Guimarães mais verde #15

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EcoRevista #15 junho 2021

Esta revista é uma publicação da Câmara Municipal de Guimarães e do laboratório da Paisagem. Trimestral, de distribuição gratuita, acompanha a Estrutura de Missão para o Desenvolvimento Sustentável – Guimarães 2030.

prémio nacional de sustentabilidade NA CATEGORIA DE BEM-ESTAR E CIDADES SUSTENTÁVEIS

ECO-FREGUESIAS XXI

GUIMARÃES FOI O CONCELHO DO PAÍS COM MAIS FREGUESIAS DISTINGUIDAS

LIVRO "O AVE PARA TODOS" PRETENDE SERVIR DE INSPIRAÇÃO

PEGADAS

5 ANOS A TRABALHAR A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

“TRANSIÇÃO VERDE” DISCUTIDA NO FÓRUM AMBIENTAL DA EUROCITIES


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Nota Introdutória

Opinião

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Somam-se os reconhecimentos das políticas e práticas na defesa da sustentabilidade. Guimarães venceu o Prémio Nacional de Sustentabilidade na categoria de Bem-estar e Cidades Sustentáveis, com a candidatura “Guimarães 2030: Ecossistema de Governança”, numa iniciativa desenvolvida pelo Jornal de Negócios, do grupo de comunicação Cofina, com o Alto Patrocínio do Presidente da República. A aposta num compromisso público que envolve todas as juntas de freguesia, escolas, instituições, partidos políticos e cidadãos, mereceu a escolha do júri, que destacou, ainda, o modelo de governança que tem sido capaz de promover o envolvimento da população, estabelecendo uma relação mais próxima entre o setor público, setor privado e a academia, através de projetos que oferecem uma resposta aos principais desafios ambientais do concelho.

Prémio Nacional de Sustentabilidade

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Fórum Ambiental Eurocities

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Ecovias do Ave e do Selho

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Apresentação do livro "O Ave Para Todos"

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Rede de Embaixadores de Guimarães

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Apresentação do livro "PEGADAS: 5 anos"

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Eco-Freguesias XXI

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Plano de Gestão de Biorresíduos 2030

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City Nature Challenge

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Rede Polli.NET

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Greenfest

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Revista "Aqualastic"

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Mohan Munasinghe recebeu Prémio Planeta Azul 2021

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Na mesma linha, Guimarães foi, uma vez mais, o concelho com mais freguesias galardoadas com o selo “Eco” no programa Eco-Freguesias XXI para 2020/2021, numa iniciativa da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE). Destaque ainda para o lançamento de dois livros pelo Laboratório da Paisagem, que poderá conhecer em pormenor nestas páginas: "O Ave Para Todos" e "PEGADAS: 5 anos". Boa leitura!

Ficha Técnica: propriedade Câmara Municipal de Guimarães / periodicidade trimestral/ tiragem 1.500 exemplares edição e composição Laboratório da Paisagem / impressão Press Cávado Artes Gráficas, Lda / papel Munken Pure distribuição gratuita


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Opinião Isabel Loureiro, Coordenadora da Estrutura de Missão Guimarães 2030

DA TRANSIÇÃO PARA A TRANSFORMAÇÃO A Estrutura de Missão para o Desenvolvimento Sustentável de Guimarães conta com sete anos de um percurso difícil, mas extraordinário. Um percurso que teve várias etapas, desafios e oportunidades. Um percurso pautado pelo desafio político de se trabalharem as dimensões do “nós” (coletivo) e do “futuro”: “Agirmos no presente para melhorarmos o futuro, deixando um legado que a todos nos orgulhe”. É assim que no seio da Estrutura de Missão encaramos o percurso que estamos a percorrer. Tendo isto presente, os primeiros anos da Estrutura de Missão estiveram focados em 12 Indicadores maioritariamente ambientais, tendo sido um desafio alavancar estratégias para a melhoria dos mesmos, aceitando, com transparência, a existência de problemas e, partindo para soluções inovadoras, integradoras, participativas e mobilizadoras. Os primeiros anos da Estrutura de Missão estiveram focados na transição: de mentalidades, de consciências, de processos e de formas de trabalhar. Daria mesmo destaque a duas situações em particular: a participação e envolvimento dos cidadãos (externalização) e o desenvolvimento de um trabalho multidisciplinar, aliando o conhecimento científico e as instituições, à gestão do território. E tantas foram as evidências que validaram o caminho escolhido. Desde logo o facto de Guimarães ter sido o Município mais sustentável de acordo com os critérios do Eco XXI ou ter obtido um honroso quinto lugar na competição para o título de Capital Verde Europeia. Acreditamos que Guimarães fechou o ciclo da transição com o sentido de dever cumprido. Mas a este ciclo seguiu-se um outro, ainda mais desafiador: o ciclo da transformação. Este, que conta já

com três dos sete anos de existência da Estrutura de Missão, teve como objetivo inicial a internalização da sustentabilidade nos processos, e a inclusão do cidadão em todas as fases do desenvolvimento de projetos, num espírito de verdadeira cocriação. Porque o percurso do desenvolvimento sustentável é longo, continuamos a ter desafios. Mas hoje, sentimos que temos uma base de conhecimento que integra a realidade do mundo e cultura que vivemos. Hoje, temos o Laboratório da Paisagem que se assume como referência nacional na Investigação Aplicada e Educação Ambiental. Hoje, temos o cidadão mais informado e, por isso, mais exigente e crítico; elevando o sentido de responsabilidade da Estrutura de Missão. Por fim, hoje temos um Ecossistema de Governança que nos desafia permanentemente e que permite que a Estrutura de Missão seja também uma plataforma de análise e discussão, tal como foi evidenciado no mais recente Prémio Nacional de Sustentabilidade. Um prémio que a todos deve orgulhar, desafiar e motivar. A Estrutura de Missão somos nós! Somos todos! Por este motivo, não devem restar dúvidas que Guimarães está no caminho certo do Desenvolvimento Sustentável, procurando sistematicamente encarar os problemas como desafios: à ciência, à participação, à mobilização, ao envolvimento do setor privado, à tomada de decisão. Na certeza, porém, que aceitamos, com responsabilidade e entusiamo, todos esses desafios, pois temos a consciência de que estamos a trabalhar para as gerações futuras.


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GUIMARÃES VENCE PRÉMIO NACIONAL DE SUSTENTABILIDADE

tendo sido atribuídas menções honrosas à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (Projeto Radar) e à Câmara Municipal de Braga (Áreas Mais).

RECONHECIMENTO DAS POLÍTICAS E PRÁTICAS NA DEFESA DA SUSTENTABILIDADE GLOBAL, NA CATEGORIA DE BEM-ESTAR E CIDADES SUSTENTÁVEIS. AF_sustentabilidade_SELOS_BE_VENCEDOR_CAMARAGUIMARAES_20210414.pdf

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14/04/2021

“Guimarães 2030: Ecossistema de Governança” foi o tema da candidatura apresentada pela Câmara Municipal de Guimarães e reconhecida na categoria de Bem-estar e Cidades Sustentáveis, através da análise de um conceituado júri constituído por Miguel de Castro Neto (subdiretor da Nova), José Manuel Pedreirinho (Ex-presidente da Ordem dos Arquitetos), Luísa Schmidt (Socióloga e Investigadora do ICS), Miguel Eiras Antunes (Partner da Smart City Deloitte) e Paula Teles (CEO da Mobilidade PT). C

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Num total de 88 candidaturas, o Município de Guimarães ficou em primeiro lugar na categoria de Bem-estar e Cidades Sustentáveis, onde participaram também outras empresas e municípios,

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O Presidente da Câmara, Domingos Bragança, considerou que “este prémio é de toda a comunidade de Guimarães”, atribuindo a importância do desenvolvimento sustentável à “envolvência e participação de todos os vimaranenses”. Domingos Bragança salientou que “todos contam para, de uma forma integrada, mudar os comportamentos e com essa alteração continuar este caminho que iniciámos em 2013 e, cada vez com uma mais forte consciência ambiental”. A iniciativa desenvolvida pelo Jornal de Negócios, do grupo de comunicação Cofina, com o Alto Patrocínio do Presidente da República, tem como objetivo reconhecer, divulgar e premiar as melhores políticas e práticas, na defesa da sustentabilidade global, de forma a estimular e sensibilizar a sociedade para a


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OS ODS QUE A INICIATIVA IMPACTA

crescente importância e impacto da aplicação dos princípios de Sustentabilidade no dia-a-dia dos diferentes tipos de Entidades Públicas, Privadas, Coletivas e Individuais e da sua relação com diversas áreas da sociedade e do conhecimento. A cerimónia da entrega de prémios, realizada a 15 de abril, contou com a participação da Secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, que destacou a necessidade de uma reflexão sobre o termo da sustentabilidade e a importância de passar o modelo económico linear para uma abordagem mais circular. Os exemplos de uma governança inclusiva e participativa, sob a liderança de Domingos Bragança, foi evidenciado pelo júri do concurso. Guimarães apostou num compromisso público que envolve todas as juntas de freguesia do concelho, escolas, instituições, os partidos políticos e cidadãos. A candidatura de Guimarães destaca o modelo de governança que tem sido capaz de promover o envolvimento da população e estabelecer uma relação mais próxima entre o setor público, setor privado e a academia, através de projetos que oferecem resposta aos principais desafios ambientais do concelho.

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Educação de qualidade - Programa Municipal de Educação Ambiental PEGADAS

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Cidades e comunidades sustentáveis - O novo modelo de governança, adotado em 2013, e que teve na origem a criação da Estrutura de Missão Guimarães 2030.

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Produção e consumo sustentáveis Incubadora de Base Rural de Guimarães, Preservação da Veiga de Creixomil, Horta Pedagógica e Comunitária que disponibilizam 500 talhões para cultivo à comunidade.

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Ação Climática - Laboratório da Paisagem, Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas no âmbito do projeto ClimAdaPT.Local.

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Proteger a vida marinha - Projetos "A Ribeira e a Cidade", "O Ave Para Todos", "Ecovia do Ave", "Ecovia do Selho", "Aqualastic, "Guimarães for Circular Economy - G4CE".


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“TRANSIÇÃO VERDE” DISCUTIDA NO FÓRUM AMBIENTAL DA EUROCITIES Evento foi coorganizado por Guimarães e Porto. Destaque para o exemplo do município vimaranense no envolvimento dos cidadãos nos projetos ambientais. Em abril, ao longo de três dias, realizou-se o Fórum Ambiental da Rede Eurocities, numa organização entre as cidades de Guimarães e do Porto. Mais de duas centenas de técnicos e investigadores assistiram à partilha de diversos projetos que estão a ser implementados no âmbito da transição verde nas diferentes cidades europeias, e que demonstram a importância da sua atuação na resposta aos principais desafios globais e na transformação do planeta. No âmbito deste Fórum, Guimarães apresentou, pela voz de Alessandro Galli, Isabel Loureiro, Paulo Lopes Silva, Frederico Meireles (UTAD), Mariana Lameiras (UNU), quatro dos seus principais projetos na área do desenvolvimento sustentável e transição verde, nomeadamente o Parque Linear de Guimarães como agente transformador do território, e que surgirá como resultado das novas Ecovias do Ave e do Selho; o estudo de perceção ambiental que está a ser realizado aos vimaranenses; o trabalho da Pegada Ecológica Municipal e também a forma

como a cultura poderá ser utilizada para a promoção da sustentabilidade, como se atesta pelo Bairro C. Todos estes projetos têm por base o modelo de governança que Guimarães instituiu desde 2013, e que procura integrar a cooperação entre várias instituições, do setor público ao setor privado e academia. No encerramento da sessão, a Vereadora do Ambiente Sofia Ferreira enalteceu “o importante papel das cidades na transformação dos hábitos e comportamentos dos cidadãos”, reconhecendo que “Guimarães tem realizado um percurso assente no envolvimento dos cidadãos, universidades, escolas, suportado pela inovação e conhecimento científico”. Apesar de realizado de forma virtual, por via do contexto pandémico, este fórum representou um excelente momento de partilha entre as cidades que integram a Rede Eurocities, procurando contribuir para o desígnio da sustentabilidade. Guimarães é membro do Fórum Ambiental da Rede Eurocities que inclui cerca de duas centenas de cidades, assumindo ainda a liderança do grupo de trabalho “Áreas Verdes e Biodiversidade”.


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GUIMARÃES É O CONCELHO COM MAIS ECO-FREGUESIAS XXI A ASSOCIAÇÃO BANDEIRA AZUL DA EUROPA (ABAE) RECONHECE O ESFORÇO E O EMPENHO DA CÂMARA MUNICIPAL DE GUIMARÃES PELA PROMOÇÃO ATIVA DO PROGRAMA ECO-FREGUESIAS NAS FREGUESIAS DO SEU TERRITÓRIO. Guimarães foi o concelho com mais freguesias galardoadas com o selo “Eco” no programa Eco-Freguesias XXI para 2020/2021, tal como já tinha sucedido na edição anterior. A entrega dos galardões decorreu no passado dia 21 de junho, em Pombal, numa sessão que contou com a presença do Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e do Secretário de Estado da Descentralização e da Administração Local, Jorge Botelho. O projeto assenta no pressuposto de que as freguesias e outras instituições de proximidade desempenham um papel crescente na concretização de grandes desígnios globais, como os ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ONU, Agenda 2030), trazendo-os para o quotidiano das pessoas e das organizações, organizado pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE). Foram 23 as freguesias de Guimarães com índice de avaliação superior a 50%, sendo por isso reconhecidas como Eco-Freguesias. O novo recorde de freguesias dintinguidas confirma a importância do despertar da consciência ecológica. Refira-se que, em 2017 foram premiadas cinco freguesias do concelho de Guimarães e em 2019 foram 12 as freguesias reconhecidas.

O projeto está alinhado diretamente com os três eixos da Estratégia Nacional de Educação Ambiental - Descarbonizar a Sociedade, Tornar a Economia Circular e Valorizar o Território -, elaborado pelas pessoas e para as pessoas, que visa conduzir a uma efetiva alteração de comportamentos orientada para a prossecução dos três pilares da política ambiental, assim como reconhecer o trabalho já efetuado ao nível local - num contexto de escassez de recursos humanos e financeiros -, em prol de territórios e comunidades mais sustentáveis (ODS 11).

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eco-freguesias xxi

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Menção de ouro Caldelas; Costa; Silvares Menção de prata Barco; Brito; Creixomil; Fermentões; Gondar; Guardizela; Pencelo; Ponte; Ronfe; São Torcato e Urgezes. Menção de bronze Aldão; Azurém; Longos; Sande São Martinho; Serzedelo; União das Freguesias de Airão Santa Maria, Airão São João e Vermil; União das Freguesias de Leitões, Oleiros e Figueiredo; União das Freguesias de Oliveira, São Paio e São Sebastião e União de Freguesias de Souto Santa Maria Souto São Salvador e Gondomar.


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COM ECOVIA DO SELHO MAIS DE 50 KM PERCUR

Depois de conhecida a proposta de traçado da Ecovia do Ave, já se conhece a proposta para a Ecovia do Selho. Com 22 km de percursos que integram 14 freguesias, de Serzedelo a Gonça. A Ecovia do Selho, um percurso ao longo das margens do rio Selho, apresenta-se com um projeto complementar à Ecovia do Ave, que possibilitará não só a conexão destes dois grandes percursos que abraçam todo o concelho de Guimarães, mas também a admiração, valorização e proteção de património natural de interesse cultural e paisagístico, valorizando a fauna e a flora e sensibilizando a população para a riqueza natural dos ecossistemas fluviais. Estes percursos, que pouco a pouco transformam Guimarães num grande parque linear, contará com uma extensão total de 51 km. No caso da Ecovia do Selho, a proposta de traçado aponta para 22 km, acompanhando o percurso do rio pelas freguesias de Serzedelo, Gondar, Selho S. Jorge, Selho S. Cristóvão, Candoso S. Martinho, Silvares, UF de Candoso S. Tiago e Mascotelos, Creixomil, Fermentões, Pencelo, UF de Selho S. Lourenço e Gominhães, Aldão, São

Torcato e Gonça. As ecovias visam proteger e recuperar a galeria ripícola, preservando toda a integração paisagística e recursos hídricos através de metodologias inovadoras, transformando este grande parque linear num laboratório vivo. Durante o mês de março já foram realizados trabalhos de limpeza e desmatação ao longo da galeria ripícola do rio Ave. Estes trabalhos consistiram na remoção de vegetação invasora e infestante, possibilitando o estudo das margens para a próxima fase do projeto. As limpezas foram suspensas no início da primavera, respeitando desta forma a reprodução de espécies mais sensíveis, garantindo a proteção do seu habitat. Os trabalhos foram sempre realizados com acompanhamento técnico de equipas do Laboratório da Paisagem, o que permitiu garantir a integridade dos ecossistemas existentes. Em setembro retomam-se os trabalhos, onde além de limpezas e desmatagem serão realizadas plantações de vegetação


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O, GUIMARÃES TERÁ RSOS PELA NATUREZA O rio Selho é um afluente do rio Ave, com cerca de 25 km, abrange 14 freguesias e uniões de freguesia e desagua no Ave, entre as freguesias de Serzedelo e Gondar.

típica da galeria ripícola, reforçando as margens e o seu valor ecológico, permitindo ainda a criação de trilhos pedonais, o naturalizados e pouco intrusivos, ao mesmo tempo que se recuperam açudes que pretendem unir as diferentes freguesias banhadas pelo Ave. Desta forma, com a criação das ecovias, para além de se melhorar e preservar as galerias ripícolas e a própria linha de água, haverá também uma aposta efetiva no turismo de natureza através da criação de novos percursos pedestres e na recuperação e valorização dos percursos já existentes para pleno usufruto do rio por toda a população e como legado para as futuras gerações. Também já estão em curso os trabalhos de análise de uma futura proposta de traçado para a Ecovia do Vizela no território vimaranense, que engloba as freguesias de Moreira de Cónegos e Lordelo.

_______________ Ecovia do Ave

_______________ Ecovia do Selho


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LIVRO "O AVE PARA TODOS" PRETENDE SERVIR DE INSPIRAÇÃO

Publicação tem origem no projeto “O Ave para Todos” e demonstra o envolvimento da comunidade, através dos eixos da educação ambiental, investigação e desenvolvimento e comunicação. “O Ave é de todos e por todos deve ser preservado”. Este é o destaque do prefácio assinado por Domingos Bragança, Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, no livro “O Ave Para Todos”, que foi apresentado a 18 de junho, num evento que contou com a presença de alguns dos alunos das várias escolas envolvidas no projeto, bem como juntas de freguesia e brigadas verdes, diretamente ligadas ao rio Ave. Fruto da Pandemia nesta sessão híbrida marcaram presença 75 alunos presencialmente, mas cerca de 700 alunos acompanharam o evento via online em representação das 24 escolas envolvidas no projeto. Esta publicação pretende servir de inspiração para outros projetos do mesmo âmbito, num contexto de replicabilidade que beneficiará o rio Ave como um todo e, assim, todos os municípios que por ele são atravessados, através de um projeto do Laboratório da Paisagem com a colaboração do Município

de Guimarães e da Agência Portuguesa do Ambiente - APA O Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, destacou a “consciência ecológica” que desperta nos vimaranenses, através do “compromisso e envolvimento” com a preservação do ambiente e a recuperação das massas de água do concelho num equilíbrio entre o rio e o cidadão. “Todos contam para a este caminho, na defesa do nosso habitat e do ambiente, porque a mudança começa em cada um de nós. A água é um elemento essencial à vida e devemos proteger toda a bacia hidrográfica do Ave e é nesse sentido que temos definido um caminho que implica o despertar da consciência ecológica de todos os cidadãos”, referiu Domingos Bragança. A Presidente do Laboratório da Paisagem e Vereadora do Ambiente no Município de Guimarães, Sofia Ferreira, descreveu os cerca de 700 alunos como “os principais protagonistas neste processo” na sequência das ações de capacitação e formação realizadas no âmbito do projeto “O Ave para Todos”. Participaram neste processo as 14 juntas de freguesia (na linha de água do rio Ave) envolvendo 24 escolas. O Diretor Executivo do Laboratório da Paisagem, Carlos Ribeiro, considera que “este é apenas o primeiro capítulo


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de uma história que traça um caminho que não é reversível”, através de uma política de ação centrada no cidadão. “Temos a noção clara que não se consegue transformar o território sem transformar os cidadãos e esse é um fator determinante, sendo que isso apenas se faz através de uma maior relação entre as pessoas e o rio”, constatou O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Pimenta Machado, destacou a prática de Guimarães como um exemplo na forma como “procura formar as pessoas sobre as várias matérias no ambiente, para serem melhores cidadãos no

futuro”. Pimenta Machado deixou um desafio às escolas para fazerem uma avaliação do seu uso eficiente da água. A Vereadora da Educação, Adelina Pinto, lembrou que a comunidade de Guimarães “está a dar passos significativos, resultado de uma educação ambiental que está a ser seguida há muitos anos para a mudança de paradigma nas questões do ambiente. Só mudamos o território se as pessoas mudarem comportamentos e este é o nosso desafio para os eco-alunos que nos vão ajudar a um território mais sustentável, com uma participação ativa e de colaboração”, realçou.

ASSISTA À SESSÃO FINAL DO PROJETO "O AVE PARA TODOS"


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Moreira de Cónegos (O Moinho - Foto de Júlio Miguel Silva)

Sande São Martinho (Parque de Lazer - Foto de Antó

REDE DE EMBAIXADO PROMOVE TURISMO N Revelar a natureza secreta do concelho é o primeiro desafio da recém criada rede de embaixadores de guimarães, que junta cerca de meia centena de voluntários. Guimarães criou uma rede com cerca de meia centena de voluntários em 31 das 48 uniões de freguesia cuja missão é revelar alguns pontos de interesse aos visitantes, mas também aos próprios vimaranenses, procurando alargar o turismo a todo o território e prolongando a estada dos viajantes. O projeto, designado de "Guimarães Embaixadores", nasceu de uma colaboração da Divisão de Turismo da Câmara Municipal de Guimarães com o Laboratório da Paisagem, a Estrutura de Missão para o Desenvolvimento Sustentável - Guimarães

2030, e com o apoio​dos autarcas das várias freguesias foram selecionados os Embaixadores, ambos fundamentais para o sucesso do projeto. O primeiro desafio passa por revelar a Natureza menos conhecida do concelho. E há muita por descobrir. Depois de fotografados os muitos paraísos naturais, o resultado tem vindo a ser divulgado nas redes sociais do Turismo de Guimarães. Este é um dos objetivos na estratégia do Município de Guimarães, assente nas pessoas que dão corpo à Rede de Embaixadores de Guimarães, potenciando os recursos materiais e imateriais do território e trabalhados de forma a potenciar a sua visitação.


ónio Freitas)

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Briteiros de Santo Estêvão (Foto de Carolina Pereira)

ORES DE GUIMARÃES NATUREZA "O concelho de Guimarães é como um sistema solar, ou seja, nós temos cidade e a cidade é um sol uma estrela que atrai não só pela sua força gravitacional mas também pelo deslumbre da luz. Muitas das vezes esses planetas que gravitam nesse sistema passam ao lado, são ofuscados por essa luz. Este sistema solar de Guimarães é uma coisa magnífica porque está cheio de terras habitáveis e qual delas a mais linda. Todas elas são iguais e diferentes a merecerem de ser conhecidas. O projeto Guimarães Embaixadores vai realmente levar a divulgar todas estas terras. Aqui quando digo terras não só me liberto dessa imagem do planeta mas falo da localidade. São uma série de freguesias, os tais planetas, que estão todos unidas entre si e, como digo, têm muito para mostrar porque a riqueza é grande. Se o centro histórico tem um potencial em termos de oferta a todos os níveis – de memória, de monumentos, de museus, do centro de arte, locais de diversão – os outros planetas, as outras terras têm coisas que são diferentes. E também têm património material e imaterial, património natural e construído que merece ser visto e divulgado."

Embaixador Joaquim Salgado Almeida


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LIVRO CELEBRA 5 ANOS DE PEGADAS Há cinco anos que está implementado o PEGADAS em todas as escolas do concelho, envolvendo cerca de 20 mil alunos por ano nas ações ambientais. Para assinalar os cinco anos do programa municipal de educação ambiental PEGADAS (Programa Ecológico de Guimarães para a Aprendizagem do Desenvolvimento Ambiental Sustentável) foi apresentado no dia 30 de junho, uma publicação que retrata os projetos de educação ambiental, testemunhos e boas práticas de um programa que é, segundo Domingos Bragança, "uma referência e pode ser replicado no país e no mundo”. Criado e coordenado pelo Município de Guimarães e pelo Laboratório da Paisagem, o PEGADAS tem procurado impulsionar políticas para o ambiente, de forma inclusiva e transversal, através de uma aposta num programa abrangente, assente em princípios ecologicamente sustentáveis, com o objetivo de iniciar uma mudança de paradigma no comportamento e modo de estar da comunidade. Cerca de 20 mil alunos são envolvidos anualmente em mais de 200 ações, com a colaboração direta dos professores. “Todos estão de parabéns pelo trabalho que têm desenvolvido neste programa de educação ambiental. Desenvolvemos este programa a partir de Guimarães, e com a envolvência de toda a comunidade educativa, sendo difícil encontrar exemplos

semelhantes noutras escolas do país. Seria bom replicar por todo o país e até por todo o mundo aquilo que estamos a fazer em Guimarães no sentido de despertar a forte consciência ecológica dos cidadãos para alterar comportamentos e ajustar essas medidas ao conhecimento que vamos adquirindo, nesta ligação com os investigadores e a ciência”, salientou Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães. A Presidente do Laboratório da Paisagem e Vereadora do Ambiente, Sofia Ferreira, enalteceu as parcerias para o desenvolvimento das diversas ações ao longo dos últimos cinco anos. Lembrou ainda “todos os que ousaram em colocar em prática um programa tão ambicioso e importante para nosso concelho no âmbito da sustentabilidade ambiental”, realçando que “as crianças são os principais agentes desta mudança”. A Vereadora da Educação, Adelina Pinto, destacou o envolvimento das escolas e o empenho dos professores no programa PEGADAS. “Através da educação nas escolas fizemos com que as crianças fossem sensibilizadas para um novo olhar sobre o ambiente. Através das crianças conseguimos ainda chegar às suas famílias e à comunidade em geral para desenvolver cidadãos diferentes”. Em representação da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Francisco Teixeira sublinhou o “criterioso e competente trabalho” desenvolvido pela Câmara de Guimarães em


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articulação com o Laboratório da Paisagem, evidenciando a intervenção nos “principais pilares de ação da educação ambiental através da ligação com o meio da investigação” Patrícia Ferreira, da coordenação do PEGADAS, fez menção ao “projeto com identidade” cumprindo o objetivo de “dotar as escolas de recursos e estratégias para que a educação ambiental fosse uma realidade em todas as escolas e complementasse a educação formal”. A publicação contém ainda, entre outros, prefácio de Nuno Lacasta, Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, e posfácio de Jane Carruthers, historiadora ambiental na Universidade da África do Sul membro do Comité de Acompanhamento Externo da Estrutura de Missão Guimarães 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. O PEGADAS é um programa intergeracional, tendo atividades para toda a comunidade escolar, de todos os níveis de ensino e também para a comunidade sénior do concelho de Guimarães. O seu portefólio reúne oito atividades consideradas âncora, pelo seu grau de relevância e articulação com os objetivos ambientais locais, e quase uma centena de atividades teóricopráticas disponíveis de forma totalmente gratuita.

ASSISTA À APRESENTAÇÃO DO LIVRO "PEGADAS: 5 ANOS"


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PLANO DE GESTÃO DE BIORRESÍDUOS 2030 DE GUIMARÃES LANÇADO EM JULHO Trata-se de um plano que será implementado em 4 fases e que, quando concluído, acabará com a deposição dos resíduos em aterro, ao mesmo tempo que envolverá a população em políticas de minimização de resíduos e de reciclagem através da compostagem doméstica e comunitária. O Plano de Gestão de Biorresíduos 2030 (PGBG2030) do Município de Guimarães, elaborado com o apoio do Laboratório da Paisagem, será apresentado em julho. O documento esteve em discussão pública entre maio e junho. O Plano terá como objetivo a definição da estratégia e das ações a desenvolver pelo Município de Guimarães no que diz respeito à gestão dos biorresíduos em toda a área do concelho, em articulação com as políticas nacionais e europeias em matéria de gestão de resíduos, e integrando uma componente importante da Estratégia da Estrutura de Missão para o Desenvolvimento Sustentável 2030. O Plano prevê a implementação de uma rede de recolha seletiva de biorresíduos e a implementação da compostagem doméstica ou comunitária, ações que serão alinhadas com a estratégia definida ou a definir pelos sistemas de gestão de resíduos urbanos (RU). Sofia Ferreira, vereadora do Ambiente, disse que o processo envolverá um conjunto de parceiros fundamentais, como o Laboratório da Paisagem, a Resinorte, a Associação

Vimaranense de Hotelaria, a Vitrus, a Associação Zero, a Ave Associação Vimaranense para a Ecologia, a Universidade do Minho, entre outras. “Procederemos a um sistema de recolha de biorresíduos baseado preferencialmente na recolha portaa-porta e em casos específicos, de habitação coletiva por exemplo, contentorizada. Este sistema permitir-nos-á criar e adaptar um sistema PAYT idêntico ao implementado no Centro Histórico, alargando-o à recolha seletiva de biorresíduos. A aplicação da tarifa terá em conta a separação de mais um resíduo”, disse Sofia Ferreira. A vereadora salientou ainda a componente de envolvimento de todos os agentes que têm vindo a desempenhar um papel fundamental no caminho da sustentabilidade ambiental no Concelho de Guimarães, como as juntas de freguesia, as Brigadas Verdes e os Agrupamentos Escolares. “O cidadão será o ator principal do processo de mudança, motivo pelo qual atuaremos com especial incidência em grupos considerados estratégicos, como é o caso das escolas, onde distribuiremos compostores”, concluiu. O processo de implementação da recolha será progressivo. A primeira fase será iniciada em julho e cobrirá cerca de 34% da população do Concelho de Guimarães. Em 2024, a 2ª fase aumentará a cobertura para 58% da população, com as restantes duas fases a completarem a cobertura total da população (em 2026, 75%, e em 2028, 100%). Trata-se de um faseamento planeado com base num estudo do Centro de Valorização de Resíduos que incide sobre o potencial de produção de biorresíduos.

O Plano prevê a implementação de uma rede de recolha seletiva de biorresíduos e a implementação da compostagem doméstica ou comunitária.


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31 NOVAS ESPÉCIES ADICIONADAS À BASE DE DADOS DA BIODIVERSIDADE DE GUIMARÃES DESAFIO MUNDIAL CITY NATURE CHALLENGE DECORREU ENTRE 30 DE ABRIL E 3 DE MAIO. Foram adicionadas 31 novas espécies de fauna e flora à base de dados de da biodiversidade de Guimarães, que já contempla cerca de três centenas e meia de diferentes espécies. Este é um dos dados da participação deste ano de Guimarães no desafio mundial City Nature Challenge, que decorreu de 30 de abril a 3 de maio. Foram mais de 300 espécies identificadas, num total de cerca de 500 observações de 80 participantes. Do conjunto de observações efetuadas pelos vimaranenses destacam-se as entradas da ave Pega-rabuda (Pica pica), das borboletas Fritilária-Dos-Lóios (Melitaea phoebe) e Esfingídeo-de-asas-transparentes (Hemaris fuciformis), esta

Pega-rabuda (Pica pica)

Rã-verde (Pelophylax perezi)

última uma borboleta noturna que bate as asas tão rápido que consegue beber o néctar das flores enquanto voa. O grupo mais fotografado foi o dos insetos, com destaque para a Abelhado-mel (Apis mellifera). Ao longo de quatro dias, vários agrupamentos escolares, brigadas verdes e simples fãs de natureza participaram nas várias iniciativas promovidas pelo Laboratório da Paisagem e pelo Curtir Ciência – Centro de Ciência Viva de Guimarães. Identificadas todas as espécies, foram igualmente submetidas na plataforma internacional do City Nature Challenge. Apesar deste desafio ter terminado, a base de dados da biodiversidade de Guimarães está sempre aberta à participação de todos, através da aplicação móvel Biodiversity GO!

Fritilária-Dos-Lóios (Melitaea phoebe)

DESCARREGA JÁ!

BIO

DIVERSITY GO! Guimarães

PASSO 1

Encontra biodiviversidade Fauna e flora, tudo conta !

PASSO 3

Lagartixa-de-bocage (Podarcis bocagei)

Envia as tuas fotos Faz o upload para app móve l Biodiversity GO!

PASSO 2

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LABORATÓRIO DA PAISAGEM ADERIU À REDE POLLI.NET O Laboratório da Paisagem é uma das mais de 50 instituições da Rede Colaborativa para a Avaliação, Conservação e Valorização dos Polinizadores e da Polinização (polli.NET), apresentada no passado dia 5 de junho, Dia Mundial do Ambiente. Nesta rede, criada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) em conjunto com o Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, estão incluídas a academia, entidades da administração pública, ONGs, associações de produtores e plataformas digitais de dados.

Os objetivos principais da rede colaborativa são reunir a comunidade científica, partes interessadas e sociedade civil ligada, direta e indiretamente, aos polinizadores e à polinização, de forma a promover a partilha de informação e transferência de conhecimento entre todas as partes interessadas, bem como promover a formação de investigadores e cidadãos. Pretende-se ainda o desenvolvimento de um plano de ação a nível nacional para a avaliação, conservação e valorização dos polinizadores, bem como promover a implementação das ações.

Para assinalar o Dia Mundial das Abelhas, dia 20 de maio, o Laboratório da Paisagem lançou uma campanha de sensibilização em Guimarães, colocando alguns cartazes que alertam a comunidade para a importância destes polinizadores, sob o lema “Sem abelhas, não há alimentos!”.

GUIMARÃES PROMOVEU PALESTRAS NO GREENFEST No mês de maio realizou-se, em versão apenas online, o Greenfest, o maior movimento de sustentabilidade do país, que este ano assinalou o tema "regenerar" nas vertentes ambientais, sociais, e económicas. O Laboratório da Paisagem promoveu duas palestras, uma sobre "Percursos na Natureza - As rotas de Guimarães", com a investigadora Sara Terroso, onde apresentou alguns pontos emblemáticos dos percursos na natureza no concelho, bem como as propostas de traçado da Ecovia do Ave e Ecovia do Selho. Numa outra palestra, Carlos Ribeiro, diretor executivo, abordou-se o "Rio: O legado e o desafio", onde foram apresentados os projetos que têm sido desenvolvidos pelo Laboratório da Paisagem no âmbito dos recursos hídricos, economia circular e natureza e biodiversidade. Foi igualmente apresentada a "Estratégia Guimarães sem plástico", por Dalila Sepúlveda da Câmara Municipal de Guimarães.

Palestras decorreram on-line e contaram com muita participação


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Laboratório da Paisagem apresentou revista “Aqualastic” O Laboratório da Paisagem lançou no dia 3 de julho, Dia Internacional Sem Sacos de Plástico, a revista “Aqualastic”. A publicação de 32 páginas sumaria aquilo que foi o projeto desenvolvido ao longo do último ano e que teve uma forte vertente de sensibilização e educação ambiental, e de investigação. Na sessão de apresentação da revista “Aqualastic” a presidente do Laboratório da Paisagem e vereadora do ambiente da Câmara Municipal de Guimarães, Sofia Ferreira, destacou os méritos do projeto, amplamente elogiado, recordando que nesta temática “Guimarães já assinou, no Fórum Ambiental da Eurocities, a declaração da redução de plásticos de uso único e que o Laboratório da Paisagem é membro institucional do Pacto Português para os Plásticos”. O Dia Internacional Sem Sacos de Plástico também se fez com ações no terreno, com ajuda de mais de quatro dezenas de escuteiros do Agrupamento 366 de Brito, de vários elementos de brigadas verde, juntas de freguesia e populares, que se juntaram para uma limpeza das margens do rio Selho junto ao Laboratório da Paisagem, em Creixomil, e na recolocação da Eco barreira no rio Selho. A todos os participantes na ação foram entregues sacos de pano e sacos compostáveis, à semelhança do que tem acontecido na iniciativa “Mercado sem plástico”, que já distribuiu milhares de sacos aos vimaranenses, numa tentativa de eliminar o plástico do mercado municipal.

Mohan Munasinghe agraciado com o Prémio Planeta Azul 2021 O professor emérito e Prémio Nobel da Paz, Mohan Munasinghe, foi agraciado com o Prémio Planeta Azul 2021, atribuído pela fundação japonesa Asahi Glass a personalidades que se destacam em pesquisa e formulação de políticas públicas na área ambiental. Todos os anos, a Fundação seleciona dois vencedores, indivíduos ou organizações que tenham contribuído de forma significativa para a resolução de problemas ambientais globais. Este ano, os vencedores do Prémio Planeta Azul de 2021 foram Mohan Munasinghe (Sri Lanka) e Veerabhadran Ramanathan (EUA). Mohan Munasinghe mostrou-se “profundamente grato e honrado” por receber o Prémio Planeta Azul 2021, o principal prémio de sustentabilidade ambiental global, que simboliza o compromisso da Fundação Asabi Glass do Japão, por um futuro melhor. “Estou também muito grato a todos quantos contribuíram generosamente para o meu desenvolvimento intelectual e inteligência emocional, incluindo professores, mentores, colegas, família e amigos. Os laços sociais têm sido

inestimáveis nesta sobrevivência às pressões da COVID-19. É encorajador saber que o comité do Prémio reconheceu, especificamente, vários conceitos-chave que desenvolvi, bem como a sua aplicação prática em todo o mundo, durante quase cinco décadas, incluindo a estrutura do Sustainomics, o triângulo de desenvolvimento sustentável (economia, ambiente e sociedade), crescimento verde inclusivo e equilibrado (BIGG), e as Metas de Consumo do Milénio (MCGs)”, referiu. “Com base no meu trabalho anterior e na plataforma global facultada pela prestigiada Prémios Planeta Azul, irei, com os meus modestos esforços, continuar a tentar fazer do nosso planeta um planeta mais sustentável para todos”, salientou ainda Mohan Munasinghe, que preside ao Comité de Acompanhamento Externo da Estrutura de Missão Guimarães 2030.


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