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Farmácias hospitalares “não deram resultado” Cooprofar entrega PRÉMIOS FORMA+ e mobiliza energia das Farmácias A saúde no universo familiar



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AGOSTO2015

EDITORIAL 04 Análise de mercado

Mobilizar!

08 Especial Saúde 15 Report 18 Novos 18 Cosmética e Higiene Corporal 20 Diagnóstico 20 Dispositivos Médicos 21 Éticos 26 Galénicos 26 Higiene Bebé 26 Higiene Oral 26 Homeopáticos 26 Interapothek 26 MNSRM Exclusivo Farmácias 26 Med. Vet. Suj. Rec. Médica 27 Med. Não Suj. a Rec. Médica 29 Nut. e Prod. à Base de Plantas 30 Nutrição Infantil 30 Parafarmácia 30 Puericultura 30 Químicos 31 Breves

Mobilizar a energia das farmácias tem sido uma das apostas da Cooprofar. Potenciar a valorização do seu papel como espaço de saúde fundamental para a promoção da qualidade da Saúde Pública é um desafio constante que ganha expressão através de várias ações que promovemos. Este semestre lançámos várias iniciativas que permitiram dinamizar a farmácia e as suas equipas enquanto agentes de saúde que elegem a Cooprofar para aumentar as suas competências. Deste reconhecimento e fidelização, nasceu o PRÉMIO FORMA+. Os prémios foram atribuídos, recentemente, num Seminário que promovemos em parceria com a parceria com Porto Business School e ministrado por Isabel Paiva de Sousa, Consultora em Gestão de Pessoas, Professora e Investigadora na área da Felicidade no Trabalho. “Como energizo a minha equipa?”, foi a questão explorada numa viagem que abordou a motivação, a coesão e a confiança das equipas. Outro marco de sucesso foi a campanha lançada junto de todas as farmácias de norte a sul do país «A compra online de medicamentos pode matar. Quer arriscar?» que teve como objetivo consciencializar para um dos maiores flagelos da Saúde Pública e da sociedade global da atualidade: a venda online de medicamentos ilegais. À semelhança do evento realizado, em Gondomar, onde foi lançada a campanha a Cooprofar levou, em julho, a campanha às localidades de Aveiro em Bragança, enquadrada numa formação intitulada «Contrafação e Venda Ilegal de Medicamentos». A campanha com a assinatura da Cooprofar teve ainda um forte impacto nos Media, tendo alcançado uma grande projeção em vários órgãos de Comunicação Social. No seguimento destes acontecimentos, a partir de julho, foi decretado que todas as farmácias e revendedores “online” a operar legalmente na União Europeia devem utilizar um logótipo comum a atestar a autenticidade e segurança dos medicamentos vendidos na internet. Congratulamo-nos com estas iniciativas desenhadas a pensar no Cliente e na dinamização do seu negócio, energizando a sua equipa, valorizando o papel do profissional farmacêutico – Mobilizar!

Celso Silva Diretor Geral

Administração e propriedade: Cooprofar Rua José Pedro José Ferreira, 200 - 210 4424-909 Gondomar T 22 340 10 00 F 22 340 10 50 cooprofar@cooprofar.pt www.cooprofar.pt

Direcção: Celso Silva

Design e Paginação: Creative Blue

Coordenação Editorial: Natércia Moreira

Distribuição: Gratuita

Produção Redactorial: Cooprofar Publicidade assessoria@cooprofar.pt 22 340 10 21

Publicação: Mensal Tiragem: 1500 exemplares

O Período de vigência das Bonificações decorre entre 1 de Agosto a 31 de Agosto, inclusive. Os Preços indicados estão sujeitos a alterações de acordo e devido as condições de mercado. Os valores indicados estão corretos, salvo erro tipográfico. Aviso: Os textos foram redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico.


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/Análise de Mercado

Crescimento face ao período homólogo Crescimento Mercado Junho 2015 vs. mês homólogo

14 12 9,5%

10 8

4,7%

Viseu

Vila Real

Mercado Total

-8

Setúbal

-6

Santarém

-4

Viana do Castelo

-15%

5,5% 3,2%

-2 Açores

-10%

4,5% 1,1%

Porto

Nov

4,9%

Madeira

Out

Portalegre

Set

Leiria

Ago

Lisboa

Jul

Faro

Jun

5,6% 3,8% 1,3%

Guarda

Mai

4,3%

% 0

Évora

Abr

4,7%

1,6%

2

-5%

6,2%

5,0%

Coimbra

Mar

4

6,2% 4,1%

Castelo Branco

Fev

5,1%

Bragança

2,7

1,7

4,7

5,7%

Beja

4,2

Jan

6

7,5

Braga

5%

7,5

Aveiro

10%

8,9% 6,6%

-10

Dívida do Estado com companhias farmacêuticas tem vindo a diminuir

Farmácias hospitalares “não deram resultado”

A dívida do Estado com companhias farmacêuticas tem vindo a diminuir. A associação da indústria farmacêutica continua a monitorizar mensalmente o montante das faturas em atraso. “Em final de maio o valor total [em dívida aos laboratórios] era na ordem dos €865 milhões, o prazo médio de recebimentos andava nos 410 a 420 dias, mas apesar de tudo a situação está melhor do que no início do período de assistência e substancialmente melhor do que em junho de 2012, quando as dívidas chegaram a atingir os €1.589 milhões”. Segundo o presidente da Apifarma, o problema é que “o orçamento da Saúde foi sempre manifestamente insuficiente, daí a acumulação de dívida — onde existia uma orientação da troika [para resolver o problema], que não veio a concretizar-se. Aliás, o período em que as dívidas à Indústria Farmacêutica e a outros fornecedores de produtos de Saúde foram maiores foi precisamente a meio do período de assistência, em maio de 2012.”

As farmácias hospitalares “não deram resultado”, disse Paulo Macedo. O ministro da Saúde diz que o encerramento destas farmácias, onde muitas têm vindo acumular dívidas, está acontecer nos hospitais “onde o SNS nunca chegou a receber qualquer renda”. “Esta foi uma situação que se arrastou”, acrescenta. Certo é que da parte do ministério não “há qualquer intenção de novos concursos”. A decisão cabe agora à administração de cada hospital, “aprendendo com as lições do passado”, alertou o ministro.

Quais são os principais fatores para chegar ao preço O que é torna os medicamentos inovadores tão caros? Normalmente refere-se como principal fator as margens da indústria farmacêutica face aos seus custos de produção. Mas como refere um estudo do Boston Consulting Group, este “é apenas um dos elementos determinantes nos preços dos medicamentos e é mais determinante em fármacos menos inovadores como os genéricos”. No caso dos fármacos inovadores há mais razões que explicam o preço. O primeiro é o elevado custo da investigação e desenvolvimento. Estima-se em 1,96 mil milhões de dólares o custo médio atual de uma molécula introduzida no mercado, quando há 15 anos esse custo era de mil milhões de dólares. Em segundo lugar, o período de proteção de patentes é de cerca de 20 anos desde o momento da identificação da molécula. Os preços de novos medicamentos refletem o período real que as farmacêuticas dispõem para recuperar o investimento em I&D. O terceiro fator está no facto de os universos de doentes serem cada vez mais reduzidos. “A inovação tem evoluído e focado em patologias com incidências inferiores e em tratamentos mais personalizados e com esquemas terapêuticos mais cómodos”. Tem benefícios para os doentes, mas traduz-se num volume de unidades vendidas e o custo de tratamento por doente reflete este volume mais reduzido. O preço no retalho está relacionado com o sistema internacional de preços de referência, metodologia que se aplica em 24 países da União Europeia. Em Portugal, o preço no retalho é formado como a média do preço praticado para aquele fármaco nos países europeus que servem de referência para o sistema português que são a Espanha, a França e a Eslovénia.

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Produtos Farmacêuticos: Exportações caem e importações sobem Portugal exportou menos e importou mais produtos farmacêuticos, revelam os dados de Maio do Instituto Nacional de Estatística (INE). O decréscimo das vendas para fora foi de 3,8% face ao período homólogo de 2014, enquanto o aumento das importações foi de mais de 25% face ao mesmo período. As vendas para países como os Estados Unidos podem ter contribuído para esta quebra nas exportações. Segundo os dados do INE, as vendas de produtos farmacêuticos para este país caíram 36,9%. Ainda assim, os Estados Unidos são o país para onde Portugal continua a exportar mais em valor. De Janeiro a Maio, Portugal vendeu-lhe mais de 59 milhões de euros em produtos farmacêuticos, sendo que de Janeiro a Maio de 2014 o valor tinha sido de perto de 94 milhões. Outros decréscimos a destacar são os das exportações para destinos como França (20,7%), Angola (18,6%) ou Alemanha (14,1%). No que respeita a crescimento, as vendas de produtos farmacêuticos para a Holanda (21,3%) e para a Venezuela (33,2%) são de destacar. Os principais clientes de Portugal ainda continuam a ser, no entanto, a Alemanha, Espanha e Bélgica, para onde as exportações portuguesas caíram, respectivamente, 23,8%, 42,5% e 15,5%.

Ministério diz que despesas das famílias com saúde diminuíram em 2013 O Ministério da Saúde reagiu ao relatório da OCDE que reporta um aumento das despesas de saúde privada em Portugal, indicando que segundo o Instituto Nacional de Estatística a despesa corrente das famílias em 2013 terá diminuído 4,7%. “Importa referir que a única fonte que a OCDE dispõe para o ‘out-of-pocket’ [pagamentos diretos no momento de utilização dos cuidados de saúde] é a conta satélite da saúde”, refere o Ministério, sublinhando que os dados do INE apontam para 2013 um “decréscimo da proporção do financiamento das famílias (menos 0,8 pontos percentuais face a 2012)”. O Ministério argumenta ainda que “a redução na despesa privada de saúde nas famílias com produtos farmacêuticos e outro artigos médicos mais do que compensou o aumento da despesa privada de saúde das famílias com a redução das deduções à coleta de IRS e aumento das taxas moderadoras”.

Consumo de anti-alérgicos aumentou 8,2% em Portugal no último ano O consumo de anti-histamínicos está a aumentar em Portugal, registando um crescimento de 8,2% no espaço de um ano, sendo que entre cinco países europeus analisados é o que mais consome este tipo de medicamentos. De acordo com dados da consultora IMS Health, resultantes de uma análise feita a Portugal, Reino Unido, França, Itália, Espanha e Alemanha sobre o consumo de anti-histamínicos, os portugueses são os que mais consomem este tipo de medicamentos, com um crescimento de 8,2% entre maio de 2014 e abril de 2015, num total de 5.627.517 unidades e um crescimento em valor de 8,1%. Esta análise permitiu ainda verificar que em Portugal a substância ativa que regista maior consumo na classe de anti-histamínicos sistémicos é a Desloratadina, seguida pela Cetirizina.

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/Análise de Mercado

Secretário de Estado:

“Se calhar há um conjunto de medicamentos em Portugal que já estão demasiado baratos” O Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Leal da Costa, à questão sobre que mais medidas estão previstas para o setor do medicamento, respondeu que “o que vamos ter de fazer é utilizar a nova ferramenta que é o sistema de avaliação de tecnologia da saúde (SINATS). O grande passo que é preciso dar é a revisão da manutenção das comparticipações em função do valor acrescentado do medicamento e, acima de tudo, com a discussão relativamente ao primeiro preço negociado de entrada. A primeira intervenção foi tomar para a maioria dos portugueses os medicamentos mais acessíveis e obviamente mais baratos para o Estado. Mas para podermos ter verdadeiros ganhos não chega tornar os medicamentos mais baratos, é preciso passar a prescrever melhor”. Neste sentido, fixou como objetivo “de no próximo ciclo governativo ultrapassar os 60% de quota de genérico”. Sobre o preço dos medicamentos, Leal da Costa afirmou que “Se calhar - e vou ser politicamente incorreto - há um conjunto de medicamentos em Portugal que já estão demasiado baratos”, acrescentando que “houve uma diminuição significativa do preço dos medicamentos e, no entanto, o número total de embalagens vendidas aumentou muito significativamente. O que me leva a pensar, quando olho para determinadas classes de medicamentos, nomeadamente na área dos psicotrópicos, calmantes, antibióticos, que se calhar não estamos também através da diminuição do preço a dar o sinal de importância que o medicamento tem. Em Portugal, e no mundo, quando há um terceiro pagador, a tendência natural das pessoas é para desperdiçar. Com grande frequência ainda se compram medicamentos que depois o doente acaba por não tomar, foram pagos, a caixa vai para o lixo.”

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/Especial Saúde

SAÚDE DA FAMÍLIA

A saúde no universo familiar A manutenção da boa saúde da mulher exige uma série de cuidados e comportamentos preventivos. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPC) o cancro da mama, a chegada à menopausa e a osteo-porose são temas que preocupam todas as mulheres. Os medicamentos e stresse entre principais inimigos da Saúde Sexual do casal. Nas crianças, a hiperatividade virou “moda” e há, cada vez mais, medicadas com psicoes-timulantes. Em Agosto, vamos falar sobre a SAÚDE DA FAMÍLIA. Com que frequência se deve consultar o ginecologista? Ser acompanhada regularmente por um ginecologista é um cuidado de saúde que nenhuma mulher deveria descurar. Para além de ajudar a prevenir problemas ginecológicos, esta supervisão médica especializada permite detetar precocemente doenças como o cancro do colo do útero e auxilia a mulher a fazer a melhor opção ao nível da contracepção. João Luís Silva Carvalho, ginecologista obstetra, partilha a importância deste tipo de consulta e alguns dos cuidados básicos que a mulher deve ter com a saúde, revelando que apenas cerca de metade faz os exames regulares, revela a Sociedade Portuguesa de Ginecologia. A mulher deve fazer uma consulta anual de rotina, caso não haja nenhum sintoma alarmante. A primeira consulta deve acontecer a partir do momento em que inicia a sua atividade sexual. Na pós-menopausa, pode haver necessidade da mulher ir ao ginecologista duas, três vezes por ano. Medicamentos no feminino: vantagens, riscos e cuidados Contracetivos orais, ansiolíticos ou venotrópicos fazem parte da lista de fármacos mais utilizados pelo sexo feminino. Para dar mais qualidade à saúde da mulher, abordamos os benefícios, efeitos secundários e os cuidados que se deve ter aquando a toma destes fármacos.

E que exames deverá fazer? É fundamental que realize o exame clínico feito pelo ginecologista. Depois há outros exames, consoante a fase da vida. Por exemplo, a mamografia e a ecografia mamária devem ser realizadas a partir dos 40 anos, com uma periodicidade anual. Entre os 20 os 60 anos, recomenda-se a realização do Teste Papanicolau, a citologia de rastreio para o carcinoma do colo do útero.

Contracetivos orais Nos medicamentos anticoncecionais encontram-se progestagénios que podem ser usados isoladamente ou associados a um estrogénio para prevenir a gravidez. Os indutores enzimáticos, como os antiepiléticos, reduzem a eficácia anticoncecional. Tenha cuidado com produtos que contenham hipericão pois podem aumentar o metabolismo dos estrogénios, reduzindo a eficácia dos contracetivos orais. Se tem mais de 35 anos e fuma deixe de o fazer pois corre maior risco de ter problemas cardiovasculares. Se não abdicar do vício, use outro método contraceptivo. Cefaleias, irritabilidade, fadiga, náuseas, vómitos, cólicas abdominais, retenção hídrica e tensão mamária são alguns dos efeitos secundários. Não tome contracetivos orais em caso de gravidez, amamentação, cancro dependente de estrogénios, tromboflebite ou desordens tromboembólicas, afeções hepáticas e hemorragias vaginais de causa desconhecida.

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Antidepressivos São eficazes no controlo dos sintomas das perturbações depressivas do humor. Interferem na recaptação de um ou mais neurotransmissores, sendo a noradrenalina e a serotonina os mais importantes. Alguns estão também indicados para o tratamento da ansiedade ou de alterações do comportamento alimentar, como bulimia nervosa. As interações com outros medicamentos dependem do princípio ativo, embora, em alguns casos, o efeito dos anticoagulantes seja potenciado e haja antagonismo do efeito dos antiepiléticos. Náuseas, vómitos, indigestão, dor abdominal, diarreia, obstipação, anorexia e perda de peso são alguns dos potenciais efeitos secundários.

Cancro da mama é a doença que assusta mais as mulheres portuguesas 70% das mulheres portuguesas, quando questionadas sobre doenças, afirmam que o cancro da mama é a sua principal preocupação. Este estudo foi desenvolvido pela Associação Laço junto de uma amostra representativa das mulheres residentes em Portugal Continental e procurou saber quais os comportamentos, sentimentos e informação de que dispunham as mulheres portuguesas sobre o cancro da mama. Estará a mulher portuguesa suficientemente informada sobre esta doença? Terá os comportamentos corretos no que se refere à prevenção? Quais os sentimentos e os preconceitos sobre o cancro da mama? Estas são algumas das questões às quais a Associação Laço procurou obter respostas. O estudo revelou que 70% das mulheres portuguesas quando questionadas sobre a doença colocam o cancro da mama como a sua principal preocupação. Revelou ainda que 43% das mulheres em Portugal afirmaram ter algum familiar ou amiga a quem foi diagnosticado cancro da mama. 69% das mulheres portuguesas acreditam que a deteção precoce pode salvar a vida e por essa razão a prevenção secundária e o diagnóstico é uma das suas principais preocupações. O estudo revelou que cerca de 2/3 das mulheres já realizaram exames de diagnóstico, tendo sido cerca de 38% por uma questão de prevenção. No que se refere aos exames de diagnóstico, 90% das mulheres portuguesas reconhecem a mamografia como o exame de diagnóstico através do qual habitualmente se deteta o cancro da mama. Apesar deste número, infelizmente 12% das mulheres vê a auto-palpação como suficiente para detetar qualquer alteração na mama. Lynne Archibald, presidente da Associação Laço, refere como é importante conhecer o corpo e estar atenta a qualquer alteração, não tendo de seguir as regras do auto-exame que, hoje, já é um conceito ultrapassado e que não é sinónimo de deteção precoce. Quando questionadas sobre o Programa de Rastreio de Cancro da Mama, 30% das mulheres portuguesas, refere ter conhecimento da existência deste programa de rastreio organizado na sua zona de residência, e 86% das mulheres com mais de 45 anos foram informadas sobre a possibilidade de participar neste programa, tendo 70% optado por participar.

Ansiolíticos Estão indicados para o tratamento de síndromes de ansiedade (sintomas ansiosos, ataques de pânico) e/ou indução ou manutenção do sono. As benzodiazepinas (alprazolam, diazepam) constituem os princípios ativos mais prevalentes em termos de toma, sendo eficazes como ansiolíticos e hipnóticos. Sonolência, descoordenação motora, alteração da memória a curto prazo, confusão, depressão, vertigens, obstipação, vómitos, diarreia, alterações do apetite e visuais e irregularidades cardiovasculares são alguns dos potenciais efeitos secundários dos ansiolíticos. Tenha cuidado pois todas as benzodiazepinas podem induzir tolerância e dependência física e psíquica, pelo que estão contra-indicadas ou devem ser usadas com precaução por idosos e crianças, em doentes com insuficiência respiratória grave ou na apneia do sono. Quanto às interações com outros medicamentos, saiba que os ansiolíticos potenciam o efeito de depressores do sistema nervoso central e do álcool. Há também interações conhecidas com antifúngicos (usados para micoses), anti-histamínicos (usados para alergias) e macrólidos (grupo de antibióticos), entre outros. Venotrópicos Usados para aliviar os sintomas de pernas pesadas, cansadas, inchadas e dor, contêm na sua maioria substâncias flavonóides ou outras quimicamente relacionadas (diosmina e oxerrutinas) que permitem tratar a insuficiência venosa, vulgarmente designada varizes. Menopausa: o que se transforma no universo feminino? A mulher enfrentará o problema tanto melhor, quanto mais bem esclarecida estiver, quanto mais segura de si mesma estiver, quanto mais valorizar a sua qualidade de vida e daqueles que a rodeiam. O exercício é fundamental, bem como deixar de fumar e equilibrar a dieta em cálcio e vitamina D. A aceitação é o primeiro passo para uma entrada tranquila nesta fase. O outro é a preparação. Cientificamente, a menopausa é o fim da menstruação da mulher. Assim, dizer que uma mulher “está a entrar na menopausa” significa que deixará de ser menstruada. Surge entre os 45 e 55 anos. É a chamada menopausa fisiológica. No entanto, «se for uma menopausa precoce acontece antes dos 40 anos. Afrontamentos, suores, sensibilidade ao calor e dor de cabeça são alguns dos mais comuns na perimenopausa. Há também alterações psicossomáticas, como irritabilidade, comportamentos ansiosos e depressivos, alterações do sono, secura vaginal e consequências da falta de colagénio, como pele mais seca e com rugas, unhas quebradiças e cabelos mais frágeis.

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/Especial Saúde

Saúde Sexual:

Segundo um estudo da Society for Women’s Health Research, cerca de 75 por cento das mulheres sofre ocasionalmente de falta de libido, enquanto apenas 14 por cento procura ajuda médica para se tratar. A rotina, as doenças e respetiva medicação, sem esquecer o stresse são os principais inimigos do sexo. Mas existem outros fatores que podem impor-se como verdadeiros obstáculos ao prazer. Os efeitos secundários de alguns medicamentos ou tratamentos médicos podem causar vários problemas sexuais na vida do casal. As benzodiazepinas (presentes em ansiolíticos, por exemplo) podem dificultar a obtenção do orgasmo. Já os medicamentos para a tensão podem reduzir a libido, os antidepressivos podem dificultar a obtenção do orgasmo e alguns tratamentos de quimioterapia podem causar secura vaginal. Segundo cientistas do Instituto Gustave Roussy, em França, os pacientes submetidos a tratamentos de quimioterapia viram afetada a função sexual em vários aspetos, desde problemas de desejo, ereção, satisfação sexual, orgasmo, lubrificação e dor. As alterações vaginais requerem cuidados especiais. O mais importante é não ignorar o problema e falar com o médico. O uso de gel lubrificante pode corrigir a secura vaginal mas, ainda assim, deve alertar o médico para estes sintomas. Use roupa interior de algodão para evitar infeções e evite calças muito apertadas. Já no homem, a andropausa pode ser a principal responsável pela disfunção erétil, um problema que, segundo dados de 2006, afeta 13% da população masculina. A andropausa é, assim, a incapacidade de obter ou manter uma ereção adequada para uma atividade sexual satisfatória. A terapia sexual ou de casal também pode ajudar. Consulte o seu médico, se sentir que necessita de ajuda a esse nível. Estima-se que mais de um terço das portuguesas sente falta de desejo, 32 por cento tem dificuldades em atingir o orgasmo, diminuição da excitação ou da lubrificação e 34 por cento tem dor ou desconforto. Se reconhece alguma destas situações, procure ajuda médica. Os portugueses são dos povos europeus que mais se substituem os médicos, ingerindo medicamentos que nem

Medicamentos e stresse entre principais inimigos do sexo

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sempre são os mais adequados à sua situação. Com os contraceptivos, sobretudo com a pílula, sucede o mesmo. Esta tem ainda a vantagem de, além de funcionar como contraceptivo, pode servir para controlar problemas de acne ou excesso de pelos, daí a necessidade de tomar a mais adequada. A ginecologista Maria do Céu Santo alerta que “deve ser prescrita de acordo com o perfil de cada mulher, tendo em conta o peso, o grupo etário e o historial de saúde”. Segundo a ginecologista, “começar a tomar a pílula escolhendo a mesma marca que a amiga utiliza é o maior erro da automedicação anticoncepcional, uma vez que a escolha deve ser precedida de observação clínica e exames médicos.” A especialista avisa ainda que “o uso de anticoncecionais sem indicação médica, consoante o teor de estrogénios e progestagénios poderá provocar cefaleias, perturbações gastrointestinais, tensão mamária, alterações de peso e da libido, irritabilidade, tendências depressivas, alterações da pele, entre outros sintomas.” Disfunção erétil: portugueses têm vergonha de pedir ajuda De acordo com um estudo internacional patrocinado pela Lilly e realizado pela agência de estudos de mercado SKIM Healthcare, a esmagadora maioria dos portugueses tem vergonha de discutir assuntos do foro sexual com o seu médico. Não é por isso de estranhar que a Internet seja a principal fonte de informação em caso de dúvida e que Portugal se revele o país com menor taxa de utilização de medicação para o tratamento da disfunção erétil, avança comunicado de imprensa. O estudo internacional desenvolvido pela farmacêutica revelou diferenças culturais bastante marcadas entre a Europa, a Ásia e a América do Norte, no que toca à abordagem da saúde sexual com o médico. Em Portugal, esta realidade bem notória também se reflete na toma de medicação: 95% dos homens inquiridos afirma nunca ter feito qualquer tratamento para a disfunção erétil, um número superior aos 84% registados a nível mundial. A disfunção erétil é a disfunção sexual masculina com a maior taxa de prevalência – atinge 52 por cento dos homens entre os 40 e os 70 anos. Entre casos pontuais e permanentes, com origem física ou psicológica, calcula-se que cerca de 500 mil Portugueses sofram desta doença. E se a vergonha parece ser a principal causa para a fraca adesão aos medicamentos, um pouco por todo o mundo – 74% do total dos inquiridos assim o afirmaram –, não é de estranhar que 20% dos inquiridos confesse encomendar os seus medicamentos através da Internet. “Os números são reveladores e mostram que ainda há uma grande percentagem de homens com dificuldade em assumirem e exporem o problema da Disfunção Erétil”, refere Jorge Rocha Mendes, presidente da Sociedade Portuguesa de Andrologia. O presidente da Sociedade Portuguesa de Andrologia deixa, contudo, um alerta: “No que diz respeito à disfunção erétil, os doentes precisam de um diagnóstico médico que lhes assegure que vão fazer o tratamento mais adequado à sua situação. Não tenham vergonha nem fujam do problema. Procurem-nos e peçam ajuda. Apesar do estigma e da vergonha associados, hoje sabemos que é possível tratar com êxito a grande maioria das situações de disfunção erétil. Os avanços registados nos últimos anos vieram facilitar o tratamento e, consequentemente, a vida dos homens que sofrem desta doença”, acrescenta. 11

A disfunção erétil é a disfunção sexual masculina com a maior taxa de prevalência – atinge 52% entre os 40 e os 70 anos Idosos: Sexualidade ativa é indicador de felicidade Os indivíduos mais velhos casados com maior frequência sexual sentem-se mais felizes com a vida e no casamento, de acordo com um novo estudo norte-americano, que usou dados de uma pesquisa de opinião pública feita pela «General Social Surveys». A análise dos dados foi realizada por Adrienne Jackson, da Universidade da Florida, nos EUA, e apresentada na reunião anual da Gerontological Society. Para o estudo foram inquiridas 238 pessoas casadas com mais de 65 anos. No questionário constavam perguntas sobre a frequência da atividade sexual e a felicidade de cada um, tanto de forma geral quanto sobre a vida conjugal. Apenas 40% dos indivíduos que não tinham feito sexo nos últimos 12 meses disseram-se “muito felizes”; esse número foi de 60% entre os que têm relações sexuais mais de uma vez por mês. Quando a pergunta questionava a felicidade conjugal, 59% dos que não fizeram sexo no último ano disseram que o casamento é “muito feliz”, número que subiu para quase 80% dos idosos com vida sexual ativa – mais de uma vez por mês. A frequência da atividade sexual foi um fator significativo para felicidade em geral e conjugal, permanecendo a mesma após os investigadores terem em conta outros itens, tais como idade, sexo, estado de saúde e satisfação com a situação financeira. “Este estudo vai ajudar a abrir linhas de comunicação e despertar o interesse no desenvolvimento de abordagens para lidar com questões que limitem ou impeçam os mais idosos da atividade sexual “, disse a líder do estudo, destacando que “a relação entre sexo e felicidade vai ajudar a desenvolver e organizar intervenções específicas na saúde sexual para este crescente segmento da população.”


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CUIDADOS DE SAÚDE NA INFÂNCIA:

Hiperatividade: Crianças mais medicadas com psicoestimulantes Segundo dados da consultora IMS Health, nos primeiros nove meses de 2011, foram comercializadas nas farmácias quase 164 mil embalagens destes medicamentos, mais 21 mil do que no mesmo período do ano passado. E o aumento tem sido constante nos últimos anos. Em 2011, foram vendidas 203.523 embalagens, quase o dobro das transaccionadas quatro anos antes. Os números estão a preocupar a comunidade médica, que alerta para os perigos do excesso de diagnósticos, e dividem os pais, com alguns a temerem os efeitos de um medicamento que interfere no sistema nervoso central dos filhos durante o crescimento, e que causa, entre outros efeitos secundários, a perda de apetite e a dificuldade em adormecer. Aliás, muitos decidem mesmo não seguir as recomendações médicas. Há 100 mil crianças portuguesas em idade escolar diagnosticadas com hiperatividade e défice de atenção (o número de rapazes sinalizados é quatro vezes superior ao das raparigas), segundo dados da Associação Portuguesa da Criança Hiperativa Grande parte estará medicada com o metilfenidato, o princípio ativo do medicamento indicado nestas situações e que, em Portugal, é comercializado sob os nomes de Ritalina, de Conserta e de Rubinefe. “Apenas metade destas crianças sofre do distúrbio. Diria 50 mil, no máximo”, avisa a presidente e fundadora da associação, Linda Serrão. A dificuldade na avaliação da doença é, aliás, um dos problemas apontados pelos especialistas que falam numa “epidemia de hiperatividade”: “Passa-se o mesmo do que com as depressões. Se as pessoas estão tristes, a tendência é para apontar logo para uma depressão”, avisa Fernando Santos, diretor do serviço de pedopsiquiatria do Hospital da Luz, em Lisboa. A questão, explica o médico, é que “não há nenhum exame que determine se a criança é hiperativa ou se tem outro problema”. Daí que seja “fundamental excluir outros distúrbios com sintomas semelhantes, como é o caso da depressão ou de traumas por que a criança passe, como um divórcio, que também provocam agitação, por exemplo”, acrescenta o especialista. A cautela no diagnóstico é sublinhada pelos vários especialistas. Mónica Pinto, pediatra do neuro desenvolvimento do Centro Diferenças, especializado neste tipo de distúrbios, defende que “deve haver um grande cui-

No seu segundo ano de vida, as crianças crescem mais lentamente. Não há aqui qualquer motivo para alarme, é natural que isso aconteça. No entanto, é a partir desta idade que as crianças começam a contrair doenças, talvez por estarem em maior contacto com o exterior, mais expostas a poeiras, bactérias e vírus. “Dos 2 aos 6 anos são motivo frequente de consulta os atrasos de linguagem. Aos 2 anos, a criança já deve ser entendida quer por familiares quer por estranhos, deve conseguir construir frases. Outros problemas são os que se prendem com os comportamen­ tos difíceis”, adverte a pediatra Helena Porfírio. “Nesta fase a criança está já muito autónoma, começa a afirmar-se, tem birras, comportamentos de oposi­ção que exigem dos pais e educadores grande capacidade de interação, disponibilidade psicológica e exercício de autoridade. É profundamente errado fazer todas as vontades às crianças nesta idade, ceder a todas as suas exigências ou birras. É preciso que os pais e educadores saibam dizer não na altura certa e adequadamente”, sublinha. Nesta fase, a criança deve ir regularmente ao médico. É importante que seja observada por um especialista aos 15 e aos 18 meses e depois aos 2, 3, 4, e 5-6 anos: Aos 15 meses, a criança deve ser vacinado contra o sarampo, a papeira e a rubéola e com outras vacinas que o médico recomende. Entre os 18 e os 24 meses, deve-se fazer o primeiro reforço da vacina contra a tosse convulsa, difteria e tétano e outras vacinas recomendadas pelo médico. Por volta dos 2 anos, altura em que por norma já se controlam os esfíncteres urinários diurnos, os pais devem levar a criança à Ortopedia pediátrica, e aos 3 anos de idade deverão também fazer uma consulta de Oftalmologia pediátrica. “A higiene oral também é muito importante e, por isso, uma ida ao higienista e/ou ao esto­matologista deverá fazer-se por volta dos 4 anos”, aconselha Marinela Teixeira. “Depois dos 4 anos, começam a diminuir as doenças respiratórias, salvo as amigdalites que começam a aparecer com maior frequência”, explica Mário Cordeiro. “Na idade escolar, há uma ou outra situação de doença episódica, mas rara, dado que se trata do grupo etário mais saudável e que pouco adoece”, concluiu.

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dado na avaliação”, especialmente nas “crianças em idade pré-escolar [altura em que se faz a maior parte dos diagnósticos], uma vez que há crianças agitadas que aos 6-7 anos normalizam e não precisam de medicação”. Para a médica, o aumento dos casos diagnosticados tem uma justificação: “Houve um período em que a hiperatividade foi a ‘doença da moda’”. Por isso, avisa: “Devem primeiro esgotar-se outras formas de intervenção”. Obesidade infantil: mais de 90% das crianças portuguesas come “fast-food” Segundo a Comissão Europeia, Portugal está entre os países da Europa com maior número de crianças com excesso de peso: 32% das crianças entre os 6 e os 8 anos têm excesso de peso e 14% são obesas. O sexo feminino apresenta valores superiores às do sexo masculino. O último estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre obesidade infantil revela, também, que mais de 90% das crianças portuguesas come “fast-food”, doces e bebe refrigerantes, pelo menos quatro vezes por semana, menos de um por cento das crianças bebe água todos os dias e só dois por cento consome fruta fresca diariamente. A influência dos hábitos alimentares praticados em casa é decisiva na etapa pré-escolar. Novos estudos sugerem que a influência dos pais e educadores é decisiva nas preferências alimentares da criança para a vida, se conseguirem marcar posição no período desde a introdução de alimentos sólidos até à entrada no primeiro ciclo do ensino básico, por volta dos 5 ou 6 anos. Segundo a publicação “Food Today”, do Conselho Europeu para a Informação Alimentar, até àquela idade, as influências externas de colegas ou da escola são mínimas. Quando iniciam o primeiro ciclo, a maioria das crianças já desenvolveu as preferências alimentares e é mais difícil mudar. Impor restrições à comida mais saborosa (com frequência, mais calórica) e pressionar para comer fruta e legumes tem, muitas vezes, o efeito contrário. Alguns estudos evidenciam que as crianças cujos pais limitam moderadamente aquilo que comem, ingerem, no geral, menos calorias, do que as crianças com pais demasiado ou muito pouco restritivos. As recompensas por comer alimentos saudáveis não devem ser oferecidas na forma de alimentos menos saudáveis. Por que a motivação é importante, pode oferecer um autocolante ou um cromo, por exemplo.

Sono das crianças é mais importante do que se pensa Estudos do National Center on Sleep Disordrs Research (NCSDR) revelam que as crianças privadas de sono estão mais sujeitas a ter acidentes, são mais fracas e apresentam baixo rendimento escolar. Muitas delas parecem hiperativas, podendo transformar-se em adultos obesos e com problemas respiratórios e coronários. Investigações paralelas, levadas a cabo em Itália, corroboram a mesma ideia: aquelas que entre os três e os cinco anos, durmam menos de dez horas por dia, têm mais 86 por cento de probabilidades de sofrer acidentes. Um outro estudo realizado por investigadores da University of Colorado, nos EUA, constatou que, as crianças que não fazem sestas diárias estão em maior risco de desenvolver problemas de humor com a idade. O estudo comprovou que as crianças entre os dois e os três anos que falhavam apenas uma única sesta apresentavam uma maior ansiedade, menos diversão e interesse e uma menor capacidade de resolver os problemas. “Muitas crianças não dormem o suficiente, as sestas diárias são uma forma de assegurar a quantidade de sono necessária”, revelou a líder do estudo, Monique LeBourgeois.

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/Especial Saúde

Autismo afeta cinco em cada dez mil crianças Estima-se que, em todo o mundo, cerca de cinco em cada dez mil crianças sofre de autismo, patologia que se traduz no défice cognitivo e perturbações comportamentais, de sociabilização e linguagem, com reflexo no seu comportamento. Especialistas afirmam que resulta de uma perturbação do desenvolvimento do sistema nervoso que afeta o funcionamento cerebral a vários níveis e que ocorre ainda antes do nascimento. A diversidade de diagnóstico, tanto pelas áreas Definitivamente abandonada está a ideia de que o autismo resulta da falta de carinho materno. Apesar de afetar o comportamento, a sua origem não está nas emoções, sublinham o especialista, “não há nenhuma ligação definida entre aspetos emocionais na gravidez e o aparecimento do autismo. É o resultado de uma disfunção cerebral. Nasce-se autista.” Antibióticos: usar sem abusar Quando as crianças estão doentes os pais fazem tudo o que podem para que elas melhorem. E muitas vezes acreditam que a utilização de antibióticos é a solução. Contudo, estes medicamentos não são adequados para todas as situações e, quando mal utilizados, até podem ser prejudiciais. As crianças são muito suscetíveis a infeções. Por um lado, porque nos primeiros anos de vida, o seu organismo não está completamente desenvolvido e o sistema imunitário ainda não desempenha em pleno as suas funções de defesa. Por outro, porque o facto de frequentarem creches e infantários as deixa mais expostas aos microorganismos. Daí que, quando um menino adoece, adoeçam logo mais dois ou três. Devido à conjugação destes dois fatores, é quase inevitável que as infeções se repitam, sobretudo as do sistema respiratório, mas também as gastrointestinais. São quase sempre benignas e os sintomas passageiros. Mas não é por isso que os pais se preocupam menos quando vêem a criança com febre, tosse, dores de garganta, sem energia ou sem apetite. É natural que procurem uma solução que lhes proporcione alívio rápido. Daí que pensem, muitas vezes, nos antibióticos. Afinal, são considerados medicamentos “potentes”. E são de facto “potentes”, mas isso não os torna adequados para todas as situações de doença. Na verdade, para estas infeções da infância, o mais provável é que não sejam o tratamento mais adequado. É que estas infeções são, na maioria das vezes, de origem viral – todos os pais já ouviram, certamente, falar nos surtos de viroses que acontecem nos infantários. É uma designação genérica para um conjunto de sintomas, mas atesta que a causa é um vírus, contra o qual os antibióticos não são eficazes. É que estes medicamentos foram concebidos para tratar infeções causadas por bactérias. Usá-los no tratamento de constipações, gripes e outras afeções da garganta muito comuns entre as crianças não resolve o problema: não cura a criança nem impede o contágio. Outra razão de peso é conhecida pelo nome de resistência bacteriana: ou seja as bactérias acabam por desenvolver mecanismos de sobrevivência aos medicamentos concebidos para as combater, ficando mais resistentes.

Fonte: Sociedade Portuguesa de Ginecologia/ sapo.saude.pt / DGS

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/Report

Cooprofar entrega PRÉMIOS FORMA+ e mobiliza energia das Farmácias “Como energizo a minha equipa?”. Esta foi a questão explorada, ontem, durante o Seminário «Equipa Mobilizadora - A Nova Energia das Farmácias» que levou os participantes numa viagem à volta do mundo da motivação, crença, coesão e confiança. O evento serviu de mote para a entrega dos PRÉMIOS FORMA +, uma iniciativa que teve como objetivo reconhecer e premiar a fidelização e preferência das Farmácias e suas equipas pela Formação Cooprofar. A viagem rumo “à Melhor Equipa” avançou com as palavras do Presidente da Direção da Cooprofar, Dr. Delfim Santos, que fez a abertura do Seminário - promovido em parceria com Porto Business School - e conduzido por Isabel Paiva de Sousa, Consultora em Gestão de Pessoas, Professora e Investigadora na área da Felicidade no Trabalho. Ao longo da ação de formação – que se desenvolveu num ambiente dinâmico e de grande interação, os formandos foram esmiuçando questões como “onde queremos estar?”, “como digo o que quero dizer?”, ou “estou a promover efetivamente um desenvolvimento permanente?”. “As paragens desta viagem foram os fatores que potenciam as Super-Equipas”, afirmou a especialista, cuja ambição foi levar os participantes a questionarem-se, de forma prática, sobre o que podem melhorar para se tornarem equipas mais confiáveis, coesas e capazes de superar os objetivos que os mobilizam no sentido de trabalharem, em conjunto, a energia da equipa. A sessão terminou com uma visível explosão de satisfação dos participantes, tendo sido o encerramento marcado pela entrega dos três PRÉMIOS FORMA+ protagonizados pelo Dr. Delfim Santos, o Dr. Carlos Machado, membro da Direção, e a Dra. Natércia Moreira, da Direção de Marketing, pela ordem que se segue:

Prémio Forma+ FARMÁCIA Farmácia dos Clérigos (Porto) [Farmácia que realizou mais Formação Cooprofar] Prémio Forma+ FARMACÊUTICO Eliseba Lima Martins Castro (Farmácia Campanhã – Porto) [Farmacêutico que realizou mais Formação Cooprofar] Prémio Forma+ Valorização EQUIPA Carla Mónica Mendes Queirós (Farmácia Teixeira Bessa – Foz do Sousa) [Membro da Equipa da Farmácia que realizou mais Formação Cooprofar] A Cooprofar acredita que o reconhecimento traduzido pelo PRÉMIO FORMA+ reforça a Valorização e Excelência de competências que a Formação Cooprofar quer transmitir às equipas das Farmácias, bem como, a Proximidade com o Cliente.

Grupo Cooprofar-Medlog participa no 4º Seminário da Associação Portuguesa de Logística O Grupo integra várias áreas de negócio que o consolidam como parceiro global e orientado para a criação de valor, desenvolvendo soluções de logística e distribuição na área da saúde, alinhadas com as melhores práticas internacionais.

Decorreu no passado dia 9 de julho, na Unidade Local de Saúde de Matosinhos, o 4º Seminário “Logística no Setor da Saúde – Boas práticas e perspetivas de futuro”, organizado pela APLOG (Associação Portuguesa de Logística) e que teve o patrocínio e intervenção do Grupo Cooprofar-Medlog. O programa do evento foi constituído por diversos painéis de conferências sobre Logística, que contaram com a participação de quase duas dezenas de conferencistas de referência no setor. O Grupo Cooprofar-Medlog foi convidado a participar no tema “Integração da cadeia de abastecimento”, partilhando a sua experiência e operação na cadeia de abastecimento, num painel onde participam, também, a Janssen e a LeoPharma. Este ano o Grupo Cooprofar-Medlog completa 40 anos de atividade na área da Saúde. Hoje, é reconhecido como um dos principais distribuidores nacionais na cadeia do medicamento e produtos de saúde, e a maior de capital exclusivamente português. 15


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/Report

Cooprofar promove formação sobre

Grupo Cooprofar-Medlog é uma “Empresa Saudável” com a Medilogics A parceria entre o Grupo Cooprofar-Medlog e a Medilogics Serviços Médicos SA é já longa. Entre os principais benefícios desta relação destaca-se a colaboração, flexibilidade e mobilidade da equipa Medilogics em vários serviços disponibilizados no âmbito de Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho. No que respeita a esta matéria, os serviços de segurança e higiene no trabalho estão abrangidos na atividade de identificação, avaliação e controlo de riscos profissionais e das necessidades de informação e formação associadas, no sentido da melhoria contínua das condições de trabalho. Luís Rocha, presidente do Conselho de Administração do Grupo Medilogics, realça que “a parceria, de há vários anos, tem evoluído com toda a aprendizagem adquirida e conhecimento do histórico da sua população trabalhadora, sublinhando “o cumprimento de boas práticas nos serviços e Saúde e Segurança no Trabalho com ações de promoção de saúde, formação, análise de postos de trabalho, cartas de risco e adaptação do trabalhador à sua tarefa com a execução das avaliações clínicas de forma regular e sempre que solicitadas.” Segundo o responsável, em matéria de Saúde Ocupacional, foram realizadas, recentemente, várias ações recorrendo aos serviços da Medilogics, nomeadamente, a formação sobre «Segurança no Trabalho - Noções Gerais» direcionada para todos os colaboradores do Grupo; formação em primeiros socorros; atualização de normas de segurança e de cartas de risco com consequente realização de simulacros com mobilização dos meios de combate a incêndios, e, anualmente, a realização de exames médicos periódicos através da unidade móvel. A parceria com a Medilogics tem conquistado a satisfação do Grupo Cooprofar-Medlog que reconhece, no parceiro, uma gestão flexível e eficiente com claros benefícios para os colaboradores. Entre eles, consta ainda a utilização do Cartão Medilogics com descontos em especialidades médicas e exames complementares de diagnóstico e extensível ao agregado familiar. O colaborador do Grupo Cooprofar-Medlog tem ainda à disposição a possibilidade de utilização da clínica Medilogics (com Medicina Dentária) no concelho onde está localizada a empresa (Gondomar).

«Contrafação e Venda Ilegal de Medicamentos»

À semelhança do evento realizado, em Gondomar, onde foi lançada a campanha «A compra online de medicamentos pode matar. Quer arriscar?», a Cooprofar levou, em julho, a campanha às localidades de Aveiro em Bragança, enquadrada numa formação intitulada «Contrafação e Venda Ilegal de Medicamentos». A campanha tem como objetivo consciencializar para um dos maiores flagelos da Saúde Pública e da sociedade global da atualidade: a venda online de medicamentos ilegais. A campanha - que já começou a ser divulgada via cartazes e flyers nas farmácias de norte a sul do País - pretende alertar as pessoas para os elevados perigos para a sua saúde e incentivar a compra de medicamentos nas farmácias ou em sites legalizados e registados no Infarmed para o efeito (a lista pode ser consultada em www.infarmed.pt). A campanha teve ainda um forte impacto nos Media, tendo alcançado uma grande projeção em vários órgãos de Comunicação Social. No seguimento destes acontecimentos, a partir de julho, foi decretado que todas as farmácias e revendedores “online” a operar legalmente na União Europeia devem utilizar um logótipo comum a atestar a autenticidade e segurança dos medicamentos vendidos na internet. O impacto da campanha e da formação promovidas acolheu uma apreciação muito positiva entre os formandos que manifestaram a sua satisfação nos questionários de avaliação: “Tema muito interessante, eu próprio não fazia a mínima ideia do que se está a passou em relação a este tema.”; “Tema a desenvolver. Campanhas para alertar a população em que a farmácia participa com descrição para que o utente não pense apenas que é nosso interesse.”; “Recomenda-se” e “Muito Interessante”.

RSE: Alzheimer Portugal recebe donativo material A Delegação Norte da Alzheimer Portugal onde está incluído o Centro de Dia “Memória de Mim” recebeu, em julho, um donativo material do Grupo Cooprofar-Medlog. Os produtos de saúde doados enquadram-se no segmento da higiene pessoal, nomeadamente, fraldas para idosos. Esta é mais uma ação inserida na política de Responsabilidade Social Empresarial (RSE) adotada pelo Grupo ao integrar, voluntariamente, preocupações sociais e ambientais nas suas operações e, também, na sua interação com a comunidade envolvente de forma a defender e zelar pelos princípios éticos de uma sociedade justa e equitativa. “A nossa RSE não se traduz apenas em objetivos e compromissos assumidos. Assume-se, fundamentalmente, no modo como desenvolvemos as nossas políticas de cidadania e recursos humanos, no impacto das nossas operações e dos nossos produtos e, acima de tudo, na nossa contribuição para a sociedade”, reforça o Grupo Cooprofar-Medlog. Os produtos doados traduzem-se num contributo – já frequente - à missão desenvolvida por este núcleo da Alzheimer Portugal.

Logótipo comum contra medicamentos falsos A apresentação da campanha com a formação, em Aveiro e Bragança, «A compra online de medicamentos pode matar. Quer arriscar?» e a exploração regulamentar do tema será conduzida pelo Professor Doutor César Portela, farmacêutico e médico interno no Hospital de Santa Maria Maior, o responsável é ainda Professor Auxiliar do Instituto Superior de Ciências da Saúde do Norte, CESPU - Cooperativa de Ensino Superior, Politécnico e Universitário. 16



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portugueses

saúde melhorou O relatório «A Saúde dos Portugueses. Perspetiva 2015», que traça o perfil da saúde dos cidadãos entre 2004 e 2014, concluiu que os indicadores melhoraram, mas não teve em conta os efeitos da crise social e económica, “que se agravou no contexto do programa de ajustamento”. Sobre as coberturas vacinais, o relatório indica que estas “continuam com níveis elevados e adequados para conferirem imunidade de grupo. Realça-se a consolidação da eliminação de doenças como sarampo, rubéola, poliomielite aguda e difteria, assim como ganhos nas múltiplas dimensões relacionadas com a saúde da mãe e da criança”.

ensaios clínicos

locais alternativos

aumentam em Portugal O vice-presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde disse que se registou um ligeiro aumento nos ensaios clínicos em Portugal em 2014, mas que existe potencial para um maior crescimento.

aumento de bactéricas ultraresistentes O corte nas comparticipações e os doentes que deixam de conseguir pagar medicamentos, receitados e comparticipados pelos Estados, estão a contribuir para o aumento de ‘superbugs’, bactérias ultraresistentes que sobrevivem cada vez mais a antibióticos. A relação é indirecta, mas foi concluída por um estudo publicado pelo Lancet Infectious Diseases journal. O estudo explica que há uma tendência crescente para comprar medicamentos em locais alternativos - em resultado dos cortes nos gastos públicos.

tosse convulsa

aumento de casos As autoridades estão preocupadas com os casos de tosse convulsa em Portugal, que também tem atividade em outros países europeus e nos Estados Unidos, disse o diretor-geral da Saúde, considerando que este é “um problema” que não é exclusivo de Portugal. Em 2013, registaram-se 114 casos de tosse convulsa.

10 novas terapêuticas informação de saúde aprovação na Europa As reguladoras europeias têm sustentado a aprovação de 10 novos tratamentos, incluindo duas terapias de reposição enzimática para doenças raras, medicamentos contra o cancro, genéricos e medicamentos “híbridos”.

alzheimer

cura noutros fármacos? Dois medicamentos que já são vendidos para o tratamento de outras doenças mostraram-se eficazes na redução da degeneração cerebral em ratos. A utilização destes medicamentos, que já se mostraram seguros e tolerados pelas pessoas, reduz o tempo que medeia a investigação de uma nova aplicação e a utilização nos doentes.

perigo

não vacinar O primeiro caso de difteria em 30 anos em Espanha - num menino catalão que os pais não vacinaram e acabou por morrer na semana passada -, fez soar o alarme e relançou o debate sobre as campanhas contra a vacinação que têm ganhado terreno por todo o mundo.

portugueses podem ter acesso A maioria da população portuguesa desconhece que tem direito à sua informação de saúde. Este desconhecimento generalizado, associado à controvérsia legal existente em Portugal, motivaram o desenvolvimento da campanha nacional denominada «Informação de Saúde: Mais Transparência, Melhor Decisão».

hospitais

serviço de investigação até 2016 Todos os hospitais do país vão ter de criar um serviço de investigação até Junho do próximo ano. E os maiores têm de o fazer já em 2015. A medida visa aumentar a investigação feita pelos serviços públicos, mas também acompanhar a saúde da população e até preparar as unidades para a ocorrência de catástrofes ou epidemias.

anatomia do cérebro

antidepressivos

descoberta revolucionária Investigadores da Escola de Medicina da Universidade da Virgínia, nos EUA, descobriram um sistema de vasos que liga o sistema nervoso central ao sistema linfático. O sistema drena fluidos linfáticos do cérebro para os nódulos linfáticos e nunca havia sido observado. Os vasos do sistema linfático ajudam a compor o sistema imunológico por transportarem glóbulos brancos que protegem contra bactérias e vírus.

afetam bebé na gravidez O uso de antidepressivos da classe dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina durante a gravidez pode portar sérios riscos para a saúde do bebé. Esta é a conclusão de um recente estudo publicado na revista British Medical Journal e que vem alertar para os riscos associados aos antidepressivos mais comummente receitados pelos médicos.

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investigação em saúde pública Um programa europeu de saúde pública vai financiar em 12 milhões de euros vários projetos de investigação portugueses nas áreas da nutrição, saúde mental, doenças transmissíveis e sistemas de informação, anunciou o Ministério da Saúde. Trata-se de 26 projetos de investigação em quatro áreas consideradas prioritárias, cujos contratos de concessão já foram assinados e apresentados.

desnutrição

risco desconhecido Os portugueses desconhecem o que é a desnutrição, bem como, os seus riscos e consequências. Esta é a conclusão de uma análise realizada por mais de 200 farmácias durante um ano, a duas mil pessoas, maioritariamente idosos, no âmbito do projeto «Agir para Nutrir», promovido pela Labesfal.

cancro

imunoterapia é promissora Há um novo tratamento para o cancro em estados mais avançados, e que não têm esperança de cura, que permite aos doentes “viverem mais tempo” e “com qualidade”. Chama-se pembrolizumab e tem estado a ser testado em vários países.

sida

vacina a curto prazo Um estudo que está a ser feito a nível europeu pode apresentar, até final do ano, resultados que levem a uma vacina contra a Sida em menos de uma década, que proteja a progressão da infeção e evite novas infeções, defendeu José Marcelino, investigador do Instituto de Higiene e Medicina Tropical. O estudo que está a ser feito há já vários anos, junta doentes de Portugal (cerca de mil), França e Alemanha.



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