REVISTA DO LÉO - ABRIL 2023

Page 1

REVISTA DO LÉO

NÚMERO 84 – ABRIL – 2023

MIGANVILLE – MARANHA-Y

“águas revoltas que correm contra a corrente”

LAZEIRENTA LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ - EDITOR – Prefixo 917536
REVISTA

A presente obra está sendo publicada sob a forma de coletânea de textos fornecidos voluntariamente por seus autores, com as devidas revisões de forma e conteúdo. Estas colaborações são de exclusiva responsabilidade dos autores sem compensação financeira, mas mantendo seus direitos autorais, segundo a legislação em vigor.

EXPEDIENTE

REVISTA DO LÉO REVISTA LAZEIRENTA Revista eletrônica

EDITOR

Leopoldo Gil Dulcio Vaz Prefixo Editorial 917536 vazleopoldo@hotmail.com

Rua Titânia, 88 – Recanto de Vinhais 65070-580 – São Luís – Maranhão (98) 3236-2076 98 9 8328 2575

CHANCELA

Nasceu em Curitiba-Pr. Licenciado em Educação Física (EEFDPR, 1975), Especialista em Metodologia do Ensino (Convênio UFPR/UFMA/FEI, 1978), Especialista em Lazer e Recreação (UFMA, 1986), Mestre em Ciência da Informação (UFMG, 1993). Professor de Educação Física do IF-MA (1979/2008, aposentado); Titular da FEI (1977/1979); Titular da FESM/UEMA (1979/89; Substituto 2012/13), Convidado, da UFMA (Curso de Turismo). Exerceu várias funções no IFMA, desde coordenador de área até Pró-Reitor de Ensino; e Pró-Reitor de Pesquisa e Extensão; Pesquisador Associado do Atlas do Esporte no Brasil; Diretor da ONG CEV; tem 20 livros e capítulos de livros publicados, e mais de 430 artigos em revistas dedicadas (Brasil e exterior), e em jornais; Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Membro Fundador da Academia Ludovicense de Letras; Membro da Academia Poética Brasileira; Sócio correspondente da UBE-RJ; Premio “Antonio Lopes de Pesquisa Histórica”, do Concurso Cidade de São Luís (1995); a Comenda Gonçalves Dias, do IHGM (2012); Prêmio da International Writers e Artists Association (USA) pelo livro “Mil Poemas para Gonçalves Dias” (2015); Prêmio Zora Seljan pelo livro “Sobre Maria Firmina dos Reis” – Biografia, (2016), da União Brasileira de Escritores – RJ; Diploma de Honra ao Mérito, por serviços prestados à Educação Física e Esportes do Maranhão, concedido pelo CREF/21-MA (2020); Foi editor das seguintes revista: “Nova Atenas, de Educação Tecnológica”, do IF-MA, eletrônica; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, edições 29 a 43, versão eletrônica; Editor da “ALL em Revista”, eletrônica, da Academia Ludovicense de Letras; Editor da Revista do Léo; Condutor da Tocha Olímpica – Olimpíada Rio 2016, na cidade de São Luis-Ma.

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

Sempre é um novo recomeço. Mudam as ferramentas, novas exigências, e temos que nos adaptar. Agora, limitado à 50 páginas, mais seletividade. Só espero ter material para 50 páginas só sobre esporte...

Aproxima-se o cinquentenário dos JEMs. Lí uma reportagem da Mirante.com, de 2021, atualizada em 2022, sobre os quase 50 anos. Tentei copiá-la e não foi possível, pois teria que solicitar autorização do Jornalismo Mirante, e pagar pela cópia. O que chama atenção é que a reportagem TODA – de Thiago Bastos - utiliza meus textos, citando inclusive entrevistas que fiz com Cláudio Vaz, sem citar a fonte!!!! E na nota, diz que é para manter a qualidade do jornalismo da Mirante que se cobra essa taxa... Mas que qualidade? Se usam fontes –enãofizeramas entrevistas–secopiaramtrechosinteirosdeminhalavra,enãocitam,ondeestáaqualidade?

Jorge Bento continua sócio-atleta da Revista. Seu pensamento, em pílulas, aparecem todos os dias, falando não só de esporte, motricidade humana, mas de política e a situação de Portugal e do Brasil... sempre navegando... e as implicações dessas atitudes governamentais para a nossa área... sempre em prejuízo, claro.

E temos um novo sócio-atleta: meu primo Ozinil... Discute a Educação, de forma geral, e analisa as consequencias das tomadas de decisão...

Outro sócio-atleta é o Rafafinha, filho do Lino, hoje um dos mais importantes pensadores da Educação Física

suplantará o pai?

Lógico, continuamos o resgate das atividades físicas e esportivas, e sua implicação com as mesmas no Maranhão.

UM PAPO
SUMÁRIO EXPEDIENTE 2 EDITORIAL 3 SUMÁRIO 4 NAVEGANDO, COM JORGE OLIMPIO BENTO 5 COLUNA DO PRIMO Coluna Ozinil Martins | 13 ACONTECENDO LUTA MARAJOARA: Uma tradição de combate corpo-a-corpo no norte do Brasil DICINHO MARAJÓ 18 A IMPORTÂNCIA DA CAPOEIRA NA EDUCAÇÃO LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ 20 O “QUINZE”, AS MIGRAÇÕES NORDESTINAS, O FUTEBOL: ALGUMAS ILAÇÕES LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ 24 A CAMINHO DE UM OUTRO DESPORTO CARLOS NETO E JOSÉ MANUEL CONSTANTINO 26 “AS WE MAY THINK” LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ 28 O FUTEBOL E A PARALISIA METODOLÓGICA RAFAEL CASTELLANI 30 VIVA O FUTEBOL 34 Esteja em paz Zumbi Bahia! 38 UMA - União Maranhense de Aeromodelismo Diogo Gualhardo Neves 35 MEMÓRIAS 43 números publicados 46

NAVEGANDO COM

JORGE OLIMPIO BENTO

"As armas e os barões assinalados / Que da ocidental praia Lusitana / Por mares nunca de antes navegados / Passaram ainda além da Taprobana / Em perigos e guerras esforçados / Mais do que prometia a força humana / E entre gente remota edificaram / Novo Reino, que tanto sublimaram".

A consagração do direito a uma vida digna, realizada no caminho de perseguição da felicidade, implica a presença acrescida do desporto, a renovação das suas múltiplas práticas e do seu sentido.

Sendo a quantidade e qualidade do tempo dedicado ao cultivo do ócio criativo (do qual o desporto é parte) o padrão aferidor do estado de desenvolvimento da civilização e de uma sociedade, podemos afirmar, com base em dados objetivos, que nos encontramos numa era de acentuada regressão civilizacional. Este caminho, que leva ao abismo, tem que ser invertido urgentemente.

PARA NÃO ESQUECER

O futebol também é um jogo, inventado pelo Homo Ludens, aquele ser que gosta e precisa de brincar e sorrir. Isto não devia precisar de ser recordado; porém as perversões e instrumentalizações, a que vem sendo submetido, obrigam a tomar posição. Se for vivido como luta de vida ou morte e como palco de difusão de inimizade e ódio, se virar costas à alegria, à convivialidade e criatividade, então adultera a essência, falta a si mesmo, à matriz e razão da sua criação.

PULGA ATRÁS DA ORELHA

Quando ouço alguns fedelhos, mal saídos dos cueiros e já ávidos de ser líderes políticos, falar da necessidade de reformas estruturais, sinto uma pulga a morder atrás da orelha. Qual o sentido de tais propostas: será para servir o progresso do país ou para alargar e consolidar as formas de escravatura, instituídas pela selvajaria neoliberal? A pergunta não é à toa. Com efeito, são não poucos os novos esclavagistas, com brasão no nome, pó de arroz no rostinho de leite e verniz nas unhas do linguajar, desejosos de aumentar o número dos escravos; não lhes basta que estes sejam muitos, querem sempre mais.

‘SUCESSÃO’ DO SUCESSO

A volúpia de reconhecimento é uma das pandemias e dependências desta era. Atingimos um estado de indispensabilidade do sucesso. Não basta alcançá-lode vez em quando, nem tampoucoé tolerável perdere reservar momentos para o saborear. Ele tem que ser procurado obsessiva e incessantemente, todos os dias e a toda a hora. Somos assim compelidos a tornarmo-nos o ‘animal eficiens’ em laboração contínua, a conceber e consumir a vida numa sucessão ininterrupta de etapas comandadas pela tomada de poções cada vez mais fortes de ‘sucessoína’. Estamos tão viciados nela que não vemos a deformação e desagregação que provoca no plano pessoal e no panorama social. Não temos tempo para cuidar da nossa formação intelectual, espiritual e cultural, para a família, para brincar e falar com os filhos e mimar os netos; nem, muito menos, para cultivar a amizade, o convívio e os restantes rituais e obrigações da Pólis.

Existimos dentro da jaula de um mundinho mesquinho, elevado a grandeza máxima, que apouca e destrói a nossa humanidade. Os caminhos estão cheios de gente acelerada que, paradoxalmente, jamais chegará à meta desejada; fica mortalmente exaurida na correria, e com esta inscrição na testa: as máquinas não têm regeneração.

FILOSOFIA E DESPORTO EM LÍNGUA PORTUGUESA

Nasceu oficialmente ontem, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto, a Associação de Filosofia do Desporto em Língua Portuguesa. Trata-se de um casamento natural, porquanto as duas entidades partilham bens essenciais à vida: a humildade e a transcendência.

A atitude de humildade da filosofia foi expressa por Sócrates: “Só sei que nada sei.” Esta confissão obriga os filósofos a seguir o rumo da transcendência, tentando dar às ideias a melhor forma possível. No desporto vigora a mesma axiologia; o reconhecimento das incompletudes, imperfeições e inabilidades intima a percorrer a via-sacra da exercitação contínua, buscando que o corpo atinja o nível de aptidão e expressão ao seu alcance.

O ato de batismo da AFDL contou com intervenções muito assertivas, nomeadamente da Doutora Maria Luísa Ávila da Costa ( Professora da FADEUP) e do Doutor Odilon José Roble (Professor e Diretorda FEF-UNICAMP).

Merece particular destaque a alocução de encerramento da cerimónia, proferida pela Professora Joana Carvalho, Vice-Reitora da Universidade do Porto. Apelou à conciliação das partes desavindas da condição do Ser Humano: a intelectual e a corporal; e formulou o desejo de ver renascer o pensamento, enterrado por várias certidões de óbito nas últimas décadas.

Oxalá a AFDL esteja à altura do desígnio que assumiu e contagie outras áreas no sentido de privilegiar a reflexão e a cooperação na língua portuguesa, o idioma que Cervantes considerou o mais belo do universo e Olavo Bilac “a última flor do Lácio”!

EDUCAÇÃO PARA A GUERRA

Fui educado para a guerra, desde os bancos da escola primária! Não se espante o leitor; com a maioria das pessoas, pelos menos as da minha geração, sucedeu o mesmo. E não apenas em Portugal, mas em todos os países. O ensino

da história pátria, das batalhas travadas, das conquistas realizadas e das derrotas sofridas, cuidou de entranhar em nós o sentimento de depreciação, de hostilidade e inimizade em relação aos outros povos. Aprendemos a vê-los como ameaça, a desconfiar deles, a olhá-los de soslaio, sempre com um pé atrás. Alguns feriados e o hino nacional avivavam essa atitude. A religião deu também uma ajuda de peso; os sarracenos e os que não partilhavam a nossa crença eram inimigos de Deus, merecedores de acérrimo combate. O ensino secundário seguiu por esse itinerário; e o superior pouco ou nada mudou neste capítulo.

Só muito tardiamente iniciei uma aprendizagem de sentido diferente, que está longe de obter o diploma de conclusão. Conforme a visão lúcida de Miguel de Cervantes, “andar por terras distantes e conversar com pessoas diversas torna os homens ponderados.” Isto altera, para melhor, o olhar, a consciência e sensibilidade, e dá alguma sabedoria. É o que vem acontecendo comigo.

A linguagem em circulação nesta hora e o crescendo de fobias a nações, a grupos e a pessoas levam-me a concluir que a situação regrediu às bitolas de outrora. Tudo sugere que a educação continua a inclinar-se para a guerra e não para a paz. Em todo o mundo.

HUMILDADE DE FINS E MEIOS

Há quem julgue ser um farol potente, permanentemente aceso, capaz de cegar e guiar com tanta luminosidade as criaturas perdidas e à deriva na imensidão do mar da bruma e dúvida infindas. Não pertencem a esse escol os professores; alguns mal ganham para pagar a conta da eletricidade. Logo, estão obrigados ao comedimento e à modéstia das atitudes e pretensões. São tão-somente praticantes dos ofícios constituintes da missão e profissão. Deitam mão a candeias, lamparinas e velas, enfim a tudo quanto seja fonte e instrumento da claridade, para que o crepúsculo não progrida, a inteligência não se extinga e a escuridão não se instale.

SÊ COMO AS ÁGUIAS!

Quando um qualquer idiota te importunar, não discutas com ele, nem te deixes enredar na armadilha que tece ao teu redor. Procede como as águias em relação aos corvos: voa para bem alto, porquanto na altitude os idiotas não conseguem respirar. Se forem atrás de ti, ficarão asfixiados e não te apoquentarão mais, sem que a culpa seja tua.

OS NOVOS ESCRAVOS

“Ser bacharel - uma qualidade que se exige para tudo, e que se não respeita para coisa nenhuma”, assim criticava e lamentava Eça de Queiroz a situação na sua era.

Hoje o cinismo está refinado. Os escravos de outrora eram analfabetos; os escravizados de agora possuem diploma de licenciado, mestrado e doutorado. Os de antanho tinham grilhetas nos pulsos e nos pés para não poderem fugir; os deste tempo têm cadeados na vontade para não desejarem insurgir-se contra as novas formas de escravidão.

HETERÓNIMOS DE BARRABÁS

Naquele tempo Pôncio Pilatos concedeu ao povoléu a possibilidade de escolher entre o Filho do Homem e Barrabás. A turba não hesitou; berrou a opção pelo segundo. Hoje a situação repete-se, embora o cenário seja caricato; muitos putativos e ditos seguidores do Nazareno elegem heterónimos do energúmeno posto à solta. Aqui, na Europa, nos EUA e por esse mundo afora. Batizados com diversos nomes, nacionais ou estrangeiros, os grotescos Andrés e beis de Tunes são aclamados em toda a parte. Os povos têm o que merecem; as mãos lavam-se com água, a alma e a consciência só com ações.

CRUCIFICAÇÃO DA EUROPA

O infortúnio dos povos decorre, por via de regra, da falta de clarividência e lucidez dos dirigentes. Isto vale para todas as épocas.

Ora, a União Europeia não conta hoje com líderes à altura dos desafios colocados pelas circunstâncias. Eis a desgraça desta hora e a causa das desgraças que estão por vir e prefiguram a queda no abismo. Com dirigentes lúcidos, mais preocupados com o destino europeu do que com a sua carreira, a UE teria evitado a invasão da Ucrânia. Se não se tivessem entretido na montagem da arapuca onde a Rússia caiu estupidamente, não veríamos agora correr o rio de dor, morte e sacrifício; ele estaria seco. Mas a corte de Bruxelas escolheu outra via: em vez

de se esforçar por integrar a nação russa, de matriz cristã e ocidental, depreciou-a e acabou por empurrá-la para outros braços. Ademais, abdicou do protagonismo num mundo multipolar e contenta-se em ser pajem de alguém cioso de manter o trono unipolar a todo o custo. Não se apercebe do papel de falsete que desempenha na tragédia da inversão da relação entre a política e a guerra: tornou a primeira instrumento da segunda. Os efeitos estão à vista: à perda de vidas e à crise económica junta-se o apoucamento da influência no cenário universal. Aos olhos do sul global, ela não se liberta dos tiques do passado colonial. Enfim, a Europa jaz numa cruz, erguida por mãos manchadas de sangue. A história não se esquecerá de julgar os autores do crime e os seus cúmplices. ALELUIA!

O som é estranho e intrigante. A que tocam os sinos neste Domingo de Páscoa? O dobre propaga-se pela terra inteira; é pungente e não consta que alguém tenha falecido, pelo menos com rosto de gente conhecida ou familiar. O melhor será perguntar aos sineiros, quando descerem dos campanários. Responderão que tocaram movidos pela esperança de ressuscitar a decência e a justiça, mortas há demasiado tempo. Não sabem se foi em vão, mas nem por isso as suas bocas e mãos deixam de soltar gritos e súplicas de aleluia.

PELA RESSURREIÇÃO DO PENSAMENTO

O livre pensamento, a liberdade suprema, aquela capacidade inata que todos temos mas poucos conseguem usar e aperfeiçoar, vive em estado de letargia e sepultura. Bem sei que o pensar livremente é uma utopia cuja realização conhece vários degraus. A razão é simples: somos ‘sujeitos’, estamos obrigados a guardar sujeição aos princípios em que nos revemos. Mas isso não nos desobriga de cortar as amarras impeditivas da liberdade de pensar.

“Cogito ergo sum”, proclamou René Descartes, estabelecendo assim um pré-requisito da existência. Se somos entes ‘pensantes’, não devemos fugir à obrigação de ponderar, duvidar, questionar e imaginar a realidade num patamaroutomsuperior.Istonãoestáao alcancedegentecomraciocínioestreito,incapazdesaltaras cancelas do redil dos preconceitos da mais diversa índole. Destarte é impossível ser genuinamente humano, definir um rumo que leve além do marasmo.

Somos doentes dos olhos; é o pensar que nos permite ver, perceber, admirar, sonhar e visar o Grande, o Diferente, o Estranho, o Outro,o antesnãoimaginadoe não pensado. Isso deviaser,mas não é,hábito e rotina. “Pense!” – intimaa IBM. “Pensedeumaforma diferente!” – reagiu a Apple, sintetizandoaessênciado pensar: um ato de divergência e inconformismo. E Eça de Queirós advertiu: “Não tenha medo de pensar diferente dos outros. Tenha medo de pensar igual e descobrir que todos estão errados!”

Só experimenta a liberdade de voar quem abandona as certezas e ideias feitas, levanta voo sobre o que não sabe e interroga as convicções. Os modos de calcular, ligados a entidades de filiação e obediência, não bastam, carecem de ampliação, porquanto são redutores e dificultam o estabelecimento de pontes de diálogo e entendimento para resolução progressiva dos problemas que afetam a Pólis. Eles enredam em dogmas e estigmas, induzem a conduta de rebanho, embotam o uso da razão, inibem a formação da consciência individual. Ora, sem aprimoramento desta não há verdadeira consciência coletiva, mas tão-somente senso comum, condicionado e impingido pelos poderes que instrumentalizam a seu favor o aparelho mediático.

A sociedade e a democracia genuínas não serão alcançadas enquanto a maioria dos cidadãos, qualquer que seja a orientação ideológica, não encarar os factos, continuar refém de crenças e falácias, se deixar levar por modas discursivas, aceitar a dependência e formatação mental, não sentir a necessidade de fazer uso da racionalidade e elaborar noções próprias. É tempo de dizer aos partidos verdades duras:

• Estão decrépitos nos símbolos e nos métodos de funcionamento;

• Alguns têm designações mentirosas, destinadas a encobrir o ideário;

• São grupos de conquistado poder para si mesmos e as oligarquias vigentes, à custa da instigação da discórdia e guerrilha entre os cidadãos;

• Não podem continuar a vender gato por lebre e a exaurir a democracia;

• A ágora e a praça pública da política pertencem-nos mais do que a eles;

• Somos o centro e o fim da Pólis e não o instrumento de realização dos interesses das corporações, sejam as partidárias, sejam as mandantes destas;

Assumam a renovação inadiável para merecer a nossa confiança.

A hora é de acordar e levantar contra as forças e sistemas de manipulação e coisificação, que persistem em impor-nos uma ordem moribunda e putrefacta que nos aliena e atira para o abismo da humanidade e da civilização. Cada um é desafiado a estar à altura das circunstâncias e responsabilidades, a ser fator ativo da refundação da humanidade e da civilização, à luz de uma visão universal e de uma cidadania planetária, bem como de ideais acima das meras coisas. Impõe-se olhar ao redor; não estamos sós, ao nosso lado há inúmeros seres humanos naufragados na dificuldade e angústia. Ninguém virá mudar o mundo; foram as criaturas humanas que o trouxeram a este ponto, apenas elas podem impulsionar a transformação necessária. Passamos pela terra com o corpo mortal, iluminado por ‘coisas’ que o transcendem. É esse conjunto que nos possibilita o livre arbítrio e a gestão da vida e nos culpabiliza pela delapidação desta, pelo monturo de miséria e morte, de indecência e indignidade, de injustiça e escravidão, de negação de ‘quem’ devíamos ser. Daí provém a exigência de mudança radical da situação de humilhação em que nos encontramos.

HISTÓRIA DOS IMPÉRIOS

A existência dos impérios percorre três estádios: ascensão, apogeu e queda. Pelo meio há muitas opressões de povos. No prelúdio do final acumulam-se as ameaças a nações soberanas; e até os maiores aliados e amigos geram desconfiança e podem tornar-se inimigos. Nenhum potentado logra escapar a esta trajetória resumida. No presente são notórios os sintomas paradigmáticos e ilustrativos da assertividade da narrativa. O destino do declínio espreita inexoravelmente qualquer superpotência, por mais façanhuda e tonitruante que seja.

ÉTICA DAS CONVICÇÕES E ÉTICA DA RESPONSABILIDADE

A primeira afirma os princípios e fins que devo servir e tentar realizar. A segunda aponta os passos para lá chegar; e os que não posso dar, sob pena de inverter a marcha e trair a meta para onde quero caminhar.

As duas éticas não são opostas, mas complementares. Se, em nome da primeira, matar a verdade e propalar a mentira, virar as costas ao possível e abrir as portas à vinda do pior, falto à responsabilidade e ateio o fogo onde as convicções se vão queimar.

A dialética de ambas está em jogo no tocante à invasão da Ucrânia. A vontade de derrotar o agressor leva muita gente a defender a continuação do confronto bélico. Não importa o custo a pagar, seja a perda irreparável de vidas, sejam os abismos para onde podemos resvalar. E não há garantias de obter a tão desejada vitória militar. A ética da responsabilidade intima-me a proclamar a convicção de que a paz é sempre preferível à guerra. Porquê? A vida não tem preço.

DO ÓCIO E DA HUMANIZAÇÃO DA VIDA

Hegel estava enganado: o trabalho não é o instrumento de libertação dos indivíduos; só dá uma contributo para esse fim, se for na medida justa. O produtivismo e a sobrecarga laboral, hoje em voga, traduzem um novo estágio da escravidão, evidenciada pela legião de sujeitos deprimidos e exaustos que perambulam ao Deus-dará. Desde a Grécia Antiga, a visão filosófica apontou o caminho. É nas horas de ócio que se congeminam e fazem coisas excelsas, magníficas e virtuosas, causadoras de admiração e enlevo. É por isso que o tempo dedicado ao ócio e o modo do seu preenchimento constituem um fiável indicador de progressão civilizacional. Esse é, pois, o tempo mais importante.

Não estamos na cadeia existencial apenas para produzir coisas úteis, mas para desfrutar o sentido do progresso das tecnologias e dos meios de trabalho, que é o de disponibilizar pausas livres da obrigação laboral. Estas não são um espaço de inatividade; conferem a autonomia e a liberdade de poder dispor do tempo para cuidar da família e de nós, para conviver e jogar, amar e cantar, ler e escrever, ouvir música, ir a sessões científicas e culturais, visitar museus, contemplar obras de arte, passear no campo, fruir a natureza, e não fazer nada. É o tempo ‘inútil’, sem a albarda e o cabresto do utilitarismo, que nos torna verdadeiramente humanos. Quando ouvirmos que é necessário trabalhar mais, respondamos com um rotundo NÃO; é, sim, curial que trabalhemos menos e melhor, diminuir e repartir digna e equitativamente o cansaço e suor entre todos. Não aceitemos a mercantilização e quantificação de tudo: educação, saúde e existência. Viva a vida demorada, abaixo a morte apressada!

EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA?!

Não existe a ‘educação à distância’. Mas não levanto objeção à designação ‘instrução à distância’.

A educação é mais abrangente e exigente. Requer a proximidade, o local de encontro e a copresença de pessoas e corpos que, devido às suas diferenças, causam estranheza e a necessidade de diálogo e concertação. É neste terreno semeado de diversidades que desponta e floresce a dialética da imitação e superação, da competição e cooperação, daafirmaçãodaidentidadeedoapreçodaalteridade,doautoconceitoedaadmiraçãodooutro.Semoscondimentos da paideia, suprema arte da interação, não há educação que nos valha; a sempre presença do capital é coisa que baralha e atrapalha.

QUEM ESTÁ AO LADO DE QUEM?

Sou pelo pronto estabelecimento da paz. Tu não; defendes o prolongamento da guerra até que o agressor seja derrotado. Aceito o teu ponto de vista; mas não a acusação de que faço o jogo do invasor. Tu fazes o jogo de quem? Se ele não for vencido e continuar a crescer a onda de devastação e sangue, como fica a tua consciência no final? Sabes, as posições pragmáticas, quando tomadas em nome da vida, são tecidas com o fio da ética; o mesmo não se pode dizer das que não fazem contas à morte.

JORGE BEN NA ZÂMBIA!

O Projeto Evoé levou o disco África Brasil de Jorge Ben para a Zâmbia, na África. Eles colocaram "Umbabarauma" pra tocar pra criançada de uma escola comunitária da Vila de Mugurameno.

Apenas apreciem a beleza deste encontro!

Via Acervo Jorge Ben!

QUEM ESTÁ AO LADO DE QUEM?

Sou pelo pronto estabelecimento da paz. Tu não; defendes o prolongamento da guerra até que o agressor seja derrotado. Aceito o teu ponto de vista; mas não a acusação de que faço o jogo do invasor. Tu fazes o jogo de quem? Se ele não for vencido e continuar a crescer a onda de devastação e sangue, como fica a tua consciência no final?

Sabes, as posições pragmáticas, quando tomadas em nome da vida, são tecidas com o fio da ética; o mesmo não se pode dizer das que não fazem contas à morte.

FINTAR A IDADE

O corpo, o meu e o de todos, envelhece, adoece, enfraquece, sente-se tentado a ceder e desistir. Mas alberga um Eu metafísico, que o supervisiona e não o autoriza a entregar-se à derrota e perda de dignidade.

Por isso temos a obrigação de cuidar dele, de o contrariar e procurar iludir os sinais que vai dando,espicaçados pelo sentido desta pergunta de Confúcio: “Qual seria a tua idade, se não soubesses a idade que tens?” Eis uma interrogação que constitui bom guião para nossa orientação. Cumpre-nos fintar a idade, recriar o novo e não consentir que o velho e gasto se entranhe e apodere de nós.

DO ÓCIO E DA HUMANIZAÇÃO DA VIDA

Hegel estava enganado: o trabalho não é o instrumento de libertação dos indivíduos; só dá um contributo para esse fim, se for na medida justa. O produtivismo e a sobrecarga laboral, hoje em voga, traduzem um novo estágio da escravidão, evidenciada pela legião de sujeitos deprimidos e exaustos que perambulam ao Deus-dará. Desde a Grécia Antiga, a visão filosófica apontou o caminho. É nas horas de ócio que se congeminam e fazem coisas excelsas, magníficas e virtuosas, causadoras de admiração e enlevo. É por isso que o tempo dedicado ao ócio e o modo do seu preenchimento constituem um fiável indicador de progressão civilizacional. Esse é, pois, o tempo mais importante.

Não estamos na cadeia existencial apenas para produzir coisas úteis, mas para desfrutar o sentido do progresso das tecnologias e dos meios de trabalho, que é o de disponibilizar pausas livres da obrigação laboral. Estas não são um espaço de inatividade; conferem a autonomia e a liberdade de poder dispor do tempo para cuidar da família e de nós, para conviver e jogar, amar e cantar, ler e escrever, ouvir música, ir a sessões científicas e culturais, visitar museus, contemplar obras de arte, passear no campo, fruir a natureza, e não fazer nada. É o tempo ‘inútil’, sem a albarda e o cabresto do utilitarismo, que nos torna verdadeiramente humanos. Quando ouvirmos que é necessário trabalhar mais, respondamos com um rotundo NÃO; é, sim, curial que trabalhemos menos e melhor, diminuir e repartir digna e equitativamente o cansaço e suor entre todos. Não aceitemos a mercantilização e quantificação de tudo: educação, saúde e existência. Viva a vida demorada, abaixo a morte apressada!

DOIS DIAS DE COMOÇÃO

Viemos de perto e de longe, do Porto, de Aveiro, de Lisboa, da Alemanha, da França e demais terras e lugares, para cumprir a obrigação de recriar as origens e a vida. Tiramos da Igreja os andores, com o cuidado de quem sabe que os santos são de barro; e levamo-los em procissão pelas ruas da povoação, ao som da banda de música de Pinela. No sábado homenageamos a Senhora de Fátima; hoje foi a vez de Santa Eufêmia e do Bom Pastor, padroeiros de Bragada. Depois do sagrado veio o profano, ambos fiéis ao princípio de que a religiosidade e a diversão são formas sublimes de exaltação do sentido da nossa peregrinação. Para o ano havemos de voltar, impulsionados pelos afetos que nos congraçam e pelo compromisso de manter presentes e vivos os nossos ancestrais.

A VOLTA DA ROSCA

Ontem em Bragada cumprimos a tradição. No final da procissão, depois de recolhidos os andores à igreja, o pároco agradeceu e abençoou os participantes, e anunciou os mordomos da festa do próximo ano. Estes informaram então que a ‘volta da rosca’ começaria pelas 15,00 horas. Obviamente, apressamo-nos a correr para as vitualhas, os pósteres e os beberes que constituem o manjar das festas.

À hora aprazada iniciou-se, junto ao centro de convívio, a dita ‘volta da rosca’. Em que consiste? Os mordomos vão à frente, seguidos por um conjunto de quatro concertinas, um bombo e uma pandeireta, e o cortejo de pessoas visita as moradas do povoado, de um ponta à outra. À porta de cada uma há mesa posta com doces e bolos de ocasião e são servidas as mais diversas bebidas: licores, vinho corrente, vinho do Porto, cerveja, uísque, águas e sumos, ao sabor dos exigentes palatos. Os mordomos recolhem a dádiva monetária que os anfitriões têm por bem doar, o conjunto toca a preceito e um pequeno bailarico é armado no local. Este ritual repete-se em todas as casas, constituindo a rusga uma coreografia de confraternização que enche a alma com o sentido comunitário que nele mora. A animação chega ao rubro e a inspiração é atiçada pelo espírito etílico que acende faúlhas no ar. Ouvi um jovem proclamar em voz alta: Um dia como este vale mais do que um dia de trabalho! Aproximei-me dele e disselhe: Falou bem! Para o ano hei de voltar para o ouvir falar.

Quanto gostaria que as tradições ancestrais criadas pela escarmentada sabedoria do nordeste transmontano não desaparecessem! Alimento esta esperança, porquanto elas são hoje zeladas por jovens que não as dispensam e porfiam em ressumar humanidade. Bem hajam!

PS: A designação ‘volta da rosca’ merece uma explicação. Roscas são bolos de fabrico caseiro e pouco dispendiosos; como, por exemplo, os calços ou rins feitos de farinha de trigo, com ovos, açúcar, aguardente ou licor de anis. Pois bem, antigamente os tempos eram de severidade económica. Os mordomos enfeitavam com roscas e algo mais um grande ramo de oliveira. Davam com ele a volta à aldeia, tal como agora, acompanhados de tocadores de guitarra e violão ou cavaquinho e cantadores de fados e desgarradas. A paragem em cada casa seguia o ritual hodierno; e os anfitriões ofereciam roscas (ou chouriças ou salpicões). No final da volta e no largo da Pedra da Paciência, sito no meio do povo, procedia-se ao arremate do ramo (entre solteiros e casados) e das ofertas recebidas, sendo o dinheiro acumulado entregue aos mordomos, a fim de os ajudar a organizar a festa do ano seguinte. Algumas das roscas eram disputadas em corridas pedestres. Os tempos mudaram; as roscas continuam a ser fabricadasnesta altura,masjá nãohá ramo nem arremate deste. Persistem a designaçãoe a recriação da tradição em moldes ajustados às circunstâncias atuais.

QUANDO VENS, ABRIL?!

Ah, meu querido Abril, tu foste e trouxeste muito para quem existia no aperto, no medo, na dificuldade, na míngua e carestia do essencial!

Mas falta cumprir o teu desígnio inteiro. Ainda és pouco para quem sonha o mundo novo e fraterno e um pássaropoema chamado Portugal.

AJUSTE DE CONTAS

A democracia fez ontem 49 anos. A ditadura acumulou 48 e está a renascer das cinzas, com ar façanhudo e verbos odientos e raivosos, desejosa de se vingar. Já arrebanhou um exército de combatentes, com diversas lideranças e vestes, mas todos irmanados pelo mesmo fim: liquidar a mensagem de abril, os seus autores e defensores. A fogueira do ajuste de contas encontra-se acesa e crepitante; e não faltam esqueletos travestidos de jovens instruídos e propensos a emular os facínoras da ‘noite de cristal’, a queimar livros e pessoas. Movem-se por agendas ideológicas, relhas e velhas; causa-lhes urticária a ideia do progresso e bem comum. O mal ronda a nossa terra, ávido de cravar as fauces esfaimadas e os dentes careados nos cravos e rosas. Este chão sagrado corre sério risco de ser salgado!

DA EMERGÊNCIA DA CHINA

Durante muitos séculos, o oriente e os orientais foram vistos pelos olhos ocidentais como inferiores e duvidosos. Fui educado e socializado nessa depreciação; felizmente, logrei desfazer-me dela. A visão e a desconfiança persistem e ensombram as relações com os países e povos daquela região do globo; e carecem de ser enfrentadas numa altura em que a China se apresenta como potência económica, prestes a superar os EUA, e como articuladora de jogos políticos que podem levar a uma nova ordem mundial. Não é curial que ignoremos e nos alheemos desta evolução. A China não é uma miragem longínqua; é uma entidade próxima de nós, bem presente no quotidiano.

A crítica do neoliberalismo selvático não deve impedir-nos de refletir sobre os desafios postos pela realidade emergente. O vento da mudança não leva, de modo automático, para um estádio superior ou versão progressista, caída do céu por graça divina. Cumpre-nos estar atentos ao facto de que, quando impérios e imperialismos enfraqueceme desaparecem,outrosseaprestam parapreencherovazio.Ointelectoestáobrigadoa formularideias, princípios e direitos em todos os cenários. Tem que continuar ativo e vigilante face ao futuro que se avizinha em passos rápidos. Goste-se ou não, o ‘Império do Meio’, como outrora foi conhecido, está de volta, pronto para assumiropapel de atorcentral na acrópole universal.A‘Rota da Seda’é agora adasnovastecnologiase dopoderio alcançado pelo ‘capitalismo de estado’ chinês.

A reflexão sobre esta vinda não se destina a suscitar temores e atiçar os preconceitos de antanho e ainda vigentes; é para manter o espírito acordado e apontar balizas e marcos à marcha da civilização e da humanidade. O ideário axiológico e político não pode olvidar que não atingimos a forma civilizatória final e que sempre houve e haverá tentações de hegemonia e subjugação do outro.

COLUNA DO PRIMO

Profissional de experiências diferentes e com vivência profunda nas áreas de Gestão de Pessoas e Educação. Movido a desafios e resultados tenho trabalhado em empresas que me ofereceram as condições para que a motivação me levasse a superar limites. Durante período de 7 anos trabalhei como consultor de empresas onde adquiri vivência em ramos diferentes de negócio, do comércio ao industrial. Em 2003 comecei a trabalhar como professor universitário vindo a exercer cargos de gestão como diretor de faculdade, pró-reitor de ensino presencial e reitor do Grupo Uniasselvi. Atualmente o desafio está no cargo que ocupo como Secretário de Educação de Indaial. Também executei trabalho em Cuba, onde atuei na implantação da área de Gestão de Pessoas na fábrica Brascuba Cigarrillos, subsidiária da Souza Cruz.

Por Prof. Ozinil Martins de Souza Escola Superior de Cerveja e Malte e Faculdade Épica Brusque, Santa Catarina, Brasil Coluna Ozinil Martins |

Ontem Elon Musk e seus companheiros de tecnologia pediram moratória de 6 meses para que sejam suspensas as pesquisas sobre a Inteligência Artificial e, se analisem os efeitos que serão produzidos sobre a humanidade. Segundo eles há riscos sérios para a humanidade.

Nesta semana a Época Negócios alertou para a supressão de 300 milhões de empregos fruto do uso da Inteligência Artificial.

No livro "Obrigado pelo Atraso" (2016) de Thomas Friedmann ele já fazia sérios alertas sobre a velocidade das mudanças tecnológicas e suas consequências.

"Em 2007, David Ferrucci, IBM, construiu com sua equipe o Watson, que seria um computador cognitivo, pois até então os computadores eram analógicos. O Watson, hoje, auxilia médicos em identificação de diagnósticos com maior assertividade que os próprios médicos."

Don Seidmann: "O mundo não está apenas mudando rapidamente. Está sendo rapidamente reconfigurado. E, esta reconfiguração está acontecendo mais rápido do que conseguimos reconfigurar a nós mesmos, assim como nossas lideranças, nossas instituções, a sociedade e nossas escolhar éticas."

Diria que estamos vivendo um período de ruptura profunda. Que nossos dirigentes acordem para o momento e parem de fazer politicalha e façam políticas sérias em benefício do povo.

A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS É CAUSA OU EFEITO?

As consequências da precariedade com que é conduzida a educação, em todos seus níveis, cobrará um alto preço ao país

Mais uma vez somos confrontados com a notícia de violência na escola. Uma professora de 71 anos de idade, já aposentada, foi morta por um estudante de 13 anos, segundo preliminarmente apurado, vítima de bullyng. A história se repetindo e cada vez com mais frequência!

As consequências da precariedade com que é conduzida a educação, em todos seus níveis, cobrará um alto preço ao país. Se você, leitor, começar a observar nas pequenas coisas o efeito perverso que faz a falta de educação formal, se assustará. Um exemplo prosaico vivenciado no dia a dia acontece no uso do transporte coletivo. Na capital dos catarinenses, importante salientar que Florianópolis junto com Rio de Janeiro e Porto Alegre apresentam as menores taxas de analfabetismo do país (2,3% da população acima de 15 anos – IBGE), os ônibus tem um layout padrão e isto dificulta o uso pelos usuários não alfabetizados do sistema que, pedem a parada e perguntam ao motorista o destino do ônibus, pois não sabe ler o que consta no letreiro do veículo. Isto afeta a produtividade e o custo operacional do transporte com consequência no custo da passagem. Prosaico, mas com custo!

A violência nas escolas tem múltiplas raízes. Em Santa Catarina, recentemente, o Secretário de Educação afirmou, em entrevista, que encontrou quadros digitais e aparelhos de ar condicionado, em grande número, nos depósitos da Secretaria; o motivo: a rede elétrica das escolas não suportaria as instalações. Inúmeros foram os casos, neste início de ano letivo, em vários municípios brasileiros, de escolas que não iniciaram as aulas no período programado por falta de professores ou por estar à escola em reforma sem previsão de conclusão da obra. Esta é a prioridade que os governos dão à Educação!

Importante salientar a responsabilidade familiar no que diz respeito à violência escolar. Há pais que têm filhos apenas para os ter. É impressionante o número de mulheres no Brasil que são responsáveis pela condução de seus lares. Em setembro/2022 quase 17 milhões de famílias (de 20 milhões ususárias) que recebiam o Auxílio Brasil tinham mulheres como condutoras. Famílias desestruturadas são vítimas fáceis da violência que transita na sociedade brasileira. É impressionante o número de pais que têm filhos e atribuem ao Estado o papel de educá-los! A violência, dentro de casa, transfere-se para a escola por ser o padrão aprendido.

Outro ponto a ser considerado neste processo refere-se ao modelo escolar praticado em nossas escolas. Apesar das boas intenções das mudanças propostas no Ensino Médio parece que não deu certo, pois já há questionamentos ao modelo. Nossas faculdades continuam formando professores para a produção em série.

A evasão no Ensino Médio é a mais significativa dos vários níveis de ensino. Como tornar o ensino atraente para jovens que tem no celular um contato instantâneo com o mundo? Que acessam o que o professor tenta traduzir em palavras, em imagens e com riqueza de detalhes? O desafio é imenso!

Há algo que chama a atenção neste processo e que não vejo debates a respeito. A perspectiva de futuro! Qual será o futuro que os jovens de hoje estão conseguindo imaginar? Esta semana tomei conhecimento de uma pesquisa que mostra que a Inteligência Artificial eliminará 300 milhões de empregos à médio prazo (Época Negócios). Jovens, sem formação adequada, sem orientação para o que o futuro lhes reserva, com seus sonhos e desejos a serem atingidos e sem perspectivas, serão vítimas fáceis para uma vida alternativa de crimes e violência.

Seria interessante a sociedade dar-se conta de que o futuro não será uma continuação do presente. Haverá fortes rupturas pelo caminho e a experiência de hoje de nada servirá quando o paradigma mudar.

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E A CRIAÇÃO DE UM NOVO MUNDO!

A humanidade passa por um novo processo de ruptura social. A Inteligência Artificial altera, de forma muita rápida e abrupta a forma como estamos vivendo.

A semana recém-finda começou com um alerta significativo; Elon Musk, o multimilionário dono da Tesla e do WhartsApp, alertou o mundo para o perigo que representa, para a humanidade, o avanço sem controle, das pesquisas e ações que estão construindo a Inteligência Artificial. Este alerta já tinha sido feito por Thomas Friedmann em seu livro “Obrigado pelo Atraso” (2016) no qual ele informa sobre a velocidade de desconstrução do mundo atual enquanto se configura um mundo totalmente diferente.

No livro há uma afirmação de Don Seidmann “O mundo não apenas está mudando rapidamente. Está sendo, rapidamente, reconfigurado. E, esta reconfiguração está acontecendo mais rápido do que conseguimos reconfigurar a nós mesmos, assim como nossas lideranças, nossas instituições, a sociedade e nossas escolhas éticas.”

A humanidade já passou por outras rupturas do sistema que orientava a forma como vivíamos e sobreviveu, mas há que se analisar as realidades de épocas diferentes. No início do Século XX foi descoberta a energia elétrica, foi desenvolvido o primeiro automóvel, foi criada a linha de produção em série, todas estas ações alteraram de forma significativa o como vivíamos e facilitaram a criação dos grandes conglomerados chamados cidades; saída do homem do campo para a cidade. A população do planeta, em 1900, girava ao redor de 1,5 bilhão de pessoas.

Agora a humanidade passa por um novo processo de ruptura social. A Inteligência Artificial altera, de forma muitarápidaeabruptaaformacomo estamos vivendo.Osempregos estão em riscoearevistaÉpoca Negócios faz um alerta que indica, a princípio, a eliminação de 300 milhões de empregos ao redor do mundo. Só a existência dos veículos autônomos, que são estão circulando pelo mundo, eliminarão mais de 300 mil postos de trabalho nos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo em que isto acontece, parece que os governos estão em nocaute. Inertes, não reagem às mudanças e, quando o fazem, entram em terríveis contradições. A França, por exemplo, decidiu aumentar a idade de aposentadoria de seus contribuintes de 62 para 64 anos; ao mesmo tempo, a França apresenta índices muito ruins na geração de empregos para jovens, criando os nem – nem, nem trabalham, nem estudam. Enquanto se empurram os cidadãos a trabalhar mais dois anos, não há geração de empregos para os mais novos, jogando-os no limbo dos sem perspectivas.

Oproblemaqueseapresentaparaahumanidadeé muitosério.Comapopulaçãomundialbeirandoos 8bilhões de pessoas ( 3 bilhões vivendo na pobreza), com a evolução da Inteligência Artificial e a eliminação de empregos a crise está estabelecida como a maior a ser enfrentada pela humanidade. Elon Musk, em entrevista recente advoga a necessidade de criar uma política de renda universal, em que, as pessoas atingidas pelo efeito das mudanças, recebem do Estado um valor mensal que lhes garanta a sobrevivência. Diz ele que, pelo processo de robotização na produção de bens, estes produtos ficarão muito baratos e serão de fácil aquisição. Mas, é óbvio que o problema não é só este. Voltaremos ao período reptiliano onde o ser humano se limitava

a comer, repousar e reproduzir-se? Hora de todos pensarem em soluções criativas e lembrar que filhos são uma responsabilidade para sempre!

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Uma das coisas boas que vem com a idade é você não acreditar mais em políticos e afins e em suas promessas.

Também aprendi que tomar decisões em momentos de fortes emoções têm tudo para dar errado. Por que estou me referindo a isto?

A violência contra as crianças na escola em Blumenau, como todos eventos parecidos, gera histeria na televisão e mídias sociais e aí, aparecem os especialistas; o governador prometeu ações imediatas, contratação de policiais aposentados, guarda particular e por ai afora.

Se fosse tão simples assim será que os Estados Unidos não teriam resolvido este problema com rapidez?

Gente, o problema é estrutural! Não é conjuntural. Vem da falta de perspectivas com o futuro (O maior índice de desemprego no país está nas pessoas com nível superior), na falta de atrativo de nossas escolas, na ausência de estrutura familiar e segue o baile.

Hoje, fui informado por um telejornal, que nas escolas que retomaram as aulas não existia nada de novo na segurança. Ah, importante! Veremos mais acontecimentos como este. Infelizmente!

Estou acompanhando Chapecó; parece que lá estão fazendo algo sólido, exequível é rápido.

Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

A leniência com o errado

O fato de ser o Brasil um país acostumado com a violência gera fatos como os que hoje relembramos: incêndio do Museu nacional com perda de acervo e todas as suas consequências; o desastre ambiental de Mariana com mortos e vasta degradação ambiental; a repetição do fato 3 anos após em Brumadinho com todas as mazelas que acompanhamos, incêndio no CT do Flamengo com 10 jovens mortos e 3 feridos, um com gravidade, são fatos do cotidiano dos brasileiros, que impactam, absurdamente, no primeiro momento e depois caem no esquecimento, pois são substituídos por outros fatos mais graves.

Agora vive-se, no país, a violência nas escolas. A mobilização das autoridades na busca de soluções impressiona; a qualidade das soluções propostas mais ainda. Mas, não se discute a essência do problema, ou seja, busca-se a solução mais fácil para dar uma resposta a pais preocupados. Quando se analisa o problema, a partir da realidade já vivenciada, percebe-se que os autores são pessoas desequilibradas, vítimas de “bullying” e procedem de famílias, quase sempre, desestruturadas. Nada impedirá jovens com este tipo de perfil de repetir ações tresloucadas.

A impunidade que caracteriza a legislação brasileira é outro ponto a ser ressaltado no combate a violência. As autoridades, a quem caberia tornar as penas para os crimes mais pesadas, omitem-se de seu papel de legislar, quando não usufruem dos benefícios da fragilidade da legislação. Recentemente o exemplo do ex-governador do Rio de Janeiro, condenado a mais de 400 anos de prisão e liberado de cumprir a pena pela estrutura do judiciário, diz muito a respeito da impunidade que fragiliza o país no combate a violência e estimula os marginais a praticar todo tipo de ação criminosa.

Somente no período de janeiro a abril, no Estado do Rio de Janeiro, foram mais de 2 mil tiroteios entre policiais, traficantes e milicianos. Importante lembrar que o Rio de Janeiro, a partir de decisão do STF que proibiu a ação da polícia nas comunidades durante a pandemia e que, até o momento não foi revogada, transformou-se em valhacouto de marginais de todo o Brasil, principalmente, do Norte e Nordeste.

A leniência com o errado, com a disciplina, com o respeito ao outro transforma o país em um paraíso para os marginais eserve de refúgio para bandidos internacionais que,quandopressionadosem seus países, recolhemse ao abrigo do país onde serão recebidos e poupados de extradição como aconteceu nos notórios casos de

“A impunidade que caracteriza a legislação brasileira é outro ponto a ser ressaltado no combate a violência”

Ronald Biggs (famoso pelo assalto ao trem pagador na Inglaterra) e Césare Battisti (terrorista italiano e responsável por mortes no país).

Se o Brasil é líder em mortes no trânsito, está entre os mais violentos do mundo nos crimes de assassinatos, tem altas taxas nos crimes contra a mulher, pode-se atribuir, com segurança, esta alta incidência e a sua continuidade à leniente e frágil legislação que regula as punições aos faltosos e, pior, há projetos de lei tramitando no Congresso em relação ao desencarceramento, não punição a pequenos furtos (como já acontece na Califórnia), entre outras facilidades aos criminosos. Aos senhores congressistas a palavra e ao povo cabe fazer a pressão necessária aos seus congressistas.

Confederação Brasileira de Hipismo

No domingo, 9/4, Marlon levou Harwich VDL à vitória no GP4*, a 1.55m, na Toscana Tour no Arezzo Equestrian Center, na Itália. A disputa foi válida como qualificativa para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, Campeonato Europeu 2023 e contou pontos para o ranking FEI Longines.

Dos 50 conjuntos, oito habilitaram-se ao desempate. Marlon, atual nº 7 do ranking mundial e campeão panamericano individual e por equipes em Lima 2019, levou Harwich VDL, um sela holandês de 10 anos filho de Arezzo VDL em Darco, à vitória sem faltas em 42s36. Sagrou-se vice-campeão o suíço Steve Guerdat, campeão olímpico em Londres 2012, que montando Albfuehren´s Maddox zerou em 43s92. Em 3º lugar chegou o francês François Xavier Boudant com Brazyl du Mezel, percurso limpo, 44s37.

"Venho sentindo o Harwich em grande forma. Ele saltou muito bem semana passada com duplo zero e o 3º lugar GP e, essa semana, novamente. Ele não tocou em um obstáculo desde nas duas semanas que estivemos aqui. Estou muito feliz em poder contar com o Harwich em minha cocheira e todo o suporte do VDL Stud com ele e os outros cavalos que me disponibilizam."

Cobertura completa em nosso portal

#toscanatour #longinesranking #hipismobrasil #showjumping #pic @arezzo_equestriancentre

ACONTECENDO
MARLON ZANOTELLI COM
VDL FATURA
TOP BRASILEIRO
HARWICH
GP4*, A 1.55M, NA ITÁLIA

É com pesar que recebemos a noticia da passagem do companheiro Adalberto Da Conceição Silva, nosso Mestre Zumbi Bahia.

Respeitado e aplaudido pelos seus feito, Zumbi Bahia, deixa um significativo legado na arte e na cultura afrobrasileira, em especial no Maranhão.

O Centro de Cultura Negra do Maranhão, manifesta gratidão e homenagens pela sua contribuição no Akomabu, no Abanjá e se solidariza com familiares e amigos.

"Me banho nas forças que vem do infinitivo! Atravessando as barreiras do Sol"

Esteja em paz Zumbi Bahia! Que o Orum lhe receba em festa!

Centro de Cultura Negra do Maranhão

·

LUTA MARAJOARA: Uma tradição de combate corpo-acorpo no norte do Brasil

DICINHO MARAJÓ

A Luta Marajoara é um estilo de luta livre tradicional brasileiro, que é exaltado no norte do Brasil, principalmente nas festividades dos povoados do arquipélago do Marajó. Essa luta ocorre na argila para reduzir o risco de lesões, onde o objetivo do combate é manter o adversário de costas no chão.

As origens da Luta Marajoara ainda são desconhecidas, mas existem algumas hipóteses apresentadas pelo pedagogo Márcio Vitelli, um estudioso das tradições da região marajoara. Uma das hipóteses é que a luta foi criada pela tribo Aruã, que foi extinta pelas lutas e doenças trazidas pelos primeiros colonizadores que chegaram à região. Outra hipótese é que a luta foi influenciada pelos escravos africanos que foram trazidos para a região. Uma terceira hipótese é que a Luta Marajoara foi inspirada na luta de búfalos, enquanto a quarta hipótese é que ela surgiu com os amistosos confrontos entre os vaqueiros ao final de um dia de trabalho. Hoje em dia, existem dois estilos de Luta Marajoara: a tradicional e a esportiva. A Luta Marajoara tradicional é praticada nas fazendas da região, enquanto o estilo esportivo conta com organismos que regulamentam a prática, defendem as regras e organizam campeonatos. Não existe um conjunto de regras oficialmente adotado para a Luta Marajoara, mas em geral os combates são divididos em rounds, com intervalos de descanso entre eles. Além disso, o uso de luvas é opcional.

A Luta Marajoara é uma tradição cultural única que ainda é praticada hoje em dia. Além de ser uma forma de competição, a Luta Marajoara também é uma forma de preservar a história e a cultura da região marajoara. Com o tempo, espera-se que mais informações surjam sobre as origens e a evolução da Luta Marajoara, garantindo assim que essa tradição continue viva e relevante para as gerações futuras.

Por: Dicinho Marajó (Fonte da pesquia: Site Cacec Brasil)

Video:Rede Social da PM de Sooure

Edição: Dicinho Marajó

Watch | Facebook

Luta marajoara – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Luta Marajoara ou Agarrada Marajoara é um tipo de combate corpo-a-corpo semelhante ao wrestling (Luta livre olímpica e Luta greco-romana) e considerado um estilo de wrestling tradicional., praticado no norte do Brasil, principalmente nas festividades dos povoados do arquipélago do Marajó, no estado do Pará, município de Cachoeira do Ararí,[1] onde o objetivo do combate é projetar o corpo do oponente de costas ao chão e domina-lo.[2]

Estudos[3] recentes refletem a Luta Marajoara e destacam a referência social de sua prática, reconhecendo-a como luta historicamente constituída, desenvolvida por populações locais marajoaras e transmitida de geração em geração por meio de eventos e fomentadores que encontraram na difusão da luta uma oportunidade para apresentá-la ao território nacional. Conforme ressaltam tais estudos, ainda que não existam achados científicos para o surgimento da Luta Marajoara, é possível que sua origem tenha se dado a partir da criação e recriação de elementos socioculturais por negros africanos e índios e o entrelaçamento de suas experiências e saberes ocorridos na região marajoara. Difundida de geração em geração durante a história dessa região, expressa tradição e presença até os tempos atuais no arquipélago do Marajó.

Dário Pedrosa, profissional de educação física e árbitro de Luta Marajoara define esta arte marcial como sendo a única modalidade de combate corporal legitimamente brasileira. Oriunda das práticas de lazer dos caboclos da região do Arari, na ilha do Marajó, esta arte reúne características próximas a outras artes marciais como a Grego Romana, por exemplo.

A Luta Marajoara foi praticada originalmente na Ilha do Marajó, região Norte do Brasil. Disputada entre dois atletas, por vez, não permitindo nenhum tipo de ato contundente com os membros (socos, chutes,.etc), nem estrangulamentos, como chaves ou traços. Na sua essência a Luta Marajoara é, das artes marciais, a menos

violenta, motivo pelo qual reúne condições de interagir com todos as faixas etárias, pois é verdadeiramente uma luta suave, onde os oponentes buscam, tão somente, o desequilíbrio e a projeção um do outro.

Nos últimos anos o campo educacional tem se mostrado interessado em discutir a Luta Marajoara como uma área de estudo. Na Educação Física dois artigos se destacam. O primeiro busca discutir memória e esquecimento sobre o trato com o conhecimento da Luta Marajoara no contexto das aulas de Educação Física no município de Soure. O segundo procura entender o lugar da Luta Marajoara no currículo de licenciatura em Educação Física de uma Instituição de Ensino Superior (IES) pública da região norte do Brasil

O ex-campeão dos moscas do UFC Deiveson Figueiredo começou praticando luta marajoara desde criança.[4]

Origem

Há uma indefinição quanto a origem real desta arte marcial. Alguns escritores já citaram as práticas do povo indígena Aruás e a influencia dos escravos africanos na sua criação.[5] Outras teses, com maior poder de coerência e proximidade com o que é praticado nos combates atuais, a influência das brigas entre búfalos observadas e reproduzidos por caboclos,[6] a exemplo do que fizeram os orientais criando estilos de luta baseadas nos movimentos de ataques e defesas de animais (como a serpente, o leopardo, etc). ou amistosos confrontos feito por vaqueiros, em atividades de lazer para aquecimento do corpo ao final do dia. Passando a ser tradição na festividade do Glorioso São Sebastião, de Cachoeira do Arari [7][8]

As duas teses se fundem numa única dentro do contexto do lúdico, quando a prática ainda era chamada pelos nomes de: agarrada, cabeçada, lambuzada ou derrubada. Nomes registrados ainda hoje nos municípios de Cachoeira do Arari e Santa Cruz do Arari, possíveis áreas onde a arte foi iniciada, sendo remanescente em Salvaterra, Chaves e principalmente Soure, que devido a grande incidência de propriedades pecuaristas, predominou a cultura da criação de búfalos, animal que pode ter influenciado na criação da luta.

Se levarmos em consideração que a chegada dos búfalos no Brasil deu-se através da ilha do Marajó, na ultima década do século XVIII, numa ação do pecuarista Vicente Chermont de Miranda, então poderemos dizer que esta luta pode ter seu surgimento referendado também por este episódio, em datas próximas.

A referência histórica para o século XVIII é corroborada por estudos[3][9] realizados sobre a Luta Marajoara, os quais, partindo da análise de Vicente Salles em sua obra O negro na formação da sociedade paraense: textos reunidos, de 2004 , destaca que entre os séculos XVIII e XIX no Pará, a visualização de sua prática por negros, vaqueiros e mulatos nos campos marajoaras coincidiu com os eventos do movimento da Cabanagem ocorridos no estado.

É em Cachoeira do Arari durante a procissão dos mastros pelas ruas da cidade, na Festividades do Glorioso São Sebastião, os devotos banham-se e praticam a luta marajoara na lama das primeiras chuvas do ano, durante o inverno marajoara no mês de Janeiro.[8][10][7] A festividade, que funde o profano com o religioso, ocorre sempre de 10 a 20 de janeiro, com a chegada das chuvas, o ano que poderá ser de fartura, caso chova muito ou de dificuldades caso chova pouco ou não chova.

Com a chuva forma-se grande quantidade de lama pelas ruas da cidade e é la que a lambuzada se faz presente. Eles sujam-se, uns aos outros, na lama considerada abençoada. E quem não se lambuza não terá a proteção do santo chamado pelos devotos apenas como “Bastião”.

Somente na metade da década de 90 esta prática começou a receber uma nova denominação, agora sim, como Luta marajoara, devido a iniciativa de órgãos públicos que passaram a promover torneios com lutadores devidamente preparados e com premiação de destaque para aquele que seria considerado campeão. Saindo então ai, o elemento lúdico e entrando a prática desportiva de rendimento, com a necessidade de regras mais especificas e rígidas que permitissem a ação de arbitragem para mediar os combates.

Em Salvaterra, Soure e Cachoeira do Arari, as Prefeituras Municipais buscaram incentivar esta prática com disputas motivadas por premiações. A imprensa passou, então, a demonstrar interesse no seu registro. Tanto que, na festa do aniversário de Salvaterra, pelos seus 36 anos, em 1998, ocorreu a primeira filmagem da luta por uma equipe de jornalismo televisiva. A TV Record de televisão, trazida ao município para registrar as atividades da festa, veiculou a matéria em rede nacional.

Depois o Governo do Estado do Pará veio ao Marajó promover os Primeiros Jogos de Identidade Cultural, nas areias da Praia do Pesqueiro, em Soure. E a Luta Marajoara teve então oficializada esta denominação e definidas regras de disputas, em comum acordo com os lutadores e os preparadores físicos, além dos estudiosos no assunto que participaram do evento. Destaque para os pesquisadores e árbitros Leandro Gavinho, João de Deus e Dário Pedrosa.

Tipos

Existem dois tipos de luta marajoara, a tradicional e a esportiva. A tradicional é praticada nas fazendas da região em solo com areia, argila ou grama (para evitar grandes lesões), e a esportiva nos eventos organizados pelo Governo Municipal e conta com apoio de organizações que regulamentam a prática, definem as regras e organizam campeonatos. Até o momento a Luta Marajoara não tem graduação e também não foi estilizada.

Regras

O ambiente comum para que ocorram as disputas, deve ter solo com areia, argila ou grama, pois a regra básica do combate é derrubar o oponente no chão e encostar suas costas o suficiente para que seja considerado dominado. O sinal escolhido pelos caboclos e mantido pelos desportistas. Para definir o combate, observa-se os detritos do solo, seja argila ou grama, nas costas do lutador.

Alguns torneios convencionam regras para as disputas o que acaba por permitir práticas com normativas diferenciadas de um município ou evento para outro. Porém, o mais comum é:

1. Mínimo duas categorias de lutadores com base no peso, até 80 kg e superior a 80 kg; além dos gêneros, onde o lutador tem oponente do mesmo sexo; e o respeito a faixa etária, discriminando o Amador (até 35 anos) e o Master (acima de 35 anos);

2. O “pé casado” deverá ser a posição inicial de luta e servirá também para reinicio de combate em caso de intervenção da arbitragem;

3. Um circulo com raio de pelo menos dois metros deve ser desenhado no chão para servir de área de combate, não podendo os lutadores saírem desta área.

4. Proibido o uso de óleos ou qualquer tipo de adereço sólido no corpo, muito menos unhas destacadas.

5. Proibido o uso de atos contundentes com qualquer parte dos membros: socos, chutes e tapas. E estrangulamentos, como chaves de braços ou pernas.[11]

6. A luta deverá desenvolver predominantemente em pé, buscando sempre a projeção através de agarradas, empurradas e puxadas, desequilibrando o adversário rumo ao solo. Nos casos em que ocorrerem a derrubada sem que a costa seja posta em contato suficiente com o solo para a finalização do combate, deverá o árbitro permitir a luta de chão somente o tempo suficiente para que o esforço na finalização seja concluído. A falta de progresso na disputa pela finalização dará ao árbitro a condição de intervenção, solicitando os dois lutadores para que voltem a posição de “pé casado” em pé, reiniciando a disputa.

7. A equipe de arbitragem deverá ser composta por até três técnicos conhecedores das regras. Sendo dois árbitros auxiliares que permanecem do lado de fora do circulo observando toda a movimentação, para indicar ações irregulares ou auxiliar na decisão final, caso a luta não seja finalizada no tempo comum. O arbitro principal é o responsável pela integridade física e moral dos atletas e pela aplicação correta das regras, permanecendo para isso dentro do circulo de combate. Cabe somente a ele a responsabilidade de iniciar, interromper ou encerrar o combate.

8. A luta ocorrerá em round único, com tempo de até cinco minutos. Caso a luta não seja definida neste tempo (empate), os árbitros votam para desempatar; podendo ser dada uma prorrogação de até três minutos.

Em síntese, o desenvolvimento da Luta Marajoara se baseia em princípios[9] que condicionam a prática de todas as lutas, de um modo geral.

a) O contato proposital, que na Luta Marajoara se dá por meio da agarrada;

b) A fusão ataque e defesa, sendo o ataque a ação de desequilíbrio do adversário de modo a projetá-lo ao chão de costas, e a defesa, a ação de impedimento da agarrada;

c) A imprevisibilidade, caracterizada pela inesperada ação de movimentos do adversário e a qual, na Luta Marajoara, se expressa na ação de agarrada advinda do oponente;

d) Oponente/alvo, a condição real acerca do lutador adversário na Luta Marajoara, com o objetivo de dominá-lo e projetá-lo ao chão de costas, sujando-as.

e) Regras, as quais na Luta Marajoara são caracterizadas pela derrubada do oponente de costas ao chão a partir do início em “pé casado”, espécie de rito que demarca a posição inicial na luta e seu reinício.

Golpes[12]

Movimentos de Ataque

Cabeçada: similar ao Double leg, o lutador agarrara as pernas do adversário e empurrara o abdome projetando-o no chão.

Calçada: É similar a uma rasteira feita na perna da frente do adversário.

Movimentos de Defesa

Espalhada: Estica-se as pernas a fim de pesar o peito sobre o adversário, sendo similar ao spraw do wrestling.

Golpes Proibidos

Alguns golpes são considerados perigosos de serem aplicados em combate, teriam sido criados pelos caboclos nos primórdios. Este golpes já teriam sido registrados como letais e levado a morte alguns praticantes, basicamente por fratura de cervical, são eles: Boi Laranjeira, Fincada e Recolhida.

A Luta nas Artes Marciais Mistas

Dois marajoaras conseguiram projeção internacional, graças a suas entradas na prática das artes marciais através da Luta Marajoara. São eles, os irmãos Alcântara, Yuri e Ildemar Marajó.[13] Integrantes atualmente do card de lutadores do Ultimate Fighting Championship, o maior evento de MMA do mundo. Os dois iniciaram suas atividades com as artes marciais, quando ainda moravam na Fazenda Tapera, em Soure, uma das mais tradicionais fazendas da região. O pai era feitor da fazenda e a mãe desenvolvia atividade como professora. Os meninos eram levados pelo pai a se envolverem nas disputas de luta marajoara com outros meninos da comunidade, e contam os dois que quando perdiam recebiam castigo do pai. Isso fez eles se aplicarem cada vez mais. Cresceram com esta determinação e tornaram-se os melhores praticantes, consagrando-se vitoriosos em vários torneios da região. Passaram depois a praticar outras artes marciais buscando aperfeiçoar suas técnicas até chegarem ao MMA.

Mais recentemente, Deiveson Figueiredo, praticante de longa data da disciplina, conquistou o cinturão dos moscas do UFC. Creditando a sua experiência com a luta marajoara como um dos fatores que lhe auxiliaram no sucesso no MMA.[4]

Reconhecimento da Luta Marajoara em espaços educacionais

Dada sua importância histórica e cultural, aliada a caracterização da Luta Marajoara como prática corporal brasileira por documentos curriculares, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a referida luta figura como conteúdo cultural a ser desenvolvido em escolas do país. Em virtude disso, o reconhecimento de seu saber, especialmente na Educação Física escolar[9], precisa ser alçado a um posto de relevância para que atividades pedagógicas com a luta possam ser realizadas e, consequentemente, sua prática possa ser reconhecida nos mais variados espaços sociais.

A formação de professores, nesse sentido, ganha um papel de destaque, pois compreende espaço de formação profissional de futuros docentes que tratarão conteúdos relevantes para a sociedade, como a própria Luta Marajoara na Educação Física. No entanto, o que se observa é a ausência[3] de socialização de seu saber nos currículos de formação, fato que pode resultar na própria ausência da Luta Marajoara nas escolas. Para isso, o reconhecimento do saber desta luta no currículo da formação de professores de Educação Física de universidades da região paraense e demais regiões é necessário, de modo que, de fato, a Luta Marajoara possa ter sua tradição reafirmada nos tempos contemporâneos e sua prática presente em diferentes espaços educacionais.

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

Academia Ludovicense de Letras

Academia Poética Brasileira

Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão Centro Esportivo Virtual

Professor de História, do Ensino Médio, me liga perguntando se tenho alguma referência sobre a importância da capoeira na educação...

Depende de que ponto de vista!!! Ou de qual objetivo!!! Capoeira é Educação!!! Primeiro, faz parte do conteúdo curricular Educação Física, dentro do componente “Lutas”; preferível ensinar uma luta brasileira, dentre as possibilidades de ensino dessa matéria.

Segundo, pode ser ensinada ainda, dentro do componente curricular “Artes”, pois na concepção moderna, a Capoeira pode – e está – sendo caracterizada como ‘dança’, em especial após a sua mundialização: diversas academias de dança ao redor do mundo a têm como forma de dança moderna, contemporânea, com características próprias, com uma coreografia ‘livre’.

Terceiro, pode ser caracterizada como ‘Folclore”, devido à essas mesmas características, e, em especial, de sua origem e desenvolvimento.

Quarto, a Capoeira tem uma História, ligada à diáspora forçada de “africanos” para o Brasil, durante o período colonial, indo até ao Império, as leis proibindo o tráfico negreiro, e estendendo-se até a República, quando vem a se constituir em elemento formador do povo brasileiro. A constituição da Nação passa pela introdução do ‘negro’. Em tempos de “politicamente correto”, passa pela hifenização da cultura...

Quinto: dependendo do local onde está sendo desenvolvida, serve como ‘controle social’, afastando os jovens do mundo das drogas. Há uma ética, que deve ser respeitada pelo praticante da Capoeira!!! Respeito aos Mestres, Professores, e condução de vida regrada.

Sexto , a Capoeira vem se constituindo em uma Filosofia de Vida, para a maioria de seus praticantes. Ao se estudar a História de Vida dos Mestres Capoeiras, verifica-se que foi o caminho que seguiram – e tiveram a oportunidade – de uma vida melhor, fora do mundo do crime, e dentro de uma comunidade, hoje, aceita mundialmente.

Se a Capoeira tem importância para a Educação? Certamente que tem... especialmente nesses dias tão conturbados...

IMPORTÂNCIA
CAPOEIRA
A
DA
NA EDUCAÇÃO
JORNAL PEQUENO – 09/10 ABRIL 2023

“QUINZE”, AS MIGRAÇÕES NORDESTINAS, O FUTEBOL: ALGUMAS ILAÇÕES

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ ACADEMIA LUDOVICENSE DE LETRAS ACADEMIA POÉTICA BRASILEIRA INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO

O que teriam – o romance “O Quinze”, o primeiro livro da escritora Rachel de Queiroz, publicado em 1930, emquenarraasecahistóricade1915peloolhardeumaprofessoraquemoraemFortaleza,eofutebolnascente no Maranhão?

Vaz e Vaz (inédito) , ao recuperarem a memória da família de Antonio de Brito Lira

o Antonio Paraibano

verificou-se que começaram um périplo por vários estados brasileiros, fugindo dessa seca, que assolou o Nordeste,incluindo, claro,oseuestadonatal:Pernambuco.FogemparaoCeará,embuscadeauxíliodealguns familiares, passando por Juazeiro do Norte; daí, seguem para a Paraíba, e para o Maranhão. Logo após a Guerra do Juazeiro - conflito popular ocorrido em 1914 durante a República Velha (1889-1930) na cidade de Juazeiro do Norte, no sertão do Cariri, Ceará. Sabe-se que, após perderem quase tudo, apostando na loteria de Padre Cícero, e a conselho deste, vêm para o Maranhão. Por volta de 1917, estão trabalhando, alguns na Mercearia dos Neves, como balconistas, outros, vão para o Engenho Central. O certo, que nesse período, passam por São Luis, como tantos outros migrantes, fugindo das secas...

Em 1915, o futebol – introduzido oficialmente em 1907, mas praticado desde 1905 – está em crise. Nesse, há uma tentativa de reabilitação por parte de jovens estudantes, alunos do Liceu Maranhense, dos Maristas e do Instituto Maranhense. São criados vários clubes, como o Brasil Futebol Clube, São Luís Futebol Clube, Maranhão Esporte Clube (1916), Aliança Futebol Clube, e Gentil Silva fundada um novo clube, o Guarani Esporte Clube.

Em 1915 tivemos outro “primeiro campeonato maranhense’ organizado em função de movimento em prol dos flagelados dos estados vizinhos - Ceará e Piauí – tendo se reunidos na Cervejaria Maranhense, localizada na Praça João Lisboa os idealizadores do “Campeonato Maranhense de Foot-ball”, que pretendiam realizar (O JORNAL, 14 de agosto de 1915). Nessa reunião ficou resolvido que

"... na impossibilidade de fundação do Clube, se organizem dois 'team' denominados Franco Alemão - que terá de se bater em benefício dos flagelados da seca.

"Ficam assim compostos os team

"Presidente: Carlos Alberto Moreira

"Thesoureiro: Affonso Guillon Nunes

"Secretário: Hugo Burnett

"TEAM FRANCEZ

"Forwards - Gastão Vieira; Trajano Lebre, Carlos Moreira, Hugo Burnett, Manoel Borges, Antonio Ferreira;

"Half-backs - Carlos Leite; Antonio Cunha;

"Backs - Affonso Guillon Nunes; João Torres, dr.;

"Goal-keeper - Antonio Carvalho Branco

"Captain - Carlos Moreira

"TEAM ALLEMÃO

"Forwards - Nestor Madureira; Gentil Silva, José Souza; José Cantanhede; Maralteno Travassos;

"Half-backs - João Guedes; Antonio Paiva;

"Backs - Julio Gallas; Raul Andrade

"Goal-keeper - Albino Faria

A movimentação esportiva nesse final de 1915 estava bem intensa. O Brazil Foot-ball Club convocava seus sócios para a partida de final de temporada (O JORNAL, 12 DE DEZEMBRO DE 1915). Haveria outro jogo entre o "team" Allemão, do Internacional e os jogadores da Escola de Aprendizes Marinheiros.

O

Eram convocados, pelo time Alemão, Branco, Fereth, Guillon, Albino, Paiva, Guedes, Trajano, Leite, Travassos, Madureira e Cunha. (O JORNAL, 13 de novembro de 1915). O Barrozo Foot-ball Club desafiara o "team" infantil dos Aprendizes, com o jogo terminando em 2 x 1 , para o Barrozo (O JORNAL, 22 de novembro de 1915). É anunciado um jogo do Internacional no campo da fabril (O JORNAL, 18 de novembro de 1915).

Em 1916 é fundada a Liga Sportiva Maranhense (LSM), que não sobrevive. De acordo com MARTINS (1989), em meados de 1916, já era regular o número de clubes:

- BANGU FOOT-BALL CLUBE;

- FLUMINENSE FOOT-BALL CLUB;

- PAYSANDU FOOT-BALL CLUB;

- ATENIENSE FOOT- CLUBE;

- ONZE MARANHENSE F. CLUBE;

- MARANHÃO ESPORTE CLUBE;

- FOOT-BALL ATHLETIC CLUB;

- BARROSO F. CLUBE;

- CABRAL F. CLUBE;

- IPIRANGA F. CLUBE;

- GUARANI ESPORTE CLUBE;

- SÃO PAULO F. CLUBE e outras associações menores (p. 344).

CARLOS NETO E JOSÉ MANUEL CONSTANTINO

Não sei se ainda iremos a tempo de, um dia, compreender como é possível combater o sedentarismo das crianças e dos jovens e, simultaneamente, ser adepto e promover os jogos eletrónicos que são, em parte, um dos motivos mais marcantes do próprio sedentarismo infantojuvenil.

Torna-se difícil aceitar o número de horas que crianças e jovens passam sentadas e capturadas frente aos écrans, com um bombardeamento sensorial e percetivo intenso (narrativas simbólicas poderosas e artificiais) e sem oportunidades de fazerem outras experiências lúdicas, motoras e desportivas, em contextos naturais e construídos.

Não sei se ainda vamos a tempo de, um dia, compreender como é possível defender o valor educativo da prática do jogo e do desporto e a sua importância na promoção de uma vida ativa e saudável e, ao mesmo tempo, promover os jogos eletrónicos.

Mas não precisamos de viver muito mais tempo para perceber que os jogos eletrónicos são um dos setores comercialmente mais lucrativos da indústria do entretenimento, ultrapassando o cinema, a televisão, a música. E são também o tipo de aplicação de telemóvel mais popular e lucrativa. Não é por isso de estranhar que todo o seu poder financeiro mova interesses políticos que pressionem as autoridades desportivas a aceitarem pacificamente, e, em alguns casos acriticamente, a sua integração no universo das práticas desportivas.

Esta situação não se pode imputar apenas aos efeitos do tempo e das mudanças sociais ocorridas. Ela decorre também de uma deserção do campo doutrinário de quem deveria salvaguardar os conceitos e os respetivos usos ao permitir que o conceito de jogo e de desporto se tenha transformado num território ilimitado. O certo é que esta erosão do conceito de jogo e de desporto, ao adquirir uma carga semântica muito mais ampla do que aquela que originariamente o marcava, tem consequências que, em muito, se projetam para além de uma simples disputa ou imprecisão terminológicas circunscritas a círculos restritos.

O debate contemporâneo, tal como se processa e é percebido pela opinião pública, e em torno do qual se legitimam tomadas de decisão em políticas públicas e associativas, está contaminado pelas lógicas consumistas e mercantilistas que animam e controlam esta nova área de negócio.

Não estamos sós. Mas são poucos os que concordam connosco. Temos, por isso, poucas esperanças que este seja um assunto reversível. São poucos aqueles que parecem interessados em saber quais as consequências do uso compulsivo deste tipo de dispositivos e eventuais comportamentos aditivos que estimula e se isso é compatível com uma narrativa que o jogo infantil e o desporto sempre invocou de ser um elemento formativo ao serviço do desenvolvimento humano.

A desesperança não nos resigna. Aprendemos a invocar o valor educativo do jogo e do desporto, a sua dimensão cultural e a sua importância na saúde pública. E não desistimos. E, por ela, nos bateremos. Enquanto pudermos.

A CAMINHO DE UM OUTRO DESPORTO
Carlos Neto é Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Motricidade Humana José Manuel Constantino é Presidente do Comité Olímpico de Portugal

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

Academia Ludovicense de Letras

Academia Poética Brasileira

Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

Centro Esportivo Virtual

Mestre em Ciência da Informação

“A ditadura científica eu penso que será parecida em muitas partes do mundo, será provavelmente a mais próxima do padrão de Admirável Mundo Novo”. "Admirável Mundo Novo" ( 1932) de Aldous Huxley

Um bate-papo

ChatGPT: Peço desculpas se houve alguma confusão, mas como uma inteligência artificial, não sou capaz de ter conversas com pessoas, nem cometer erros ou gerar informações falsas. Meu objetivo é fornecer informações precisas e úteis, com base no que foi publicado e comprovado na literatura científica e em outras fontes confiáveis. É possível que alguém tenha utilizado o meu nome ou o nome de uma versão anterior de minha programação em uma conversa, mas eu não posso confirmar ou negar essa afirmação, pois não tenho acesso a informações fora do meu sistema. Qualquer informação que eu forneça é baseada em princípios éticos e de integridade, e estou sempre disponível para ajudar a esclarecer qualquer dúvida ou fornecer informações adicionais, dentro dos limites do meu conhecimento e programação.

A “conversa” acima foi trocada entre uma máquina e um ser humano. Trata-se de um “chatbot”, um programa de computador que tenta simular um ser humano na conversação com as pessoas. O objetivo é responder as perguntas de tal forma que as pessoas tenham a impressão de estar conversando com outra pessoa e não com um programa de computador. Trata-se de é um modelo de linguagem ajustado com técnicas de aprendizado supervisionado e por reforço. No caso, foi utilizado o aplicativo “ChatGPT”, que significa “transformador pré-treinado gerador de conversas”, é um protótipo de um chatbot com inteligência artificial desenvolvido pela OpenAI e especializado em diálogo.

Outros dois conceitos merecem menção aqui: “machine learning” , ou aprendizado de máquina, através do qual os algoritmos conseguem ir melhorando seu funcionamento por meio da experiência, ou dos exemplos que passa a coletar em bancos de dados. Um aplicativo como o Waze, por exemplo, usa informações sobre o trânsito e é capaz de indicar os melhores percursos para os motoristas a partir das experiências e dos exemplos verificados pelos algoritmos. Já o “deep learning” também ajuda a Inteligência artificial a funcionar. É um braço mais aprofundado do machine learning: seus algoritmos conseguem aprender processos mais complexos, como detecção de fala, de objetos e reconhecimento facial. Ou seja, os algoritmos estão sendo trabalhados de forma cada vez mais complexa e aprofundada para permitir que a inteligência artificial ofereça soluções para problemas cada vez mais complexos.

Algoritmos são um conjunto de regras, ou instruções lógicas, que um programa de computador (um software) utiliza para realizar uma tarefa. E esses algoritmos podem ser ensinados (pelos humanos, a princípio), de formas diferentes. Esse aprendizado pode se dar pelo método supervisionado, não supervisionado e por reforço. A inteligência artificial usa os algoritmos para aprender a solucionar um problema em questão. A Inteligência Artificial, que você vai ver por aí sendo citada apenas como IA (ou AI, de artificial intelligence), é um avanço tecnológico que permite que sistemas simulem uma inteligência similar à humana indo além da programação de ordens específicas para tomar decisões de forma autônoma, baseadas em padrões de enormes bancos de dados. fórmula: big data + computação em nuvem + bons modelos de dados.

“AS WE MAY THINK”

Para uma classificação técnica da inteligência artificial, devemos nos concentrar em três: Inteligência artificial estreita (ANI): representa toda a IA existente, em que só pode realizar uma tarefa específica; Inteligência geral artificial (AGI): se refere à capacidade da inteligência artificial geral aprender, perceber, compreender e funcionar completamente da mesma forma que um ser humano; Superinteligência artificial (ASI): pode replicar a inteligência multifacetada dos seres humanos, possui uma memória maior, analisa dados rapidamente e possui capacidades de tomada de decisão. Em relação à sua capacidade, isso está relacionado ao nível de inteligência da IA, ou seja, a sua habilidade em executar funções semelhantes às humanas. E essas habilidades são divididas em quatro: Máquinas reativas: são as formas mais antigas de inteligência artificial, que não possuem funcionalidade baseada em memória; Memória limitada: conseguem aprender com base em dados históricos; Teoria da mente: esse é o próximo nível de sistemas de IA que encontra-se em andamento; “Autoconsciente”: a IA autoconsciente é uma formulação hipotética, que conseguirá compreender e evocar emoções, necessidades, crenças e, potencialmente, desejos próprios.

Para quem estuda a área das TICs, não é “novidade”, mas a evolução lógica da “Era da Informação e do Conhecimento” que vivemos nos mostra um mundo novo, na qual o trabalho humano é feito pelas máquinas, cabendo ao homem a tarefa à qual é insubstituível: ser criativo, ter boas ideias.

Há algumas décadas, a era da informação vem sendo superada pela onda do conhecimento, já que o aumento de informação disponibilizada pelos meios informatizados vem crescendo bastante, a questão agora está centrada em como gerir esse mundo de informações e retirar dele o subsídio para a tomada de decisão.

As “novas” formas de comunicação já foram definidas na ficção científica. Aldous Huxley , em seu livro "Admirável Mundo Novo" ( 1932) já descrevia uma sociedade extremamente científica, onde as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente a viverem em harmonia com as leis e regras sociais da sociedade, essa sociedade não possui ética religiosa e valores morais.

Isaac Asimov, um prolífico escritor não apenas de ficção científica mas também de obras científicas, publicando ao todo mais de 500 livros e contos ao longo dos seus 52 anos de carreira; entre eles incluindo-se "Eu, Robô" e "Manual de Robótica, 56 Edição, 2058 d.C." .

O título da coletânea veio do conto "I, Robot" (1939), de Eando Binder (pseudónimo de Earl (1904

1965) e Otto Binder (1911-1974). Asimov queria que o título fosse Mind and Iron, e inicialmente se opôs quando a editora usou o mesmo nome do conto. Isaac Asimov foi fortemente influenciada pelo conto.

É de Asimov as Leis da Robótica:

Um robô não pode ferir um humano ou permitir que um humano sofra algum mal. Os robôs devem obedecer às ordens dos humanos, exceto nos casos em que essas ordens entrem em conflito com a primeira lei. Um robô deve proteger sua própria existência, desde que não entre em conflito com as leis anteriores.

Essas Três Leis da Robótica são, na verdade, três regras e/ou princípios idealizados por Isaac Asimov a fim de permitir o controle e limitar os comportamentos dos robôs que este trazia à existência em seus livros de ficção científica. Mais tarde Asimov acrescentou a “Lei Zero”, acima de todas as outras: um robô não pode causar mal à humanidade ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal.

O ensaio As We May Think de Vannevar Bush, primeiro publicado em The Atlantic Monthly em julho de 1945, argumentava que enquanto os humanos iriam virando as costas para a guerra, esforços científicos deveriam variar do aumento de habilidades físicas para fazer todo o conhecimento humano previamente coletado mais acessível. O artigo foi uma versão retrabalhada e expandida do seu "Mechanization and the Record" de 1939. O sistema, o qual ele chamou de memex, foi descrito como baseado no que se pensava, na época, seria a onda do futuro: rolos de microfilmes de resolução ultra-alta, junto com múltiplos visualizadores de telas e câmeras, através de controles eletromecânicos. O artigo de "The Atlantic Monthly" foi seguido, em novembro de 1945, por um artigo da revista "Time" que mostrava ilustrações da proposta área de trabalho e máquinadeescreverautomáticadomemex.Seuartigodescrevealgoemmuitasmaneirassemelhantesà World Wide Web

A internet traz uma extensa gama de recursos de informação e serviços, tais como os documentos interrelacionadosde hipertextos da WorldWide Web (WWW), redes ponto-a-ponto (peer-to-peer) einfraestrutura de apoio a correio eletrônico (e-mails). As origens da internet remontam a uma pesquisa encomendada pelo

governo dos Estados Unidos na década de 1960 para construir uma forma de comunicação robusta e sem falhas através de redes de computadores. Embora este trabalho, juntamente com projetos no Reino Unido e na França, tenha levado à criação de redes precursoras importantes, ele não criou a internet.

A Internet é um sistema global de redes de computadores interligadas que utilizam um conjunto próprio de protocolos (Internet Protocol Suite ou TCP/IP) com o propósito de servir progressivamente usuários no mundo inteiro. É uma rede de várias outras redes, que consiste de milhões de empresas privadas, públicas, acadêmicas e de governo, com alcance local e global e que está ligada por uma ampla variedade de tecnologias de rede eletrônica, sem fio e ópticas.

A ciência da informação é um campo interdisciplinar principalmente preocupado com a análise, coleta, classificação, manipulação, armazenamento, recuperação e disseminação da informação. Ou seja, esta ciência estuda a informação desde a sua gênese até o processo de transformação de dados em conhecimento.

A Ciência da Informação pode ser definida, segundo Oliveira, como “o estudo dos fenômenos ligados à produção, organização, difusão e utilização de informações em todos os campos do saber”. Sua origem está relacionada, brevemente citando, à biblioteconomia, à bibliografia e à documentação.

Já a Ciência da Comunicação “tem como objeto central a informação, transmitida por um comunicador a um receptor, utilizando um canal e um sistema de códigos específicos e posteriormente recuperados para a transmissão de novas informações”. Ela pode ser dividida em três vertentes, o jornalismo, a publicidade e o cinema.

A tecnologia da informação (TI) tem um papel significativo na criação desse ambiente colaborativo e, posteriormente, numa gestãodoconhecimento. Entanto, éimportanteressaltarquea tecnologia da informação desempenha seu papel apenas promovendo a infraestrutura, pois o trabalho colaborativo e a gestão do conhecimento envolvem também aspetos humanos, culturais e de gestão. Os avanços da tecnologia da informação têm contribuído para projetar a civilização em direção a uma sociedade do conhecimento. A análise da evolução da tecnologia da informação, de acordo com Silva (2003), é:

"Por 50 anos, a TIC tem se concentrado em dados coleta, armazenamento, transmissão, apresentação e focado apenas o T da TI. As novas revoluções da informação focalizam o I,aoquestionarosignificadoeafinalidadedainformação.Isso estáconduzindorapidamente a redefinição das tarefas a serem executadas com o auxílio da informação, e com ela, a redefinição das instituições que as executam".

Tecnologias da informação e comunicação (TICs) é uma expressão que se refere ao papel da comunicação (seja por fios, cabos, ou sem fio) na moderna tecnologia da informação. Entende-se que TICs são todos os meios técnicos usados para tratar a informação e auxiliar na comunicação, o que inclui o hardware de computadores, rede e telemóveis. Em outras palavras, TICs consistem em TI, bem como quaisquer formas de transmissão de informações[1] e correspondem a todas as tecnologias que interferem e medeiam os processos informacionais e comunicativos dos seres. Ainda, podem ser entendidas como um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam, por meio das funções hardware, software e telecomunicações, a automação, comunicação e facilitação dos processos de negócios, da pesquisa científica, de ensino e aprendizagem, entre outras.

Uma observação, feita por Lévy (1999):

A maior parte dos programas computacionais desempenha um papel de tecnologia intelectual, ou seja, eles reorganizam, de uma forma ou de outra, a visão de mundo de seus usuários e modificam seus reflexos mentais. As redes informáticas modificam circuitos de comunicação e de decisão nas organizações. Na medida em que a informatização avança, certas funções são eliminadas, novas habilidades aparecem, a ecologia cognitiva se transforma. O que equivale a dizer que engenheiros do conhecimento e promotores da evolução sociotécnica das organizações serão tão necessários quanto especialistas em máquinas (LÉVI, 1999, p. 36).

Metaverso é o termo que indica um tipo de mundo virtual que tenta replicar/simular a realidade através de dispositivos digitais. É um espaço coletivo e virtual compartilhado, constituído pela soma de "realidade virtual", "realidade aumentada" e, "Internet".

Para visualizar o conceito, pense no filme Matrix, dirigido por Lilly e Lana Wachowski. No longa, as pessoas vivem em uma realidade virtual arquitetada por uma inteligência artificial assassina que usa seus corpos para produzir energia. O metaverso é mais ou menos por aí, mas sem as máquinas vilãs – pelo menos por ora.

Apesardeterviradopoprecentemente,otermometaversoéantigo. Ele foi cunhado pelo escritor Neal Stephenson em seu livro de ficção científica “Snow Crash”, publicado em 1992. A obra conta a história de “HiroProtagonist”,personagem quena“vidareal” éum entregadordepizza, masnomundo virtual – chamado na história de metaverso – é um samurai. Em 2011, o escritor Ernest Cline também tratou do tema em seu romancefuturista“Ready PlayerOne”(JogadorNúmero1 noBrasil)”,queem 2018ganhou astelas docinema pelas mãos de Steven Spielberg. Na obra, os personagens vivem em um mundo distópico e, para fugir da realidade, costumam passar horas e horas no OASIS, um simulador virtual que dá a eles a possibilidade de serem o que bem entenderem. Alguns projetos tentaram criar algo semelhante a um metaverso. Um dos principais exemplos é o jogo Second Life, lançado em 2003 pela empresa Liden Lab, baseada nos Estados Unidos. O game é um ambiente virtual 3D que simula a vida real. Ao entrar, os usuários podem criar avatares e socializar uns com os outros.

Realidade virtual é uma tecnologia de interface entre um usuário e um sistema operacional através de recursos gráficos 3D ou imagens 360º cujo objetivo é criar a sensação de presença em um ambiente criado por técnicas computacionais diferentedoreal (ambientevirtual3D).Paraisso,essainteraçãoérealizadaem tempo real, com o uso de técnicas e de equipamentos computacionais que ajudem na ampliação do sentimento de presença do usuário no ambiente virtual. Esta sensação de presença é usualmente referida como imersão. A realidade virtual (VR) é o uso de alta tecnologia para convencer o usuário de que ele se encontra em outra realidade, provocando o seu envolvimento por completo. Além da compreensão da VR como simulação da realidade através da tecnologia, a VR também se estende a uma apreensão de um universo não real, um universo de ícones e símbolos, mas permeando em um processo de significação o espectador desse falso universo o fornece créditos de um universo real. Em suma, uma realidade ficcional, contudo através de relações intelectuais, a compreendemos como sendo muito próxima do universo real que conhecemos.

A realidade aumentada (RA ou AR, na sigla em inglês) é a integração de elementos virtuais em cenas do mundo real, em geral por meio de câmeras e sensores de movimento.

Tanto a Ciência da Informação como a Comunicação tem o intuito de produzir e transmitir as formas e os conteúdos simbólicos das culturas e sociedades. Além de as duas serem campos de estudos dos significados

A tecnologia a favor da inclusão e da equidade (acontecendoaqui.com.br)

ARAÚJO, Carlos Alberto Ávila. Correntes teóricas da ciência da informação. Brasília, DF, v. 38, n. 3, p.192-204, set./dez., 2009. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/ci/v38n3/v38n3a13>. Acesso de 23.set.2016

As We May Think - The Atlantic BARRETO, Aldo de Albuquerque. A condição da informação. São Paulo em Perspectiva, São Paulo: Fundação Seade, v. 16, n. 3, p. 03-05, 2002.

O que é Big Data? – Tecnoblog

Coluna Carreira | Descubra o lado FAKE do ChatGPT (acontecendoaqui.com.br)

Coluna Ozinil Martins | A Inteligência Artificial e a criação de um novo mundo! (acontecendoaqui.com.br)

Freires, Thiago (Dezembro de 2007). «Relações entre a Ciência da Informação e as Ciências da Comunicação: um estudo dos conceitos de representação documentária, mediação e comunicação científica» (PDF).

KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1975. 257 p.

LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993

SILVA, Ricardo Vidigal da; NEVES, Ana. Gestão de Empresas na Era do Conhecimento. Lisboa: Serinews Editora, 2003.

O FUTEBOL E A PARALISIA METODOLÓGICA RAFAEL

CASTELLANI

Este fim de semana fui presenteado pelo meu pai com um documento histórico acerca da educação física, mais especificamente sobre o ensino e treinamento do futebol. Para quem não sabe, meu pai também é professor de educação física e não é qualquer professor. Para meu orgulho e admiração, meu pai, Lino Castellani Filho, é uma das grandes referências da Educação Física brasileira e latino-americana. Professor aposentado da Unicamp, ex presidente do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte e ex Secretário Nacional de Esportes, meu companheiro (nos tratamos carinhosamente assim), presenteou-me não com uma produção dos seus tempos de Unicamp, CBCE ou Ministério do Esporte, mas com uma das suas produções dos tempos em que trabalhava na Secretaria de Esportes e lazer do Maranhão, em 1980. Ainda que suas produções de destaque sejam do campo da história da Educação Física, das políticas públicas e educação física escolar, esta produção aborda outra temática: o Futebol!

Vale destacar, novamente, o ano desta publicação: 1980. Eu sequer havia nascido quando o professor Lino produziu este material!

Nesse momento pode estar se perguntando… “e daí?”.

Entremos então no tema central deste texto.

Nesta produção de pouco mais de 50 páginas, o professor Lino destaca a evolução histórica, evolução tática, regras e exercícios para aprimoramento técnico de alguns fundamentos do futebol. Se compararmos com qualquer publicação sobre futebol dos tempos atuais, certamente o teor seria significativamente diferente. Entretanto, o que causou certa surpresa e suscitou em mim a vontade de trazer esse tema para nossa reflexão e debate foi o fato de grande parte das escolas de esporte (mais conhecidas como escolinhas de futebol) e clubes ainda repetirem as mesmas estratégias de ensino elencadas em 1980 pelo professor Lino. Isso mesmo… mais de 40 anos depois desta produção, apesar dos significativos avanços no âmbito da produção teórica/acadêmica, com a proposição de inúmeras novas abordagens na pedagogia do esporte e, portanto, para o ensino e treinamento do futebol, as aulas e treinos continuam praticamente idênticas, como se tivéssemos enfrentando no campo da intervenção pedagógica, no decorrer destas 4 décadas, uma síndrome que nos paralisa no tempo. Uma síndrome que faz com que permanecêssemos em 1980, reproduzindo metodologias de ensino que, ao menos no campo teórico, já foram totalmente superadas. Há um número considerável de professores e treinadores que, mesmo com as críticas realizadas em diferentes e mais atuais estudos situados no campo da pedagogia do esporte, ainda elaboram suas ações pedagógicas pautadas no método analítico, sustentando suas aulas e treinos na identificação de necessidades associadas ao gesto motor, à técnica dos fundamentos (domínio, passe, drible, chute etc) sem a preocupação com tomadas de decisões exigidas durante o jogo e com as questões táticas inerentes ao próprio jogo.

E tudo bem se o professor Lino propõe aulas e treinos pautados no método analítico. Afinal, em 1980, provavelmente, essa era a teoria que representava o que havia de mais avançado àquela época. Nem tudo o que é antigo, é velho ou ultrapassado. Há muita coisa ainda que os estudos contemporâneos não deram conta de superar. Mas este não é o caso dos estudos relacionados ao ensino e aprendizagem do futebol,

afinal, a área da pedagogia do esporte avançou e a produção teórica nesta área se diversificou e se qualificou muito.

Entretanto, 43 anos depois, é possível notarmos que esses avanços teóricos ainda não se manifestam nitidamente em muitas aulas e/ou treinos de futebol, evidenciando uma grande dificuldade se fazer chegar essa produção ao conhecimento de treinadores e professores e, também, deles traduzirem em suas intervenções pedagógicas (aulas e treinos) o que está preconizado pelo conhecimento científico contemporâneo. É justamente essa dificuldade, ou resistência, que faz com que aquilo escrito há 43 anos atrás ainda carregue consigo traços de atualidade.

Se estamos pensando no processo de ensino-aprendizagem-treinamento do futebol para crianças e jovens, seja no âmbito escolar, clubes ou escolas de esporte, a iniciação esportiva deve se dar de modo que o futebol se adapte às características e necessidades das instituições de ensino/treinamento e, principalmente, dos praticantes. Ou seja, é preciso adaptar o esporte à criança e não a criança ao esporte. É preciso, como nos diz o professor João Batista Freire, tratar as crianças como crianças e devolver o jogo a elas.

Dessa forma, ao entendermos que o principal estímulo das crianças à prática do futebol está relacionado ao prazer que sentem quando jogam, é importante que nossos planos e estratégias de ensino sejam elaborados didaticamente respeitando suas necessidades e dando grande destaque aos jogos e brincadeiras para que vivenciem o lúdico.

Portanto, independente do objetivo das nossas aulas/treinos, é importante que pautemos nossas atividades no caráter lúdico, pois, principalmente em estágios iniciais de prática, e se tratando de crianças e jovens, o lúdico vivenciado em jogos e brincadeiras se constitui como elemento chave no processo de ensinoaprendizagem-treinamento. Vale destacar, no entanto, que não se tratam de quaisquer jogos ou brincadeiras, mas sim jogos e brincadeiras que oportunizem situações nas quais os jogadores não fiquem excessivamente com ou sem a posse da bola, que assumam diferentes níveis de complexidade, que, seja por situações reduzidas ou por adaptações nas regras, estimulem a tomada de decisão e a resolução de conflitos/problemas que se manifestam no jogo.

Neste aspecto, há inúmeras teorias que, guardadas suas especificidades, têm mostrado sua eficácia por pautarem-se no ensino do futebol tal como ele é jogado “na realidade”. Seu caráter coletivo, criativo, imprevisível, dentre outros, se expressa nestes jogos/brincadeiras fazendo com que os jogadores compreendam e apreendam a lógica do jogo e tomem decisões críticas e contextualizadas ao jogo, tendo como referência o ensino dos meios técnicos-táticos, defensivos e ofensivos (GALATTI, PAES, 2007; SANTANA, 2005).

Passadas quatro décadas, não podemos mais elaborar e desenvolver nossos treinos e aulas tendo como referência o conceito de fragmentação do jogo, tal como preconiza o método analítico-sintético, no qual o ensino da modalidade esportiva se dá a partir da soma das partes que compõem o jogo, ou seus fundamentos. Este método apresenta como problema e elemento central, de acordo com Gallati e Paes (2007), a execução dos fundamentos de forma isolada, com ênfase na repetição de gestos motores para o aprimoramento técnico, sem o qual, de acordo com tais autores, a prática do jogo formal fica prejudicada. Não garante, assim, dentre outras necessidades impostas no e pelo jogo, a resolução de problemas de ordem tática.

Os treinos/aulas de futebol orientadas pelo método analítico partem do pressuposto de que o atleta/aluno ainda não sabe executar determinado gesto ou ação e só irá aprende-los de modo linear, indo do simples para o complexo, a partir da demonstração, imitação e repetição. Ao centrar-se na técnica, o professor/treinador busca que seu aluno reproduza modelos (drible como o Neymar, passe a bola como o Arrascaeta, conduza a bola como Messi etc) repetindo movimentos até torná-los automáticos.

Talvez o exemplo mais clássico deste método de ensino seja posicionar os alunos/atletas em filas para driblar cones dispostos simetricamente em linha reta. Diante destas circunstâncias, como já explanado por mim e pelo professor João Batista Freire em texto publicado na Universidade do Futebol (A diferença entre driblar ou fintar um cone e uma pessoa), “não há risco, não há mobilidade nos cones, não há ameaças, não há um tempo imprevisível para realizar o drible, não há tensão, não há diversão, não há prazer, não há jogo. O cone simplesmente fica ali, inerte, no lugar em que o colocaram, dócil, não mais que uma referência para repetições mecânicas de gestos previamente determinados. Sua função é simular a presença de uma pessoa, algo que nem de longe consegue”.

Talvez a qualidade da imagem abaixo retirada desta produção do professor Lino prejudique nosso olhar às filas para execução do passe. O tempo da publicação é significativo. Mas preocupante mesmo é pensar que tanto depois, grande parte das aulas e treinos de futebol permaneçam idênticas!

De que forma, dispor nossos alunos e atletas em filas para fazer passes um de frente para outro garante a imprevisibilidade, aleatoriedade e o ambiente caótico inerentes ao futebol?

Vemos cada vez mais jogadores pouco criativos, preferindo o passe burocrático ao drible, perdendo a capacidade de resolver ou desequilibrar uma partida. Aqueles poucos que ainda se destacam pela sua criatividade e pela capacidade de improvisar no ambiente de jogo, à exceção de Neymar, Vini Jr. e mais alguns poucos, têm sua criatividade e capacidade de solucionar os problemas do jogo também cerceadas, tanto pelos treinos atuais, quanto pela conduta dos treinadores.

Ao estimularmos os praticantes de futebol a vivenciarem o jogo com base nos métodos de ensino apontados pelas pesquisas como mais eficazes, estaremos proporcionando a eles que compreendam a lógica do jogo e tomem suas decisões, de modo autônomo, inteligente e criativo, a partir das relações que eles estabelecem com os demais jogadores, sejam adversários ou companheiros de equipe, e também com a própria bola e o gol.

É preciso, de uma vez por todas, rompermos essa paralisia que nos aprisionou em décadas passadas e darmos conta de fazer refletir em nossas aulas e treinos, como muitos já o fazem tão bem, o conhecimento científico contemporâneo produzido pela área da pedagogia do esporte. As perspectivas apontadas pelas pesquisas recentes são inúmeras e, apesar de distintas, partilham da mesma premissa de que colocar nossos

alunos em filas intermináveis, driblar cones, realizar passes de frente para o companheiro etc, não é o melhor caminho para promover uma aprendizagem significativa, contextualizada e eficaz.

Rafael Castellani

Formado em 2005 no curso de licenciatura em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista (UNESP/ Rio Claro), Mestre em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Doutor em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), tem suas primeiras experiências acadêmicas circunscritas à Psicologia do Esporte e ao Futebol. Vinculado, desde o primeiro ano da graduação, a ambos os campos, buscou focar sua participação em grupos de estudos e pesquisas onde a relação entre eles fosse possível. Atualmente, é coordenador do Instituto Esporte Educação e líder do grupo técnico pedagógico da Universidade do Futebol.

VIVA O FUTEBOL

EMERSON SILAMI GARCIA

Este texto não contém nenhuma informação nova para aqueles que estão atuando no futebol há muito tempo, mas será útil para os jovens profissionais.

O futebol é coisa séria. Ganhar títulos é muito difícil. Muitos tentam, mas poucos tem sucesso, pois somente um time pode vencer em uma disputa. Históricamente, os grandes títulos são vencidos por um número reduzido de clubes, que se revezam no topo. Nos últimos 10 anos o Real Madrid venceu cinco vezes a Champions League https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Liga_dos_Campeões_da_UEFA

No Brasil, Cruzeiro, Corinthians, Atlético, Flamengo e Palmeiras se revezaram.

Geralmente, o campeão é aquele que reune o melhor conjunto: um bom treinador, jogadores, comissão técnica e profissionais de suporte, departamento de saúde, administração, uma excelente estrutura e um pouco de “sorte”. Quem é do ramo, sabe da importância de cada um dos fatores citados acima e sabe também que, para vencer não tem que ser o melhor em tudo, mas sim conseguir que todos os envolvidos se dediquem ao máximo visando o objetivo comum, que é ser campeão. A estabilidade financeira do clube é um fator determinante, pois como as dívidas logo se tornam notícia na mídia, os atletas podem ser negativamente afetados mesmo antes de terem seus pagamentos atrasados. Geralmente uma crise financeira antecede a queda dos grandes clubes. O desempenho no futebol depende ainda de talento individual, condição técnica, física, psicológica, tática, motivação, bom ambiente, muita experiência, humildade, equilíbrio, etc. Ainda que um time faça tudo corretamente, ele pode não vencer, pois seus adversários também estão igualmente ou melhor preparados. Em geral, os times grandes são muito parecidos e os jogos são decididos por pequenos detalhes. Nem sempre o melhor sai vencedor. Gols perdidos, falhas defensivas, erros de arbitragem e gols marcados por sorte decidem jogos. Após o jogo, fica fácil criticar. Resumindo, ninguém pode ser campeão de véspera. Usar um projeto bem sucedido (do time que foi campeão ou se classificou para um torneio maior) para identificar fatores que levam ao sucesso pode não ser uma abordagem adequada. Igualmente importante é conseguir identificar as causas do insucesso (dos outros times que cairam ou não se classificaram para torneio maior).

Outra situação é aquela dos clubes que realisticamente não almejam o título, mas sim ter uma boa participação para permanecer na divisão ou conseguir o acesso. Geralmente, estes clubes contam com orçamento bem menorenãosãoconsideradosgrandes “vitrines”(queatraemosmelhoresjogadoresmesmosempagargrandes salários).

Esta complexidade torna o futebol imprevisível. Viva o futebol.

UMA - União Maranhense de Aeromodelismo

Fiquei muito feliz, e por que não dizer emocionado, ao ver no grupo da família, na primeira foto, meu avô, o comandante Gualhardo. Vestindo uma blusa amarela da UMA - União Maranhense de Aeromodelismo (fundada por ele e amigos na década de 1970), está exatamente como lembro dele. É ladeado pelos seus sobrinhos João José e João Batista Tavares, que fizeram carreira na Força Aérea Brasileira. O aeromodelo é um Islanderdaextinta companhiaárea regional VOTEC, construídopelo comandantee com eleganhou vários prêmios em campeonatos de aeromodelismo no Brasil.

Na segunda imagem, o saudoso seu William, grande amigo de meu avô, e também exímio aeromodelista. Ele está no antigo campo do esporte na UEMA. No canto superior esquerdo é possível ver as casinhas da Cidade Operária, então em construção, em meados dos anos 1980.

SEDEL LANÇA IDENTIDADE VISUAL DOS JOGOS ESCOLARES MARANHENSES – JEM’S/ PARAJEM’S 2023

Foto de divulgação da SEDEL

Os Jogos Escolares Maranhenses (JEM’s) já se consolidaram como o maior evento do esporte educacional do Maranhão e também o 4º maior de todo Brasil. Além de incentivar a prática da atividade física no ambiente escolar, revela talentos e habilidades esportivas em crianças e adolescentes. Nesta quinta-feira (20), Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Sedel), lançou oficialmente a identidade visual dos jogos e anunciou novas modalidades esportivas para edição de 2023, em uma coletiva de imprensa realizada no auditório do Edifício João Goulart, Centro, que contou com a presença de vários veículos de comunicação.

“Apresentamos com muito carinho a marca oficial dos jogos, que teve uma construção coletiva, junto com os gestores municipais do Estado, que enviaram suas sugestões para a nossa assessoria. Também anunciamos hoje muitas novidades para o JEM’s e ParaJEM’s, com a inclusão de novas modalidades esportivas, que vão enriquecer mais ainda o nosso evento”, afirmou o secretário de Esportes, Naldir Lopes.

Construção da Marca

A marca oficial dos jogos teve uma construção coletiva, junto com os gestores municipais que enviaram suas propostas para identidade visual. Todos os modelos enviados pelos municípios de Buriti Bravo, Rosário, Colinas, Itapecuru e Presidente Vargas, foram analisados pelo governador Carlos Brandão, que escolheu elementos de cada uma delas, para servir de base ao que foi apresentado na coletiva.

Novidades

Entre as novidades que foram apresentadas durante a coletiva de imprensa, está a estreia de novas categorias como o triatlo e o tiro com arco, além de uma competição experimental do skate, que terá um espaço especial para ser realizada dentro da programação do evento. No ParaJEM’s, como nova modalidade há o halterofilismo. Ao todo, serão 15 modalidades de disputas individuais e 4 coletivas para crianças e adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos, e 15 modalidades esportivas para pessoas com deficiência.

O presidente da Federação Maranhense de Arco e Flecha, José Ricardo Gomes, falou da importância da inclusão da modalidade nos jogos. “Ficamos muito felizes com a inclusão do tiro com arco no JEM’s e isso é muito significativo para o crescimento do esporte no Maranhão. Já estamos conversando com a Sedel para alinhar a melhor forma de fornecer os materiais adequados aos atletas e definir as categorias que serão disputadas”, disse

Já o vice-presidente da Federação Maranhense de Triatlo, Alexandre Nina, discorreu sobre a realização da modalidade. “O triatlo vem como novidade e a Federação vai somar com a Secretaria no sentido de dar suporte na organização das provas, que inclui percursos de corrida, ciclismo e natação e ofertar aos atletas o máximo de segurança durante a realização do JEM’s”, afirmou.

O coordenador paradesporto da Sedel, José Henrique de Azevedo, conhecido como professor Mangueirão, destacou o impacto positivo do esporte para pessoas com deficiência. “O ParaJEM’s tem uma grande importância na vida das crianças e adolescentes com deficiência, já que faz a inclusão social desse público, possibilita a socialização e qualidade de vida e saúde através do esporte. Aqui na Sedel já realizamos um trabalho importante e nos jogos escolares, teremos 15 modalidades, que inclui o halterofilismo, que soma como diferencial deste ano”, disse o coordenador do setor de Paradesporto.

Além das novas modalidades, a edição de 2023 dos Jogos Escolares teve a adesão de 112 municípios, 22 para o ParaJEM’s e 12 solicitações para sediar as etapas regionais. Neste ano, três municípios que participam pela primeira vez dos JEM’s: Maranhãozinho, Monção e Tufilândia.

Ao todo, serão 15 modalidades de disputas individuais e 4 coletivas para crianças e adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos, e 15 modalidades esportivas para pessoas com deficiência. #OMaranhaoSeInformaAqui

LIVRO BEBÊS E CRIANÇAS:REFLEXÕES DA ACADEMIA BRASILEIRA DE PROFISSIONAIS DE NATAÇÃO INFANTIL - Natação Criativa (natacaocriativa.com.br)

MEMÓRIAS

A EDUCAÇÃO FÍSICA NA UFMA - Issuu

Os recursos para a construção do Complexo Social e Esportivo de São Luís – chamado de Castelão pelo povo – foi inteiramente recurso do Tesouro estadual. Havia um projeto de construção de um estádio de futebol; havia um projeto elaborado pela construtora SEEBLA, de Minas Gerais, inclusive com maquete. E havia o interesse do Governador, João Castelo, em escrever seu nome numa obra monumental.

Havia criado a SEDEL. Fora de São Luis, a capital, não havia praticamente nada em relação à educação física, aos esportes e ao lazer, a não ser algumas iniciativas em algumas poucas cidades, como Imperatriz, Caxias, Bacabal, Carolina. Pista de Atletismo, por exemplo, havia duas em São Luis – a do 24 BC, com cerca de 300 metros, e a da Escola Técnica, com 250 metros. Em Imperatriz havia uma de tamanho oficial, no 50 BIS. Só. Ginásio de Esportes, o Costa Rodrigues e o da Escola Técnica, o do SESC; isso em todo o estado do Maranhão... Algumas quadras poliesportivas em algumas cidades interioranas, em alguns poucos colégios, a sua maioria particulares. Esse era o retrato.

Havia um dinheiro disponível, cerca de U$ 2 milhões, para a terraplanagem do terreno... Mas não havia o terreno... Então o Secretário de Desportos, o Sr. Elir de Jesus Gomes, um dia me chamou e disse estar com um problema, pois o Governador exigia uma solução. Levou-me até a sede da SEEBLA, num prédio por traz do Casino Maranhense, na Beira-Mar e lá vi o projeto, a maquete e conversei com o engenheiro responsável. Era apenas um estádio de futebol...

Falei das experiências do Paraná, em que se construíam instalações esportivas aproveitando-se de encostas de morro, para evitar gastos com terraplanagem, e depois erguer-se o prédio; nas encostas, cortavam o morro, e aproveitavam essa terra para fazer a base, nivelada, e os cortes, as arquibancadas; ate mesmo a cobertura era facilitada, pois feita entre as duas encostas em arco, levava menos tempo, menos material e custava menos... Dei exemplo de Paranavaí... Ficou de ir lá verificar.

Nessetempo,fuiencarregado,juntocomoCoordenador-Geral,Dr.OlimpiodeSousaGuimarães,deencontrar umaáreaparaalocaraobra.OuvifalardaChácaraBarreto,queeradoEstadoehaviasidocedidaem comodato à Prefeitura para construção de um novo estádio de futebol. Foi o Prof. José Maranhão Penha quem me disse isso, e o Prof. Reinaldo Conceição da Cruz não só confirmou como me levou ao local.

Comentei com o Dr. Olimpio, que verificou ser verdade. O Sr. Elir e o Dr. Olimpio foram à Prefeitura. Não houve acordo com o Prefeito – não lembro se era o Roberto Macieira ou o Mauro Fecury -; então acionaram um assessor parlamentar – o então Deputado Nan Sousa, para anular o ato oficial junto à Assembléia Legislativa, que concedia a área à Prefeitura. O terreno fora cedido com prazo determinado para uso e já se passara quase dez anos e nada fora feito.

Lembro que a anulação da Lei cedendo a área foi anulada em menos de um mês, graças a atuação do Nan. Tínhamos a área... O engenheiro da SEEBLA retorna; fora ao Paraná, vira a técnica de construção.

No Barreto havia um morro, alto, que o levantamento planialtimetrico demonstrou ser suficiente para construção do Estádio. Utilizando o corte das encostas, em forma de escada e a terra retirada, para o nivelamento do solo. O projeto foi refeito. Os custos baixaram consideravelmente...

A idéia inicial era apenas de se construir as arquibancadas do lado do morro, sem fechar o perímetro, que teria que ser em concreto. Ampliamos o projeto, pois haveria sobra de dinheiro.

Foi planejado outro ginásio de esportes, o Castelinho; a Piscina Olímpica, junto o tanque de saltos ornamentais; e um kartodromo...

Ai me ‘rebelei’; ‘exigia’ uma Pista de Atletismo... Seria mais útil e serviria para toda uma população do entorno do Barreto, não apenas para um grupo de empresários brincarem de piloto. Tanto que o projeto da pista foi feito depois... E ainda sobrou dinheiro, e o Governador mandou, então, construir a parte da arquibancada que faltava.

Depois de o projeto pronto, o Complexo planejado, ai sim, a SEED/MEC se interessou, e praticamente exigiu participar com algum recurso. Com a construção do Complexo, nos habilitamos para os JUBs e para os JEBs. Ai entrou mais dinheiro, não para a construção, mas para equipamento...

Fui fiscal da obra, discutindo com os engenheiros das diversas empresas contratadas detalhes técnicos de construção esportiva, sempre com os livros de regras nas mãos, quanto às medidas exatas, recomendadas, e quanto ao material. Especialmente a Pista de Atletismo.

Trazíamos os dirigentes máximos das confederações esportivas para ver a obra e dar palpites na construção. Deve-se louvar aqui o posicionamento do Dr. Olimpio – responsável pela construção, presidente da Comissão de Obras, e do Sr. Elir. Sempre que nós, um de seus técnicos, dizíamos que alguma coisa não estava correta, mandava parar e só prosseguir quando tirássemos nossas duvidas e fosse feito da forma que achássemos melhor, pois nos éramos os professores e os técnicos da área e que iríamos nos utilizar daquele espaço.

Um detalhe: a não ser na época da construção, nunca entrei no Castelão... Lembro que o Sr. Elir me telefonava lá pelas 10, 11 horas da noite. Avisava que o Governador queria ir ver a obra. Ele passava em minha casa, íamos ate o Complexo, e aguardávamos o Governador. Devia ficar a disposição para algum detalhe, alguma explicação... Lá pelas três, quatro da manhã, terminada a inspeção da obra, estávamos liberados, o Sr. Elir, o Dr. Olimpio, o Dr. João Rodolfo (Secretário de Transportes e Obras Públicas, sempre chegava com o Governador). Algumas vezes, o Gafanhoto acompanhava... Sempre tinha um ou dois deputados juntos, Nan sempre...

Rafael Moreno Castellani É com muita alegria e satisfação que passo a compor a equipe do Instituto Nacional de Ciência & Tecnologia de Estudos do Futebol Brasileiro!

Trata-se de um grande privilégio a oportunidade de poder aprender com amigos e referências de muitos dos meus estudos e contribuir com o desenvolvimento das pesquisas sobre o Futebol!

#Futebol #inct #pesquisa #ciencia

NÚMEROS PUBLICADOS:

VOLUME 83 – MARÇO 2023

REVISTA DO LÉO 83 - MARÇO 2023 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu

VOLUME 82 – FEVEREIRO 2023

REVISTA DO LEO 82 - FEVEREIRO DE 2023 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu

VOLUME 81 – JANEIRO 2023

REVISTA DO LÉO 81 - JANEIRO 2023 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu

VOLUME 80 - DEZEMBRO 2022

REVISTA DO LÉO 80 - DEZEMBRO DE 2022 por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu

VOLUME 79 - NOVEMBRO 2022

REVISTA DO LÉO 79 - NOVEMBRO 2022 por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu

VOLUME 78 - OUTUBRO 2022

REVISTA DO LÉO 78 - OUTUBRO 2022 por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu

VOLUME 77 – SETEMBRO 2022

Issuu - Publication

Volume 76 – agosto 2022

REVISTA DO LÉO - Revista Lazeirenta - 76 - agosto 2022 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu

VOLUME 75 – JULHO 2022

REVISTA DO LÉO 75 - JULHO 2022 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu

VOLUME 74 – JUNHO 2002

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_l_o_74_-_junho_2022

VOLUME 73 – MAIO 2022

REVISTA DO LÉO 73 - ABRIL 2022 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu

VOLUME 72 – ABRIL 2022

REVISTA DO LÉO 72 - ABRIL 2022 - Revista Lazeirenta by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu

MRANHAY – REVISTA LAZEIRENTA – NÚMEROS PUBLICADOS

VOLUME 71 – MARÇO 2022

MARANHAY - Revista lazeirenta 71, MARÇO 2022 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu

VOLUME 70 – FEVEREIRO 2022

MARANHAY - Revista Lazeirenta 70 - FEVEREIRO 2022 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu

VOLUME 69 – JANEIRO 2022

Issuu - Publication

VOLUME 68 – DEZEMBRO 2021

Issuu - Publication

VOLUME 67 – NOVEMBRO 2021

MARANHAY 67 - NOVEMBRO DE 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu

VOLUME 66 – OUTUBRO DE 2021

MARANHAY - Revista Lazeirenta 66, OUTUBRO 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - issuu

VOLUME 65 – SETEMBRO DE 2021

MARANHAY - Revista Lazeirenta - 65: SETEMBRO 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - issuu

VOLUME 64 – AGOSTO DE 2021

MARANHAY - Revista Lazeirenta - 64 - AGOSTO 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - issuu

VOLUME 63 – JULHO DE 2021

MARANHAY - Revista Lazeirenta - 63: JULHO 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - issuu

VOLUME 62 – JUNHO DE 2021

MARANHAY - Revista Lazeirenta - 62 - JUNHO 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - issuu

VOLUME 61 – MAIO DE 2021

MARANHAY - Revista Lazeirenta 61 - MAIO 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - issuu

VOLUME 60 – ABRIL DE 2021

MARANHAY - Revista Lazeirenta (Revista do Léo) 60 - ABRIL 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - issuu

VOLUME 59 – ABRIL DE 2021

MARANHAY : Revista Lazeirenta (Revista do Léo) 55, abril 2021 - Especial: ANTOLOGIA - ALHURES by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - issuu

VOLUME 58 – MARÇO DE 2021

MARANHAY 58 - ANTOLOGIA: OS ATENIENSES, março 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - issuu

VOLUME 57 – MARÇO DE 2021

MARANHAY 57 - MARÇO 2021: EDIÇÃO ESPECIAL - OS ATENIENSES, VOL. III by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - issuu

VOLUME 56 – MARÇO DE 2021

MARANHAY - (Revista do Léo ) - 56 - março 2021 - EDUÇÃO ESPECIAL: ANTOLOGIA - MULHERES DE ATENAS by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - issuu

VOLUME 55 – MARÇO DE 2021

MARANHAY - Revista Lazeirenta (Revista do Léo) 55, março 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - issuu

VOLUME 54 – FEVEREIRO DE 2021

MARANHAY (Revista do Léo) 54 - FEVEREIRO 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz - issuu

VOLUME 53 – JANEIRO 2021

https://issuu.com/home/published/maranhay_-_revista_lazerenta_53_-_janeiro_2021

VOLUME 52 –DEZEMBRO – 2020

https://issuu.com/leovaz/docs/maaranhay_-_revista_lazerenta_52__2020b

VOLUME 51 –NOVEMBRO – 2020

https://issuu.com/home/published/maaranhay_-_revista_lazerenta_51__2020b/file

VOLUME 50 – OUTUBRO – 2020

https://issuu.com/home/published/maranhay_-_revista_lazerenta_-_50_-_2020b

VOLUME 49– SETEMBRO - 2020

https://issuu.com/home/published/maranhay_-_revista_lazerenta_-_49_-__2020_-

VOLUME 48– AGOSTO - 2020

https://issuu.com/home/published/maranhay_-_revista_lazerenta_-_48_-__2020_b-

VOLUME 47– JULHO - 2020

https://issuu.com/home/published/maranhay_-_revista_lazerenta_-_47_-__2020_-

VOLUME 46– JULHO - 2020

https://issuu.com/home/published/maranhay_-_revista_lazerenta_-_46_-__2020_-

VOLUME 45– JULHO - 2020

https://issuu.com/home/published/maranhay_-_revista_lazerenta_-_45_-__2020_-_julhob

VOLUME 44 – JULHO - 2020

https://issuu.com/leovaz/docs/maranhay_-_revista_lazerenta_-_44_-_julho__2020

VOLUME 43 – JUNHO /SEGUNDA QUINZENA - 2020

https://issuu.com/home/published/maranhay_-_revista_lazerenta_-_43_-segunda_quinzen

VOLUME 42 – JUNHO 2020

https://issuu.com/home/published/maranhay_-_revista_lazerenta_-_42_-junho__2020/file

VOLUME 41-B – MAIO 2020

https://issuu.com/leovaz/docs/maranhay_-_revista_lazerenta_-_41-b_-_maio___2020

VOLUME 41 – MAIO 2020

https://issuu.com/leovaz/docs/maranhay_-_revista_lazerenta_-_41_-_maio__2020

VOLUME 40 – ABRIL 2020

https://issuu.com/home/published/maranhay_-_revista_lazerenta_-_40_-_abril___2020.d

VOLUME 39 – MARÇO 2020

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_maranhay__39-_mar_o___2020

VOLUME 38 – FEVEREIRO DE 2020 – EDIÇÃO ESPECIAL – PRESENÇA AÇOREANA NO MARANHÃO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_maranhay__39-_fevereiro___2020

REVISTA DO LÉO - NÚMEROS PUBLICADOS

A PARTIR DESTE NÚMERO, CORRIGIDA A NUMERAÇÃO, COM SEQUENCIAL, DOS SUPLEMENTOS E EDIÇÕES ESPECIAIS:

VOLUME 37 – edição 24.1, de setembrp de 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: I. XAVIER DE CARVALHO: RECORTES E MEMORIA https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__24_-_setembro__2019_-_edi__o_espec

VOLUME 36 – edição 23.1, de agoto de 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: AINDA SOBRE A CAPOEIRAGEM MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__23.1-_agosto_2019_-

VOLUME 35 – edição 22.1, de julho de 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: CAPOEIRAGEM TRADICIONAL MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__22-_julho_2019_-_ed

VOLUME 34 - edição 20.1, de maio de 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO E A QUESTÃO DO ACRE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__20.1_-_maio_2019_-

VOLUME 33 – edição 16.1, de janeiro de 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: PESCA NO MARANHÃO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__16_1__-_janeiro__20

VOLUME 32 – edição 15.1, de dezembro de 2018 ÍNDICE DA REVISTA DO LEO 2017-2018

https://issuu.com/…/docs/47ndice_da_revista_do_leo_-_2017-201

VOLUME 31 – edição 8.1, de maio de 2018 EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO: VIDA E OBRA – MAIO 2018

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8.1_-__especial__fra

VOLUME 30 – edição 6.1, de março de 2018

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_especial__faculdade_

VOLUME 29 – FEVEREIRO 2020

https://issuu.com/home/published/revista_do_leo_-_maranhay__29-_fevereiro___2020b

VOLUME 28 – JANEIRO 2020

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_maranhay__28_- janeiro____2020b

VOLUME 27 – DEZEMBRO DE 2019 –

https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__27_-_dezembro___2019

VOLUME 27.1 – DEZEMBRO DE 2019 – suplemento

OS OCUPANTES DA CADEIRA 40 DO IHGM

https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__27.1_-_dezembro___2019

VOLUME 26 –NOVEMBRO DE 2019 –

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__26_-_novembro__2019

VOLUME 25 –OUTUBRO DE 2019 –

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__25_-_outubro__2019

VOLUME 24 – SETEMBRO DE 2019 – LAERCIO ELIAS PEREIRA

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__24_-_setembro__2019_-_edi__o_espec

VOLUME 24.1 – SETEMBRO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: IGNÁCIO XAVIER DE CARVALHO: RECORTES E MEMORIA https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__24_-_setembro__2019_-_edi__o_espec

VOLUME 23 – AGOSTO DE 2019

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__23-_agosto_2019

VOLUME 23.1 – AGOSTO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: AINDA SOBRE A CAPOEIRAGEM MARANHENSE

https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__23.1-_agosto_2019_-

VOLUME 22 – JULHO DE 2019

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__22-_julho_2019

VOLUME 22.1 – JULHO DE 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL: CAPOEIRAGEM TRADICIONAL MARANHENSE

https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__22-_julho_2019_-_ed

VOLUME 21 – JUNHO DE 2019

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__21-_junho_2019

VOLUME 20 – MAIO DE 2019

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__20-_maio_2019

VOLUME 20.1 - MAIO 2019 – EDIÇÃO ESPECIAL – FRAN PAXECO E A QUESTÃO DO ACRE

https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__20.1_-_maio_2019_-

VOLUME 19 – ABRIL DE 2019

VOLUME 18

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__19-_abril_2019

MARÇO DE 2019

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__18_-_mar_o_2019

VOLUME 17 – FEVEREIRO DE 2019

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_17_-_fevereiro__2019

VOLUME 16 – JANEIRO DE 2019

https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__16_-_janeiro_2019

VOLUME 16.1 – JANEIRO DE 2019

EDIÇÃO ESPECIAL: PESCA NO MARANHÃO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__16_1__-_janeiro__20

VOLUME 15 – DEZEMBRO DE 2018

https://issuu.com/leovaz/docs/revisdta_do_l_o_15_-_dezembro_de_20?

VOLUME 15.1 – DEZEMBRO DE 2018 – ÍNDICE DA REVISTA DO LEO 2017-2018

https://issuu.com/…/docs/47ndice_da_revista_do_leo_-_2017-201

VOLUME 14 – NOVEMBRO DE 2018

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_l_o_-_numero_14_-_novemb

VOLUME 13 – OUTUBRO DE 2018

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_13_-_outubro_2018

VOLUME 12 – SETEMBRO DE 2018

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_12_-_setembro_2018

VOLUME 11 – AGOSTO DE 2018

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_11_-_agosto_2018

VOLUME 10 – JULHO DE 2018

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_10_-_julho_2018

VOLUME 9 – JUNHO DE 2018

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_9_-_junho_2018__2_

VOLUME 8 – MAIO DE 2018

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8_-_maio__2018

VOLUME 8.1

EDIÇÃO ESPECIAL

FRAN PAXECO: VIDA E OBRA – MAIO 2018

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8.1_-__especial__fra

VOLUME 7 – ABRIL DE 2018

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_7_-_abril_2018

VOLUME 6 – MARÇO DE 2018

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_6_-_mar__o_2018

VOLUME 6.1 – EDIÇÃO ESPECIAL – MARÇO 2018

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_especial__faculdade_

VOLUME 5 – FEVEREIRO DE 2018

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_5_-_fevereiro_2018h

VOLUME 4 – JANEIRO DE 2018

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_4_-_janeiro_2018

VOLUME 3 – DEZEMBRO DE 2017

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_3_-_dezembro_2017

VOLUME 2 – NOVEMBRO DE 2017

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_2_-_novembro_2017

VOLUME 1 – OUTUBRO DE 2017

https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_-_1_-_outubro_2017

Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.