aprender melhor 00

Page 1

aprender melhor BOLETIM INFORMATIVO DO PROJETO FAZER MELHOR, APRENDER MAIS

Dezembro 2014 Número 0

Este é o número de lançamento de aprender melhor, o boletim informativo do projeto fazer melhor, aprender mais, definido em fevereiro de 2013 por um grupo de professores da Escola Secundária Aurélia de Sousa (ESAS) e da Escola Básica Augusto Gil (EBAG), escolas do Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa, cuja candidatura ao projeto EMA – Estímulo à Melhoria das Aprendizagens, da Fundação Calouste Gulbenkian, foi apresentada em abril. Com a sua aprovação pela Fundação, em julho, começaram os trabalhos de concretização apesar dos ventos e marés que vão agitando o trabalho diário. Passo a passo temos definido o caminho. Apresentado o projeto no dia 2 de Outubro de 2013 no auditório da escola secundária, registamos neste boletim a sua síntese. Dada a importância de o divulgar, decidimos reservar neste número zero uma página para cada um dos cinco subprojectos, destacando de cada um deles os objectivos e as atividades previstas. Para mantermos um fluxo de comunicação contínuo com todos, serão preparados e editados outros números para darmos notícia do caminho que formos percorrendo para que todos conheçam as atividades concretizadas e a realizar. Espera-se a adesão e o envolvimento direto e indireto de toda a comunidade educativa. a equipa do projeto

Fazer Melhor, Aprender Mais é um projeto EMA – Estímulo à Melhoria das Aprendizagens, integrado no Programa Gulbenkian Qualificação das Novas Gerações – melhoria qualitativa das suas qualificações. De acordo com a Fundação Calouste Gulbenkian, “O programa, criado em 2013, tem por missão contribuir para o desenvolvimento das capacidades e das aptidões das crianças e dos jovens através da expansão e melhoria qualitativa das suas qualificações, mediante a concessão de apoios a atividades executadas por entidades externas à Fundação, bem como através de iniciativas próprias. O Projeto E.M.A. – Estímulo à Melhoria das Aprendizagens – tem como objetivo incentivar o aparecimento, o desenvolvimento e a divulgação de projetos inovadores, de qualidade, promovidos por Agrupamentos de Escolas/ Escolas públicas não agrupadas, que fomentem o sucesso dos alunos através da sua participação em atividades devidamente estruturadas e realizadas em parceria com entidades externas à comunidade escolar. Esta iniciativa visa estimular a apresentação de propostas de intervenção que, para além de refletirem a ligação à comunida-

de e a entidades e instituições públicas e/ou privadas, bem como a outras escolas, facilitem as aprendizagens, fomentem a criatividade e o empreendedorismo dos alunos e desenvolvam competências de formação escolar, profissional e pessoal, conducentes à promoção da qualidade educativa”.

O projeto Fazer Melhor, Aprender Mais parte da experiência do Lugar da Ciência, espaço escolar da ESAS vocacionado para a divulgação da cultura científica e tecnológica através de atividades de aula e extra aula. Subdivide-se em cinco projetos que abarcam diferentes áreas do conhecimento, envolvendo alunos e professoras das referidas escolas do Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa: Ler|Escrever Ciência (ESAS), Circulo Básico de Matemática (ESAS), Aprender Ciência Investigando em Laboratório

(ESAS), Aprender Experimentando Física (ESAS), Laboratório da Paisagem (EBAG). Estes projetos são importantes não só por proporcionarem (novas) aprendizagens nas áreas das ciências e tecnologias mas também por poderem influenciar decisões escolares futuras dos alunos nas escolhas de áreas de estudo ou no prosseguimento de estudos. Todos estes projetos estão a ser concretizados desde outubro de 2013 tendo como data prevista para a sua conclusão nas escolas o mês de maio de 2015, momento em que se fará a respetiva avaliação final de processos, atividades e resultados. Espera-se então que fiquem as ideias, as atividades, a experiência, … e uma grande vontade de se continuar a fazer (melhor) nos anos seguintes. aprender melhor


ler|escrever ciência Desde 2009|10 que o Lugar da Ciência ESAS tem vindo a realizar, de uma forma regular e sistemática, a promoção da leitura do livro de temática científica e tecnológica – ficção, divulgação ou outra. Em 2012|13, foi lançado o concurso Escrever ciência: quem escreve um conto acrescenta um ponto, cujo objetivo principal foi a mobilização dos estudantes da ESAS para a escrita de conteúdo científico. Também anteriormente se realizou a experiência de Teatro com Ciência,

em que se divulgou ciência através da dramatização de textos de conteúdo científico. Estes projetos inscrevem-se numa estratégia geral de mobilização dos estudantes para a ciência e tecnologia através da leitura e da escrita, de estímulo à sua curiosidade, de incentivo ao gosto pela escrita e ao prazer da leitura. Este projeto procura vir a consolidar e a ampliar as experiências de anos anteriores, continuando a oferecer oportunidades de leitura e pretextos de

escrita aos estudantes da escola. Para isso iremos ampliar a oferta de obras existentes na Biblioteca/ CRE nesta área da ciência, atualizando-a, renovandoa, colocando à disposição do estudante leitor obras recentemente publicadas a que muitos dos estudantes não têm acesso. Serão adquiridos novos títulos na área das ciências e tecnologias, bem como filmes e documentários. Este projeto conta com o apoio da Professora Doutora Isabel Margarida Duarte da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

objetivos Estimular a leitura do livro de conteúdo científico (divulgação, ficção, biografia, etc.) Desenvolver a capacidade de escrita, mobilizando estudantes para a escrita de conteúdo científico Dar a conhecer instituições, personalidades,

factos, episódios da história das ciências Aproximar os estudantes do contexto de trabalho em ciência Envolver alunos em oficinas de leitura|escrita, na divulgação das suas leituras e trabalhos e na apresentação de sugestões de leitura

Estimular o visionamento o r i e nt ad o (m ot iv a ç ã o / o r i e n t a ção/reflexão do filme de conteúdo científico (documentário, ficção, etc.) Divulgar conhecimento científico, com recurso à área da expressão artística (expressão dramática)

atividades atividades curriculares

atividades extracurriculares

Leitura autónoma

Edição dos textos produzidos na e a partir da oficina de escrita

Leitura de revistas de divulgação científica Partilha de leituras na página/blogue do projeto global Leiam este livro, a não perder Realização de entrevistas

2

Visionamento orientado de filmes e documentários de conteúdo científico Visitas de estudo [Casa Abel Salazar, Egas Moniz, etc.]

Concurso Escrever ciência: quem escreve um conto acrescenta um ponto Divulgação mensal de propostas de leitura na Biblioteca/CRE, expositores, ecrãs, … Levantamento de obras com interesse para o projeto Representação [teatro] de textos de cariz científico

aprender melhor


círculo básico de matemática Círculo Básico de Matemática é um projeto fazer melhor, aprender mais que tem como referência o projeto Ciência Viva Escolher Ciência: Círculos de Matemática. Este projeto, apoiado pelo Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e pelo Centro de Matemática da Universidade do Porto, tem como “principal objetivo criar uma extensão da universidade às escolas secundárias, construindo uma rede de círculos de matemática de escolas secundárias que permita criar sinergias e partilhar experiências de

formação e de extensão cultural.” O Círculo Básico de Matemática procura desenvolver um projeto semelhante tendo como público alvo, numa primeira fase, os alunos do 7º e 8º ano interessados em saber e aprender mais matemática. Visa estimular e desenvolver o gosto pela matemática, o seu estudo e a sua aprendizagem. O projeto propõe sessões de matemática (SM) periódicas em que são promovidas atividades em que os alunos trabalham a resolução de problemas e

têm acesso a diversas ideias matemáticas úteis na resolução de problemas e importantes no estudo da matemática escolar. Desenvolve-se assim o interesse e a capacidade de estudar matemática assim como o de compreender conceitos matemáticos, numéricos, geométricos e outros. Este projeto conta com o apoio do Professor Jorge Rocha, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e membro do Centro de Matemática da Universidade do Porto.

objetivos Estimular o gosto pela (atividade) matemática através da resolução de desafios/problemas;

guagem de programação LOGO; Explorar conceitos e pro-

Melhorar da capacidade de compreensão dos conceitos matemáticos;

priedades geométricas, funcionais e estatísticas, utilizando o programa GEOGEBRA; Explorar padrões geométricos como frisos e rosáceas, utilizando o programa GECLA;

Aprofundar conceitos m a t e m á t i c o s (principalmente geométricos) utilizando a lin-

Incentivar o uso de meios informáticos no estudo da matemática.

atividades tais como a linguagem de programação educativa LOGO e programas informáticos como o GEOGEBRA e o GECLA.

As atividades deste projeto, designadas por Sessões de Matemática (SM), são periódicas e de âmbito extracurricular. Durante essas SM são abordados diferentes temas de matemática através de desafios relacionados com a história da matemática, os números e a geometria, em que a reso-

Número 0

lução de problemas está sempre presente. Para isso, serão mobilizados os recursos tradicionais (papel, lápis, régua, …) e explorados recursos digi-

Estes recursos serão encarados como instrumentos de experimentação e de verificação, mas também de aprofundamento e esclarecimento de conceitos matemáticos.

3


aprender ciência investigando em laboratório Com este projeto esperamos fortalecer a visão de escola espelhada no Projeto Educativo do Agrupamento: “Uma Escola promotora de aprendizagens sólidas e duradouras, orientadas para o sucesso e as perspetivas de futuro dos alunos que a frequentam assim como uma Escola aberta à Comunidade e ao estabelecimento de protocolos e parcerias institucionais.”

microscópicas. Assim torna-se possível, por exemplo, distinguir as células entre si, identificar as suas principais características e classificar os seres como unicelulares ou pluricelulares. Com recurso à videomicroscopia otimizamse estas observações ampliando assim a nossa capacidade de ver e de compreender a organização estrutural dos seres vivos.

No âmbito da Biologia, a compreensão da célula como unidade básica da biodiversidade existente na Terra, concretiza-se através de observações

Deste modo, a realização destas atividades experimentais utilizando a Videomicroscopia, possibilita aos alunos, melhores aprendizagens e aos pro-

fessores, outros recursos didáticos. Neste contexto, o projeto integra também atividades do projeto "Escola Científica" do IPATIMUP e do Programa BIOFASE, da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto. Este projeto conta com a parceria do Professor Doutor Luís Calafate e com a colaboração da Professora Doutora Sílvia Coimbra, ambos professores do Departamento da Biologia Celular da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

objetivos Fomentar as aulas laboratoriais nas disciplinas de Ciências Naturais e de Biologia e Geologia;

Sensibilizar a comunidade para o ensino experimental das Ciências Biológicas.

atividades

4

Utilização do microscópio ótico composto (M.O.C.) e dos meios auxiliares de captação, gravação e projeção de imagens.

Realização de preparações temporárias/definitivas de material biológico para observação ao (M.O.C.)

Elaboração de protocolos experimentais para observação de material biológico ao (M.O.C.).

Elaboração de um catálogo ilustrado com a identificação e classificação das lâminas de preparações definitivas perten-

centes à coleção da escola. Criação e comemoração do Dia da Biologia. Dinamização do Laboratório Aberto na Semana da Ciência e Tecnologia. Realização de workshops.

aprender melhor


aprender experimentando física Este projeto destina-se ao desenvolvimento de competências sobre processos e métodos da Ciência, incluindo a aquisição de competências práticas/ laboratoriais/experimentais, na área da Física. Durante a sua execução proceder-se-á também à dinamização de ações de formação interna de professores, em con-

texto de trabalho e de divulgação científica extracurricular junto da comunidade educativa, com vista à construção de materiais didáticos de apoio à prática letiva e à potenciação de aprendizagens dos alunos. Propõe-se uma abordagem com utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação, de-

signadamente a utilização de computadores, sensores e interfaces no ensino experimental da Física e da Química. Este projeto conta com o apoio do Professor Doutor Paulo Simeão, professor do Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

objetivos

Organizar/preparar uma sala de divulgação científica e tecnológica na ESAS onde estejam disponíveis várias experiências e atividades didáticas que promovam a motivação e o interesse dos alunos pelas ciências.

Proporcionar aos alunos/ comunidade educativa, um contacto direto com as Ciências Físicas e Naturais, nos seus aspetos mais lúdicos e motivantes. Desenvolver o espírito crítico dos alunos na observação e explora-

ção dos fenómenos físicos e naturais. Criar condições para o desenvolvimento de projetos de Ciência e Tecnologia bem como de materiais educativos que potenciem um melhor ensino e aprendizagem.

atividades atividades curriculares

atividades extracurriculares

Decorrem ao longo dos períodos lectivos de acordo com os conteúdos programáticos das disciplinas Física e Química e das planificações elaboradas a nível de grupo disciplinar

Decorrem durante as Semanas da Ciência e Tecnologia ESAS e sob a forma

Número 0

de sessões temáticas (ST) relacionadas com a ótica, o som, a mecânica, a energia e a astronomia.

Haja Luz! (Ótica) A radiação: dos raios gama às ondas rádio. O que é a luz branca? O que é o laser? O que são polarizadores e para que servem? O que são fibras óticas? Porque é que os objetos têm cores? Porque é que o céu é azul? Como medir a espessura de um cabelo? Música ou ruído? (Som) Atividades experimentais sobre vibrações e som. Estudar as formas de onda dos sons para vozes e instrumentos musicais. Calcular a velocidade do som. Aprender experimentando (Mecânica) Atividades de verificação das leis de Newton. Carros do futuro – hidrogénio e solar (Energia) Atividades de construção e estudo de protótipos cujo funcionamento dependa de energias renováveis e vetores energéticos. Envolvimento dos alunos em alguma programação (informática) de controlo de movimentos e de sensores. Olhar o Céu (Astronomia) Utilizando um tablet com sistema andróide é possível observar estrelas, constelações, planetas, aglomerados, nebulosas e muito mais, através da tela do computador, como se estivesse ao ar livre, olhando para o céu.

5


laboratório da paisagem: análise multidisciplinar da paisagem como estímulo à melhoria das aprendizagens O projeto visa a criação de um “Laboratório da Paisagem” na Escola Básica Augusto Gil, apetrechado de forma a satisfazer as necessidades multidisciplinares, demonstrando a aplicabilidade das aprendizagens em contexto real. Com o projeto, a comunidade escolar disporá de um espaço de trabalho com características próprias para o estudo e análise multidisciplinar da paisagem (nas suas funções estética, ecológica e social) como estímulo à melhoria das aprendizagens dos alunos, com va-

lorização de conhecimentos adquiridos nas diferentes disciplinas e promovendo uma maior ligação à comunidade envolvente. No Laboratório da Paisagem a paisagem poderá ser analisada nas suas características e condicionantes (clima, relevo, acção humana – agricultura e urbanismo, acção dos outros seres vivos, água, vegetação…).

Espera-se a melhoria das aprendizagens dos alunos nas diferentes disciplinas e o desenvolvimento de competências impulsionadoras de uma cidadania participada. Espera-se dos alunos maior empenho nas suas pesquisas e nas atividades práticas de investigação e de aplicação de conhecimentos.

Fazer-se-á a análise e a interpretação da Paisagem, numa perspetiva de construção do conhecimento.

objetivos estimular a melhoria das aprendizagens dos alunos através da valorização de aprendizagens multidisciplinares, em contexto de paisagem real.

desenvolver a autonomia dos alunos, em contexto de estudo, valorizando metodologias de pesquisa/investigação centradas na avaliação da paisagem.

desenvolver competências favoráveis a uma participação pública de qualidade no âmbito da gestão da paisagem.

plinas: Ciências Naturais, Biologia, Geologia e Geografia e Educação Musical;

c) social, nas disciplinas: História, Geografia e Tecnoligias da Informação e Comunicação.

atividades A paisagem (mais ou menos urbanizada) será explorada em diferentes disciplinas, no âmbito da sua função: a) estética, nas disciplinas: Educação Visual, Matemática e Línguas; b) ecológica, nas disci-

6

aprender melhor


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.