My Cooprofar - Outubro

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Outubro 2013

Farmácias que vendam mais genéricos vão ter bónus do Estado GS1 Portugal: novo regime dos bens em circulação

®

Gripes e Constipações: portugueses pouco informados



MY COOPROFAR Outubro 2013

EDITORIAL 04 Análise de mercado 06 Report

2013: ano português da Inovação

07 Especial Saúde

A

12 Novos

Cooprofar-Medlog. A política de I&D + Inovação implementada gera

12 Cosmética e Higiene Corporal

importantes impactos nas empresas do Grupo. O investimento em Inovação e

15 Diagnóstico

no conhecimento potencia a capacidade de antecipação que distingue o nosso

15 Dispositivos Médicos

Inovação ao serviço da sustentabilidade é uma prioridade do Grupo

Grupo, peça fundamental na criação de fatores diferenciadores e essenciais

16 Éticos

para a sustentabilidade.

22 Galénicos

Através da marca Medlog Grupo, focalizamos a Experiência no

22 Higiene Bebé 22 Higiene Oral

desenvolvimento de competências orientadas para a criação de valor. As

22 Homeopáticos

soluções são suportadas pela Inovação e a política de Proximidade adotada

22 Interapothek

assume-se como uma ferramenta determinante e decisiva para o crescimento

22 Med. Não Suj. a Rec. Médica

e sucesso do Grupo.

24 Nut. e Prod. à Base de Plantas 26 Nutrição Infantil

Estamos, por isso, entre os 283 associados da COTEC – Associação Empresarial para a Inovação – e, nesta condição, fazemos parte das várias iniciativas que

26 Parafarmácia

são desenvolvidas durante o ano para celebrar a Inovação.

26 Químicos 26 Veterinária 27 Breves

Celso Silva Diretor Geral

Administração e propriedade: Cooprofar Rua José Pedro José Ferreira, 200 - 210 4420-612 Gondomar T 22 340 10 00 F 22 340 10 50 cooprofar@cooprofar.pt www.cooprofar.pt

Direcção: Celso Silva

Design e Paginação: Creative Blue

Coordenação Editorial: Natércia Moreira

Distribuição: Gratuita

Produção Redactorial: Cooprofar Publicidade assessoria@cooprofar.pt 22 340 10 21

Publicação: Mensal Tiragem: 1500 exemplares

O Período de vigência das Bonificações decorre entre 1 de outubro a 31 de outubro, inclusive. Os Preços indicados estão sujeitos a alterações de acordo e devido as condições de mercado. Os Valores indicados são vingentes, salvo erro tipográfico. Aviso: Os textos foram redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico.


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/Análise de Mercado

Crescimento face ao período homólogo

-15%

Fev

Mar

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Mercado Total

Faro

Beja

Évora

Setúbal

Lisboa

Portalegre

Santarém

Leiria

Castelo Branco

Coimbra

Guarda

Viseu

Aveiro

Porto

Bragança

Vila Real

2 Mai

% 0 Viana do Castelo

Jan

-10%

4

Abr

5%

Braga

6

10%

-5%

Viana do Castelo

Crescimento Mercado agosto 2013 vs. mês homólogo

-2 -3,2%

-4 -6

-5,6%

-8

-6,2% -8,5%

-10 -12

-13,1%

-14

-3,4%

-4,4% -6,0% -8,7%

-5,0%

-7,3%

-9,8% -10,2%

-8,9%

-13,8%

-8,5%

-7,9%

-10,0% -12,7%

Farmácias que vendam mais genéricos vão ter bónus do Estado As farmácias que conseguirem vender mais de 45 por cento da quota de genéricos vão passar a receber 50 cêntimos por cada um destes medicamentos vendidos, podendo arrecadar ainda mais 50 cêntimos se conseguirem dispensar um dos cinco medicamentos mais baratos do mercado. A medida do Ministério da Saúde serve para compensar os efeitos negativos da baixa de preços e da quebra das margens de lucro no setor farmacêutico. A mudança deverá entrar em vigor ainda este ano.

Portugueses gastaram menos 50 milhões com medicamentos até Maio

Quota de mercado dos genéricos aumentou 3% em um ano

A fatura da farmácia voltou a ficar mais leve nos primeiros cinco meses do ano. Os portugueses gastaram menos 50 milhões de euros e o SNS poupou 62,5 milhões em comparticipações. Os dados da monitorização do mercado do medicamento, a que o Negócios teve acesso, mostram que de Janeiro a Maio os portugueses gastaram 261,9 milhões de euros com medicamentos e o SNS 453,5 milhões, uma quebra de 16,1% e 12,1% face ao mesmo período do ano passado. Os preços médios anuais dos medicamentos também continuam em queda. No primeiro semestre o preço médio rondou os 10,23 euros, abaixo dos 10,71 registados no ano 2012, e 2,78 euros abaixo do preço médio verificado em 2007.

A redução da despesa com medicamentos resulta em grande parte da aposta e aumento do consumo de genéricos. Nos primeiros seis meses do ano foram adquiridas mais de 34 mil embalagens de genéricos nas farmácias, o equivalente a uma quota de mercado de 27,6%, o valor mais alto de sempre e três pontos percentuais acima da quota existente em igual período de 2012. Nos últimos seis anos, a quota de genéricos (em volume) vendidos em farmácias aumentou seis pontos percentuais. Já a quota em valor não foi além dos 18,5%, uma vez que os genéricos são muito mais baratos que os originais. Quando comparados com os preços médios de 2007, os genéricos estão agora mais baratos 6,93 euros, custando em média 13,45 euros.

“A redução da despesa com medicamentos resulta em grande parte da aposta e aumento do consumo de genéricos. ”

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/Análise de Mercado

Despesa em meio hospitalar continua por controlar

Governo alarga lista de medicamentos sem receita médica

Bem menos controlado está o mercado do medicamento em ambiente hospitalar. Nos primeiros seis meses do ano, os hospitais gastaram 511,2 milhões de euros com medicamentos, tendo poupado apenas 0,5% face ao primeiro semestre do ano passado. Os hospitais que mais contribuíram para o decréscimo foram o IPO Porto (-9,6%), o Hospital Garcia de Orta, em Almada (-5,1%), e o Centro Hospitalar Lisboa Central (-1,5%). As áreas que geram a maior despesa são a da consulta externa, o do hospital de dia e a cirurgia de ambulatório. O chamado “ambulatório hospitalar” foi responsável por uma despesa de 389 milhões de euros, o que representa 76,1% da despesa total com esta rubrica, avança o Negócios. A maior fatia de custos vai para os medicamentos usados no tratamento da infeção por VIH, da artrite reumatóide e esclerose múltipla.

Alguns medicamentos que têm de ser obrigatoriamente prescritos por um médico vão passar a ser medicamentos não sujeitos a receita médica dependentes de dispensa exclusiva em farmácia. Ou seja, deixa de ser necessário ter uma receita, mas só podem ser comprados nas farmácias. Na lista em estudo pelo Infarmed está, por exemplo, o campeão de vendas ibuprofeno de 400 mg. Mas as substâncias a incluir nesta nova categoria, criada através de uma alteração à lei publicada em Diário da República, não são todas consensuais. Quando a medida foi aprovada em Conselho de Ministros, em Junho, foi divulgada uma lista do Infarmed, a autoridade nacional do medicamento, com 17 substâncias passíveis de passarem a medicamentos não sujeitos a receita médica de venda exclusiva em farmácias. Das 17, apenas uma já é de venda livre, ou seja, atualmente pode ser encontrada também em parafarmácias e se esta lista avançar passa a ser dispensada apenas em farmácias. Entre estas substâncias está o campeão de vendas ibuprofeno (de 400 mg, mais forte), muito utilizado para o alívio da dor e para a febre – atualmente apenas o de 200 mg é vendido sem receita médica.

Governo e indústria fecham acordo para cortar 122 milhões na despesa O Governo e a APIFARMA chegaram finalmente a um entendimento sobre o corte na despesa com medicamentos para este ano. O acordo implica que as farmacêuticas se comprometam a assegurar uma redução de 122 milhões de euros na despesa pública com fármacos este ano, tanto nos medicamentos vendidos nas farmácias, como nos utilizados nos hospitais. Se o valor for ultrapassado, os laboratórios terão de reembolsar o Estado. A reunião com as empresas associadas da APIFARMA - peça final para dar o acordo como fechado – decorreu com as farmacêuticas a aceitarem o valor previamente acertado entre a associação e o Ministério da Saúde. Paulo Macedo queria um corte na ordem dos 160 milhões, mas o valor acabou por fixar-se abaixo, nos 122 milhões. O valor deverá, contudo, ser suficiente para cumprir a meta inscrita no memorando da troika, que prevê que a despesa pública com medicamentos não ultrapasse 1% do PIB este ano.

Despesa com medicamentos será superior à meta da troika de 1% do PIB O presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) revelou que a despesa pública em medicamentos face ao Produto Interno Bruto (PIB) atingirá os 1,13 por cento este ano, superior à meta da troika de um por cento. «É uma meta descontextualizada da realidade», sublinhou, lembrando que inicialmente este valor seria apenas para o mercado ambulatório e só mais tarde é que foi imposto para o hospitalar.

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Prescrição eletrónica entrava venda de medicamentos Médicos, farmacêuticos e utentes têm reclamado junto da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) sobre a falta de medicamentos. Segundo esta entidade, ou muitas embalagens não estão a ser comercializadas em quantidades suficientes para fazer face às reais necessidades do mercado, ou há medicamentos que têm indicação na base de dados de embalagens de medicamentos para serem comercializadas, quando na realidade não o estão (e vice-versa). Em resultado, os utentes e doentes estão a ser privados de medicamentos que lhes são necessários, devido à implementação da prescrição eletrónica e das novas normas de dispensa. Para resolver a questão, o Infarmed solicitou aos titulares de autorizações de introdução no mercado (AIM) que procedam à revisão do estado de comercialização de todas as embalagens. Caso detetem erros, devem reportá-los através do e-mail comparticipa. medicamentos@infarmed.pt para que sejam corrigidos.


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/REPORT

Formação Cooprofar com mais de 2000 amigos O perfil da Formação Cooprofar no Facebook já ultrapassou os 2000 “Amigos” virtuais. Desde a criação do perfil, que a adesão de membros tem registado uma grande evolução. Diariamente, a rede de amigos - composta, maioritariamente, por profissionais de saúde - tem acesso à divulgação relativa às ações de formação programadas ao longo do ano. No âmbito da formação, são ainda criados os eventos referentes aos cursos, sendo enviado o convite de forma a privilegiar cada “Amigo”. Informação complementar e detalhada sobre os cursos, inscrições e vagas, esclarecimentos e troca de informação, bem como, o reporting de cada ação de formação fazem parte da informação transmitida na rede social. Notícias sobre saúde alusivas ao tema de cada curso, é outra informação veiculada que desperta o interesse dos formandos. O dinamismo e a proximidade criados reflete-se, também, através das diversas partilhas dos conteúdos noticiosos, dos comentários gerados e dos vários “gostos”. O facebook da Formação Cooprofar assume-se, deste modo, como uma ferramenta essencial, eficaz e indispensável nos dias que correm.

GS1® Portugal debateu novo

regime dos bens em circulação

A GS1 Portugal promoveu - com o apoio da Autoridade Tributária e Aduaneira - mais uma Sessão de Esclarecimento sobre o Novo Regime dos Bens em Circulação (Decreto-Lei 198/2012, 24 de agosto). Este diploma estabelece regras que asseguram a integridade dos documentos de transporte e um controlo mais eficaz dos mesmos por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira. O regime entrou em vigor a 1 de julho passado e prevê a aplicação de sanções a partir de 15 de outubro. Tendo em conta as especificidades da cadeia de valor da Saúde, a sessão traduziu-se numa oportunidade para todos os profissionais do sctor (Indústria Farmacêutica, Grossistas, Operadores Logísticos, Farmácias, Espaços de Saúde e Hospitais) esclarecerem as suas dúvidas sobre a aplicação prática do diploma.

Farmacêuticos comemoram diversidade da profissão

GS1® apresenta Standard para

A diversidade da profissão farmacêutica foi o tema das Comemorações do Dia do Farmacêutico de 2013. A semana dedicada às Comemorações teve início no dia 21 de setembro com o Simposium subordinado ao tema “O Farmacêutico por outras Palavras”, cuja sessão de abertura contou com a participação do Secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, e do Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Carlos Maurício Barbosa. O dia de São Cosme e de São Damião tem um significado especial para todos os farmacêuticos portugueses. São Cosme e São Damião são os padroeiros da profissão farmacêutica em Portugal e o dia 26 de setembro foi adotado pela Ordem dos Farmacêuticos como “Dia do Farmacêutico”. Com o objetivo primordial de promover a profissão junto da sociedade portuguesa e também de proporcionar o encontro dos farmacêuticos das várias áreas de intervenção profissional, provenientes de todo o País, a Ordem tem vindo a organizar as comemorações, alternadamente, em Coimbra, Lisboa e Porto.De acordo com um estudo feito em 2011, o farmacêutico está entre as profissões que os portugueses mais confiam. Médicos, farmacêuticos e enfermeiros são de confiança, dizem os portugueses. As conclusões resultam do estudo “Marcas de Confiança 2011”, da Selecções do Reader’s Digest, realizado em 16 países europeus, que avalia os níveis de confiança dos povos em profissões e instituições. No topo da tabela das profissões em que os portugueses confiam, os profissionais de saúde encontram-se, depois dos pilotos de aviação e dos bombeiros.

unidose em hospitais

Os erros de medicação são uma das causas mais frequentes para a ocorrência de situações adversas (e evitáveis) no setor da Saúde. A correta identificação de um medicamento ou dispositivo médico, até ao momento da sua administração, é, por isso, um elemento-chave na dispensa de medicamentos em hospitais. Na verdade, estudos preliminares sugerem que a utilização de códigos de barras em medicamentos, incluindo em unidose, podem reduzir até 41,5% os erros de medicação, refere o grupo de GS1® Healthcare. Os sistemas de verificação e rastreabilidade no local da prestação dos cuidados de Saúde dependem da captura eficiente dos dados sobre os produtos de saúde, em todos os níveis de embalagens, sempre que dispensados, administrados, distribuídos ou utilizados. Contudo, até hoje, os hospitais confrontavam-se com a ausência de Standards globais capazes de identificar produtos em níveis mais pequenos de embalamento (em unidose), como um cateter individual, uma ampola ou um comprimido. O grupo de trabalho GS1® Healthcare, que agrega mais de 80 especialistas internacionais de toda a cadeia de valor da Saúde – incluindo o Grupo Cooprofar-Medlog -, assumiu o desafio de clarificar e atualizar os Standards GS1®, por forma a fornecer orientação na identificação de produtos em unidose, também referido como o ‘Nível Abaixo do Único’/Level Below the Each. Este Novo Standard assegura uma orientação clara e consistente na forma de identificar produtos em nível exíguos de embalamento. 06


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/Especial Saúde

Gripes e Constipações

Gripes e Constipações: portugueses pouco informados A prevenção é a melhor maneira para evitar gripes e constipações, mas os portugueses estão pouco informados: um em cada quatro não sabe como prevenir as infeções respiratórias. Entre 700 mil a um milhão de portugueses são afetados pela gripe sazonal. Todos os anos, a Direção-Geral de Saúde recicla o apelo para a vacinação contra a gripe e para a adoção de regras de “etiqueta respiratória”. Este mês, vamos falar sobre o fruto da época GRIPES e CONSTIPAÇÕES. Apesar das campanhas de vacinação contra a gripe, um em cada quatro portugueses não sabe como prevenir as infeções respiratórias. Esta é a principal conclusão de um estudo recente que incidiu sobre as atitudes e conhecimentos dos portugueses. O presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia considerou “um pouco estranho” o resultado do estudo, face a “todas as campanhas que têm sido feitas”. Carlos Robalo Cordeiro mostrou-se ainda preocupado e lembrou que “há todos os anos mais de mil óbitos relacionados com as gripes sazonais”. A gripe sazonal afecta entre 700 mil a um milhão de portugueses todos os anos. Por isso, Robalo Cordeiro lembrou que a vacina é recomendada para os doentes crónicos, mais velhos e para as crianças com risco de doenças respiratórias. Numa altura em que as temperaturas começam a baixar, há outros cuidados que não devem ser esquecidos, como regras mínimas de higiene, “evitar diferenças de temperaturas” e “beber bastantes líquidos”, alertou. O tabaco é apontado como a principal causa para as infeções respiratórias, mas as alergias, mudanças no tempo e exposição a ambientes de risco, como os hospitais, são outras das causas identificadas neste estudo.

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/Especial Saúde

Gripe Versus Constipação

Atacam nas estações mais frias e são ambas são muito contagiosas. Quer a gripe, quer a constipação são causadas por vírus (ainda que diferentes) e têm uma alta incidência sobre a população. O quadro de sintomas da constipação não é tão intenso como o da gripe. Tosse, o nariz obstruído, cansaço apesar de terem um denominador comum – o sentimento de mal-estar generalizado –, estas patologias são distintas. “A gripe pode desenvolver outras complicações, o que não acontece com a constipação”, alerta Cecília Longo, pneumologista.

GRIPE

Como se transmite? O vírus influenza transmite-se facilmente pelo ar ou pelo contacto com superfícies contaminadas. Por isso, as medidas do plano de contingência para a Gripe A devem ser mantidas: lavar regularmente as mãos, cobrir a boca ao tossir (com o antebraço) e isolar-se no período de contágio. Os primeiros sinais Uma gripe não complicada começa com cefaleias, febre, tosse, odinofagia (deglutição dolorosa), mialgias com a duração do período de incubação, ou seja, de três a cinco dias. Se apresentar estes sintomas e mais de 39 graus de febre deve consultar o médico de família, sobretudo se se sentir demasiado prostrado.

“O vírus influenza transmite-se facilmente pelo ar ou pelo contacto com superfícies contaminadas. ” Como prevnir? A principal medida de prevenção da gripe é a vacinação que deve ser repetida anualmente sobretudo pelos grupos de risco: crianças, idosos e doentes crónicos. “Todas as pessoas com doenças respiratórias têm indicação para fazer a vacina”, adverte a DGS. Durante o período em que está doente, ninguém deve ser vacinado. Como tratar? O tratamento da gripe deve ser individualizado e indicado por um especialista. Uma gripe pode conduzir a complicações pulmonares (pneumonia), e cardíacas, sobretudo em grupos vulneráveis, como as pessoas com asma, doença pulmonar obstrutiva crónica, doenças cardíacas e os diabéticos. Habitualmente, a gripe é tratada com medicamentos para o alívio dos sintomas (analgésicos, antipiréticos, descongestionantes nasais, etc). Os antibióticos

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/Especial Saúde

são ineficazes contra a infeção viral mas podem ser prescritos se surgir uma infeção bacteriana secundária à gripe. Existem atualmente medicamentos inibidores da neuraminidase, que bloqueiam a multiplicação dos vírus responsáveis pela gripe. Desta forma consegue-se suspender a rápida proliferação do vírus e controlar a doença. Os tratamentos de cada pessoa devem ser individualizados e conduzidos por profissionais de saúde.

CONSTIPAÇÃO

Como se transmite? A constipação é uma doença vírica do aparelho respiratório superior, habitualmente auto-limitada. Vários tipos de vírus podem estar implicados, dependendo do grupo etário e da época do ano. A transmissão faz-se por gotículas que contêm os vírus e que são libertadas pelo doente ao respirar, tossir ou espirrar.

“Os tratamentos de cada pessoa devem ser individualizados e conduzidos por profissionais de saúde. ”

Os primeiros sinais Apesar de afetar o nariz e a garganta, ao nível de sintomatologia, as pessoas constipadas não têm febre nem dores no corpo. Estas são as principais diferenças entre as duas patologias. Como prevenir? Em geral, “a prevenção das doenças víricas passa pela existência de um sistema imunitário competente – sistema de defesa do organismo – e no caso particular da constipação deve evitar-se o contacto com ar ou lenços contaminados», aconselha. Como tratar? A constipação deve ser tratada com um antipirético para alívio dos sintomas. “Quem tem uma constipação vulgar não tem necessariamente de ir ao médico a menos que surja uma complicação, como uma infeção secundária bacteriana (por exemplo: nos seios perinasais, ouvidos)”, advertem os pneumologistas, acrescentando que, nestes casos, “será necessária a realização de um diagnóstico diferencial”.

“Apesar de afetar o nariz e a garganta, ao nível de sintomatologia, as pessoas constipadas não têm febre nem dores no corpo. ”

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/Especial Saúde

Prevenção 1. Evitar as aglomerações em lugares fechados Os ambientes fechados e lugares com muito fluxo de pessoas, como os centros comerciais, salas de espectáculos ou estádios e transportes públicos, aumentam as possibilidades de contágio, pelo que convém evitá-los. 2. Cuidado com os ambientes extremos ou mutáveis Apesar de o frio favorecer as infeções virais, não é o único elemento desencadeante. As mudanças bruscas de temperatura, como as que ocorrem ao passar de zonas climatizadas (no carro ou lugares fechados) para as condições naturais do ar livre, bem como as condições exageradas de secura ou humidade, favorecem a proliferação de vírus no ambiente e uma maior vulnerabilidade das nossas membranas aos seus ataques.

Campanha de vacinação da gripe conta inicialmente com um milhão de doses Campanha de vacinação da gripe conta inicialmente com um milhão de doses A campanha de vacinação da gripe vai contar este ano com um milhão de doses, mas a Direção Geral de Saúde diz que este número pode aumentar se houver necessidade, perante o tipo de vírus que vai circular este inverno. Pretende-se que 60% dos idosos sejam vacinados, mantendo-se pelo segundo ano, a gratuitidade da vacina neste grupo etário, sem necessidade de receita médica ou de pagamento de taxa moderadora. Graça Freitas, da Direção-geral de Saúde, diz que com a vacinação que arranca a 1 de outubro há mais vantagens, pois reduz-se o impacto na mortalidade e nos internamentos. A partir de outubro, as vacinas estarão também disponíveis nas farmácias mediante receita médica e com comparticipação, devendo as receitas prescritas ter uma validade alargada.

3. Manter uma boa higiene Lavar as mãos frequentemente e, em especial, depois de estar em contacto ou cumprimentar uma pessoa que possa estar infetada. Tentar não tocar nos olhos, nariz ou boca se não tiver antes oportunidade de as limpar convenientemente, já que o vírus pode chegar até si, após tocar em objectos contaminados. Se não tiver água, utilize um desinfectante de mãos (sem enxaguar). 4. Tomar precauções perante pessoas infetadas Quando o inimigo está em casa, limpar e desinfetar com frequência as superfícies onde a pessoa constipada ou engripada tocou, como as maçanetas das portas, os corrimãos das escadas, as mesas ou copos. Evitar partilhar toalhas, loiças e utensílios e, sobretudo, não tocar nos seus lenços, um autêntico viveiro de vírus. Os beijos, ou partilhar o mesmo alimento também não são recomendáveis porque o contacto é mais direto.

Ministério da Saúde anuncia poupança de 1 ME na compra de vacinas O Ministério da Saúde anunciou ontem ter conseguido poupar cerca de um milhão de euros na compra de vacinas contra a gripe em relação ao valor inicialmente previsto. Em comunicado, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) indicam que «os procedimentos necessários à aquisição de vacinas» permitiram poupar perto de um milhão de euros. Os SPMS indicaram que o montante que será gasto este ano em vacinas contra a gripe sazonal estima-se em dois milhões de euros, quando o custo previsto inicial, antes do processo de aquisição, era de três milhões de euros. Segundo a SPMS, o valor/dose das vacinas é de 2,99 euros. Fonte: sapo.saude.pt / Direção-Geral de Saúde / Roche

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/ O Período de vigência decorre entre 1 de outubro e 31 de outubro, inclusive. Os preços indicados estão sujeitos a alterações de acordo e devido às condições do mercado.



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/Breves

portugueses antibióticos I&D menos felizes Os portugueses estão mais infelizes. A crise económica é apontada como a principal razão para esta situação. A degradação das condições de vida é o fator específico que leva à diminuição da felicidade.

guerra ao consumo O diretor-geral da saúde, Francisco George, defendeu que os portugueses devem declarar guerra ao consumo abusivo de antibióticos, salientando que o país tem um problema de resistência das infeções.

fatura da farmácia

facebook

“smartshops” iodo medicamento pioneiro

cancro da próstata

cancro da mama

gripe das aves

sardinha

próxima temporada A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) lançou um alerta mundial, afirmando que o vírus da gripe aviária pode ressurgir na próxima temporada de gripe. A FAO afirmou que os vírus H7N9 e H5N1 continuam representando uma séria ameaça à saúde de humanos e animais.

DGS enaltece benefícios A “nossa sardinha” é um alimento excepcional, diz Francisco George. O diretor-geral da Saúde, explica que, ao contrário do que acontece com outras gorduras, designadamente as animais (encontradas nas carnes como o porco), o peixe gordo, e a sardinha em particular, “são ricos nestas substâncias que promovem a saúde, diminuindo o risco de doenças, nomeadamente o enfarte do miocárdio”.

cigarro eletrónico

tiróide

hospitais perdem decisão O ato de fumar um cigarro eletrónico pode ser tão seguro e eficaz como colocar um penso de nicotina para ajudar a deixar de fumar, de acordo com o primeiro estudo realizado por clínicos a comparar os dois produtos.

cancro atinge 400 O cancro da tiróide atinge 400 portugueses por ano e a incidência tende a aumentar. Há mais de um milhão de portugueses afectados por doenças da tiróide. Este tipo de patologias são bastante comuns e afetam sobretudo mulheres sendo os principais distúrbios o hipotiroidismo e o hipertiroidismo.

subtipos de cancro

«Cocktail de saúde»

demência

meningite A surdez

dispensa contribuinte Não é preciso inserir o número de contribuinte nas faturas da farmácia. O nome é suficiente. Apenas os trabalhadores independentes no regime normal do IVA têm de incluir o número de identificação fiscal, esclarece a DECO – Proteste.

nova terapêutica celular Os reguladores na Europa deram luz verde para o tratamento do cancro da próstata Provenge® da empresa dos EUA Dendreon Corp, avança o PharmaTimes.

dieta mediterrânica previne Um estudo feito pela Escola de Medicina da Universidade de Exeter, no Reino Unido, revela que seguir uma dieta mediterrânica faz bem à mente.

Bruxelas aperta cerco A Comissão Europeia quer acelerar para dez meses a retirada do mercado das substâncias psicoativas, chamadas “euforizantes legais”, que são usadas como alternativa a drogas ilícitas.

maus comportamentos de saúde Os adolescentes que utilizam redes sociais na Internet são mais propensos a desenvolver comportamentos de risco pelo contacto com fotos de amigos a fumar ou a ingerir álcool, concluiu um estudo publicado no início do mês nos EUA.

Europa recomenda fármaco O novo fármaco Kadcyla da Roche para o cancro da mama foi aprovado no Japão e recomendado a aprovação na Europa, com base na aprovação pela FDA em fevereiro passado, avança a Reuters.

nova forma deteção Investigadores americanos propõem uma nova abordagem para identificar os subtipos de cancros, baseando-se na forma como as mutações afetam os sistemas ou redes genéticas partilhadas e não nas mutações singulares que afetam cada indivíduo.

vacina revela-se muito eficaz Uma nova vacina contra a meningite do tipo A, utilizada em campanhas de vacinação em vários países africanos, provou ser muito eficaz em larga escala, indica um estudo clínico.

cura dentro de dez anos O médico argentino Marcelo Rivolta, chefe de um grupo de investigação de problemas auditivos da Universidade de Sheffield, Reino Unido, calcula que a surdez terá cura dentro de uma década com recurso a células estaminais.

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271 vacinas Empresas biofarmacêuticas americanas estão atualmente a desenvolver 271 vacinas para prevenir - e, em alguns casos, tratar - um leque enorme de doenças, incluindo doenças infecciosas, várias formas de cancro e doenças neurológicas.

O Grupo BIAL acaba de lançar o primeiro medicamento com iodo no mercado português. Denominado Yodafar, consiste num suplemento de iodeto de potássio indicado na correção de deficiências nutritivas do adulto, da grávida e da lactante e também na profilaxia de defeitos neurológicos no feto.

retarda envelhecimento Investigadores americanos descobriram que uma mudança completa do estilo de vida pode reverter o envelhecimento das células. Rotina rígida de exercícios físicos, dieta e meditação podem reduzir o ritmo de envelhecimento celular.

alzheimer

antidiabético mostra-se promissor Um fármaco habitualmente utilizado no tratamento da diabetes poderá reverter os sintomas da doença de Alzheimer. Este fármaco está prestes a ser testado num ensaio clínico de grandes dimensões, segundo um estudo publicado na revista “Neuropharmacology”.



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