Gazeta Rural nº 432

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www.gazetarural.com 1 Director: José Luís Araújo | N.º 432 | Periodicidade Quinzenal | 15 de Junho de 2023 | Preço 4,00 Euros www.gazetarural.com Pela sua saúde! • Feira Nacional do Mirtilo com algumas novidades • Pedro Abrunhosa nas Festas da Vila de Mértola • Pendilhe promove Festival do Mel a 17 e 18 de Setembro • Feira Medieval ‘leva’ Penedono até à suas origens

Envolve 16 parceiros do setor apícola

PROJETO QUER ESTUDAR SOLUÇÕES PARA PRESERVAR AS ABELHAS E RECUPERAR O ESTATUTO DO MEL

Um novo projeto propõe-se estudar e procurar soluções para preservar as abelhas e recuperar o estatuto do mel em Portugal, com perto de um milhão de euros para várias ações, foi apresentado em Mirandela. O projeto, denominado BeeLand visa estudar o setor e mudanças provocadas por fatores como as alterações climáticas, os incêndios ou a seca, e procurar soluções para as novas realidades que acarretam, nomeadamente ao nível dos méis portugueses com Denominação de Origem Protegida (DOP).

FICHA TÉCNICA

Ano XIX | N.º 432

Periodicidade: Quinzenal

Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A)

E-mail: jla.viseu@gmail.com

Telemóvel: 968 044 320 (chamada para rede móvel nacional)

Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda

Sede: Rua Laje Monte, 56 - 3500-891

Lourosa de Cima - Viseu

Redacção: Luís Pacheco

Opinião: Júlio Sá Rego | Gabriel Costa

Departamento Comercial: Ana Pinto

Sede de Redacção: Rua Laje Monte, 56 - 3500-891

Lourosa de Cima - Viseu

Telefone: 232 436 400 (chamada para a rede fixa nacional)

E-mail : gazetarural@gmail.com

Web: www.gazetarural.com

N.º ERC 124546

Propriedade:

Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda

Administrador: José Luís Araújo

Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Capital Social: 5000 Euros

CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339

Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo

Dep. Legal N.º 215914/04

Execução Gráfica e Impressão: Novelgráfica, Lda

R. Cap. Salomão, 121 - Viseu

Telefone: 232 411 299 (chamada para a rede fixa nacional)

Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/

Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares

Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

04 “Petiscos & Vinhos do Tejo” regressam a Santarém

05 EXPOH vai oferecer cinco dias de concertos e gastronomia

06 Mêda promove II Feira das Atividades do Mundo Rural

07 Feira Nacional do Mirtilo com algumas novidades

08 Avanço da campanha do mirtilo “abriu-nos uma janela de oportunidade’

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da Agricultura contratualizou mais 63 projetos I&D+i financiados

26 Projeto quer estudar soluções para preservar as abelhas e recuperar o estatuto do mel

28 Freguesia de Pendilhe promove Festival do Mel a 17 e 18 de Setembro

32 Recriação Histórica da Batalha de Castelo Rodrigo regressa de 6 a 9 de julho

33 Seia promove Festa da Transumância e dos Pastores

34 Festival “CÔA – Corredor das Artes” quer conectar artistas com as comunidades locais

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Workshop ‘EQUAL RURAL’ em modo online a 28 de junho

Quim Barreiros e Cláudia Martins são atrações nas Festas de São João de Castelo de Paiva

Feira Medieval ‘leva’ Penedono até à suas origens

Ministra da Agricultura atenta aos estragos do mau tempo

sumário
Abrunhosa e Os Quatro e Meia são cabeças de cartaz no ‘Albergaria Convida’ 11 Pedro Abrunhosa é cabeça de cartaz das Festas da Vila de Mértola 12 Cresceram com a Viagem Medieval e são os rostos da imagem da edição 2023 14 Feira Medieval regressa três anos depois ao centro histórico de Coimbra 16 Idanha-a-Nova realiza Festival Ibérico Termas
é Monfortinho
18 Feira do Alvarinho de Monção duplica número de expositores
19 Simpósio debate em Évora sustentabilidade e futuro do vinho e das vinhas
20 Alijó em festa com a Feira dos Vinhos e Sabores dos Altos
gastronomia e vinho locais
21 Moimenta da Beira promove
sustentáveis
competitivos
22 Politécnico da Guarda quer negócios agrícolas mais
e
Ministério

no

Santa-

Capital da Gastronomia,

De 16 de junho a 2 de julho com novas ofertas

“Petiscos & Vinhos do Tejo” regressam a Santarém

De 16 de junho a 2 de julho, Santarém recebe a terceira edição dos “Petiscos & Vinhos do Tejo”, para a qual foi criada uma rede de espaços de restauração e de gastro bares que vão dar vida a mais uma edição desta iniciativa. Trata-se de mais uma ação inserida na programação “Santarém Capital da Gastronomia”.

No ano em que se celebra a quadragésima segunda edição do Festival Nacional de Gastronomia de Santarém, o evento agora apresentado volta a contar com a consultoria do chef Rodrigo Castelo, embaixador para a Gastronomia de Santarém, que acabou de levar para a sua cidade, mais precisamente para o seu restaurante “Ó Balcão”, o prémio Revelação Gastronómica, atribuído pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

Os 30 restaurantes e gastro bares participantes, que se encontram na zona urbana da cidade de Santarém, têm a oportunidade de servir ao público, no seu espaço, um petisco e um copo de vinho da região dos Vinhos Tejo (os vinhos são previamente definidos) pelo preço de 10€ cada. O Município de Santarém, ciente da importância do seu papel na promoção do desenvolvimento da atividade económica do concelho, e de forma a promover o turismo enogastronómico, criou este ano a possibilidade de serem adquiridos vouchers no Posto de Turismo de Santarém, mediante o pagamento de 5€. Com um valor real de 10€, esta compra antecipada permite usufruir de um desconto de 50% no valor dos petiscos nos estabelecimentos que integram o evento.

de Santarém congratula-se com “o crescente envolvimento da restauração de Santarém neste evento, hoje somos uma referência nacional a nível gastronómico, temos restaurantes de elevada qualidade e desta forma temos a capacidade de continuar a atrair mais pessoas ao nosso concelho com todo o impacto positivo que isso representa para a nossa economia local”.

Fazem parte desta edição os restaurantes A Burguesita, Tascá, Pátio da Graça, Pastelaria e Casa de Pasto Flôr de Santarém, O Saloio, Café/Restaurante Central, Taberna do Sebastião, Loja das Tradições, Ponto G, Dois Petiscos, Casa dos Torricados, Dom Papinhas, Brazão, Di Gusto, Adiafa, A Bica, Taberna do Quinzena, Casa Lusitana, Bambu Sushibar Galinha da Vizinha, BlackFrog, O Bom Garfo, Giulietta Pizza & Gelato, Chapa 7 - Restaurante Cervejaria Marisqueira, Luís dos Leitões, O Melro, OH VARGAS, O Cantinho da Graça, Dom Nunes e O Torgal.

Além dos vouchers, a outra grande novidade deste ano é o passatempo “Rota do Petisco & Vinhos do Tejo”, criado com o objetivo de incentivar o público em geral a visitar diferentes espaços de restauração e apreciar um maior número de petiscos e vinhos regionais. Este passatempo consiste em ir preenchendo um passaporte com o registo dos espaços visitados, e os primeiros 15 participantes que visitarem 10 restaurantes serão premiados com três garrafas de vinho do Tejo. Podem participar neste passatempo todas as pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, independentemente do seu local de residência, no período em que a campanha decorre, nos estabelecimentos participantes do concelho de Santarém.

Esta campanha é promovida e organizada pelo Município de Santarém, em parceria com os empresários do concelho que se juntam à iniciativa, e em colaboração com a ACES - Associação Comercial e Empresarial e com a Comissão Vitivinícola da Região do Tejo.

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A Câmara de Santarém promove a terceira edição do “Petiscos & Vinhos do Tejo”, evento integrado
programa
rém
que decorre em 30 espaços da cidade, onde todos poderão provar os melhores petiscos e vinhos da nossa região

Programa oficial será conhecido ainda este mês

EXPOH vai oferecer cinco dias de concertos e gastronomia

A EXPOH regressa este verão ao Parque do Mandanelho, em Oliveira do Hospital, de 26 a 30 de Julho, num figurino muito semelhante à edição de 2022 e que se traduziu num sucesso. O evento promete cinco dias de concertos com muita animação e convívio.

Paralelamente aos grandes concertos programados para o palco principal, a EXPOH de 2023, voltará a pensar no público mais jovem, através de uma aposta na animação noturna com conhecidos “Djs”.

No setor da gastronomia, o espaço de restauração vai ser alvo de diversas alterações e o evento manterá a aposta numa zona “gourmet”, onde o público poderá degustar alguns dos principais produtos de excelência de Oliveira do Hospital, como são por exemplo o queijo Serra da Estrela, a doçaria regional, os enchidos, os licores e vinhos do Dão.

do no ano passado, em que produzimos um evento que conseguiu afirmar-se como o grande ponto de encontro de famílias e amigos no Parque do Mandanelho e cujo conceito foi visivelmente aprovado pelo público”.

Nesse sentido, sublinha o autarca, “queremos uma EXPOH que fique novamente marcada por grandes noites e grandes espetáculos, introduzindo-se alguns fatores de inovação e melhorando-se alguns aspetos ligados à organização do evento.

José Francisco Rolo refere que o cartaz oficial do evento, que vai ser apresentado publicamente ainda neste mês de junho, será transversal a diversos públicos, para que a EXPOH continue com essa marca distintiva de ser um ponto de reencontro de muitas famílias e amigos.

A EXPOH 2023 terá novamente uma “street food”, exclusivamente dedicada à chamada comida de rua, e um “loungebar”. Para as crianças, e com vista a atrair visitantes das mais diversas faixas etárias, a organização do certame promete muitas novidades, incluindo a criação de uma “Kid Zone” e uma zona de lazer.

A EXPOH 2023, quer voltar a assumir-se como um dos principais pontos de encontro de Verão na região, e para isso contará também com uma diversificada oferta cultural e desportiva.

O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo, explica que a EXPOH 2023 “pretende reeditar o êxito alcança-

Num tempo em que a inflação provocada pela guerra na Ucrânia continua a gerar vários problemas no seio de muitas famílias portuguesas e dos municípios, o autarca frisa também que a EXPOH 2023, “voltará a realizar-se com um investimento sustentável e terá sempre em conta um cartaz económico e acessível”.

Na EXPOH 2023, que decorre de 26 a 30 de julho no principal pulmão verde da cidade, são esperados vários milhares de visitantes.

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Nos dias 25, 26 e 27 agosto

Carrazeda de Ansiães prepara XXVI Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite

Carrazeda de Ansiães prepara-se para a afirmação da sua identidade, das suas gentes, ex-libris dos seus produtos, com a realização da XXVI Feira da Maçã do Vinho e do Azeite, evento cuja promoção sai reforçada ao integrar o programa Douro Cidade Europeia do Vinho 2023. Sendo uma montra do que de melhor se produz no concelho, a feira inclui a exposição de produtos e produtores, mas também tasquinhas, concertos, desfiles, provas de perícias, procissão e um espaço para as crianças, proporcionando “três dias de muita festa e animação”.

A feira vai na vigésima sexta edição a visa enaltecer os três produtos endógenos mais famosos do planalto e socalcos do concelho. São três dias de muita festa e animação onde se junta todo o concelho e se abrem os braços para receber quem nos visita.

Nos dias 24 e 25 de Junho na Nave de Exposições

Mêda promove II Feira das

Atividades do Mundo Rural

O município da Mêda vai levar a cabo, nos dias 24 e 25 de Junho na Nave de Exposições, a II Feira das Atividades do Mundo Rural. Este evento teve como o objetivo dar a conhecer os produtos e produtores locais do concelho.

Para além disso, o concelho será também palco do VII Encontro de Matilhas e III Encontro de Ovinocultores, com a realização de vários concursos, de Ovinos da raça Churra Mondegueira, tosquia de uma ovelha da raça Churra Mondegueira, fabrico de cobertor de PAPA e ainda poder observar tecelagem manual, bem como todos os produtos locais em exposição na feira. Para encerrar as atividades haverá chegas de bois, que junta sempre centenas de pessoas, oriundas das mais diferentes regiões do País, que têm a possibilidade de ver de perto uma tradição ancestral com origem no nordeste transmontano com animais da raça autóctone mirandesa. Para o Executivo Municipal esta feira “representa muito do caminho que está a ser trilhado, numa aposta clara no mundo rural e na valorização dos produtos locais”.

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De 23 a 25 de Junho, em Sever do Vouga

Feira Nacional do Mirtilo com algumas novidades

Sever do Vouga é palco de mais uma edição da Feira Nacional do Mirtilo, que este ano apresenta algumas novidades. Para além de mais espaços, a autarquia local aposta na atração de visitantes com um cartaz de animação com Nuno Ribeiro, Matias Damásio e Quim Barreiros.

Para além da venda do mirtilo, o programa do certame conta também com sessões de showcooking, sessões técnicas e visitas aos campos de mirtilo, onde os participantes poderão provar o fruto diretamente da planta.

O presidente da Câmara de Sever do Vouga salienta a vertente artística “este ano é mais forte que em 2022”, pois salienta Pedro Lobo, “a Feira do Mirtilo é o certame que mais visitantes atrai” ao concelho.

Gazeta Rural (GR): Vai haver algumas mudanças na Feira do Mirtilo deste ano?

GR: Num ano em que as previsões são de uma boa campanha, depois de alguns dias de instabilidade do tempo?

PL: Este ano tem sido muito difícil, por causa da humidade e do ataque da mosca (Drosophila Suzukii), que tem atacado os nossos pomares. A Câmara Municipal tem vindo a apoiar os nossos produtores, através das cooperativas, de líquido para atrair a mosca, mas a verdade é que tivemos um inverno pouco frio e, nesta fase, uma temperatura amena e chuva, tem sido preocupante para as nossas colheitas.

GR: O bom tempo que se prevê a partir desta semana pode ajudar à melhoria da qualidade do fruto?

PL: Precisamos rapidamente de uma diminuição da humidade e o aumento da temperatura. Se tivermos temperaturas mais altas a mosca ataca menos, o que seria benéfico para a produção.

Pedro Lobo (PL): Sim. Desde o início que temos feito uma forte aposta na Feira do Mirtilo. É a segunda edição que este Executivo leva a cabo. O ano passado fizemos algumas mudanças e este ano haverá outras.

O espaço da feira vai ser maior e a atração vai ser maior. A vertente artística este ano é mais forte que em 2022, até porque sabemos que a Feira do Mirtilo é o certame que mais visitantes atrai a Sever do Vouga. É um evento que se destina fundamentalmente à promoção do concelho e dai a nossa aposta num cartaz de animação com grandes nomes do panorama musical nacional. Aliamos a vertente artística à vertente técnica da produção de mirtilo, no seguimento ao décimo Encontro de Produtores, que aconteceu o ano passado, tudo isto para nos afirmarmos cada vez mais como a Capital do Mirtilo.

GR: O mirtilo produzido no concelho continua a ser diferenciador?

PL: Sever do Vouga foi o concelho onde se iniciou a produção de mirtilo e manteve-se, durante muitos anos, como o único local do país. A nossa localização e o fruto aqui produzido é diferente dos outros locais, fruto das nossas características edafoclimáticas. Se é o melhor ou pior não direi, mas é seguramente diferenciador. Nada como provar o mirtilo diretamente da planta e isso os visitantes podem fazê-lo em algumas atividades que promovemos no âmbito da feira do mirtilo.

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Avanço da campanha do mirtilo “abriu-nos uma janela de oportunidade’’ na exportação

Por Sever do Vouga, a campanha do mirtilo está a correr bem. A Mirtilusa conseguiu este ano colocar fruto no mercado externo na última semana de Maio. “Um avanço de cerca de 10 dias, em relação a anos anteriores”, adiantou o presidente da Mirtilusa em entrevista à Gazeta Rural. José Sousa disse ainda que os últimos tempos foram difíceis, atendendo ao tempo instável que se fez sentir. Neste período houve alguns problemas com a humidade e com o ataque da mosca, mas antecipa uma boa campanha.

Gazeta Rural (GR): Como está a produção este ano?

José Sousa (JS): A produção deste ano está a correr bem e espero que melhore ainda, com o bom tempo que se prevê venha a partir dos próximos dias. As últimas semanas foram complicadas, pois houve vários dias seguidos de chuva, que deu origem a que algum fruto se tivesse estragado, devido à podridão e outro picado pela mosca (Drosophila Suzukii), mas muito pontual.

Os últimos dias, com chuva e alguma humidade, não foi bom para a apanha do fruto com a regularidade desejada. Neste momento, há excesso de fruto maduro nas plantações, que pode ser um perigo

se as temperaturas não subirem. As previsões são de bom tempo para os próximos dias, com temperaturas acima dos 25 graus, e isso vai ser muito bom para que a mosca não ataque as plantações.

GR: Em termos de quantidades, a informação que corre é que é melhor que em anos anteriores?

JS: Estamos bem na campanha deste ano. Em relação ao ano passado, nesta altura já estamos com mais fruto rececionado e os preços também andam um pouco melhores. Se não houver nenhum problema nas próximas semanas, se os preços se mantiverem, por mais duas ou três semanas, e a qualidade do fruto também, será, de certeza, uma campanha melhor que a anterior.

GR: Este ano, e no que toca à Mirtilusa, conseguiram colocar fruto mais cedo no mercado. Isso foi importante?

JS: Sim. Este ano, na última semana de maio, já estávamos a exportar fruto, quando isso é muito raro acontecer. Conseguimos colocar no mercado em Maio, o que habitualmente (em anos anteriores) entregamos no início de junho.

De acordo com os nossos registos, a campanha, este ano, antecipou cerca de 8 a 10 dias, o que foi bom, porque chegámos primeiro ao mercado. Em Espanha houve alguns problemas, enquanto noutros países produtores da Europa houve um atraso na campanha, o que nos abriu uma janela de oportunidade, que foi ótima.

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Segundo José Sousa, presidente da Mirtilusa

Pedro Abrunhosa e Os Quatro e Meia fazem o destaque no cartaz da edição de 2023 do certame, denominado Albergaria Convida, que conta no programa de animação com diversos concertos, a maioria gratuitos.

Regressa à Quinta da Boa Vista de 29 de Junho a 02 de julho

Pedro Abrunhosa e Os Quatro e Meia são cabeças de cartaz no ‘Albergaria Convida’

A Albergaria conVIDA – Feira Regional de Artesanato e Gastronomia de Albergaria-a-Velha está de regresso à Quinta da Boa Vista de 29 de junho a 2 de julho. Pedro Abrunhosa e Os Quatro e Meia estão em destaque no cartaz da edição de 2023, que inclui ainda os japoneses Minyo Crusaders, Cool Drive e as já habituais After Hours com DJ sets pela noite dentro.

“O evento que, este ano, conta com nove tasquinhas de gastronomia local e 29 espaços de artesanato e ‘stands’ institucionais, arranca no dia 29, com abertura de portas às 19 horas”, anuncia uma nota de imprensa da autarquia.

O concerto de abertura é com os CoolDrive, um grupo de músicos da região de Aveiro que interpreta ‘covers’

de canções dos anos 70 até à atualidade. Na noite seguinte o Festim - Festival Intermunicipal de Músicas do Mundo leva a Albergaria-a-Velha os japoneses, enquanto no dia 01 de julho o palco é para Pedro Abrunhosa, encerrando o cartaz de concertos com os Quatro e Meia. Todas as noites, após os concertos, há ‘after hours’, estando confirmados os Dj Gustajony, Zé Gabriel, Paulino Coelho e Ricardo Neves.

De acordo com a organização, os concertos de Minyo Crusaders e CoolDrive são de entrada gratuita, enquanto os bilhetes para os espetáculos de Pedro Abrunhosa e dos Quatro e Meia custam dois euros, sendo gratuitos para as crianças até aos 12 anos.

Quer os jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos, quer as pessoas com mais de 65 anos beneficiam de desconto de 50% no preço dos bilhetes, que podem ser adquiridos na Biblioteca Municipal.

Rua Capitão Salomão, nº 121-123 | 3510-106 VISEU | Telefone: 232 411 299 | E-mail: novelgrafica1@gmail.com (chamada para a rede fixa nacional)

Pedro Abrunhosa & Os Camponeses de Pias são o cartaz maior do programa de animação das Festas da Vila de Mértola que vão decorrer de 17 a 25 de Junho. Julinho KSD e Miguel Azevedo são outros nomes do cartaz. As festas terminam com a já famosa sardinhada.

Vão decorrer de 17 a 25 de Junho

Há tradição e espetáculos musicais nas Festas da Vila de Mértola

As Festas da Vila de Mértola estão de regresso, num evento anual repleto de alegria, tradição e espetáculos musicais no emblemático Cais do Guadiana. As festividades, que vão decorrer de 17 a 15 de Junho, serão dedicadas a São João, padroeiro de Mértola, proporcionando aos moradores e visitantes momentos inesquecíveis de diversão e celebração.

A programação diversificada das Festas da Vila de Mértola promete agradar a todos os gostos musicais e oferecer experiências memoráveis. Entre os destaques, teremos apresentações musicais de renome nacional, bem como eventos tradicionais que representam a essência cultural desta encantadora região.

une para celebrar suas tradições e receber calorosamente amigos, familiares e visitantes.

Herdade Foz da Represa promove provas de vinhos

As festas terão início no dia 17 de junho, com o espetáculo Remember - Tributo 80&90. Nesta noite especial, os amantes da música serão transportados de volta às décadas passadas, desfrutando de uma viagem nostálgica repleta de sucessos intemporais. No dia 23 de junho, o Cais do Guadiana ganhará vida com um fantástico concerto de Pedro Abrunhosa & Os Camponeses de Pias. A noite terminará com a vibrante energia do talentoso Miguel Bravo.

No dia 24 de junho, a festa continua com as atuações de Julinho KSD e Miguel Azevedo, dois artistas de destaque no panorama musical atual.

Por ocasião das Festas da Vila de Mértola, a Herdade Foz da Represa, em colaboração com as prestigiadas adegas Herdade dos Lagos (HDL), Herdade Vale D´Évora (Discórdia) e Herdade Salvador (Mondadeiras) promovem uma imperdível prova de vinhos, a ser realizada nos jardins da herdade. Este evento único é uma oportunidade para os apreciadores de vinho explorarem e desfrutarem de algumas das melhores criações vinícolas da região, num ambiente encantador e descontraído. Através desta parceria, a Herdade Foz da Represa e as adegas participantes procuram promover a riqueza vitivinícola local e proporcionar uma experiência sensorial única para os visitantes das Festas da Vila de Mértola.

Além das degustações de vinhos, o evento contará também com a presença de especialistas enólogos e produtores de vinho, para partilhar o seu conhecimento e paixão pela produção vinícola local. Os visitantes poderão saber um pouco mais sobre as técnicas de vinificação, as castas utilizadas e a história fascinante por trás de cada vinho.

Para encerrar em grande, no domingo, dia 25 de junho, teremos a famosa Sardinhada, um momento tradicional que atrai sempre muitos residentes de todo o concelho de Mértola. Todos terão a oportunidade de desfrutar de uma saborosa sardinhada, ao som de animação circulante e de um divertido baile, que convidará a todos para dançar e celebrar a cultura e a alegria de Mértola. As Festas da Vila de Mértola são um momento especial em que a comunidade se

A prova de vinhos na Herdade Foz da Represa é uma excelente oportunidade para mergulhar na cultura vinícola local, enquanto se desfruta de momentos agradáveis em boa companhia. Esta experiência única irá cativar tanto os conhecedores de vinho experientes como os iniciantes curiosos.

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Há vários anos que os atores Rui Castro, Ricardo Oliveira e Maria Mar participam na Viagem Medieval em Terra de Santa Maria, mas nesta edição têm um envolvimento ainda maior. São os rostos da imagem promocional do evento, a realizar de 2 a 13 de agosto, no centro histórico de Santa Maria da Feira, e vão vestir a pele de Nuno Álvares Pereira, D. João I e D. Filipa de Lencastre nos “Momentos da Vida do Rei”, entre outras participações.

Os atores Rui Castro, Ricardo Oliveira e Maria Mar

Cresceram com a Viagem Medieval e são os rostos da imagem da edição 2023

Na imagem promocional, Ricardo Oliveira surge ao centro, convertido em D. João I de Portugal, homem inteligente, obstinado e metódico, que inicia uma nova dinastia e uma nova política. O seu nome remete, de imediato, para Aljubarrota, para a independência, expansão, sentido português. Aclamado rei pela “arraia miúda”, que o teve sempre em boa conta, fica na história como “O da Boa Memória” e o “Pai dos Portugueses”.

Por sua vez Ricardo Oliveira documentou-se para encarnar o personagem e apresentou-se devidamente trajado e caracterizado pelo guarda-roupa oficial da Viagem Medieval. Aos 31 anos, o ator feirense e professor de teatro soma várias participações no espetáculo diário de grande formato, experiência que vai repetir nesta edição do evento, tendo ainda participado em recriações no Povoado e encarnado diferentes personagens históricas.

Ao lado de Ricardo, surge o ator Rui Castro, que veste a pele de Nuno Álvares Pereira, homem de virtudes militares, estratega e braço direito de D. João I nas batalhas mais importantes contra Castela (Atoleiros e Aljubarrota), nomeado Condestável de Portugal pelo rei.

Formado pela escola profissional Balleteatro, Rui Castro, de 28 anos, estreou-se na Viagem Medieval como voluntário no espetáculo noturno de grande formato em 2015, ingressando mais tarde na Associação Cultural e Artística de Lourosa, (ACAL) através da qual foi galardoado com o prémio “Melhor Ator Principal” no Concurso Nacional de Teatro Amador Ruy de Carvalho 2023.

Por sua vez, a atriz feirense Maria Mar encarna a personagem D. Filipa de Lencastre, virtuosa cristã, de personalidade forte, esposa presente e vigilante. Mãe dedicada, destacou-se pela educação exemplar que deu aos filhos, a chamada Ínclita Geração, reconhecida pela sua sabedoria, valor militar e relevância na vida pública portuguesa.

Há quase duas décadas que Maria Mar, de 49 anos, participa na Viagem Medieval através do Orfeão da Feira, onde é atriz e diretora do Grupo Experimental de Teatro (GET). Para além de rosto da imagem promocional do evento, este ano vestirá a pele de D. Filipa de Lencastre nos “Momentos da Vida do Rei”, cujos textos são de sua autoria, juntamente com Áurea Morujão e Manuel Ramos Costa, numa produção do GTE do Orfeão da Feira.

A imagem promocional da XXVI Viagem Medieval apresenta diferentes versões para diferentes formatos e aplicações, tocando períodos distintos do reinado de D. João I (1385-1443), marcado pela guerra contra Castela, pela defesa da independência e pelo fortalecimento da nação, onde sobressaem feitos militares como a Batalha de Aljubarrota e a conquista de Ceuta.

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Nos próximos dias 21, 22 e 23 de julho

Feira Medieval regressa três anos depois ao centro histórico de Coimbra

Coimbra vai viajar até à Idade Média, nos próximos dias 21, 22 e 23 de julho, com a realização de mais uma edição da Feira Medieval, uma das mais antigas do país, organizada pela Câmara de Coimbra. Desta vez, após um interregno de três anos, a vigésima oitava recriação do evento regressa ao centro histórico num formato renovado e com uma duração mais alargada.

Durante três dias, Coimbra regressa ao período medieval, de 21 a 23 de Julho, após três anos de interregno, numa edição que não fica circunscrita ao largo da Sé Velha, mas que se estende pela primeira vez ao Quebra Costas. Ao contrário de outros anos, a Feira Medieval de Coimbra não se vai concentrar apenas no largo da Sé Velha, decorrendo também nos seus claustros, no Quebra Costas e na rua do Norte, passando de um para três dias, afirmou o chefe da Divisão de Cultura da Câmara de Coimbra, Rafael Nascimento.

O evento regressa após três anos de interregno motivados pela pandemia e pelas obras de requalificação do largo da Sé Velha, que acabaram recentemente. Arranca na noite de dia 21 de Julho, sexta-feira, com uma ceia medieval nos claustros da Sé Velha, onde a participação está sujeita a inscrição (o valor por pessoa ainda está por definir), referiu o responsável.

Para além de uma ementa medieval a cargo dos Serviços de Acão Social da Universidade de Coimbra (SASUC), haverá também momentos de encenação protagonizados pela cooperativa Almanach durante o repasto, numa feira que terá como tema a crise dinástica e a aclamação de D. João I nas cortes de Coimbra, entre 1383 e 1385, afirmou Rafael Nascimento.

Este ano a Feira Medieval vai “para além de um dia” e as várias associações locais que participam no certame, com as suas tabernas e bancas, terão uma formação para haver “rigor histórico” na representação daquela época, frisou. Uma das outras inovações desta edição passará por tentar envolver o comércio e a restauração da zona circundante, que poderão estar decorados a rigor e com alguma oferta relacionada com a temática, salientou.

Com um orçamento de 20 mil euros, deverão participar cerca de uma dezena de associações locais, com um total de 48 tabernas e bancas espalhadas ao longo do perímetro da feira. Durante a conferência de imprensa, foi também sublinhada que esta foi a primeira feira medieval a realizar-se no país, tendo começado em 1992, pela mão da fundação Inatel.

O diretor distrital da fundação Inatel, Bruno Paixão, congratulou-se com o “novo encontro” entre a instituição e a Feira Medieval de Coimbra, realçando o pioneirismo dessa primeira feira, levada a cabo com a ajuda de medievalistas da Universidade de Coimbra. “Triplicamos os dias da feira, o que mostra o nosso empenho. Isto vale a pena porque era um evento demasiado efémero, quando tem tanto significado para Coimbra”, realçou o presidente da Câmara, José Manuel Silva.

Para o autarca, a Feira Medieval de Coimbra valoriza o património da cidade, considerando que os conimbricenses devem sentir “o bom peso” da história e cultura do concelho. “Esperemos que no futuro os comerciantes e até habitantes da Alta tenham o seu traje e que mais entidades se associem, para todos os anos fazermos uma grande feira medieval, vivida e participada por todos. Temos de dar mais vida a estas pedras”, salientou.

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VILDEMOINHOS FORAL 900 ANOS VISEU PARCEIROS JUNHO AMOR COM HISTÓRIA ...ENQUANTO O MUNDO FOR MUNDO... SÃO JOÃO C A V A L H A D A S D E V I L D E M O I N H O S DIA 23 DIA 24 DIA 25 JUNHO JUNHO 371 ANOS DE TRADIÇÃO 2023 20H - CORAÇÃO MINHOTO 22 30H - INFANTUNA CIDADE DE VISEU 23 30H - QUEIMA DO PINHEIROZÉS PEREIRAS DE VILDEMOINHOS 24H - FARRA MINHOTA 9H - CORTEJO DAS CAVALHADAS 17H - MISSA E PROCISSÃO EM HONRA DE SÃO JOÃO BAPTISTA 22 30H - BANDA LUSA 24H - BAND OF BROTHERS 15H - 1 FESTIVAL TRICANAS DE VILDEMOINHOS 22H - BANDA K7 24 JUNHO - 9H ORGANIZAÇÃO 1 9 A 2 5 J U N H O - T A S Q U I N H A S D E S A R D I N H A

De 22 de julho a 16 de setembro

Idanha-a-Nova

realiza Festival

Ibérico Termas é Monfortinho

Está lançado o Festival Ibérico Termas é Monfortinho 2023, que decorre de 22 de julho a 16 de setembro. Durante os meses de verão serão inúmeras as razões para ir às Termas de Monfortinho. Haverá música, teatro, workshops, dança e muitas atividades para desfrutar em família.

Na apresentação do festival, o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, realçou “a parceria entre várias entidades para que a qualidade da oferta termal esteja aliada a uma programação de animação turística para todas as idades”.

Com esse objetivo, a autarquia “continuará a trabalhar com o Balneário Termal das Termas de Monfortinho para, numa estratégia que envolve vários parceiros, conseguirmos dinamizar o concelho e o tecido empresarial”. “A água termal é um ativo de grande valor e é importante que o possamos valorizar e usufruir dele”,

acrescentou o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova. Miguel Martins, responsável pela programação do evento em conjunto com João Abrantes, adianta que o Festival Ibérico Termas é Monfortinho vai oferecer música, teatro, dança, conversas e mostrar o melhor que existe nesta região raiana. “A ideia é que as pessoas, de um lado e do outro da fronteira, possam beneficiar de espetáculos enquanto usufruem das Termas de Monfortinho, numa simbiose entre natureza, bem-estar, saúde, música e animação”, refere Miguel Martins. Uma das novidades desta edição, para além do reforço da vertente ibérica, é a integração da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa no evento, o que possibilitará a participação de representantes dos concelhos que constituem este território. O festival é gratuito, organizado pelas Termas de Monfortinho em parceria com a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, a Filarmónica Idanhense, a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, a Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal e a Associação Ibérica de Turismo do Interior.

Monção vai receber a XXVI Feira do Alvarinho de 30 de junho a 2 de julho, num ano em que quase duplica a área e o número de expositores. A Câmara de Monção estima um retorno financeiro, “só no evento” de até 1,6 milhões de euros.

Certame vai decorre de 30 de junho a 2 de julho

Feira do Alvarinho de Monção

duplica número de expositores

O presidente da Câmara de Monção, António Barbosa, adiantou que o investimento municipal na realização da feira é de 400 mil euros e que os “indicadores recolhidos pela autarquia permitem estimar que, durante os três dias do evento, só no recinto da feira, no Parque das Caldas, o retorno financeiro para os expositores possa ser multiplicado, no mínimo, três ou quatro vezes, entre os 1,2 e os 1,6 milhões de euros”. “Sem contar com tudo o que tem a ver com a restauração fora da feira, com a hotelaria, cafés, comércio local. O investimento do município é replicado por muitas vezes nos três dias da feira”, sublinhou.

António Barbosa adiantou que, em 2022, a feira “ultrapassou, em três dias, os 100 mil visitantes”, número que a autarquia espera manter e até aumentar, no último dia, 2 de julho, com a atuação dos Xutos e Pontapés.

A Feira do Alvarinho de Monção “volta a bater, pelo segundo ano consecutivo, novo recorde no número de expositores, com a presença de 36 produtores da sub-região Monção e Melgaço”. O edil realçou ainda o

aumento, quase para o dobro da área do evento, com um total de 20 mil metros quadrados, para permitir melhor fruição e “circulação do público no espaço da feira, montado na zona ribeirinha de Monção, no distrito de Viana do Castelo.

A ampliação do recinto “tem como finalidade reforçar as condições aos expositores e garantir novos espaços de lazer e descanso, assegurando, também, uma circulação mais fluida dos milhares de pessoas esperadas”. “Criamos uma área, com mil metros quadrados, onde as pessoas possam descontrair, dando mais comodidade. A área central da feira também foi alargada. Houve um cuidado de aumentar brutalmente as áreas de utilização e circulação da feira”, especificou.

Além dos produtores de Alvarinho da sub-região Monção e Melgaço, a vigésima sexta edição da Feira do Alvarinho vai contar com a presença de 20 tasquinhas, uma zona para os expositores de fumeiro, doçaria tradicional e artesanato, e a restauração, que “passa de seis para quatro restaurantes, mas com o mesmo número de lugares”. Dos quatro restantes, “dois vão apresentar pratos típicos do concelho, sobretudo o Bacalhau à Monção, da autoria do chefe Vítor Sobral, e o cordeiro à Moda de Monção, conhecido localmente como Foda à Monção”.

Nos próximos dias 22 e 23 de junho

Simpósio debate em Évora sustentabilidade e futuro do vinho e das vinhas

O Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia, em Évora, vai receber nos dias 22 e 23 de junho o XII Simpósio de Vitivinicultura do Alentejo, onde o vinho, a sustentabilidade e o futuro do setor internacional vão estar em debate.

A sustentabilidade e as tendências de futuro do vinho e das vinhas estão em foco no XII Simpósio de Vitivinicultura do Alentejo, que se realiza, nos dias 22 e 23 deste mês, em Évora,

Assinalando que os efeitos das alterações climáticas já “não são do futuro, são atuais”, o responsável referiu que os produtores enfrentam “ano após ano com a escassez de água e temperaturas mais elevadas durante períodos de tempo mais curto”. “Sentimos a necessidade de irmos adaptando as castas que temos na terra a outras variedades que sejam mais resistentes a estas condições, preservar os solos e garantir que a biodiversidade que o Alentejo tem continua cá”, sublinhou.

A iniciativa é organizada pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), Associação Técnica de Viticultores do Alentejo, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, Direção Regional de Agricultura e Universidade de Évora.

Considerado pelos promotores como “um dos mais importantes fóruns de debate do setor vitivinícola em Portugal”, o simpósio, que decorre a cada três anos, desde 1988, realiza-se este ano no auditório do Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT).

Entre outras questões, Francisco Mateus apontou a necessidade de se repensarem as embalagens para que o vinho possa chegar aos consumidores de “uma forma mais sustentável, com a redução de emissões de CO2 [dióxido de carbono] e um transporte mais eficaz”. “Temos de conseguir viver num contexto que é diferente daquele que tínhamos, por exemplo, há 20 anos e, portanto, isso implica alterações, conhecimento e o envolvimento de todos”, acrescentou.

De acordo com o programa do simpósio, a sessão de abertura, a cargo do presidente da CVRA, Francisco Mateus, está marcada para o dia 22, às 9,45 horas. O programa inclui ainda conferências sobre o Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo, alterações climáticas, paradigma biológico, comunicação da sustentabilidade, o vinho na cadeia alimentar do futuro, embalagens e a água e os solos.

Segundo a CVRA, são esperados, nos dois dias, mais de 150 participantes, que terão a oportunidade de ouvir e partilhar conhecimentos com cerca de 30 profissionais, investigadores, enólogos e produtores de várias regiões vitivinícolas mundiais.

Em debate vão ser abordados temas como as castas do futuro da região alentejana, as alterações climáticas, o paradigma biológico das vinhas, a comunicação da sustentabilidade, o vinho na cadeia alimentar do futuro, a embalagem e a água e os solos. “Vão ser dois dias de debate interessante e atual com os olhos postos no futuro, porque falar do futuro e da sustentabilidade do setor é, atualmente, indissociável”, realçou à agência Lusa o presidente da CVRA, Francisco Mateus.

A CVRA foi criada em 1989 e é responsável pela proteção e defesa da Denominação de Origem Controlada (DOC) Alentejo e da Indicação Geográfica Alentejano, certificação e controlo da origem e qualidade, promoção e fomento da sustentabilidade. O Alentejo é líder nacional em vinhos certificados, com cerca de 40% de valor total das vendas num universo de 14 regiões vitivinícolas em Portugal.

Com uma área de vinha de 23,3 mil hectares, 30% da sua produção tem como destino a exportação para cinco destinos principais, designadamente Brasil, Suíça, EUA, Reino Unido e Polónia.

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Bárbara Bandeira, HMB e Luís Represas garantem a animação do evento.

Alijó em festa com a Feira dos Vinhos

e Sabores dos Altos

O Município de Alijó volta a receber a Feira dos Vinhos e Sabores dos Altos, a mais importante montra de divulgação dos vinhos e sabores do planalto duriense, que vai ter lugar de 16 a 18 de junho, no Parque da Vila, em Alijó. Bárbara Bandeira, HMB e Luís Represas garantem a animação do evento.

“Este é um outro Douro que damos a conhecer, onde os vinhos brancos protagonizam um papel de destaque e que é menos divulgado e reconhecido na região. Queremos alterar este paradigma, o Douro, principalmente a cotas mais elevadas, consegue colocar no mercado vinhos de excelência, de grande qualidade e com uma personalidade única”, refere José Rodrigues Paredes, presidente da Câmara Municipal de Alijó.

Os Vinhos dos Altos incorporam e transmitem a paixão dos seus produtores, vertida em cada vinho. Representam uma conjugação equilibrada entre paixão e trabalho, entre respeito pela tradição e criatividade. “Alijó tem acolhido, nos últimos anos, uma nova ge-

ração de produtores com uma identidade muito própria que ousou criar vinhos que fogem ao perfil habitual do Douro. São produtores que estão instalados no Planalto de Alijó, uma zona mais fresca do Douro que, durante muito tempo, esteve fora do radar”, acrescenta o autarca.

De 16 a 18 de junho vão marcar presença 50 produtores de vinho, de pequena, média e grande dimensão, que produzem ou têm as suas unidades de produção e engarrafamento no Concelho de Alijó. Também presentes vão estar alguns expositores de produtos locais, nomeadamente azeite, pão, bola de carne, mel e frutos secos, que vão dar a conhecer o potencial da região neste certame que atrai milhares de visitantes de vários pontos da região.

A edição deste ano arranca com um colóquio dedicado ao impacto das alterações climáticas no Douro, nomeadamente os prejuízos provocados pela queda de granizo na produção de vinho. Este momento inclui a apresentação de um projeto inovador do Município de Alijó relativa à implementação de um sistema anti granizo.

Ao longo dos três dias do evento, os visitantes que terão oportunidade de conhecer de perto os nossos produtores, assim como desfrutar de um vasto programa que inclui provas comentadas de vinhos, palestras, showcooking dedicado a tapas e petiscos de polvo galego, numa zona de restauração preparada para receber os visitantes e muita música.

À semelhança de anos anteriores, realiza-se o Concurso Escolha de Imprensa Vinhos dos Altos, dirigido a profissionais, que irá eleger os melhores vinhos dos produtores presentes na Feira.

Moimenta da Beira promove gastronomia e vinho locais

A primeira edição do “Terras do Demo Wine & Food” vai promover, no fim de semana de 17 e 18 de junho, a gastronomia e vinhos da região de Moimenta da Beira e ajudar o associativismo local, disse hoje o presidente do município.

“Vamos ter uma diversidade enorme de gastronomia, porque sabemos que as nossas associações têm imenso jeito para fazer iguarias e, nesse sentido, lançámos-lhes esse apelo”, adiantou o presidente da Câmara de Moimenta da Beira. Paulo Figueiredo sustentou que, “desta forma, além de se poderem provar iguarias típicas do concelho, também as associações são ajudadas financeiramente”. “O município promove o evento, dá todo o apoio logístico, e as associações vendem os seus produtos – e cada localidade tem especialidades muito boas – de forma a angariarem um dinheiro extra para as suas instituições”, sublinhou.

“As pessoas sabem fazer muitos pratos diferentes, que não se comem no dia-a-dia, iguarias muito específicas das suas localidades” e, assim, “o município promove um encontro de todos para o público usufruir”.

O autarca disse ainda que são 15 as associações que confirmaram a sua presença, neste fim de semana, na praceta Comandante José Requeijo, e, com elas, estarão também numa “grande montra” os vinhos da região do Távora. “Em Moimenta da Beira não temos muitos produtores de vinho ou engarrafadores, mas temos a nossa cooperativa que tem dimensões enormes, talvez das maiores do norte do país”, afirmou.

Paulo Figueiredo defendeu que “o espumante Terras do Demo, que mais vende a nível nacional, e os vinhos Terras do Demo e Fraga da Pena são muito fortes e que vão estar no evento para acompanhar a gastronomia” local. Inicialmente, referiu o autarca, estava “previsto para a altura da Páscoa” e acabou por ser adiado para agora e “a ideia é para no próximo ano se voltar a realizar e já com ajustes no que correr menos bem” nesta primeira edição.

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No I Terras do Demo Wine & Food

Politécnico

da Guarda quer negócios agrícolas mais sustentáveis e competitivos

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai criar uma plataforma que visa tornar os negócios agrícolas dos territórios de baixa densidade e zonas rurais de montanha mais sustentáveis e competitivos, revelou a instituição de ensino superior. “Vamos desenvolver a primeira plataforma de promoção de inovação territorial agroalimentar, com base em tecnologias de monitorização, produção e gestão”, destacou a docente do IPG e responsável pelo projeto, Teresa Paiva.

O IPG revelou que esta plataforma, que alia a inovação e tecnologia às atividades turísticas e rurais, vai ser desenvolvida em parceria com pequenas e médias empresas (PME) da região, centros de investigação e instituições de ensino superior. Intitulado Interior+, este projeto contará com um investimento que ultrapassada os 850 mil euros, pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), depois de ter assegurado a primeira posição numa lista de 13 candidatos ao financiamento daquele Plano para a revitalização de zonas rurais.

O contrato para a sua concretização foi assinado em Lisboa, numa cerimónia que contou com a presença da ministra da tutela, Maria do Céu Antunes, e do presidente do IPG, Joaquim Brigas.

De acordo com Teresa Paiva, o projeto terá início “com uma região modelo, que abrange os territórios do Minho, da Beira Interior e da Beira Alta, em que diferentes agentes do setor se reúnem para criarem medidas que ajudem a combater a fraca densidade populacional e empresarial nos seus territórios”.

Caberá ao Politécnico da Guarda capacitar empresários agrícolas para a utilização da plataforma, com formações para “dotar as empresas de competências para monitorizar pastagens, produções agrícolas e animal, terem melhores condições de

trabalho e para otimizarem os seus negócios de forma sustentável”. “Com recurso a instrumentos tecnológicos avançados - como drones, IoT (“internet das coisas”) e inteligência artificial -, a plataforma agrega informações úteis aos empresários agrícolas sobre características dos solos, dietas ajustadas para a criação de animais, otimização de recursos, necessidades dos consumidores, tendências de consumo e estratégias comerciais”, descreveu.

No seu entender, com esta plataforma as empresas terão ao seu dispor “um conjunto de dados que lhes permite adaptarem-se às necessidades do mercado e potenciar o valor dos produtos endógenos”. “Este projeto-piloto vem responder às necessidades das regiões cuja atratividade turística é fraca e a desertificação populacional é alta, mas o objetivo é extrapolar para outros setores de atividade. A plataforma é uma ação para uma estratégia intersetorial, para sermos mais eficientes, começando na agricultura até à restauração, numa perspetiva ‘farm-to-fork’ (do campo para a mesa)”, afirmou. Já o presidente do IPG, Joaquim Brigas, evidenciou que liderar este projeto fortalece o compromisso de colocar a inovação e a investigação ao serviço da comunidade, estimulando o crescimento do tecido económico e social.

“O desenvolvimento das zonas de baixa densidade e transfronteiriças, como é o caso da região da Guarda, está a ser reforçado pela transferência de conhecimento da academia para as empresas, o que torna a nossa sociedade mais qualificada e preparada”, concluiu.

Para além do IPG, estão também envolvidas no projeto a Associação de Agricultores para Produção Integrada de Frutos de Montanha, Centro de Competências da Apicultura e da Biodiversidade - representado do Centro de Apoio Tecnológico Agro-Alimentar, CerFundão, InCubo - Incubadora de Iniciativas Empresariais Inovadoras, os institutos politécnicos de Castelo Branco e de Viana do Castelo, INIAV - Polo de Braga, Meltagus - Associação Apicultores Parque Natural Tejo Internacional, Monte Silveira Bio, O&C - Olive Company, Lda, Soprobeira, Quinta da Biaia, Gabriela Isabel Alves, Cereal do Vale e TeroMovigo - Earth Innovation.

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Em territórios de baixa densidade e zonas rurais de montanha

Com financiamento superior a 21 milhões de euros

Ministério da Agricultura contratualizou mais 63 projetos

I&D+i financiados

O Ministério da Agricultura contratualizou mais de 63 projetos de investigação, desenvolvimento e inovação (I&D+i) integrados na Agenda de Inovação para a Agricultura 20|30 - Terra Futura, com financiamento superior a 21 milhões de euros.

“Inscritos no Plano de Recuperação e Resiliência [PRR] e contando com um financiamento superior a 21 milhões de euros, estes projetos servem as iniciativas ‘Uma só saúde’, ‘Promoção dos produtos agroalimentares portugueses’, ‘Revitalização das zonas rurais’, ‘Agricultura circular’ e ‘Transição agroenergética’”, detalha o ministério de Maria do Céu Antunes em comunicado.

Citada no documento, a ministra afirma que a contratualização destes projetos “é mais um passo numa agricultura moderna, envolvendo mais de 300 parceiros, entre PME [pequenas e médias empresas], instituições de I&D+i, centros de competências e associações, com mais 900 pessoas integradas na Agenda ‘Terra Futura’”. “Um número que, aliás, analisado em detalhe, encerra em si, no que respeita aos recursos já contratados, um elevado nível de paridade no campo do género - algo que queremos, cada vez mais,

promover”, salienta Maria do Céu Antunes.

A cerimónia de apresentação e contratualização dos 63 projetos decorreu numa sessão presidida pela ministra da Agricultura e da Alimentação, em que participou também o secretário de Estado do Planeamento, Eduardo Pinheiro, e na qual foi feito um ponto de situação referente à execução do PRR na Agricultura.

Segundo destaca o ministério, “além da componente dedicada ao reforço da eficiência hídrica, a qual abrange a barragem do Crato e respetivo sistema de rega, bem como o plano regional para o Algarve, no que respeita à inovação, são, no total, 93 milhões de euros para investimento não só em projetos I&D+i, mas também na revitalização dos 24 polos da rede de inovação agrícola e na transformação digital, fundamental à proximidade e à desburocratização”.

Maria do Céu Antunes disse que “84% das verbas PRR sob gestão do Ministério da Agricultura e Alimentação já estão atribuídas a candidaturas aprovadas”. Para a ministra, o Plano de Recuperação e Resiliência assenta na cooperação. “Setores económicos, academia, agentes do território, administração pública, áreas governativas -- estamos todos convocados, numa estratégia que procuramos que seja cada vez mais integradora, nomeadamente num tempo de tantos desafios”, sustenta.

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Envolve 16 parceiros entre empresas, academia e organizações do setor apícola

Projeto quer estudar soluções para preservar as abelhas e recuperar o estatuto do mel

O projeto, denominado BeeLand, é financiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e envolve 16 parceiros entre empresas, academia e organizações do setor apícola, com um prazo de execução até 2025. O propósito é estudar o setor e mudanças provocadas por fatores como as alterações climáticas, os incêndios ou a seca, e procurar soluções para as novas realidades que acarretam, nomeadamente ao nível dos méis portugueses com Denominação de Origem Protegida (DOP).

Portugal tem nove regiões DOP onde o mel produzido obedece a uma série de regras definidas há 30 anos e que não se adequam aos tempos atuais

com mudanças, nomeadamente ao nível da vegetação, que altera a cor e sabor, como explicaram os responsáveis pelo projeto. Muitos apicultores não conseguem cumprir os requisitos e o mel certificado tem vindo a perder terreno, com uma queda de cerca de 450 mil quilos em 2010 para 15 mil quilos em 2020, embora a produção total nacional de mel tenha aumentado até 2019.

Os dados foram avançados por Cristofe Espírito Santo, do Centro Nacional de Competências da Apicultura e Biodiversidade, uma das entidades envolvidas no projeto BeeLand. “A culpa não é do apicultor, nem das abelhas”, enfatizou, explicando que uma das prioridades do projeto é atualização do caderno de encargos dos méis DOP, de forma a responderem às condições atuais. Além disso, “os DOP indicam tradicionalidade do produto, mas a tecnologia evoluiu. Hoje esses méis são feitos com a mesma qualidade,

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mas com 30 anos de experiência”, segundo o presidente da Federação Nacional de Apicultores de Portugal, Manuel Gonçalves.

“Estamos a aperceber-nos que vamos ter que valorizar os nossos méis DOP de produção biológica para conseguirmos manter-nos no mercado. O nosso mercado é o das lojas de produto de qualidade e das lojas de bairro, não é para a grande distribuição”, afirmou.

A federação, também parceira do projeto, destaca que, “neste momento, com a grande transformação que está a acontecer na agricultura, com a plantação de espécies que necessitam de polinização, as condições climáticas, a procura de polinização de abelhas, é necessário começar a ordenar o território”.

Para o efeito, defende que é preciso criar em Portugal “uma bolsa de polinização para em qualquer momento estar disponível, para organizar o setor” para que, em situações de crise como a atual, não haja quebras no setor.

Os apicultores falam de um dos piores anos de sempre para a produção, com quebras de 80% num setor que não conseguiu recuperar a tempo das sequelas deixada nas colmeias pela seca de 2022.

O projeto BeeLand procurará saber “se nas nove regiões DOP a caracterização do mel se mantém igual ou se houve alteração” devido, por exemplo, à mudança de vegetação, com plantas que desaparecem e invasoras que se instalam.

Outro objetivo é fazer crescer a comercialização dos méis DOP, concretamente “que os produtores consigam que pelo menos 50% da sua produção seja vendida em locais onde tenha uma mais-valia”.

O representante dos apicultores considerou ainda ser imperioso criar em Portugal uma “bolsa de polinizadores para responder à muita procura”, que atualmente está a recorrer a estrangeiros.

O trabalho das abelhas assegura “a maior parte dos alimentos”, como salientou Cristofe Espírito Santo, apontando que o projeto BeeLand visa “apoiar, dar inovação e dinamizar o setor através da regeneração de áreas ardidas, atualização dos cadernos de encargos das DOP e criação de plataformas digitais que sirvam de repositório de informação de trabalhos científicos, investigação aplicada, casos concretos/reais”.

O projeto prevê ainda o desenvolvimento de métodos rápidos para análise de mel e a instalação no polo de inovação da Direção Regional de Agricultura, em Mirandela, de campos experimentais para regenerar áreas incultivável com espécies autóctones, como rosmaninho, urze, para aumentar os efetivos de abelhas e ajudar a polinização desta área”. “Os resultados que vão ser obtidos aqui, depois também podem ser replicados noutros pontos do país ou mesmo aplicados noutras explorações”, afirmou.

Um novo projeto propõe-se estudar e procurar soluções para preservar as abelhas e recuperar o estatuto do mel em Portugal, com perto de um milhão de euros para várias ações, foi apresentado em Mirandela.

No concelho de Vila Nova de Paiva

Freguesia de Pendilhe realiza Festival do Mel a 17 e 18 de Setembro

A freguesia de Pendilhe, no concelho de Vila Nova de Paiva, vai realizar o Festival do Mel e o Festival de Folclore nos dias 17 e 18 de Setembro, num ano muito difícil para o setor da apicultura. Em termos nacionais a quebra de produção, segundo responsáveis do setor, deve rondar os 80%. Contudo, por Pendilhe, a quebra deve ser bem menor.

“Vamos realizar o Festival do Mel a 18 e 18 de Setembro”, avançou o presidente da Junta de Freguesia de Pendilhe à Gazeta Rural. Jorge Cerdeira diz que “serão dois dias em que vamos promover o mel produzido na nossa freguesia, mas também as nossas tradições, com um Festival de Folclore”.

O autarca diz que o setor apícola está em franco desenvolvimento na freguesia, que tem cinco apicultores e uma melaria. “A produção de mel em Pendilhe está em franca expansão. Neste momento temos cinco apicultores que se dedicam quase em exclusivo a esta atividade”, adiantou Jorge Cerdeira, frisando as “excelentes condições” que a freguesia oferece, em termos de clima e flora diversa, para o desenvolvimento desta atividade.

Contudo, “o ano que não é bom”, frisou o autarca. “Em conversa com os nossos apicultores, o que me dizem é que há uma quebra de produção significativa, mas bastante menor do que noutras regiões do país, ainda assim na ordem dois 50%”, afirmou Jorge Cerdeira.

Setor atravessa a pior crise em 40 anos

O setor do mel está a enfrentar em Portugal o pior ano em décadas com quebras estimadas de 80%, ainda consequência das sequelas da seca de 2022,

afirmou o presidente da Federação Nacional de Apicultores, Manuel Gonçalves. “Estamos a passar a pior crise em 40 anos”, frisou o dirigente, em Mirandela, no distrito de Bragança, à margem da apresentação do novo projeto BeeLand, que foi pensado para estudar o setor e procurar soluções para os problemas, com perto de um milhão de euros financiados pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

Sem solução, explicou o dirigente, está a produção deste ano, que não conseguiu recuperar dos danos causados pela seca em 2022, e apresenta quebras estimadas na ordem dos 80%.

Manuel Gonçalves concretizou que Portugal perdeu “cerca de 200 mil das mais de 700 mil colmeias” devido ao decréscimo do efetivo de abelhas, que vinha sendo registado desde há três anos e se agravou nas quebras do ano passado.

Segundo o presidente da federação, por colmeia é produzida uma média de nove quilos de mel num ano normal. “Neste momento, nós não passamos dos dois quilos e meio”, indicou. Esta realidade fará com que “muitos apicultores vão ter de optar por não extrair mel para manter o seu efetivo de abelhas” porque “se extraírem mel podem levar à morte de abelhas”, como explicou Cristofe Espírito Santo, do Centro Nacional de Competências da Apicultura e Biodiversidade. “O setor precisa de ajuda para sobreviver este ano, que não se conseguia prever ser tão mau para as abelhas, que fazem um serviço tão importante para a comunidade, porque sem as abelhas nós não conseguimos ter fruta ou hortícolas”, alertou Cristofe Espírito Santo.

Para o presidente da federação, “isto é uma catástrofe total”. O responsável referiu que já o dissera ao Governo, mas “até agora os apicultores não só não vislumbram ajuda para a campanha deste ano como continuam a ser, entre os parceiros europeus, os únicos sem qualquer apoio direto”. As ajudas que existem à apicultura em Portugal, segundo disse, são dadas a organizações de produtores e nenhuma diretamente ao apicultor.

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Tondela Brancos abre inscrições para produtores de vinho

O Tondela Brancos, um evento organizado pela Câmara de Tondela com vista à promoção dos vinhos brancos produzidos no concelho, está de volta a 7, 8 e 9 de julho. Além dos vitivinicultores de Tondela e da região demarcada do Dão, podem participar no certame produtores de outras zonas do país, desde que apresentem vinhos brancos, verdes e ou espumantes brancos. O programa da oitava edição da iniciativa inclui vários momentos, de provas de vinho a gastronomia e showcookings, passando por palestras, exposições e animação musical.

As inscrições são gratuitas e podem ser efetuadas até ao dia 26 de junho. O município de Tondela disponibiliza a cada produtor um espaço de exposição composto por um balcão, uma estante com quatro prateleiras e uma arca frigorífica partilhada, assim como gelo e utensílios de apoio para as provas, nomeadamente um frapé e uma cuspideira.

Feira do Cavalo está de regresso a ponte de Lima de 6 a 9 de julho

A Feira do Cavalo de Ponte de Lima está de regresso de 6 a 9 de julho. O evento foi criado, diz a autarquia minhota, “com o objetivo de fortalecer a oferta da região a nível equestre, instituindo, assim, no norte do país, um entreposto comercial, cultural e desportivo de destaque”. Este “é um evento de referência no mundo equestre que conquistou relevância nacional e internacional”, deu nota a autarquia.

Premiada pelo Turismo de Portugal, esta iniciativa transforma Ponte de Lima “num local de grande dinâmica desportiva, cultural e turística, tendo alcançado um lugar cimeiro ao nível dos grandes eventos equestres, promovendo a visibilidade do território”.

Feirourém’23 de 16 e 20 de junho

A Feirourém’23 realiza-se entre 16 e 20 de junho deste ano, entre o Centro Municipal de Exposições e o Parque da Cidade António Teixeira. Entre bancas, stands comerciais, de artesanato e mundo rural, diversões, instituições, setor automóvel, bares, street food e restaurantes vão estar instalados cerca de 140 pontos de atração.

A entrada é gratuita, com bilheteira apenas para os concertos. Bilhetes disponíveis no local, em Bol.pt, Lojas CTT, FNAC, Worten, Teatro Municipal de Ourém, Castelo e Paço dos Condes de Ourém, Casa do Administrador – Museu Municipal de Ourém.

Xutos e Pontapés confirmados na Feira das Atividades Económicas de Aguiar da Beira

Os Xutos e Pontapés é um dos nomes confirmados no cartaz da XX Feira das Atividades Económicas, que terá lugar de 27 a 30 de julho, numa iniciativa do Município de Aguiar da Beira. “Reconhecida como um dos grandes eventos do concelho de Aguiar da Beira, a Feira das Atividades Económicas é uma referência importante na divulgação e promoção da atividade económica, cultural e recreativa, pelo número crescente de expositores e visitantes”, refere a autarquia em comunicado. O certame é complementado com espetáculos musicais, exposições, atividades económicas e agrícolas, iniciativas de caráter desportivo, recreativo e cultural.

Feira dos Petiscos de 13 a 15 de agosto na Expolima

A Feira dos Petiscos está de regresso à Expolima de 13 a 15 de agosto. Este evento gastronómico, organizado em parceria entre o Município de Ponte de Lima e a Associação de Folclore de Ponte de Lima, com a participação dos Grupos de Folclore do concelho, acontece ao som da concertina e do Vira Minhoto. No certame, cada grupo confeciona as suas iguarias gastronómicas, convidando os visitantes a degustar uma variedade de petiscos e delícias tradicionais.

Câmara de Gavião inaugura

Casa das Artes e “Eco

Laguna” após investimento de 1,5 M€

A Casa das Artes e o projeto “Eco Laguna”, uma piscina descoberta com características únicas na região, vão ser inaugurados no sábado pela Câmara de Gavião (Portalegre), após um investimento de 1,5 milhões de euros, foi hoje divulgado.

O presidente da Câmara de Gavião, José Pio, explicou que o município recuperou no centro da vila uma casa “bastante antiga”, para instalar a Casa das Artes que vai albergar o museu da Banda Juvenil de Gavião.

Além do museu, a Casa das Artes está também dotada de duas galerias para exposições, posto de turismo, sala de provas, cafetaria e uma loja de produtos tradicionais.

30 www.gazetarural.com Curtas
5 a 7 de Setembro 2023
Santarém
agroglobal.pt

Inscrições para expositores abertas até 23 de junho

Recriação Histórica da Batalha de Castelo Rodrigo regressa de 6 a 9 de julho

A Recriação Histórica da Batalha de Castelo Rodrigo está de volta, de 6 a 9 de julho. Esta iniciativa evocará uma das batalhas mais importantes da Guerra da Restauração da Independência, ocorrida a 7 de Julho de 1664, que opôs a armada lusitana, comandada por Pedro Jacques de Magalhães, às forças espanholas, culminando com uma vitória portuguesa que se tornou parte marcante da nossa história.

Durante quatro dias, os visitantes serão transportados para um período de coragem e bravura, onde a grandeza de Portugal estava em jogo. A Recriação Histórica da Batalha de Castelo Rodrigo promete uma experiência emocionante, repleta de animação, recriações e atividades que transportarão os visitantes para o séc. XVII.

No dia 6 de julho, as atenções estarão voltadas para a aldeia de Mata de Lobos, onde se encontram os campos históricos da Salgadela. A partir do dia 7, as atividades deslocam-se para a Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo. Ruas de pedra, muralhas imponentes e construções históricas servirão de pano de fundo para uma jornada no tempo.

As inscrições estão abertas até dia 23 de junho para todos os expositores, associações, mercadores, artífices, artesãos e outros artistas que se queiram juntar a esta comemoração e podem ser realizadas na Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo.

Centro Interpretativo ultrapassa os cinco mil visitantes

O Centro Interpretativo da Batalha de Castelo Rodrigo (CIBCR) atingiu uma marca significativa ao receber mais de cinco mil visitantes em menos de um ano desde sua inauguração, no dia 7 de julho de

2022.

Localizado no centro de Figueira de Castelo Rodrigo, o Centro Interpretativo pretende homenagear e honrar os antepassados, “os bravos de Castelo Rodrigo”, que, em desigualdade de forças e recursos, travaram e celebraram uma importante vitória militar que permitiu a consolidação da Independência de Portugal.

“A resposta positiva e o interesse dos visitantes excederam as expectativas, com uma média de visitantes diários constantemente crescente desde a inauguração. Esse marco de cinco mil visitantes é um testemunho do sucesso e do impacto significativo que o Centro Interpretativo está a ter na promoção do turismo histórico-cultural no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo”, refere a autarquia. Em termos de nacionalidades, os visitantes portugueses são a grande maioria dos que passam pelo CIBCR, seguidos dos espanhóis, ingleses e franceses.

O Centro Interpretativo da Batalha de Castelo Rodrigo tem como objetivo proporcionar aos visitantes uma experiência educativa envolvente, onde podem explorar e compreender a importância histórica desta batalha épica. Com exposições interativas, artefactos históricos e tecnologia de ponta, o CIBCR oferece uma visão fascinante da história local e permite aos visitantes mergulhar no passado.

O presidente da Câmara Municipal, Carlos Condesso, expressou sua satisfação, salientando que “é um marco significativo para o Centro Interpretativo da Batalha de Castelo Rodrigo. Estes números demonstram que a abertura deste equipamento foi uma decisão acertada, havendo um grande interesse dos visitantes pela nossa história. O sucesso do Centro Interpretativo reforça ainda mais o potencial turístico e cultural de Figueira de Castelo Rodrigo”.

O CIBCR dispõe de seis núcleos, onde imperam as novas tecnologias, as informações e testemunhos que contextualizam o que conduziu à união dinástica (1580-1640), as principais personalidades da união e restauração, a Guerra da Restauração e a Batalha de Castelo Rodrigo e a sua sala de armas.

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Festividades têm início no dia 25 de junho

Seia promove Festa da Transumância e dos Pastores

Com a chegada do verão, pastores e rebanhos rumam às pastagens de altitude, celebrando a Festa da Transumância e dos Pastores. A subida à Serra da Estrela este ano acontece a 1 de julho e pode ser acompanhada por turistas, visitantes e residentes.

“A tradição ancestral associada à deslocação sazonal de rebanhos na Serra da Estrela - a transumância - é anualmente vivida pelos pastores do território, uma experiência que traduz a essência de uma vida dura, simples e plena de encanto”, referiu a Câmara de Seia.

Segundo a autarquia, “a Festa da Transumância e dos Pastores inicia-se uma semana antes, no dia 25 de junho, com a romaria das ovelhas à Festa de São João Baptista”. Nesse dia, “os pastores oriundos de várias aldeias do concelho de Seia, acompanhados dos rebanhos (cabras e ovelhas Serra da Estrela), desfilam à vez, à volta da capela de São João, na aldeia da Folgosa da Madalena, no concelho de Seia”, contou.

A autarquia acrescentou que os pastores pedem ao padroeiro “um bom ano de pasto e proteção para o gado, para depois os rebanhos subirem à serra”. Para esse desfile, as ovelhas ostentam “os maiores e melhores chocalhos” e são enfeitadas com “cabeçadas” e “borlas” feitas de lã de ovelha. A subida às pastagens de verão acontecerá uma semana depois, por um percurso de aproximadamente 11 quilómetros, e inicia-se às 7,30 horas, em Seia.

De acordo com a autarquia, as mais de mil cabeças de gado “proveniente das terras chãs (Santa Comba, Folgosa, Maceira, São Martinho, Paranhos e Pinhanços)” irão concentrar-se no largo da Câmara.

Depois, atravessarão “a zona histórica da cidade em direção à montanha, percorrendo caminhos que há séculos conduzem pastores e rebanhos à Aldeia de Montanha do Sabugueiro”. Daí, “alguns dos rebanhos seguem para as pastagens de altitude, onde vão pernoitar e passar os meses seguintes, até ao São Miguel”, acrescentou.

Quem participar na subida encontrará preparadas pelo caminho degustações gastronómicas, como a típica merenda do Alforge e um almoço com os pastores, e vários momentos de animação.

Em Julho em cinco municípios da região

Festival “CÔA – Corredor das Artes” quer conectar artistas com as comunidades locais

Em julho a expressão artística está de volta ao Grande Vale do Côa e a arte regressa ao selvagem nesta região do país. O festival “CÔA – Corredor das Artes”, organizado pela Rewilding Portugal, vai ter a sua primeira edição a acontecer em cinco concelhos distintos ao longo de cinco semanas consecutivas em julho

Assim, Sabugal (1-4 Julho), Almeida (5-10 Julho), Figueira de Castelo Rodrigo (11-16 Julho), Pinhel (17-23 Julho) e Vila Nova de Foz Côa (24-30 Julho) recebem esteve evento que propõe 30 dias de programação diária e variada, num festival que procura conectar artistas com as comunidades deste ambiente natural.

A programação já foi toda anunciada e não podia ser mais variada. Ao longo de cada um dos cinco fins-de-semanas, o festival conta com diversos espetáculos de música, dança, teatro, circo contemporâneo, arte de rua, showcooking, videperformance, magia e muito mais. Além disso, haverá oficinais, caminhadas, aulas de desporto, corridas artísticas e visitas de campo e de natureza também nesses dias.

Já durante a semana, o festival foca-se mais na componente natural e cultural, com visitas às áreas rewilding, geridas pela Rewilding Portugal, visitas comentadas pelo património histórico da região, mostras de cinema ambiental, observação de vida selvagem, visitas às gravuras rupestres etc. Dentro da componente musical, destacam-se grandes nomes em ascensão na música portuguesa nos últimos anos, como Surma, Noiserv, Márcia, Criatura, Meta, La Baq, Metamito, juntamente com alguns veteranos nestas andanças, como são Manuel João Vieira ou António Bexiga, e ainda jovens músicos e artistas que estão agora a lançar a sua carreira a nível nacional e que vão usar o palco deste Corredor das Artes para se dar a conhecer e projetar o seu trabalho para o presente e para o futuro. Todos os espetáculos do festival são totalmente gratuitos e sem bilhete necessário, sendo apenas preciso comprar bilhete e reservar lugar para as atividades à parte.

Neste festival vão ser ainda inauguradas e visitadas as seis peças artísticas de grandes dimensões, realizadas apenas em materiais naturais por seis artistas que estiveram na região em residência artística entre abril e junho deste ano, como Marcelo Moscheta, Rumen Dimitrov, elparo, Antony Lyons, Gaspard Combes e Michèle Trotta. Um verdadeiro museu de arte ao ar livre numa região que tem uma ligação umbilical bem viva e presente entre o património natural e a expressão artística que o representa e mantém vivo.

Outro dos destaques deste evento vai para o Do(C)ôa Nature Film Festival, um festival de cinema ambiental que teve a sua primeira edição associada diretamente a este CÔA – Corredor das Artes. O concurso visa premiar o que de melhor se faz em vídeo de natureza no nosso país e que vai premiar o melhor realizador e o melhor realizador jovem de entre os inscritos. Os 17 finalistas já foram selecionados e os vencedores e menções honrosas serão anunciados numa cerimónia muito especial e com muitas surpresas que acontecerá no Museu do Côa (parceiro do festival) no dia 28 de julho, pelas 21 horas. Além disso, todos os 17 filmes finalistas serão exibidos em diferentes mostras de cinema ambiental ao longo de todo o festival neste mês de julho.

O festival tem uma forte vertente de sustentabilidade, em concordância com o próprio trabalho da Rewilding Portugal, enquanto organização de conservação de natureza, sendo que todos os lucros do evento serão utilizados diretamente nos esforços de renaturalização e restauro da paisagem desta organização em Portugal. Várias serão as iniciativas de sustentabilidade levadas a cabo ao longo deste evento, nomeadamente a erradicação de materiais descartáveis, através da utilização de copos reutilizáveis únicos do evento, que terão um custo e poderão ser devolvidos no fim de cada dia para reaver o seu valor na totalidade. Também a minimização da utilização de materiais promocionais físicos tem sido uma constante, que tem norteado a organização de todo este festival, mantendo-se também durante os dias em que irá acontecer.

Está marcado para o dia 28 de Junho, pelas 18 horas, o workshop ‘Equal Rural’ em formato online. A Associação de Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) integra o projeto ‘Equal Rural’, cujo objetivo é a promoção do papel das mulheres na agricultura e enquanto empresárias agrícolas. A convidada deste workshop é Sónia Brito, engenheira civil e sócia-gerente da SR Berry.

O ‘Equal Rural’ é um projeto centrado nas mulheres no setor agrícola e tem como objetivo estudar, desenvolver e promover a sua participação e representação em todos os postos do setor, incluindo aqueles que se relacionam com lugares de liderança e de tomada de decisões, beneficiando inclusive nas mesmas condições (por exemplo, igualdade salarial).

Workshop ‘Equal Rural’ em modo online a 28 de junho

dos à exportação. A área inicial foi de 0,72 hectares (ha) com as culturas de framboesas e 0,45 ha de morangos. Em 2014 converteram toda a área para framboesas. No ano de 2015 registou-se um aumento de área de 0,23 ha, totalizando 1,4 ha.

No final de 2015 a empresa submeteu um novo projeto, ao abrigo do PDR2020, para um terreno a 50 metros das atuais instalações. Este possui 11 ha de área total, dos quais utilizou 4,4 ha para expansão do negócio, mantendo a produção de framboesas, mas irá também produzir 4,5 ha em dióspiros, utilizando o solo.

A SR Berry possui uma parceria com a Driscoll’s, que lhe permitiu adaptar variedades com patente desta empresa à referida técnica, com resultados que superaram as expectativas.

Este projeto de intervenção incide, primeiramente, sobre a identificação de práticas e medidas que possam impulsionar a sua participação e representação e que cessem com situações de discriminação e desigualdade; depois, sobre a sensibilização, reconhecimento e valorização do papel e trabalho desenvolvido pelas mulheres no setor agrícola; e por fim, sobre a capacitação das mulheres em áreas em que estas sentem dificuldades ou para as quais não estão devidamente capacitadas. Os interessados em conhecer este projeto podem aceder ao site www.equalrural.com.

A história de Sónia Brito e da SR Berry

A distribuição é assegurada pela organização de produtores LusoMorango, que a SR Berry integra, escoando os seus produtos para o norte da Europa, considerado um mercado de excelência, graças à parceria com a Driscoll’s, líder de vendas de pequenos frutos a nível mundial.

A SR Berry foi fundada por Sónia Brito, uma jovem licenciada em engenharia civil, que decidiu manter-se em Portugal, investindo na agricultura, com a visão de implementar uma nova forma de produção agrícola no Algarve, aproveitando terrenos de herança e as excecionais condições climáticas da região para desenvolver a produção de pequenos frutos vermelhos em hidroponia destina-

O projeto foi premiado com uma menção honrosa de Melhor Jovem Agricultor de 2015 e em 2018 foi reconhecida com uma menção honrosa de empresa agrícola a nível nacional. Contribuir para produção sustentável, baseando a sua atividade numa relação de confiança, fair-play e transparência na parceria com a Driscoll’s é um dos grandes objetivos da empresa. Além disso, aposta no desenvolvimento de uma agricultura moderna, saudável e sustentável, com respeito pelo meio ambiente e integração na natureza, em todas as suas fases de produção e desenvolvimento, com vista a obter a máxima qualidade com o mínimo de recursos.

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A convidada é Sónia Brito, engenheira civil e sócia-gerente da SR Berry

Festas de S. João vão atrair milhares de visitantes

Quim Barreiros e Cláudia Martins são atrações em Castelo de Paiva

Em Castelo de Paiva já se sente o ambiente festivo, com a chegada das grandiosas Festas de S. João, que arrancam na manhã do dia 23, com a realização das Marchas Infantis, e de tarde dos Séniores, representativas de todas as IPSS localizadas no concelho, e apresenta um programa bem atrativo para o espaço do Largo do Conde, bem no “coração” da urbe paivense, naquele que será o início de três dias de grande animação e folguedo.

Esta iniciativa festiva, da responsabilidade da autarquia paivense, é um evento que arrasta milhares de visitantes ao concelho, sendo que as Festas de S. João, este ano com a presença de Quim Barreiros como “cabeça de cartaz”, são o verdadeiro “prelúdio” para o grande momento que será a Feira do Vinho Verde, uma aposta ganha da Câmara Municipal e cuja vigésima quarta edição tem lugar já no primeiro fim de semana de Julho.

Registando uma forte adesão por parte da população, as festas sanjoaninas atraem milhares de visitantes, em busca da diversão, da animação tradicional, dos bailaricos, das marchas populares, dos concertos musicais, e do premiado vinho verde e da famosa gastronomia regional. Manifestação popular que se realiza desde 1969, o S. João de Castelo de Paiva é considerado o de maior tradição na região e para o confirmar não vão faltar os habituais atrativos, evidenciados num programa ambicioso que vai privilegiar os próximos dias, de 23 a 25 de Junho.

A música popular, as bandas de música, os grupos musicais e as marchas populares são participações que estão asseguradas num evento festivo que não podia passar sem as tradicionais barracas de “comes e bebes”, os divertimentos mecânicos, os bai-

laricos, a animação de rua e a típica festa da sardinha assada e vinho verde, que a autarquia distribui gratuitamente à população, na tarde de 24 de Junho.

As festas, promovidas pela Câmara Municipal, depois de realizadas as Marchas Infantis, na manhã do dia 23, prosseguem durante a tarde com as Marchas dos Idosos. A noite orientada para a folia e será preenchida com o desfile das Marchas Populares.

A animação da noite mais importante do S. João vai contemplar uma sessão de fogo de artifício e um grande concerto do consagrado artista minhoto Quim Barreiros, seguindo-se a atuação de DJ’s residentes pela noite fora, em véspera de Feriado Municipal. Como sempre, a música, as letras, os arcos e os coloridos dos trajes são aspetos que não são deixados ao acaso e continuam envoltos em secretismo até ao momento do grandioso desfile pelas engalanadas ruas da Vila, um momento único destas festas que consagram o S. João no município paivense, o grande cartaz desta manifestação popular que as gentes de Castelo de Paiva acarinham há quase cinco décadas.

Pela noite dentro, depois do desfile das Marchas Populares, e porque o momento continua a potenciar a folia e a diversão, está agendado um grande concerto com o consagrado artista Quim Barreiros, seguindo-se uma atuação de vários DJ’s, não sem antes ser realizado um vistoso espetáculo pirotécnico.

No sábado, dia 24, Feriado Municipal, a tarde será preenchida com o sempre apreciado concerto musical com a filarmónicas locais, a habitual Festa da Sardinha Assada. À noite, pelas 22,30 horas decorrerá o concerto da Claúdia Martins & Minhotos Marotos, com DJ’s residentes pela madrugada fora.

No domingo, dia 25, as festas continuam registando-se uma edição especial da Feira Agrícola no Largo do Conde, onde durante a tarde está prevista a atuação do Duo HD para um bailarico bem popular.

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Evento decorre de 30 de junho a 2 de julho

Feira Medieval ‘leva’ Penedono até à suas origens

De 30 de junho, 1 e 2 de julho a vila de Penedono regresso às suas origens, com a realização da Feira Medieval, que decorre nas ruas da vila, num cenário idílico, cujo ex-libris é o seu milenar castelo.

No dia 1, nos Paços do Concelho, terá lugar a Ceia Medieval, onde os comensais são convidados a degustar uma ementa característica da época que se representa e a assistir a diversos momentos preconizados pelas diversas personagens que vão deambulando pelo espaço, momentos esses que oscilam entre a seriedade da história e o humor rocambolesco.

A Vila de Penedono acolhe, durante três dias, manifestações que transportam os visitantes para uma verdadeira atmosfera medieval. Pelas ruas engalanadas deste recanto beirão, encontramos bobos, almocreves, mercadores, escaramuças entre nobres e serviçais, justas de honra a pé ou a cavalo.

Penedono é um concelho com traça vincadamente medieval, com origens que remontam aos primórdios da nacionalidade. Orgulhoso do seu passado, exorta nos dias 30 de junho, 1 e 2 de julho, através da sua Feira Medieval, (uma das mais conceituadas do país), não só a sua história, bem como a de Portugal.

No mesmo dia acontece o momento alto da feira, cm “O Assalto ao Castelo”. Reza a história que ali teve berço Álvaro Gonçalves Coutinho, o insigne “Magriço”. Numa representação histórica fidedigna, acontecem escaramuças entre sitiados e sitiantes, num conflito onde se espera, saia vencedor o “Magriço” e os seus comandados. O Assalto ao Castelo culmina num majestoso espetáculo pirotécnico.

Para além da componente histórica, subjacente a este evento, os visitantes podem tomar contacto, nos diversos stands espalhados pelo recinto da Feira, com os produtos endógenos, artesanato e diversas iguarias capazes de satisfazer o palato mais exigente.

Durante a Feira Medieval de Penedono é dada primazia à interação com os visitantes, neste sentido, os mesmos, são convidados a envergar vestes da época e a interagir com os inúmeros figurantes que, pautam a sua atuação pela originalidade e rigor histórico.

Com a realização da Feira Medieval 2023, o Município de Penedono pretende manter o seu papel de embaixador da história local e nacional potenciando, ao mesmo tempo a economia concelhia pois, este é um evento que depende da sinergia existente entre a autarquia e associações concelhias.

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Ministra da Agricultura atenta aos estragos do mau tempo

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, disse que vai estar atenta à evolução dos estragos na cultura da vinha no concelho de Foz Côa e encontrar soluções para minimizar os efeitos da intempérie. “De momentos está-se a fazer um levantamento exaustivo de todos os estragos provocados pelo mau tempo, no concelho de Foz Côa. No caso de os estragos serem superiores a 30% por tipológica, como muros ou videiras destruídas, poderemos acionar medidas específicas regulamentar para restabelecimento do potencial produtivo”, frisou a governante, após uma visita a Freixo de Numão, a zona mais afetada pela intempérie que na segunda-feira atingiu o concelho de Foz Côa, no distrito da Guarda.

Maria do Céu Antunes acrescentou que é preciso trabalhar em conjunto com a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) e com os agricultores para encontrar medidas que ajudem na recuperação da vinha. A ministra disse ainda que há uma estimativa de quebras na produção de vinho na zona Norte que pode variar entre os 10 e 60% da produção, o que significa “que é toda uma vindima que é perdida”. “As perdas de produção podem durar dois anos dependendo da recuperação das videiras face aos tratamentos que estão a ser efetuados pelos produtores. Vamos esperar por uma estabilização desta situação criada pela intempérie”, vincou a ministra da Agricultura.

Maria do Céu Antunes acrescentou que foi feito um pedido à Comissão Europeia para ajudas a situação que decorrem que decorrem das alterações climáticas. “Agora vamos aguardar uma resposta com base neste pedido será apresentada ao país uma solução para fazer face à seca e aos prejuízos causados por estas intempéries”, enfatizou.

Maria do Céu Antunes indicou também que ainda não há “uma noção dos prejuízos causados pelo mau tempo”, neste território do Douro Superior. “O que foi visto até à data foi de uma forma muito ma-

cro. Agora é preciso fazer o detalhe de todos os prejuízos causados no terreno”, frisou a ministra.

Por seu lado, o presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, João Paulo Sousa, pediu à ministra da Agricultura “um plano rápido para minimizar os estragos da intempérie que se abateu sobre o seu concelho e que deixou um rasto de destruição”. “Temos culturas que estão comprometidas para os próximos dois anos e são necessárias soluções para o problema, seja com plano A, ou com um plano B”, rematou o autarca. Mais de dois terços da produção de vinha no concelho de Foz Côa ficaram afetados pelo mau tempo ocorrido ao final da tarde de segunda-feira.

Prejuízos no concelho da Meda também são elevados

A ministra da Agricultura passou pelo concelho de Mêda para se inteirar da devastação provocada pelo mau tempo e ouviu os lamentos do presidente da Câmara local bem como dos viticultores.

No concelho de Mêda, chuvas fortes e granizo provocaram vários prejuízos, nomeadamente na agricultura. Vinhas e culturas foram afetadas, alcatrão arrancado da estrada e lojas inundadas são prejuízos de monta. A autarquia está a fazer o levantamento dos estragos, sobretudo na agricultura, e diz que vai precisar do apoio do Governo. São prejuízos ao nível “da agricultura, com vinhas e muitas culturas dizimadas e estragadas”, sendo que na Mêda, Aveloso, Rabaçal e Longroiva “a chuva conseguiu arrancar o alcatrão das estradas e impossibilitar a passagem de viaturas”, revelou o presidente da Câmara da Mêda, João Mourato, em declaração ao jornal ‘O Interior’.

O concelho é forte na produção de vinhos e os sócios da Adega Cooperativa local, como os viticultores individuais “estão a sofrer bastante, porque viram destruída a fonte de sustento da família ao longo do ano por causa de uma ou duas horas de precipitação nunca antes vista”, afirmou o presidente da direção da Adega. César Figueiredo, ao mesmo jornal, deixou uma “palavra de solidariedade aos produtores afetados” e lembra que os prejuízos têm de ser “acautelados pelo seguro de colheita agrícola que os produtores fizeram no início da campanha”.

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Governante visitou os concelhos de Meda e Foz Côa
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