado. Ricardo assume o gol, Bruno a lateral-direita, Baraka fica na cabeça de área e Vinícius Pacheco compõe o ataque com Willian. Quem retorna ao time titular é o zagueiro João Paulo Goiano, após cumprir suspensão pelo terceiro amarelo. Ele ocupa o lugar que foi de João Felipe – jogador considerado um dos pilares do Figueirense no turno, mas execrado pelo resultado negativo do sábado contra o Vila

48

15º

pontos

Nova. Por falar na campanha da primeira metade da Série B, é preciso vencer para se aproximar dos números obtidos naquela oportunidade, já que atualmente o alvinegro tem quatro pontos a menos do que tinha na mesma rodada do turno. Luta pra não cair – O Bragantino disputa ponto a ponto sua permanência na Série B. O time comandado há anos por Marcelo Veiga perdeu somente uma partida nas últimas seis disputadas, mas luta contra o rebaixamento

33 pontos

12 de outubro de 2010, terça, às 21h Ricardo Marques Ribeiro (juiz, MG) Jair Albano Felix e Janette Mara Arcanjo (bandeiras, MG)

Gilvan (G) Everaldo (Z) André Astorga (Z) Marcos Aurélio (Z) Júlio Cesar (L) Éder Silva (V) Luciano Sorriso (V) Marcelinho (M) Maurin (L) Rodriguinho (A) Finazzi (A) Técnico: Marcelo Veiga

30 gols pró 28 gols contra

porque vence pouco. Soma o maior número de empates da competição, doze no total. Com as recentes contratações, a equipe da terra da linguiça cresceu na competição e apresenta hoje, no Scarpelli, nomes como o atacante Finazzi e o meia formado no Figueirense, Luciano Sorriso. No turno, jogando em Bragança Paulista, o time de Márcio Goiano fez sua melhor apresentação fora de casa nesta Série B, vencendo por 2 a 0, gols de Willian e Maicon. Desempaca Figueira – A vitória nesta terça-feira põe o Figueirense numa condição tranquila rumo à Série A, pois faltarão cerca de doze em 30 pontos para garantir o acesso. No entanto, os jogos no returno estão mais difíceis, apresentando aproveitamento menor que o do turno. Derrotar um adversário lutando contra o rebaixamento requer comprometimento dentro e fora de campo. Para isso a torcida deve continuar com a mesma postura adotada este ano no Scarpelli. Contribuir para o décimo triunfo em casa na Série B é a nova missão da nação alvinegra. Pra cima Figueira!

Classificação P 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Equipe P Coritiba 53 América-MG 49 Figueirense 48 Bahia 48 Sport 43 Ponte Preta 42 Portuguesa 40 D. de Caxias 39 São Caetano 39 Guarating. 38 ASA 35 Náutico 34 Icasa 33 Paraná 33 Bragantino 33 Vila Nova 32 Santo André 29 Brasiliense 28 América-RN 26 Ipatinga 24

J 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27

V 16 15 14 14 12 11 12 12 11 9 11 10 9 9 7 9 7 6 6 6

E 5 4 6 6 7 9 4 3 6 11 2 4 6 6 12 5 8 10 8 6

D 6 8 7 7 8 7 11 12 10 7 14 13 12 12 8 13 12 11 13 15

Terça-Feira, 12/10, 16h10: Duque de Caxias x Santo André, Ipatinga x Vila Nova-GO, Icasa x Portuguesa. Terça-Feira, 12/10, 19h30: Coritiba x América-RN, Guaratinguetá x Paraná, Brasiliense x ASA. Terça-Feira, 12/10, 21h: Náutico x América-MG, Figueirense x Bragantino, São Caetano x Bahia, Ponte Preta x Sport

GP 43 42 51 45 40 39 47 33 39 38 36 29 34 34 30 32 38 27 25 33

GC 32 29 28 33 26 31 39 35 39 37 38 44 37 37 28 44 43 42 45 48

SG 11 13 23 12 14 8 8 -2 0 1 -2 -15 -3 -3 2 -12 -5 -15 -20 -15


2

12 de outubro de

As campanhas dos quatro me Como o atual G4 oscilou na tabela até a 27ª rodada 1

2

3

4

5

6

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Pesquisa e 19

20

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1 2 3 4 5 6 7

5

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pontos

11 12

13

separam o 4º colocado do 5º

11

rodadas

14

os times do atual G4 estão sempre entre os seis melhores da competição

15 16 17

jogados

71% da competição

v i tó r ia

Jogos e números do Figueirense São Caetano

Portuguesa

ASA

Ponte Preta

Vila Nova

Bragantino

Icasa

Ipatinga

Fora

Em casa

Em casa

Fora

Em casa

Fora

Em casa

Em casa

5x1

5x0

0x1 2x1 e mp a te

6x0 1x2 2x0 0x2 Santo André

Bahia

Duque de Caxias

Fora

Em casa

Fora

Fora

d e r ro ta

2x2 2x2

São Caetano

Bras ens

Em casa

Em casa

Em ca

1x3 2x0

1x0

1x

Fora

Brasiliense

1x1

América Coritiba RN

2x2

Guaratin- Paraná guetá Em casa

Fora

2x2 1x1

América Náutico MG

Sport

Portuguesa

América Náutico MG

Em casa

Fora

Fora

Em casa

Fora

1x0 1x2

2x1

Fora

1x0 0x1 1x0


e 2010 | nº 14

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elhores e o caminho do acesso 11 confrontos para voltar à série A

Infografia: Tadeu Meyer

4

25

26

silise

ASA

Ponte Preta

asa

Fora

Em casa

27

x0 1x2 4x2

28

29

30

31

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33

34

35

36

37

38

54 pontos

América - RN Em casa

Sport Fora

Vila Nova Em casa

Paraná Em casa

São Caetano Fora

Bahia Fora

Ipatinga Em casa

Duque de Caxias Fora

Figueirense Em casa

Icasa Fora

Guaratinguetá Em casa

49 pontos

Náutico Fora

Icasa Fora

ASA Em casa

Duque de Caxias Fora

Santo André Em casa

Paraná Fora

Guaratinguetá Em casa

Bahia Em casa

São Caetano Fora

Sport Em casa

Ponte Preta Fora

48 pontos

Bragantino Em casa

Sanro André Fora

Bahia Em casa

Icasa Fora

Sport Em casa

Ipatinga Fora

Duque de caxias Em casa

América - RN Em casa

Coritiba Fora

Guaratinguetá Fora

Paraná Em casa

48 pontos

São Caetano Fora

Náutico Em casa

Figueirense Fora

ASA Em casa

Paraná Fora

Coritiba Em casa

Brasiliense Fora

América - MG Fora

Portuguesa Em casa

Santo André Em casa

Bragantino Fora

43 pontos

Ponte Preta Fora

Sport Em casa

Duque de Caxias Fora

Náutico Em casa

Figueirense Em casa

Bragantino Em casa

São Caetano Fora

Vila Nova Fora

Santo André Em casa

América - MG Fora

Portuguesa Em casa

42 pontos

Sport Em casa

Ipatinga Fora

Bragantino Em casa

Santo André Fora

Vila Nova Em casa

Duque de caxias Fora

Portuguesa Em casa

Náutico Fora

Icasa Em casa

Brasiliense Fora

América - MG Em casa

40 pontos

Icasa Fora

Guaratinguetá Em casa

São Caetano Fora

América - RN Em casa

ASA Fora

Náutico Em casa

Ponte Preta Fora

Brasiliense Em casa

Bahia Fora

Ipatinga Em casa

Sport Fora

39 pontos

Santo André Em casa

Vila Nova Fora

Sport Em casa

América - MG Em casa

Bragantino Fora

Ponte Preta Em casa

Figueirense Fora

Coritiba Em casa

Ipatinga Fora

São Caetano Fora

ASA Em casa

39 pontos

Bahia Em casa

ASA Fora

Portuguesa Em casa

Guaratinguetá Fora

Coritiba Em casa

Icasa Fora

Sport Em casa

Paraná Fora

América - MG Em casa

Duque de Caxias Em casa

Vila Nova Fora

38 pontos

Paraná Em casa

Portuguesa Fora

Icasa Em casa

São Caetano Em casa

Náutico Fora

Brasiliense Em casa

América - MG Fora

ASA Em casa

América -RN Fora

Figueirense Em casa

Coritiba Fora

35 pontos

Brasiliense Fora

São Caetano Em casa

América - MG Fora

Bahia Fora

Portuguesa Em casa

Santo André Fora

Vila Nova Em casa

Guaratinguetá Fora

Paraná Em casa

América - RN Em casa

Duque de Caxias Fora

34 pontos

América - MG Em casa

Bahia Fora

Paraná Em casa

Sport Fora

Guaratinguetá Em casa

Portuguesa Fora

Icasa Em casa

Ponte Preta Em casa

Brasiliense Fora

Vila Nova Em casa

Santo André Fora

33 pontos

Portiguesa Em casa

América-MG Em casa

Guaratinguetá Fora

Figueirense Em casa

Brasiliense Fora

São Caetano Em casa

Náutico Fora

Bragantino Em casa

Ponte Preta Fora

Coritiba Em casa

Ipatinga Fora

33 pontos

Guaratinguetá Fora

Brasiliense Em casa

Naútico Fora

Coritiba Fora

Bahia Em casa

América - MG Em casa

América - RN Fora

São Caetano Em casa

ASA Fora

Bragantino Em casa

Figueirense Fora

33 pontos

Figueirense Fora

América - RN Em casa

Ponte Preta Fora

Ipatinga Fora

Duque de Caxias Em casa

Sport Fora

Santo André Em casa

Icasa Fora

Vila Nova Em casa

Paraná Fora

Bahia Em casa

32 pontos

Ipatinga Fora

Duque de Caxias Em casa

Coritiba Fora

Brasiliense Em casa

Ponte Preta Fora

América - RN Em casa

ASA Fora

Sport Em casa

Bragantino Fora

Náutico Fora

São Caetano Em casa

29 pontos

Duque de Caxias Fora

Figueirense Em casa

América - RN Fora

Ponte Preta Em casa

América - MG Fora

ASA Em casa

Bragantino Fora

Ipatinga Em casa

Sport Fora

Bahia Fora

Náutico Em casa

28 pontos

ASA Em casa

Paraná Fora

Ipatinga Em casa

Vila Nova Em casa

Icasa Em casa

Guaratinguetá Fora

Bahia Em casa

Portuguesa Fora

Náutico Em casa

Ponte Preta Em casa

América - RN Fora

26 pontos

Coritiba Fora

Bragantino Fora

Santo André Em casa

Portuguesa Fora

Ipatinga Em casa

Vila Nova Fora

Paraná Em casa

Figueirense Fora

Guaratinguetá Em casa

ASA Fora

Brasiliense Em casa

24 pontos

Vila Nova Em casa

Ponte Preta Em casa

Brasiliense Fora

Bragantino Em casa

América - RN Fora

Figueirense Em casa

Coritiba Fora

Santo André Fora

Duque de Caxias Em casa

Portuguesa Fora

Icasa Em casa

14

9 5

6 empates

2 4

7

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vitórias

Vila Nova Fora

3x1

derrotas

em casa fora

em casa fora

em casa fora

apro veita mento

59,

25%

com o aproveitamento atual mantido até o fim do campeoneto, o Figueirense faz

67 , pontos

54

número considerado suficiente para consquistar o acesso


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12 de outubro de 2010 | nº 14

www.Figueira90.com.br Escrevendo a História | Faltam 8 meses

Do meio do povo, no bairro da Figueira Diego Rzatki

Ney Pacheco O Figueirense é o time do povo. O apelido do Alvinegro do Estreito não é demagogia nem moda, está na história do clube e das pessoas que há mais de 89 anos se juntaram para fundá-lo. O nome do clube é uma homenagem a um bairro popular da Florianópolis de 1921. Entre os fundadores da agremiação estão várias pessoas de origem pobre, da classe operária da Ilha de então. O bairro da Figueira era habitado por esses trabalhadores. A região se localizava na área compreendida hoje pelas ruas Francisco Tolentino, Padre Roma e Deodoro, atualmente Centro de Florianópolis. A autora do livro Florianópolis – Memória Urbana, a arquiteta Eliane Veras da Veiga, destaca que havia registros da rua existir desde 1740, tendo os nomes de Rua do Ouvidor, Rua dos Quartéis e até Rua de São Francisco, por causa da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, construída entre 1802 e 1815. Foi só em 1889, com proclamação da República, que a via foi rebatizada para homenagear o Marechal Deodoro da Fonseca. “Era considerada um local muito pobre, já que ficava próximo ao porto, por onde transitavam marinheiros, estivadores e prostitutas”, conta Eliane. A arquiteta lembra que o aspecto da rua e das construções só começou a melhor com adoção de novas exigências nos códigos de posturas do município, ocorrida no final do século XIX e início do século XX. “As simples casinhas térreas do Bairro da Figueira, como era conhecida aquela região, e as casas voltadas de costas para o mar passaram a ser substituídas por sobrados

alvinegro

elegantes. O local passou então de despejo dos esgotos domésticos à área comercial, como é ainda nos dias de hoje”, relata. O nome da região vinha de uma figueira localizada no final de onde hoje é a rua Cristóvão Nunes Pires, cujos limites dão no paredão situado atrás do posto de combustível Rita Maria, bem em frente à rodoviária de mesmo nome. Foi bem perto dali, numa casa localizada na esquina das ruas Padre Roma e Francisco Tolentino, que se realizou a reunião que decidiu fundar o Figueirense Futebol Clube, às 19 horas de um domingo, 12 de junho de 1921. Mais para baixo, na região onde fica a rodoviária e vai até a ponte Hercílio Luz, ficava o bairro Rita Maria, que sediava o estaleiro Arataca, de propriedade da Companhia Hoepcke, e que fazia a manutenção dos barcos da empresa, responsável pela ligação marítima da Ilha com outras cidades, mas que também fazia reparos em embarcações de terceiros. No estaleiro, consertando barcos, trabalharam dois dos jovens diretamente responsáveis pela fundação do

Publicação de MEUFIGUEIRA

Figueirense Futebol Clube. Segundo o Arquivo Histórico do Figueirense, Jorge Albino Ramos, nascido em 1887, começou a trabalhar desde cedo no Arataca para ajudar no sustento da família. Depois aprendeu o ofício de barbeiro e abriu seu próprio estabelecimento, localizado na esquina da rua Pedro Ivo com a Conselheiro Mafra. Foi ali que Ramos começou a disseminar a idéia de fundar um clube de futebol e arregimentar apoiadores para a iniciativa Entre os que se entusiasmaram com a idéia, estava João Savas Siridakis, nascido em 1904, que também trabalhou no estaleiro Arataca, no reparo de barcos da Companhia Carl Hoepcke. Apaixonado por esportes, Janga, como era conhecido, se interessou inicialmente pelo remo, que era o esporte mais popular da cidade. Em seguida, descobriu o futebol, que dava seus primeiros passos em Florianópolis, e se juntou ao movimento que pretendia criar um novo time de futebol na cidade. A Janga é atribuída a idéia de batizar a agremiação de Figueirense e de propor o uso das cores preto e branco, inspiradas

no Botafogo do Rio de Janeiro, time pelo qual ele nutria simpatias. A idéia não parava de conquistar adeptos. Domingos Joaquim Veloso se somou à iniciativa. Com 17 anos ele já trabalhava como barbeiro e era amigo de Janga e de Jorge Albino Ramos. Como os dois, gostava de futebol e passou a arregimentar mais gente para apoiar a criação do clube, como Balbino Felisbino da Silva. No dia 11 de junho, uma reunião na barbearia de Jorge Ramos discutiu a formação da primeira diretoria. Nessa ocasião, o funcionário da empresa Carl Hoepcke e sindicalista João dos Passos Xavier foi convidado pelo grupo para ser o primeiro presidente do clube. De acordo com informações do Arquivo Histórico do Figueirense, no dia seguinte, na casa de Ulisses Carlos Tolentino, na rua Padre Roma, 27, uma reunião que contou com a presença de mais de 20 pessoas, foi fundado o Figueirense Futebol Clube e eleita sua primeira diretoria, formada, além de Xavier como presidente, por Heleodoro Ventura (vice-

presidente); Balbino Felisbino da Silva (1º secretário), Jorge Felisbino da Silva (2º secretário); JorgeAlbino Ramos (1º tesoureiro), Jorge Araújo Figueiredo (2º tesoureiro); Trajano Margarida (orador) e Higino Ludovico da Silva (guarda-esporte). Um dos presentes da reunião, Agenor Povoas, posteriormente benemérito do clube, ressaltou que o Figueirense surgiu de “gente fraca em sua apresentação social, mas elevada pela inquebrantabilidade de seu caráter e pela firmeza de suas convicções”. Para evidenciar a diferença entre os dois grandes rivais de Florianópolis, o historiador Maury Dal Grande Borges destaca: “O Avaí nasceu numa residência de luxo e ganhou o nome de uma batalha. O Figueirense numa humilde casa, herdando o nome derivado da localidade”. Borges lembra que o Avaí, pertencente à “elite social, somava maiores facilidades de acesso às fontes de divulgação da época”, enquanto o Figueirense, “resignado pela sorte e pela humildade de seus fundadores, lutava em sucessivas crises financeiras e administrativas”. Essas lutas e o caráter popular do Figueirense marcaram a história do clube e ajudaram a moldar a sua grandeza, construída ao longo de quase 90 anos. No dia 9 de outubro de 1921, quase exatamente há 89 anos, a ideia de Jorge Albino Ramos encampada por todos os outros fundadores se materializava. O Figueirense entrava em campo e derrotava o Rio Branco, do bairro de Coqueiros, por 2 a 0. A partir daí começou uma trajetória de grandes conquistas, dolorosas derrotas e muitas emoções. Mas isso são outras histórias...

Edição: Tadeu Meyer (jornalista responsável - MTB/SC 03476-JP). Reportagem e textos: Henrique Santos e Ney Pacheco. Fotos: Diego Rzatki, Renato Ferro. Projeto Gráfico e Editoração: Tadeu Meyer. Tiragem: 3 mil exemplares. Circulação: gratuita e dirigida aos torcedores do Figueirense que comparecem ao Scarpelli em dia de jogo. Impressão: Gráfica Rio Sul.


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