MARANHA-Y, 6 - AGOSTO 2023

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“ÁGUAS REVOLTAS QUE CORREM CONTRA A CORRENTE” REVISTA DE HISTÓRIA(S) DO MARANHÃO LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ - EDITOR – Prefixo 917536 NÚMERO 06 – AGOSTO – 2023 MIGANVILLE – MARANHA-Y
MARANHAY

A presente obra está sendo publicada sob a forma de coletânea de textos fornecidos voluntariamente por seus autores, com as devidas revisões de forma e conteúdo. Estas colaborações são de exclusiva responsabilidade dos autores sem compensação financeira, mas mantendo seus direitos autorais, segundo a legislação em vigor.

EXPEDIENTE

MARANHA-Y REVISTA DE HISTÓRIAS DO MARANHÃO Revista eletrônica

EDITOR

Leopoldo Gil Dulcio Vaz Prefixo Editorial 917536 vazleopoldo@hotmail.com

Rua Titânia, 88 – Recanto de Vinhais 65070-580 – São Luís – Maranhão (98) 3236-2076 98 9 82067923

CHANCELA

Nasceu em Curitiba-Pr. Licenciado em Educação Física (EEFDPR, 1975), Especialista em Metodologia do Ensino (Convênio UFPR/UFMA/FEI, 1978), Especialista em Lazer e Recreação (UFMA, 1986), Mestre em Ciência da Informação (UFMG, 1993). Professor de Educação Física do IF-MA (1979/2008, aposentado); Titular da FEI (1977/1979); Titular da FESM/UEMA (1979/89; Substituto 2012/13), Convidado, da UFMA (Curso de Turismo). Exerceu várias funções no IFMA, desde coordenador de área até Pró-Reitor de Ensino; e Pró-Reitor de Pesquisa e Extensão; Pesquisador Associado do Atlas do Esporte no Brasil; Diretor da ONG CEV; tem 16 livros e capítulos de livros publicados, e mais de 430 artigos em revistas dedicadas (Brasil e exterior), e em jornais; Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Membro Fundador da Academia Ludovicense de Letras; Membro da Academia Poética Brasileira; Sócio correspondente da UBE-RJ; Premio “Antonio Lopes de Pesquisa Histórica”, do Concurso Cidade de São Luís (1995); a Comenda Gonçalves Dias, do IHGM (2012); Prêmio da International Writers e Artists Association (USA) pelo livro “Mil Poemas para Gonçalves Dias” (2015); Prêmio Zora Seljan pelo livro “Sobre Maria Firmina dos Reis” – Biografia, (2016), da União Brasileira de Escritores – RJ; Diploma de Honra ao Mérito, por serviços prestados à Educação Física e Esportes do Maranhão, concedido pelo CREF/21-MA (2020); Foi editor das seguintes revista: “Nova Atenas, de Educação Tecnológica”, do IF-MA, eletrônica; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, edições 29 a 43, versão eletrônica; Editor da “ALL em Revista”, eletrônica, da Academia Ludovicense de Letras; Editor da Revista do Léo, a que esta substitui (2017-2019), hoje MARANHAY – Revista Lazeirenta, já voltando ao antigo título de “Revista do Léo”; Condutor da Tocha Olímpica – Olimpíada Rio 2016, na cidade de São Luis-Ma.

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

UM PAPO

Tenho debatido, já de algum tempo, que para se conhecer, realmente, a História do Maranhão, devemos nos inteirar das Histórias daqueles Países que nos formaram. A História do Portugal também é nossa História, assim como as da África, e daqueles povos que, numa diáspora forçada, vieram das às nossas costas.

Tenho chamado atenção, também, quando do resgate da memória da Capoeiragem, das possíveis origens –ancestralidade – de nossa principal luta-arte, e a influência que recebeu dos povos para aqui trazidos, assim, comoaidadeíndiosTimbirasparaaÁfrica,paraenfrentarosHolandeses,nasguerrasdereconquista.Palavras como ‘jinga’ têm origem africana e se referem à guerreiros, e formas de luta corpo-a-corpo.

Da mesma forma, ao buscar a origem dos ameríndios – Povos dos Sambaquis, Gês, Tapuias, Tupinambás.. –temos que ir buscar suas origens e a chegada ao Maranhão. O que aconteceu com os povos sambaquieiros?

E SENTIMENTAL DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO” DE ASTOLFO SERRA

Diogo Gualhardo Neves. Bandeira da Província do Maranhão.

Ramssés De Souza Silva

Jazigo de ANNA JANSEN DE CASTRO SOEIRO LOBO (Coroatá-MA, 1851) Ramssés De Souza Silva e MARCOS NOGUEIRA

A GENEALOGIA SERIDOENSE...

Ramssés De Souza Silva

O LICEU MARANHENSE E O PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE SÃO LUIS DELZUITE DANTAS BRITO VAZ

Rua São João x Rua do Sol, Centro, 1960

VOCÊ CONHECE O ECOMUSEU SÍTIO DO FÍSICO?

LIVRO DE LISTA DA COMPANHIA DA NOBREZA, CÂMARA DE SÃO LUÍS (1689-1710).

Flaviomiro Mendonça

Ramssés De Souza Silva

SUMÁRIO EXPEDIENTE 2 EDITORIAL 3 SUMÁRIO 4 A VANTAGEM DO SILÊNCIO SOBRE A ADESÃO DO MA À INDEPENDÊNCIA Antonio Carlos Lima 5 BRASIL, A “ILHA AUTÊNTICA”, JÁ ERA CONHECIDO ANTES DE 1448 “ – (Com Notas do Editor) JORGE BENTO 7 OS IMBANGALAS - grupo etnico angolano Eduardo Cussendala 13 As mulheres e o Futebol LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ 15 COINCIDÊNCIAS E SIMILIARIDADES – PARTE INTODUTÓRIA - HISTÓRIAS DE SÃO LUIS – A INTERVENTORIA DE PAULO RAMOS HAMILTON RAPOSO DE MIRANDA FILHO 19 DNA revela que Luzio, habitante de SP há 10 mil anos, era parecido com os indígenas Julia Móioli 20 MANUSCRITOS PORTUGUESES REVELARAM AOS INGLESES
Miriam de Fátima Machado Vinhais De Atlas Digital
DESENHOS DE PERCY LAU NO “GUIA HISTÓRICO
A COSTA DO BRASIL
da América Lusa

A VANTAGEM DO SILÊNCIO SOBRE A ADESÃO DO MA À INDEPENDÊNCIA

ANTONIO CARLOS LIMA

Há uma vantagem inegável na ausência de celebrações oficiais na data do Bicentenário da Adesão do Maranhão à Independência do Brasil, que transcorre amanhã, 28 de julho.

Com aindiferença equasedesprezodas autoridades einstituições culturais em relaçãoa tãorelevante episódio histórico, afastam-seriscos dareiteraçãodehomenagens, desnecessárias eimerecidas, ao lordeescocês eherói daMarinhainglesaThomasCochrane,quejáostenta,paracontrariedadedosmaranhenses,otítulodeMarquês do Maranhão.

Pois, a verdade é que nenhuma homenagem deve o Maranhão a essa figura em retribuição a serviços que haja eventualmente prestado em apoio à nossa luta pela Independência.

Nãosomenteporque,ainstânciasdeJoséBonifácio,contratadopelonascenteimpériobrasileiropara submeter as províncias que se opunham à emancipação do jugo português, tenha ele mesmo recebido, ou indiretamente por meio de descendentes, cada centavo do que se julgava merecedor. Nem mesmo por causa dos modos arrogantes com que se houve na segunda visita à Província, em 1824, quando obrigou a Junta da Fazenda a lheentregartodo o dinheirodocombalido Tesouro maranhense,contado em 106contos deréis, em pagamento de “presas de guerra” a que teria direito e eram contestadas pelo governo imperial. Foi uma extorsão humilhante que para sempre o descredenciou à consideração dos maranhenses.

Cochrane não merece honras de herói no Maranhão porque, segundo os registros históricos disponíveis, inclusive seu depoimento , aqui ele simplesmente não lutou pela Independência. Sequer disparou um único tiro, nem precisou desembainhar a espada ou acionar um canhão. Jamais praticou algum gesto de grandeza ou heroísmo, porque em verdade nenhuma resistência encontrou.

É evidente que guerras podem ser vencidas sem o recurso de armas, mas pelo uso da alta diplomacia, por exemplo. A Bíblia conta, no Velho Testamento, o episódio dos judeus quando enfrentaram moabitas e amonitas, que os queriam destruir, apenas cantando hinos de louvor ao Senhor. Mas, no caso de Cochrane, não houve diplomacia nem cânticos sagrados contra os portugueses. O seu artifício foi a solércia, o embuste, como se verá mais à frente.

A atuação do escocês nesse episódio histórico é comparável – para usar uma imagem ao gosto popular no Brasil –, à do centroavante que entra em campo nos minutos finais do segundo tempo, altura em que seu time vence folgadamente a partida por 7 x 0, é convocado a cobrar um pênalti e, frente a um goleiro desesperado, amplia uma vitória já plenamente consumada.

Quando Cochrane chegou a São Luís, no dia 26 de julho de 1823, na condição de Primeiro Almirante da Esquadra Imperial, o Maranhão já era quase todo independente.

Como demonstra o Visconde Vieira da Silva em sua obra capital sobre a História da Independência no Maranhão , apenas São Luís e as vilas de Alcântara e Guimarães permaneciam, então, sob relativo domínio da Junta Provisória que se mantinha fiel a Portugal. As demais (Na época, o Maranhão estava dividido em 11 vilas , com total de 158.893 habitantes), haviam aderido ao império brasileiro ou se encontravam submetidas a cerco das tropas independentes, constituídas por brasileiros do Maranhão, do Piauí e do Ceará, como era o caso de Caxias.

De vitória em vitória, os defensores da nova ordem, lutando bravamente em todo o interior do Maranhão, já haviam instalado, no dia 20 de julho, na vila de Itapecuru-Mirim, uma Junta Provisória Independente, composta de sete membros, com governo civil e militar, e jurado fidelidade ao novo Império. Na ocasião, elegeram-se quatro membros da Junta, ficando os três cargos restantes reservados a representantes da capital da Província, para a qual os independentes emitiram, no dia 23 (três antes da chegada de Cochrane) um ultimato:

"Não é fora de alcance de V. Exas. a vantagem da nossa parte. Que forças tem essa cidade para se medir com as nossas inumeráveis tropas? Como se sustentará, estando de nós dissidente? Que gêneros formarão o seu comércio? V. Exas. bem têm observado a carreira rápida com que se tem adiantado o nosso sistema em quase

toda a Província (...) Seja, enfim, qualquer que for a medida que V. Exas. queiram adotar neste caso, desenganamos a V, Exas., que o nosso acordo é responder aos europeus contrários, como em outros tempos respondemos aos holandeses, ou como os americanos responderam aos ingleses".

A própria Junta de São Luís, presidida pelo bispo Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré, já havia marcado para o dia 14 de junho a proclamação de sua adesão ao império. O ato foi suspenso na última hora por decisão unipessoal do comandante das Armas, Agostinho Antonio de Faria, iludido com a chegada de reforços portugueses.

São Luís estava sitiada, praticamente sem condições de resistência ao assédio das forças internas independentes (o abastecimento de carne e outros gêneros alimentícios que lhes eram fornecidos pincipalmente do Baixo Itapecuru tinham sido cortados e a fome já ameaçava a Ilha), quando, na madrugada de 26 de julho, Cochrane chegou sorrateiramente à Ilha, ostentando no mastro da Nau Dom Pedro I a bandeira portuguesa, em vez do pavilhão do Império. Com esse ardil, capturou, sem óbices, o brigue português Dom Miguel, que o abordara cordialmente, e, por meio do comandante da mesma embarcação, enviou às autoridades em terra o ultimato para a adesão, com a falsa informação de que a Esquadra Imperial estava a caminho. Mal recebeu o comunicado de Cochrane, a Junta concordou com a capitulação e, já no dia seguinte, seus integrantes foram comunicar-lhe a bordo a decisão de aderir ao Império.

Apenas 24 horas depois, realizava-se, na sede da Câmara, a cerimônia de adesão, com salvas de canhões e aclamação popular. Mas o lorde sequer desceu a terra para o evento histórico. Nem participou do jantar que, à noite, a cidade iluminada, a Junta promoveu para celebrar o acontecido. Faltava eleger o governo provisório fiel ao Império. E o que fez o centroavante, quer dizer, o Almirante? Manteveos quatromembrosdaJunta de Itapecuru, assim legitimando-a,dando-lhea primazia daproclamação da Independência, tratando de eleger apenas os ocupantes dos três cargos que ela havia reservado aos representantes indicados da capital, inclusive a presidência. A primeira Junta do Maranhão Independente era nada além de mera confirmação daquela que se formara no Itapecuru.

Atendidos os interesses do Império, Cochrane passou a cuidar dos próprios interesses. Então, confiscou embarcações e propriedades dos portugueses residentes no Maranhão e exigiu do Tesouro da Província pagamento de valor correspondente a esses bens. A Junta da Câmara recusou-se a efetuar o pagamento, justificando que, no Maranhão, ele não enfrentara guerra alguma e que as presas, se reconhecidas como tais, pertenceriam ao Império. Concordou, sim, em pagar 16.727 mil réis em moeda e 147.316 mil-réis confiscadas aos portugueses para pagamento dos soldos atrasados às tropas do Piauí e do Ceará – cerca de 8 mil homens –, que haviam lutado pela emancipação de Caxias. Cochrane considerou esse pagamento como parte do que a Província lhe devia. E foi com esse argumento que, um ano depois, retornou ao Maranhão para pilhar 106 contos de réis do Tesouro maranhense – dinheiro que nunca lhe pertencera. Para contrariedade do lorde, a questão das presas foi encaminhada ao arbítrio das autoridades na sede da Corte, no Rio de Janeiro, onde seria formado um Tribunal de Presas.

Ainda assim, de volta ao Rio de Janeiro, Cochrane foi recebido com honras de herói pelo Imperador por suas vitórias nas províncias do Norte e Nordeste em favor da Independência. Pelo conjunto da obra, recebeu o já referido título de Marquês do Maranhão.

Os que haviam sofrido e lutado verdadeiramente pela Independência no Maranhão, idealistas e guerreiros da própria terra, contando com reforços de tropas do Ceará e do Piauí, foram inteiramente ignorados e esquecidos pela História.

Portanto, às fanfarras em torno de um herói de fancaria, é preferível, neste 28 de julho, marco do Bicentenário da Adesão do Maranhão à Independência do Brasil, o silêncio respeitoso aos que por nossa liberdade lutaram até com o sacrifício das próprias vidas.

BRASIL, A “ILHA AUTÊNTICA”, JÁ ERA CONHECIDO ANTES DE 1448 “

Em todas as cartas traçadas depois de 1462, encontra-se Antília a ocidente dos Açores. A latitude é variável, mas ela geralmente paira no paralelo de Lisboa ou do cabo de S. Vicente (…). Conjectura? Coincidência? Descobrimento autêntico? (...)

Toscanelli, escrevendo para Portugal em 1474, faz menção da ‘ilha de Antília que vós conheceis’, e quando Colombo voltou da sua famosa viagem, imaginando que alcançara as ilhas externas do Japão, em Portugal apenas se disse: - Esteve na Antília!

Além de Antília há a ‘Ilha Autêntica’, a sudoeste de Cabo Verde, traçada por Andrea Bianco num mapa de 1448. Andrea Bianco estivera em Lisboa precisamente antes dessa data. (…) a ‘Ilha Autêntica’ ali representada é um trecho de costa que se insere como se estivesse a mil e quinhentas milhas a ocidente da África, o que nos leva ao Brasil!” in Eduardo Amarante, “Templários”, Vol. 3

Consultar: https://www.apeiron-edicoes.com/products/templarios-de-milicia-crist%C3%A3-a-sociedadesecreta/?fbclid=IwAR3FFcnUDn4Hi2ujC_K7hucV3FtKMp2UI3vByZsmU_cv6UdFRjArVCfMYVo

NOTAS DO EDITOR:

Folha 5 - Mapa das costas daEspanha, dePortugal, daÁfrica do Nortee das ilhas doOceano Atlântico(Açores,Madeira,CaboVerdeeduasilhaschamadas"Antillia"e"Satanaxio",situadasaoestedosAçores);

Microsoft Word - 241 Bianco.doc (myoldmaps.com)

Andrea Bianco (século XV) foi um cartógrafo veneziano

Andrea Bianco – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

O chamado "Atlas de Andrea Bianco" (1436), atualmente na British Library em Londres, é composto por dez folhas em pergaminho, medindo 29 x 38 cm. A primeira folha contém uma descrição da "regra de marteloio",[1] duas tabelas e dois outros esquemas. As folhas seguintes contêm diversos mapas, a saber:

• Folha 2 - Mapa das costas do mar Negro;

• Folha 3 - Mapa das costas orientais do mar Mediterrâneo;

• Folha 4 - Mapa das costas da parte central do mar Mediterrâneo;

• Folha 5 - Mapa das costas da Espanha, de Portugal, da África do Norte e das ilhas do Oceano Atlântico (Açores, Madeira, Cabo Verde e duas ilhas chamadas "Antillia" e "Satanaxio", situadas a oeste dos Açores);

• Folha 6 - Mapa das costas do norte da Espanha, da França, da Flandres e das Ilhas Britânicas;

• Folha 7 - Mapa das costas do mar Báltico, da Dinamarca e da Escandinávia;

• Folha 8 - Mapa integrando, numa escala menor, o conjunto de mapas com as costas da Europa e da África do Norte;

• Folha 9 - Mapa circular do mundo com 25 cm de circunferência;

• Folha 10 - Mapa do mundo ptolemaico com a projeção cônica de Ptolemeu

Alguns autores sustentam que Andrea Bianco foi o primeiro a representar e descrever corretamente a costa da Flórida, como uma macro-península ligada à uma grande ilha nomeada "Antillia".

Bianco colaborou ainda com Fra Mauro para a realização do mapa do mundo de 1459.

IN dos Comentários (33) - um mapa de Andrea Bianco - alvorsilves (sapo.pt) alvorsilves (ver alvor-silves.blogspot.com)

• É bem conhecido, e até reconhecido, que antes da descoberta oficial da Madeira, Canárias e Açores, existiram mapas anteriores, portulanos, onde estas ilhas estavam bem identificadas. Alguns desses mapas eram italianos, outros da escola catalã das Baleares, etc.

• Surge a este propósito um email de David Jorge acerca de um mapa de Andrea Bianco de 1448, que foi interpretado como tendo uma referência ao Brasil, e que, entretanto, verificámos ter sido essa opinião sustentada também no Séc. XIX por H. Yule Oldham... mas sem grande sucesso.

• David Jorge colocou a questão da seguinte forma:

• Reportando-me a um "capitulo" interessante na história da descoberta do Brasil, a certa altura e sobre o que "descobrira", Mestre João Farás, piloto da Armada de Pedro Álvares Cabral escreve para D. Manuel I o seguinte: "Quanto, Senhor, ao sítio desta terra, mande Vossa Alteza trazer um mapamundi que tem Pero Vaz Bisagudo, e por aí poderá ver Vossa Alteza o sítio desta terra, porém, aquele mapamundi não certifica esta terra ser habitada, ou não. É mapamundi antigo; e ali falará Vossa Alteza também a Mina"

• Como é óbvio, a primeira vez que li este pedaço de texto, corri à bibliioteca a procurar um mapa que se assemelhasse à descrição neste pedaço de texto.

• Existe uma ideia geral que esse mapa seria uma cópia do mapamundi de Andrea Bianco (1448), onde aparece a "ixola otintiche a ponête 1500 mile". Nota: Mapa mundi ANTIGO (com apenas 52 anos)??

• O mapa mais conhecido de Andrea Bianco é de 1436, e David Jorge comparou a parte sudoeste desse mapa (aqui invertido):

• Como é óbvio, a primeira vez que li este pedaço de texto, corri à bibliioteca a procurar um mapa que se assemelhasse à descrição neste pedaço de texto.

• com um a parte sudoeste de outro mapa, bem mais antigo, atribuído a S. Isidoro de Sevilha:

• onde David Jorge leu "insola incognita * ay 13 * 1159 partes mundi", e associou à possível ilha, que está ausente do mapa anterior. Em suma, concluiu:

• Tendo como ponto de partida um mapa Português juntamente com o da crónica de S. Isidoro (vale a pena ler no que esteve envolvido) como bases para este mapa, (pois retrata os descobrimentos ao longo da costa Africana e (eventualmente) a Mina), a existência desse texto, juntamente com a carta

• •

a D. Manuel I comprova que Portugal tinha de facto um conhecimento das terras na America do Sul anterior a pelo menos 1436.

• Acontece que esta suspeita de David Jorge veio a estar confirmada por uma suspeita de H. Y. Oldham constante de um artigo de G.C. Hurlbut em 1895 no Journal of the American Geographical Society of New York, (Vol. 27, No. 4), pp. 396-410.

Coloco aqui o texto relevante para o assunto: •

Como se poderá ler, esta conjectura de Oldham foi rebatida por um certo "Signor Errera", com os seguintes argumentos "notáveis":

• - (i) os portugueses no Séc. XV não tinham nenhum conhecimento de terras no sudoeste;

- (ii) que a ilha misteriosa de Bianco não é encontrada em nenhum dos mapas portugueses;

- (iii) que os historiadores portugueses estão calados sobre o assunto;

- (iv) e que a descoberta acidental do Brasil por Pedro Álvares Cabral, foi uma surpresa para o governoeparaanação!

• Esta parte do artigo de Hurlbut termina concluindo que "aopiniãodeveserfinal,masnenhumhomem viveparaverofimdasuateoria".

• Pela parte que me toca, achei interessante o argumento (iii) - o silêncio dos historiadores portugueses, que já era bem notado em 1895, e que em nada mudou nos 120 anos seguintes. Certamente que o silêncio não se deve à falta de dados e argumentos, e também reduzi-lo a uma mera obediência aos mestres das escolas maçónicas, ou por obediência à igreja nacional, veríamos um muito pouco ganho para a troca.

IN Microsoft Word - 241 Bianco.doc (myoldmaps.com) - Bianco World Maps #241 8 Andrea Bianco’s World Map, 1436, 25 cm diameter, Nazionale Marciana, Venice, MS It. Z,76, fol. 8 oriented with East at the top, this map shows Paradise with Adam and Eve and the four sacred rivers that flow from it. The Indian Ocean is open to the east, and is dotted with islands. Africa extends to form its southern shore and includes kings, dog-headed men and dragons. The two poles are marked with semi-circles and the Atlantic Ocean is greatly enlarged to show the recently discovered islands of the Azores. All the oceans and seas are colored in green, the Red Sea is colored appropriately and the surrounding blue band is dotted with stars representing the heavens.

Eduardo Cussendala

São, possivelmente, originários da África Central. Invadiram o atual território angolano no início do século XVII. Estabeleceram-se na Baixa de Cassange, ou seja, entre os rios Kuango e Kwanza. Suas origens aindasão controversas. Geralmenteestãoincluídos entreosjagas, queatacaram oreino do Congo durante o reinado de Álvaro I.

Na década de 1960, foi estabelecido que as tradições orais do reino Lunda sugerem que ambos os jagas citados acima se originaram no reino Lunda e de lá saíram durante o século XVII. Outra teoria sugere que os imbangalas se originaram no Planalto Central de Angola ou na região litorânea subjacente.

O primeiro registro escrito sobre os imbangalas foi feito pelo navegante inglês Andrew Battell, que viveu com eles por dezesseis meses por volta de 1600-1601. O relato localiza os imbangalas no litoral e no planalto angolanos, ao sul do rio Kwanza. Os líderes imbangalas teriam dito a Battell que eles teriam vindo de um lugar chamado Elembê. A história de Battell foi publicada por Samuel Purchas parcialmente em 1614 e integralmente em 1625. Os portugueses se interessaram pelos imbangalas mais ou menos na mesma época em que Battell viveu inicialmente entre eles. Battell foi para o território bangala em companhia de comerciantes portugueses que compravam os prisioneiros de guerra dos imbangalas para vendê-los como escravos. Nessa época, os imbangalas atuavam como saqueadores, pilhando o país em busca de vinho de palma.

Acapacidademilitareacrueldadedos imbangalasdespertaram aatençãodos colonos portugueses, queviviam uma trégua em sua guerra contra o reino do Ndongo durante a primeira etapa do período colonial (1575

1599). Apesar de professarem publicamente desgosto pelos costumes imbangalas, os governadores portugueses de Luanda algumas vezes contrataram os imbangalas para suas campanhas, começando por Bento Banha Cardoso em 1615 mas principalmente no caso de Luís Mendes de Vasconcelos e seu assalto de 1618 ao Reino do Dongo.

Mendes de Vasconcelos empregou três esquadrões de imbangalas mas logo percebeu que eles não tinham disciplina suficiente para integrar as forças portuguesas. O esquadrão liderado por Cassange, em particular, se livrou do controle português e iniciou uma jornada de pilhagem que resultou na formação do reino de Cassange, na bacia do rio Cuango. Essa foi a origem da atual etnia dos imbangalas, que renunciou a seus costumes militares no final do século XVII.

Outro esquadrão imbangala chamado Caza se uniu ao Reino do Dongo e passou a lutar contra os portugueses, embora eventualmente viesse a trair a rainha Ana de Sousa em 1629, frustrando a intenção desta de preservar a independência do Reino do Dongo a partir de uma base nas ilhas do rio Cuanza. Após a breve tentativa de reuniãodo DongocomCassangeem1629-1630,arainhafoiparaoreinodaMatambae,lá,formouseupróprio esquadrão imbangala, liderado pelo homem chamado de Jinga Mona ("filho de Ana de Sousa"). Acredita-se que a rainha tenha se submetido ao rito de iniciação imbangala, golpeando um bebê.

No final do século XVII, os imbangalas originais localizados ao sul do rio Cuanza firmaram alianças com grupos ovimbundos como os bienos, os huambos e os ambalundos. No século XVIII, os costumes dos imbangalas tenderam a ficar mais moderadosː por exemplo, a antropofagia ficou restrita a rituais e, algumas vezes, passou a ser meramente simbólica (no século XIX, imbangalas do Planalto Central de Angola ainda praticavam um ritual chamado de "comendo o homem velho").

Fonte: Wikipédia

Hábitos e costumes

Os imbangalas eram uma sociedade completamente militarizada, baseada inteiramente em ritos de iniciação, ao contrário dos demais grupos étnicos africanos, que se baseiam em ritos de parentesco. Para impedir que o parentesco tomasse o lugar da iniciação, todas as crianças nascidas numa aldeia eram assassinadas. As

OS IMBANGALAS -
grupo etnico angolano

mulheres podiam deixar suas aldeias para terem seus filhos, mas, quando voltavam, as crianças só eram consideradas imbangalas após terem participado dos ritos de iniciação. De modo semelhante ao da antiga Esparta, as crianças eram treinadas diariamente em combate individual e em grupo.

Durante o treinamento, se usava um colar que só poderia ser retirado depois que o praticante matasse um homem durante uma batalha. Os imbangalas se cobriam com um unguento chamado maji a samba, o qual eles acreditavam lhes conferir imunidade nas batalhas, desde que o guerreiro seguisse um código de conduta chamado yijila. Esse código incluía infanticídio, antropofagia e absoluta ausência de covardia.

Os guerreiros eram conhecidos como nugnza (singular: gonzo) e eram divididos em doze grupos, cada um deles liderado por um musungo. Esses doze esquadrões eram parte de um quilombo, uma cidade fortificada temporária cercada por uma paliçada de madeira. Cada quilombo tinha doze portõesː um para cada esquadrão. O exército imbangala entrava no campo de batalha com uma formação de três dentes similar à famosa formação zulu de touro e chifre. A formação era composta pelo chifre direito (mutanda), o chifre esquerdo (muya) e a vanguarda (muta ita) no centro. Suas armas principais eram o porrete e a machadinha, mas também incluíam o arco e flecha, a faca e a espada.

Os imbangalas não permitiam que suas mulheres dessem, à luz, crianças. Para recompor sua população, eles capturavam adolescentes e forçavam-nos a lutar em seu exército. Em método semelhante ao utilizado com as actuais crianças-soldados, os jovens cativos eram forçados a matar e comer pessoas e consumir bebidas alcoólicas, e somente eram admitidos como membros plenos após matar alguém em uma batalha. Antropofagia, sacrifício humano ritual e tortura faziam parte do que observadores do século XVII chamaram de "leis da quixila" (do quimbundo kixila, "proibição").

AS MULHERES E O FUTEBOL

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ ACADEMIA POÉTICA BRASILEIRA

INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

ACADEMIA LUDOVICENCE DE LETRAS CENTRO ESPORTIVO VIRTUAL

Na semana em que se inicia a Copa do Mundo de Futebol Feminino, se comemora o Dia Nacional do Futebol.

O Decreto-Lei nº. 3199, de 1941, do Conselho Nacional de Desportos, proibia a participação feminina, por defender a feminilidade, a fragilidade, a beleza e os papéis da mulher como mãe, esposa e cuidadora. Essa restrição não foi suficiente para impedir ou conter a presença feminina na modalidade, visto que já era uma realidade. Na década de 20 as mulheres já se organizavam em times e, inclusive, organizavam campeonatos. Este decreto-lei só seria revogado em 1979.

As primeiras referências de partidas de futebol disputadas por mulheres surgiram nos anos 20. Os registros de jornais mostram a prática, ainda de forma muito tímida, no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Norte. Podeparecerpiada,masocircotrazalgumasdasprimeirasreferênciasdousodaspalavras"futebolfeminino".Era tratado como uma performance, um show. Não uma partida.

A criação do primeiro time de futebol feminino do Brasil, em Belém, capital do Pará, em 1924, é um exemplo de que as mulheres não se intimidaram diante da norma. na década de 1930, movidas pelos ares de novidade e de mudança as mulheres começaram a procurar ainda mais pelo futebol.

A prática desta modalidade popularizou-se, sendo estendida a todo o território nacional. No entanto, devido à pouca intimidade da maioria das jogadoras com o esporte e a comparação com o modo de jogar masculino, o futebol feminino tinha uma conotação de comédia para os espectadores. Era considerado, acima de tudo, uma caricatura da modalidade masculina, pois considerava-se o modelo masculino como referência para jogar futebol.

Bruhns (2000), em seu livro "Futebol, Carnaval e Capoeira - Entre as gingas do corpo brasileiro, enquanto os homens da elite brasileira começaram a praticá-lo no final do século XIX no Rio de Janeiro e em São Paulo, o grupofeminino que aderiuàprática dofutebol erapertencenteàs classes menosfavorecidas. Porcontadisso, as mulheres que jogavam futebol eram consideradas "grosseiras, sem classe e malcheirosas". Às mulheres da elite cabia o papel de torcedoras. "As partidas de futebol masculinas eram um evento da alta sociedade e as mulheres se arrumavam para ir assistir aos jogos", afirma o livro.

No Brasil, existem registros de partidas mistas, com homens e mulheres juntos, em 1908 e 1909. Durante muito tempo um evento beneficente ocorrido em 1913 foi considerado a primeira partida de futebol feminino no Brasil, mas anos depois foi descoberto que, na verdade, o time “feminino” era formado por jogadores do Sport Club Americano, campeão paulista daquele ano, vestidos de mulher, misturados a “senhoritas da sociedade”. Sendo assim, então, oficialmente a primeira partida de futebol feminino no Brasil ocorreu em 1921, entre senhoritas dos bairros Tremembé e Cantareira (que hoje seria Santana), na zona norte de São Paulo. Essa partida foi noticiada pelo jornal A Gazeta como uma atração “curiosa”, quando não “cômica”, em meio às festas juninas. Isso porque, naquele tempo, as mulheres tinham um papel secundário no esporte, particularmenteno futebol. Em geral, limitavam-seàtorcidaeaconcursosdemadrinhasdeclubes.Emcampo, no máximo, davam o pontapé inicial ou disputavam tiros livres. Na realidade, apesar dos avanços, havia muita resistência de setores mais conservadores da sociedade contra o futebol feminino.

Basta observar que até mesmo Coelho Neto, apesar de ser um grande defensor do futebol, escreveu o seguinte, na imprensa, em 1926: “Certamente ninguém exigirá da mulher que jogue o football ou o rugby, que esmuerre antagonistas com o guante de boxe, que arremesse barras de ferro, que se engalfinhe em luta romana. Há exercícios que lhe não são próprios e que lhe seriam prejudiciais, não só à beleza como à saúde e até a sujeitariam ao ridículo”.

No Maranhão, encontramos uma primeira referência sobre o futebol feminino no ano de 1943, publicada em O Combate, edição de 26 de maio, mas não se refere ao futebol maranhense:

Em A Pacotilha, de 18 de fevereiro de 1954, era anunciado a realização de uma partida de “Futebol Feminino na Fabril”; porém trata-se de uma partida amistosa, entre as equipes do Girassol e do Sultão, dois clubes carnavalescos, que seria disputada entre os membros da diretoria e alguns simpatizantes torcedores, em que os “brotinhos” deveriam participar vestidos com trajes femininos, sendo proibido retirar as máscaras... não se tratava, evidentemente, de um jogo entre mulheres...

A 02 de junho de 1959, em A Pacotilha, reportagem sobre uma esportista carioca, Marly Gomes, do Fluminense, onde jogava vôlei e basquete, de que gostaria de participar de um time de futebol feminino. Em entrevista, perguntada se era contra ou a favor da participação da mulher no futebol, respondeu que “tinha pena de quem pretenda liderar a participação da mulher no futebol”. Em seguida, disse ser favorável, desde queprofissionalizado,lembrandodasrestriçõesàparticipaçãodamulhernoBasquete,ehojeéumdosesportes favoritos do público, com ampla aceitação.

No dia 28 de outubro de 1959 é anunciado o primeiro jogo de futebol feminino no estado do Maranhão, iniciativa de Rangel Cavalcanti e Pedro Santos, em benefício da Casa do Estudante do Maranhão. Vinham insistindo na realização desse jogo, até que finalmente foram atendidos, e autorizados. Os dois promotores do evento ficaram de apresentar as atletas na quinta-feira seguinte, recebendo total apoio da Federação Maranhense de Desportos; as equipes do América – presidida por Nagib Feres – e do Sampaio Correa –presidida por Ronald Carvalho – foram procuradas para emprestar suas cores, e tiveram ampla recepção. O chefe de polícia garantiu total apoio e garantia de realização do evento.

Em 02 de maio de 1960, reportagem sobre a realização de uma partida de futebol feminino entre o Esporte Clube Anilense e o Esporte Clube Aurora, no estádio São Geraldo, no Anil. A vitória, por 3x0, foi do E.C.A., orientado por Delgado, e os gols assinalados por Paula Cota e Norma. Em setembro de 1960, nova partida entre os dois clubes anilenses. A 16 de dezembro, novo confronto.

O futebol feminino começou, no Maranhão, no bairro do Anil, com o surgimento de duas equipes, o Anilense e o Aurora. Os confrontos registrados pela imprensa, nos anos seguintes, se referiam apenas à essas duas equipes. Quando outras equipes começaram a surgir, como a do América, foram formadas por jogadoras daquele bairro.

A partir de meados da década de 70, quando houve a revogação do Decreto-Lei nº 3.199, o futebol feminino começou a ter destaque na mídia e, por conta disso, aumentou significativamente o número de adeptas: as moças de classe média de Copacabana, por exemplo, se reuniam na praia para jogar, e levavam consigo seus namorados e as suas empregadas domésticas. No jogo não havia empregadas e empregadoras; havia várias mulheres que se reuniam para jogar futebol

Apenas em 1983 a modalidade foi regulamentada. Com isso, foi permitido que se pudesse competir, criar calendários, utilizar estádios, ensinar nas escolas. Clubes como o Radar e Saad surgem como pioneiros no profissionalismo. Eram alguns dos times competitivos da época.

Em 1988, a Fifa realizou, na China, um Mundial de caráter experimental. Em inglês, foi chamado de Women's Invitational Tournament. A seleção montada para a competição tinha como bases o Radar, do Rio, e o Juventus (SP) - que tinha talvez o time mais forte feminino do país naquele momento. Não houve nenhuma confecção especial de roupas para as jogadoras. Viajaram para o Mundial com as sobras das roupas dos homens.

Os Jogos deAtlanta– 1991 - marcaram a estreiadofutebol feminino em Olimpíadas.Aseleção brasileira, repleta de veteranas da geração anterior, terminou na quarta colocação, ficando muito perto do pódio. Com Meg, Marisa, Fanta, Suzy, Sissi, Pretinha, Roseli e outras, a equipe deixou a medalha escapar na disputa pelo bronze diante da Noruega. Perderam por 2 a 0.

O Campeonato Maranhense de Futebol Feminino é uma competição de futebol realizada pela Federação MaranhensedeFutebol(FMF),quecontacomaparticipaçãodetimesamadoresdefutebol femininodoEstado do Maranhão.

A competição abre vaga para o campeão participar do Campeonato Brasileiro Feminino – Série A3 ASTARITA, P. E. (2009). Incentivos e Dificuldades Vivenciados por Atletas do Futsal Feminino Universitário. 32 f. Monografia, Licenciatura em Educação Física. Escola de Educação Física. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre BECKER, Laércio. Contra o “foot-ball” - por Laércio Becker (campeoesdofutebol.com.br)

BRUHNS, Heloísa. Futebol, carnaval e capoeira: entre as gingas do corpo brasileiro. Campinas: Papirus, 2000. 158p. ISBN 853080586

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História do Futebol Feminino | ge.globo

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Estado do Pará : (PA) – 1921 - Ano 1920\Edição 03177 (2) Estado do Pará : Propriedade de uma Associação Anonyma (PA) - 1921 - DocReader Web (bn.br)

Lea Campos (Asaléa de Campos Fornero Medina) posando para foto produzida antes do jogo entre as equipes Maranhão e Motoclube, realizado na cidade de São Luis do Maranhão em novembro de 1971. A fotografia integra o livro "Lea Campos: rules can be broken" escrito por Luiz Eduardo Medina Romero

COINCIDÊNCIAS E SIMILIARIDADES – PARTE INTODUTÓRIA

HISTÓRIAS DE SÃO LUIS – A INTERVENTORIA DE PAULO RAMOS

HAMILTON RAPOSO DE MIRANDA FILHO.

Paulo Martins Ramos era maranhense da cidade de Caxias, filho de Raimundo Martins de Sousa Ramos e de dona Maria Porcina dos Santos Ramos. Paulo Ramos iniciou seus estudos em São Luís e adolescente mudouse para a cidade do Rio de Janeiro, onde ficou sob os cuidados do seu irmão José Martins de Sousa Ramos, um jurista conceituado naquela cidade.

Paulo Ramos retorna para São Luís e conclui o curso secundário no Liceu Maranhense. Paulo Ramos, anos depois, formou-se em Direito em Belém do Pará e ingressou no serviço público federal através de concurso. Era funcionário do Ministério da Fazenda.

Paulo Ramos foi casado com a senhora Maria Nazaré Pires Chaves com quem teve 06 (seis) filhos.

No dia 15 de agosto de 1936, após o processo de impeachment que culminou com a cassação do então governador do estado do Maranhão, Prof. Dr. Aquiles Lisboa, Paulo Ramos, por indicação do Presidente Getúlio Vargas e com forte influência política do embaixador Osvaldo Aranha de quem era amigo particular, é eleito de forma indireta pela Assembleia Legislativa do Estado para o cargo de governador do estado do Maranhão.

Em 1937, Getúlio Vargas através de um golpe de estado, instala no Brasil uma ditadura, que ele autodenominou de estado novo, quando outorgou uma Nova Constituição e decretou o fechamento do Congresso Nacional, com a desculpa de um perigo comunista no Brasil, devido a fracassada “intentona comunista” de 1935. Nesta época Getúlio Vargas e a elite brasileira flertavam com o nazifascismo alemão e deflagrou grande perseguição ao Partido Comunista Brasileiro, em particular a sua principal liderança, Luís Carlos Prestes, que teve sua companheira, Olga Benário Prestes, presa pela polícia política de Getúlio Vargas e entregue aos nazistas alemães, devido sua condição de ser judia, onde foi torturada e assassinada pelos nazistas em campo de concentração.

Nestaépoca,GetúlioVargasfechaas AssembleiasLegislativas,chamadademissãoNegrãodeLima,edestitui todos os governadores estaduais, nomeando para estes cargos, interventores federais, e assim, Paulo Martins Ramos, em 1937, foi nomeado interventor do Maranhão, onde desenvolveu um profícuo trabalho no estado, destacando-se a criação do Banco do Estado, o Departamento de Estrada de Rodagens (DER), construção dos hospitais Nina Rodrigues, Colônia do Bonfim, depois chamado de Hospital Aquiles Lisboa, Hospital Getúlio Vargas, restauração do Hospital Geral e a criação do Centro de Saúde Paulo Ramos.

Paulo Ramos serviu o Maranhão como interventor até 1945 e com o enfraquecimento do estado novo retorna ao serviço público federal.

Em 1950 Paulo Ramos é convidado por Getúlio Vargas para organizar o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) no Maranhão e se elege deputado federal em 1951. No fim do seu mandato se afasta da vida política e retorna para o serviço público federal, onde se aposentou em 1968. No dia 16 de fevereiro de 1969, Paulo de Sousa Ramos, faleceu na cidade do Rio de Janeiro.

QUILOMBO DO FRECHAL. ANTIGA FAZENDA DOS COELHO DE SOUZA. MIRINZAL-MA (1792).

Ramssés De Souza Silva está em Mirinzal.

JULIA MÓIOLI •

Estudo divulgado nesta segunda-feira, 31 (2023), na revista Nature Ecology & Evolution, revela que Luzio, o esqueleto humano mais antigo identificado no Estado de São Paulo, descende da mesma população ancestral que povoou a América há 16 mil anos e deu origem a todas as populações indígenas atuais, como os tupi.

A pesquisa, que compilou o maior conjunto de dados genômicos arqueológicos brasileiros, ajuda ainda a desvendar como desapareceram as comunidades mais antigas do litoral, responsáveis pela construção dos sambaquis – enormes montes de conchas e ossos de peixes intencionalmente erguidos na costa brasileira e usados como habitações, cemitérios e demarcação territorial, que são ícones da arqueologia nacional.

“Depois das civilizações andinas, os sambaquis da costa atlântica brasileira são o fenômeno humano de maior densidade demográfica da América do Sul pré-colonial”, afirma André Menezes Strauss, arqueólogo do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador sênior do estudo, cujo primeiro autor é o pesquisador Tiago Ferraz. “Eles foram os ‘reis da costa’ por milhares e milhares de anos e sumiram de forma repentina há cerca de 2 mil anos.”

Renderização tridimensional

O estudo, que contou com apoio da Fapesp e a colaboração de pesquisadores do Senckenberg Centre for Human Evolution and Palaeoenvironment da Universidade de Tübingen (Alemanha), baseou-se na extração do genoma de 34 amostras de quatro regiões diferentes da costa leste do Brasil, com até 10 mil anos de idade, entre sambaquis e outros fósseis dos sítios Cabeçuda, Capelinha, Cubatão, Limão, Jabuticabeira II, Palmeiras Xingu, Pedra do Alexandre e Vau Una.

Entre esse material está Luzio, o esqueleto mais antigo de São Paulo, encontrado no Vale do Rio Ribeira de Iguape pela equipe de Levy Figuti, professor do MAE-USP, no sambaqui ribeirinho Capelinha. Por sua morfologia craniana semelhante à de Luzia (fóssil humano mais antigo da América do Sul, com cerca de 13 mil anos), pesquisadores acreditavam que ele pudesse pertencer a uma população biologicamente diferente dos indígenas atuais (ameríndios), que teriam ocupado o Brasil há cerca de 14 mil anos. Não é o caso.

“A genética mostra que Luzio é um ameríndio, assim como um tupi, um quéchua ou um cherokee”, afirma Strauss. “Isso não quer dizer que sejam iguais, mas que, em uma perspectiva global, todos derivam de uma

HÁ 10 MIL ANOS,
INDÍGENAS
DNA REVELA QUE LUZIO, HABITANTE DE SP
ERA PARECIDO COM OS
a partir da tomografia do crânio do Luzio, fóssil encontrado no sambaqui ribeirinho Capelinha, no Vale do Rio Ribeira de Iguape (SP) Foto: André Strauss/MAE-USP© Fornecido por Estadão

única leva migratória, que chegou à América há não mais de 16 mil anos e, se houve uma outra população por aqui 30 mil anos atrás, ela não deixou descendentes entre esses grupos.”

O DNA de Luzio esclareceu ainda outra dúvida: considerado um sambaqui fluvial, ele não é semelhante aos exemplares da costa e, portanto, não pode ser considerado um ancestral direto dos grandes sambaquis clássicos que apareceram na sequência. Essa descoberta indica que, desde muito cedo, houve duas movimentações distintas, com um grupo pelo interior e outro, pela costa.

O que aconteceu com os povos sambaquieiros?

O material genético extraído revela comunidades heterogêneas que, apesar de compartilharem semelhanças culturais, não representavam uma única população do ponto de vista biológico. Havia diferenças principalmente entre os grupos da costa sul e da costa sudeste.

“Estudos dos anos 2000 com morfologia craniana já indicavam uma diferença sutil entre essas comunidades e, agora, os dados genéticos trazem essa confirmação”, diz Strauss. “Identificamos que uma das causas para isso é o fato de essas populações costeiras não estarem isoladas na costa, mas ‘trocando genes’ com outras do interior e, ao longo dos milhares de anos, esse processo deve ter contribuído para as diferenciações regionais dos sambaquis.”

Sobre o mistério do desaparecimento dessa civilização costeira, composta pelos primeiros caçadorescoletores do Holoceno, as amostras de DNA são claras: ao contrário do que ocorreu no Neolítico europeu, quando houve um processo de substituição populacional total, o que se viu por aqui foi uma mudança de práticas, com o declínio da construção de sambaquis com conchas e a introdução da cerâmica, entre os próprios sambaquieiros.

Isso porque o material genético encontrado no sítio mais emblemático da época, o Galheta IV, em Santa Catarina, que já não apresenta restos de conchas, mas de cerâmica, é semelhante ao dos sambaquis clássicos.

“Essa informação é compatível com um estudo de 2014, que analisou as cerâmicas dos sambaquis e constatou que elas não eram usadas para cozinhar vegetais domesticados, mas peixe, ou seja, houve a apropriação de uma tecnologia do interior para processar alimentos que já estavam tradicionalmente ali”, explica Strauss.

O artigo Genomic history of coastal societies from eastern South America pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41559-023-02114-9

MANUSCRITOS PORTUGUESES REVELARAM AOS INGLESES A COSTA DO BRASIL

MIRIAM DE FÁTIMA MACHADO

Poucos anos após derrotarem a invencível armada espanhola, em 1588, os ingleses tiveram acesso a manuscritos portugueses e espanhóis que detalhavam a costa do Brasil. Um deles, da autoria do mercador português Lopes Vaz, veio a ser publicado em inglês e enfatizava as qualidades da rica vila de Olinda ao dizer que: “Pernambuco é a mais importante cidade de toda aquela costa”. A opulência pernambucana impressionaria até o padre Fernão Cardim, que se surpreendeu com “as fazendas maiores e mais ricas que as da Baía, os banquetes de extraordinárias iguarias, os leitos de damasco carmesim, franjados de ouro e as ricas colchas da Índia”; e resumiu as suas impressões numa frase antológica: “Enfim, em Pernambuco acha-se mais vaidadedoqueem Lisboa”.Logo,acapitaniaseria vistatambém pelosingleses, como um “macio esuculento” pedaço do Império de Filipe II.

in "O Desaparecimento de Dom Sebastião e a herança não reclamada", Miriam de Fátima Machado

Consultar: https://www.apeiron-edicoes.com/.../miriam-de-fatima.../

FRANCISCO CALDEIRA DE CASTELO BRANCO PARÁ

– NOTAS SOBRE O FUNDADOR DE BELÉM

MIGUEL GORJÃO -HENRIQUES DA CUNHA

"Capitão-Mor e Primeiro descobridor, Conquistador e povoador do grão Pará, famoso Rio das Amazonas por Sua Magestade"

Imagem retirada de WIKIPÉDIA, Francisco Caldeira Castelo Branco , Wikipédia, a enciclopédia livre [em linha][Acedido a 16 de Março de 20 16]. Disponível na internet: <https://pt.wikipedia.org// _Caldeira_Castelo_Branco>

Para MIGUEL GORJÃO -HENRIQUES DA CUNHA (2016), esta versão, além de compatível com a tradição, era também congruente em termostemporais com a sucessão de gerações, apesar da natural e justificada desconfiança deprincípio face a exercícios de sucessão genealógica unicamente com base em critérios

geracionais, que, quando abrangem períodos alargados, não só não têm qualquer credibilidade científica ou histórica como são fonte de gravíssimos erros e equívocos .Em suma, esta versão faria Francisco Caldeira de Castelo Branco irmão da Brites Cal-Deira que era dada como sua Mãe, sendo então ele filho (e não neto) dos CustódioCaldeira e Brites Ayres, que acima foram identificados e estão documentados em fontes primárias. Contudo, esta versão é cronologicamente difícil e de facto inverosímil, e para obviar a que o mesmo caminho seja percorrido por outros investigadores, cumpre demonstrá-lo.

Impõe-se notar que, se não sabemos se sobrevive ou não a Família de Francisco Caldeira de Castelo Branco, ou seja, se existem ou não membros do tronco varonil legítimo da sua ascendência, o certo é que o próprio Francisco Caldeira de Castelo Branco apenas deixou descendência feminina, justamente a sua filha única (em todo o caso, a única que chegou à maioridade e que teve descendência) D. Francisca de Castelo Branco, como consta da Sentença do Juiz das Justificações, nunca antes ter sido integralmente publicada.

No Arquivo Histórico Ultramarino, o documento "Rol do que deve ir para a conquista do Maranhão digo Pará", fica claro que a palavra aí usada não é "Lara" mas, sim, "Pará", pelo que se assume que Francisco Caldeira terá tentado fazer o mesmo que Jerónimo de Albuquerque fez com o apelido "Maranhão", que o acrescentou após a conquista.

Uma primeira hipótese, recorrente, mas na qual não se lhe identifica ascendência, é a que o diz natural de Castelo Branco. É uma versão que, durante muito tempo, era Difundida na Internet, porventura até de boafé, na tão interessante quanto perigosa Wikipédia – e leva assim a que, em vários locais, se propague o erro, grave e de repetição totalmente injustificada, de se dizer que não teria como apelido "Castelo Branco" masque era o Francisco Caldeira , de Castelo Branco. Mas não é assim: veja o leitor, quer no perdão régio de 1614 ou na assinatura autógrafa do nosso Capitão-Mor, em 10 de Novembro de 1618, ainda no Pará, já preso e pronto para a deportação para o Reino: em ambos aparece como "Francisco Caldeira de Castelo Branco"

É de realçar que se encontrou um Francisco Caldeira casado com uma Isabel Teixeira, que eram naturais da Covilhã e avós maternos de Maria de Gouveia de Pina,que foi casada com o FSO António Mendes de Castelo Branco . Não é nada provável que este seja o mesmo, até pela informação que temos sobre o seu casamento (e certamente o último) mas também pelo entorno social em causa.

( TT, Tribunal do Santo Oficio, Conselho Geral, Habilitações , António, mç. 11, doc. 415. O processo deste decorreu entre1657 e1660,mastevecartadeFSO a26deSetembrode1659.EsteAntónioMendesdeCastelo Branco "natural de Loriga, concelho de Seia, morador na Covilhã, filho de Domingos Mendes e de Catarina de Pina; Neto paterno de António Mendes Castelo Branco e de Maria Pinto Pereira; e neto materno de António Francisco e de Catarina Lopes. Casado com Maria de Gouveia de Pina, filha de Sebastião de Gouveia Pina e de Brites Teixeira; neta paterna de António de Gouveia e de Isabel Mendes; e neta materna de Francisco Caldeira e de Isabel Teixeira, todos naturais da Covilhã ", "tidos e havido por nobres e gente muito principal, todos cristãos velhos sem raça

de judeu, mouro, ou de alguma infecta naçãocomo antigamente se dizia. Digitalização do processo disponível em http://digitarq.dgarq.gov.pt/details?id=2321858)

Assente, deste modo, que Castelo Branco era parte do apelido e não mera indicação da naturalidade de Francisco Caldeira de Castelo Branco, e que não será por aí que, necessariamente, se poderá descortinar a proveniência das suas raízes, prossigamos na identificação das diversas Famílias que usaram o apelido Caldeira ou Caldeira Castelo Branco em Portugal, nos séculos XVI e XVII. Uma segunda hipótese pode ser buscada no Algarve. Há também, contemporâneos do nosso Francisco Caldeira de Castelo Branco, uns Caldeira Castelo Branco com elevo social (e, por isso, também documental) em Silves e Lagos. Em 1599 morreu, em Silves, um Rui Caldeira de Castelo Branco. Este, segundo a fonte secundária Geneall , morreu em Silves em 20 de Outubro de 1599 e foi " Escrivão das sisas de Silves por dois anos (carta de 2 de Maio de 1581) e Inquiridor de Silves, de propriedade (carta de 21de Jan3eiro de 1588), ofícios herdados de seu sogro, Vicente de Sousa

Esta linha, estudada por Miguel Maria Telles Moniz de Côrte-Real, apresenta a curiosidade de ser marcada pelo uso do nome próprio masculino "Rui", que também ocorre nas gerações de início do século XVII da descendência do nosso Francisco Caldeira. Mas a homonímia para aí, tanto mais quanto este ilustre historiador, verdadeiro especialista nas genealogias do Algarve, nos garante que não se entronca o nosso Francisco Caldeira de Castelo Branco com estes. E isso nos basta.

O nosso Francisco Caldeira poderia ainda ser, talvez, o Francisco Caldeira dito" tesoureiro da pimenta da Casa da Índia ", que morreu na " Cadeia da Corte ", na freguesia de São Martinho (onde ficava efetivamente a Cadeia do Limoeiro), a 4 de Janeiro de 1623,deixando sua mulher por testamenteira. Esta hipótese seria muito sedutora, desde logo porque Francisco Caldeira de Castelo Branco morreu certamente até 1623 e, ao que se sabe, ainda preso após os acontecimentos de 1618

Este Francisco Caldeira "tesoureiro da pimenta" era, sabemo-lo por documentação coeva, filho do Bartolomeu Caldeira que era também Tesoureiro das Especiarias. FranciscoCaldeiraédadocomoFidalgo em dois actos públicos, de1594 ede1597,anos em queestarianametrópole,coisaquenão estádocumentada, por ora, quanto ao "nosso" Francisco Caldeira. No primeiro desses dois actos públicos, aparece como testemunha,juntamente com Francisco Coronel e com o Cavaleiro Fidalgo Francisco Rebelo de Andrade, do dote de "Monja Tomées de Gaula, Cavaleiro e Meirinho do Mar da parte de Belém e sua mulher J.ª Simoa, e sua filha Beatriz Nunes ao Corpo Santo, para casar com Manuel Ribeiro, filho de António Ribeiro, moradores a S. Paulo ", isto em 25 de Maio de 1594; e, três anos depois, em 16 de Julho de 1597, sendo testemunha do arrendamento que seu Pai, Bartolomeu Caldeira, fez, como procurador de D. Cristóvão de Moura, Conde de Castelo Rodrigo" nas casas deste ao Corpo Santo das suas saboarias da Ilha Terceira e São Jorge a Heitor Coronel, por 90K. Em sucessão a seu pai, exercia já o ofício de Tesoureiro das Especiarias da Casada Índia em 1616, e teve provisão dele a 1 de Março de 1617

A versão tradicional sobre a ascendência de Francisco Caldeira de Castelo Branco, aquela retirada essencialmente do conhecido Felgueiras Gayo, vai buscar as suas raízes ao eixo Portalegre-Crato, no Alto Alentejo português. Devo dizer que temos em muito boa conta, em geral, o trabalho como genealogista de Manuel José da Costa ( Felgueiras Gayo), apesar das reacções apaixonadas que, de ódio ou servilismo, gera na comunidade científica ou naquela, mais sublimada, dos genealogistas. Embora muitas vezes se equivoque e esteja demonstrado que em muitos casos foi enganado ou se enganou, o que é verdade é que também há incontáveis exemplos de rigor e verdade crua e dura no Nobiliário das Famílias de Portugal , pelo que é leviano, à partida, rejeitar as propostas genealógicas de Felgueiras Gayo, mesmo quando se deva, sempre, submetê-las – como, aliás, às de qualquer outro investigador – ao crivo da ciência histórica e ao confronto com as fontes primárias que, hoje, com a digitalização e o advento da Internet , se vão tornando cada vez mais acessíveis e democráticas. Francisco Caldeira de Castelo Branco seria filho de Francisco Vaz de Castel Branco, e de sua mulher Brites Caldeira

. Aquele Francisco Vaz de Castel Branco está documentado em fonte primária no seu baptizado em Portalegre (St.ª Maria do Castelo),a 22 de Janeiro de 1558 em 3 de Junho de1599 ou em 12 de Março de 1600 ). E o mesmo se diga de Brites Caldeira , sua mulher, a qual também se encontra hoje totalmente documentada, dela se sabendo que nasceu ou, pelo menos, foi baptizada na vila do Crato a, se bem lemos, 10

de Julho de1567, e ainda vivia a 29 de Julho de 1599, data em que baptizou a sua filha Guiomar; e seria neto paterno de Diogo de Almeida, que terá nascido em Portalegre (Fronteira,Cabeço de Vide), e de sua mulher (casados em Portalegre, St.ª Maria do Castelo, a 5 de Março de 1555) Guiomar Vaz de Castel Branco (filha de outro Francisco Vaz de Castel Branco, que testou em Portalegre a 3 de Agosto de 1568 , e de sua mulher Joana Pereira ); e neto materno de Custódio Caldeira e Brites Ayres , da vila do Crato (ainda era vivo em 9 de Fevereiro de 1588.

Quadro de Theodoro Braga sobre a fundação de Belém do Pará Imagem de <http://www.dezenovevinte.net/bios/bio_tb_arquivos/tb_1908_fundacao.jpg>. Agradece se a autorização para a publicação. Sobre este trabalho, o próprio Autor escreveu um estudo, que foi recentemente republicado, com a explicação do quadro (Theodoro BRAGA, A Fundação Da Cidade de Nossa Senhora de Belém do Pará: Estudos e Documentos Para A Execução Da Grande Téla Historica Pintada Pelo Autor e Encommenda de pelo Benemérito Intendente Municipal de Belém, Exmo. Sr. Senador Antonio J. De Lemos... , Pará, Belém, 1903 (edição fac-similada do original da Reimpressões de Domínio Público Nabu), pp. 15-17: «Dez horas do dia! Sobre uma única paysagem que poderemos chamal-a panoramica, desenrolam-se, separadas por uma baguete da moldura, duas scenas do grande facto histórico. «A direita do espectador vê-se a chegada das três embarcações (caravella, patacho e lanchão) que trazem a expedição civilisadora. Ainda não ancoradas, ellas deixam-se ir ao sabor da corrente, sempre em observações como lhes fôra recomendado. «Em terra, os Tupinambás olhando com ódio a chegada dos seus mortos inimigos; não é com curiosidade nem com admiração o que elles veem, pois conhecem bem os portuguezes, nas lutas, vindos desde o sul do Brasil e atravéz do Rio, Bahia, Pernambuco, Maranhão e, finalmente, nas terras do Pará. O igarapé onde está o seu posto é o que mais tarde foi chamado o Ver-o-peso. «Bordam o lacamento litorâneo dessa zona quantidades de mangues, aturiás, etc. emquanto que para o interior começam-se a distinguir árvores colossaes das enormes mattas paraenses. Para o igarapé chegam ainda outros índios retardários de suas tabas (...) «À esquerda do espectador é o trabalho dos portuguezes senhores e conquistadores, como sempre o foram em todas as emprezas, já em estado de adiantamento. Uma vez escolhido o logar quasi isolado e de bôa altura defensavel, deram mãos á obra. A pequenina taipa, coberta de palhas ainda não ressequidas e já prompta, como promptas já estão algumas palhoças e casebres, habitação dos novos colonos. O forte, com a sua frente de cemitérios entre os quaes peças de artilheria já estão assentadas começa a terminar-se; um muro com sua guarita é construído e o resto avança rapido. Há o vaivem dos trabalhadores portuguezes e indígenas. «No primeiro plano, sob espessa sombra de grandes árvores Castello Branco, cercado de seu estado-maior, commandantes de embarcações, pensa já em preparar a viagem de Pedro Teixeira ao Maranhão afim de levar nóva da fundação de Cidade de Belém. «Da vegeração que orna a paysagem notão-se o assahyseiro, a seringueira, a embaúba, sipós que enrolam-se á árvore colossal que representa a magestade grandiosa das nossas florestas tropicais, palmas e, á beira d'agua, o Mururé é o típico Anningal da Terra Belemense. Ao fundo, no horisonte, destaca-se a longa, fita arroxeada da verdejante ilhas das Onças. «O céu tranquilo e bello ajuda o grande

emprehendimento da fundação da gloriosa cidade equtorial enquanto que para o lado da embocadura do rio uma nuvem plumbea lembra-nos as fortes bategas de água bemfazeja e quase diaria. (...)O rio barrento do Pará deixa quando em vez, por um arrepio da brisa, reproduzir a côr cerúlea do céo”.

DE PERNAMBUCO PARA O MARANHÃO

Era o capitão Francisco Caldeira de Castelo Branco, o comandante do forte da Laje/São Francisco da Barra, no Recife, em Pernambuco, quando veio uma ordem régia, emitida em Março de 1615 e que aí terá chegado em final de Abril, para se avançar em força para a conquista do Maranhão e acabar de vez com a experiência da França Equinocial, que ameaçava consolidar-se no Nordeste brasileiro, facilitada pela distância e, igualmente, pelas correntes marítimas opostas. Não sabemos ao certo se, nesse momento, Francisco Caldeira se encontrava no Recife ou, na verdade, na Bahia, como parece resultar do Livro 1.º do Governo do Brasil.

"O governador despedio [inveja] da Bahia Francisco Caldeira de Castel Branco com os soldados que pode juntar com ordem que se fosse acabar de aviar a Pernãobuco, donde partiu com duzentos e quarenta ou sincoenta homens e quatro navios, elle na capitania, Jeronimo d Albuquerque, filho de Afonso d Albuquerque, almirante, o capitão Francisco Tavares da Costa em hua caravella, João de Sousa em hu barco". Saíram, pois, do Recife os três (ou quatro) navios – duas caravelas eum caravelão grande – no dia 10 de junho. 1

Chegaram no dia 14 seguinte à enseada de Mucuripe, distante três léguas da fortaleza do Ceará, " onde ancoraram e saiu a gente em terra a se lavar e refrescar, porque iam alguns doentes de sarampo, que com isto guareceram, e os sãos pescaram com uma rede, que lhe deu o tenente da fortaleza, e tomaram muito peixe." Aqui achou o capitão Francisco Caldeira três homens, que Jerónimo de Albuquerque, capitão-mor do Maranhão, mandava por terra pedir socorro ao governador, e estes eram Sebastião Vieira, Sebastião de Amorim e Francisco Palhares, dos quais os dois primeiros não deixaram de continuar seu caminho com as cartas que levavam do Maranhão, e outras que daqui se escreveram, mas o Palhares se embarcou na armada assim pelo socorro que já nela ia, como por dizer o tenente que havia poucos dias se partira daquele porto um patacho, que também el-rei mandara de Lisboa com munições e pólvora e mais coisas necessárias."

Três dias, permaneceram em Mucuripe, tendo de novo largado no dia 17, para logo " ancorar ao buraco das Tartarugas aos " . Aí despachou Francisco Caldeira ao seu idioma e a alguns índios, "a uma aldeia da gente do Diabo-Grande, que era um principal dos tobajares assim chamado, ficando entretanto os mais pescando em a praia e comendo abóboras e melancias, que acharam ali muitas, das plantas que havia deixado Manuel de Sousa de Sá quando ali esteve, e Jerónimo de Albuquerque quando passou." Regressados os "embaixadores" com mais quatro índios do Diabo Grande que se haviam oferecido para a viagem, prosseguiu a armada rumo ao Maranhão.

Ao entrar na " barra do rio Apereá, onde surgiram dia de S. João Batista, e ao entrar tocou o patacho, em que ia o capitão-mor, em um banco de areia, de que escapou milagrosamente, porque havendo só cinco palmos de água, e demandando o capitão, indo com as velas todas enfunadas o cortou, ou saltou como quem salta a fogueira de S. João, e se pôs da outra parte do banco onde era fundo”.

Mapa da costa do Ceará e do Maranhão c. 1629, assinalando os locais em que se sabe ter Francisco

Caldeira aportado durante a sua viagem de Pernambuco para o Maranhão: (1) Ponta de Mucuripe, (2)Buraco das Tartarugas e aldeia do Diabo Grande, e (3) Barra do Pereia, de onde depois voltou a sair para entrar pela barra principal em direcção à (4) fortaleza de Jerónimo de Albuquerque

Imagem retirada de Pequeno Atlas do Maranhão ao Grão-Pará, por João Teixeira Albernaz I, carta manuscrita c. 1629, disponível na página electrónica da Biblioteca Nacional do Brasil, em linha em http://objdigital.bn.br/objdigital2/_digital/div_cartografia/cart555828/cart555828.pdf>

1 Frei Vicente do SALVADOR, História do Brasil: 1500-1627, (Capistrano de Abreu, Ed.), S. Paulo e Rio:Weiszflog Irmãos, 1918, págs. 478-481

São Luís do Maranhão c. 1627 – Assinalados (1) o forte de Santa Maria (Guaxinduba), de Jerónimo de Albuquerque; (2) o forte de Itapari (depois, de São José); (3) o forte de São Luís (depois, de São Filipe)

Imagem retirada do "Livro em que se mostra / a descrição de toda acosta do estado do Brasil e seus / portos, barras e sondas delas / Feito Por João teixeira Albernaz moço da câmara de sua Magestade / e seu cosmographo Em Lixboa Annode 1627 ". Disponível na página electrónica da Bibliothèque Nationale de France em linha em <http://gallica.bnf.fr>

Hipotético roteiro de Francisco Caldeira assinalado pela linha em carta de c. 1629: (1) São Luís do Maranhão; (2) Cumá; (3) Ilha de São João; (4) Caeté; (5) Maracanã; (6) Saparará; (7)Belém. No original, o "caminho [por terra] do Maranhão para o Grão Pará"

Imagem retirada de Pequeno Atlas do Maranhão ao Grão-Pará, por João Teixeira Albernaz I, carta manuscrita c. 1629, disponível na página electrónica da Biblioteca Nacional do Brasil, em linha em http://objdigital.bn.br/objdigital2/_digital/div_cartografia/cart555828/cart555828.pdf

GENEALOGIA (2): A DESCENDÊNCIA DE FRANCISCOCALDEIRA DE CASTELO BRANCO E A TRANSMISSÃOFAMILIAR E PATRIMONIAL

1. A F AMÍLIA DE SUA MULHER D. MÁRIA C ABRAL

Diz dona Maria Cabral e dona Francoisca de Castello Branco mulher e filha / do cappitão mor do Pará e moradores neste reino na villa de Santarém / que a ellas lhes forão dadas as terras e chãos que estão na dita conquista / partes doGoverno e estado do Brasil onde tem feitas cazas / e muitas bemfeitorias e se vão cultivando en beneficio dellas /conforme as cartas juntas e poderes de Vossa Magestade dados / ao provedor Manuel de Souza d'Eça e cappitão more para / com mais gosto e mor despeza as hir cultivando e povoando / pede a Vossa Magestade lhe faça mercê de lhas confirmar e passar / carta de confirmação en forma antes de se lhe passar / o tempo que para isso se lhe deu que acaba este Setembro que / ora vem Espera Receber Mercê Asino por mim e por minha filha famílias dona FranBranco Dona Maria Cabral [assinaturaautógrafa]» (...)

2. AS DUAS PRIMEIRAS GERAÇÕES: D. FRANCISCA DE CASTELO BRANCO E UmA LIGAÇÃO À FAMÍLIA HORTA

Comecemos então a dedução genealógica da descendência de Francisco Caldei-ra de Castelo Branco e de sua mulher D. Maria Cabral que, essa sim, está completamente estabelecida até à actualidade, sempre com base em fontes primárias.

I. FRANCISCO CALDEIRA DE CASTELO BRANCO casou com D. Maria Cabral. Pela cronologia dizemos que terão casado, necessariamente, antes de 1598, e que em 1603 viviam em Santarém, na freguesia da Alcáçova. Sabe-se também que tiveram apenas uma filha, num período que podemos situar a partir de 1592 ou, mais provavelmente, a 1598. E que, tendo ou não tido outros filhos, foi esta a única que chegou à maioridade ou, em qualquer caso, que era viva à data da prisão e da morte de Francisco Caldeira de Castelbranco. Foram, assim, pais de:

II. D. FRANCISCA DE CASTELO BRANCO. Admitimos que possa ter nascido por volta de 1592, pois que a data (doação) de terras que recebeu de seu pai, em Outubro de1617, foi pedida por "seus procuradores", o que pode ser indicação de que já teria capacidade jurídica para os nomear, e por isso seria já de maior idade (que na época se atingia aos25 anos). Em todo o caso, já era " maior de vinte cinco anos" em 6 de Julho de 1623,quando obtém sentença do Juiz das Justificações para, como filha única de seu Pai, herdar os seus serviços

III.1. FRANCISCO CALDEIRA HENRIQUES DE HORTA CASTELBRANCO (ou Francisco Caldeira Castelo Branco, como também aparece em documentação, em homenagem ao seu avô materno), que foi baptizado no Cadaval (São Simão da Vermelha), a 4 de Marçode 1632. Em 1640 foi padrinho de baptismo de seu irmão Rodrigo, mas também o encontramos como padrinho de baptismo em 1641 (5 de Agosto) ou em 1648.

III.2. D.JOANA MÁRIA DE CASTELBRANCO , que foi baptizada no Cadaval (Verme-lha), a 3 de Abril de 1634 e terá casado em Torres Novas. Morreu viúva na Quinta deDagorda (por volta de 12 de Junho de 1696). S.g

II.3 SEBASTIÃO DA HORTA CASTELBRANCO, que foi baptizado no Cadaval (Vermelha), a 10 de Maio de 1635. S.g.

III.4. LUÍS CABRAL DE CASTELO BRANCO E HORTA, que segue

III.5. RUI) RODRIGO DORTA CASTELLO BRANCO. Foi batizado como Rodrigo, a 22 de Abril de 1640,na freguesia de São Simão da Verme-LHA, nos seguintes termos: " Em os 22 dias de Abril de 1640 baptizei a Rodrigo, filho de Se-/bastião Dorta Enriques e de Dona Francisca de Castelbranquo sua mu- lher/ moradores na sua quinta da degorda, foram padrinhos Rui Go-//mes Enriques do Bombarral e Dona Mécia de Mello/por seu procurador Francisco Caldeira filho do d.[dito] Sebastião Dorta que /assinou por ele com um seu anel ..."

III. LUÍS CABRAL DE CASTELO BRANCO E HORTA, que terá sido o quarto filho deste casal, nasceu na Quinta da Dagorda (Cadaval, freguesia de São Simão do lugar da Ver-Melha), onde foi baptizado a 23 de Julho de 1636

IV.1. D. FRANCISCA ANTÓNIA DE CASTELO BRANCO LACERDA E HORTA , que segue .

IV.2. D. LUÍSA MÁRIA DE C ASTELBRANCO E HORTA, filha secundogénita, que foibaptizada em Lisboa (São Tom;é), a 31 de Outubro de 1678

3. A TERCEIRA GERAÇÃO: D. FRANCISCA ANTÓNIA DE C ASTELO BRANCO L ACERDA E HORTA E Um LIGAÇÃO À FAMÍLIA BOTADO

Mas seguimos aqui a filha primogénita e herdeira do casal Luís Cabral de Castelo Branco e Orta e D. Maria de Lacerda. Foi ela,

IV. D. FRANCISCA UNTÓNIA DE C ASTELO BRANCO L ACERDA E HORTA . Algumas testemunhas dizem que nasceu na quinta da Dagorda (Cadaval), mas é certo que foi baptizada em Lisboa (Anjos), a 4 de Julho de 1675. Morreu na Abrigada, a 2 de De-zembro de 1699

Deste matrimónio de D. FRANCISCA UNTÓNIA DE CASTELO BRANCO LACERDA E HORTA com António Luís Botado de Macedo nasceram duas filhas:

V.1. D. MÁRIA FRANCISCA UNTÓNIA DE MENDONÇA BOTADO, filha primogénita, que segue no n.º 4, c.g. que se extinguiu.

V.2. D. LUÍSA FRANCISCA JOAQUINA DE MACEDO, filha secundogénita, que segueno n.º 5 deste Capítulo.

4. UM RAMO EXTINTO: SO GALVÃO DE LACERDA

V.1. D. MÁRIA FRANCISCA UNTÓNIA DE MENDONÇA BOTADO (Botado de Macedo) ,filha primogénita de seus Pais, nasceu na Quinta da Dagorda e foi baptizada na freguesiade São Simão da Vermelha (Cadaval), a 22 de Maio de 1698 , aparece logo como madri-nha, através de seu Pai, a 15 de Fevereiro de 1699 . D. Maria Francisca terá morrido a22 de Outubro de 1746

Voltando a Gonçalo Manuel Galvão de Lacerda e sua mulher D. MÁRIA FRANCISCA UNTÓNIA DE MENDONÇA BOTADO; foram estes pais de pelo menos dois filhos:

VI.1. JOSÉ G ALVÃO DE L ACERDA BOTADO DE M ACEDO URAÚJO E ORTA (ou José Galvão de Lacerda Botado e Pina). Nasceu em Lisboa, tendo sido baptizado emSão Vicente de Fora , em 27 de Março de 1715. Morava em Lisboa em 1734.

5º. DO SÉCULO XVIII (1795) À ATUALIDADE: UmLINHA LEGÍTIMA GORJÃO HENRIQUES NA SUCESSÃO DE FRANCISCO C ALDEIRA DE CASTELO BRANCO

PARA SABER MAIS (57) FRANCISCO CALDEIRA DE CASTELO BRANCO PARÁ -NOTAS SOBRE O FUNDADOR DE BELÉM | Miguel Gorjão-Henriques - Academia.edu

Jkg, diz que o Reino do Congo foi fundado por Ntinu Wene, por volta do século XIV, e ocupava a porção centro-ocidental da África, estendendo-se desde o oceano Atlântico, a oeste, até o rio Cuangoa, a leste; e do rio Oguwé, no atual Gabão, ao norte, até o rio Kwanza, ao sul.

Diferente das histórias que aprendemos sobre o reino, Jkg conta aos seus estudantes que o processo de expansão marítimo-comercial, os portugueses travaram contato com várias culturas já consolidadas no litoral e outras regiões do interior do continente africano. No ano de 1483, quando o navegador lusitano Diogo Cão chegou à foz do rio Zaire, encontrou o Congo.

Assim como o reino de Benin e de Mali, o reino do Congo está entre os mais importantes e poderosos do continente africano. No Reino do Congo existia um grande número de províncias ocupadas por vários grupos da etnia banto (principalmente os bakongo), que tem origem nas narrativas míticas sobre a cidade de Ifé.

Apesar de ser um estado centralizado, neste reino existiam administradores locais, vindos de antigas famílias ou escolhidos pela própria autoridade monárquica. O Congo era governado pelo rei, conhecido como manicongo, quetinha odireitode receber os tributos vindos decadaumadas provínciasdominadas. O império consistiadenoveprovínciasetrêsreinos(Ngoy,KakongoeLoango),porém asuaáreadeinfluênciaalcançava os estados limítrofes, como Ndongo, Matamba, Kassanje e Kissama.

A principal cidade do reino era Mbanza, local onde eram tomadas as decisões políticas mais importantes e onde os portugueses entraram em contato com esta civilização africana. A centralização estatal do Reino do Congo e o controle sobre a produção econômica da costa oeste africana coincidiram com a consolidação do Império Ultramarino Português, ao longo do século XV.

As principais atividades econômicas dos congoleses envolviam o comércio de sal, metais, tecidos e produtos de origem animal. A prática deste desenvolvido comércio era feita por meio do escambo (trocas) ou com a adoção do nzimbu, um tipo de concha encontrada exclusivamente na região de Luanda.

O tráfico de escravos foi movimentado pelo contato das autoridades políticas do Reino do Congo com os portugueses. Inclusive, grande parte dos escravos que trabalharam na exploração de ouro no século XVII no Brasil era originária das regiões do Congo e Angola

CONGO
REINO DO
SEGUNDO O PROFESSOR JKG

Vinhais

De Atlas Digital da América Lusa

Aldeia de Uçaguaba

Populacao > Aldeia

antes de 1612 1614

depois de 1614 1757 Vinhais Populacao > Vila

Aldeia da Doutrina

por Manoel Rendeiro

Após a expulsão dos franceses e de seu empreendimento colonizador, os índios aliados dos lusitanos, provenientes de Pernambuco, residiram na Aldeia de Uçagoaba [2] Com a chegada das missões jesuítas no Maranhão, é indicado que a mesma aldeia, porém com nova denominação de Aldeia da Doutrina, foi o ponto de partida do projeto evangelizador.[3]

Por execução do decreto real que previa a emancipação do indígena, fim do domínio missionário sobre os silvícolas, a Aldeia da Doutrina é transformada em Vila de Vinhais, por instalação do capitão-mor governador da Capitania do Maranhão, Gonçalo Pereira Lobato e Sousa, em 1 de agosto de 1757.[4]. De acordo com a lei de 6 de junho de 1755, aldeias que possuíam mais de 150 moradores deveriam ser elevadas à categoria de Vila.[5]

Na Vila de Vinhais, os bens jesuíticos foram arrecadados pelo capitão-mor governador, Lobato e Sousa, e repassados para a Coroa.[6]

Referências

1. ↑ ABBEVILLE, Claude d’. HISTÓRIA DA MISSÃO DOS PADRES CAPUCHINHOS NA ILHA DO MARANHÃO E TERRAS CIRCUNVIZINHAS. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: USP, 1975

2. ↑ MORAES, José de. HISTÓRIA DA COMPANHIA DE JESUS NA EXTINTA PROVÍNCIA DO MARANHÃO E GRÃOPARÁ. Rio de Janeiro: Alhambra, 1987

3. ↑ CAVALCANTI FILHO, Sebastião Barbosa. A QUESTÃO JESUÍTICA NO MARANHÃO COLONIAL. São Luís: SIOGE, 1990.

4. ↑ MEIRELES, Mário Martins. História do Maranhão. 2. ed. São Luís: Fundação Cultural do Maranhão, 1980. 426 p.

5. ↑ LIMA, Carlos de. Historia do maranhao. Brasilia: Senado Federal, 1981. 224 p

6. ↑ LIMA, Carlos de. Historia do maranhao. Brasilia: Senado Federal, 1981. 224.

Citação deste verbete

Vinhais Geometria Ponto Histórico Denominação Início Término
Populacao > Aldeia 1757 1808

Autor do verbete: Manoel Rendeiro

Como citar: RENDEIRO, Manoel. "Vinhais". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Vinhais. Data de acesso: 3 de agosto de 2023.

Vinhais - Atlas Digital da América Lusa (unb.br)

DESENHOS DE PERCY LAU NO “GUIA HISTÓRICO E SENTIMENTAL DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO” DE ASTOLFO SERRA

Pesquisa de Diogo Gualhardo Neves

Percy Lau (1903-1972) foi um ilustrador e desenhista peruano filho de alemães e radicado no Brasil. Seus desenhos a bico de pena possuem uma técnica e precisão até hoje inigualadas, tamanho o detalhamento de sombras, quantidade de elementos no quadro e composição da cena. Contratado pelo IBGE para ilustrar seus livros, viajou pelo Brasil estudando paisagens e tipos humanos.

Astolfo Serra (1900-1978) era maranhense de Matinha e foi contemporâneo de Percy Lau. Ordenou-se padre em 1925. A partir de 1929 militou na Aliança Liberal e no ano seguinte participou da Revolução de 1930, o que lhe rendeu a nomeação para interventor federal no Maranhão pelo Governo Provisório de Getúlio Vargas. Por essa época renunciou aos votos eclesiásticos. Durante o Estado Novo mudou-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, onde foi nomeado em 1942 diretor do Departamento de Turismo e Publicidade da Estrada de Ferro Central do Brasil. Após a redemocratização do país, foi diretor do Departamento Nacional do Trabalho, de fevereiro a novembro de 1946, e presidente da Comissão Técnica de Orientação Sindical do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, de fevereiro e setembro do mesmo ano, além de exercer, interinamente, a presidência da Comissão de Imposto Sindical desse órgão. Foi também presidente da Comissão de Enquadramento Sindical, no mesmo ministério, e membro da Comissão Permanente de Direito Social, onde ficou até 1947. Em 1949 foi nomeado ministro do Tribunal Superior do Trabalho, do qual foi presidente em 1964. Em 1966 tornou-se corregedor-geral da Justiça do Trabalho.

O "Guia Histórico e Sentimental de São Luís do Maranhão", publicado em 1965, foi escrito no Rio de Janeiro, e possui muitas imprecisões (como na primeira imagem, oratório da rua Formosa), além de expor subjetividades do autor (Lord Cochrane como “corsário”), como o próprio título da obra indica. Apesar da alta qualidade dos desenhos de Percy Lau, é muito provável que ele os tenha feito a partir de cartões postais e fotografias do IBGE, dada a semelhança com imagens conhecidas nos dias atuais.

BANDEIRA DA PROVÍNCIA DO MARANHÃO.

RAMSSÉS DE SOUZA SILVA

"Desenhada por Rafael Zaidan M. R. seguindo o modelo proposto pela fonte: [1], e pelo que consta aqui: [2] como bandeira extra-oficial que representava a província, baseando-se também na coleção de Carlos Piquet, onde constam quinze bandeiras numeradas de número 36 até 50, com a rubrica 'bandeiras das antigas províncias do Império', no Museu Histórico Nacional."

JAZIGO DE ANNA JANSEN DE CASTRO SOEIRO LOBO (COROATÁ-MA, 1851)

Filha do rico Mestre-de-Campo José Nunes Soeiro, que se estabeleceu em Viana-MA no séc. XVIII para administrar a Fazenda São Bonifácio (um dos espólios dos jesuítas após a sua expulsão da Capitania do Maranhão), e de Joanna Michaela Jansen Moller.

Neta de Theodoro Jansen Moller, prima de Donana Jansen e pentavó de Marcos Seneor

Anna Jansen de Castro Soeiro torna-se esposa, em segundas núpcias, do Brigadeiro Manoel Telles da Silva Lobo, que veio para o Maranhão com Lord Cochrane para o processo de Adesão da Província à Independência e, após isso, decidiu ficar, fundando a antiga fazenda Santa Cruz em Coroatá-MA (atuais povoados Santa Cruz e Nogueira).

O brigadeiro morre 4 anos depois, em 1855 e, possivelmente, pode estar também sepultado nas imediações do jazigo da sua amada.

Texto: Ramssés Silva

Pesquisa: Marcos Nogueira

JoséNunesSoeirofoitambémoprimeiroEscrivão(Tabelião)dacidadedeViana

A GENEALOGIA SERIDOENSE...

Ramssés De Souza Silva

Estudando Genealogia você acaba, mesmo que indiretamente, entendendo alguns movimentos migratórios. Em relação ao nordeste brasileiro, esse fluxo se intensificou, principalmente, após a expulsão dos holandeses da Capitania de Pernambuco e com o aumento da atuação da Casa da Torre na Bahia, que arregimentou vaqueiros e bandeirantes no intuito de abrir fazendas e expulsar o "gentio" em seus domínios.

Um desses fluxos, que envolve diretamente a saga da minha família, passa por Goiana-PE, sobe rumo a Mamanguape, Mulungus, Portalegre-PB, adentra o sertão paraibano e chega ao Seridó (entre PB e RN). Depois, passa por Catolé do Rocha-PB partindo, então, para o Vale do Jaguaribe-CE, que era a nova fronteira agrícola da época já que, o vale do São Francisco estava exaurido, ocupado em sua totalidade e com disputas agrárias entre sesmeiros.

Esse fluxo migratório acaba por colonizar Russas, São João do Jaguaribe, Guaramiranga, Quixeramobim-CE e tem desdobramentos em área de litígio entre dois Estados, como Independência, Crateús, Tamboril, Boa Viagem, Monsenhor Tabosa, Novo Oriente-CE e até Castelo do Piauí-PI, antiga Marvão. A reta final do caminho dessas boiadas foi o sertão maranhense, em cidades como Caxias, Aldeias Altas, Riachão, Balsas, Pastos Bons, Carolina e Grajaú-MA.

Além de migração motivada pela atividade agropastoril, também percebemos um deslocamento de cunho religioso com clérigos sendo deslocados para os confins das freguesias gigantescas. Vaqueiros, marchantes, mascates, magarefes, fazendeiros, negociantes e clérigos são os atores principais da consolidação dessas rotas.

O LICEU MARANHENSE E O PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE SÃO LUIS

DELZUITE DANTAS BRITO VAZ Professora de História (aposentada) Liceu Maranhense

Neste dia, em que se comemora o Dia do Patrimônio Histórico, vamos nos reportar às sedes do Liceu Maranhense, que faz parte da História da formação intelectual do Maranhão. Pessoas importantes passaram por suas sedes, seja como professores, funcionários, alunos...

Como todo ludovicense sabe, o Liceu Maranhense é uma das escolas mais tradicionais e antigas do Brasil, a sua primeira sede foi no convento da Igreja do Carmo, mas depois foi tendo outras sedes até parar fixamente desde1941 na atual sede, queficana antiga áreado largodo quartel, napraça Deodoro, devido a existência do Quartel do 5° Batalhão de Infantaria.

O Quartel do 5° Batalhão de Infantaria era onde é a Praça do Pantheon. Ficava de frente para o Largo do Quartel com extensão até onde fica Biblioteca Pública Benedito Leite, que não existia na época. Iniciada sua construção em 1793, foi objeto de desvio de verbas, por parte de seu construtor... tem uma história, pois... Sua pedra fundamental foi lançada ainda no período colonial em 1793, sob a denominação de 5.º Batalhão de Infantaria, sendo inauguradoem 1797.Tinhacapacidadepara1.333praças efoiconsideradoum dos primeiros do Brasil com tais acomodações e estrutura.

O quartel foi erigido no centro de uma área vasta, conhecida como Campo de Ourique no governo de D. Fernando Antônio de Noronha, o mesmo responsável pela construção da Fonte do Ribeirão.

Sua longa extensão ia desde o início da atual Praça do Panteon na Rua dos Remédios, atual Rio Branco até o fim das Avenidas Gomes de Castro e Silva Maia, abrangendo atualmente a Praça do Panteon, Biblioteca Pública Benedito Leite e o Sesc.

Em 1841, com a Sagração de D. Pedro II à Imperador do Brasil, os membros do Exército brasileiro no Maranhão para homenagear o Imperador e sua coroação e guardar esse acontecimento para posteridade, projetaram e erigiram um monumento de formato piramidal – A Pirâmide do Campo de Ourique -, em frente do portão de retaguarda do quartel.

Escrevendo para o Sr. Cândido José de Araujo Viana, Ministro e Secretário do Estado dos Negócios do Império,descreveu assim olançamentodaPedradaMemória,opresidentedaprovínciaosenhorJoãoAntônio de Miranda, conforme consta no “Jornal Maranhense” do ano de 1841: “Na tarde do dia 15 houve nova e magnífica parada no campo de Ourique, para onde ainda concorrerão as pessoas mais gradas da capital, e

immenso povo, ahi tive a honra ainda de lançar a pedra fundamental para uma Pyramide, que a corporação Militar inaugurou á Sagração de S. M. o Imperador.”

A partir da inauguração desse obelisco em 1844, toda área da frente do quartel, passou a ser chamada pelo povo de Largo do Quartel e a área posterior, de Campo de Ourique ou Largo da Pirâmide.

A guarnição desse quartel passou por várias denominações ao longo do tempo. Da sua origem até 1908, foi denominado de 5.º Batalhão de Infantaria, passando a chamar-se a partir de então até 1919 de 48.º Batalhão de Caçadores, mudando novamente a partir daí para 24.º Batalhão de Caçadores, denominação que perdurou até 2013, quando voltou a ser um Batalhão de Infantaria Leve, o 24 BIL.

Mas, a primeira sede foi localizada nas dependências da Igreja do Carmo (novo); em seu frontispício lê-se “Liceu 1838”...

"Na fachada principal do Convento do Carmo está a mais luminosa inscrição de São Luís. É uma simples data lavrada em pequena placa de pedra com uma palavra e uma data: (XVI)

LYCEO 1838

"A pedra foi colocada sobre a porta que fica junto à torre do lado de N da igreja ... Assinala a data em que começou a funcionar no rés do chão do Convento o secular instituto de ensino que foi pura fonte onde a mocidade maranhense hauriu por muitos anos da cultura que valeu ao Maranhão o título de - Atenas Brasileira." (p. 24-25).

LOPES, Antônio. Dois estudos maranhenses. São Luís : Fundação Cultural do Maranhão, 1975.

A Igreja e Convento do Carmo foram construídos em 1627 e são extrema importância para a história de São Luís. Possuem pouco da construção original, apenas alguns painéis de azulejos datados de 1866. A igreja tem escadaria em pedra de cantaria e está ligada à Fonte do Ribeirão por uma galeria subterrânea. O Convento serviu de abrigo para as tropas portuguesas na luta contra os holandeses, em 1643, também foi sede do Liceu Maranhense, da Biblioteca Pública e da Polícia Provincial. Ambos ficam em um dos locais mais centrais da cidade antiga e são famosos porque os padres carmelitas criaram grande polêmica na época da construção do Theatro Artur Azevedo, igualmente situado no largo do Carmo, quando exigiram que a casa de espetáculos ficasse voltada para a rua lateral.

Outro local de funcionamento foi a Rua da Estrela, onde hoje funciona uma repartição da Secretaria de Administração ... A sede do Liceu Maranhense foi transferida para a Rua Formosa, no. 56, em maio de 1890. Ver Almanaque do Maranhão, p. 319. São Luís, João d'Aguiar Almeida & Cia., 1896, para o endereço e, quando à data, Pacotilha, p. 3, 28 de maio de 1890 (São Luís)." (p. 262).

Informações autorais: A foto mais antiga é da autoria de Gaudêncio Cunha, enquanto a foto mais recente faz parte do acervo da página São Luís de Antes e Depois.

Esse antigo casarão que fica na esquina da Rua do Giz com a Rua Direita, é tombado pelo Governo federal, e além de ter abrigado o Liceu, também foi sede da Empresa Maranhense de Pesquisas Agropecuárias. De acordo com outras pesquisas arqueológicos revelam indícios de que esse casarão foi edificado no final do século XVIII einício do século XIX, época queSãoLuís começava umagrandemovimentaçãode construções de grandes imóveis devido ao impulso econômico gerada pelo setor agroexportador.

No ano de 2011-2012 o casarão estava com suas condições de precariedade, mas foi restaurado com os custo da Vale para abrigar o Museu da Língua Portuguesa - Maranhão.

Em relação a comparativo, digo que o casarão foi bem restaurado. Digamos que é um dos casarões bem conservados da cidade devido à recente processo de restauração o qual passou. O que podemos listar de mudanças nesses mais de 100 anos, só o que ficou evidente foi a mudança da função do imóvel.

Antes, e por breve período, funcionou no Largo das Mercês

"Praça Luís Domingues - é o primitivo largo das Mercês, onde existiu a igreja de N. S. das Mercês e ainda hoje há o antigo convento da mesma vocação, transformado em quartel de polícia. O convento foi edificado em 1654 e teve momentos de esplendor em sua vida. Decaindo, nele foi instalado oficialmente em 3 de fevereiro de 1863, depois de sofrer reformas, o Seminário de N. S. das Mercês ou pequeno seminário, por iniciativa do bispo diocesano D. Frei Luís da Conceição Saraiva. Nele funcionou por algum tempo o famoso Liceu Maranhense, estabelecimento de instrução secundária criado em 1838 pela lei provincial no. 72, de 24 de julho, na administração do presidente Vicente Tomás Pires de Figueiredo Camargo...". (p. 125). Conforme informa VIEIRA FILHO, Domingos. Breve história das ruas e praças de São Luís. 2a. ed. rev. e aum. São Luís : (s.e.), 1971.

Após o funcionamento da Rua da Estrela. Ficou situado no Parque Urbano Santos desde 1.941. inaugurado por Dr. Paulo Ramos." (p. 1). ARANHA Luiz. Algumas informações sobre o Liceu Maranhense. São Luís : (s.n.). (Informações dadas pelo prof. Luiz Aranha, anexas em MOREIRA, Fernando. Liceu Maranhense - uma memória afetiva. São Luís : Secretaria de Educação, 1988).

COINCIDÊNCIAS E SIMILIARIDADES – PARTE V

HISTÓRIAS DE SÃO LUIS – A ELEIÇÃO DE MATOS CARVALHO

AUTOR: HAMILTON RAPOSO

Em 1955 o Brasil vivia uma grave crise política após o suicídio do Presidente Getúlio Vargas e a posse do seu vice, o político paulista Café Filho. As forças conservadoras, representadas pela UDN, com um discurso anticorrupção e anticomunista não deram tréguas a frágil democracia brasileira, e as eleições presidências de 1955 foram um exemplo deste desconforto antidemocrático. Mesmo com toda ameaça golpista, a chapa liderada por Juscelino Kubitschek / João Goulart (PDS / PTB) venceram as eleições com 36% dos votos, contraa chapa encabeçadaporJuarezTávora(UDN/ PDC)com 30%eachapalideradaporAdemar deBarros (PSP) com 26%.

Neste ano (1955), acontece a morte de um general da reserva, então presidente do Clube Militar, fato que abriu uma crise institucional após o discurso do diretor da Escola Superior de Guerra, Coronel Bizarria, durante o sepultamento do general. Afirmava o Coronel Bizarria, com toda sua eloquência, que os militares não deveriam aceitar o resultado das eleições, pois temiam que com a posse de Juscelino e João Goulart, o Brasil se transformaria em um satélite do regime comunista. Nesta ocasião, o General Henrique Teixeira Lott, então Ministro da Guerra, desmonta todo o golpe político-militar, e garante de forma republicana a posse de Juscelino Kubitschek em janeiro de 1956.

Em 1955, como não poderia ser diferente do Brasil, no estado do Maranhão se disputa uma acirrada eleição para o governo do estado, com inglórios e cisma no grupo liderado pelo senador Vitorino Freire. Disputaram a eleição majoritária Dr. José de Matos Carvalho, médico e político atuante, candidato pelo PSD e o militar Hugo da Cunha Machado pela UDN, sendo eleito com 54% dos válidos o Dr. José de Matos Carvalho. O resultado desta eleição foi contestado nos tribunais e devido à cisma no grupo de Vitorino Freire, a posse do governador eleito aconteceria somente em 26/03/1957. No período de 31/01/1956 a 09/07/1957, estiveram à frente do governo do estado os deputados estaduais Alderico Silva e Eurico Ribeiro.

O Brasil além das confusões políticas, tinha cultura e futebol. O Vasco da Gama é o grande campeão carioca de 1956 com um timaço formado por Carlos Alberto, Paulinho, Bellini, Laerte e Orlando; Coronel e Livinho; Lierte, Pinga, Valter e Vavá. Em São Luís o Sampaio Corrêa, a tradicional Bolívia Querida, foi o grande

campeão maranhense com um escrete de craques formado por Dodô, Terrível e Wallace; Cascaria, Élber e Barrado; Garcia, Gedeão, Henrique Santos, Reginaldo e Ivar.

OBrasilinteirocantou,dançoueseesbaldou comamúsica“EuvouparaoMaracangalha”deDorivalCaymmi no Carnaval de 1956. A música fez tanto sucesso que virou até nome de boate na antiga zona boêmia de São Luís, na tradicional Rua da Palma.

Em 1956 os brasileiros se emocionaram, cantaram e dançaram de rosto colado ao som da música Conceição, na voz do inigualável Cauby Peixoto. Era a época de ouro do rádio.

Maria Inês Saboia em 1956 debutava no colunismo social e coordenou o concurso de Misse Maranhão, sendo aescolhida arepresentantedomunicípio deCaxias, ajovemMariaAliceCastelo,querepresentou oMaranhão no concurso Misse Brasil, evento patrocinado pelos Diários Associados e que escolheu a representante do Rio Grande do Sul, Maria José Cardoso, como Misse Brasil.

Em 1956 o deputado estadual Ivar Figueiredo Saldanha é escolhido como novo Prefeito de São Luís e em 1957 ele deixa a Prefeitura para assumir o cargo de Secretário de Finanças do Estado. Ivar Saldanha foi um dos maiores políticos do Maranhão.

Entre festas e embates políticos, Dr. José de Matos Carvalho concluiu o seu mandato e em 1960 com muitas dificuldades, comanda a eleição do Dr. Newton de Barros Belo para o Governo do Estado. Aí começa uma outra história.

NOTA DO EDITOR

José de Matos Carvalho (Barreirinhas, MA, 2 de maio de 1905 – local não determinado, 15 de maio de 1993) foi um médico e político brasileiro que foi governador do Maranhão.

FilhodeJoaquimSoeirodeCarvalhoeJenuínadeMatosCarvalho. Apósmudarpara SãoLuís afimdeestudar no Liceu Maranhense, foi para o Rio de Janeiro onde formou-se médico pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Eleito vereador em São Luís via PST em 1947, foi guindado à presidência da Câmara Municipal. Secretário de Saúde no governo Eugênio de Barros, dele recebeu apoio para eleger-se governador do Maranhão via PSD em 1955

A tranquilidade do PSD rumo ao Palácio dos Leões acabou quando Alexandre Costa, candidato a vicegovernador, aderiu a Cunha Machado (PTN). Naquela época as eleições para governador e vice-governador ocorriam de forma separada, razão pela qual José de Matos Carvalho recebeu o apoio de Colares Moreira, integrante formal da chapa de Cunha Machado. Imerso neste cenário buliçoso, o eleitor escolheu Carvalho e Costa para os cargos em disputa, mas as sequelas do rompimento levaram a uma batalha judicial decidida apenas em 9 de julho de 1957 quando o Poder Judiciário convalidou o resultado das urnas.[nota 2]

Em 1962 foi eleito deputado federal e também suplente do senador Sebastião Archer [nota 3] Com a instauração do Regime Militar de 1964 e posterior outorga do bipartidarismo através do Ato Institucional Número Dois, ingressou na ARENA elegendo-se segundo suplente do senador José Sarney em 1970.

RUA SÃO JOÃO X RUA DO SOL, CENTRO, 1960

Uma imagem, um recorte, uma pequena fonte, uma representação do passado, é uma fotografia que mostra cenários do cotidiano de São Luís do Maranhão no início dos anos 1960, era uma cidade muito pequena mas cheio de problemas. São Luís da época de Ivar Saldanha como prefeito da cidade e José de Matos Carvalho como governador do estado, Maranhão do país Estados Unidos do Brasil, governador por JK, Brasília seria inaugurado e eleições iriam acontecer, a Espada de Ouro(Marechal Lott) x Vassorinha (Jânio Quadros). Brasil chegando nos anos 1960, década de muita agitação cultural e política.

Na foto, podemos ver o cenário oitocentista da cidade, os transeuntes, trilhos e o bonde que estava descarrilhado. Cenário de acidente, nesse caso da foto, foi uma colisão de um bonde com ônibus(o ônibus não aparece na imagem).

Imagem de jornal, chamado de clichê, é para ilustrar, compor texto de uma matéria de jornal. O jornalista com sua câmera, ou o repórter com sua nota e seu colega repórter fotográfico com a câmera para registrar o ocorrido. Várias fotos, várias fotos, poucos são selecionados, o resto é guardado no arquivo do jornal ou o próprio fotográfico fica com as fotos ou negativos. Uma coisa que é bem nebulosa na pesquisa fotográfica são os arquivos fotográficos dos nossos jornais, sempre tive uma curiosidade como é o tratamento arquivistico sobreas fotos dejornais antigos aindaem atividade pelo nosso estado, seráqueestão conservados ou a maioria se perdeu? Não sei.

Uma coisa, eu sei: Rapaz, não era fácil andar nessas ruelas, dividindo pequeno espaço com ônibus, carros, caminhões, bondes ecarroceirosnomesmo espaço, essascolisões aconteciam eparavam otrânsitoda pequena cidade de São Luís.

: Jornal do Dia, 1960

Flaviomiro Mendonça

VOCÊ CONHECE O ECOMUSEU SÍTIO DO FÍSICO?

O Sítio Santo Antônio das Alegrias, popularmente conhecido como Sítio do Fisico, devido ao seu primeiro proprietário, Antonio José da Silva Pereira, o físico-mor da Capitania do Maranhão, é de tamanha beleza singular. Neste espaço, o físico edificou o primeiro complexo insdutrial planejado de todo o Brasil no início do séc. XIX, com curtume, fornos de cal, olaria, salina, soque de arroz etc. Também, nos arrabaldes das ruínas, foi encontrado um sambaqui de 6.600 anos,tipo de sítio arqueológico caracterizado pelo grande concentração de conchas, que são restos alimentares.No meio das conchas também foram encontrados artefatos, como machados de pedra, vestígios de fogueira, cerâmicas, batedores, sepultamentos etc. Devido ao seu grande valor histórico e nível nacional , foi tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Artístico e Nacional) em 1980.Hojesuas belezas estãoexpressasem suasruínasematas,àsmargens doRioBacanga,umdos principais da Ilha de Upaon-Açu. Em 2006, o sítio foi transformado em ecomuseu, promovendo o desenvolvimento sustentável na Bacia Hidrográfica do Bacanga, em especial a defesa da pesquisa, promoção e divulgação do seu patrimônio natural e cultural.

@portocultural_oficial @maramazon_ #ecomuseusitiodofisico #sitiodofisico #riobacanga #arqueologia #arqueologiadomaranhao #sambaqui #conhecasaoluis

José da Cunha Santos

Espanhol radicado no Maranhão, onde prosperou no comércio. Casou com uma maranhense oriunda de tradicional família da antiga Vila de São José de Guimarães. Aportuguesou seu sobrenome para melhor aglutinarse pela sociedade luso-maranhense. Sua casa comercial ficava na atual Rua Portugal e sua história é alvo de estudo na Tese do professor Diogo Gualhardo Neves , membro do IHGM.

Às vésperas do aniversário dos ditos 411 anos da nossa capital, um conglomerado metropolitano de, aproximadamente, 1 milhão e 200 mil habitantes, poucos fazem idéia do que era a cidadela de São Luís em seus primeiros anos.

No último quartel dos anos 1600, quando a cidade de São Luís ainda engatinhava e tinha menos de 80 anos de fundação, a Casa de Câmara e Cadeia começou a organizar listas de cidadãos residentes na cidade, seus cargos e os nomes de seus filhos. Essas listas deviam funcionar como uma espécie de censo, que nortearia a ocupação dos cargos públicos e, provavelmente, as ações urbanísticas da velha urbe.

Esses registros também servem de fonte de pesquisa genealógica, uma vez que nos mostram algumas das primeiras famílias de não indígenas a habitarem essa terra e a iniciarem a nossa organização administrativa municipal.

Entre esses nomes, podemos encontrar alguns conhecidos da historiografia maranhense e outros novos.

Pertencentes à família Beckman, marranos, encontramos Thomaz Beckman (irmão do Manoel Gunthardt Beckman enforcado), Alberto Beckman e Manoel Inocêncio Beckman. Alberto e Manoel (que não é o enforcado) aparecem como "estudantes", o que pode denotar sua possível tenra idade. Thomaz aparece como ocupante de cargo público. Já era um homem maduro à essa época. Dúvidas pairam no ar: por que não aparecem, explicitamente, os filhos de Thomaz, que é tido, por muitos, como o único Beckman que deixou

LIVRO DE LISTA DA COMPANHIA DA NOBREZA, CÂMARA DE SÃO LUÍS (1689-1710).
Ramssés De Souza Silva

descendentes? Alberto seria um terceiro irmão Beckman? Manoel, homônimo do enforcado, seria filho ou sobrinho deste? Perguntas que exigem maiores investigações.

Aparece também na lista o nome de Gregório de Andrade de Afonseca, também marrano, tio da famosa descendente de cristãos-novos "Rainha Estér do Maranhão", cuja história pitoresca, na missa de Natal de 1721 na Igreja do Carmo, eu já contei por aqui. Gregório consegue data de terras e se embrenha na Baixada Maranhense (assim como os Beckman fizeram para as bandas de Vitória do Mearim) e se entrelaça com a família Cutrim. A família de Gregório foi investigada sistematicamente pelo Santo Ofício pela prática de judaísmo.

Aparecem também os três irmãos pioneiros da família Serejo no Maranhão: Antônio Serejo (já falecido), o alferes Francisco Serejo e Manuel Serejo. Esses irmãos entraram no Maranhão e se instalaram em São João de Cortes, um aldeiamento de brancos na Capitania de Cumã, atual município de Alcântara. Depois, migraram pra região de Viana, onde se misturaram às famílias locais e deixaram vasta descendência, notada até hoje em todo o Estado.

Acha-se também na lista João Reiol, um pioneiro da família Rayol no Maranhão e provável parente ou ancestral do grande músico Antônio Rayol.

Esse documento, importantíssimo para entendermos nossas origens, também nos mostra como era feita a organização social de modo a evitar a mutabilidade no "status quo" desde épocas primitivas. Isso garantia a determinados clãs uma série de privilégios, passados de pais para filhos. Esse arcabouço social só iria se transformar significativamente no período pombalino, quando novas famílias de estrangeiros migraram para o Maranhão e fizeram dos consórcios nupciais uma forma de ascenção social mas, isso é tema para outra publicação.

Parabéns, São Luís! Espero que tenham gostado. Compartilhem!

Texto: Ramssés Silva

Créditos: Christoffer Melo

Fonte: Registros de listas dos cidadãos, da companhia de capitães, de capitães reformados, dos filhos e cidadãos privilegiados e dos privilegiados (1689-1710). Arquivo Público do Estado do Maranhão - APEM.

Link: http://apem.cultura.ma.gov.br/siapem/index.php#

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