2-Informe ASAMI FIXADORES EXTERNOS

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Informe Ano I − número 2

A. S. A. M. I. Órgão de divulgação do Comitê ASAMI de Fixadores Externos

Especial

X CICARAO A Região Sul do Brasil recebe a comunidade dos fixadores externos

Artigo de Opinião Complicações associadas à osteogênese de distração no tratamento da pseudartrose infectada diafisária femora na presença de falha óssea

Resumos Comentados


Diretoria eleita do Comitê ASAMI Biênio 2011 - 2012

Dentre as várias diretrizes da nova diretoria, as prioridades são: a regionalizacão da especialidade através de cursos itinerantes e a responsabilidade de receber o Congresso Mundial de Reconstrucão e Alongamento Ósseo.

Presidente Rubens Fichelli Junior (SP)

2o Secretário Marcus Pretti (SP)

Vice-presidente Renato Amorim (SC)

1o Tesoureiro Paulo Reis (SP)

1o Secretário Renato Slomka (RS)

2o Tesoureiro Luiz Lopes Lima (PE)


Informe Ano I − número 2

A. S. A. M. I. Órgão de divulgação do Comitê ASAMI de Fixadores Externos

Palavra do Presidente

O que vem por aí!

É

com muita satisfação que vemos a continuidade do nosso boletim informativo com a distribuição do segundo exemplar do Informe ASAMI. Estamos nos dedicando para que este informativo se torne cada vez mais um canal de comunicação entre o Comitê, seus membros associados e toda a classe dos colegas ortopedistas. Nos dias 3 a 5 de setembro ocorreu, em Gramado (RS), o X CICARAO - Congresso Internacional do Comitê Asami de Reconstrução e Alongamento Ósseo da SBOT. Foi um evento de grande sucesso e sua principal característica foi a inovação no que se refere aos palestrantes e nos temas abordados. Além do tema principal, osteomielite, que foi amplamente debatido por especialistas de diferentes áreas, o conteúdo científico de alta qualidade e a programação social variada contribuíram para que os participantes recebessem informações atuais de qualidade e desfrutassem do agradável convívio em Gramado. Estivemos em Buenos Aires, nos dias 23 e 24 de agosto, representando o Brasil durante o XII Congresso Internacional Asami 2010 e a convite dos Drs. Claudio Edgardo Primomo (presidente do congresso) e Osvaldo Raul Cordano (presidente do Asami da Argentina), que nos deram a oportunidade de mostrar a experiência do Comitê Asami Brasil nas mais diversas patologias ortopédicas, além de terem nos recebido com muito carinho e simpatia. Nos dias 20 a 22 de outubro estivemos representando o Comitê Asami Brasil em Barcelona, durante o “International Congress on External Fixation & Bone Reconstruction”, 6th Meeting of the A.S.A.M.I International e 3rd World Congress On External Fixation. Neste evento, as sociedades de fixação externa se uniram para que os congressos mundiais sejam únicos e bianuais. Já estamos nos organizando para o próximo Congresso Mundial Asami 2012, na Bahia, que acontecerá no Hotel Ibero Star, na Praia do Forte. Vá se programando para participar deste evento num local maravilhoso, com toda a infraestrutura para a parte científica e excelentes opções para lazer e relaxamento. Não deixem de acessar o nosso site: www.asamifix.com.br, onde estaremos atualizando todas as informações referentes ao Comitê. Um grande abraço!

Dr Hilário Boatto

Presidente do Comitê Asami de Reconstrução e Alongamento Ósseo da SBOT


Coluna dos ex-presidentes

Preenchendo uma importante lacuna

N

este “um novo canal de comunicação”, temos “o início de um futuro muito próximo...” pois o Informe é o “órgão de divulgação do Comitê ASAMI de Fixadores Externos”, que está efetivo e presente no nosso dia-a-dia. Seguindo as opiniões dos colegas no primeiro Informe ASAMI, penso que todos nós, associados, estamos muito felizes e orgulhosos com esta realização da atual Diretoria, brilhantemente presidida pelo Prof. Dr. Hilário Boatto. Tendo como editor responsável o Dr. Rubens Fichelli Jr., que vem comprovar seu compromisso com o trabalho em prol de nosso proveito, concretiza-se com qualidade a realização ousada de promover este Informe ASAMI e mostra-nos a capacidade inegável para continuar à frente da nossa associação como presidente eleito para o próximo biênio. Desde a escolha do nome, com objetivo de informar, tendo espaço para opiniões, atualizações com artigos comentados, o setor lúdico para as entrevistas, comentários de trabalhos ligados à área de alongamento e reconstrução óssea, apresentação de serviços formadores de especialistas, local para destaques e a agenda de eventos, tudo faz deste órgão de divulgação tão jovem, um modelo já maduro e capacitado a preencher importante lacuna no nosso arsenal disponível. Certo dia, em Jundiaí-SP, durante um dos cursos promovidos com a decisiva participação da estrutura e do trabalho com qualidade irrepreensível do Dr. José Carlos Bongiovanni junto ao Comitê ASAMI, do qual eu era eu presidente na época, fui abordado pelo saudoso Prof. Dr. José Laredo Filho, um dos membros honorários deste Comitê, que me cobrou a iniciativa de criar uma forma para melhorar a comunicação e divulgar a qualidade excepcional do trabalho realizado pelos ortopedistas brasileiros na área, o que na época já era reconhecido internacionalmente. Acredito que neste momento, compartilhado por vários colegas, tenha sido plantada a semente para que hoje possamos desfrutar deste espaço, e espero que o Informe ASAMI venha se fortalecer como um veículo para apresentação de trabalhos de autores nacionais, mesmo já publicados em outras revistas previamente. Considero essencial que as atividades do nosso Comitê ASAMI de Alongamento e Reconstrução Óssea continuem sendo ousadas, estimulando os estudos e análises sobre a regeneração tecidual, o uso de substitutos ósseos e estimuladores para agilizar o tratamento de lesões e perdas ósseas, temas estes atuais e com vasto campo de perspectivas, ligados diretamente à filosofia do nosso Comitê. Que as iniciativas continuem florescendo, frutos da união de todos os membros do Comitê, promovendo a participação sem disputas desnecessárias, com a qualidade necessária e a experiência essencial para aprimorar, fortalecer, renovar e fazer crescer ainda mais o Comitê ASAMI de Alongamento e Reconstrução Óssea da SBOT, que tem pelo futuro grandes missões como sediar, em 2012, na Bahia, o primeiro Congresso da Sociedade Internacional de Fixação Externa. Acredito que a participação de todos nas ações do Comitê é que trará a consistência necessária para seu crescimento. Finalizando, agradeço a oportunidade de ocupar este honroso espaço e também de fazer parte do corpo de editores do nosso Informe ASAMI. Abraço a todos,

Wagner Nogueira da Silva Presidente no Biênio 2001-2002


Informe Ano I − número 2

A. S. A. M. I. Órgão de divulgação do Comitê ASAMI de Fixadores Externos

Editorial

E Corpo Editorial Editor responsável Dr. Rubens A. Fichelli Junior Editor Associado Dr. Rodrigo Mota Pacheco Fernandes Corpo Editorial Dr. Arnaldo Blum, Dr. Renato Amorim e Dr. Wagner Nogueira

stamos muito felizes e orgulhosos pela repercussão positiva que nosso primeiro boletim proporcionou. Mantemos o firme propósito de democratizar a informação, sabemos das dificuldades de oferecer a informação adequada para setores diversos e diferentes níveis de demanda, mas a insistência do corpo editorial será incansável na busca deste propósito. Gostaríamos também que o boletim fosse um instrumento de incentivo à produção cientifica. A área de reconstrução e alongamento ósseo possui grande carência de novos trabalhos e artigos científicos de bom nível de evidência e que demonstrem efetivamente a grande evolução do trabalho que desenvolvemos. O Comitê Asami de Reconstrução e Alongamento ósseo não é simplesmente a reunião de ortopedistas que fazem uma determinada técnica cirúrgica, mas de ortopedistas comprometidos e envolvidos com a reconstrução do aparelho locomotor, e de suas novas técnicas de alongamento, correção de deformidades e substitutos ósseos. Devemos nos envolver cientificamente em nossos serviços e universidades, principalmente com as ciências básicas. Novos espaços estão sendo criados em nossos cursos e congressos para apresentação destes trabalhos, e exemplo deste incentivo foi a abertura de espaço nobre em nosso X CICARAO (Congresso Internacional do Comitê Asami – Reconstrução Óssea), realizado em Gramado, para a apresentação dos temas livres, os quais se mostraram de excelente qualidade. Este incentivo deve ser constante por parte da Diretoria do Comitê e do Corpo Editorial deste boletim. Boa leitura a todos!

Rubens Antonio Fichelli Jr.

Diretoria ASAMI

Editor Responsável

Presidente Dr Hilário Boato Vice-Presidente Dr. Rubens A. Fichelli Jr.

Sumário

1º Secretário Dr. Marcos Pretti 2º Secretário Dr. Fernando Adolphsson 1º Tesoureiro Dr. Paulo Reis 2º Tesoureiro Dr. Renato Amorim

Especial

6 Artigo de opinião

Comissão Científica Dr. Fernando Adolphsson

Resumos comentados

Dr. Rubens A.Fichelli Jr.

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Meu Serviço Conteúdo editorial e Projeto gráfico www.cincomaisdesign.com.br

Agenda/Eventos

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Especial

X CICARAO A Região Sul do Brasil recebe a comunidade dos fixadores externos Cerca de 350 inscritos, 10 convidados internacionais e mais de 70 palestrantes nacionais fizeram do X CICARAO um evento memorável, que ainda se somou às incríveis atrações turísticas da cidade de Gramado.

A

recepção afetuosa do anfitrião e presidente do Congresso, Dr. Renato Slomka e de sua esposa, Sra. Sara Slomka, à frente da comissão social, deram o toque descontraído e acolhedor do encontro. Realizado entre os dias 3 e 5 de setembro, no Hotel Serrano, o congresso foi aberto com palestras marcantes sobre a vida e obra do Prof. Gavril Abramovich

Dr. Renato Slomka, presidente do X Cicarao, e Dr. Hilário Boatto, presidente do Comitê ASAMI de Reconstrução e Alongamento Ósseo. Grande esforço para realizar um congresso de alto nível

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Ilizarov, apresentadas pelo Dr. Slomka, contando sua experiência pessoal do convívio com o professor, e também pela filha do inesquecível mestre, Dra. Svetlana Ilizarov, fisiatra e médica do Special Surgery Hospital, em Nova Iorque. Contando em detalhes as pesquisas iniciais e a vida do seu pai, Dra. Svetlana ressaltou a precocidade dos princípios introduzidos pelo Dr. Ilizarov, que se mantém atuais e que hoje norteiam a reconstrução e alongamento ósseo, independente do método de fixação empregada. Além das palestras de abertura, o primeiro dia de congresso foi marcado pelas apresentações da Dra. Marina Makarov, Dr. M. Samchukov (Texas Scottish Rite Hospital) e Dr. D. Nayagan (Inglaterra) que discorreram sobre ciências básicas da reconstrução. Outros destaques do X Cicarao foram as sessões e debates sobre osteomielite crônica, onde especialistas de outras áreas interagiram com os ortopedistas trazen-


Especial

Presenças constantes nos congressos de fixação externa, os Drs. Maurízio Catagni, Rubens Fichelli e José Vicente Felicci, ex-presidente do Comitê ASAMI.

Dr. Renato Slomka durante palestra em homenagem ao Prof. Ilizarov.

Também na cerimônia de abertura do X Cicarao, Dra. Svetlana Ilizarov.

Dr. D. Nayagan durante sua conferência.

do informações e a visão especializada da Infectologia, com o Dr. Jaime Rocha (RS), e Câmara Hiperbárica, com o Dr. Osvaldo Cordano (ARG). Sobre o tratamento cirúrgico da pseudoartrose falaram o Dr. Maurizio Catagni, sempre contribuindo com os congressos nacionais da ASAMI, e o Dr. D. Nayagan (Inglaterra). No período da tarde do primeiro dia, as mesas redondas e aulas sobre trauma levaram o público a interagir com os apresentadores sobre as indicações e manejo da fixação externa no trauma. A continuidade do congresso trouxe à atenção e participação dos congressistas palestras sobre quadricepsplastia e com enfoques diferentes. O Prof. Franklin Rodrigues falou sobre o procedimento de Judet e o Dr. Fernando Adolphsson expôs a técnica desenvolvida por ele no INTO de quadricepsplastia minimamente invasiva. Outras palestras de destaque foram a da Dra. Marina Makarov, sobre a monitorização eletromiográfica transoperatória, e a do Dr. Samchukov, sobre a osteotomia de suporte pélvico, desenvolvida pelo próprio especialista. A Dra. Carolina Escalda (Hosp. Garcia da Orta–POR) mostrou a experiência de seu serviço com a artrodiastase. Samchukov ainda apresentou a experiência do hospital texano no tratamento de deformidade da coluna vertebral com fixador externo de Ilizarov. Na parte da tarde, a mesa redonda de controvérsias chamou a atenção comparando as técnicas de osteotomia da tíbia no tratamento das artroses unicompartimentais. Defendendo o fixador externo, o Prof. José Carlos Bongiovanni (SP) e a placa e correção aguda, o Dr. Luiz Roberto Marczyk (RS), ambos com exposições brilhantes. O Dr. Paulo Reis fechou o segundo dia de

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Especial programa, mostrando sua experiência com a correção de deformidades tridimensionais, utilizando o fixador externo Taylos Spatial Frame, ainda como nota prévia, mas com resultados muito animadores. No último dia do congresso, as grandes falhas e o tratamento de deformidades complexas foram temas através das palestras dos Drs. Jose Eduardo Arantes (SP), Ruth Gonçalves (SC) e Osvaldo Clinco (SP). O Dr. Rodrigo Mota expôs a experiência, do Hospital da Polícia do Rio de Janeiro no tratamento de pseudoartroses secundárias a fraturas por PAF de alta energia.

O fórum de defesa profissional foi também destaque, quando representantes do CRM-RS, advogados e empresas fornecedoras de materiais cirúrgicos (representados pelo Sr. Luiz Torres, da Orthofix) discutiram com a platéia temas relacionados à autorização de procedimentos e materiais. No encerramento, o Dr. Renato Slomka premiou o melhor entre os 18 temas livres apresentados, que ficou com o Dr. Fábio Lucas e o tema Tratamento de Fraturas Expostas de Tíbia: Estudo prospectivo randomizado entre fixador externo e haste intramedular bloqueada. Agora, até a Bahia em 2012!!!!!!!!!

ASAMI Argentina Presentes no X CICARAO em Gramado, representantes da ASAMI Argentina representaram seu país, prestigiando e participando ativamente do Congresso. Um importante intercâmbio científico está cada vez mais firme para a união dos especialistas em reconstrução e alongamento ósseo da América do Sul. Dr. Rubens Fichelli Jr. com o presidente da ASAMI Argentina, Dr. Osvaldo Cordano, no X CICARAO, em Gramado.

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Fixadores Internos e Externos


Artigo de Opinião

Complicações associadas à osteogênese de distração no tratamento da pseudartrose infectada diafisária femoral na presença de falha óssea A. L. L. Blum, J. C. Bongiovanni, S. J. Morgan, M. A. Flierl, and F. Baldy dos Reis Complications associated with distraction osteogenesis for infected nonunion of the femoral shaft in the presence of a bone defect: A RETROSPECTIVE SERIES J Bone Joint Surg Br, Apr 2010; 92-B: 565 - 570. ARNALDO L. L. BLUM Prof. Titular de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde – UNIG. Prof. Titular de Ortopedia e Traumatologia da Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda – UNIFOA. Prof. Adjunto de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Gama Filho – UGF. Doutorado em Ortopedia e Traumatologia – Universidade Federal de São Paulo – EPM - UNIFESP. Mestrado em Ortopedia e Traumatologia – Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões – TCBC. Titular da A.S.A.M.I. e Reconstrução e Alongamento Ósseo da SBOT.

As hastes intramedulares são consideradas como tratamento padrão para fraturas diafisárias femorais. Taxas de pseudartrose após hastes intramedulares anterógradas são relatadas com uma média variando entre 0,9% e 8%. A pseudartrose é de difícil tratamento para ambos, cirurgião ortopédico e paciente, e tem uma carga maior no custo para os sistemas de saúde. Vários fatores de risco apresentados na pseudartrose foram identificados. Sexo, idade, presença de diabetes e osteoporose, tabagismo, uso de analgésicos não esteroides e abuso de bebidas alcoólicas, todos representam em geral fatores de risco, enquanto que as características das fraturas, infecção, dano vascular e traumas de alta energia ou politraumatizados são considerados fatores locais de risco. A classificação tradicional nas pseudartroses hipertrófica, normo/ oligotrófica e atrófica foi recentemente questionada e uma confiabilidade radiográfica, laboratorial e diagnóstica clínica do retardo de consolidação ou pseudartrose continua a ser uma tarefa difícil. As quatro principais causas de pseudartrose são: estabilidade insuficiente da fratura, fragmentos avasculares, presença de falha óssea e infecção. A infecção pode ocorrer como uma complicação da lesão inicial ou como um efeito adverso do tratamento. A pseudartrose infectada é caracterizada

pela formação de osso necrótico, crescimento de tecido de granulação, osteólise e mobilidade excessiva do foco da fratura, que resulta no afrouxamento do implante e/ou rotura. Assim, o resultado pode ser considerado um dos mais complexos e desafiadores entre as complicações ortopédicas. O objetivo do tratamento da pseudartrose infectada inclui a cura da infecção, a consolidação óssea, restauração do alinhamento e comprimento do membro e recuperação da função. Estratégias atuais de tratamento propõem inicialmente a eliminação da infecção seguida pela consolidação da fratura. Para a pseudartrose infectada, o método de Ilizarov é considerado o de maior sucesso no tratamento. Falhas ósseas entre os fragmentos estão presentes após desbridamentos radicais da pseudartrose infectada com encurtamento agudo. A osteogênese de distração é a opção viável de tratamento. Entretanto, até o momento atual não existe um protocolo oficial ideal para o tratamento da pseudartrose infectada diafisária femoral na presença de falha óssea. Nosso estudo retrospectivo foi projetado para avaliar as complicações relacionadas aos desbridamentos radicais, seguidos por osteogênese de distração como método de tratamento para a pseudartrose infectada diafisária femoral

com falha óssea. Embora esse método seja comumente utilizado no tratamento da pseudartrose femoral infectada com falha óssea, concordamos que ele está associado a um número significante de complicações. Esse estudo foi aprovado pela comissão de ética da Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP) e Universidade de Nova Iguaçu (UNIG). Nesse critério foram incluídos pacientes entre nove e 65 anos de idade no momento de diagnóstico de pseudartrose infectada diafisária femoral com falha óssea, admitidos no Centro de Traumatologia. Os pacientes com pseudartrose asséptica, ou pseudartrose infectada sem falha óssea, foram excluídos. Adicionalmente, para inclusão, os pacientes teriam que ter no mínimo dois anos de acompanhamento. As informações foram obtidas pela revisão dos prontuários médicos e radiografias e incluíram gênero, idade, características da fratura, lesões associadas, mecanismo do trauma, método inicial de tratamento, microorganismo encontrado e número de cirurgias prévias. De acordo com a última definição pelo FDA (Food and Drug Administration) nos Estados Unidos, pseudartrose é a fratura óssea que não tinha sido completamente consolidada após nove meses da lesão inicial e não mostrava sinais de progressão para consolidação por três meses em radiografias seriadas. A pseudartrose foi analisada no que diz respei-

Informe

A. S. A. M. I.


Artigo de Opinião to ao germe do foco, a classificação da pseudartrose por Catagni, desvio angular, tamanho da falha óssea, duração da osteogênese de distração e complicações do tratamento. Cinquenta pacientes identificados (41 do sexo masculino e nove do sexo feminino) foram apresentados para reconstrução devido a uma pseudartrose infectada do fêmur, entre janeiro de 1989 e dezembro de 2000. Foram acompanhados nos pós-operatório por um mínimo de dois anos ou até que ocorresse a consolidação, e foram avaliados por exames padrão do protocolo clínico e radiográfico. A infecção foi diagnosticada se havia drenagem ou pús no local da pseudartrose ou por cultura positiva do osso ou dos tecidos profundos. A falha óssea segmentar foi definida como ausência de evidência de contato entre as extremidades ósseas em ambos os lados da pseudartrose em duas projeções radiográficas ortogonais. A falha óssea foi medida por meio da radiografia, após correção da magnificação radiográfica. A idade média dos pacientes foi de 29,9 anos (9,0 a 58). Em 25 não havia lesões associadas, enquanto no restante dos pacientes foram observadas lesões de partes moles, fraturas associadas, traumatismo crânio encefálico grave ou lesões vasculares. Quarenta pacientes tinham inicialmente fraturas expostas e 39 foram vítimas de acidentes com motocicletas. Tiveram uma média de 3,8 (duas a 19) de cirurgias prévias sem sucesso. A cirurgia foi dividida em três etapas: desbridamento radical, aplicação do aparelho de Ilizarov com uma osteotomia e osteogênese de distração. A primeira etapa envolveu a remoção de todos os implantes e desbridamento radical no local infectado. Nos casos em que havia fístula drenante foi injetado previa-

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mente o corante azul de metileno um dia antes da cirurgia para demarcar tecidos hipovasculares ou avasculares. O tecido necrótico foi desbridado até que as extremidades ósseas mostrassem sangramentos puntiformes, indicativo de osso viável. Amostras de osso e tecidos profundos infectados foram enviadas para testes de cultura e antibiograma. Foi aplicado antibiótico ao se iniciar o processo cirúrgico, na dosagem de 1g de cefalotina endovenoso, que foi continuado no pós operatório por mais três dias na dose de 500 de seis em seis horas. O antibiótico oral foi prescrito por 10 dias, baseado nos resultados da cultura e antibiograma. O anel do fixador circular foi configurado com um arco proximal, um semi anel e um anel distal ao fêmur, os quais foram conectados por pinos cônicos de 5 mm. O fêmur distal foi transfixado com fio de aço flexível de 1,8 mm de diâmetro. As osteotomias sempre foram realizadas na parte mais vascularizada da extremidade óssea da pseudartrose, que tem demonstrado ter maior potencial osteogênico, se conseguindo regenerados ósseos de melhor qualidade. As osteotomias foram realizadas percutaneamente com um osteótomo, sendo previamente realizados perfurações com brocas. A técnica de transporte bifocal foi usada em todos os pacientes. O transporte ósseo foi iniciado entre o quinto e o décimo quinto dia de pósoperatório, dependendo das condições clínicas do paciente e das partes moles locais. A velocidade de transporte inicial foi de 1 mm por dia, subdividida em quatro etapas de 0,25 mm a cada seis horas. Quando o regenerado ósseo se apresentava pobre, a osteotaxia era interrompida temporariamente e continuada na mesma velocidade após recuperar uma boa qualidade óssea. Os pacientes foram mantidos sem apoio no membro operado por duas semanas após a cirurgia, e depois se permitiu 50% de carga com apoio de órteses en-

tre as terceira e quarta semanas, seguido do apoio total quatro semanas após a cirurgia. A fisioterapia foi iniciada no segundo dia de pós-operatório. Os pacientes foram avaliados seguindo um protocolo de visitas em duas a quatro semanas, durante dois a 24 meses, ou até que a consolidação clínica e radiográfica ocorresse. As avaliações dos resultados refletem complicações relatadas à osteogênese de distração e incluindo discrepância residual no comprimento do membro, arco de movimento do joelho, infecção superficial e profunda, afrouxamento de fios e pinos, compressão externa da coxa pelo anel, trombose venosa profunda (TVP), lesão vascular, dor residual e procedimentos cirúrgicos adicionais. A discrepância do comprimento do membro foi determinada pelo uso de blocos de madeira milimetrados. Avaliações secundárias incluíram a velocidade de consolidação tempo clínico e radiográfico de consolidação e a extensão do alongamento obtido. A consolidação clínica foi definida como a deambulação sem dor e ausência de dor ao exame físico. A consolidação radiográfica foi definida como um regenerado ósseo com um mínimode três corticais, avaliadas em radiografias em anteroposterior e lateral. A análise estatística foi realizada no programa SPSS para Windows versão 10.0 (SPSS Inc., Chicago, Illinois). Todos os dados foram expressos como média (intervalo). A comparação estatística foi realizada com o não-paramétrico Mann-Whitney U test. A valor de p ≤ 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Todos os pacientes tiveram uma falha óssea > 2,5 cm (2,5 a 17,0). Os microorganismos mais encontrados foram Staphylococcus aureus em 23 pacientes, Pseudomonas spp. em quatro e Haemophilus spp. em três, os quais representavam 60% das infecções. Em 12 pacientes vários microorganismos foram


Artigo de Opinião encontrados. O tratamento inicial das fraturas incluiu osteossíntese com placas e parafusos em 25 pacientes e haste intramedular em 14, com o restante dos pacientes sendo tratados com trações, fixador externo monolateral e gesso. Em 11 pacientes um desvio angular residual da pseudartrose estava presente. A média da osteogênese de distração foi 24,5 meses, porém variou significativamente de dois a 39 meses. Em seis pacientes foi utilizado enxerto ósseo autólogo da crista ilíaca no ponto de encontro (docking site). O arco de movimento do joelho após completar a osteogênese de distração aumentou significamente quando comparado com os valores do pré-operatório (Mann-Whitney U test p = 0,0031). Um total de 13 pacientes tinha > 90º. De flexão, dez tinham flexão de 61º a 90º, 12 de 30º a 60º e 14 pacientes tinham < 30º de flexão. Um paciente necessitou de desarticulação do quadril secundária à septicemia grave. O arco de movimento do quadril do quadril após tratamento estava normal em 40 pacientes, porém dez tiveram redução parcial ou ausência de mobilidade. O comprimento do membro foi restaurado em 18 pacientes, enquanto 32 tiveram encurtamento residual > 1,1 cm. Todos os pacientes tiveram infecção no trajeto dos pinos em alguma etapa do tratamento. Alguns tiveram a combinação de infecção no trajeto dos pinos e afrouxamento de fios ou pinos, infecção profunda, compressão externa cutânea da coxa pelo anel, deformidade em equino, TVP ou sangramento. Um paciente teve uma lesão iatrogênica da artéria femoral profunda, a qual resultou em septicemia e, finalmente, necessitou de desarticulação coxo femoral. Dor residual, definida por sensibilidade no local da fratura à palpação apesar de apoio total do referido membro, foi encontrada em 13 pacientes. Um total de 15 pacientes necessitou de cirurgia adicional para uso de enxerto ósseo autólogo no

ponto de encontro e 14 necessitaram alongamento ósseo ipsilateral dos ossos da perna. Em 49 pacientes a pseudartrose infectada cursou de um a três anos. Aqueles com falha óssea femoral necessitaram em média de 5,7 cm (0,0 a 11,5) de alongamento femoral. O tratamento cirúrgico da falha óssea é complexo. As falhas de ossos longos podem ser tratadas por uma variedade de técnicas, como o enxerto ósseo convencional, osteogênese de distração, substitutos de enxerto ósseo, endopróteses ou enxerto ósseo vascularizado. A osteogênese de distração tem sido sucessivamente usada para restauração de falhas ósseas agudas ou reconstrutiva e a transferência óssea vascularizada é particularmente considerada em falhas ósseas maiores que 6 cm e em casos nos quais as técnicas convencionais apresentam dificuldades. A osteogênese de distração também é consideravelmente mais usada no tratamento da pseudartrose femoral infectada com falha óssea. Todos os nossos pacientes tiveram complicações após a osteogênese de distração, o que está de acordo com estudos anteriores. As limitações deste estudo incluem, na sua natureza retrospectiva, a falta de um grupo de controle ou de um grupo de tratamento comparativo, o que não permitiu o desenvolvimento de verdadeiras diretrizes baseadas em evidências para o tratamento ideal nesse grupo de pacientes. Além disso, nosso estudo incluiu mais homens que mulheres. Hormônios reprodutivos femininos demonstraram que influenciam a resposta inflamatória nos resultados após trauma. Assim, é concebível que nossos resultados não podem ser extrapolados para a população em geral. Finalmente, foram incluídos pacientes entre nove e 58 anos de idade em nosso estudo. É conhecido que o sistema imunológico deteriora com a idade avançada, tor-

nando os pacientes mais idosos menos capazes de apresentar uma resposta imune adequada depois agressões infecciosas ou traumáticas. A idade avançada está associada a um estado que pode ser considerado com inflamação acentuada, e que pode prejudicar a capacidade fisiológica para se recuperar após trauma e infecção. No entanto, nosso estudo representa a maior série retrospectiva sobre a evolução dos pacientes com pseudartrose infectada femoral e defeitos ósseos tratados com distração osteogênica. Apesar das limitações inerentes de nosso estudo, as altas taxas de complicações esperimentadas pelos nossos pacientes pela distração osteogênica nos fez refletir sobre a segurança e eficácia desta forma de tratamento. Portanto, apesar das nossas preocupações, estamos continuando a usar distração osteogênica. Concluímos que a pseudartrose infectada com falha óssea continua a representar um grande desafio para o cirurgião ortopedista e enquanto a distração osteogênica puder resolver falhas ósseas, deformidades, a dismetria do membro e pseudartrose simultaneamente, continuaremos a utilizar esse método, apesar de concordar que a taxa de complicações ainda é alta. Importante notar que o tabagismo e o uso de agentes antiinflamatórios não esteróides parecem estar associados com complicações durante a reconstrução por distração osteogênica de Ilizarov. A seleção criteriosa dos pacientes e a escolha adequada de medicamentos podem reduzir a incidência de efeitos adversos durante o tratamento. Grandes estudos prospectivos e randomizados são necessários para fornecer dados definitivos sobre o tratamento ideal da pseudartrose infectada diafisária do fêmur com falha óssea. Nenhum benefício, sob qualquer forma, foi recebido ou serão recebidos com partes relacionadas, direta ou indiretamente com o tema deste artigo.

Informe

A. S. A. M. I.


Resumos Comentados Catagni MA, Lovisetti L, Guerreschi F, Camagni M, Albisetti W, Compagnoni P, Combi A.

The external fixation in the treatment of humeral diaphyseal fractures: Outcomes of 84 cases. Injury. 2010 Oct 8

Os autores analisam retrospectivamente 84 casos de fraturas diafisárias do úmero tratadas com fixador externo (Hoffmann II - Stryker®), com quatro casos de fraturas expostas. As reduções realizadas foram fechadas ou através de acesso mínimo. Todas as fraturas consolidaram com média de 95 dias (58-140). O score funcional do ombro (Constant score) foi excelente e bom em 79,6% dos casos. A função do cotovelo (mayo elbow performance índex) foi considerada excelente e boa em 95,4% dos casos. Os autores concluem que o manejo das fraturas diafisárias do úmero com fixador externo apresenta boa redução, estabilidade, curto tempo operatório e excelente consolidação, com poucas complicações. Lamm BM, Gourdine-Shaw MC.(**)

Problems, obstacles, and complications of metatarsal lengthening for the treatment of brachymetatarsia. Clin Podiatr Med Surg. 2010 Oct;27(4):561-82

O alongamento metatarsal por distração osteogênica é um procedimento desafiador, com vários resultados adversos. Os autores apresentam e classificam as principais complicações em: intra-operatórias (principalmente lesões vasculares, osteotomia incompleta e desvio de eixo), durante distração (principalmente consolidação precoce, infecção em pino e fixador instável) e pós-operatórias (principalmente contraturas, comprometimento neurovascular, pseudoartrose e fratura do regenerado). Os autores discutem as causas e sugerem alternativas para evitá-las. Mercer D, Firoozbakhsh K, Prevost M, Mulkey P, Decoster TA, Schenck R.

Stiffness of Knee-Spanning External Fixation Systems for Traumatic Knee Dislocations: A Biomechanical Study. J Orthop Trauma. 2010 Oct 5.

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O objetivo deste trabalho foi avaliar e comparar a estabilidade de quatro montagens de fixador externo utilizadas no tratamento de pacientes vitimas de luxação traumática do joelho. As montagens foram: monotubo com pinos femorais anteriores, monotubo com pinos femorais antero-laterais, e duas barras de conexão e fixador circular. A montagem mais estável foi configurada com pinos femorais antero-laterais com duas barras de conexão.

lógicos. Existe correlação entre a qualidade da redução e resultados clínicos. Concluem elegendo a fixação externa como o melhor método para o tratamento destas fraturas. Yoshida T, Kim WC, Oka Y, Yamada N, Kubo T.(**)

Assessment of distraction callus in rabbits by monitoring of the electrical impedance of bone. Acta Orthop. 2010 Oct;81(5):628-33.

Lamm BM, Gottlieb HD, Paley D.

A Two-Stage Percutaneous Approach to Charcot Diabetic Foot Reconstruction. J Foot Ankle Surg. 2010 Sep 21.

Os objetivos do tratamento das deformidades do Charcot são: reestabelecer o alinhamento osteo-articular, a estabilidade do pé para a marcha e prevenir ulcerações. As abordagens tradicionais contemplam grandes incisões com remoção óssea e uso de material de fixação interna. Estas abordagens eventualmente cursam com complicações como: correção incompleta, infecção, falência de síntese. Os autores propõem técnica minimamente invasiva (n = 11). O alinhamento articular foi obtido em todos os casos através de distração com fixador externo circular e, em outro estágio, foi realizada abordagem mínima para desbridamento articular (artrodese). Os resultados mostram bons resultados em relação à correção da deformidade, com apenas três casos de complicação. Haddad M, Rubin G, Soudry M, Rozen N.(**)

External fixation for the treatment of intra-articular fractures of the distal radius: short-term results. Isr Med Assoc J. 2010 Jul;12(7):406-9.

Os autores apresentam uma série de casos incluíndo 38 pacientes com fraturas intrarticulares do rádio tratados com fixador externo (fixador externo AO – Synthes®). Os resultados foram avaliados por radiografias seriadas em escala visual analógica e critério de Lidstrom (Functinoal outcome and wrist motion). Por estes critérios apresentam resultados bons e excelentes em 92% dos casos. Não encontraram correlação entre tipo da fratura e resultados clínicos e radio-

Esse estudo experimental avalia a relação entre a impedância elétrica e a maturação do calo (corticalizacão de regenerado), desta forma utilizando a impedância como critério de avaliação para a retirada do fixador externo. Realizaram alongamento tibial de 24 coelhos por dez dias com ritmo de 1mm/dia. Foram acompanhados por radiografias e medição da impedância global nos pinos semanalmente. Os espécimes foram sacrificados com duas, quatro, seis e oito semanas, quando novamente se avaliou a resistência à condutividade elétrica. A área transversal da via de condução no calo e força de tensão angular máxima foram medidas após a excisão da tíbia. Os achados foram sugestivos a favor da relação entre a impedância e a formação de calo, mostrando que as alterações de condução ocorrem concomitantemente à formação do calo (em área seccional) e máxima tensão angular. Hove, LM, Krukhaug, Y, Revheim,K, Per Helland, Finsen, V (**) (DESTAQUE – melhor trabalho)

Dynamic Compared with Static External Fixation of Unstable Fractures of the Distal Part of the Radius - A Prospective, Randomized Multicenter Study. J Bone Joint Surg (Am) 2010 Jul; 92 (8): 1687.

Os autores criaram um fixador externo dinâmico para tratamento de fraturas do radio distal. Neste trabalho, eles o comparam, em termos funcionais e anatômicos, com os fixadores externos estáveis disponíveis. O estudo é prospectivo e randomizado (Nivel I). (**)Disponível na integra em PDF. Solicitar pelo e-mail: informeasami@gmail.com


Meu Serviço

Centro de Cirurgia da Dismetria (CDISM) do Instituto Nacional de Ortopedia e Traumatologia (INTO)

O

Centro de Cirurgia da Dismetria (CDISM) tem por objetivos centrais, além da correção da disparidade de comprimento de membros, a reconstrução óssea e a correção de deformidades em suas diversas apresentações e etiologias. Criado em 1988, o CDISM foi fundado após viagem de um grupo de ortopedistas do antigo HTO até Havana, em Cuba, para visita ao Hospital Frank País (Serviço do Prof.Alvarez Cambras) e conhecimento da metodologia de Ilizarov. Dentre estes profissionais, dois não apenas se destacaram como, ao retornar, decidiram se dedicar ao estudo e desenvolvimento do método, dentro de uma realidade brasileira. Logo seria criado o Serviço de Fixadores (SEFIX), nome que, apesar das sucessivas alterações do organograma, permanece até os dias atuais no imaginário do universo hospitalar do INTO. Ali, os dois ortopedistas realizavam o alongamento e o transporte ósseo com o aparelho semicircular de Cambra. A partir de 1991, passaram a utilizar o fixador uniplanar Orthofix, modelo italiano de Verona, também conhecido como De Bastiani. Com o passar dos anos, o portfolio de produtos oferecido pelo Centro foi crescendo e, hoje em dia, uma gama variada de situações e patologias pode ser resolvida com novas técnicas e montagens que são atualizadas frequentemente. A filosofia do CDISM sempre se pautou pelo constante aprimoramento técnico de seus integrantes, onde o apoio da direção do Instituto tem sido crucial para o alcance dos resultados desejados.Por outro lado, é fundamental a participação do residente e do estagiário neste processo como elemento propulsor, bem como de estímulo à produção científica. No INTO de hoje, é com grande orgulho que podemos oferecer ao cliente portador de deformidade ou sequela a solução de seu problema com a utilização cada vez mais abrangente do fixador externo.

INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA

Fernando Adolphsson – Médico Responsável pelo CDISM Flavio Cerqueira – Médico (staff) do CDISM

Em termos de ensino e treinamento, o INTO oferece: Residência médica em Ortopedia e Traumatologia, remunerada pelo período de três anos, com vistas ao título de especialista pela SBOT - 10 vagas anuais sob concurso Curso de aperfeiçoamento médico na área de fixadores externos para colegas que já possuem o TEOT pelo período de seis meses, com a exigência de realização de trabalho (não remunerada). Visita ao Centro com um mínimo de três dias e um máximo de três meses. Maiores detalhes podem ser obtidos pelo site: www.into.saude.gov.br.

Informe

A. S. A. M. I.


Agenda/Eventos

Calendário de eventos NOVEMBRO

13 a 15 de novembro 42º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia - CBOT Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães – Brasília – DF 28 novembro a 3 dezembro Congreso Argentino de Ortopedia y Traumatologia Buenos Aires - Argentina

FEVEREIRO 15 a 19 de fevereiro

AAOS ANNUAL MEETING – AMERICAN ACADAMY OF ORTHOPAEDIC SURGEONS San Diego – USA ABRIL 1 a 2 de abril

RECOA V – Curso Internacional de Reconstrução Osteo-articular Algarve – Portugal

DEZEMBRO

8 a 12 de dezembro Current Concepts in Joint Replacement Orlando – USA JANEIRO – 2011

13 a 15 de janeiro 40º TEOT – Título de Especialista em Ortopedia e Traumatologia da SBOT Campinas – SP

Para maiores informações: www.asamifix.com.br

MAIO 15 a 19 de maio

8th BIENNIAL ISAKOS CONGRESS Rio de Janeiro AGOSTO 18 a 19 de agosto

XIII Congreso Internacional de La Asociacion Argentina para el Estudo de La Reconstrucion y Elongacion Osea Bolívar-Buenos Aires - Argentina

Dúvidas e sugestões: informeasami@gmail.com

Fixador Externo em fibra de carbono para compressão, transporte ou alongamento ósseo.

Bahia:

Rio de Janeiro:

São Paulo:

FIXUS 66

Paraná:

Ceará:

Pernambuco:

Mato Grosso: Importador exclusivo: Alessandro R. Costa (11) 8196.6749 - alessandro_costa@hotmail.com


Pacote incluindo:  Passagem Aérea (American Airlines) classe econômica  6 noites de hospedagem (14/02 a 20/02) com café da manhã e taxas hoteleiras

VÔOS

Forma de pagamento:  Aéreo em até 5x sem juros - cartão de crédito (pessoa física)  Saldo á vista através de depósito bancário.

Programação e inscrição: www.aaos.com Valores por pessoa em dólares americanos, sujeitos a alteração e disponibilidade no ato da reserva.

Tel: 55 11 5561-4188

www.limatur.com

congressos@limatur.com



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