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Pesquisa sobre implante dentário feito na Unesp é premiada nos EUA Estudo envolveu animais; o próximo passo será a realização desse mesmo tipo de experimento em humanos Por agência Fapesp

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esquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) conseguiram acelerar o processo de união do implante dentário ao tecido ósseo chamado de osseointegração em modelos animais, trabalho que rendeu o Prêmio de Melhor Apresentação de Pôster durante o 27º Encontro Anual da Academia Norte-Americana de Osseointegração, em Phoenix, no Arizona (EUA). O resultado do experimento, sintetizado em um pôster, concorreu com 231 trabalhos, provenientes das principais universidades dos Estados Unidos, Europa e Ásia. A premiação é concedida somente ao primeiro lugar. O experimento deu sequência à tese de doutorado de Thallita Pe2 0 kappa magazine

Thallita Pereira Queiroz, doutora em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Unesp e professora da Uniara, recebe prêmio no 27º Encontro Anual da Academia Norte-Americana de Osseointegração, nos EUA

reira Queiroz, defendida em 2010 na área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Faculdade de Odontologia de Araçatuba (FOA), da Unesp. Atualmente, ela é professora do Centro Universitário de Araraquara (Uniara). De acordo com o coorientador da tese, Antônio Carlos Guastaldi, professor titular do Instituto de Química (IQ) da Unesp de Araraquara, responsável pelo desenvolvimento das superfícies de implantes, o estudo teve a participação de vários coautores, devido à sua complexidade e multidisciplinaridade. Além de Queiroz e Guastaldi, participaram do trabalho Rogério Margonar e Ana Paula de Souza Faloni – ambos do Programa de Pós-graduação em Ciências Odontológicas da Uniara –, a professora Roberta Okamoto, coorientadora do estu-

do e responsável pelo Laboratório de Imuno-Histoquímica da FOA-Unesp, e os professores Francisley Ávila Souza, Eduardo Hochuli Vieira e Idelmo Rangel Garcia Júnior, todos da FOA-Unesp. Os resultados obtidos no estudo, financiado pela Fapesp, permitiram concluir que as modificações físico-químicas, em escala nanométrica, promovidas nas superfícies dos implantes dentários, aceleraram a expressão de proteínas ósseas que constituem o primeiro passo na interação entre o osso e o implante. “Com isso, foi acelerada a resposta do tecido ósseo ao implante, favorecendo, dessa forma, a osseointegração em períodos de tempo mais curtos. O próximo passo será a realização desse mesmo tipo de experimento em humanos”, disse a pesquisadora.


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