Eutanásia: Matando os doentes, os deficientes e os idosos em nome da compaixão

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Muitos cristãos acham difícil aceitar suas limitações, porque passaram a vida inteira servindo os outros, mas nunca tiveram a experiência de outros os servirem. Essas pessoas têm dificuldade de aceitar ajuda de outros porque jamais compreenderam nem aceitaram que “é pela graça de Deus que vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é presente dado por Deus. A salvação não é o resultado dos esforços de vocês mesmos, e por isso ninguém deve se orgulhar” (Efésios 2.8-10). Isto é, eles não entenderam nem creram completamente que a expiação fornece vida eterna mediante a fidelidade de Deus; eles têm se esforçado muito para manter a graça de Deus. A doença terminal testa severamente a fé deles, e eles recebem grande ajuda quando percebem que eles são justificados por causa da fidelidade de Deus, não por causa das obras deles. Os descrentes em nossa sociedade também acham difícil aceitar o fato de que eles terão de morrer. Eles foram criados nesta moderna sociedade tecnológica na qual raramente se menciona a morte, e freqüentemente eles não reconhecem que morrerão. O único modo como eles poderão aprender a lidar com suas limitações e a culpa de seus pecados é por meio da cura do espírito deles. Essa cura vem quando eles se arrependem e colocam sua fé em Cristo. Podemos oferecer muito conforto e ânimo para os doentes terminais. Uma chave para oferecer conforto e ânimo é que nós mesmos estamos livres de preocupações com a morte. Ganhamos essa liberdade quando somos justificados diante de Deus. Ficar cara a cara com uma pessoa com uma doença terminal não é fácil, pois isso nos faz lembrar de nossas limitações. Só conseguiremos ajudar os outros a enfrentar a morte quando nós mesmos pudermos enfrentá-la. Samuel Southard, professor de teologia pastoral no Seminário Teológico Fuller, dá aulas de como ministrar aos que estão morrendo. Ele diz que a oração — tanto em favor do conselheiro quanto em favor do doente terminal — é “um dos maiores recursos espirituais que Deus deu a seus filhos; é um poderoso remédio para a alma”. A oração deve começar antes da visita ao doente terminal. “A oração não deve ser o último ato na visitação; deve ser um ato de adoração antes de visitarmos”. Se não orarmos antes da visita, levaremos junto tensões, preocupações e hostilidade que tenhamos pego de outras atividades. Nesse aspecto específico, nossa oração protege o paciente. A oração também nos faz lembrar que o Espírito de Deus vai adiante de nós e que ele, não nós, é o Consolador. 197


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