O misterio da bola
castanho-avermelhada Christina Dias e Aline Abreu
Jujuba
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© do texto: Christina Dias © das ilustrações: Aline Abreu © da edição 2009: Frase e Efeito
to, a escritora tem o direito sobre o tex ou seja, ela é dona da história
a ilustradora é dona das imagens deste livro
e a Jujuba é dona do livro
Quem pensou esta história e a colocou no papel: Christina Dias Quem leu esta história, traçou e pintou as ilustrações: Aline Abreu Quem corrigiu as palavras do texto: Paulo Alexandre Quem colocou tudo no computador e fez o livro: Daniela Máximo Quem imprimiu o livro e fez ter vida fora do computador: Gráfica IBEP Quem convidou todas essas pessoas para, juntas, fazerem o livro: Daniela Padilha e Pétula Lemos m que emite são eles r talog áfica a ficha ca Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Dias, Christina O mistério da bola castanho-avermelhada / Christina Dias; ilustrações de Aline Abreu. – São Paulo : Frase e Efeito, 2009. ISBN 978-85-61695-13-2 1. Literatura infanto-juvenil I. Abreu, Aline II. Título 09-03595
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CDD-028.5 Índice para catálogo sistemático: 1. Literatura infantil 028.5 1. Literatura infanto-juvenil 028.5
1a edição • São Paulo • 2009
Jujuba é um selo editorial da
Frase&Efeito
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ISBN é um sistema internacional que identifica o livro de for ma numérica, co mo o nosso R G
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É certo que ainda resta um monte de verde, mas o olho apurado, cantinho de vista de quem espera um pouco para ver como as coisas são, logo vê que a cor que arromba a visão não é o verde. É o vermelho. Tem semente que brota da terra; tem fruto que despenca; tem cobra que rasteja brilhante; tem água barrenta que, no fim do dia, pegando a cor da despedida, fica vermelha; tem peixe que rasga a água com seu brilho encarnado. Tudo vermelho.
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É da junção desse vermelho e do verde que surge o milagre que esta história conta. Era espaçosa a árvore que virou a história aqui contada. A selva toda se preparou para ver o espicho da árvore floresta acima. E assim fez: rasgou a terra, sugou a água, buscou um jeito de ser árvore crescida. Era verde a árvore nessas horas de escalada. Tronco alto e fino que subiu lento para sustentar a sombra. Tem muito bicho que gosta de sombra. Quando a árvore já tinha lá seus sessenta metros, coisa maior que edifício, tinha tanto bicho por perto que era claro que alguém veria a bola castanho-avermelhada presa nas garras de galho e folha que a árvore fez. 6
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Quem viu primeiro foi o Uirapuru que voava rasteirinho com seu bando. Ele buscava os materiais de fazer casa quando avistou a bola. Aproximou-se com seu bico de comer insetos e deu uma bicada de desmanchar. Como se fosse um balão de aniversário. Não era. A bola era dura como a pedra e fez o Uirapuru soltar um grito meio canto, silenciando toda a mata. O canto chamou a atenção do Bicho-pau que morava naquelas bandas desde o início da subida. Numa passada elegante, ele se aproximou da bola, caminhando lentamente ao seu redor. Queria achar a entrada e ver o que tinha dentro. Não achou.
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Foi encontrar o Cupim, que é bicho que sabe os segredos de romper as superfícies. Isso era coisa para o Rei Cupim. A Rainha veio junto e os dois começaram a perfuração. Cavaram por muitas horas até que resolveram contar a verdade. A bola era tão dura que sua casca não tinha quem furasse. Pelo menos entre os insetos. Precisavam de alguém que conhecesse os segredos das frestas.
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Foram buscar o Tamanduá de – colete, velho conhecido dos cupins. Lá veio ele com sua nuvem de moscas. Subiu na árvore com facilidade e começou a investigar com suas unhas preparadas. Seu rabo tinha poderes de braço e o enrolava nos galhos, apoiando a subida. Como nem sempre escolhia onde pegar, enrolou seu rabo bem na junção da bola com a árvore, o que fez com que rompesse o fio que ligava uma à outra.
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9 788561 695132
ISBN 978- 85- 61695- 13- 2
Era tudo vermelho.
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