ANO ZERO 3

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2023/2024

Nº3

TRABALHO REALIZADO POR MARIANA TEIXEIRO DO 12ºMM COM BASE NO TRABALHO DE CAROLINA VENTUZELOS DO 9ºA
11ºJ Desenho-A

Caros Leitores,

É com imenso prazer que vos apresentamos a mais recente edição da nossa revista escolar, repleta de talento, criatividade e dedicação da nossa comunidade educativa. Nesta edição, mergulhamos em temas diversos que refletem o dinamismo e a riqueza das atividades desenvolvidas na nossa escola, desde a poesia até às visitas de estudo, projetos inovadores, atividades artísticas e a significativa celebração do 25 de Abril, um marco crucial na história de Portugal.

Abrimos estas páginas com uma homenagem à leitura, oferecendo aos talentosos leitores entre nós a oportunidade de partilhar as suas interpretações

Aprender vai para além das paredes da sala de aula. Nesta edição, viajamos através das experiências enriquecedoras das nossas visitas de estudo. Dos monumentos históricos às paisagens naturais deslumbrantes, os nossos alunos mergulham na cultura, na história e na ciência, expandindo os seus horizontes e adquirindo conhecimentos preciosos.

Orgulhosamente destacamos os projetos inovadores concebidos e realizados pelos nossos alunos. Da tecnologia à sustentabilidade, esses projetos não apenas demonstram a criatividade dos nossos jovens, mas também abordam desafios importantes enfrentados pela nossa sociedade, mostrando o poder da imaginação aliada ao conhecimento.

Celebramos a expressão artística em todas as suas formas, desde as pinturas vibrantes até às performances teatrais emocionantes. Cada pincelada, cada nota musical, cada gesto coreográfico revela a singularidade e a diversidade do talento artístico dos nossos alunos, inspirando-nos e enchendo-nos de admiração.

Não podemos deixar de reservar espaço para refletir sobre o significado e a importância do 25 de Abril, uma data que nos recorda a luta pela liberdade e pela democracia em Portugal. Neste dia especial, relembramos os valores que nos unem e renovamos o nosso compromisso com uma sociedade justa e igualitária para todos.

Convidamos-vos a embarcar nesta jornada através das páginas desta revista, onde cada palavra, imagem e obra de arte reflete o espírito vibrante da nossa comunidade escolar. Agradecemos a todos os colaboradores, professores e alunos que contribuíram para tornar esta edição possível.

Que esta revista seja uma fonte de inspiração, conhecimento e orgulho para todos nós.

Com estima e gratidão,

Filipe Silva Diretor AELousada

No âmbito da disciplina de Português, os alunos do 12º Ano dos Cursos Profissionais participaram numa visita de estudo, no dia 14 de dezembro, ao Espaço Miguel Torga e ao Miradouro de S. Leonardo de Galafura em Vila Real no intuito de consolidar os conhecimentos adquiridos. No Espaço Miguel Torga, percorreram a sala de exposições dedicada à vida e obra do escritor trasmontano e visitaram a casa onde escreveu alguns dos seus célebres textos. De tarde, no miradouro de São Leonardo de Galafura, numa das paisagens de eleição do escritor, experienciaram o sentimento telúrico. Miguel Torga escreveu, num dos seus Diários, que do miradouro "não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso de natureza".

Projeto “Dia Mundial da Poesia em diálogo com Cidadania”

No dia 21 de março, a Escola comemora o “Dia Mundial da Poesia”, num diálogo com o Projeto Cidadania e Desenvolvimento – uma atividade festiva das Artes que promove a reflexão sobre as grandes questões humanas (sociais, políticas, culturais, ambientais), que são determinantes para a construção de jovens/cidadãos cada vez mais ativos, conscientes, interventivos, responsáveis e com uma atuação mais inteligente e mais humana na sociedade. Assim é a atuação ininterrupta da Escola. Dando voz à arte poética, dizemos que a poesia é luz que condena a violência, a agressão, as atrocidades das guerras, as ameaças nucleares, a xenofobia, o racismo, a discriminação; a poesia é luz que promove a igualdade (de direitos, de oportunidades, de género), a justiça, a paz; a poesia é luz que convida a respeitar a Natureza, a preservar o meio ambiente, a promover a sustentabilidade; a poesia é luz que exalta os afetos, a amizade, o amor, numa clara revelação, a nós e aos outros, do melhor de nós mesmos.

Nas palavras de Johann Goethe, “Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas” – neste projeto, junta-se ao nosso “dizer Poesia”, a música, a pintura, o desenho, num trabalho colaborativo coordenado pela professora Anabela Peixoto e com a colaboração especial da professora convidada, Alzira Silva, a participação do professor Luís Melo e da professora Cristina Pacheco, do ex-aluno Afonso Pires, da aluna que ilustrou o cartaz, Tânia Martins, do aluno Simão Ferreira, dos alunos dos ensinos geral e profissional (10ºB, 10ºG, 11ºB, 11ºE, 11ºH, 11ºJ, 12ºCM, 12ºCP, 12ºMM, 12ºI) – um projeto inclusivo, destinado a toda a comunidade educativa.

Feirinha de Natal

11º CM/CP (Curso profissional Técnico Comercial e de Cozinha e Pastelaria) Mais um momento de aprendizagem, de partilha e de reflexão que levaram os alunos a enriquecer os saberes das várias disciplinas da componente Técnica e a acrescentar novas experiências no seu percurso formativo.

A leitura e as emoções

Falar sobre emoções é um desafio, que se afigura maior, quando associamos estas à leitura. Enquadrada no projeto “A Voz que damos aos livros”, a conferência enunciada no título deste texto protagonizou o início de um conjunto de conferências sobre leitura: Ler a Valer – atividade a decorrer na ESL que ambiciona promover uma conversa alargada sobre o potencial da leitura, enquanto fonte única de interrogação e de interpretação da vida.

Servindo de espinha dorsal a estes encontros, a leitura constitui-se como um modo privilegiado de estabelecermos uma conexão com outros campos do conhecimento: as emoções e a inteligência emocional foi o primeiro. Quando falamos sobre literacia emocional, exploramos a importância de desenvolver o léxico emocional e de procurarmos perceber o impacto que este pode ter no bemestar e no desenvolvimento de cada um. A identificação das emoções, bem como a consciência da sua existência, aliadas à reflexão sobre como as podemos autorregular, tem um caráter transversal inequívoco.

Foi profundamente comovente sentir o silêncio de uma sala repleta de jovens enquanto Isabel Lage (psicóloga clínica), palestrante nossa convidada, lia excertos de livros e colocava a questão fundamental: “o que sentiram?”. Foi comovente e desafiador o silêncio que se sentiu, reencaminhando todos involuntariamente para a essência da leitura, das emoções, da comunicação. Em silêncio, todos estávamos cheios de palavras geradas a partir da introspeção e de um espaço comum da intimidade aberto pelas linhas de livros, como aquele incontornável de Saint Exupéry – O Principezinho. Como não nos revermos nas suas frases subliminares, como exemplificou Isabel Lage: “Tornas-te responsável por tudo o que cativares”. Nesta sessão, ficou sublinhada a importância da palavra e, por outro lado, tomamos consciência de que o homem pode desenvolver articulações mentais e sensíveis fora da matriz verbal. O silêncio assumiu-se não como mera ausência de discurso, mas como produtor de significado e como um contributo concreto para o ato de comunicação. “A leitura e as emoções” foi um momento único: lemos e, a partir daí, exploramos emoções; sobretudo, comunicamos pela palavra e no silêncio. Muito em especial, inadvertidamente, acedemos à leitura enquanto meio eficaz para explorar as emoções, permitindo que nos sirvamos dos livros, da literatura para as compreender de forma mais efetiva e consequente.

Prof. Conceição Brandão

Jogos elaborados pelos alunos para trabalhar a motricidade fina Ao longo deste período, os alunos do Centro de Apoio à Aprendizagem da Escola Básica de Cristelos (1.º ciclo) elaboraram uma variedade de jogos para trabalhar a motricidade fina, promovendo-se, assim, a coordenação óculo-manual, a orientação espácio-temporal, para desenvolver a autonomia nas atividades da vida diária, através da visão e do tato.

Projeto “Horta Cristelina”

Os alunos do Centro de Apoio à Aprendizagem da Escola Básica de Cristelos (1.º ciclo) começaram a dinamizar a sua horta, extraindo as ervas daninhas, preparando a terra e iniciando as primeiras sementeiras e algumas plantações: couve, alface, salsa e batata-doce.

Os poucos dias de sol têm sido divertidos, proporcionando aos alunos o contacto com a Natureza através da realização de algumas atividades agrícolas

MENSAGEM DE FERNANDO PESSOA

Este projeto surge no âmbito da articulação entre as disciplinas de Desenho A e de Português, a propósito da análise da obra Mensagem, de Fernando Pessoa E, adotando uma vertente artística da obra surge, então, uma exposição que visa refletir as principais vertentes temáticas da obra.

Num panorama mais plástico, o tema do mar e os desafios que nele se escondiam foi alvo da preferência dos alunos e de bastante dedicação por parte da maioria deles. É notório que se procurou, sobretudo, enfatizar uma época de esplendor e glória, a dos Descobrimentos, o tempo de conquista e de revelações que projetaram Portugal no mundo.

Destaca-se igualmente, o tema do Sebastianismo, surgindo a figura plasticamente tratada, em movimento, na sua dimensão heroica e exemplar, como mito inspirador, capaz de conduzir a pátria na recuperação do brilho do passado.

Estas e outras temáticas são apresentadas em todos os trabalhos, usando a plasticidade dos materiais e as mais variadíssimas técnicas de pintura (pastel seco, pastel óleo, acrílico, colagem,..), a favor da exaltação dos heróis que lutaram pela pátria mesmo que essa missão tivesse culminado em morte, atingindo a grandeza e a imortalidade.

INÊS MENDES 12ºI

RAFAEL GOMES E MARIA CARLOS 12ºI

“ Vermelho não é só a cor do amor mas também da dor”

A violência destrói quem a vive e quem a presencia. As taxas de feminicídio, em todo o mundo, são absurdas. Todos os dias, os números aumentam e com eles o ódio também.

Elina Chauvet, artista plástica e arquiteta mexicana, ficou conhecida por desenvolver projetos em torno deste problema. O mais famoso foi uma intervenção, realizada na cidade do México, que consistiu em espalhar centenas de sapatos vermelhos nas ruas e, consequentemente, atrair as atenções para este tema.

O seu trabalho é, então, o ponto de partida para o desenvolvimento deste projeto. Vários trabalhos alusivos ao que se imagina ser o fardo de viver e de conviver com a violência e, onde a cor vermelha predomina, constituem uma homenagem a todas as vítimas que por aqui passaram.

A mensagem é clara e os números também. Falem. Denunciem. Não se deixem ficar. Todos os segundos contam…até pararem de contar.

Inês Mendes 12º I

DESENHO A 11ºJ E 12ºI

CURSO DE ARTES VISUAIS??!!!!!

Sou aluna do Curso de Artes Visuais e, em jeito de reflexão sobre o mesmo, sinto que este é visto, muitas vezes, de forma preconceituosa. O preconceito é uma ideia ou conceito formado antecipadamente e sem um fundamento sério ou imparcial e, em comparação, isto é o que acontece, frequentemente, com quem toma a decisão de entrar num curso de Artes Visuais Às vezes sentimos que existe uma imagem preconcebida acerca da formação nesta área, transmitindo a ideia de que não oferece qualquer tipo de emprego ou saída profissional, nem permite uma estabilidade ou independência financeira e que, então, a melhor opção será escolher um curso ligado a profissões mais “sérias” ou “tradicionais” como Medicina, Direito, Engenharia, etc.... Relativamente à decisão que se nos coloca sobre que cursos a seguir ou, mais tarde, que profissões “abraçar”, considero que qualquer pessoa só consegue ser realmente competente, ter brio e prazer na realização do seu trabalho se for minimamente feliz no que faz. Assim, será contraproducente escolher uma área para a qual não se têm vocação ou, até mesmo, paixão e, devido a esse facto, corrermos o risco de por em causa a felicidade no trabalho para o resto da vida.

Voltando à questão das saídas profissionais para quem enveredou pelo curso de Artes Visuais, devo referir que, uma pesquisa rápida, mostrará que este curso, ao contrário daquilo que muitas pessoas pensam, tem uma vasta oportunidade de emprego nas mais variadas áreas com oportunidade de pôr em prática a criatividade, imaginação e espírito artístico. Artes Visuais é um curso prazeroso, de crescimento constante e com possibilidade de aprendizagem infinita. Poucos são os cursos que conseguem oferecer a possibilidade de observar a nossa evolução enquanto artistas amadores e alunos como Artes Visuais o faz

O meu percurso no meio artístico sempre foi muito invulgar, comecei com as artes performativas com apenas 2 anos no ballet, com a professora Carolina, que sempre ficará no meu coração, com 7 anos comecei a treinar dança contemporânea, jazz, ballet e teatro, onde aprendi a expressar-me livremente, sem medo de ser julgada Quando fiz 9 anos, decidi estudar música, clarinete para ser mais específica. Aprendi a ler as notas e os sentimentos que cada uma nos pode proporcionar e, aos 10 anos, aprendi que ser artista é mais de que um hobby, é vestir uma pele nova todos os dias e estar em constante renovação. A ARTE era natural em mim, estava sempre lá quando este mundo real não estava e, então, surgiram as dúvidas e preocupações quando pediram a uma adolescente de 14 anos para decidir o seu futuro tão precocemente: ciências, talvez…humanidades…economia…NADA ME ERA NATURAL mas, no fundo daquela lista infinita de cursos e áreas, estavam as artes, tão belas e apelativas. Porquê então ter dúvidas quando eu sou arte no seu estado mais puro. Está decidido, é ARTES!!! Hoje posso dizer, com toda a convicção, que não me arrependo de nada.

Luana Gomes 11ºj

Violência não é só aquela ferida

Que sangra na pele pisada

Nem tão somente a mentira

Depois de cada noite traída

Quando chega a madrugada

Também é o teu olhar que desvias

Do meu rosto alegre de desejo

Vomitando palavras frias

Recusando com altivez

Um abraço forte e quente

Ou no rosto um simples beijo

Violência não é apenas um gesto

Descerrado agressivo no peito

Nem tão só uma palavra feia

Que rasga no mesmo instante

Todos os poemas de amor

Que para ti tinha feito

Também é o teu silêncio

Nas horas amargas da vida

Em que esperei ouvir de ti

Estou contigo como sempre

Também é não haver eu e tu

No mesmo sonho empenhados

Mas apenas tu e um nós confuso

Que não chega a nenhum lado

Também é o não seres alegre

Com o que alegre me faz

É queres-me a teu lado

Sem nunca de verdade me veres

Prof. Emília Ferreira

Dom Quixote de La Mancha Na Escola

De 21 de fevereiro a 4 de março de 2024 , esteve patente, na escola sede do Agrupamento de Escolas de Lousada, a exposição "El Quijote, de la ilustración al arte" que contou com um total de 87 quadros (réplicas) : ilustrações, pinturas, traduções, espetáculos e mensagens publicitárias relacionadas com a obra "El Ingenioso Hidalgo Don Quijote de la Mancha" destacando - se a réplica da primeira edição da segunda parte “del ingenioso caballero don Quijote de la Mancha”, realizada em Madrid em 1615 e alguns pintores tais como Doré, Dalí, Honoré Fragonard, Daumier, Picasso, Sorolla e Dalí A esta exposição, juntaram-se os trabalhos realizados pelos alunos das turmas:

10 I, G, F e 12 I, 10 I HCA, 10 G e F, História A e 12 I, Oficina das Artes 10 I e Desenho A, sob a orientação dos docentes Paulo Matos, Alexandre Ribeiro e Graça Solha No dia 26 de fevereiro, registou-se um momento de partilha entre gerações: a A ProSénior – Universidade Sénior de Paços de Ferreira- visitou a exposição e partilhou experiências com os alunos do 7ºB_PMS. Os alunos de 10 I, G e F ofereceram um marcador de livros com frases retiradas de Dom Quixote a cada um dos elementos da Universidade Sénior, proporcionando momentos de alegria.

Os alunos de Espanhol, descobriram Dom Quixote de la Mancha, Cervantes, Dulcineia, o escudeiro, Sancho Pança e as aventuras onde se confundem sonhos e realidades.

Os alunos da turma de formação modular de inglês nsG18, juntamente com as turmas EFA C e A, também marcaram presença na exposição

Violência não é só aquela ferida

Que sangra na pele pisada

Nem tão somente a mentira

Depois de cada noite traída

Quando chega a madrugada

Também é o teu olhar que desvias

Do meu rosto alegre de desejo

Vomitando palavras frias

Recusando com altivez

Um abraço forte e quente

Ou no rosto um simples beijo

Violência não é apenas um gesto

Descerrado agressivo no peito

Nem tão só uma palavra feia

Que rasga no mesmo instante

Todos os poemas de amor

Que para ti tinha feito

Também é o teu silêncio

Nas horas amargas da vida

Em que esperei ouvir de ti

Estou contigo como sempre

Também é não haver eu e tu

No mesmo sonho empenhados

Mas apenas tu e um nós confuso

Que não chega a nenhum lado

Também é o não seres alegre

Com o que alegre me faz

É queres-me a teu lado

Sem nunca de verdade me veres

Subdepartamento de Espanhol

JOANA FERREIRA 11ºJ
MARIA MOTA e INÊS MENDES

SESSÃO ESCOLAR PARLAMENTO DE JOVENS 2024 ESCOLA SECUNDÁRIA DE LOUSADA

Em debate com a presença especial do convidado professor José Calçada

No dia 13 de dezembro, o Prof. José Calçada veio à escola para o que começou como uma simples palestra e acabou por se tornar numa centelha que reacendeu memórias de um ex-combatente português, que expôs, sem qualquer "amplificador de voz", a sua visão audaciosa sobre o memorável evento de 25 de Abril.

Na primavera de 1974, as ruas de Lisboa encheram-se de um murmúrio inusitado: "Vem aí a liberdade!". As paredes das casas pitorescas exultavam de alegria, o sol teimava em aparecer por entre as nuvens, as rádios difundiam a revolução e o povo português, antes reprimido, festejava pelas avenidas e vielas da capital, gritando a liberdade. Não houve tiros. As armas, enfeitadas com os cravos, coloriam a cidade com a cor da vitória. Era a liberdade a desabrochar nos canos da espingarda.

Começo por destacar José Calçada como um fantástico contador de histórias. A sua eloquência transportou-me de volta à efervescência daqueles dias primaveris, levou-me a imaginar como seria se estivesse privada de liberdade, fez-me sentir como se eu própria fosse um jovem combatente na guerra colonial. O facto de termos a liberdade que temos hoje em dia, o que é única e exclusivamente um direito inalienável de qualquer ser humano, é tantas vezes esquecido. A liberdade não se limita a não estar fisicamente preso. Ela também implica, entre outros, a capacidade de expressar pensamentos, tomar decisões e moldar a nossa existência. Justamente cinquenta anos depois do 25 de Abril, somos confrontados com uma questão crucial: estamos verdadeiramente conscientes da n ossa liberdade? A sociedade moderna faz-nos esquecer que a liberdade não é apenas um conceito abstrato. É necessário olhar para nós mesmos e questionar se vivemos em conformidade com os nossos valores e princípios. Portanto, ao encararmos esta tão célebre revolução, convido cada um a questionar: seremos livres em essência, ou limitamo-nos a viver em conformidade?

ALICE NAIR FERREIRA SANTOS

«Como a introdução de uma nova cultura afeta o estado psicológico de alunos imigrantes?».

Somos a equipa do projeto Abraçar Itinerários, o nosso grupo é constituído por cinco raparigas, Ana, Beatriz, Rita, Mara e Maria, todas do 12º ano de escolaridade, mais especificamente da turma A, que corresponde ao curso de Ciências e Tecnologias.

O nosso projeto nasceu de um desafio proposto pela nossa professora de Psicologia B, Graça Lopes, a qual lançou o reto de elaborarmos e desenvolvermos um projeto que resolva um problema presente na sociedade à qual pertencemos.

Do extenso leque de problemas que somos confrontados no nosso dia a dia optamos pelo seguinte: «Como a introdução de uma nova cultura afeta o estado psicológico de alunos imigrantes?». Como verificado, a Escola Secundária de Lousada, nos últimos anos, tem acolhido inúmeros alunos de diferentes nacionalidades, daí o nosso interesse pelo tema.

O nosso projeto tem como intuito analisar, avaliar e compreender, o impacto da introdução a uma nova cultura no estado psicológico dos estudantes imigrantes, o modo como tal ação afetou, afeta e afetará o seu desenvolvimento pessoal e promover ao máximo a inclusão, para a diminuição de problemas trazidos pela xenofobia. Com esta finalidade, tencionamos desenvolver e criar métodos de forma a facilitar a adaptação dos alunos imigrantes e presentear ferramentas inovadoras, cujo propósito é auxiliar na construção de uma cultura educativa mais aberta e inclusiva que terá repercussão no desenvolvimento da comunidade estudantil.

Para levar ao cabo o nosso projeto, decidimos trabalhar com os alunos do 2º até o 12º ano de escolaridade, sendo assim, selecionamos algumas escolas pertences ao agrupamento de Lousada, nas quais estamos a trabalhar com os alunos de algumas turmas.

A nossa última atividade foi realizada na quarta-feira 07 de fevereiro, na Escola Básica de Pias, com os meninos do 2º ano. Queremos destacar a nossa gratidão pela receção da escola, nomeadamente a diretora e a professora encarregue do 2º ano, foram muito atenciosas e colaboradoras com a nossa equipa

Durante a nossa visita foram desenvolvidas diversas atividades, como desenhos, jogos lúdicos, uma dança interativa, entrevistas aos alunos por parte da equipa sobre a suas opiniões em relação aos imigrantes.

Todos estas atividades, serviram para uma possível avaliação da opinião e comportamento dos meninos face esta situação de imigração.

Para sermos honestas, podemos dizer que a perceção destas crianças é muito satisfatória e positiva que nos deixa a pensar que, talvez os adultos deveriam aprender um pouco mais com elas, a forma de encarar a diferença destes meninos é uma lição que todos deveriam pôr em prática, pois afinal dizem por aí que o coração de uma criança é puro.

Os resultados e registos que foram tirados na visita estão publicados no Instagram do projeto.

Realçamos que estamos abertas para opiniões e atividades que os alunos da escola gostariam de incluir no âmbito escolar de modo a promover a inclusão e a interculturalidade.

Finalmente, deixamos a nossa rede social para que possam seguir-nos e assim apoiar este projeto. Obrigada.

Instagram: abracar_itinerarios_esl

UM CÃO É MAIS QUE UM ANIMAL

Jorge, um rapaz de 14 anos, estava a ficar deprimido, perdendo cada vez mais amigos. Para além disso, estava a perder a vontade de comer.

Os seus pais estavam a ficar muito preocupados com o seu filho. Então, na tentativa de ele voltar ao normal, deram-lhe um cão chamado João Baião.

Este, quando o recebeu, viu que não tinha cauda, pois foi-lhe cortada à nascença. Mas ele não se importou e começou logo a brincar com ele. Percebeu que era um cão muito amigável.

Enquanto estava na escola, sentia falta do João Baião, pois era um dos seus únicos amigos.

Mal chegava a casa, ia logo brincar com ele e passeava-o cerca de trinta minutos por dia.

Ao longo do tempo, Jorge percebeu que ele, a partir do momento em que recebeu João, levava uma vida mais alegre.

Certo dia, estava a passear o cão e encontrou os seus “bullys”. Eles começaram a insultá-lo, e ao cão. Este ficou muito triste. João, percebendo isso, começou a ladrar e a correr atrás deles. Os “bullys” achavam que ele era inofensivo, mas, quando o viram a correr com um ar raivoso, ficaram cheios de medo e foram-se embora.

No dia seguinte, na escola, os “bullys” foram pedir desculpa ao Jorge por tudo o que tinham feito. Este aceitou e ficaram amigos.

A partir desse dia, começou a dar muito mais importância ao cão. Eles aproveitaram todos os dias como se cada dia fosse o último.

8.ºA Francisco C. n.º 3 Francisco B. n.º 4 Martim n.º 15 Sérgio Vieira n.º 21

Projeto Famílias Disfuncionais

As Famílias desempenham um papel fundamental nas nossas vidas, mas algumas enfrentam desafios, tornando-se disfuncionais. Isso manifesta-se em padrões prejudiciais e problemas na comunicação entre os membros. Traumas, vícios e questões financeiras podem contribuir para isso, afetando a autoestima e a saúde mental.O diálogo aberto e o apoio mútuo são essenciais para construir relações mais saudáveis e que promovam o crescimento pessoal.

Na passada sexta-feira,dia 26 de janeiro, começamos o nosso projeto voltado para as crianças. Visitamos o Jardim de Infância de Figueiras, para conhecer e interagir de forma mais próxima com o nosso público alvo. Esta experiência inicial foi enriquecedora, proporcionou-nos entendimentos valiosos sobre as necessidades e dinâmicas das crianças. Estamos animados para continuar esse trabalho, visando contribuir positivamente para o desenvolvimento e bemestar delas ao longo do projeto.

Sigam-nos nas redes sociais para acompanharem mais de perto as atividades realizadas. familias_disfuncionais_

12ºG
DANIEL COUTO 12ºI

" A turma do 11D agradece a todos aqueles que decidiram tornar possível o seu projeto de Cidadania e Desenvolvimento no âmbito da Sustentabilidade Ambiental.

Assim, a roupa, brinquedos e livros angariados foram entregues à AMI Lousada e ao jardim de infância e creche do Centro Social e Paroquial de Lustosa que prontamente abriram as suas portas para receber este projeto. Estamos convictos de que esta iniciativa foi uma mais valia e impactou a comunidade escolar do nosso Agrupamento."

Prof.Manuela Sá Costa

ANIMAIS, ANIMAIS NÃO HÁ SERES IGUAIS!

Viemos falar de um assunto importante

É sobre os nossos animais

Se quiserem adotar, adotem

Mas primeiro peçam permissão aos vossos pais

É uma grande responsabilidade

Mas que traz muita felicidade

Os dejetos tens de limpar

Para a tua mãe não berrar

Não te esqueças de o passear

Pois sol ele precisa de apanhar

Tens de o alimentar

E feliz ele vai ficar

O abandono é constante

Sem necessidade alguma

Pois eles são uma luz nas nossas vidas

Como o Sol é para a Lua

Se quiseres uma companhia

Eles são uma opção

Além de muito fofos

Eles têm um grande coração

Dá-lhe muito amor

Que ele retribuir-te-á

Aproveita o tempo com ele

Que uma amizade genuína ele te dará

Esperamos que entendam

E que amem os animais

Eles merecem ser amados

E tratados como tais

Joana Tomás, n.º 8;

Rita Sousa, n º 20; 8ºA

JOANA RIBEIRO 12ºI

Algo inesperado

Numa tarde de verão, ali estávamos nós, no meio do nada, onde só se via água, água, água e mais água. Um oceano imenso. O céu estava azul, quase sem nuvens, e o sol brilhava sem parar...e depois nós...no meio do barco sem saber o que fazer.

-E agora? Aqui sozinhas no meio do nada Ai, meu Deus, já nem me lembro como viemos cá parar! - disse Eduarda

A Eduarda estava vestida com umas calças e uma camisola de verão. Apesar de estarmos ali, no meio do nada, ela era uma boa companhia, pois tinha uma simpatia do outro mundo.

-Bem, não sei. Provavelmente vamos ter de esperar até que alguém dê pela nossa falta e nos venha procurar.

-Suponho que não haja outra opção. Nem um livro trouxemos para ler...

Ficamos a falar por um bom tempo e não havia sinal de nada nem de ninguém. De repente, sentimos alguma turbulência e esta começou a crescer. Agarrei-me a ela. Tínhamos praticamente a mesma altura. Ela tinha o cabelo comprido, que, mais tarde, me tapou a cara. Foi então que vi uma grande criatura marinha, que não consegui perceber o que era. Começamos a pegar em tudo que tínhamos e a atirar em direção a ela

Quando não tínhamos mais nada para atirar, começamos a remar continuamente com toda a nossa força, mas não adiantou muito.

Só senti os seus braços a abraçar o meu corpo. Abracei-me a ela também. Senti uma pancada no braço, fechei os olhos e não me lembro de mais nada!

ANTI-BULLYING EM AÇÃO, UM HERÓI DE CORAÇÃO!

Certa tarde, Rafael, um menino de cabelos dourados e olhos cor do céu, estava no seu quarto como era habitual. Rafael era muito tímido, reservado e andava sempre com a cabeça na lua. Entrou no quarto a sua mãe, que era atenciosa, carinhosa e muito bonita.

-Vai ter com os teus amigos -incentivou a sua mãe.

-Que amigos, mãe? -murmurou Rafael com os olhos em água.

-Filho, sei que é complicado, mas tens de ser mais aberto e mostrar-lhes quem realmente és!exclamou a mãe.

Rafael não respondeu e a mãe acabou por sair do quarto.

No dia seguinte, Rafael fez a sua mochila colocando: cadernos, livros e porta-lápis. Beijou a testa da mãe e foi a pé.

Quando chegou à sua escola, Escola Secundária Alvarito, uma escola pequena, amarela e acolhedora, viu Júlio a vir na sua direção.

-Hoje vieste a pé, não veio a mamã trazer-te?? -provocou Júlio.

Rafael apenas baixou os olhos, engoliu o choro e começou a subir as escadas.

-Até parece que tenho medo de ti, minorca! -continuou Júlio.

Júlio era um rapaz alto e forte e tinha toda a gente na palma da sua mão devido à sua personalidade severa.

A aula decorreu e os meninos estavam no recreio quando Júlio gritou:

-Ó caixa de óculos! Não me chegaste a responder!

Rafael queria fugir, mas estava cansado de tanto massacre. Então, ganhou coragem e gritou de volta:

-Anda cá, tu, então!

Júlio riu-se, chegou perto dele com um ar de valentão, mas Rafael apenas disse:

-Vamos conversar! O que se passa para maltratares os outros desta forma??

Júlio fez-se de forte no início, mas acabou por ceder e ver no Rafael um amigo. Aquele explicoulhe que estava a baixar notas e com problemas em casa. Este poderia ter gozado, mas, em vez disso, estendeu-lhe a mão e ajudou-o a ultrapassar os problemas.

A partir desse dia, ajudaram-se mutuamente deixando as diferenças de lado.

Mariana Pinto Pires 8.ºA
Tomás, 8.ºA
Joana

Projeto “Um Mundo de histórias”: crianças do 1ºano de escolaridade leem/contam histórias às crianças do pré-escolar

A turma S-1 da EB de Boavista Silvares desenvolve o projeto “Um Mundo de histórias”. As crianças do 1ºano assumem o papel de contadores de histórias, estando envolvidas na leitura/reconto de histórias não só aos colegas da turma, mas também às crianças do préescolar. Esta atividade promove o desenvolvimento académico e fortalece habilidades sociais, emocionais e cognitivas, criando um ambiente escolar mais rico e inclusivo.

As crianças do 1º ano experimentam um aumento na autoestima. A responsabilidade de serem modelos e ajudarem outras crianças pode fortalecer a sua confiança e senso de realização.

A interação entre crianças mais velhas e mais novas promove o desenvolvimento da linguagem. As crianças do 1º ano podem ajudar as do pré-escolar a expandir o seu vocabulário, melhorar a pronúncia e compreender estruturas gramaticais.

Envolver as crianças mais velhas na leitura para as mais novas ajuda a criar um ambiente positivo em relação à leitura. Isso pode estimular o interesse pela literatura desde cedo, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades de leitura nas crianças mais novas.

O projeto promove a integração social entre diferentes grupos etários na escola, ajudando a criar um senso de comunidade e cooperação entre alunos de diferentes níveis de ensino.

Ao contar ou ler histórias, as crianças mais velhas podem incentivar a imaginação e criatividade das mais novas. Essa interação pode inspirar as crianças do pré-escolar a criar as suas próprias histórias e a expressar as suas ideias de maneira criativa.

Participar da leitura para crianças mais novas oferece às crianças do 1º ano a oportunidade de praticar as suas habilidades de comunicação. Elas aprendem a articular ideias de forma clara e a adaptar a sua linguagem para ser compreendida por um público mais jovem.

Em entrevista à AnoZero, a professora Cristina Pacheco, docente de Matemática do nosso Agrupamento, falou da sua paixão pela música, do seu percurso e dos projetos futuros.

Há quanto tempo se dedica à música?

De uma forma mais concreta e organizada, desde os 13 anos, que foi quando tive acesso a uma guitarra de cordas de nylon (“clássica”), de corpo pequeno, que tinha um som muito fraco, mas dava para começar a “imitar” partes das músicas de que eu gostava, essencialmente, Beatles e afins A partir daí, frequentei várias escolas de música, por fases, tanto a aprender guitarra como piano, incluindo na Escola de Jazz do Porto e tornei-me, depois, autodidata. Com cerca de 20 anos, comecei a tocar guitarra em grupos corais Mais tarde, fundei uma banda de covers e fiz, posteriormente, parte de duas bandas, de estilos bem diferentes: “Bando do Rei Pescador”, em finais dos anos 90, e “Mundo 13”, no início da década 2010. Já toquei também em eventos como jantares, festas ou casamentos e dei aulas particulares de guitarra

Como surgiu a música na sua vida?

Desde que me conheço que “respiro música”. Sempre tive facilidade em fixar e cantarolar músicas de ouvido e sempre senti enorme atração por tocar instrumentos musicais, quaisquer que eles fossem. Ambas as casas das minhas avós tinham piano e, sempre que eu ia a casa de uma delas, o que era raro, ficava a olhar para o piano à espera de uma oportunidade de tocar. Tenho memórias destas a partir dos 5 anos. Entretanto, fui “absorvendo” toda a música que passava na rádio, incluindo alguma música clássica. Mas a música cantada em inglês, pop, rock, blues e folk, foi-se apoderando de mim, ou melhor, “encaixou como uma luva”, como se fosse algo intrínseco, algo que estava na minha essência mesmo antes de eu existir.

Como define/descreve a sua música? Em que género a situaria?

Antes de mais, penso que a música é das coisas, se não mesmo a coisa, que tem ligação mais direta com as emoções A música é, para mim e para muitos, uma terapia psicológica, uma experiência intensa e sensual e uma forma de comunicação que fomenta a paz e o entendimento entre os humanos de todas as idades e culturas Numa época da história e numa fase da minha vida em que me parece difícil acreditar na suposta inteligência humana como algo benéfico para o planeta que partilhamos com os outros seres vivos, pois cada vez mais contribui para o destruir a todo o custo, penso que a música é das poucas “armas” do bem.

A música é algo que me dá prazer e felicidade, porque é a minha forma mais natural de comunicar. Mais natural do que falar. Acho que a “minha música” é a forma como me expresso, quando toco um instrumento musical, quando canto ou quando ouço música, nomeadamente através da dança, porque o ritmo para mim é algo inato. Gosto de interpretar músicas de outros e também gosto muito de improvisar, experimentar e explorar novos sons.

Como acontece o processo de escrita e composição? É um ato solitário? O que a inspira? Qual é, para si, o ambiente ideal para criar?

A música é uma atividade diária para mim, por isso, criar é uma constante. Não quer dizer que tudo o que “invento” fique escrito ou terminado. Na verdade, acho que sou demasiado exigente comigo própria, por um lado, e, por outro, nem sempre consigo ser suficientemente metódica para levar a bom porto todas as ideias que me surgem. Todos os compositores afirmam que é impossível criar uma obra de qualidade sem trabalho, persistência e muitas tentativas falhadas. Em relação ao ambiente ideal para criar, tenho tendência para procurar o isolamento e a natureza, mas isso não é uma exigência. Por vezes, podem surgir boas ideias precisamente a partir de situações difíceis ou na partilha de experiências musicais com outras pessoas.

Como vê a indústria musical em Portugal? E no mundo?

Penso que tanto em Portugal como no resto do mundo estão a surgir novos grandes talentos na música, mas há algumas circunstâncias a considerar. Em primeiro lugar, penso que se faz muita música como um produto comercializável e não como expressão artística, cultural e social. Por outro lado, acho que é difícil inovar depois de tudo o que já foi “descoberto”. Assim, a oferta é grande mas a qualidade nem sempre. Para além disto, os jovens ouvem música de forma “descartável”, sem dar importância à qualidade da música na sua dimensão humana e artística. Em suma, a própria música é cada vez mais “descartável”. Ainda assim, a indústria musical incentiva a competitividade e cada vez mais se pode escolher música de boa qualidade para apreciar e partilhar, o que é bom.

CLUBE DE GUITARRA

Sofia Costa

Martim Julio

Guilherme Cunha

Prof. Isabel Dias

Que projetos tem, neste momento, nesta área?

Neste momento estou a preparar a participação em quatro atividades para apresentação à comunidade escolar do Agrupamento de Escolas de Lousada: a parte musical de uma peça de teatro do grupo “Arte e Manha”, a atuação em banda Rock de professores e alunos no Dia do Agrupamento, no âmbito do Clube de Guitarra “Rockskool”, o acompanhamento musical numa sessão de poesia, e, ainda, uma apresentação musical na comemoração dos 50 anos da Revolução do 25 de Abril Também no âmbito do Clube de Guitarra, criei um website, ligado a um canal YouTube, que continuo a desenvolver, para ensino e partilha de conteúdos sobre música e guitarra A médio e longo prazo, gostaria de compor e gravar a um nível mais profissional, para poder publicar algo que definisse e perpetuasse a minha personalidade musical.

Onde é que o mundo da música e a matemática se tocam?

A matemática tem a ver com o pensamento racional, que considero indispensável para se gerir tudo o que é prático neste mundo físico, e seria bom que toda a gente entendesse que toda a organização do nosso dia-a-dia é matemática. A música, para mim, é a ligação dos dois hemisférios, o emocional e o racional, que são ambos muito fortes na minha pessoa, e também se apoia na matemática, porque é uma linguagem que utiliza códigos, padrões e alguma lógica. Além disso, toda a produção musical utiliza a física e a engenharia eletrónica

Gostaria de viver única e exclusivamente da música?

Quando terminei o secundário, ainda cheguei a ponderar seguir estudos superiores de música, mas achei que não iria ser fácil viver disso, a não ser que fosse professora do ensino público, o que acabei por ser, mas de Matemática, o que é preferível, porque é algo muito objetivo e não suscita dúvidas, logo é mais simples para mim e o facto de os alunos estarem ou não interessados em aprender não me afeta grandemente, precisamente porque a matemática é só racional e existe independentemente de se “gostar” ou não. A matemática não precisa que gostem dela, a música sim. Mas, claro, para mim seria muito bom viver da música, desde que trabalhasse com algum grau de liberdade

PROJETO “Histórias em Linha Vertical”

Tendo como ponto de partida o desafio de concretizar a articulação vertical numa simbiose experimental entre a escrita, o meio ambiente e o fascinante mundo digital, nasceu o Projeto “Histórias em Linha Vertical”, cujo objetivo primordial seria compilar histórias de alunos do Pré-escolar ao 12.º ano, numa perspetiva inclusiva.

Idealizado e coordenado pelas professoras Emília Ferreira (Português) e Isabel Guedes (Inglês), contou com a participação entusiástica de inúmeros alunos e dos respetivos professores, a quem fica um sincero agradecimento e, sem os quais, este projeto não seria possível.

Em articulação com o “Clube Amigos do Verde” e contando com a Biblioteca da nossa escola no apoio à sua divulgação, o projeto evidenciou o quão proveitoso pode ser o equilíbrio pedagógico entre o ensino tradicional e o digital.

Em todo este processo, foram trabalhadas, com os alunos, valências que os envolveram na escrita criativa, na leitura expressiva e na descoberta de informações sobre diversos aspetos da natureza e do mundo em geral, de forma motivadora e aprazível.

Todos os participantes, agraciados com um Diploma de Participação, entregue no Dia do Agrupamento, estão de PARABÉNS!

Para aceder, de forma fácil e rápida, a toda a Biblioteca Digital do Projeto, basta clicar no link abaixo apresentado. Deixem um comentário ou um like!

BIBLIOTECA - HISTÓRIAS EM LINHA VERTICAL

https://shorturl.at/dluP2

Boas leituras!

As coordenadoras do Projeto, Emília Ferreira e Isabel Guedes

UMA AVENTURA COM UM POLVO

Num belo dia de sol, estava a andar pela praia quando vi algo estranho a saltar da água. Tirei os sapatos e fui ver de mais perto.

Começava a avistar alguma coisa, mas não conseguia ver com pormenor. Então aproximeime mais um pouco e consegui ver Era uma criatura parecida com um polvo, com algo incrível: asas. Fiquei espantada, pois era um polvo jovem com oito tentáculos. Parecia estar assustado e, ao mesmo tempo, tinha um sorriso encantador. Parecia-me um polvo muito carinhoso e realmente simpático.

Comecei a falar alto para ele me ouvir, se é que ouvia:

- Precisas de alguma coisa? -gritei eu à espera de uma resposta, ainda que soubesse que nunca me responderia. Só queria que ele se acalmasse.

Mas algo inacreditável aconteceu! Ouvi uma voz:

- Ajuda-me! Tenho uma das minhas pernas presas.

Fiquei assustada, mas logo depois voltei a falar.

- Como é que te ajudo?

Foi-me atirada uma pulseira com um botão. Eu, curiosa como sou, cliquei logo e… estava dentro da água com uma cauda de sereia. Fui soltá-lo. Depois ele agradeceu-me e levou-me a ver o fundo do mar, que era deslumbrante. Logo depois, tive de voltar para casa e então despedimo-nos:

- “Tchau”! Adorei conhecer-te! - disse eu.

- Volta sempre que quiseres. Essa pulseira agora é tua e já sabes onde me encontrar. Cheguei a casa exausta e fui logo dormir para sonhar com mais uma aventura!

Margarida Carneiro, 8.º B

11ºJ
TIAGO PACHECO

MARATONA DE CARTAS

Enquanto membro da Rede de Escolas da Amnistia Internacional, o Agrupamento de Escolas de Lousada participou na Maratona de Cartas que teve lugar durante o mês de dezembro de 2023 e terminou no dia 31 de janeiro de 2024. Foram várias as turmas e professores que colaboraram e responderam ao desafio, participando na Maratona de Cartasconsiderado o maior evento de direitos humanos, porque nela participam milhões de pessoas em todo o mundo! Os alunos e professores assinaram as diferentes petições em defesa de ativistas que se encontram em risco em várias partes do mundo, foram escritas e enviadas mensagens de solidariedade, fizeram-se vídeos e ilustrações e foram trabalhados os conteúdos de Cidadania relacionados com Direitos Humanos e solidariedade. Parabéns a todas as turmas e respetivos professores (desde o primeiro ciclo até ao secundário). É assim que se formam os cidadãos do futuro, mais participativos e solidários!

Prof. Filipa Pinto

Se a liberdade ainda fosse

Essa força de abril

De respeito e valores

Cantados com as vozes

De mil Zecas Afonso

Sem essa imiscuidade

De heróis modernos

Plasmados nos ecrãs

De arrogância e altivez

Talvez ainda existissem livros

Que nos ensinassem a ser

Algo mais do que robôs

Que vomitam nas redes sociais

Frases feitas que magoam

As pessoas imperfeitas

Afinal as únicas normais

Se a liberdade ainda fosse

Aquele grito social pela igualdade

Ninguém já discutiria

Questões básicas de género

Pois só a essência importaria

No caminho percorrido

De todo o tipo de dores

Pelos nossos pais e avós

Prof. Emília Ferreira

MARIA MOTA 12ºI LARA NUNES e JOANA RIBEIRO 12ºI

Exposição do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher

No passado dia 25 de novembro, celebrou se o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, dedicado à denuncia da violência contra as mulheres no mundo inteiro e à fomentação de políticas em todos os países para a sua erradicação. Para marcar este dia tão importante os alunos responsáveis pelo projeto "Amor Não Dói", com a colaboração da comunidade escolar organizaram uma exposição, no átrio da escola. Esta contou com a participação de cerca de 30 turmas, pessoal docente e não docente, e teve como objetivo sensibilizar e promover um ambiente de igualdade e não violência.

12ºF

TRADICIONAL CORTA-MATO ESCOLAR.

Apesar da manhã chuvosa e com condições climatéricas adversas, cerca de 300 alunos do 4ºano ao 12º de escolaridade e 7 do Centro de Apoio à Aprendizagem do Agrupamento de Escolas de Lousada, participaram no passado dia 10 de janeiro com entusiasmo no tradicional corta-mato escolar.

Estas centenas de jovens correram pelos trilhos do parque Urbano Dr. Mário Fonseca, exibindo determinação e espírito de superação. Os primeiros 6 classificados de cada escalão etário encontram-se apurados para representar o Agrupamento de Escolas no corta- mato regional, a realizar brevemente.

Os professores de educação física expressaram o seu orgulho pela energia e paixão demonstradas, destacando o impacto positivo destas iniciativas na formação integral dos estudantes. Agradecem simultaneamente a todos os alunos que participaram na organização do mesmo, nomeadamente as turmas 11⁰C, 11⁰G, alunos do 10º do curso técnico profissional de restauração (na distribuição do reforço alimentar aos participantes) e do curso técnico profissional de multimédia (reportagem video e fotografia de todo o evento), à direção e aos assistentes operacionais afetos ao pavilhão gimnodesportivo da ESL. Expressam ainda gratidão aos gabinetes de desporto, transportes e do ambiente da CML, pelo auxílio no transporte dos alunos do 1ºciclo, infraestruturas de segurança e higiene e aos Bombeiros Voluntários de Lousada no reforço da segurança e auxílio de possíveis lesões.

Muito obrigado,

Grupo disciplinar de educação física do AEL.

“Estendal de Afetos”

Nos dias 15 e 16 de fevereiro, as docentes de Educação Especial, em articulação com os professores titulares do 1.º ciclo da Escola Básica de Cristelos, desafiaram os alunos a criar peças de roupa em cartolina com mensagens de afeto e carinho. O objetivo desta atividade foi sensibilizar os alunos para a importância dos afetos e da sua expressão, principalmente no seio da família e da comunidade educativa, estimulando a amizade, a entreajuda, a partilha e a solidariedade.

Esta atividade culminou na construção de um “Estendal de Afetos”, onde cada turma do 1.º ciclo colocou a sua peça de roupa com muitas mensagens de amizade e plenas de cor!

Professores da Escola Básica de Cristelos

Na vastidão do horizonte aberto, A Liberdade dança no seu encanto;

Em cada movimento, um sonho desperto, Em cada suspiro, um novo canto.

No céu azul, ela faz morada

Sem amarras que a possam prender, Livre como a brisa enamorada, Em cada coração ela quer viver.

Nas asas do vento ela se lança,

Rompendo fronteiras, sem hesitar,

Semeando esperança em cada criança, A Liberdade é luz a iluminar.

Que nunca se cale seu doce canto, Que nunca se apague o seu brilho ardente, Pois a essência do ser é o seu manto, A Liberdade, sublime e envolvente!

Liberdade
Ana Beatriz, 10.º H
BEATRIZ
12ºI
DIANA MAGALHÃES
TEIXEIRA

Em jeito de balanço, após três edições da revista Ano Zero, consideramos que devemos agradecer a todos que têm vindo a colaborar na criação da mesma. Têm sido inúmeras as colaborações na nossa revista, mas venham mais nos futuros números. É delas que a revista vive e se justifica na sua existência. Pretendemos, desde o primeiro dia, que seja um espaço aberto a todos que quiserem colaborar nas formas que entenderem fazê-lo (textos, artigos de opinião, noticias do agrupamento ou da vila, pintura, fotografia....).

Se inicialmente a equipa da revista era apenas composta por duas pessoas, a mesma tem vindo, gratificantemente, a alargar-se. Como já foi dito, agradecemos a todos os que têm colaborado, nomeadamente os que o fazem de forma mais regular como a professora Eduarda Xavier da escolaE.B. Boavista Silvares, a professora Isabel Dias da escola secundária. Dirigimos um agradecimento especial, às alunas, Luana Gomes, Inês Mendes, Maria Mota e Alice Nair Santos que têm colaborado desde o primeiro momento e respondido prontamente aos desafios feitos nesta curta vida da revista.

A equipa
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