Informativo Agert 578

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Impresso Especial DEVOLUÇÃO GARANTIDA

CORREIOS

Nº3908/06 DR/RS

AGERT CORREIOS

Para uso dos Correios

www.agert.org.br Informativo da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão Rua Riachuelo, 1098 - Conj. 204 - Centro - CEP: 90010-272 - Porto Alegre/RS Outubro de 2010 - Edição nº 578 TX 30: R$ 25,03, com variação de 5,88% sobre os últimos doze meses

Debates promovidos pela AGERT foram grande sucesso

O que há para comemorar nos 60 anos da TV brasileira. Página 08

Realizados na sede da associação, encontros possibilitaram que ouvintes de todo o Estado tomassem conhecimento das propostas dos postulantes aos cargos no Senado e no governo estadual. Páginas 04 e 05

Por que os processadores de áudio são essenciais para as emissoras.

Agenda 2020 busca parceiros entre os radiodifusores gaúchos Páginas 06 e 07

Movimento espera conscientizar população e entidades dos mais variados segmentos sobre os problemas enfrentados pelo Rio Grande do Sul para se crescer mais rapidamente. Página 08

Relatório aponta crescimento da mídia no país. Página 08


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EDITORIAL

Objetivo cumprido Lucas Uebel

O mês que se encerrou foi de grande satisfação para todos nós da AGERT. Motivos não nos faltaram para termos certeza que, cada vez mais, estamos cumprindo nosso papel na sociedade gaúcha, buscando dar condições para que todos recebam em suas casas informações de alto nível. E foi isso que ocorreu nos dois debates promovidos pela associação. O primeiro deles, de forma inédita na história da entidade, reuniu na sede da AGERT os candidatos ao Senado pelo Rio Grande do Sul. Sentados lado a lados todos puderam expor suas ideias para engrandecer ainda mais o nosso Estado caso consigam uma das duas vagas à disposição. Na semana seguinte, com a participação de mais de 70 emissoras associadas retransmitindo o evento, além das integrantes das redes Gaúcha e Guaíba, foi a vez de os aspirantes ao maior cargo político do RS se encontrarem. Os candidatos presentes brindaram os ouvintes com suas propostas para temas de absoluta relevância como saúde, habitação, educação e reforma tributária. Em um encontro de alto nível, todos conseguiram divulgar suas plataformas enaltecendo o trabalho que pretendem colocar em prática no começo do próximo ano. Cabe a nós agradecermos a presença dos candidatos e desejarmos boa sorte àqueles que conseguirem a consagração nas urnas. A AGERT se sentiu honrada com a participação de todos, mas, mais ainda, realizada e com a sensação de dever cumprido por ter conseguido levar aos quatro cantos do Rio Grande do Sul as principais propostas de cada um deles. Nesta edição do Agert Informa os leitores poderão conferir o material completo sobre os debates e também assuntos como a Agenda 2020, que vem buscando apoio de entidades gaúchas em prol de um Estado mais forte econômica, social e politicamente. Além disso, uma matéria sobre processadores de áudio, um equipamento que pode representar muita diferença no resultado final de uma emissora, faz parte do informativo. Uma boa leitura para todos e até o próximo mês.

Alexandre Gadret - Presidente da AGERT

RÁDIOS ANIVERSARIANTES Rádio São Luiz AM Rádio Alvorada AM Rádio Alfa FM Rádio Eldorado FM Rádio União 99,9 FM Rádio Maisnova FM Rádio Maisnova FM Rádio São Francisco SAT Rádio 88,7 FM Rádio Imperial FM Rádio Cultura AM Rádio Poatã AM Rádio Princesa AM Rádio Oceano Rádio Cristal AM Rádio Excelsior AM Rádio Progresso de Ijuí AM Rádio Fronteira FM Stéreo Rádio Sananduva FM Rádio Estação FM Rádio Salamanca FM Rádio São Gabriel AM Rádio Bandeirantes AM Rádio Alegria FM Rádio Venâncio Aires AM

São Luiz Gonzaga Marau Pelotas Porto Alegre Pelotas Caxias do Sul Garibaldi Caxias do Sul Novo Hamburgo Nova Petrópolis Canguçu São José do Ouro Porto Alegre Rio Grande Soledade Gramado Ijuí São Borja Sananduva Carlos Barbosa Quaraí São Gabriel Porto Alegre Novo Hamburgo Venâncio Aires

1/10/1949 1/10/1959 1/10/1979 1/10/1975 1/10/2007 4/10/1977 4/10/1995 4/10/1967 4/10/1999 6/10/1989 10/10/1959 10/10/1989 12/10/1958 12/10/1958 18/10/1951 14/10/1978 19/10/1959 20/10/1984 22/10/1989 22/10/2001 24/10/1992 25/10/1949 27/10/1934 27/10/1989 30/10/1959

Presidente Alexandre Alvarez Gadret - agadret@agert.org.br Vice-Presidentes André Luis Jungblut - andre@gaz.com.br Carlos Piccoli - geral@rscombr.com Cláudio Brito - claudio.brito@rdgaucha.com.br Cláudio Toigo Filho - toigo@rbs.com.br Cláudio Zappe - nativafm@via-rs.net Geraldo Corrêa - geraldo@gruporbs.com.br Jerônimo Fragomeni - jeronimo@rduirapuru.com.br Kamal Badra - kamal@terra.com.br Leonardo Meneghetti - leonardo@bandrs.com.br Luciano Hintz Mallmann - luciano@jornalnoroeste.com.br Luis Cruz - luiscruz@sbt.com.br Myrna Proença - myrnah@terra.com.br Osébio Borghetti - borghetti@alsb.org.br Paulo Tonet Camargo - tonet.camargo@gruporbs.com.br Pedro Edir Farias - radioosorio@terra.com.br Pedro Ricardo Germano - prgermano@radiofandango.com.br Renato Albuquerque - renato@oceanofm.com.br Roberto Cervo Melão - melao@radiosaoroque.com.br Wanderley Ruivo - ruivo@pampa.com.br

Alexandre Kannenberg Antônio Donádio Arizoli de Bem Ary dos Santos Cláudio Albert Zappe Cristiano Casali Eloy Scheibe Ildomar Joanol João Vianei José Luiz Bonamigo Marcos Dytz Piccoli Maria Luiza Proença Miguel Puretz Neto Ricardo Brunetto Vanderlei Roberto Uhry Verdi Ubiratan de Moura

Diretores - comercial.dial@903fm.com.br - donadio@gruporbs.com.br - arizolidebem@terra.com.br - ary.santos@rbs.com.br - albertzappe@yahoo.com.br - cristiano@maisfm.net - eloy@radiosimpatia.com.br - nativa.fm@gmail.com - gerencia@radiosobradinho.com.br - jlbona@terra.com.br - marcos.piccoli@gruporscom.com.br - luizaproenca@hotmail.com - mpneto@tupa.am.br - ricardobrunetto@independente.com.br - vanderlei@radiomatoleitao.com.br - rdlider@terra.com.br

Conselho Consultivo Presidente: Gildo Milman Membros do Conselho: Afonso Antunes da Motta, Antônio Abelin, Flávio Alcaraz Gomes, Fernando Ernesto Corrêa, Otavio Gadret, Pedro Raimundo Dias, Paulo Sérgio Pinto, Ricardo Ferro Gentilini, René Onzi, Roberto Cervo - Melão, Valdir Andrés, Valdir Heck Assessores Assessoria Jurídica: Gildo Milman advmilman@hotmail.com Assessoria Contábil: Ronaldo Silva de Oliveira ronaldooliveira@via-rs.net Assessoria Fiscal: Paulo Ledur afledur.ez@terra.com.br

AGERT - Entidade fundada em 13 de dezembro de 1962 Coordenação Jornalística: Wanderley Ruivo dos Santos Mtb 8363 Realização: Eliana Camejo Comunicação Empresarial Redação: Valeria Pereira Diagramação: Geanine Backes Comercialização: Cláudia Cassol e Diego Alves Impressão: 1000 exemplares O Agert Informa é uma publicação mensal da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão Rua Riachuelo, 1098 CJ. 204 - Centro CEP: 90010-272 - Porto Alegre/RS Telefone: (51) 3228.3959 - www.agert.org.br Contato: comunicacao@agert.org.br


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Agenda 2020 é apresentada à presidência da AGERT Movimento pretende representar os anseios do povo gaúcho na busca de soluções para temas como educação básica, saneamento e previdência entre outros Os radiodifusores gaúchos poderão, em breve, contribuir ainda mais com o desenvolvimento político, econômico e social do Rio Grande do Sul. Em reunião realizada com o presidente da AGERT, Alexandre Gadret, e o vicepresidente, Wanderley Ruivo dos Santos, o movimento Agenda 2020, que reúne aproximadamente 350 voluntários e 176 instituições do meio empresarial, público e acadêmico, foi apresentado na sede da entidade. A partir das ações propostas pelo projeto, os radiodifusores poderão divulgar o que está sendo feito com o objetivo de melhorar as condições da população do Estado. De acordo com o presidente da Polo RS, Bolívar Moura, que faz parte da secretaria executiva da Agenda 2020, o movimento começou em 2006 e tem a pretensão de representar os anseios do povo gaúcho. Já o diretor-técnico Ronald Krummenauer ressalta que o objetivo maior é contar com a participação da sociedade civil organizada na resolução de problemas que afetam a todos. "Buscamos soluções factíveis para encaminhar o Rio Grande ao futuro que queremos". Na reunião, foram apresentados cinco temas que vêm merecendo destaque entre os projetos da Agenda 2020: previdência, investimento, educação básica, logística e saneamento e parques tecnológicos. Na educação, por exemplo, o objetivo é fazer com que o Rio Grande do Sul recupere a condição de referência nacional que ostentava até há pouco tempo. Já com relação à logística, de acordo com Paulo Wenzel, voluntário do projeto, faz 27 anos que o Estado não investe de forma efetiva em infraestrutura. "Não fazer nada custa muito mais caro do que investir. Temos uma malha rodoviária paupérrima em relação aos nossos vizinhos. Os municípios não se interligam entre si. Há 105 cidades que ainda não têm acesso por meio de asfalto. Se estamos dependentes demais das rodovias é porque não há investimento nos outros modais", afirma. Outro ponto levantado foi a questão do saneamento que, atualmente, atende cerca de 19% da população gaúcha. "Queremos elevar esse número para 50% até 2020, o que ainda não é um número considerado o ideal, mas melhoraria e muito a vida dos cidadãos", diz Krummenauer. Para o presidente da AGERT, iniciativas como a desenvolvida pela Agenda 2020 devem ser valorizadas por todos. "Nos colocamos à disposição do movimento para contribuir com o que for necessário para a divulgação desse trabalho que vem sendo realizado desde 2006. Temos o máximo interesse em fazer parte dele e tenho certeza que os radiodifusores do Estado serão parceiros da Agenda 2020, veiculando as ações desenvolvidas pelo grupo de trabalho", revela. E uma primeira oportunidade para fazer isso será no evento que está sendo programado para o dia 19 de outubro, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, onde a Agenda 2020 será apresentada ao governador Tarso Genro. É objetivo do movimento, também, percorrer as cidades do Interior do Rio Grande do Sul. Desta maneira, os radiodifusores poderão prestar sua contribuição divulgando os encontros e valorizando o trabalho realizado até o momento. Maiores informações sobre o projeto estão à disposição no site www.agenda2020.org.br.

Em reunião na sede da entidade, representantes explicaram a metodologia do projeto

Confira alguns dados da agenda 2020


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Debates promovidos p os candidatos ao Senado

A sede da entidade recebeu, em duas oportunidades, os princ Rio Grande do Sul. Marcados pela cordialidade e pelo alto n pensam e o que pretendem fazer pelo Estado o

Pela primeira vez, associação recebe aspirantes ao Senado Um encontro democrático que abriu espaço para todos os partidos se manifestarem. Desta maneira foi definido pelos candidatos ao Senado o debate promovido pela AGERT. Professor Lucas, Germano Rigotto, Marcos Greff Monteiro, Abgail Pereira, Ana Amélia Lemos, Paulo Paim, Bernardete Menezes, Vera Guasso e Roberto Gross utilizaram as duas horas e meia do encontro para levar suas propostas a milhares de ouvintes. Após a apresentação inicial, os candidatos tiveram a oportunidade de fazer perguntas específicas a seus concorrentes, seguindo uma ordem sorteada. Ao longo de cinco blocos, foram discutidos temas como as reformas tributária e previdenciária, rádios comunitárias, ferrovias e a Voz do Brasil, entre outros. A candidata do PP, Ana Amélia Lemos, destacou a importância de ser implementada a reforma tributária com o objetivo de favorecer a distribuição de verba aos municípios. "Temos de rever a posição da partilha de receAna Amélia Lemos itas para que os moradores de todas as cidades possam ser melhor atendidos", afirma. Já Paulo Paim (PT) ressaltou a atuação no Senado, na preservação dos direitos dos trabalhadores e aposentados e afirmou a condição de ser um defensor dessas classes. "Não deixarei em hipótese alguma que direitos como 13° salário e licença materPaulo Paim nidade, por exemplo, sofram qualquer alteração", revelou. Para o candidato do PMDB, Germano Rigotto, coube falar sobre a reforma de previdência. "Temos que garantir aos aposentados uma recuperação no

"A Voz do Brasil surgiu num momento em que ela se fazia necessária. Mas agora é preciso repensar o horário de veiculação. O ideal é a flexibilização". Germano Rigotto

Maioria dos postulantes ao cargo de Senador participou do evento promovido pela associação

valor de seus benefícios. Precisamos discutir a questão previdenciária garantindo o direito desses milhões de brasileiros". A malha ferroviária do Estado foi o assunto abordado por Roberto Gross (PTC). Segundo ele, o Rio Grande do Sul precisa valorizar suas ferrovias com o objetivo de melhorar o transporte tanto de cargas como de passageiros. Com relação à Voz do Brasil, um dos temas mais discutidos pelos radiodifusores gaúchos atualmente, Rigotto e Paim se manifestaram. O petista, favorável ao programa e à flexibilização, considera importante que a Voz do Brasil continue a ser veiculada já que é "um programa que permite a transparência do que acontece em Brasília, uma vez que a população precisa saber o que os políticos estão fazendo". Rigotto também é a favor da flexibilização. "A Voz do Brasil surgiu num momento em que ela se fazia necessária. Mas agora é preciso repensar o horário de veiculação. O ideal é a flexibilização". A atuação das rádios comunitárias também foi assunto no debate. Para a Abgail Pereira (PCdoB), todas as emissoras precisam cumprir as regras para que consigam trabalhar uma sem afetar o trabalho da outra. "Além disso, devemos trabalhar para que a concessão de outorgas ocorra de maneira demo-

Tivemos uma ampla participação dos candidatos e uma grande adesão das emissoras associadas para a retransmissão do debate. Alexandre Gradet

crática e transparente". Já Rigotto afirmou que as comunitárias não podem se confundir com as comerciais, assim como as televisões educativas devem cumprir o papel a que se destinam e não Abgail Pereira se prestarem a fazer propaganda dos governantes. O debate se encerrou sendo considerado um sucesso pelo presidente da AGERT, Alexandre Gadret. "Podemos considerar que alcançamos plenamente nosso objetivo. Tivemos uma ampla participação dos candidatos e uma grande adesão das emissoras associadas para a retransmissão do debate. Assim cumprimos nosso papel de associação ao levar informação e fortalecer a democracia em todo o Rio Grande do Sul.


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pela AGERT reuniram o e ao governo do Estado

cipais postulantes aos cargos de maior representatividade do nível, os encontros serviram para dar um panorama do que os nomes que alcançarem o sucesso nas urnas

Cordialidade dá o tom entre os candidatos ao governo

Na sexta-feira, 24 de setembro, os candidatos ao governo do Estado participaram Debate Eleições 2010 promovido pela Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT). Julio Flores (PSTU) Aroldo Medina (PRP), José Fogaça (PMDB), Carlos Schneider (PMN), Humberto Carvalho (PCB), Tarso Genro (PT), Pedro Ruas (PSOL) e Montserrat Martins (PV) trataram assuntos como segurança, saúde, educação e pedágio. A governadora Yeda Crusius (PSDB), que alegou problemas na agenda, não compareceu. Para o representante do PMN, Carlos Schneider, a saída para a insegurança que ronda o Estado passa por oferecer melhores condições à Brigada Militar (BM). "O crime isoladamente tem que ser atacado por órgãos de segurança pública. Precisamos reequipar a BM", avalia. A mesma posição foi defendida por Aroldo Medina (PRP). "Temos que destinar um maior orçamento para as escolas da BM. Não se pode deixar policial abandonado fora da escola como está ocorrendo. Ele não pode se formar na rua", disse. Coube a José Fogaça (PMDB) perguntar a Tarso

Genro (PT) sobre o que o candidato pretendia fazer para resolver o problema das drogas no Estado, em especial ao crack. O petista respondeu que a ideia era "continuar o combate ao tráfico e aplicar os recursos do governo federal nas unidades de tratamento com pessoas capacitadas". Fogaça, em seu direito à réplica, informou que "pretende investir R$ 100 milhões por ano em atendimento, compra de leitos e contratação de profissionais". Tão logo Fogaça terminou sua exposição, Tarso concluiu: "Os recursos destinados à área da saúde são de R$ 140 milhões. Ou seja, aplicar R$ 100 milhões nessa área é uma proposta irreal". Já Humberto Carvalho (PCB) abordou a questão da educação gaúcha, com a colocação de estudantes em contêineres, com Pedro Ruas. "Isso é uma vergonha para todos nós. Este é o pior momento da educação no Rio Grande do Sul, pois atitudes como essa envergonham nossa gente", disse o candidato do PSOL. Com relação à agricultura, Montserrat Martins (PV), declarou que "a Emater é fundamental para a população. Mas, além disso, precisamos ter uma secretaria estadual de apoio aos municípios. A forma hoje está muito burocratizada. O agricultor mais simples tem dificuldade em assimilar as mudanças de leis que ocorrem a cada ano e acaba sendo prejudicado".

Com a participação de mais de 70 emissoras associadas na retransmissão do debate, além das integrantes das redes Gaúcha e Guaíba, algumas rádios enviaram perguntas aos candidatos. E uma delas abordou o tema pedágios. "Não vamos renovar os contratos. Não podemos ter pedágio privado no Rio Grande do Sul. Aqui, a AGERGS não fiscaliza, o DAER só se preocupa em aumentar tarifas e as concessionárias mandam em todos esses órgãos. Somos totalmente contra", afirmou Ruas. Já o candidato do PMDB respondeu sobre como atacar as desigualdades econômicas e sociais que se manifestam no Estado. "Temos de prever infraestrutura e logística. Construir uma nova ponte internacional em Porto Mauá ou Porto Xavier e buscar junto ao governo federal que a duplicação da BR 386 realmente aconteça. Além disso, é preciso apoiar a indústria e o polo metalmecânico". Respondendo a uma pergunta enviada pela Rádio UCS, Genro apresentou propostas que podem ajudar no desenvolvimento da região dos Campos de Cima da Serra. "A região tem potencial extraordinário e deve receber recursos em diversas áreas, a começar por um aeroporto regional, além de investimentos de infraestrutura que incentivem o potencial turístico, como as ligações asfálticas".


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Processadores podem ser aliados ou comprometer o áudio das rádios Alguns modelos Equipamentos devem ser bem calibrados para evitar infrações às normas técnicas e também deturpar o som que chega até os ouvintes Considerado um equipamento imprescindível, e obrigatório, em todas as emissoras de rádio AM e FM, além de TV, os processadores vêm, ao longo dos anos, acompanhando as evoluções tecnológicas com o objetivo de proporcionar aos ouvintes e telespectadores um som de melhor qualidade. Mesmo sendo obrigatório, muitas empresas ainda não têm o equipamento em suas sedes, segundo o engenheiro Fernando Melecchi. "Embora represente um benefício inegável para as rádios, é grande o número das que optam por continuar operando sem um bom processador ou ter equipamentos mal calibrados. É uma economia que acaba saindo caro, pois o investimento em qualidade deve ser defendido sempre. As emissoras que ainda não dispõem de processadores devem se conscientizar que o acréscimo de qualidade é inegável", afirma. No entanto, o manuseio do equipamento requer alguns cuidados para que o efeito não seja o inverso. "Os processadores digitais podem melhorar ou estragar o som se não for cumprido o percentual de 75 khz estabelecido. Se não houver cautela na hora da configuração pode deturpar completamente o áudio", adverte o Luiz Pureur engenheiro elétrico Luiz Pureur, da Rede Bandeirantes e Antena 1. "Normalmente, cabe ao engenheiro ou ao técnico, junto com o produtor de áudio da emissora, ajustar o equipamento. Se o ajuste não for feito de forma adequada, o resultado pode ser inferior ao esperado", declara. Fernando Melecchi

Os ajustes, de acordo com o engenheiro, devem acompanhar o estilo da rádio. "Se ela for uma emissora com característica musical deve seguir uma linha. Se priorizar mais a parte jornalística o cuidado deve ser outro". Os processadores, que podem ser nacionais ou importados, têm a propriedade de aumentar a densidade de volume e isso dá aos ouvintes a percepção que determinada rádio é mais potente que outra. De acordo com Pureur, o aparelho pode ser analógico ou digital e funciona, basicamente, para que a estação não ultrapasse os limites de modulação permitidos por lei. "Ele trabalha em várias bandas de áudio com o objetivo de otimizar melhor o nível de modulação da emissora. No entanto, deve haver um cuidado especial para que essa modulação em busca de um som mais alto não ultrapasse o que é permito, pois assim estará cometendo uma infração", adverte. E, de acordo com Pureur, a alteração dos processadores em busca de um som diferenciado é uma prática que vem se acentuando com o tempo. "Até um passado recente, os equipamentos tinham uma configuração determinada pelo fabricante. Hoje os parâmetros são todos abertos e qualquer um pode estipular a configuração que deseja para sua emissora", diz. Pureur aborda um tema que, segundo ele, vem ocorrendo cada vez mais: a sobremodulação. Emissoras que inadvertidamente aumentam a sua modulação acabam interferindo nas transmissões em frequências próximas, causando a perda de qualidade do áudio, e, ainda,estando sujeitas à fiscalização da Anatel". Disponíveis no mercado aos mais variados preços, Melecchi assegura que todos os modelos disponíveis cumprem o objetivo, uma vez que as normas técnicas não exigem a procedência do processador. Mas ressalta que, aquele que consegue apurar mais o som, é o mais oneroso.

O que diz a lei: As normas técnicas para emissoras de AM e de FM mantêm a obrigatoriedade de uso deste equipamento para todas as emissoras. Equipamentos de uso compulsório Serviço de Radiodifusão Sonora em Onda Média Resolução ANATEL nº 116, de 25/03/1999 E suas alterações Item 6.1.2 - "Limitador é o equipamento de funcionamento permanente na emissora, capaz de limitar automaticamente o nível do sinal de áudio oriundo do estúdio, a fim de evitar a sobremodulação do transmissor, sem degradar a qualidade do sinal acima dos limites estabelecidos neste Regulamento."

Serviço de Radiodifusão Sonora em Frequência Modulada Resolução ANATEL nº 67, de 12/11/1998 E suas alterações Item 7.1.4 - "As emissoras manterão em funcionamento permanente um equipamento capaz de limitar, automaticamente, o nível de pico do sinal de áudio modulante, para estereofonia ou monofonia, conforme o caso, a fim de evitar a sobremodulação do transmissor, sem degradar a qualidade do sinal acima dos limites estabelecidos neste Regulamento. As emissoras que transmitem sinais secundários manterão em funcionamento permanente outros limitadores para a mesma finalidade."

disponíveis no mercado:

Nacionais: MTA www.mtaeletronica.com.br ORBISONIC www.orbisonic.com.br TELETRONIX www.teletronix.com.br APEL www.apel.com.br BIQUAD www.biquad.com.br Importados: ORBAN 8100 / 8500 / 8600 P/MS www.orban.com OMNIA www.omniaudio.com VORSIS AP-2000 www.vorsis.com INOVONICS www.inovon.com Alguns endereços de compras: Ponto Eletrônico Rua Sinimbu, 1899 - Salas A e B Caxias do Sul Telefone: (54) 3536- 1400 APEL - Aplicações Eletrônicas Ind. Com. Ltda. Av. Assis Chateaubriand, 4193 Distrito Industrial - CEP: 58411-450 Campina Grande - Paraíba - Brasil Telefone: (83) 2102-2121 / (83) 2102-2121 Teletronix Centro Empresarial Prefeito Paulo Frederico de Toledo, 90 Santa Rita do Sapucaí / MG CEP: 37540-000 Telefone: (35) 3473.3710 Biquad Rua Francisco Costa, 255 Bairro Fernandes Santa Rita do Sapucaí - MG CEP: 37540-000 Televendas: (35) 3471-6399 MTA Santa Crescência, 268, São Paulo - SP Telefone: (11) 3751-5111

www.agert.org.br Acesse o site da AGERT e confira as principais notícias da radiodifusão gaúcha, assim como as últimas informações sobre as eleições 2010. Na página ainda é possível entrar em contato com a diretoria da associação, além de sugerir pautas para o Agert Informa.


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Uma fábrica no RS Única empresa gaúcha a fabricar processadores de áudio, a Orbisonic, de Gravataí, atua há mais de 20 anos no mercado, atendendo radiodifusores do país e do Exterior. Produzidos em série, o número de equipamentos pode variar de 15 a 20 por mês, dependendo da demanda. "Trabalhamos conforme os pedidos que recebemos. Se a demanda é maior, empresas terceirizadas nos auxiliam na produção", conta Iriceu Gerlach, diretor da Orbisonic. Antes de sair da fábrica, os processadores são testados em laboratório e em campo para que sejam feitos todos os ajustes necessários. "Nesse ponto, contamos com um apoio fundamental da Rádio Osório AM, que sempre testa nossos produtos e nos dá o aval para liberarmos ao mercado", revela. Trabalhando com aparelhos para rádios AM e FM, TV e Internet, Gerlach diz que um bom processador nacional pode custar em torno de R$ 12 mil, se equiparando a um importado de boa qualidade. "Os mais baratos, geralmente, são usados em rádios piratas ou comunitárias. E não é esse o nosso público. Nós não fabricamos produtos de nível inferior, pois sabemos que sempre o melhor não será o mais barato", avalia. Segundo o diretor, o aparelho pode ter vida útil em torno de 10 anos, mas antes disso já poderá ser

Gerlach trabalha há mais de duas décadas com processadores

tornar obsoleto em termos tecnológicos. "Com a constante evolução nessa área, o ideal é que as emissoras troquem seus equipamentos por volta dos sete anos. Mas mantenham sempre o antigo como reserva para casos de emergência", aconselha. Gerlach revela que o equipamento é projetado

para conseguir altos níveis de modulação média sem sobremodular o resultado final com controle rigoroso de pico, que atenda às exigências legais. "Na Europa, é valorizada a qualidade do som. Aqui no Brasil, a altura tem mais valor. E por isso precisamos cuidar o áudio que estamos levando até a casa dos ouvintes", finaliza.

Como funciona:

TIRE SUA DÚVIDA:

Imagine você, que dentro de um processador exista uma mão invisível que toda vez que o nível de sinal vai ultrapassar o valor pré-estabelecido, ela abaixa o nível automaticamente de forma lenta. Desta forma, mantém o sinal sempre uniforme, e em sequência, controla este sinal de forma bem rápida atuando somente nos picos que passaram do primeiro controle não deixando ocorrer picos nem excesso de modulação. Em radiodifusão quanto mais alto você mantiver o sinal de áudio, mais você vai modular e, consequentemente, os ouvintes vão escutar a emissora com mais presença. Você pode modular ate o ponto da sua emissora se tornar a mais alta de todas no dial, porém com consequências indesejadas, como interferir na frequência da emissora mais perto da sua e distorce seu sinal. Para monitorar e calibrar esta modulação existem aparelhos próprios, como o Monitor de Modulação. Existem diversos modelos de processadores, modelos que limitam o sinal de áudio que sai da mesa com controle inteligente de altas frequencias para evitar a sibilação, e modelos mais sofisticados com muitos recursos o que pode ser muito útil para melhorar e diferenciar o som da sua emissora. Estes modelos, com mais recursos, utilizam de artifícios de controle dos parâmetros de compressão como: limiting, compressing, clipping, automatic gain control, attack, release, ratio e threshold; controles que modificam o processamento e o sinal de áudio, personalizando o som da emissora.

As emissoras precisam emitir nota fiscal eletrônica? Informação prestada pela Exatoria diz que não há necessidade. No entanto, existe um parecer que diz que clientes como governo, empresas nacionais e outras de grande porte irão exigir o documento. Qual a orientação para as rádios? Atualmente a legislação nacional permite que a NF-e substitua apenas a chamada nota fiscal modelo 1 ou 1A, que é utilizada, em regra, para documentar transações comerciais com mercadorias entre pessoas jurídicas como a nota fiscal de entrada, operações de importação, operações de exportação, operações interestaduais ou ainda operações de simples remessa. A NF-e não se destina a substituir os outros modelos de documentos fiscais existentes na legislação como, por exemplo, a Nota Fiscal a Consumidor (modelo 2) ou o Cupom Fiscal, ou mesmo a Nota Fiscal de Serviço. Os documentos que não foram substituídos pela NF-e devem continuar a ser emitidos de acordo com a legislação em vigor. No caso das rádios, continuamos com os mesmos procedimentos atuais na emissão. Alcides Germani Recurso Auditoria Contábil Se você tem alguma dúvida sobre esse ou outro assunto relativo à radiodifusão escreva para secretaria@agert.org.br que responderemos no próximo Agert Informa.


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Os 60 anos da TV brasileira A televisão aberta completou 60 anos no país no dia 18 de setembro. Desde a primeira transmissão da TV Tupi, em São Paulo, na iniciativa ousada de Assis Chateaubriand, a evolução tecnológica, o arrojo empresarial e o talento dos nossos profissionais fizeram da TV brasileira um case de padrão internacional. Com penetração de 95,7% dos domicílios (2009, Pnad/IBGE), este meio popular por vocação tem sido capaz de integrar milhões de pessoas, valorizar as realidades regionais, e dar-lhes acesso gratuito a informação, cultura e entretenimento. Seu papel para o fortalecimento da identidade nacional é incontestável. Nos mais longínquos rincões é possível encontrar cidadãos que se conectam com o restante do Brasil e com o mundo por intermédio de seu televisor, e, independente de classe social ou nível de instrução, têm acesso às mesmas informações. Em entrevista à revista Época, em 2006, o sociólogo francês Dominique Wolton, afirma que a televisão provocou, nos últimos anos, uma revolução na vida de milhões de pessoas. Para ele, que é um dos mais respeitados especialistas em comunicação no mundo, a televisão "produz uma cultura mediana acessível, sensibiliza o telespectador para outras culturas e reflete o mundo contemporâneo", instigando o cidadão a buscar informação e conhecimento antes ignorados. Dados de uma recente pesquisa encomendada à

empresa Meta pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), sobre o acesso à informação e a formação da opinião da população brasileira, mostram que as percepções de Wolton em relação ao papel deste meio de comunicação estão corretas. A pesquisa revela, por exemplo, que para 66,3% das pessoas a televisão aberta é o meio de comunicação mais relevante para buscar informação, e para 69,4% é a mídia mais confiável. Quanto à programação, 64,6% dos entrevistados consideram os telejornais os programas mais importantes, seguidos das novelas, com 16,4%. O levantamento ouviu 12 mil pessoas, em 639 cidades de cinco regiões do país. Com noticiários, reportagens, entrevistas e debates entre candidatos, a televisão tem sido fundamental também para a consolidação da democracia. Além de prover informação e promover a discussão de temas de interesse nacional, é com a produção de regular de séries e campanhas de utilidade pública que este meio estabelece compromisso com as demandas sociais, seja de dimensão nacional ou comunitária, de qualquer pequena cidade interiorana. Marcado pela diversidade e pluralidade, temos 496 emissoras de televisão, sendo 295 comerciais e 201 educativas, e mais de 5 mil estações retransmissoras. A indústria televisiva brasileira gera mais de 200 mil postos de trabalho, diretos e indiretos, produz 70 mil

horas/ano e, apenas em programas jornalísticos, 180 mil horas/ano. Cerca de 70% desse conteúdo é nacional - 90% se considerado apenas o horário nobre. Até 2012, teremos disseminado no Brasil o padrão digital de televisão que, mais do que qualidade superior de imagem e som, permitirá o avanço da mobilidade e da portabilidade, ou seja, a capacidade de o telespectador receber o sinal em aparelhos portáteis ou celulares. Portanto, ao completar 60 anos de existência, percebemos que a televisão brasileira continua forte e rejuvenescida, cumprindo o seu papel para o crescimento econômico e a consolidação da democracia. Emanuel Soares Carneiro Presidente da Associação Brasileira Emissoras de Rádio e Televisão - Abert

Mídia vive momento de expansão no país Segundo matéria publicada no Estado de São Paulo, a 22ª edição do relatório anual Mídia Dados Brasil 2010, elaborada pelo Grupo de Mídia São Paulo com informações de mercado, mostra que o setor de comunicação teve forte expansão em 10 anos. Os 15 maiores anunciantes privados, por exemplo, investiram R$ 13,2 bilhões em publicidade em 2009. Há uma década, esse grupo de maiores anunciantes aplicava R$ 2,1 bilhões. Portanto, no período, cravaram um crescimento superior a 500%. Do lado das agências de publicidade, o impulso não tem sido diferente. As 15 maiores agências aumenta-

ram em quase 2.000% a movimentação de recursos em mídia nos últimos dez anos, O volume de dinheiro que passou pelas agências pulou de R$ 1,1 bilhão, em 2000, para R$ 22,7 bilhões, no ano passado. A análise dessas informações, que desenham um mercado robusto e longe da crise global que tem afetado alguns dos grandes conglomerados de comunicação global, está numa edição que, este ano, também foi excepcional com suas 776 páginas. Trata-se de um recorde histórico em mais de 10 anos de levantamento de dados regularmente pela instituição. Sob o título "Uma década de ouro", o relatório traz

Rádio identifica música e permite comprar o arquivo Caminhar até uma loja de CDs e perguntar por um álbum que tem uma música que o cliente ouviu no rádio virou, definitivamente, coisa do passado. Uma empresa britânica vende um rádio que identifica a música e permite comprar o arquivo em poucos segundos. O sistema usado para reconhecer as canções é o Shazam, também disponível como um aplicativo para smartphones, com capacidade de identificar até oito milhões de músicas. O aparelho Sensia tem tela colorida sensível ao toque e conexão à internet Wi-Fi (sem fio). Com ele, é possível criar posdcasts e organizar arquivos de áudio em lista. Usuários do iPod ou outros tocadores de MP3 podem conectá-los ao rádio. Os downloads podem ser encaminhados para o PC. O rádio custa o equivalente a R$ 670 (250 libras esterlinas).

informações sobre audiência dos veículos. Mostra que a participação dos meios de comunicação no bolo publicitário permanece a mesma na década. A TV aberta segue na liderança com 60,9% de participação; seguida pelos jornais, com 14,1%; revistas (7,7%); rádio 4,4%; internet (4,3%); TV por assinatura (3,7%); mídia exterior com 2,9%; e guias e listas (1,6%). Apesar desse cenário antigo em distribuição de verbas, o mercado brasileiro é visto como moderno, plugado e vive período de atração de grupos estrangeiros.

Aumentam os investimentos em rádio nos Estados Unidos Os investimentos publicitários em rádio vêm aumentando nos Estados Unidos, segundo informa o AdAge, mídia especializada em publicidade e marketing. O faturamento atingiu 4,5 bilhões de dólares no segundo trimestre, um crescimento de 6% em relação a igual período do ano passado. Foi o maior salto trimestral desde o ano 2000. Esse crescimento se deve em grande parte à volta de anunciantes nacionais que aumentaram suas verbas para o rádio em 16% no segundo trimestre, chegando a um total de 17% na primeira metade do ano. Os principais atores do crescimento são os anunciantes do setores automotivo, serviços financeiros e de comunicações e telecomunicações. A propaganda política, que nos Estados Unidos é paga, também entrou no rol dos grandes investidores no rádio com verbas superiores a 50 milhões de dólares. Lá como cá, a publicidade local continua sendo a principal fonte de faturamento do rádio. Cresceu 3% no segundo trimestre atingindo os 3 bilhões de dólares.


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