JORNAL NOV.IDADE Nº 3

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Jornal do Projeto Gugu - Edição nº 3 - Maio/2011

Nov.Idade

Eles também malham

Pág. 8


2Personagem

O

papel mais realista de sua carreira, Luis Antonio Pimentel enfrentou sem os óculos e com um largo sorriso no rosto – nada diferente de toda sua vida, marcada por inúmeras realizações, trabalho e muita simpatia – sendo, agora, o principal foco das fotografias dedicadas a registrar o busto feito em sua homenagem, na Sociedade Fluminense de Fotografia, entidade da qual é um dos fundadores. Trata-se da primeira de uma série de comemorações mensais que serão realizadas para celebrar os 99 anos de um dos maiores nomes das letras deste País, morador de Niterói. Jornalista, escritor, fotógrafo, professor, poeta e memorialista, Luis Antonio Pimentel é um homem plural, tanto pelos seus feitos quanto por sua história. Com sua máquina fotográfica sempre em punho, Pimentel vem retratando as belezas do mundo há quase um século. Atento às mudanças, como bom escritor, retira de sua longa coleção de registros e lembranças, muitas das referências para suas obras. “Gosto muito de ficar observando a passagem do tempo, e ainda me fascino com certas coisas. Acho que nunca ficamos velhos para nos admirar, não é mesmo?”, pergunta. É verdade. Nascido em Miracema, mas com Niterói no coração, Pimentel começou cedo sua contribuição para a imprensa carioca. Parte de sua produção de jovem jornalista, publicada na “Gazeta de Notícias”, compõe o livro “Crônicas do rádio, nos tempos áureos da Mayrink Veiga”. Em 1937, ganhou uma bolsa de estudos para o Japão, onde ficou até 1942, deixando o país apenas quando houve a evacuação de estrangeiros, em plena guerra. De volta a Niterói, decidiu se dedicar à imprensa e, em 1952, formou-se jornalista pela antiga Faculdade Nacional de Filosofia. Luis Antonio Pimentel construiu uma obra literária com grandes influências da cultura japonesa. Em sua extensa bibliografia, destaca-se seu livro “Namida no Kito (Prece em lágrimas)”, publicado no Japão em 1940, o primeiro de um poeta de língua

Ele presenciou o nascimento do samba, compôs para Carmen Miranda, e hoje, aos 99 anos, continua encantando Niterói. Viva Luis Antônio Pimentel!

portuguesa traduzido naquele país. “Contos do velho Nipon”, editado no Brasil, também em 1940, foi talvez o primeiro livro de um autor brasileiro a divulgar a cultura tradicional japonesa em nosso país. Além disso, Pimentel é um dos precursores do haicai no Brasil (forma poética japonesa, cujos poemas têm três linhas, contendo, na primeira e na última, cinco sílabas, e sete na segunda linha), e foi um dos mais importantes disseminadores desse estilo de poesia desse lado de baixo do Equador. “Quando descobri o haicai, fiquei muito interessado e, então, decidi estudar. Quanto mais eu conhecia, mais surpreso ficava. É uma das belas formas de poesia, pois

diz tanto em tão pouco”, atesta. Desde a juventude, dedica-se também à pesquisa sobre a história e a cultura brasileiras, especialmente as tradições populares. Verdadeiro arquivo vivo da cidade de Niterói, entre suas obras, “Eles nasceram em Niterói” (biografias, 1974), “Topônimos Tupis de Niterói” (origem e significado das nomenclaturas, 1980), “As Praias de Niterói” (história, 1982) dedicam-se à disseminação da cultura fluminense. Seus livros sobre a cidade formam a “Enciclopédia de Niterói”. Tendo presenciado o nascimento do samba, no bairro da Muda, no Rio de Janeiro, Luís Antônio Pimentel também se sagrou compositor, fazendo canções em parcerias com Ciro Monteiro, Ary Rebello e Mário Travassos, tendo como intérpretes Carmen Miranda e Odete Amaral. “Uma das músicas que Carmem Miranda gravou chamase ‘Fogueira do meu coração’ e fez muito sucesso. Quase não reconheci que era minha”, brinca. Nas artes visuais, ele possui importantes trabalhos em fotografia, tendo exposto em diversos lugares, dentro e fora do Brasil. Ainda atuante e sempre presente, pertence a

várias academias de Letras, Folclore e História, como a Academia Niteroiense de Letras, a Academia Fluminense de Letras, e é presidente de honra do Grupo Mônaco de Cultura. Publica semanalmente a seção “Artes Fluminenses”, nos periódicos “A Tribuna” e “Jornal de Icaraí”, de Niterói. “Depois de tanto tempo escrevendo e falando sobre tudo, notei que ainda falta muito para ser dito. E não só por mim. Lima Barreto disse ‘Escreva sempre. Mesmo errado’, e é o que eu gostaria de continuar fazendo”, finaliza o poeta. Nós também gostaríamos de continuar lendo-o, professor.

Jornalista, escritor, fotógrafo, professor, poeta e memorialista, Luis Antonio Pimentel é um homem plural, tanto pelos seus feitos quanto por sua história


3 “Depois de tanto tempo escrevendo e falando sobre tudo, notei que ainda falta muito para ser dito�.

o ilustre poeta


4Lazer

NÚCLEOS DO PROJETO GUGU Ginástica

aposentados que agitam Idosos formam grupos para caírem na balada: passeios, teatros, show etc...

Há pouco tempo, aposentadoria significava exatamente o que prega: aposentado, aquele que fica no aposento, recluso do mundo. O máximo do divertimento de quem se aposentava era cuidar do jardim, jogar cartas com os amigos e fazer como a Carolina de Chico Buarque, que vive os dias dentro de casa, enquanto a vida passa do lado de fora. Pois essa Carolina ficou só na música. Hoje, cada vez mais aposentadas se formam em grupos, e caem nas baladas, passeios, teatro, shows e tudo mais que as tire do marasmo e as mostre que a vida está apenas começando. Recentes estudos têm mostrado um aumento significativo na expectativa de vida dos brasileiros. E com maior tomada de consciência do próprio corpo, mais pessoas têm chegado à maturidade com muita saúde e energia. Para gastar toda esse gás, grupos de senhores e senhoras que saem juntos para se divertir têm se proliferado. Para eles, a vida realmente começa depois dos 60. Esbanjando vitalidade, a professora aposentada Glória Sá Cardoso está em todos os espetáculos em cartaz. “Sempre gostei muito de teatro. Fiz aulas quando nova, mas a vida acabou me levando para o magistério. Agora que sou viúva, aposentada, meus filhos e netos estão crescidos e muito bem criados, achei que era hora de retomar minha vida. Entrei então em uma aula de canto e de interpretação, e acompanho todas peças que estão em cartaz. E você pensa que eu faço isso sozinha? Imagina! Faço parte de um grupo de 23 senhoras. Todas temos mais de 65 anos, muitas viúvas, e queremos viver bem o tempo que nos restar. Dessa forma, todas as semanas fazemos programações diferentes: no meio da semana, nos encontramos para jantar, e no fim de semana vamos

Santa Bárbara (Pça. João Saldanha), de 2ª a 6ª, de 7h às 8h. Foto: divulgação

H

Icaraí I (praia, em frente à Pça. Getúlio Vargas), de 2ª a 6ª, de 7h às 8h, e sáb. e dom., de 8h30 às 9h30.

Parcerias com empresas de ônibus proporcionam conforto e segurança

Hortifruti (estacionamento da loja na Av. Marquês de Paraná), de 2ª a sáb., de 7h às 8h. S. Rosa (Posto de Saúde Santa Rosa Vital Brazil), de 2ªª a 6ªª, de 7h às 8h. Ilha da Conceição (Clube Azul e Branco), de 2ª a 6a, de 7h às 8h.

Participantes do Clube da Peteca de Icaraí chamam: “quem quiser jogar, é só parecer”...

ao teatro, cinema, ou a shows de música. Quando já vimos tudo aqui e no Rio, seguimos até São Paulo atrás de divertimento!”, conta Glória, entre risadas de satisfação. E ela realmente não está só. Segundo a produtora cultural Mariana Xavier, o número de grupos de idosos que têm freqüentado os eventos culturais no Rio e em Niterói aumentou tanto, que agora muitos dos horários sofreram adaptações. “Fazemos entretenimento para o público. Como temos notado o grande crescimento de grupos de pessoas mais velhas freqüentando os espetáculos de teatro e shows musicais, por exemplo, muitas das

A procura é tanta, que já há horários alternativos nos espetáculos

atrações se apresentam também em horários alternativos, normalmente mais cedo, para se adequar a essa nova demanda. Os resultados têm sido muito bons. Algumas vezes, a procura por esses períodos é maior do que pelos horários mais tradicionais”, comenta ela. Sonia Azeredo é psicóloga, mas por gostar de sair para dançar, combinou com o marido que ele a levaria com suas amigas. Outras amigas de amigas foram gostando e se juntaram ao grupo, e Sonia começou a fazer desse transporte, e da elaboração de uma agenda de eventos, um negócio. Hoje, a turma tem mais 70 pessoas, que saem juntas, às vezes para dançar, outras para eventos culturais. “Começamos como pura diversão. Mas a procura acabou sendo tamanha, que

S. Lourenço (Igreja do Ponto Cem Réis), de 2ª a 6ª, de 7h às 8h.

nós resolvemos ampliar e fazer disso um negócio. Firmamos parcerias com agências de turismo e casas de espetáculos, além de com diversos outros estabelecimentos, e conseguimos preços especiais para grupos. Para o transporte, temos parcerias também com empresas de ônibus, que nos proporcionam todo o conforto e segurança. Vamos em eventos até mesmo em outras cidades ou estados, e também em passeios mais longos. Mas independente do lugar, uma coisa é certa: a diversão é garantida. Nos passeios, não só o evento é o principal, pois no trajeto as pessoas se conhecem, se entrosam e fazem amizades. Isso não tem preço”, comenta. Como se pode ver, só não se diverte quem não quer.

Fonseca (Horto Florestal), de 2ª a 6ª, de 7h às 8h. Largo da Batalha (Pça. Levi Carneiro Est. Caetano Monteiro s/nº), de 2a a 6ª, de 7h às 8h. Morro do Castro R. Teixeira de Freitas (pátio da Igreja Evangélica), de 2ª a 6ª, de 7h às 8h. Piratininga (praia, em frente ao quiosque Loura Gelada), de 2a a 6ª, de 7h às 8 h. Rink (Praça ), de 2a a 6a, de 7h às 8h. Jurujuba (Centro de Saúde), de 2a a 6ª, de 7h às 8h. Engenhoca (Clube 11 Unidos), de 2ª a 6ª, de 7h às 8h. Cantagalo (Ciep do do Cantagalo), de 2ª a 6ª, de 7h às 8h.


NÚCLEOS DO PROJETO GUGU (continuação) Palmeiras (R. Célio Gouveia - Pça. da Palmeira), de 2ª a 6ª, de 7h às 8h.

Bay Market (Centro) de 2ª a sáb. de 8h30 às 9h30h

Cafubá (Pça. da Rótula), de 2ª a 6ª, de 7h às 8h.

Maria Paula (Pça Tancredo Neves), de 2a a 6ª, de 8h30 às 9h30.

Ititioca R. Padre José Euger, n° 35 (Sec. Regional ), de 2ª a 6ª, de 7h às 8h.

Ponta da Areia (Pça. Dr. Vitorino), de 2ª a 6ª de 8h30 às 9h30.

Caramujo (Ciep), de 2a a 6a, de 8h30 às 9h30.

Jacaré (Est. Frei Orlando 124 A /Qd Comunitária), de 2ª a 6ª, de 8h30 às 9h30.

Preventório (Praia de Charitas, em frente ao Hospital Psiquiátrico), de 2ª a 6ª, de 8h30 às 9h30. Barreto II (Pça. Enéas de Castro ), de 2ª a 6ª, de 8h30 às 9h30. Rio do Ouro (Centro Comunitário Paulo Henrique), de 2ª a 6ª, de 8h30 às 9h30. Barreto I (Parque Palmir Silva) de 2ª a 6ª, de 8h30 às 9h30. São Francisco (praia, em frente ao Restaurante A Mineira), de 2ª a 6ª, das 8h30 às 9h30. Largo do Marrão (Pça. Raul de Oliveira Rodrigues), de 2ª a 6ª, de 8h30 às 9h30.

Coronel Leôncio (Campo de Futebol), de 2ª a 6ª, de 8h30 às 9h30. Bairro Chic Pça. Guadalajara, de 2ª a 6ª, de 8h30 às 9h30h. Campo de São Bento (Qda. cimentada), de 2a a 6a , de 17h. às 18h. Madureira (Pça. Armando Cruz Shopping Tem Tudo), de 2ª a sáb., de 8h às 9h. Dança de Salão Caio Martins - 2ª, 4ª e 5ª feira, de 13h às 18h, e 6ª, de 13h às 17h. Coral

Engenho do Mato (Pça. Irene Lopes Sodré, em frente ao Médico de Família), de 2ª a 6ª, de 8h30 às 9h30. Cubango (ao lado do Colégio Dr. Memória), de 2a a 6ª, de 8h30 às 9h30. Ingá (Pça. em frente às Sendas) de 2ª a 6ª, de 8:30 às 9:30h.

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Qualidade de vida e autoestima sempre em alta...

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6Corpo

E

m um passado não muito distante, os idosos eram comumente retratados como pessoas muito cansadas para fazer qualquer tipo de movimento e que, por isso, ficavam sentados o tempo todo, evitando atividades mais bruscas. Pois é. Os tempos mudaram, e os mesmos senhores e senhoras que já passaram dos 65, hoje, mostram que a disposição se renova diariamente, e que mais se cansa quem não faz nada. Confirmando essa tendência, um estudo feito nos Estados Unidos, realizado com pessoas acima dos 60 anos, comprovou que os idosos que praticam exercícios sentem menos dores e aumentam sua resistência. Como a expectativa de vida dos brasileiros passou dos 70 anos, isso comprova que exercícios devem ser praticados diariamente, em todas as

musculação também é recomenda articulações e fundamental como idades. Conforme vamos envelhecendo, se torna mais difícil manter a massa muscular, a flexibilidade e a força da juventude. O metabolismo acaba ficando mais lento e diminuindo. Com isso, a tendência é ganhar mais gordura. Porém, esses efeitos podem ser minimizados com a musculação. Diferentemente do conceito de que a musculação apenas resulta em corpos vigorosos, a prática dessa modalidade vem crescendo entre as pessoas da terceira

idade, sendo altamente recomendada por profissionais da saúde, já que, alem de fortalecer os músculos, restaurar as articulações, é fundamental para prevenir e acabar com o estresse e a falta de disposição. “Mesmo quem nunca praticou nenhum tipo de atividade física pode iniciar um programa e ainda alcançar bons resultados. Sabe-se, hoje, que este tipo de treinamento é fundamental, não só para a manutenção da massa magra (ossos e músculos), necessária

para a realização de tarefas diárias, como para levantar-se de uma cadeira e subir escadas, como também contribui para com os sistemas respiratório e vascular. As atividades físicas ainda impactam positivamente a frequência cardíaca e a pressão arterial de repouso desta população”, afirma Leandro Galiano, professor de educação física e especialista em Fisiologia do Exercício. A atividade física destinada aos idosos também influencia a execução de tarefas básicas do dia a dia,

pois auxilia na redução dos riscos da osteoporose no que diz respeito à densidade óssea; promove o fortalecimento geral da musculatura, articulações e tendões, preservando a independência na vida das pessoas de maior idade. “O envelhecimento, agravado pela inatividade física e consequente enfraquecimento muscular, resulta, por exemplo, na redução da amplitude de elevação do joelho durante a caminhada. Isso culmina em uma


ada para restaurar antiestresse

Foto: Divulgação

Gizelle Porto: “sentindo e percebendo seu próprio corpo, as pessoas conseguem modificar a postura”

“o estilo de vida fisicamente ativo ajuda os idosos a manter independência”, diz psicóloga dificuldade de marcha, com maior propensão a desequilíbrios, quedas e fraturas delas decorrentes”, explica o personal trainer Leandro. Vendo esse novo público crescer, as academias de ginástica estão abrindo cada vez mais espaço para trabalhar com atividades e programas voltados para terceira idade. Além desses benefícios, a musculação não aumenta tanto a freqüência cardíaca e a pressão arterial quanto os exercícios aeróbicos, como andar, correr ou pedalar. Na musculação, o risco de acidentes e lesões é muito pequeno, desde que se tenha um controle da carga e tenha um professor especializado para fazer um acompanhamento.

Outro cuidado que deve ser levado em conta é com a alimentação, bem como com a hidratação. Durante os exercícios, há perda de água e sais minerais, que devem ser repostos com alimentação adequada e ingestão de líquido durante e após o treino. “O estilo de vida fisicamente ativo auxilia os idosos a manter independência, melhora seus limites e habilitaos à integração social, melhorando sua qualidade de vida” diz a psicóloga Manuela Botelho. Portanto, já que está provado que a idade não deve ser uma limitação para a prática de exercícios, que tal procurar seu médico e começar a se mexer? Algumas academias de Niterói já oferecem programas específicos para alunos na terceira

idade. Dois bons exemplos são as academias Master Sport Center, com o projeto “Maturidade”, e Agitus, que oferece o programa “Agite-se com qualidade na terceira idade”. Em ambas, professores especializados dão aulas de ginástica, alongamento, entre outras atividades, voltadas para o público maior de 60 anos e direcionadas para a demanda em questão, sempre com o objetivo da melhoria da qualidade de vida.

Serviço: Academia Agitus: (21) 2620.2406 Academia Master Sport Center: (21) 2620.1581 Leandro Galiano: (21) 8644.3875

Fala, 7 Gugu! O pensando na velhice

Projeto Gugu tem como seu principal escopo melhorar as condições de vida de todos aqueles que se tornam seus participantes, principalmente os idosos. Essa prioridade, dada ao idoso, tem sua razão de ser, justamente por ser a chamada terceira idade parte da sociedade que precisa de maior amparo social, talvez até mais do que as crianças, devido à natural perda de condições físicas, laborais e mentais que a passagem dos anos cobra daqueles que conseguiram driblar a morte. Pensar na velhice e planejar para que a mesma seja alegre, agradável e feliz, deve ser o mais importante que toda gente inteligente tem de fazer. O que nem todos sabem é como e quando devem ser tomados estes cuidados. Quanto mais cedo, melhor. Na verdade, a primeira providência para uma velhice saudável não depende do próprio indivíduo, mas sim da sua futura mãe, ou do seu futuro pai, ao escolher quem dará a outra metade dos genes. Coitados,... tem gente que recebe cada herança, que não será fácil administrar. Se começa a preparar um final de vida gostoso, quanto mais cedo, melhor. A criança que é criada num ambiente em que o exercício físico é valorizado, os pais dando exemplo, fazendo ginástica correta e diariamente, cuidando da alimentação, sem as guloseimas e os fast-food da vida, evitando a obesidade do jovem, dando aos filhos uma noção certa sobre os malefícios do fumo e das bebidas alcoólicas, já é um começo bem animador. Se a população do Brasil soubesse a tragédia que a propaganda de bebidas alcoólicas na televisão faz em nosso País, já estava na rua pedindo providências. As moças de hoje já bebem cerveja que nem os rapazes, e as doenças advindas deste vício aumentaram tremendamente entre elas. No cigarro é a mesma coisa, apesar da diminuição de viciados que a proibição da propaganda na TV ocasionou. A obesidade é outra doença que se alastra pelo Brasil de maneira avassaladora. Nem as crianças e os jovens estão escapando. Em primeiro lugar, o gordo morre muito mais cedo que o magro. Em segundo lugar, a recuperação do gordo pela ginástica é muito mais difícil, porém, é possível, e o resultado é, na maioria das vezes, até muito bom. Em nosso projeto, não são poucas as que melhoraram bastante e, ainda com o peso maior do que o desejado, ganharam muito em agilidade, resistência e autoestima. O ruim é que, com o peso da gordura, a aderência ao exercício fica muito mais difícil. Infelizmente, apesar de todo o prestígio que o Projeto Gugu tem em nossa cidade, e dos reais benefícios que ele presta a todos que dele participam, ainda há milhares de niteroienses que, mesmo sabendo que precisam melhorar sua saúde, para terem um velhice melhor, com mais atividade, menos dependência, mais feliz e agradável, ficam em casa e não vêm para o projeto. Niterói é uma das cidades que têm a melhor assistência à população, em termos de exercícios físicos, entretenimento excelente para a melhoria e expansão do contato social, formação da melhor autoestima, tudo aberto a todas as idades, e tudo de graça Você que melhorou muito participando do projeto traga seus amigos e amigas, ajude a aumentar essa imensa família em que se transformou o Projeto Gugu.


8Capa

O

Projeto Gugu é um sucesso, e isso ninguém pode negar. Trazendo de volta saúde e bem-estar para a vida de quase 5 mil pessoas, a iniciativa é reconhecida e respeitada em qualquer lugar de Niterói. Seus núcleos, bem como seus participantes, vêm se multiplicando diariamente. Porém, não é difícil ouvir perguntas do tipo: mas somente mulheres participam das atividades? Onde estão os homens do Projeto Gugu? Pois bem, leitoras. Não há mais motivo para lamentos. Atendendo a pedidos, apresentamos alguns dos mais importantes representantes da classe masculina do Projeto Gugu. São eles Adir de Almeida, o Didi - núcleo de São Francisco (6 anos no Projeto Gugu); Antonio Galdino - núcleo de Piratininga (6 anos “de casa”); Antonio Julio Dias - núcleo de Dança de Salão (10 anos); Gilberto Cabral núcleo da Engenhoca (9 anos); Pedro Alves Pina - núcleo do Preventório (10 anos); Astor Alves Pina - núcleo do Preventório (10 anos); Necy Batista - núcleo do Largo da Batalha (10 anos); Roberto Ricardo Figueiredo - núcleo do Morro do Castro (3 anos); Eupides Gonçalves núcleo do Caramujo (4 anos); Agostinho Guedes - núcleo de Santa Bárbara (participante do Projeto Gugu desde o começo, em 72); Silvio Teixeira - núcleo de Santa Rosa (8 anos); Aflaudízio dos Santos - núcleo do Caramujo (12 anos). “Nós estamos todos em busca de qualidade de vida. Quem se movimenta vive mais e melhor. Nas atividades, não só o corpo está sendo trabalhado. A cabeça também é estimulada. No final, todos os núcleos são grandes famílias, e acaba importando pouco se há mais mulheres que homens”, comenta Antonio Dias.

a classe masculina do Projeto Gugu “Realmente, há mais mulheres que homens, mas essa diferença não altera em nada o bom andamento das aulas, o entrosamento de todos os alunos e muito menos os benefícios que os exercícios e o companheirismo nos trazem. Quem não faz ginástica conosco está perdendo”, diz Antonio Galdino, que sofria de depressão, até que descobriu o projeto. Tristeza nunca mais. “Acho que sou o único homem do meu núcleo, e isso nunca foi um problema. Muito pelo contrario. As meninas sempre me tratam muito bem”, se diverte Gilberto Cabral. “Todos ajudamos nas atividades, dando todo o suporte para as aulas acontecerem sem problemas. Pensando assim, nem é tão ruim quanto parece”, brinca Necy Batista. Eupides Gonçalves, de 87 anos, fraturou o fêmur em um acidente, mas não demorou muito para retornar às aulas, o que fez dois meses depois, mas recebeu uma bronca da professora, o que não o intimidou: “Não consigo ficar sem vir às aulas, aqui eu encontro meus amigos”, assegura. Aflaudízio também é outro tão encantado com o Projeto Gugu, que não esperou muito tempo, depois de que se submeteu a uma cirurgia de catarata. “Não gosto de ficar em casa, o meu núcleo (Caramujo) é muito animado, a gente faz festas, se diverte”, dá a dica. Silvio Teixeira garante que o relacionamento de amizade entre os integrantes do projeto é forte: “A gente se reúne nas casas uns dos outros para bater papo, lanchar, é muito bom fazer amigos. Frente ao benefício que nós temos, importa muito pouco se há mais mulheres do que homens. O fato de criarmos laços dentro e fora das aulas é algo que não tem preço”, conclui.

“Quem não faz ginástica conosco está perdendo”, diz Antonio Galdino, que sofria de depressão, até que descobriu o Projeto Gugu. Tristeza nunca mais

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garante mudança de vida para quem faz ginástica

Adir de Almeida

Pedro Alves Pina

Antônio Julio Dias

Necy Batista

Antônio Galdino

Gilberto Cabral Dib

Astor Alves Pina

Roberto R. Figueiredo

Agostinho Guedes

Eupides Gonçalves

Silvio Teixeira

Aflaudízio E. dos Santos

Sabe a Nov.Idade? Niterói agora tem um jornal para falar exclusivamente sobre o universo dos mais experientes. Os hábitos de consumo e de lazer, dicas de nutrição e saúde, o estilo de vestir, a vida em família dessa geração que será de 30 milhões de pessoas até 2020.

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10Badalação

ziriguidum do do Bloco Bloco do do Gugu Gugu oo ziriguidum

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Carnaval é sempre uma festa para a turma do Projeto Gugu. Toda gente se veste de alegria e, na Praia de Icaraí, “deixa cair”... Neste 2011 não foi diferente. Foi bonito ver como todos esmeraram no figurino, cada fantasia mais bonita que a outra. O anfitrião, Gugu, estava animadíssimo! De repente, um carro pipa passava e jorrava frescor, alalaô, mas que calor...


11 Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt Diretora-Presidente: Rosana Nobre Machado Bittencourt Silva Diretor de Administração e Finanças: Sérgio Emilião Diretora de Desenvolvimento de Projetos: Regina Célia Corrêa Bittencourt Silva

Nov.Idade Jornal do Projeto Gugu

Edição nº 2 - Janeiro/2011 10 mil exemplares Impressão: Gráfica Monitor Mercantil Editor: Marcio.G Repórter/Redator: Fellipe Dias Criação, Projeto Gráfico, Diagramação e Comercialização: Mago Ideias

Apareça e cresça!

Criamos e produzimos jornais, revistas e impressos para sua loja, sua farmácia, seu consultório, seu clube, seu hospital, seu estaleiro, sua clínica, sua padaria, seu supermercado, sua associação, seu condomínio, seu gabinete, sua festa, sua academia e até, quem sabe, para sua empresa jornalística! Criamos, inclusive, este jornal NOV.IDADE! Quem não aparece não cresce!

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12Integração

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Jogos da Amizade marcam 16 anos do Projeto Gugu

dia 16/04 foi muito especial para o Projeto Gugu. Dois eventos emblemáticos aconteceram simultaneamente: a comemoração dos 16 anos do projeto e os V Jogos da Amizade. Os eventos, que foram realizados no Caio Martins, contaram com a presença do prof. Carlos Augusto Bittencourt Silva, o Gugu, fundador do projeto e patrono da Funcab, sua mulher, Regina Bittencourt, coordenadora do projeto e diretora da Funcab, e de todos os professores, além, é claro, de 1.510 alunos (com acompanhantes), que se inscreveram para participar dos Jogos da Amizade. A abertura dos Jogos foi marcada por um desfile de representantes dos 37 núcleos do PG e seus professores, além da entrada do prof. Gugu conduzindo a tocha olímpica. O coral do Projeto Gugu se apresentou em seguida. Para os jogos propriamente ditos, os participantes foram divididos pelo tipo de atividade e faixa etária. Entre as modalidades propostas, as mais concorridas eram batataquente, vôlei com bolão e lençolbol. No final, todos os participantes ganharam medalhas por participação, independente das colocações. Para finalizar, um baile com os participantes fechou com chave de ouro o dia de comemorações. O Centro Auditivo Telex apoiou a iniciativa, distribuindo brindes, e a Unimed instalou no local uma superequipada ambulância.


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