My Cooprofar Julho 2022

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23 de maio de 1975

Especial Saúde Sáude de Ferro

04. Análise de Mercado

Monkeypox: Regulador europeu inicia avaliação dos dados da vacina da varíola 06. Especial Cooprofar Testemunhos Farmácias 08. Desafios Indústria

Os Desafios da energia na distribuição farmacêutica 11. Especial Saúde Saúde de Ferro 15. Prevenção: Saúde e Bem-Estar

Saber gerir o stress… a saúde agradece! 19. Breves 7 em cada 10 portugueses consideram a vacinação como um fator crítico de sucesso...



DESAFIO Atravessamos uma crise energética sem precedentes, cujo impacto se nota particularmente na evolução do preço dos combustíveis e também na evolução da inflação. Num mercado como o da Distribuição Farmacêutica, extremamente regulado pelo Estado, que fixa administrativamente o preço e a margem dos medicamentos, a remuneração está naturalmente limitada exigindo grande esforço para acomodar acréscimos, imprevistos e de grande volume, de custos e esforço também para encontrar soluções que permitam salvaguardar resultados. As subidas sucessivas de preços e o impacto económico-financeiro que provocam, resulta numa preocupação cada vez mais acrescida. Temos consciência que a continuidade desta tendência, que é amplamente previsível, poderá causar um aumento de custos operacionais tal coloque em causa a prestação dos nossos serviços. Procuramos, por isso, tomar medidas que evitem esta possibilidade e que permitam a todos, Farmácias e Cooprofar, assegurar os serviços de excelência que nos distinguem. Temos consciência, porém, da finitude dos nossos recursos e agiremos com responsabilidade a bem de todos. Obrigado!

Adiministração e Propriedade: Cooprofar Rua Pedro José Ferreira 200-210 4424-909 Gondomar T 223 401 000 | F 223 401 050 cooprofar@cooprofar.pt www.cooprofar.pt

Direção: Hélder Mesquita Coordenação Editorial: Natércia Moreira Publicidade: assessoria@cooprofar.pt Design/Paginação: Cooprofar Distribuição: Gratuita Publicação: Mensal Tiragem: 1500 ex.


Análise de Mercado

Crescimento Mercado maio 2022 vs. mês homólogo

27,5%

24

22,8%

21

30

18

25

Mercado Total

Viseu

Vila Real

Setúbal

Açores

Santarém

Porto

Madeira

Lisboa

Portalegre

Leiria

Guarda

Faro

Évora

Coimbra

Bragança

Beja

Viana do Castelo

-9

Castelo Branco

-6

Braga

0 -3

Aveiro

DEZ

NOV

OUT

SET

AGO

JUL

MAI

JUN

ABR

MAR

FEV

3

-15

-20

18,7% 18,4%

6

6,1%

-10

19,9%

17,1%

9

11,9% 10,2% 11,1%

JAN

0 -5

16,4%

15,2% 16,2%

14,0%

13,5%

21,0% 17,5%

17,4%

12

10 5

18,3% 16,6%

16,4%

15

18,4%

20 15

18,2%

20,2%

19,4%

19,3%

-12 -15

-25

-30

Monkeypox: Regulador europeu inicia avaliação dos dados da vacina da varíola

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) está a avaliar o alargamento do uso da varíola para a imunização contra a doença monkeypox, tendo em conta a semelhança dos dois vírus. O Comité de Medicamentos Humanos da EMA iniciou uma revisão de dados para alargar o uso da vacina contra a varíola Imvanex para incluir a proteção das pessoas contra a doença monkeypox. A Imvanex está atualmente autorizada na UE para a prevenção da varíola em adultos, mas, tendo em conta as semelhanças entre os dois vírus, é também considerada uma vacina potencial para a monkeypox. A decisão tem em conta os resultados de estudos laboratoriais não clínicos que sugerem que a vacina desencadeia a produção de anticorpos que visam o novo vírus monkeypox. A disponibilidade da Imvanex é limitada na União Europeia, mas a vacina é comercializada nos Estados Unidos com a designação Jynneos, onde já é autorizada para a prevenção da varíola e da monkeypox. Tendo em conta a disponibilidade limitada, a `task force´ de emergência da EMA recomendou que a Jynneos possa ser utilizada para proteger contra a doença monkeypox na União Europeia.

04


GSK investe 1,1 mil milhões de euros em I&D para combater doenças infeciosas nos países em desenvolvimento

A multinacional biofarmacêutica GSK vai investir cerca de 1,1 mil milhões de euros, ao longo de dez anos, para acelerar a Investigação e Desenvolvimento (I&D) dedicada a doenças infeciosas de elevado impacto nos países em desenvolvimento. O combate à malária, VIH e Doenças Tropicais Negligenciadas estão entre as prioridades. O investimento em I&D vai ter quatro grandes prioridades de atuação. Em primeiro lugar, fornecer a próxima geração de vacinas e medicamentos para a malária e tuberculose, oferecendo opções de tratamento mais curtas e simples para os doentes, mas também, trabalhar com o objetivo de vencer o VIH/SIDA, desenvolvendo e permitindo o acesso a opções inovadoras de tratamento e prevenção para pessoas afetadas por VIH. A biofarmacêutica pretende ainda reduzir a resistência antibiótica, o que inclui vacinas de primeira classe contra salmonelose não tifoide e invasiva e shigelose, bem como catalisar o financiamento externo para a I&D face a doenças infeciosas de alto impacto através de colaborações e alianças multissetoriais. Para cumprir estes objetivos, a GSK formou uma Unidade de Saúde Global, para a qual o sucesso é medido pelo impacto na saúde. A multinacional reforçou ainda o seu compromisso de fornecer albendazol, a maior doação de medicamentos alguma vez feita, até que a filaríase linfática e a morbilidade da helmintíase transmitida pelo solo sejam eliminadas como problemas de saúde pública em todo o mundo.

EMA aprova selpercatinib no tratamento de 1L do CPNPC avançado com fusão do RET

Esta aprovação é baseada no ensaio clínico de fase 1/2 LIBRETTO-001, que representa o ensaio clínico com mais doentes incluídos com tumores RET-driven tratados com um inibidor RET. Eli Lilly and Company anunciou que a Agência Europeia do Medicamento (EMA) aprovou a autorização de comercialização de Retsevmo® (selpercatinib) em monoterapia como primeira linha no tratamento de adultos com Cancro do Pulmão de Não-Pequenas Células (CPNPC) avançado, com fusão do gene RET positiva, sem tratamento prévio com um inibidor RET. Retsevmo® (selpercatinib) é um inibidor seletivo e potente do recetor da tirosina quinase rearranjado durante a transfecção (RET) com atividade no sistema nervoso central. Retsevmo® (selpercatinib) foi anteriormente aprovado para o tratamento de doentes adultos com CPNPC avançado, com fusão do gene RET positiva, que necessitam de tratamento sistémico após tratamento prévio com imunoterapia e/ou quimioterapia contendo platina. “A aprovação de Retsevmo® (selpercatinib), pela Agência Europeia do Medicamento, como primeira linha de tratamento, representa um passo importante para as pessoas que vivem com cancro do pulmão avançado ou metastático com fusão do gene RET positiva, incluindo os doentes com metastização cerebral de difícil tratamento.” afirmou António Leão. “Esta aprovação demonstra ainda a importância do diagnóstico molecular na identificação atempada dos biomarcadores moleculares de forma a identificar os doentes cujos tumores têm biomarcadores potencialmente acionáveis. Gostaríamos de agradecer aos médicos, enfermeiros, doentes, cuidadores e a todos os envolvidos nos ensaios clínicos.”

Farmacêutica norte-americana CVS limita venda de pílula do dia seguinte A rede farmacêutica norte-americana CVS limitou a venda da pílula do dia seguinte a três por transação, como forma de evitar uma escassez do fármaco, após a decisão do Supremo Tribunal dos EUA de revogar o direito ao aborto. O grupo afirma, no entanto, ter nas suas lojas “grandes stocks” de Plan B e Aftera, dois produtos destinados a serem tomados até três dias após a relação sexual desprotegida e que visam prevenir a fecundação. No entanto, para assegurar um acesso justo e disponibilização permanente nas lojas, limitam temporariamente a três o número de caixas que podem ser compradas numa só transação. 05


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Testemunhos Farmácias

Farmácia David - Leiria “A Cooprofar tem estado ao nosso lado há exatamente 10 anos, numa parceria de estreita proximidade diária, dando-nos a confiança necessária para continuarmos a apostar nos resultados desta sinergia”.

Farmácia Mendes de Vasconcelos - Anadia “A Farmácia Mendes de Vasconcelos mantém uma larga relação comercial com a Cooprofar há já alguns anos sendo este o nosso principal fornecedor. Sendo o mercado dinâmico e sujeito a constantes alterações, a Cooprofar tem evoluído e acompanhado estas mudanças junto da farmácia , tendo preços competitivos em relação a outros fornecedores, profissionalismo e simpatia por parte dos colaboradores na resolução dos problemas, rotas apropriadas às nossas necessidades, estando cada vez mais próxima das farmácias. Espero futuramente manter a parceria com a Cooprofar de forma a evoluirmos e ultrapassarmos juntas os desafios do nosso dia a dia.”

07


Energia

Os Desafios da na distribuição farmacêutica Assegurar a Cadeia do Medicamento face aos impactos resultantes do atual contexto de crise energética. Num quadro de crise de saúde pública, ao qual agora se soma uma crise energética, é notório o esforço da Distribuição Farmacêutica para continuar a assegurar, diariamente, o fornecimento atempado e adequado de medicamentos e outras tecnologias de saúde. A capacidade de adaptação do setor a estas novas realidades, com o desenvolvimento de mecanismos para assegurar o abastecimento regular do mercado português, minimiza ruturas e evidencia uma robustez assinalável.

Pedido de medidas urgentes ao governo Dada esta conjuntura, o setor da distribuição farmacêutica solicitou medidas urgentes para minimizar o aumento dos custos dos combustíveis no transporte de medicamentos. Os associados da ADIFA solicitaram ao governo apoios como, por exemplo, o acesso a gasóleo profissional, a majoração na dedução dos gastos com combustíveis, o reembolso parcial do ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos), a dedutibilidade do IVA no gasóleo e a isenção do pagamento do imposto único de circulação das viaturas afetas à atividade da distribuição farmacêutica". Segundo comunicado da ADIFA, "desde o início do ano, as empresas de distribuição farmacêutica de serviço completo registaram um aumento de 20% em custos energéticos". Estamos perante um setor regulado pelo Estado, que fixa administrativamente o preço e a margem destes bens 08


essenciais, limitando a remuneração das empresas de distribuição que, por sua vez, se veem forçadas a acomodar os custos crescentes de energia e combustíveis. As ajudas supramencionadas e requeridas ao governo devem ser aplicadas de forma imediata para que os distribuidores consigam manter o nível de serviço das suas operações de armazenamento e distribuição de medicamentos. Importa recordar que durante a pandemia da covid-19 os distribuidores farmacêuticos foram parte fundamental da resposta, permitindo o acesso a equipamentos de proteção individual, álcool gel, testes rápidos, para além do abastecimento ininterrupto e equitativo de medicamentos e vacinas em todo o território nacional, o que figura um serviço público essencial. O setor assegura várias vezes ao dia o fornecimento atempado e contínuo das farmácias a nível nacional, realizando mais de 6 mil entregas por dia, através de mais de 800 viaturas no terreno e de 27 plataformas logísticas. Os impactos económico-financeiros que resultam dos aumentos dos preços da energia e, em particular, dos combustíveis, estão a agravar-se. A manter-se, esta situação traduz-se numa ameaça real ao normal funcionamento do circuito de abastecimento de medicamentos em Portugal, uma vez que os distribuidores podem não conseguir manter o fluxo normal de colocação de medicamentos nos pontos de venda e de administração devido aos custos insustentáveis.

Inflação nos 8,7% em junho, com preços da energia a dispararem mais de 30% - A mais alta em quase 30 anos A energia é a componente com maior disparo nos preços. A taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos terá sido de 31,7%, valor mais alto desde agosto de 1984. Depois de ter atingido os 8% em maio, a inflação em Portugal voltou a acelerar para se fixar em 8,7% em junho, segundo estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE). É o valor mais elevado desde dezembro de 1992, segundo indica o gabinete de estatísticas. A Cooprofar não é exceção à regra e, face aos resultados apresentados, vemos espelhado o esforço com que nos deparamos diariamente face à inflação do preço dos combustíveis. A atual situação traduz-se, assim, numa ameaça real ao normal funcionamento do circuito do medicamento. Importa, desta forma, optar por medidas colaborativas que garantam o normal funcionamento e a continuidade dos serviços.

EVOLUÇÃO DO PREÇO MÉDIO EM PORTUGAL CONTINENTAL Agosto(2022)

Gasóleo Simples

Linha de Tendência

Fontes: Portal Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG); Portal Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE); Portal Jornal Expresso; Portal Ordem dos Farmacêuticos; Portal Dinheiro Vivo; VERDELHO, P. (2022). Os Novos Desafios da Energia. Acedido em: 29, junho, 2022, em: https://www.erse.pt/media/1c2nhide/pverdelho_ccb_6_maio_22.pdf.

09



Especial Saúde

3%

Saúde de Ferro

Quando falta ferro, sobra anemia. Quando falta ferro, sobra anemia. Quais são e como podem ser identificados os principais tipos de anemia. A anemia é uma doença caracterizada pela diminuição de hemoglobina na corrente sanguínea, o que pode ter diversas causas, desde uma alteração genética até uma incorreta alimentação. Para identificar e confirmar o diagnóstico de anemia é realizada, regra geral, uma análise de sangue para avaliar a quantidade de hemoglobina, sendo considerado anemia quando o valor é menor que 12 g/dL em mulheres ou 13 g/dL em homens.

Maior incidência

< 13g/dL < 12g/dL

18 – 34 / > 75 anos

A prevalência será maior nas mulheres (devido ao ciclo menstrual e no terceiro trimestre da gravidez, com o aumento do volume plasmático e diminuição da hemoglobina) do que nos homens. As duas faixas etárias mais afetadas são as dos 18 aos 34 anos e a partir dos 75 anos. No caso dos idosos, vários estudos estabeleceram uma associação significativa entre a anemia e o declínio funcional (aumento da fraqueza muscular, quedas) e cognitivo (sintomas depressivos). Os défices vitamínicos, a doença renal crónica, outras condições crónicas (como artrite e diabetes) podem ser o promotor da anemia nas pessoas mais velhas.

11


Especial Saúde Causas da anemia A maior parte dos casos de anemia ocorre por deficiência de ferro. O ferro absorvido na alimentação é usado para a produção de hemoglobina dos eritrócitos e permite o transporte do oxigénio, necessário ao funcionamento das células do organismo. 1.

Anemia por perda de ferro

Hemorragia: as perdas de sangue implicam diretamente a perda de ferro. Nos homens, e nas mulheres posteriormente à menopausa, a maior parte das anemias por deficiência de ferro são devidas a hemorragia gastrintestinal causada por: - Gastrite por abuso de anti-inflamatórios; - Úlceras do estômago e do duodeno; - Tumores do estômago e do intestino. 2.

Anemia por necessidades aumentadas de ferro

Nas mulheres em idade fértil, as principais causas de anemia por perda de ferro são a gravidez e a menstruação abundante. Durante a gravidez é necessário fazer suplementação adequada de ferro, pois o elevado volume sanguíneo, necessário ao desenvolvimento do feto, exige maior quantidade de ferro disponível. O mesmo ocorre durante as fases de crescimento rápido, como na idade pré-escolar e na adolescência. 3.

Anemia por deficiente ingestão ou absorção de ferro

Dieta pobre em ferro: a ingestão de ferro é garantida pelo consumo de alguns alimentos, entre os quais a carne vermelha e de aves, peixe, vegetais de folha verde escura, feijão e nozes. Só com uma alimentação equilibrada se atingem concentrações adequadas de ferro no organismo. As dietas vegetarianas ou restritivas são pobres em ferro porque a concentração de ferro disponível nos vegetais é reduzida. Incapacidade de absorção: a existência de doenças ou de cirurgias gástricas e intestinais pode levar a que o organismo seja incapaz de absorver o ferro ingerido através da alimentação. 4.

Anemia por deficiência de outros nutrientes

Em certas condições de deficiência de Vitamina B12 e Ácido Fólico, também pode ocorrer anemia. Sintomas Os sintomas relacionados com a anemia podem resultar de dois fatores: redução da entrega de oxigénio aos tecidos; e, em contexto de hemorragia marcada pela hipovolemia, isto é, pela diminuição de volume de sangue circulante devido à perda por hemorragia. Incluem: • Fadiga;

• Algum grau de dificuldade respiratória;

• Fraqueza;

• Vertigem;

• Cefaleia; • Irritabilidade; • Intolerância ao exercício;

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• Letargia e perda de consciência no caso da anemia induzida por perdas sanguíneas importantes.


Especial Saúde Prevenção A prevenção de uma anemia é relativamente difícil porque, com frequência, é causada por inúmeros fatores. Mesmo as anemias por défices vitamínicos ou de ferro não têm, na maioria das vezes, como causa de base uma dieta vegetariana rigorosa ou falta de cuidados que as teriam evitado. Cabe aos indivíduos adotar um estilo de vida saudável, uma alimentação equilibrada e variada e ser seguido pelo médico nas várias etapas da vida, de modo a que este detete e trate precocemente possíveis causas de anemia. Qual o tratamento da anemia? O tratamento da anemia implica o tratamento das causas e a correção dos níveis de hemoglobina e eritrócitos, vigiada por análises sanguíneas periódicas. Quando se confirma que a anemia é causada por insuficiência de ferro pode haver necessidade de administrar suplementos de ferro – administrados por via oral ou injetável – pois têm boa tolerância e eficácia. Em situações de maior gravidade pode ser necessário recorrer a transfusão sanguínea. E se não se tratar corretamente a anemia? A anemia não tratada pode agravar outros problemas de saúde, por exemplo a insuficiência cardíaca ao requerer maior esforço ao coração. Para além disso, há compromisso da qualidade de vida, disponibilidade física e mental, podendo ter implicações negativas no rendimento laboral e na vida familiar. Alimentos Ricos em Ferro Contra a Anemia Embora os alimentos ricos em ferro sejam abundantes, uma pessoa que se alimente quase unicamente de produtos refinados (ex: pão branco, bolachas refinadas, massas alimentícias não integrais) pode vir a apresentar deficiência de ferro. É preciso ter em atenção que existem alguns fatores nutricionais que aumentam ou diminuem a absorção do ferro.

Grupo alimentar

Alimentos ricos em ferro

Carne/pescado

Carnes magras, aves, peixe, gema de ovo, vísceras, ostras, animais marinhos com concha. (Nota) As carnes vermelhas são mais ricas em ferro que as carnes brancas.

Legumes

Folhas verde-escuras, como espinafres, agrião, nabiças, grelos brócolos, beterraba, cenoura, aipo, couves, rabanete, coentros, salsa.

Leguminosas

Feijão, grão, ervilhas, lentilhas, favas.

Cereais e farináceos

Cereais integrais, especialmente trigo, aveia, cevada, quinoa, batata.

Frutos oleaginosos

Amêndoas, amendoins, nozes, castanha de caju, avelã, pistacho, pinhão.

Frutos secos

Damascos, passas, ameixas.

Frutos

Abacate, ananás, alperce, ameixa, amora, banana, cereja, figo, kiwi, laranja, limão, tangerina, maçã, morango, pera, pêssego, tâmara, uvas.

Outros

Melaço, algas marinhas, tofu, pólen, levedura, chocolate negro.

Evite o consumo de chá verde/preto ou café após as refeições principais (1-2h) porque diminuem a sua absorção. Fontes: Portal Saúde e Bem-Estar; Portal CUF; Portal MSD Manuals; Portal Anemia Working Group Portugal (AWGP)

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Prevenção Saúde e Bem-Estar

Cuidar da pele do Doente Oncológico Infelizmente os casos de Oncologia estão cada vez mais presentes na nossa vida e têm impacto não só psicológico como físico. Nem

todos os doentes são afetados da mesma forma, mas o tratamento do cancro pode ter efeitos colaterais a nível da pele e das unhas. Todos os medicamentos podem ter efeitos secundários e os que são utilizados no tratamento do cancro não são exceção. Alguns desses efeitos colaterais podem afetar especificamente a pele e as unhas dos doentes oncológicos. Contudo, não é possível prever com antecedência quem sofrerá desses efeitos, pois os fármacos ou a radioterapia podem afetar as pessoas de maneiras diferentes, dependendo de fatores como: • Fármaco ou radiação ou a combinação de fármacos do tratamento • Dose • Como o doente reage ao tratamento • Como o doente reagiu ao tratamento medicamentoso no passado A qualidade de vida dos doentes oncológicos é crucial para a sua recuperação. Uma boa relação com a sua imagem dá ao doente a força e positivismo necessários para enfrentar esta doença que cruzou o seu caminho.

Durante tratamentos para o cancro, como quimioterapia ou radioterapia, a pele pode ficar seca e com prurido, e pode até desenvolver erupções ou feridas.

15


Prevenção Saúde e Bem-Estar

Os efeitos secundários e patologias ao nível da Derme devido aos tratamentos com Radioterapia, Quimioterapia e Imunoterapia poderão ser: • Queda de cabelo, sobrancelhas e pestanas. • Unhas frágeis e quebradiças (Paroniquia, Onicólise). • Secura labial e alterações da Mucosa Oral (Xerostomia, Glossite, Mucosite, Infeções por Candidíase, Úlceras Afetosas). • Secura extrema da pele podendo originar Foliculite, Xerose. • Pés e mãos inchados (Eristrodisestesia Palmo-Plantar).

Como é que o tratamento do cancro afeta a pele? Os

problemas

de

pele

ocorrem

principalmente

com

medicamentos de quimioterapia ou medicamentos de terapia biológica. Dentro destes últimos, os chamados inibidores de tirosina quinase (TKIs) e inibidores do recetor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) podem, por vezes, causar erupções cutâneas graves. As terapias hormonais podem causar erupções cutâneas e comichão (prurido) em algumas pessoas, mas são sintomas geralmente leves. Muito raramente, os bisfosfonatos causam problemas de pele, que podem incluir: • Secura • Descoloração ou possivelmente escurecimento (pode ser irregular) • Maior sensibilidade à luz solar • Vermelhidão e dor nas mãos e pés (síndrome mão-pé) • Vermelhidão e comichão (prurido) em todo o corpo, que pode ser grave em alguns tipos de terapia biológica • Dor, vermelhidão, calor, secura e comichão em áreas previamente tratadas com radioterapia

Síndrome mão-pé Alguns medicamentos de quimioterapia e de terapia biológica podem afetar a pele das palmas das mãos e das solas dos pés. Este problema pode ser chamado de síndrome mão-pé ou síndrome plantar-palmar. Além disso, a pele destas zonas pode ficar dorida, vermelha, escurecer e descamar e o doente poderá sentir formigueiro, dormência, dor e secura. Há gestos do dia a dia que podem ajudar, como: • Tomar os medicamentos tal como prescritos pelo médico • Manter a pele bem hidratada com cremes indicados • Manter as mãos e os pés frescos • Evitar água muito quente • Evitar luvas ou meias apertadas, de preferência de algodão

16


Prevenção Saúde e Bem-Estar Como é que o tratamento do cancro afeta as unhas?

Alguns medicamentos podem também afetar as suas unhas. Os principais efeitos registados são: • Unhas quebradiças e secas • Unhas que crescem mais devagar • Desenvolvimento de sulcos • Linhas brancas ou escuras sobre as unhas Existem também medicamentos de quimioterapia e medicamentos de terapia biológica que podem tornar as unhas mais escuras ou soltas podendo, por vezes, até cair. Outros medicamentos, como terapias hormonais e bifosfonatos, também podem causar algumas dessas alterações nas unhas.

Como como cuidar da pele durante um tratamento oncológico? Um doente oncológico deverá ter alguns cuidados com a pele, uma ação preventiva para reduzir o risco de vir a desenvolver algumas das patologias acima mencionadas. Higiene: usar um produto de limpeza que respeite o Ph da pele 5.5, Antisséticos, Desodorizantes sem sais de alumínio, parabenos e perfume. Hidratação: Emolientes bastante hidratantes podendo ter na composição Ureia entre 5 a 10%. Deve evitar usar produtos com retinoides e peróxido de benzoílo. Proteção solar: Usar protetores solares Minerais com factor 50+. Maquilhagem de Correção: Deverá ser hipoalergénica, não comodogénica e não-oclusiva.

A melhor forma de manter o conforto da pele é hidratá-la o mais frequentemente possível. Fontes: Portal Grupo Correia Rosa; Portal CUF; Portal Prevenir; Portal Care to Beauty.

17


Indústria Farmacêutica

OF distinguida nos 200 anos da Sociedade de Ciências Médicas A Sociedade de Ciências Médicas (SCM), que celebrou 200 anos de fundação, em 1822, distinguiu a Ordem dos Farmacêuticos, enquanto membro honorário da organização. A sessão comemorativa, que teve lugar na Aula Magna da Idosos e vulneráveis passam a ser vacinados contra a covid-19 todos os outonos A lógica de vacinação dos mais idosos e vulneráveis contra a

Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, contou com a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que condecorou a SCM com as insígnias

covid-19 passa a ser sazonal, independentemente do

de Membro Honorário da Ordem Militar de Cristo.

historial de vacinas e reforços anteriores.

A SCM explica que “a sua missão como fórum de discussão

“Sabemos que se aproxima a estação de maior risco em

científica, órgão consultivo em saúde pública, ensino

termos de circulação de vírus e de descompensação de doença crónica e por isso fazemos reforços sazonais e é isso que vai acontecer já este outono-inverno”, disse Graça

médico, qualidade e segurança de medicamentos e atribuição de prémios de investigação é ainda atual”. Na

Freitas em conferência de imprensa no Ministério da Saúde.

sessão comemorativa estiveram ainda Maria do Céu

De acordo com a diretora-geral da Saúde, a campanha de

Machado, Presidente da SCMED, Fausto Pinto, Diretor da

vacinação que arranca em setembro terá uma capacidade

Faculdade de Medicina de Lisboa e Carlos Moedas,

instalada de 300 mil doses por semana, o que é suficiente para cumprir o cronograma que arranca a 05 de setembro com vacinação em lares, rede de cuidados continuados e pessoas com 80 ou mais anos. Ainda que na próxima campanha a vacina contra a gripe e a vacina

contra

a

covid-19

sejam

administradas

em

simultâneo, a ministra da Saúde, Marta Temido, disse que não está previsto que isso possa acontecer nas farmácias comunitárias, ainda que os aspetos de logística ainda estejam a ser trabalhados, acrescentou. Já sobre as vacinas contra a covid-19 adaptadas às novas variantes, o presidente do Infarmed, Rui Santos Ivo, explicou que os contratos celebrados a nível europeu já preveem que Portugal possa receber vacinas adaptadas quando estas estiverem disponíveis, acrescentando que foram feitos ajustamentos aos contratos para “diferir algumas entregas para a parte final do ano”. Graça Freitas adiantou também que pela primeira vez será administrada em Portugal uma vacina reforçada contra a gripe, tetravalente, da qual foram adquiridas 120 mil doses, destinadas aos residentes em lares. Paralelamente foram adquiridos cerca de dois milhões de doses de vacina da gripe não reforçada, uma compra “adaptada às previsões de necessidades” de vacinação, explicou a diretora-geral da Saúde. de um estudo realizado com mais de 5.000 pessoas, que mostram que o Evusheld, administrado através de injeções, reduziu o risco de infeção em 77%, com a proteção contra o 18

Presidente Câmara Municipal de Lisboa.


Breves

Monkeypox. Investigador do INSA defende proteção para grupos de risco

Cerca de 10% dos cancros na Europa estão ligados à poluição Segunda a Agência Europeia do Medicamento (EMA), a exposição à poluição do ar, ao tabagismo passivo, aos raios ultravioletas, ao amianto, a alguns produtos químicos e a outros poluentes estão na origem de mais de 10% dos casos de cancro na Europa., especificou a organização, em comunicado citado pela Lusa. O número pode diminuir de forma drástica se as políticas existentes forem objeto de uma atualização rigorosa, como na luta contra a poluição, refere a organização.

Covid-19: Certificado digital da UE prolongado até fim de junho de 2023 O Conselho da União Europeia (EU) deu luz verde à extensão até 30 de junho de 2023 das regras relativas ao Certificado Digital Covid-19 da UE, considerando que o documento é “particularmente importante” no contexto das viagens. O certificado continua a justificar-se devido ao facto do vírus SARS-CoV-2 continuar a ser prevalecente na UE e a extensão do certificado irá facilitar a vida e deslocações dos cidadãos, explica em comunicado o executivo, citado pela Lusa. A Comissão propôs que sejam emitidos certificados para testes de antigénio de alta qualidade baseados em laboratório e que sejam incluídas as pessoas que participam em ensaios clínicos de vacinas.

Cerveja é benéfica para a microbiota intestinal Investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) concluíram que “beber cerveja faz bem à microbiota intestinal”, fator que tem sido associado à prevenção de doenças crónicas como a obesidade, diabetes e cardiovasculares. No decorrer da investigação, a equipa recrutou homens saudáveis, entre os 23 e 58 anos, para participarem num ensaio, ao longo de quatro semanas, que consistia em beber diariamente 330 mililitros(ml) de cerveja, com ou sem álcool. Os resultados provaram que o consumo de cerveja aumenta a diversidade da microbiota intestinal, sem aumentar o peso e a massa gorda. Ao mesmo tempo, os investigadores concluíram que a ingestão desta bebida não interfere significativamente em biomarcadores cardiometabólicos, como a glicose, colesterol e triglicéridos. Curiosamente, a fosfatase alcalina, um importante biomarcador de danos no fígado, rins e ossos, diminuiu no decurso do ensaio. O benefício da cerveja na saúde intestinal provou, ainda, ser independente do teor alcoólico. Os investigadores acreditam que o efeito benéfico da cerveja poderá estar ligado com os polifenóis presentes na bebida, à semelhança do que acontece com o vinho tinto.

“Estamos a falar em grávidas, imunocomprometidos e crianças. Mundialmente, já foram reportados casos nestes grupos”, alerta o investigador João Paulo Gomes. “As pessoas têm de perceber que, de facto, o tipo de transmissão envolve um contacto físico direto e muito próximo e, portanto, têm que evitar pessoas que saibam que estão infetadas ou que possam contactar com pessoas que possam estar infetadas”. João Paulo Gomes salientou que há que ter o cuidado de evitar esse contacto para proteger não só a pessoa com quem se lida normalmente, mas também “há grupos de risco que devem ser protegidos”. “Estamos a falar em grávidas, imunocomprometidos, em crianças e mundialmente já foram reportados casos nestes grupos”, advertiu o investigador.

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