Revista do IHGM, n. 42, setembro de 2012

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A Coroa Francesa estendeu seu poder para as Índias Ocidentais ou Antilhas, quando surgiu o Haiti. Consegui chegar até a costa brasileira, emGuiana Francesa. Fundou também as colônias de Guadalupe e Martinica. Em 1699, os franceses chegaram a Louisiana no território americano, instalado as cidades de Mobile e New Orleans. Na África, a Coroa Francesa apoderou-se do Sudão francês, atual Mali, e outras regiões coloniais menos importantes, estendendo seu poder até a Índia. Durante o império de Napoleão, a França teve o Egito como colônia, embora por um curto período. Diz a história que a Alemanha chegou bem tarde ao grupo de colonizadores da Europa, pois só após a Convenção de Berlim os alemães tiveram com precisão uma política de colonização. A Convenção de Berlim realizou-se no período de 1884 a 1885, visando uma partilha da África entre as potências coloniais da Europa. Foi organizada pelo chanceler alemão Otto van Bismarck, chamado também de “Chanceler de Ferro.” Por essa convenção, a África ficou assim dividida entre os colonizadores: Alemanha Sudeste Africano, onde hoje está situada a Namíbia, e o Tanganica, hoje a Tanzânia; os Estados Unidos ficaram com a Libéria, na África Ocidental; a Grã-Bretanha com a África Austral, com exceção das colônias portugueses Angola e Moçambique, toda a África Oriental e o Sudoeste Africano, com exceção da Tanganica; os territórios da Grã-Bretanha, no Norte, foram compartilhados com a França e a Espanha; Portugal ficou em Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde; a Bélgica com o Gongo. Em 1883, a Alemanha criou a Associação Colonial Alemã com a finalidade de proteger suas áreas de colonização na África. O Império Colonial Alemão não teve muita duração e foi um império muito disperso. Lutou muito pela unificação da Alemanha e logo se interessou pela Rússia e a Romênia, estendendo seus interesses a toda a região dos Balcãs. Com a derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, que terminou com o Tratado de Versalhes, em 1919, a Alemanha perdeu seus territórios voltando para a França, o Reino Unido e a Bélgica. Os colonizadores alemães além da África colonizaram também as Américas e terras brasileiras, mais especificamente o Paraná, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. A colonização alemã, no Brasil, ocorreu no governo de D. João VI e continuou até o império de D. Pedro II. A Holanda, com o nome de Províncias dos Paises Baixos, atingiu a sua independência em 1609. Até então, os holandeses integravam o Império Espanhol na Europa, e viviam sob o domínio da Espanha, até o reinado de Felipe II, rei da Espanha. Com a independência dos Países Baixos tornaram-se um dos mais fortes países europeus e tinham como bases de seu desenvolvimento o poderio marítimo e o dinamismo da sua burguesia que era protestante. Em 1602, os holandeses criaram a Companhia das Índias Orientais e, em 1621,a Companhia das Índias Ocidentais. Essas duas empresas foram fundamentais para que os Países Baixos dessem decisivos passos para o desenvolvimento e independência do povo holandês, lutando contra o domínio dos espanhóis. Os holandeses ocuparam o Ceilão (hoje Sri-Lanka), Java, Sumatra, e Molucas (arquipélago hoje pertencente à Indonésia), no Oriente. Em 1654, invadiram o nordeste do Brasil, especificamente Pernambuco e Bahia, movidos pela produção açucareira da região e o mercado de escravos. Mais tarde, sob o comando do conde João Maurício de Nassau, foram adotadas várias medidas administrativas e progressistas que levaram a produção e venda de açúcar ao auge junto ao mercado europeu. Coube também a Maurício de Nassau pôr em prática seus projetos de reforma urbanística na cidade de Recife. Em 1641, deu-se a invasão dos holandeses no Maranhão. Os holandeses deixaram o nordeste brasileiro após vários choques militares com os portugueses, a quem pertenciam as áreas invadidas, e depois de amplas e demoradas negociações diplomáticas entre a Holanda e Portugal. Depois de expulsos do Brasil, os


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