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Evento sobre meditação acontecerá em Araruama
Os horizontes da literatura e do teatro
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Ano XXIV- nº 252 - Saquarema, Araruama e Região dos Lagos - junho de 2017
Teatro Ator Raphael Tavares é o novo diretor do Teatro Mario Lago
Moto Rock agita Saquarema Encontro de motociclistas acontece de 23 a 25 de junho Divulgação
O teatro municipal de Saquarema está sob nova direção. O ator e diretor Raphael Tavares está à frente do órgão e pretende dinamizar o espaço. Página 2.
Saúde Câncer de mama é tema de encontro nacional no Rio Autora da Lei Angelina Jolie, a deputada estadual Marcia Jeovani participou do debate promovido durante o Encontro Nacional de Pacientes promovido pela Fundação Laço Rosa. Página 3.
Segurança Audiência Pública debate segurança em Araruama A instalação de um batalhão da PM foi mais uma vez tema de reivindicação durante audiência pública realizada em Araruama por representantes de comissões da Alerj. Página 3.
Meio Ambiente Beachrocks preservados A construção de um novo porto em Maricá trouxe à tona a preservação ambiental. Em ação do Ministério Público, a área conhecida como “beachrocks”, em Jaconé, deverá ser preservada. Página 3.
Edu Gomes é uma das atrações do evento, que traz ainda bandas como Os Caravelhos, Dona Kátia, entre outras. Página 6.
Clínica da Mulher é inaugurada no Porto da Roça Flavio Delazari
A Prefeitura de Saquarema inaugurou este mês a Clínica da Mulher. O prédio, localizado no bairro Porto da Roça, oferece consultas e exames gratuitos para a população feminina do município. Página 4.
São Pedro da Aldeia realiza festival internacional de dança em junho Página 2
Fórum debateu o sistema estadual de cultura Página 4 Camilo Mota
História A despedida de Leopoldina
Elísia Rangel: presença feminina na política Nascida em Saquarema e com uma vasta experiência no serviço público municipal, a vereadora Elísia Rangel é um dos destaques na política saquaremense. Em seu primeiro mandato, ocupa a função de 1ª Secretária na Câmara Municipal, e já apresentou em
A historiadora Lourdes Belchior escreve sobre os últimos dias da Princesa Leopoldina e o impacto da relação de D. Pedro I e a Marquesa de Santos nos rumos da história nacional. Página 4.
apenas cinco meses 53 indicações, beneficiando moradores de Bacaxá, Mombaça, Serra do Mato Grosso, Vilatur, entre outros. Entre as indicações, destacam-se os pedidos para instalação de CRAS, postos de saúde e centro universitário. Página 3.
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nº 252 - junho de 2017
Encontro de Meditação será realizado na Unilagos
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I Encontro de Meditação e Terapias Naturais - Meditando reunirá profissionais da Região dos Lagos que atuam na promoção da qualidade de vida e da saúde integral a partir do paradigma holístico, com o objetivo de apresentar estudos, reflexões e vivências, envolvendo temas como relaxamento, respiração, equilíbrio mental e emocional, alimentação natural, yoga e reiki. Organizado pelo psicanalista Camilo Mota e pela terapeuta holística Nádia Bezerra, o evento acontece no dia 5 de agosto de 2017, no horário de 8 às 17 horas, na Faculdade Unilagos, em Araruama. Tendo como tema “Cons-
ambiente virtual para baixar arquivos extras disponibilizados durante o evento. Visite o site oficial para mais informações e inscrições: www.meditando.net.br SERVIÇO
truindo caminhos para o autoconhecimento”, o evento é voltado para o público em geral, além de profissionais de saúde e educadores, interessados em conhecer mais sobre as diversas terapias naturais, além de pro-
porcionar vivências e maior conhecimento sobre práticas de concentração, relaxamento e meditação. A inscrição dá direito à pasta do congresso, certificado de participação, almoço vegetariano e acesso ao
As leis da Alerj servem para quem tem sede de justiça. Ou só sede, mesmo. Chegou o aplicativo Carteirada do Bem. Lei Estadual 2424/95: “Bares e restaurantes estão obrigados a oferecer água filtrada de graça quando solicitada pelo cliente.”
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ão Pedro da Aldeia sediará pela primeira vez o Festival Nacional de Danças. A 14ª edição do evento acontece nos dias 15, 16 e 17 de junho no Teatro Municipal Dr. Átila Costa, localizado na Rua Francisco Santos, s/nº, Bairro Nova São Pedro. O festival é uma realização do Studio Fama Escola de Danças em parceria com a Prefeitura. O evento vai contar com apresentações nas modalidades clássico de repertório, clássico livre/neoclássico, dança moderna, contemporâneo, jazz, sapateado, dança livre, dança de salão, dança folclórica e danças urbanas. Foram abertas inscrições para as categorias infantil A (4 a 6 anos), infantil B (7 a 10 anos), infanto (11 a 14 anos), juvenil (15 a 18 anos) e adulto (acima de 19
anos). Programação: Quinta-feira – 15 de Junho - A partir das 9h até as 19h: passagem (ensaios) de palco para todos os grupos. Sexta-feira – 16 de Junho - A partir das 14h: concurso das modalidades clássico de repertório, clássico livre/neoclássico, dança moderna, contemporâneo, jazz, sapateado, dança livre, dança de salão e dança folclórica. Sábado – 17 de Junho - A partir das 10h: concurso infantil das modalidades clássico livre, jazz, sapateado e dança livre. A partir das 15h: concurso das modalidades clássico de repertório, clássico livre, neoclássico, dança moderna, contemporâneo, jazz, sapateado, danças urbanas e dança livre.
Raphael Tavares assume direção do Teatro Mario Lago
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ator saquaremense Raphael Tavares, 35, que atua desde 1999, quando estreou com a comédia “Teatro Deleite”, de Jorge Valle, tem o seu trabalho reconhecido e estreia como diretor do Teatro Mário Lago, em Saquarema. Raphael possui um vasto currículo na área artística. Versátil, ele já encenou várias comédias e clássicos como Dom Casmurro, peça que foi amplamente comentada e elogiada por críticos literários e especialistas em Literatura Brasileira, como o professor e poeta Latuf Isaias Mucci, da UFF. Vale ressaltar que Latuf chegou a escrever no Jornal Poiésis a crônica “As mil e uma máscaras de Raphael Tavares”, referindo-se ainda à obra de Machado de Assis. O ator ingressou na Cia Teatral de Saquarema, dirigida por Claudio Juarez, onde fez a peça “Bailei na Curva”, peça que retratava a época da Ditadura. Ao ser questionado pela peça que mais gostou de atuar ele não titubeou em responder que foi “A senhora dos afo-
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Meditando – I Encontro de Meditação e Terapias Naturais Data: 5 de agosto de 2017 Horário: 8h às 17h Local: Faculdade Unilagos (Rua Marechal Castelo Branco, Rio do Limão, Araruama-RJ) Inscrição antecipada: R$ 50 (em até 4x no cartão de crédito) ou entre em contato através do WhatsApp (22)99770-7322.
Festival Nacional de Dança será realizado em São Pedro da Aldeia
Regina Mota
gados”, que, segundo ele, o personagem tinha mais peso, o drama era maior e era mais gratificante. A primeira peça escrita por Raphael foi “As aventuras da Emília”, que falava de um assunto bem atual, a reciclagem. A peça chegou a percorrer algumas escolas de Saquarema, num trabalho de conscientização para o tema abordado. Os trabalhos geralmente são direcionados para todas as faixas etárias, pois agrada tanto as crianças como os adultos.
“Percebo que os jovens não acreditam muito neles mesmos e não têm estímulos para correrem atrás da realização dos seus sonhos e conseguirem vencer. Por isso pretendo montar peças voltadas a eles, ajudando-os nesse sentido, de incentivá-los e fazê-los acreditar que é possível sonhar e tornar o sonho real. Hoje posso dizer que estou muito feliz de estar aqui, onde comecei e hoje estou como diretor”, completou Raphael Tavares.
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EXPEDIENTE O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda, CNPJ 07.546.414/0001-60. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb.
Rua das Bougainvilleas, 4 - Rio do Limão - Araruama-RJ CEP 28970-000 ( (22) 98818-6164 ( (22) 99982-4039 E-mail: jornalpoiesis@gmail.com Site: www.jornalpoiesis.com.br. Facebook: www.facebook.com/jornalpoiesis. Edição digital: www.issuu.com/jornalpoiesis Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Editora Esquema Ltda.
Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.
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nº 252 - junho de 2017
Lei Angelina Jolie é debatida em encontro nacional no RJ
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uma iniciativa da Fundação Laço Rosa, organização sem fins lucrativos que divulga a causa do câncer de mama e mantém o Banco de Peruca Online, aconteceu no dia 25 de maio, no Palácio Itamaraty, no Centro do Rio de Janeiro, o Encontro Nacional de Pacientes. O evento reuniu diversos pacientes, organizações (Amigas da Mama Cabo Frio, Búzios e Niterói, Frente Estadual de Combate ao Câncer, ABRACE Búzios e Movimento Todos Juntos contra o Câncer), assim como representantes de diversas cidades brasileiras que participam de movimentos de combate à doença. Dentre vários assuntos discutidos na programação, como a fosfoetanolamina e as redes apoio a pacientes com câncer de mama metastático, os médicos Dr. Magda Gomes e Dr. Gilberto Amorim ainda falaram sobre a medicina de precisão e os testes genéticos BRCA1 e BRCA2, e consequentemente sobre a “Lei Angelina Jolie”, de autoria da deputada estadual Marcia Jeovani (DEM-RJ), que trata do tema.
A deputada estadual Marcia Jeovani, convidada para participar do painel sobre “Teste Genético”, reforçou que além da Lei n° 7.049, que assegura a gratuidade na realização dos exames de detecção genética BRCA 1 e BRCA 2 para pacientes com histórico familiar de câncer de mama ou ovário, tem lutado no parlamento fluminense para derrubar o veto do governador em relação ao projeto de Lei nº 1.028/2015, que permite a criação do Cadastro de Médicos Especialistas que atuam nas unidades hospitalares credenciadas no Sistema Único de Saúde (SUS), através da Secretaria Estadual de Saúde. “A saúde preventiva da mulher tem sido uma de minhas maiores preocupações na Alerj e outros projetos de lei nesta área já estão tramitando, como o de n° 2.621/2017 que autoriza os municípios a firmarem parceria público privado para implantação de um Centro de Atendimento e Tratamento Oncológico (CATO) na Baixada Litorânea”, destacou a deputada estadual Marcia Jeovani. Numa coautoria com os
André Barbosa
Autora da Lei que assegura gratuitade no exame genético para quem tem histórico familiar de câncer, a deputada estadual Marcia Jeovani falou da importância da saúde preventiva da mulher
deputados que integram a Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Câncer, tem defendido na Alerj o projeto de lei nº 2.653/2017, que cria os Centros de Diagnóstico
do Câncer na rede pública. É autora da proposição nº 2.277/2016, que dispõe sobre o direito do portador de câncer ou neoplasia maligna ao tratamento de reprodução
Vereadora Elisia se destaca e faz balanço dos cinco meses de trabalho em Saquarema
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presença feminina tem sido cada vez mais significativa no cenário da política. Um exemplo é a vereadora Elisia Rangel (PDT), que já no seu primeiro mandato na Câmara dos Vereadores de Saquarema, sendo eleita como a 1ª Secretária da Mesa, demonstra saber a que veio. No balanço dos cinco primeiros meses de trabalho constam várias indicações, principalmente para realizações de obras que deverão beneficiar a população não somente de Saquarema e Bacaxá como de bairros mais distantes como Mombaça, Mato Grosso e Vilatur. Foram 53 indicações, até 31/05, dentre as quais podemos destacar: • Criação do Centro Dia do Idoso; • Construção de uma Praça de Lazer (Vilatur, Mombaça, Bicuíba e Condado); • Expansão da Praça do Bem-Estar; • Expansão do Centro de Convivência; • Expansão do Lar do Idoso; • Criação do Polo Universitário; • Construção e Refor-
Camilo Mota
mas das Pontes; • Construção de CRAS em Bonsucesso e adjacências; • Construção de Pronto Socorro de Urgência 24hs; • Construção de Casa Popular; • Construção de Quiosques por toda extensão da Orla e Lagoa; • Construção do Novo Cemitério Municipal; • Construção do Museu de Saquarema e dentre outras.
QUEM É ELISIA RANGEL Nascida em Saquarema, tendo em seguida ido morar em Maricá com os pais e irmãos, em 1992 se formou em Assistência Social pela Universidade Gama Filho. Iniciou seus trabalhos como Assistente Social no Hospital de Maricá, após trabalhou no Hospital Municipal Nossa Senhora de Nazareth e logo a seguir na Secretaria de Promoção Social do Município de Saquarema.
Após a nomeação para a direção da Secretaria de Promoção Social, Elisia galgou um degrau maior, se tornou secretária. Nesse posto foram inúmeros os trabalhos, transformando a secretaria de pequena, com apenas nove funcionários, a um dos maiores órgãos municipais, com doze prédios e mais de duzentos funcionários. Dentre os projetos que Elisia Rangel participou na Secretaria de Promoção Social, que hoje se chama Secretaria de Desenvolvimento Social, pode-se destacar: Cartão Cidadania, Renovando Vidas, Cidadania Para Todos, Café da Manhã do Trabalhador, Casa de Passagem, Abrigo Raio de Sol, Comissão Municipal de Emprego, Lar dos Idosos, Praça do Bem Estar, Centro de Convivência do Idoso, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e Plantão Social. Concluindo assim, que o bom governante é aquele que tem compromisso com a democracia e com a coletividade, como afirma Elisia Rangel: “a minha maior preocupação é representar de forma digna, respeitando e me dedicando a todos os munícipes”.
Justiça determina preservação dos “Beachrocks” em Jaconé
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m ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a 3ª Vara Federal de Niterói (RJ) determinou que a União, o Estado do Rio de Janeiro e o Município de Maricá se abstenham de praticar qualquer ato ou omissão que suprima, destrua, mutile ou descaracterize, total ou parcialmente, direta ou indiretamente, o patrimônio cultural e arqueológico referente aos Beachrocks de Jaconé, localizados entre os municípios de Maricá e Saquarema. Além disso, a Justiça
concluiu que a instalação do Terminal Portuário de Granéis Líquido e Estaleiro Ponta Negra (TPN), que se encontra em processo de licenciamento junto ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea), pode levar a extinção dosBeachrocks da praia de Jaconé, causando impactos e danos ambientais irreversíveis no local, além de gerar prejuízos culturais, históricos e arqueológicos na região. A decisão também pontua que os interesses privados a serem suprimidos estão longe de terem o mesmo valor do interesse público que se consolida na proteção do
patrimônio público destinado ao uso indiscriminado por qualquer cidadão. “O caso da construção do Terminal Portuário na região, aprovado de forma irregular, constituí um verdadeiro estímulo à prática de novas irregularidades em detrimento dos bens materiais em um espaço que merece a tutela e a proteção do Poder Público”, argumenta o juiz Federal Leopoldo Muylaert. O MPF requisitou ainda o tombamento do local em virtude de seus valores históricos, pré-históricos, paisagísticos, arqueológicos, ecológicos, naturais e cultu-
rais. O pedido foi acolhido pela liminar da Justiça. Conhecidos como “rochas de praia”, “arenitos de praia” ou ainda “arrecifes” no Nordeste do Brasil, os Beachrocks são um tipo específico de formação rochosa que afloram a beira-mar com o refluxo das marés e que ficam mais nítidos durante o período de maré baixa. Estas raras formações são testemunhos rochosos remanescentes de praias do passado, registrando a variação das marés com o passar dos séculos que guarda a memória préhistórica da ocupação humana na região.
humana assistida na rede pública. “Devemos ainda fiscalizar e cobrar do Estado que sejam feitos os convênios com laboratórios ou unidades de saúde
que atendam efetivamente as necessidades dessas pacientes que não tem condições de fazer os exames genéticos na rede privada”, assegurou a parlamentar.
Araruama recebe audiência sobre segurança pública Fotos: Regina Mota
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epresentantes das forças de segurança da Região dos Lagos defenderam a criação de um batalhão da Polícia Militar em Araruama durante audiência pública realizada nesta sexta-feira (02/06), na Câmara Municipal da cidade. O encontro foi promovido pelas comissões de Segurança Pública e de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), presididas, respectivamente, pelas deputadas Martha Rocha (PDT) e Márcia Jeovani (DEM). Segundo o coronel Sidney Camargo, à frente do 4º Comando de Policiamento de Área (CPA), que abrange Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Cabo Frio, um batalhão em Araruama seria de importância estratégica. A deputada Márcia Jeovani já se encontrou com o secretário de Estado de Segurança, Roberto Sá, para pedir a criação do batalhão. “A segurança pública é de responsabilidade de todos e temos que unir esforços para garantir a tranquilidade de nossa população e visitantes na Região dos Lagos, mesmo que essas ações sejam a longo
prazo”, afirmou a parlamentar. Indicadores - A deputada Martha Rocha lembrou que os indicadores de segurança na região são bons. “Conseguiram êxito na redução de veículos, o que é fruto da integração entre as polícias Militar e Civil. Mas é fato que o tráfico de drogas atua na área. Recentemente a Polícia Civil fez uma grande operação contra o tráfico. E a Secretaria Municipal de Segurança pede o fortalecimento da Guarda Municipal.” “A segurança pública é de responsabilidade de todos e temos que unir esforços para garantir a tranquilidade de nossa população e visitantes na Região dos Lagos, mesmo que essas ações sejam a longo prazo”, afirmou a deputada estadual Marcia Jeovani. Participaram da reunião representantes das Polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros, das secretarias municipais de Segurança Pública de Araruama e São Pedro da Aldeia, das guardas municipais da Região dos Lagos e integrantes de conselhos comunitários. [Fonte: Assessorias parlamentares e Alerj]
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nº 252 - junho de 2017
Café com História Lourdes Belchior
Leopoldina, a princesa que fez o povo chorar
“[Dom Pedro] acabou de dar-me a prova de seu total esquecimento a meu respeito maltratando-me na presença daquela mesma que é a causa de todas as minhas desgraças”. Com essas palavras a Imperatriz Leopoldina, com apenas 29 anos, se despedia da vida, escrevendo sua última carta em seu leito de morte. A carta deixada sinalizava a mágoa que Leopoldina sentia por ter sido humilhada por Dom Pedro I diante da amante, Dona Domitila de Castro, a quem ele havia dado o título de Marquesa de Santos. A notícia da morte da amada Imperatriz foi como um estopim de pólvora que deflagrou o desejo de vingança em muitos brasileiros contra aquela que consideravam ser a culpada pela morte da Imperatriz. A casa da Marquesa de Santos foi cercada e apedrejada. O estrago só não foi pior porque a cavalaria real protegeu o imóvel e dispersou a multidão. Tiros foram disparados contra seus familiares. Cartas anônimas ameaçavam a tranquilidade de Dom Pedro e do seu ministério. Leopoldina acumulou títulos de nobreza ao longo
de sua vida, foi Arquiduquesa da Áustria, Princesa de Portugal e do Reino Unido e Imperatriz do Brasil, mas nenhum desses títulos lhe trouxera felicidade. Os brasileiros sabiam disso, a amavam pela simplicidade e doçura que demonstrava ter para com o povo, principalmente os mais humildes. Segundo relatos da época, a cidade parou no dia em que Leopoldina se foi, emudeceu-se pela dor. Do mais rico ao mais pobre, do branco ao negro, todos choraram a morte da mãe em comum. Segundo Carlos Seidler, mercenário alemão que vivia no Brasil naqueles dias, pela primeira vez até inimigos e pessoas diferentes se uniam pela dor. A imagem de Dom Pedro nunca mais seria a mesma. Jornais do século XIX, mesmo anos após o falecimento de sua esposa, ainda o chamariam de marido cruel e libertino. Em 1831 ele abdicaria o trono e voltaria para Portugal. Lourdes Belchior é Historiadora e Professora de História, especialista em Ensino de Sociologia, Brasil Monárquico e Imperial. Mestranda em História Geral do Brasil.
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I Fórum Artístico Cultural é realizado em São Pedro da Aldeia
I Fórum Regional de Segmentos Artísticos Culturais da Baixada Litorânea foi realizado no dia 25/05 em São Pedro da Aldeia. O evento aconteceu no Teatro Municipal Átila Costa e reuniu artistas, agentes e produtores culturais, gestores públicos estaduais e municipais de dez cidades. O tema central foi o Sistema Estadual de Cultura, aprovado pela Lei 7035/2015, marco nas políticas culturais no estado do Rio de Janeiro. A Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro enfatiza a importância do funcionamento dos Fóruns Regionais e Setoriais Artísticos Culturais, articulando sociedade civil, como artistas, agentes, animadores, produtores e pesquisadores de cultura, além de gestores públicos de cultura, conselheiros municipais e estaduais e a SEC. A proposta do I Fórum é a realização de um trabalho de consolidação dos fóruns de cada segmento artístico, ao longo de 2017, onde os segmentos terão espaço para propor e debater políticas específicas de suas áreas, resultando no Plano Setorial. Após doze anos sem funcionar, o Fórum Estadual dos Secretários Municipais de Cultura do Estado do Rio deverá retornar os trabalhos, com eleição para a reorganização ainda no primeiro semestre do ano cor-
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cessidade de sociedade civil e poder público trabalharem juntos em prol de ações públicas legítimas que representem os diversos segmentos culturais. “O Brasil é feito por todos e temos que pensar na representatividade de cada segmento para a construção desse processo. E é isso que hoje estamos vendo nesse teatro. Temos que pensar que a cultura é fundamental e é a chave para a mudança. Daqui a 300 anos, nenhum político será lembrado, mas tenho a certeza de que a arte de Oscar Niemeyer será eterna e reverenciada por todos daqui a muitas gerações”, disse ele. Esteve presente também Cleise Campos, presidente do Conselho Cultural do Estado do Rio e assessora chefe de políticas culturais da Secretaria Estadual de Cultura. Cleise foi a mediadora do fórum, entre artistas, autoridades e os participantes. Ao dar depoimento à representante da Cultura de Saquarema,
Telma Cavalcante, ela disse: “Essa é a primeira vez que nos encontramos para discutir após a aprovação da Lei do Sistema Estadual de Cultura, em julho de 2015. É uma briga falar de ações de Cultura nesses tempos, isso é para quem tem muito compromisso. Cada prévia dessa não dá conta de atender aos acúmulos, as urgências contidas em cada artista, o pessoal da dança, da literatura, das artes cênicas, do áudio visual”. Esteve presente no evento também o vice-prefeito de São Pedro da Aldeia, Mauro Lobo, representando o prefeito Cláudio Chumbinho, falou sobre a importância da cidade sediar um evento no setor cultural. “Nosso município possui um dos melhores espaços para a prática cultural. Afinal, são 400 anos de muita história para contar e mostrar ao mundo. Esse encontro está contribuindo muito para o engrandecimento de nossa cidade”, completou.
Saquarema ganha Clínica da Mulher
oi inaugurada no dia 02/06 a Clínica da Mulher, no Porto da Roça, em Saquarema, funcionará de segunda a sexta, de 7h às 17h, com um atendimento variado de especialistas e exames. De acordo com o site oficial da Prefeitura, os exames de Preventivo, consultas de Pré-Natal, Ginecologia, Nutrição, Dermatologia e demais serviços (Atendimento Psicossocial, Odontologia e Vacina), serão marcados diretamente na Clínica da Mulher. Já os exames de Ultrassonografia e Mamografia continuarão sendo marcadas na Central de Regulação, no Calçadão de Bacaxá e serão realizadas na Clínica da Mulher, com horário marcado e não por ordem de chegada. Os documentos necessários para as marcações são: carteira de identidade, CPF, Cartão do SUS, comprovante de residência e xérox do pedido do exame. A prefeita Manoela Ramos de Souza Gomes Alves destacou o empreendimento como uma oportunidade de melhor atender á população feminina, oferecendo mais qualidade de vida e facilitando o acesso a consultas e exames.
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rente. O Programa Estadual de Formação e Qualificação Cultural deverá ser viabilizado, com a estruturação dos fóruns regionais, setoriais artísticos e auxílio dos secretários municipais, ainda segundo informações do documento circulado durante a realização do Fórum. O conselheiro estadual de cultura, representante da Baixada Fluminense, Daniel Guerra, do município de Nova Iguaçu, apontou a necessidade de repensar a distribuição do orçamento do Estado. “É inadmissível ter menos de 1% do orçamento público do Governo do Estado direcionado para cultura. Na verdade, são apenas 0,39%. É isso é muito pouco para nós que entendemos que a transformação social passa pela cultura. Temos que reverter esse quadro”. O representante do Ministério da Cultura, Paulo Negrão, explicou sobre a ne-
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nº 252 - junho de 2017
CAMINHOS E HORIZONTES DA LITERATURA E DO TEATRO Gerson Valle
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á ouvi pessoas se queixarem de alguns livros por não se identificarem com seus personagens. Argumentam que, no teatro grego, sempre um referencial originário para nossas narrativas, procurava-se a catarse, e que, para se encontrá-la é necessária a identificação do personagem com o espectador. Na verdade, segundo Aristóteles, catarse refere-se à purificação das almas por meio de uma descarga emocional provocada pela tragédia. A questão da “identificação” me parece mais ampla. Sim, é necessário que haja elementos para a nossa compreensão, e achar até que eles possam ocorrer conosco. E com isto, em geral, nos emocionamos. Fundamentalmente, estes elementos são trazidos pela condição humana ante o destino. Os gregos usavam dos deuses como condutores de algumas fatalidades. As pessoas, “personas” no teatro, têm, conforme a própria palavra designa, “personalidades” próprias diferenciadas. Mas, sejam quais forem estas, acabam por se enquadrar na submissão às circunstâncias a que são jogadas pelo destino. Portanto, não é só a identificação do espectador com o personagem que cria a emoção que leva à catarse. O “pathos” da representação pode não ter nada de comum com a experiência vivida do espectador. Mas, há sempre a possibilidade de tal ou qual circunstância ou “caráter” representar algo de real ou ameaçador para qualquer ser humano. E a “identificação” ocorre não com o indivíduo, mas com a pertinência ao gênero humano. A compreensão das fraquezas alheias ou, ao contrário, de possíveis heroísmos nas atitudes, nos
faz ver probabilidades de condutas diferenciadas que, em última instância, são inerentes ao gênero que pertencemos, e, assim, estão em nós. Compreender o outro é ver-se em circunstâncias variadas, integrando-se na Humanidade como um todo. Entretanto, para que haja consciência desta integração é preciso que cada um saia dos limites de sua própria dimensão existencial, e perceba os significados de existências diversas da sua. Em palavras mais simples: que compreenda o outro! Hoje em dia muito se combate os preconceitos, como de sexo, religião, etnia, etc. Mas, para se identificar com o “outro”, malgrado tais diferenças, é necessário perceber-se suas razões e condições existenciais. Isto não é fácil no caminho de procura de si mesmo. É preciso conhecimento e reflexão para se atingir o que ocorre fora da personalidade própria. Nada melhor que as Artes, a Literatura, o Teatro, o Cinema para ajudarem no entrosamento social e cultural de todos nós. Se o espectador ou leitor fosse só apreciar o que se identifica consigo, a maior parte abominaria uma peça como Otelo pela existência de um “bandidão” como Iago... Para se penetrar nas personalidades opostas e encarar a narrativa do alto, penetrando-lhes todas as nuances que a compõem, é preciso compreender não só o local onde ela se passa, seu tempo e a formação e natureza de cada personagem. Atento a esta composição é que se pode enriquecer o interior, melhorar a percepção para refletir mais lucidamente sobre a existência. E esta, talvez, a função mais importante de qualquer boa
POESIA
narrativa. Para se entrosar com a narrativa de um autor do passado é preciso compreender-lhe as motivações no seu tempo. E sua narrativa se integra com conceitos morais, sociais, costumes diferentes dos atuais. Se mudamos suas colocações a narrativa torna-se incoerente, mas dentro de sua perspectiva ela pode nos ser enriquecedora pela condição humana! E quanto mais o leitor se intera de livros de diversas épocas mais se enriquece no entendimento da alteridade. O mesmo se dá no cinema, e observo que aqueles que só assistem filmes contemporâneos perdem com as obras primas do passado a visão mais ampla da alteridade. Hoje em dia, existe em muita gente a vontade de se identificar numa obra artística com seus próprios conceitos, educações e costumes. Então, para se conseguir maior número de consumidores, é muito comum as adaptações de obras de outras épocas para o presente. Passa-se por cima da verossimilhança, e, no teatro atores vestidos de calças “jeans”, por exemplo, podem usar uma espada por exigência de alguma cena originalmente concebida para um duelo de espadas... Ou, o que já vi em ópera de encenação atual, o personagem canta que vai duelar com espada, e, no lugar disto, dá tiros de metralhadora no outro personagem. O ridículo da situação é compreendido como concepção necessária para o diretor cênico passar a imagem que deseja transmitir, e que é, para ele, fundamento de sua encenação, como se a construção dramática devesse seguir sua exclusiva orientação e não a
dos autores do original. O ridículo dessas contradições causadas pela “modernização” dos enredos, cenários e figurinos (em teatro falado, até das “falas”, às vezes transformadas para se construir uma “compreensão” mais “atual”) é visto como uma necessidade para a transmissão de efeitos teatrais que se julgam prioritários (na mais deslavada “arte pela arte”, que parece, para tais diretores, superior aos significados possíveis da obra) ou para a transmissão da visão do diretor cênico, em vez do autor verdadeiro. É de se perguntar qual a razão de tais diretores não escreverem suas próprias peças em vez de “avacalharem” com nossos clássicos!? A incongruência cênica (e também em adaptações modernizantes em livros), tentando conciliar visões do passado com realidades presentes para transmitir ao receptor o seu mundo, e assim lhe possibilitar maior identificação e mesmo reflexão sobre seu mundo e condições, afasta mais a possibilidade da compreensão, que a Literatura de uma forma geral sempre trazia, de algo diverso de si mesmo. Quando se procura compreender personagens imersos em realidades distantes, sai-se das limitações de sua idiossincrasia para se conjugar com a Humanidade. E com isto, a compreensão do outro, passando-se a viver de modo mais compreensivo na sociedade e tendo-se atitudes de maior conciliação com as diferenças. Parece-me que as colocações que atendem exclusivamente a grupos de época ou
COVFEFE Jorge Antunes
LEMBRETE Elson Jacinto Para quem não sabe A poesia caiu do cavalo, Virou milagre sem santo E santo sem milagre. O poeta não está morto, Ele está cantando. Concha e sombra, Sorriso nem sempre feliz, Bebeu vinho camoniano, Era afrodisíaco até os pés. Violei, sim, o novo mandamento. O amor me escravizou, Senhor Moisés, Domingo a domingo, Capenga, Sem visita ou intimação, Bossa nova e samba canção, Numa noite cúmplice de tudo, De tudo mexi com o mundo, Acabei sobressaltado, Messias perseguido, E preocupado com os frutos. Os homens, quando dormem, São iguais Acordados, farsa... E não percebem Sua dança matemática, no sono do exercício. Acabe-se o joguete de minha imaginação. Elson Jacinto é natural do Rio de Janeiro (1962, poeta, reside em Araruama. É autor de “Revelação” (Quártica, 2016), de onde extraímos o poema acima.
Cadáveres podres e insepultos Ostentam faixas presidenciais. Vomitam falácias e insultos, Ferindo o planeta uma vez mais. Eis que bons sentimentos ocultos, Forças cidadãs, lutas, tumultos, Esgarçam feridas nacionais. Jorge Antunes é maestro e compositor, professor da Universidade de Brasília.
PREPOSICIONANDO
lugares diminuem a capacidade do relacionamento e injetam ódio nas relações. Cada um olhando seu próprio umbigo é de uma pobreza espiritual imensa e consequente ânimo bélico. Assim, a sociedade se tem tornado cada vez mais individualista e agressiva, as pessoas se distanciando umas das outras, e só se juntando para o prazer necessário como o sexo. Vejo no afastamento do hábito da leitura de boa Literatura e das representações com autenticidade dos costumes ligados à peça teatral, o alheamento cada vez mais acentuado e distanciado da alteridade necessária à boa convivência. É da falta deste hábito que se formam e se agridem “coxinhas” e “petralhas”, as intolerâncias religiosas, sexuais, étnicas, futebolísticas ou o que quer que agrida posição contrária à sua. A má literatura que se lê (auto-ajuda, o interesse policialesco maniqueísta, as ilusões pseudomísticas, etc.) refletem bem o domínio econômico no desejo de manter uma população alienada pelos princípios capitalistas da concorrência desumana ou do jogo enganoso do “marquetingue”... Na ópera, que, em si, é uma representação onde o Realismo pode ser prescindido uma vez que a fala não é real, mas cantada, e a orquestra magicamente simboliza todas as ações cênicas, os diretores se sentem mais à vontade em “inovar” as representações, acabando com todas as verossimilhanças e “inventando” o teor reflexivo do espetáculo na direção que melhor entender do momento em
que se vive, e não na perspectiva da concepção original em que foi concebido. E aí não posso deixar de registrar uma outra observação. As tais encenações modernosas (que tomaram conta de todos os teatros operísticos do mundo) devem marcar o fim definitivo do gênero “ópera” de nossa civilização, pois o público, por mais convencido da simbologia “inventada” pelos diretores, não se encanta mais com a construção de libretistas e compositores que armavam uma “representação” coerente com suas sensibilidades, e assim este público não se deve renovar. Em geral, aliás, o público nem entende o que realmente é transmitido em música por um dueto em que Bizet se esforçou em realçar cada detalhe da personalidade da Carmen e de Don José cantado dentro de um automóvel conversível do século XX, por exemplo. Certamente, se o espectador acha engraçado ou interessante, tal momento não “entra” na apreciação real de sua concepção original. E aí eu observo também que tais encenações são antes de mais nada elitistas, pois só podem atingir o espectador interessado na voz do soprano ou tenor, já conhecendo o dueto de cd, de outra encenação ou partitura. Aqueles que não o conhecem, não podem apreciá-lo devidamente e gostar dele no sentido de sua real concepção. Mata-se a ópera e, com ela, grande parte de um gênero teatral que exerceu bela função na tradição ocidental. É de se lamentar, mas não tanto como o fim de toda arte teatral e literária, que nos conduziam ao conhecimento de nós mesmos, Humanidade!
EMPÓRIO Hugo Pontes Poemas são linhas empilhadas como mercadoria nas prateleiras da vida. Poemas, quem há de comprá-los? Mercadoria tão rara, tão cara aos olhos de quem a fez. Poemas, quem se dispõe encontrá-los? Hugo Pontes é poeta, reside em Poços de Caldas-MG
Geraldo Chacon A toda hora, primeira ou derradeira, Ante crianças, cavalheiros ou senhoras Até onde suporta minha ciência e paciência Após todo dia de trabalho e canseiras Eu tenho você na minha consciência. Como os gatos da tarde Entre os gritos da noite Sobre os grilos da madrugada Com os galos da alvorada Sem a sua companhia Pelos ralos do dia Escorre minha melancolia. Contra tudo e contra todos De frente pra lei e pro crime Desde que te conheci Em cima das nuvens me via. Para não assustar com meu amor Por artimanha me calei. Sob o jugo da esperança Aguardo que chegue o meu dia. Geraldo Chacon é membro da Academia Araruamense de Letras
REPETE-SE A CANÇÃO Fernando Py Repete-se a canção que ouvi outrora em compassos alegres, festivais, quando a vida era sonho e nunca mais tão risonho me fiz por dentro ou fora, esmagando tristezas pressagiais, e os caminhos trilhados nessa aurora certo alento me deram, que vigora no fundo de meus olhos ginasiais e cresce e vai rompendo, como agora, ao veludo de sons velados, e ais, e morta criança em mim desperta e aflora e assume o corpo e a alma em virginais doçuras e serena a um deus adora e cessada a cantiga se desfaz. Fernando Py é natural do Rio de Janeiro (1935), poeta, tradutor e crítico literário. Reside em Petrópolis.
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nº 252 - junho de 2017
Em Foco
com Regina Mota
Saquá Moto Rock vai agitar Saquarema em junho Regina Mota
Niver de Flaviana – A doutora Flaviana Reis reuniu amigos e familiares para comemorar mais um ano de vida. A sede do Movimento de Mulheres e Amigas de Saquarema – MAMAS ficou pequena para comportar tanta gente que ama e admira essa profissional competente e amiga.
Hosseyn e Ellen – Os jovens se casaram no dia 13/05 no Haras Morena, em Matias Barbosa, MG. O casamento foi feito na Fé Bahá’í e no civil, com direito a uma paisagem de tirar o fôlego, revoada de pássaros, presença de inúmeros amigos e familiares e com entrada sob o som de Pink Floyd. Desejamos toda felicidade do mundo ao casal!
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Pecadores Moto Clube realizará nos dias 23, 24 e 25 de junho o 16º Saquá Moto Rock, tradicional encontro de motociclistas que movimentará a cidade com participação de moto clubes de várias cidades do país e apoio da Prefeitura
Reiki - O terapeuta holístico Camilo Mota vem realizando com sucesso diversos cursos de Reiki no Rio e em Minas Gerais. Na foto, com a turma de Nível 1 em Juiz de Fora. Os cursos também são oferecidos na Região dos Lagos. Em junho, estão abertas inscrições para o curso em Saquarema. Veja mais informações no site www.camilomota.com.br
Imortais reunidos - A Academia Araruamense de Letras – AARALETRAS realizou o primeiro encontro entre as academias da Região dos Lagos. O evento aconteceu na Universidade Candido Mendes e reuniu imortais de várias cidades, sendo um momento ímpar de confraternização, de alegria e de muita poesia e boa música. 13 anos da Daumas – A Daumas Academia comemorou 13 anos de existência. Para lembrar a data foi realizado um espetáculo no Teatro Municipal Mario Lago, em Saquarema. Rita Daumas está de parabéns pela equipe que conseguiu formar e pelos alunos talentosos. Sucesso a todos!
Poiésis online - Você também pode acessar as edições do Jornal Poiésis na internet e folhear as páginas de números anteriores. Confira no endereço: www.issuu. com/jornalpoiesis. Curta uma vida alegre e saudável!!! A partir dos 2 anos e meio, até onde sua mente comandar seu corpo. Homens e mulheres, sintam-se vivos! Baby Class * Pré-Ballet * Ballet Clássico Jazz Dance * Dança Moderna * Sapateado Capoeira * Alongamento Av. Vilamar, 276 B - Itaúna - Saquarema - (22)2655-3654 www.grupodaumas.wix.com/daed
Municipal de Saquarema. O evento contará com barracas com produtos para motociclistas, camisetas, acessórios, bijuterias, além de praça de alimentação e camping coberto. Haverá troféus para os moto clubes participantes. Com locução feita por Ra-
mos Aranha, o Saquá Moto Rock reunirá também as melhores bandas de Rock and Roll da região, como a Banda Fugga, F.d.P. (Filhos do Pecado), Os Caravelhos, Edu Gomes, M.I.R. Made Rock, Dr. Law, Órius, West Gang, Velho Blend, Epidemia e Dona Kátia.
Movimento da Mulher Motociclista comemora aniversário
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Movimento da Mulher Motociclista Brasil – MMM BR, formado por motociclistas de vários motos clubes e motos grupos, completou quatro anos de existência, comemorado juntamente com o 11th International Female Ride Day, que ocorre em vários lugares simultaneamente. O MMM-BR foi fundado em 8 de março de 2013, com a realização de uma motociata pelas cidades de Rio das Ostras, Saquarema e Iguaba Grande, com o apoio do Barbudo, presidente do Carcaça Moto Clube e padrinho do movimento, e do Pecadores Moto Clube de Saquarema. Hoje, o movimento tem em seu quadro de motociclistas as fundadoras Lillian Guedes e Zenir Felipe, somando
Divulgação
55 integrantes, de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Todas são habilitadas na categoria A e são identificadas pelo uso de um patch do lado direito do colete, escrito abaixo a palavra: pilota. O MMM-BR agrega motociclistas de vários motoclubes
ou moto grupos. As motos são a partir de 125 cc e a boa conduta é fundamental para participar do movimento, que possui imagem consolidada e respeitada no universo motociclístico. O movimento está aberto a novas participantes de todo o país.
Corpus Christi: inscrição para tapetes de sal em Araruama
Regina Mota
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tradição dos tapetes de sal em Araruama, de acordo com a Paróquia de São Sebastião, remonta à década de 1920 e foi intensificada a partir de 1953 com a chegada dos Franciscanos. Todo ano são confeccionados centenas de tapetes, alcançando uma extensão de quase dois quilômetros com utilização de aproximadamente de mais de 50 toneladas de sal. A celebração de Corpus Christi este ano acontece na quinta-feira, dia 15 de junho, e promete colorir
Destake Escola Técnica
as ruas do município com os tradicionais tapetes de sal. As inscrições estarão abertas na Casa do Empreendedor, na Rua Ari Parreiras, 51, Centro; e nas Sub-
prefeituras de Praia Seca, Morro Grande, São Vicente e Iguabinha. Os interessados deverão trazer 1kg de alimento não perecível no ato da inscrição.
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