Jornal OCIDENTE 010

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JOMA pode fechar portas

Qualidade e inovação

A Juventude Operária de Monte Abraão (JOMA), atravessa uma grave crise financeira que pode condicionar o funcionamento do clube, obrigando-o a encerrar portas. Pág.8

A Junta de Agualva, recebeu a certificação do seu Sistema de Gestão Integrado, apostando numa filosofia de inovação e desenvolvimento. Pág.9

l a n Jor

Natal

Natal com muitos sentidos, com muitas interpretações, com muitas tradições, mas na sua maioria, absorvidas e transformadas pelo Deus Economia. Pág.15

www.radioocidente.pt

OCIDENTE EDIÇÃO DE NATAL Ano 2 | Nº 10| Dezembro 2012 | GRATUITO

Director Jorge Tavares

Monte Abraão

Autárquicas

Superar dificuldades

“A minha candidatura é irreversível, não depende da vontade de grupos” Mesmo sem o apoio do PSD, Marco Almeida apresentou candidatura à Câmara de Sintra. Pág.3

Reforma da Administração Local

Cerca de centena e meia de pessoas participaram na 2ª edição da “Feira das Sopas”. Pág. 6

Belas

Requalificação da zona urbana A CDU Sintra propõe a requalificação urbana da zona do mercado em Belas. Pág. 6

Massamá

Projecto “Música na Escola” enche pavilhão

“Disponível” para Sintra Barbosa de Oliveira está disponível para liderar candidatura à Câmara, “com gente de Sintra”. Pág.3

Festa de Natal, encheu de alegria projecto “Música na Escola”, da Junta de Massamá. Pág.6

Odrinhas

São Marcos com Coração

São Marcos com Coração 2012”, juntou 50 caminheiros em Odrinhas. Pág.10

Progresso Clube

Muay Thai com os melhores

Sintra vai perder nove freguesias

O Progresso Clube promove estágio de Muay Thai com a presença de atletas tailandeses. Pág.14

A Lei n.º 320/XII sobre a Reorganização Administrativa do Território das Freguesias, vai extinguir 16 freguesias no concelho de Sintra, que são agregadas em sete novas uniões de freguesias. Pág.5 Viagens na minha terra

Orçamento e Plano de Atividades

Peninha um lugar com espírito

Câmara de Sintra aprova Orçamento de 160 milhões

A paisagem é magnífica, intimidadora! Esta é a primeira razão, para o local ter sido sacralizado desde tempos imemoriais. A Peninha, não foge há regra. Pág.12

Com um corte de 27 milhões de euros, a Câmara de Sintra aprovou por maioria o Orçamento e Plano de Actividades para 2013, no valor de 160 milhões de euros. Pág.4

Teatro

Musical Cabaré Maxamo esgotou

Peça estreou com sala esgotada e mostrou o espírito de entrega e dedicação dos jovens. Pág.13


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Jornal OCIDENTE Dezembro 2012

Opinião

Editorial

À Varanda Cidade a duas vozes

Não é justo Não é justo que neste Natal, gente como nós, não tenha comida em casa, porque outros vivem com dinheiro da corrupção que tiraram a toda uma população. Foi essa corrupção reiterada ao longo de muitos anos nesta forma de ser e gerir Portugal, que trouxe o país à situação em que nos encontramos. Quando se candidatou a primeiro-ministro, Passos Coelho prometeu cortar nas despesas do Estado para aliviar a vida a todos nós. Ao fim deste tempo, aconteceu o contrário. A redução de salários e pensões, o aumento do IRS, empobreceu as famílias. O aumento do IVA provocou uma diminuição do consumo, trouxe a recessão, o encerramento de empresas, e um desemprego que nos envergonha, num país tão pequeno e solidário como o nosso. Casos como a Expo 98, o Euro 2004, o BPN, o BPP, os submarinos contribuíram para o aumento da dívida pública. Está ai o Natal! Provavelmente, Isaltino Morais, Duarte Lima, Oliveira e Costa irão passar um Natal no conforto do lar. Dizia um amigo, já com idade de terceira, que “andando tanta gente a roubar durante tanto tempo, inevitavelmente as contas públicas tinham que chegar a este estado”. Ana Maria Pinto, a cantora lírica que surpreendeu o protocolo no 5 de Outubro durante o discurso de Cavaco Silva na Câmara de Lisboa [recordam-se?] “acordou” muitos portugueses contra a austeridade, vai continuar a cantar. “É acordar, apelar às consciências, chegar às pessoas, sensibilizá-las para que toda a gente se manifeste.” Feliz Natal.

O director

Jorge Tavares Jornalista

www.antonioluiscardoso.com/cardosalio

As televisões mostram os ajuntamentos. Madrid, Atenas, Terreiro do Paço, Praça de Espanha, São Bento… lamentos e reclamações geminadas Europa fora; fora com quem nos explora, gritam alguns; alguns vão lucrando e assobiando para o lado, o lado errado da vida de todos nós. “Até quando?”, pergunta uma mulher de olhos bem abertos, num autocarro cheio, cada vez mais cheio. Discute-se muito se há fome ou houve fartura; se a corda estica ou rebenta antes do Carnaval, quando virmos no papel a nossa guia de marcha para uma guerra que só alguns decretaram. Ao final da tarde avisto o vizinho que todos os finais de tarde se senta no banco de jardim, cabisbaixo, guardião de mágoas secretas. Só

suas. É hora de passear os cães antes do jantar, abre-se o apetite aos bichos e fazem o que têm a fazer, onde é suposto fazê-lo. É assim a vida no bairro, em cada bairro. Na paragem de autocarro. Entramos. Invariavelmente, há alguém que fala de dinheiro. Saímos longe. No Chiado, por exemplo. Novas padarias da moda trazem o pão de cada dia embrulhado em glamour, indiferente à semântica cristã. Neste Natal os votos contam ainda mais. Fecho a varanda e penso como esta cidade, a menina e moça Lisboa, é, cada vez mais, palco de contrastes acentuados onde a dificuldade em tornear um final de mês apressado convive com o tédio inventado em cada novidade urbana e cosmopolita. Olhares tão díspares que quase concedem ao rosto da cidade uma máscara de miopia que a transfigura. Esperemos que a ser apenas uma máscara, não se passe como no poema de Álvaro de Campos: “Quando quis tirar a máscara, / Estava pegada à cara. / Quando a tirei e me vi ao espelho, / Já tinha envelhecido”.

Por João Morales

“Administração Autárquica

OPINIÃO Numa época em que se discute a reforma administrativa territorial tão afincadamente, importa pensar que futuro para as autarquias locais, e o que são, hoje, autarquias locais! Dito isto e contextualizando o que são autarquias locais hoje, definidas na Constituição da República Portuguesa como: Juntas de Freguesia, Câmaras Municipais e Regiões Administrativas, estas não implementadas, entendo que o Estado deve definir se prevê ou não a continuidade da existência das Juntas de Freguesia, e a manteremse, com que propósito. É ilógico pensar constitucionalmente que a Administração Pública deve ser estruturada de modo a aproximar os serviços dos cidadãos, conjeturando uma reforma administrativa cujos critérios de base fundamentais não foram objeto de discussão alargada, desde logo com recurso a eufemismos como agregações e incentivos demasiadamente

que futuro?”

temporais, com o intuito, conforme declarado, de redução de cargos políticos na administração local autárquica, falseando acrescidamente, se possível, o princípio da representatividade, julgandose assim viável uma verdadeira reforma administrativa territorial, assente em vetores estratégicos que, interrogativamente, serão impossíveis: - Descentralização administrativa - Aprofundamento do municipalismo - Promoção da coesão e competitividade territorial O princípio da descentralização administrativa será prosseguido com quem? Facilmente se percebe a descentralização dos municípios para as freguesias, e será que as 4269 freguesias existentes no país não asseguram a maior proximidade aos cidadãos, na defesa do princípio, consagrado constitucionalmente, da subsidiariedade? Sob o chapéu duma pretensa reforma administrativa territorial,

que importante, propomo-nos, a que custo, poupar cerca de 8 milhões de euros?

em que melhor se compreenderia o exercício da eficiência pelo ganho de massa crítica eficaz

“Sob o chapéu duma pretensa reforma administrativa territorial, que importante, propomo-nos, a que custo, poupar cerca de 8 milhões de euros?” O aprofundamento do municipalismo é matéria que, gradual e sistematicamente, se tem vindo a promover com as leis de transferência de atribuições do Estado desde o final dos anos noventa, de forma perequativa e consistente. A defesa da promoção da coesão e competitividade territorial foram-no, no passado, e são-no, atualmente, elementos doutrinários da defesa da implementação, mais uma vez consagrada constitucionalmente, da regionalização,

objetivando o melhor funcionamento nas matérias descentralizadas. De toda esta reflexão surge a ideia irrefutável que esta não é a reforma administrativa que o País precisava, perdendo-se a inigualável oportunidade de a realizar, para que o futuro não volte a ditar, no cumprimento da lógica democrática, a sua correção, ainda que por vias enviesadas e de soluções, mais uma vez, transitórias. Luís Alberto Batista

JORNAL OCIDENTE:

Impressão na Empresa Gráfica Funchalense, SA - Morelena Pêro Pinheiro / Sintra • Tiragem: 10 000 exemplares • Depósito Legal: 332891/11 DIRETOR: Jorge Tavares geral@radioocidente.pt Telef: 963 964 040 • REDAÇÃO: Ana Marreiros; Nuno Diogo, Rui Camões, Rui Oliveira, Solange Henriques • MORADA: Praceta Progresso Clube, 17 - 2725-110 Algueirão geral@radioocidente.pt Telef: 219 267 367 / 96 66 77 041 • RÁDIO OCIDENTE ONLINE: Artur Barral; Hugo Saraiva; Jorge Lima; Jorge Manuel Cardoso, João Antunes, Marinela Tavares, Miguel Ângelo, Nuno Cachucho, Nuno Diogo, Pedro Esteves • MARKETING & PUBLICIDADE: Ana Maria Rodrigues publicidade@radioocidente.pt Telf: 219 267 367 / 96 66 77 041 • FOTOGRAFIA: José Correia • CARTOON: Luis Cardoso • DESIGNER GRÁFICO: Victor Duziteo


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Política

Autárquicas | Marco Almeida

“Sou do velho PSD, daquele que acredita, que primeiro estão as pessoas”

“É uma decisão da distrital, mas eu já tinha tomado a minha há muito”, sublinhou, adiantando que “não me preocupo com tanto com os outros, mas com aquilo que posso e devo fazer para em 2013, que é ter um resultado positivo e de vitória para a Câmara de Sintra”.

Sinto-me profundamente sensibilizado. Obrigado, por terem vindo”, foram as primeiras palavras, de Marco Almeida, no anúncio da sua candidatura à presidência da Câmara de Sintra, como candidato independente. Uma decisão “irreversível”, “ponderada” e que “parte de uma convicção pessoal” que não admite desistência, porque “não tenho

amarras a não ser com a minha consciência”, disse. “Sou do PSD, do velho PSD [aplausos] daquele que acredita, que primeiro estão as pessoas, que a acção política é antes de mais, agir em benefício daquelas e que governar é transformar. Assumo claramente uma distância ideológica com o presente do PSD [aplausos]”, disse Marco

Almeida, explicando mais tarde aos jornalistas, que “este é um PSD que virou costas às pessoas”, apontando a crise financeira, social e económica que o país atravessa e desvalorizando a decisão da Distrital de Lisboa do PSD, pela escolha de Pedro Pinto, decisão, que terá que ser ainda ratificada pela direcção Nacional do Partido.

Autárquicas | Barbosa de Oliveira

“Disponível” porque “não me revejo em Basílio Horta Barbosa de Oliveira, presidente da Junta de Queluz, está disponível para avançar com uma “candidatura” à presidência da Câmara de Sintra. O militante socialista não se revê na candidatura de Basílio Horta, defende uma “candidatura local”, “abrangente”, e “unificadora” que está disposto em liderar.

Sou militante do PS e sempre fui candidato pelo Partido Socialista. No entanto, já transmite à Comissão Política, que estarei sempre à disposição para os projectos do meu partido. Caso o PS entenda o contrário, nós estamos cá para analisar e poder avançar com candidaturas que representem o Partido Socialista”, disse à OCIDENTE, rádio/jornal, Barbosa de Oliveira, que não se revê na candidatura de Basílio Horta, à Câmara de Sintra.

Pensativo, “não me revejo em Basílio Horta. Nunca me revi em independentes. Nas minhas listas nunca contei com independentes. Não gosto de independentes, como não gostei de Pina Moura e outros da área da esquerda. Para mim, não existem independentes”. Para o militante socialista, o candidato Basílio Horta “deve conhecer mal o concelho e creio que não se apresentou na secção do partido, antes de ser sufragado na Comissão Política”, refere Bar-

bosa de Oliveira que evita criticar o presidente da concelhia do PS, Rui Pereira, quando questionado sobre a escolha do candidato a Sintra. “É um assunto que será discutido internamente, para perceber que contornos teve e porque foi assim apresentada a candidatura de Basílio Horta”, admitindo que “o processo de escolha, não foi o melhor”. Questionado ainda sobre os motivos que não lhe permitiram avançar como candidato à Câmara de Sintra, durante o período de

ter-se na esfera municipal, porque a “água não é negociável”.

“Sou homem da comunidade local”

Com o pavilhão da Escola Gama Barros cheio, o candidato falou de si, da família, dos amigos, do seu trajecto pessoal, em Mira-Sintra onde cresceu e os primeiros passos na política, na Assembleia de Freguesia de Agualva-Cacém. Já como vice-presidente da Câmara de Sintra, fez um balanço da sua actividade, deixando algumas ideias. “Sintra é um projecto de Vida que se recria, se renova e que não se esgota em simples mandatos” autárquicos, acrescentado que, “muito se alterou” nos últimos 12 anos, dando como exemplo a área social, destacando a Educação, “instrumento de apoio à família e ferramenta essencial para o desenvolvimento integral para a pessoa”, apontando o “diálogo”

Uma nota final para a Reforma da Administrarão Local, que propõe a agregação de 9 das 20 freguesias no concelho de Sintra. Marco Almeida considera que “não constitui uma oportunidade para o concelho de Sintra”, mas pode significar, “um verdadeiro desastre, afastando os eleitos dos eleitores”, disse aos jornalistas. Antes, durante o seu discurso, o candidato independente deixou a interrogação: “Se em 2001 defendi a criação de quatro novas freguesias [Agualva-Cacém], como posso agora aceitar a reforma administrativa que se pretende impor?” [forte ovação]. Marco Almeida desvalorizou a ausência de Fernando Seara, “que me deu um abraço”, mas contou com a presença dos vereadores, Luís Duque (CDS), Paula Simões e Ana Duarte (PSD) e de alguns presidentes de juntas de freguesia. Fátima Campos (Monte Abraão) e Barbosa de Oliveira (Queluz)

como uma das “marcas da gestão municipal”. Caso seja eleito, o candidato pretender dar destaque ao Ordenamento do Território. Falou de “uma catapulta para o desenvolvimento económico e para a atracção de mais e melhores empresas” para o concelho. Numa outra área, fez saber para memória futura, que “os SMAS deverão man-

ambos do PS, José Pedro Matias (Massamá), Manuel do Cabo (Algueirão-Mem Martins), Fernanda Santos (Casal de Cambra), Rui Santos (Colares), Guilherme Ponce Leão (S.João das Lampas), Eduardo Casinhas (StªMaria e S.Miguel) e vice-presidente da Concelhia do PSD, Carlos Parreiras entre outros militantes, simpatizantes e anónimos.

escolha de candidatos, Barbosa de Oliveira esclarece que “muitos dos nossos apoiantes teriam sido vítimas de chantagem e intriga e nós não entramos nisso e decidimos desmobilizar a candidatura. No entanto, não desmobilizamos o nosso projecto, que vai continuar”.

Socialista em Sintra vai fazer e, quais as freguesias ficarão para o futuro. Creio que poderemos decidir melhor nessa altura”. Para que não fiquem dúvidas, Barbosa de Oliveira sublinha, que “nunca será uma candidatura contra o PS, mas pelo PS. Sou e serei sempre socialista. Agora, será uma candidatura que congrega os socialistas, não que os dividam. Será sempre com militantes de Sintra”. Pensativo, “nunca farei nada contra, nem fora do PS. Estarei sempre com os militantes, com o projecto do Partido Socialista e com uma ideia que é contribui para que o PS nas próximas eleições, consiga ganhar o maior número de Junta de Freguesia e ganhar a Câmara de Sintra, como candidato do PS”.

O caminho

Marco Almeida, vice-presidente da Câmara de Sintra, anunciou a sua candidatura à Câmara de Sintra, nas próximas eleições autárquicas. Cerca de 1200 pessoas encheram o pavilhão da Escola Gama Barros, no Cacém, para apoiar e ouvir o candidato, que o PSD recusou, e que disse ter “um sonho para Sintra”.

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Pronto a avançar O militante do PS, fala da necessidade para “unir militantes e autarcas”, a chama a atenção para a importância de uma candidatura “local”, “abrangente” e “unificadora”. Não avança por agora com pormenores de uma eventual candidatura que está disposto a liderar, mas faz saber que “até abril ou maio do próximo ano, temos muito tempo para pensar e perceber quais são as opções que o Partido


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Jornal OCIDENTE Dezembro 2012

Plano e Orçamento Orçamento e Plano de Atividades

Sintra reduz Sintra aprova Orçamento de 160 milhões taxas de IMI e IRS

Em reunião do Executivo Camarário, foi deliberado por unanimidade reduzir as taxas aplicadas no IMI e no IRS no concelho de Sintra, o que representa um forte contributo para atenuar parte do aumento de impostos a que os contribuintes vão ser sujeitos em 2013. Foram aprovadas as taxas de IMI de 0,39% e 0,6%, respectivamente para os prédios avaliados e para os não avaliados, bastante abaixo dos máximos legais, que permitem a definição de taxas até 0,5% e 0,8%. Com esta medida a autarquia abdica de uma receita adicional de 14 milhões de euros, em favor dos contribuintes do concelho. Relativamente às taxas que se encontram em vigor em 2012, verifica-se para o próximo ano uma redução de 0,4% para 0,39% na taxa a aplicar aos prédios avaliados, o que significa uma diminuição de 2,5%, enquanto que ao nível dos prédios não avaliados a taxa é reduzida de 0,7% para 0,6%, o que na prática representa um diminuição de 14,3% no montante a pagar pelos proprietários destes imóveis. Relativamente ao IRS, foi aprovada a transferência de 1% da receita a que a autarquia teria direito, para os contribuintes com residência fiscal na área do município de Sintra, permitindo assim que, aquando da apresentação do IRS de 2013, estes contribuintes possam ser beneficiados com uma redução do montante a pagar.

Estímulo à economia local Também o estímulo à economia local não foi esquecido, tendo sido deliberada, a isenção do pagamento da Derrama sobre o IRC às pequenas e médias empresas sediadas no concelho, que apresentem volume de negócios inferior a 150 mil euros, permitindo assim que estas firmas, que têm vindo a sofrer directamente o impacto da crise económica e financeira que assola o país, possam ser aliviadas desta contribuição. Durante uma reunião de Câmara foi referido pelo presidente Fernando Seara, que é convicção do município que, em termos gerais e com particular relevância nas zonas urbanas, a avaliação de imóveis que está neste momento a decorrer não irá conduzir a um aumento significativo do IMI a pagar pelos contribuintes. O autarca, frisou ainda que a redução de impostos que propôs e que foi aprovada pelo Executivo, só foi possível pela actual situação financeira do Município, patente na existência de pagamentos em atraso a fornecedores e num prazo médio de pagamento de 27 dias que, só por si, funciona como um estímulo adicional que a autarquia tem procurado fazer à economia local.

No documento, Fernando Seara refere que “o orçamento para 2013 está muito próximo daquilo que se entende por orçamento de basezero” (foto: arquivo | OCIDENTE, rádio/jornal)

Com um corte de 27 milhões de euros, a Câmara de Sintra aprovou por maioria o Orçamento e Plano de Actividades para 2013, no valor de 160 milhões de euros. curricular, componente de apoio à família e manutenção e apetrechamento das escolas básicas.

Oposição com reservas

F

eitas as contas, são menos 27 milhões de euros, que o presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara justifica com a “elevada execução orçamental de 2012, que pela primeira vez nas últimas décadas irá ser superior a 90%, o orçamento para 2013 está muito próximo daquilo que se entende por orçamento de basezero, ou seja, um orçamento que incorpora, quase exclusivamente, a consideração das necessidades financeiras suficientes para assegurar a actividade do exercício”. No documento que a OCIDENTE, rádio/jornal teve acesso e que será enviado à Assembleia Municipal de Sintra, Fernando Seara refere que apesar das mudanças e da diminuição substancial dos valores do orçamento, “é certo que Sintra continuará a garantir o apoio social a todos os que necessitem, manterá as condições de excelência ao nível dos vários níveis de educação, pugnará por melhorar continuamente a qualidade do serviço aos cidadãos e assegurará o apoio às associações e colectividades que desenvolvem no terreno um trabalho muitíssimo meritório em prol da comunidade”. Entre várias razões, invocadas por Fernando Seara, destaca “uma mudança política na gestão municipal”, no próximo ano no âmbito das eleições autárquicas, “sendo

por isso de crucial importância que este orçamento contribua para uma transição sem quaisquer sobressaltos financeiros e com todas as obrigações satisfeitas para com quem se relaciona com o Município”.

Orçamento de 160 milhões A estimativa de orçamento para o próximo ano económico é de 160 milhões de euros. Segundo o documento, comparativamente com o ano anterior, “verifica-se uma redução na ordem dos 25%, incorporando o efeito do ajustamento do nível de despesa à receita efetiva esperada, que nos últimos exercícios se situou em 160 milhões de euros”, não considerando a utilização de financiamento bancário nem de receitas extraordinárias. A receita própria estimada será de cerca de 104,2 milhões de euros, e o valor dos fundos relativos a transferências regulares da Administração Central ascenderá a cerca de 33,6 milhões de euros. Do total de 160 milhões de euros previstos como receita em 2013, cerca de 22,2 milhões de euros respeitam a receita consignada cujo valor está afecto à cobertura de despesas específicas, nomeadamente, encargos com pessoal não docente das escolas básicas, actividades de enriquecimento

O Orçamento Municipal e as Grandes Opções do Plano foram aprovados com os votos da Coligação PSD e CDS-PP, a abstenção da CDU e o voto contra do PS. Para a CDU na proposta “está explanada uma dura realidade que assenta em dois factores principais: por um lado, a transferência de responsabilidades da Administração Central para a Autarquia, e por outro, a diminuição de receitas por via do abrandamento das receitas resultantes de processos

de urbanismo”. A CDU justifica a abstenção “na presunção de que apesar da redução do orçamento em virtude da grave situação económica e financeira em que se encontra o país, e não sendo esta obviamente a proposta de Plano e Orçamento que a CDU entende como necessária para a resolução dos problemas do nosso concelho, esta proposta constituirá, se executada com respeito com as linhas de orientação que sugerimos, um instrumento importante para a minimização dos efeitos da gravíssima crise que assola o País e o nosso concelho”. Para o PS, o orçamento aprovado “é revelador de uma profunda insensibilidade social. Um orçamento cego e um orçamento inútil”, que “não responde às dificuldades das famílias e das empresas de Sintra”. Em comunicado, os socialistas consideram que se trata de “um orçamento que aposta na continuidade e que agrava as consequências que decorrem das profundas alterações sociais e económicas que penosamente enfrentamos e que mereciam, por essa razão, a alteração do paradigma de intervenção do município”, considerando o documento “desfasado da realidade”, e que “responde negativamente aos desafios lançados pela actual conjuntura socioeconómico, mostrando total insensibilidade pelas dificultadas enfrentadas pelos Sintrenses”. Para os socialistas, este é um “orçamento de desperdício e alheamento quanto à manifesta degradação da situação social e económica do Concelho de Sintra”.

Medalha de Mérito

Batista Alves recebe “Grau Ouro” por Sintra A Câmara de Sintra presta homenagem, dia 14 de dezembro, pelas 17h00, aos trabalhadores dos SMAS Sintra e ao ex-Vereador da CDU, José Baptista Alves pelos serviços prestados ao concelho de Sintra. Na cerimónia, que irá decorrer no auditório dos SMAS, será entregue a Medalha de Mérito Municipal, Grau Ouro, na classe de Serviço Público, a Baptista Alves em justo reconhecimento de toda uma carreira como eleito desta autarquia. Na ocasião, serão ainda entregues medalhas de prata a cinco funcionários (por 25 anos de serviço) e duas de ouro (40 anos). Estes trabalhadores vão ainda receber Diplomas de Bons Serviços Municipais da Câmara Municipal de Sintra. Na cerimónia serão também entregues 28 placas comemorativas dos SMAS a 28 funcionários que se aposentaram em 2012.

Batista Alves José Manuel Costa Baptista Alves iniciou funções como Vereador da CDU na Câmara de Sintra em 1994, tendo sido Vogal do Conselho de Administração dos SMAS de Sintra (1994/1998), da Sanest (1995/1997) e dos SMAS de Loures (1998/2001). Desde 2002 foi Presidente do Conselho de Administração dos SMAS de Sintra e da Agência Municipal de Energia de Sintra, Presidente da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de distribuição e Drenagem de Águas e vogal do conselho de Administração da fundação CULTURSINTRA.


Jornal OCIDENTE Dezembro 2012

Freguesias

Reforma da Administração Local | Freguesias

Sintra vai perder nove freguesias vai participar na “manifestação de cariz cultural” que se realizar dia 22 de Dezembro, às 14 horas, frente ao Palácio de Belém, contra a promulgação da lei de extinção de freguesias. A iniciativa convocada pela Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), propõe cantar os Reis ao Presidente da

O parlamento, na Assembleia da República, aprovou na generalidade o projeto de Lei n.º 320/XII sobre a Reorganização Administrativa do Território das Freguesias, por agendamento da maioria PSD/CDS-PP, que contém o novo mapa com a redução de quase 1200 destes órgãos autárquicos. Das vinte freguesias, o concelho de Sintra perde nove. O Governo pretende que o mapa de freguesias esteja aprovado até ao fim do ano, de forma a não colocar em causa as eleições autárquicas que se realizam em outubro do próximo ano, já fez saber, Paulo Júlio, secretário de Estado do Poder Local e da Reforma Administrativa. A votação final será no dia 21 de dezembro, tendo os grupos parlamentares até terçafeira para apresentar propostas de alteração. Se não houver alterações, e tudo aponta nesse sentido, ao concelho de Sintra será imposto o projecto B da Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT). Signifi-

ca que, haverá uma redução das actuais 20 freguesias para apenas 11, com a extinção de 16 freguesias que são agregadas em sete novas uniões de freguesias (ver mapa). Só as freguesias de Algueirão Mem Martins, Colares, Casal de Cambra e Rio e Mouro, não sofrem qualquer alteração. As restantes 16 freguesias, “cessam juridicamente” as suas funções, uma vez que serão agregadas a sete novas “Uniões de Freguesias” (ver mapa).

Protesto no dia 22 Em comunicado a Plataforma Freguesias SIMtra anunciou que

FREGUESIAS AGREGADAS

República, para o sensibilizar “sobre uma lei que uma larga massa crítica - população, eleitos locais, opinião pública - considera enfermar de profundas iniquidades”, refere Armando Vieira. Entretanto, cerca de 80 processos entraram em tribunais administrativos contra Assembleias Municipais que decidiram agregar freguesias, mas o número de ações deve aumentar após a publicação da lei com o mapa de freguesias, segundo a ANAFRE. TOTAL DE FREGUESIAS

“A partir daí [da publicação da lei] abre-se um espaço para procedimentos cautelares em que muitas freguesias, cada uma de per si, por razões diferentes, com certeza, vão tentar impugnar o mapa que lhes foi imposto”, disse Armando Vieira. Com estas iniciativas, as freguesias pretendem atrasar a aplicação da reforma administrativa, com novas regras que deverão já vigorar nas eleições autárquicas que se realizam em outubro de 2013. SEDE

População

Agualva MiraͲSintra

União das Freguesias de Agualva e MiraͲSintra

AGUALVA

Almargem do Bispo Pêro Pinheiro Montelavar Cacém São Marcos

União das Freguesias de Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar União das Freguesias de Cacém e São Marcos

ALMARGEM DO BISPO

16 788

CACÉM

38 701

Massamá Monte Abraão

União das Freguesias de Massamá e Monte Abraão

MASSAMÁ

48 921

Queluz Belas

União das Freguesias de Queluz e Belas

QUELUZ

52 337

São João das Lampas Terrugem

União das Freguesias de São João das Lampas e Terrugem União das Freguesias de Sintra (Santa Maria, São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim) AlgueirãoͲMem Martins Casal de Cambra Colares Rio de Mouro

SÃO JOÃO DAS LAMPAS

16 505

SINTRA (SANTA MARIA E SÃO MIGUEL)

29 592

ALGUEIRÃO MEM MARTINS CASAL DE CAMBRA COLARES RIO DE MOURO

66250 12 701 7 628 47 311

Santa Maria e São Miguel São Martinho São Pedro de Penaferrim

5

41 104


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Jornal OCIDENTE Dezembro 2012

Local

Visita a Belas

Requalificação da zona urbana de Belas

Na sequência de uma visita de trabalho, a CDU Sintra propõe que a Câmara de Sintra avance com a requalificação urbana da zona do mercado em Belas, proposta que os comunistas querem integrada no orçamento municipal para 2013. Esta necessidade foi identificada durante uma visita efectuada realizada pelo vereador Pedro Ventura (CDU) a Belas, “procurando identificar algumas carências que afectam a freguesia, de uma forma mais permanente e que resolvidas poderiam melhorar, em muito, a vida da população de Belas”, explica a CDU em comunicado. Numa altura em que a autarquia está a elaborar as linhas estratégicas do próximo orçamento municipal, “seria importante equacionar a requalificação urbana da zona do mercado, incluindo o reperfilamento da estrada, estudo da drenagem pluviais, reforço da iluminação pública e enquadramento paisagístico”, sugerem os comunistas.

Sopa reconforta espírito e ajuda Igreja a superar dificuldades

Monte Abraão

Fátima Campos e o Padre Abel Ferreira na 2ª edição da “Feira das Sopas” em Monte Abra (foto: OCIDENTE, rádio/jornal)

Cerca de centena e meia de pessoas participaram na 2ª edição da “Feira das Sopas”, uma iniciativa da Igreja de Monte Abraão e o apoio da Junta de Freguesia, com o objectivo de angariar fundos para colmatar despesas, sobretudo junto de quem mais necessita.

P

or momentos o Salão Paroquial de Nossa Senhora da Fé, até pareceu pequeno e obrigou mesmo à colocação de mais mesas, para servir todos aqueles que voluntariamente se disponibilizaram e associaram à iniciativa. “É uma forma de angariação de fundos para superar algumas necessidades da Igreja”, explicou Fátima Campos, satisfeita com o número de participantes: “Não espera tanta gente”, confidenciou

à OCIDENTE, rádio/jornal, a presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão, destacando o trabalho e o envolvimento de um grupo 35 pessoas, que se organizou para receber cerca de 150 pessoas. Esta foi também uma das primeiras iniciativas do novo pároco da Freguesia de Monte Abraão, padre Abel Ferreira, anfitrião da iniciativa. “Pretendemos fomentar o con-

vívio entre as pessoas de uma cidade onde o anonimato tantas vezes impera” e, por outro lado, “angariar fundos” afinal, “há sempre melhorias a fazer”, disse o pároco da freguesia, decidido em melhorar as condições do Salão Paroquial, destacando “o apoio da Junta de Freguesia”, que é uma espécie de “parceiro, que nos reconforta”, quando é preciso, destacando também a “dedicação e vontade dos paroquianos no envolvimento com a Igreja”. Por sete euros os convivas puderam saborear e apreciar cinco variedades de sopa: cação, da pedra, a tradicional canja, o caldo verde ou feijão e hortaliça. Servidas quentes e com um sorriso de boa vontade, ajudaram a alimentar a ideia solidária, mas também reconfortaram o espírito de muitos, numa noite particularmente fria, que aconselhava ao aconchego e ao calor humano. O final do Jantar, o dinâmico e sempre presente, Grupo de Motards, “Foge Com Elas”, sediado na freguesia, ofereceu ao novo pároco Abel Ferreira, a imagem de São Rafael, padroeiro de todos aqueles que gostam de desporto motorizado, na versão rodas. A imagem será benzida no início do próximo ano, e colocada em lugar de destaque na Igreja de Nossa Senhora da Fé. Para Fevereiro já estão a ser pensada novas iniciativas.

“Peregrinação da fé”

Cardeal Patriarca e Bispo auxiliar em Sintra

Cardeal Patriarca e Bispo auxiliar em Sintra (foto: CMS/Pedro Tomé) Arrancou no Palácio Valenças, a visita Pastoral do Patriarcado de Lisboa, com a presença de D.José Policarpo à vigaria de Sintra, iniciativa que se prolonga até ao dia 6 de janeiro de 2013. A Visita Pastoral é definida pelo ditectório Pastoral dos Bispos, como “uma das formas, com a qual o Bispo mantém contactos pessoais com o clero e com outros

membros do povo”. “A Peregrinação da Fé” é o título da nova Carta Pastoral do Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, dirigida à Igreja de Lisboa por ocasião da

Queluz Concurso de Cozido à Portuguesa Durante todo o mês de Dezembro, o cozido à portuguesa, faz as honras da casa, ao almoço e ao jantar, naquele que é I Festival Gastronómico da especialidade. A iniciativa da Junta de Freguesia de Queluz, conta com sete restaurantes a concurso. Para quem gosta de apreciar a boa comida portuguesa, fica a sugestão. Belas Tiro ao alvo Quatro coveiros do cemitério de Belas, no concelho de Sintra, são suspeitos de praticarem tiro ao alvo com ossadas de cadáveres, num caso que foi denunciado à PSP pela Junta de Freguesia de Belas, revelou Guilherme Dias, presidente da Junta de freguesia, que denunciou o caso à polícia. Tapada das Mercês Repartição de Finanças assaltada Assaltantes forçaram uma janela para entrar na repartição de Finanças de Algueirão-Mem Martins. Algumas moedas de máquinas de bebida e de comida instaladas na zona ao público foi o “produto” do assalto, para além de alguns actos de vandalismo no interior das instalações. Portela de Sintra Centro de Apoio a Imigrantes O Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes (CLAII) passou a funcionar, desde 10 de dezembro, na dependência do departamento de Acção Social, Saúde e Habitação, na Portela de Sintra.

abertura diocesana do Ano da Fé. Nesta Carta Pastoral, publicada no passado dia 25 de Outubro, D. José Policarpo apresenta o “amor do próximo” como caminho para “o amor de Deus” e frisa que esta convicção é determinante na apresentação da mensagem da Igreja. A cerimónia que se realizou no Palácio de Valenças, em Sintra, contou com D.José Policarpo, Patriarca de Lisboa e de D. Joaquim Mendes, mas também com Fernando Seara, presidente da Câmara de Sintra e Fernando presidente da Junta de Freguesia de São Martinho. Ana Rodrigues


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Local

SMAS de Sintra

Aposta no investimento público de qualidade

Os SMAS de Sintra visitaram a ETAR de Janas e o sistema adutor principal, da conduta adutora entre os reservatórios do Alto de Carenque e o das Mercês, obras emblemáticas e dispendiosas que visam melhora a qualidade de vida das populações.

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ernando Seara, presidente da Câmara de Sintra e do Conselho de Administração dos SMAS, acompanhou a visita de trabalho, com a presença de técnicos e autarcas, para anunciar a abertura de concurso público internacional, para a conclusão da terceira e última fase para a construção da conduta de 1000. Uma nova conduta de água ao concelho de Sintra, no valor de 5,2 milhões de euros e que corresponde a um investimento total dos SMAS, em mais de 13 milhões de euros. “É uma verdadeira auto-estrada da água”,

notou Fernando Seara, sublinhando que esta “é uma das obras mais significantes de Sintra”. O sistema adutor principal, da conduta adutora entre os reservatórios do Alto de Carenque e o das Mercês, é uma obra grandiosa de custos avultado, que visa substituir a velha e desgastada conduta DN1000, com mais de 30 anos, que apresenta inúmeras e constantes roturas e fugas de água, por uma outra, com maior capacidade e fiabilidade, cuja primeira fase se encontra concluída. O troço final, já concluído, com cerca de 1640 metros de extensão, construído por tubagem de aço DN1000, segue em paralelo à conduta existente até ao recinto da EE da Quinta Grande, e segundo os SMAS “im-

plicou a retirada e a reposição das redes de águas, esgotos domésticos e pluviais”.

Estação de Janas A Estação de Tratamento de Águas Residuais e Domésticas de Janas, está localizada na proximidade de Janas, na freguesia de São Martinho, junto à Ribeira em zona florestal. Vai resolver o problema de cerca de 600 habitantes, aglomerado populacional, que até aqui, não tinha qualquer meio para o tratamento das respectivas águas residuais. “É uma obra que não se vê, mas que teve um investimento de 500 mil euros e que é uma mais-valia para a população de Janas que há muitos anos ansiava por este melhoramento”, disse à OCIDENTE, rádio/jornal, o presidente da Junta da São Martinho, Fernando Pereira, destacando o empenhamento da autarquia mas também da freguesia e dos proprietários de terrenos privados “que facilitaram” a tarefa dos SMAS na realização das obras, proporcionando uma melhor qualidade Ambiental naquela zona.

Remodelação da rede águas de Algueirão Na ocasião, Fernando Seara e os vogais do Conselho de Administração dos SMAS de Sintra, Cardoso Martins e Silvino Rodrigues, anunciaram ainda a substituição da rede de distribuição de água no Algueirão, uma obra que vai abranger uma área de mais de 33 quilómetros de condutas e implicará um investimento na ordem dos 4,5 milhões de euros.

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Local

JOMA | Monte Abraão

Jantar solidário de angariação de Fundos

Mais de duas centenas de pessoas participaram num jantar de angariação de fundos promovido pela direcção da Juventude Operária de Monte Abraão (JOMA), que atravessa um momento particularmente difícil, com uma grave crise financeira que pode condicionar o funcionamento do clube, obrigando-o a encerrar portas.

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JOMA é um dos clubes referência no atletismo nacional, com a conquista de inúmeros troféus e Campeonatos Nacionais ao longo dos últimos 40 anos, e está agora com dificuldades financeiras, que podem levar ao seu encerramento. Foi com esse objectivo, que se realizou no passado dia 8 de Dezembro, com o apoio

da Junta de Freguesia de Monte Abraão e de outras do concelho de Sintra, um jantar que apelou à solidariedade dos associados, do amigos e até dos atletas, para fazer face aos encargos de uma “dívida bancária” contraída há alguns anos, e que cujas prestações mensais, estão a condicionar toda a sua actividade desportiva, disse à OCI-

DENTE, rádio/jornal, preocupado, João Pedro Cardoso, presidente do clube. Sócios, amigos e atletas responderam ao apelo do clube e encheram o salão Paroquial Nossa Senhora da Fé, em Monte Abraão, numa grande manifestação de solidariedade e de vitalidade que contou também com a presença, muito notada e saudada, de alguns dos atletas olímpicos, alguns, formados no JOMA. Patrícia Mamona, Andreia Filisberto, Vera Barbosa, Jorge Paula, Rasul Dabó, Marco Fortes e Yazalde Nascimento, deixaram palavras de gratidão e estima ao clube, que em determinado momento das suas vidas, soube motivar e apontar um caminho para o futuro.

A “Mágoa” de João Pedro Cardoso

De voz embargada e emoção contida, João Pedro Cardoso em declarações à OCIDENTE, rádio/jornal, deixou falar o coração, já depois de uma sentida e emocionada homenagem, que o confirmam com o “presidente de sempre”. As promessas não cumpridas ao longo dos anos são a maior “mágoa” do presi-

dente, que teve de recorrer à banca para honrar com investimentos feitos. Oito anos depois, o clube ainda não conseguiu liquidar o capital e os juros exigidos pela banca, com uma prestação mensal na ordem dos 1500 euros. Pensativo, “50% do orçamento do clube é para pagar à banca”, diz João Pedro Cardoso, situação que se está a tornar “insustentável e difícil de gerir” e que pode condicionar a actividade do clube. “É difícil apostar na formação, quando são cerca de duzentos atletas a praticar desporto de forma gratuita”, nota João Pedro Cardoso. Pausado, mas em jeito de desabafo, questiona-se pela razão do JOMA não ter ainda instalações próprias ou pista atletismo, obrigando os seus atletas a treinar no concelho da Amadora. Tudo, porque há três anos, o protocolo de utilização da pista no Real Sport Clube caducou e não foi renovado, apontando o dedo à Câmara de Sintra por não ter sabido salvaguardar os interesses do clube. “Estou farto de promessas”, promessas que passaram pela cedência do Complexo Desportivo de Monte Abraão ou, mais recentemente, pela construção de um espaço numa escola, propostas que nunca se concretizaram, por razões que desconhece. “Sabe, a minha maior mágoa, é não ter um espaço próprio”, diz emocionado, o presidente João Pedro Cardoso, que se recusa em atirar a tolha ao chão: “Viva o JOMA!”

Massamá

Projecto “Música na Escola” enche pavilhão

Cerca e 250 alunos tornaram pequeno o pavilhão da EB 2,3 prof. Egas Moniz, que encheu para mais uma Festa de Natal, iniciativa integrada no projecto “Música na Escola”, promovido e apoiado pela Junta de Freguesia de Massamá. As festas que se realizam no final de cada ano lectivo, e ao longo dos últimos 10 anos, “permitem mostrar aos pais e encarregados de educação o resultado feito nas aulas”, destaca o presidente da Junta, José Pedro Matias, destacando a “singularidade deste projecto e deste modo de ensino reside no facto das canções interpretadas nestas festas não fazerem uso de música gravada, nem de playback’s sendo todo o espectáculo apresentado ao vivo”. O projeto de Iniciação Musical nas Escolas Básicas do 1.º Ciclo (EB1), da Freguesia de Massamá, partiu de um desafio lançado pelo Presidente da Junta de Freguesia ao Diretor da Diatónica – Escola de Música,

de Massamá, Prof. João Juvandes. Em outubro de 2002, o projeto foi implementado nas escolas do 1º ciclo, no 3.º e 4.º anos nas duas EB1 da Freguesia, com introdução do método Orff, como disciplina curricular. Uma vez mais a Festa de Natal, que se realizou no dia 9 de Dezembro, permitiu mostrar à Comunidade o que os alunos aprenderam nas aulas de música. Marco Almeida, vice-presidente da Câmara de Sintra e José Pedro Matias, presidente da Junta de Massamá, estiveram presentes e atentos e destacam o trabalho e a importância do projecto inovador, no concelho de Sintra. Nuno Diogo


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Local

SINTRA | seminário

Ambiente de trabalho, seguro e saudável

“A AESintra procura dar o exemplo, de boas práticas na área da segurança e saúde no trabalho”, disse Manuel Cabo, presidente dos empresários de Sintra, no seminário “Liderança e Participação dos Trabalhadores”, iniciativa promovida pela Autoridade para as Condições de Trabalho e a autarquia sintrense.

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“A AESintra procura dar o exemplo, de boas práticas na área da segurança e saúde no trabalho”, disse Manuel Cabo, presidente dos empresários de Sintra Junta de Agualva

No trilho da inovação e desenvolvimento

Rui Castelhano (à direita) na cerimónia de certificação pelo serviço prestado pela Junta de Freguesia de Agualva (foto: OCIDENTE, rádio/jornal)

A Junta de Freguesia de Agualva, recebeu a certificação do seu Sistema de Gestão Integrado, nas áreas da Qualidade, Ambiente e Higiene e Segurança, apostando numa filosofia de inovação e desenvolvimento, certificada e reconhecida. Cumpre os requisitos das normas internacionais NP EN ISO 9001:2008; NP EN ISSO 14001:2004 e OHSAS 18001:2007, tornando-se desta forma, na primeira Junta de Freguesia certificada nos três referenciais. A cerimónia de entrega oficial decorre Sala Multiusos da Junta de Freguesia, e contou com a presença de Fernando Seara, presidente da Câmara de Sintra, d presidente da Junta de Agualva, Rui Castelhano e do representante da TUV Rheinland Portugal. A crescente exigência dos públicos obriga as entidades, quer sejam públicas ou privadas a reinventarem os seus procedimentos, repensando uma nova forma de organização, no sentido de melhorar a qualidade dos seus produ-

tos e/ou serviços. “É o início de um processo rumo à mudança de mentalidade”, disse na ocasião Rui Castelhano, sublinhando a importância da “crescente exigência dos públicos que obriga as entidades, quer sejam públicas ou privadas a reinventarem os seus procedimentos, repensando uma nova forma de organização, no sentido de melhorar a qualidade dos seus produtos e serviços”. Neste sentido, a Junta de Freguesia de Agualva pretende corresponder, e sempre que possível superar, as expectativas dos cidadãos no âmbito dos serviços de Atendimento ao Público, Observatório do Espaço Público, Serviços Administrativos Gerais e nas Atividades de valorização Pessoal.

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saúde e a segurança no local de trabalho representam hoje uma das vertentes mais importantes da política social da União e, neste domínio, a ação comunitária não se limita à legislação. Se a União Europeia, através da Estratégia de Lisboa para o crescimento e o emprego, tem por objetivo criar mais empregos, também procura que estes sejam de melhor qualidade. “O que pretendemos é procurar que haja um compromisso de todos no desenvolvimento de um esforço colectivo para a prevenção dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais, contribuindo para a criação de uma verdadeira cultura de prevenção”, sublinhou Manuel Cabo, presidente da AESintra, tendo em conta que “o tecido económico é caracterizado por 98% de micro, pequenas e médias empresas, que empregam 75% dos trabalhadores”. Nesta perspectiva” e segundo o responsável, “as questões da segurança no trabalho ainda estão longe de ser apreendidas pelos empresários, pelo que é imprescindível o apoio dos técnicos de segurança nas empresas, as acções de sensibilização, o apoio das entidades inspectivas, a formação nas escolas, sendo que a área da Segurança no Trabalho é uma responsabilidade

de todos”, disse. A área da Segurança e Saúde no Trabalho “é uma das prioridades da AESintra”, até pelo “exemplo de boas práticas”, referiu Manuel Cabo, destacando, a importância dos serviços certificados pelas entidades competentes e pela certificação de qualidade – ISO 9001. “Acreditamos e apostamos na área da Segurança e Saúde no Trabalho, onde a AESintra assume o seu papel de dinamizador de uma política de prevenção dos riscos profissionais e da promoção do bem-estar no trabalho, junto das empresas do concelho de Sintra”, chamou a atenção o presidente da AESintra, considerando que este é um “factor fundamental para se obter uma melhoria da segurança e saúde no trabalho, proporcionando oportunidades para aumentar a eficácia das empresas, ao mesmo tempo que protege os trabalhadores”. De referir que em cada três minutos e meio, morre uma pessoa na UE, na sequência de acidente de trabalho ou de doença profissional, factor que determina, “privilegiar uma cultura de prevenção”, que passa também por iniciativas de formação, orientação e promoção para um “bom ambiente de trabalho, seguro e saudável”.


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Local EB 2,3 Visconde de Juromenha

Património

Palácio da Pena nas latas de Coca-Cola

Primeiro dia do resto da vida da Jorumenha

aniversário que coincidiu com o arranque das obras de requalificação para a construção de uma nova escola, “um momento esperado há muitos anos”.

Esta é a lata de CocaCola que representa o Palácio da Pena, em Sintra A Coca-Cola promove o património cultural português com o lançamento da coleção de latas “ Pa t r i m ó nio Revisitado”, uma homenagem da marca mais conhecida do mundo que pretende elogiar e o que há de mais belo em Portugal. Trata-se da interpretação de três monumentos portugueses classificados pela UNESCO como Património da Humanidade: o Palácio da Pena, em Sintra, o Convento de Cristo, em Tomar e as Gravuras Rupestres em Foz Côa. Com uma nova lata, mais estreita e elegante, exclusiva para cafés, bares, restaurantes e hotéis de Portugal, a Coca-Cola apostou na promoção de monumentos português, classificados pela UNESCO como património da humanidade, retratando nas latas estes ícones da cultura portuguesa.

Sonho antigo

Este foi o último ano em que o actual edifício estará em funcionamento, com as obras de requalificação já a decorrer (foto: OCIDENTE, rádio/jornal)

Pela última vez a EB 2,3 Visconde de Juromenha comemorou o 37º. Aniversário, nas velhinhas instalações da carismática escola. Este foi o último ano em que o actual edifício estará em funcionamento, com as obras de requalificação já a decorrer.

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o passado dia 17 de Novembro, a escola Visconde de Juromenha celebrou mais um aniversário, numa cerimónia que juntou a autarquia responsável pela obra de requalificação, pessoal docente e não docente, os pais e encarregados de educação e alunos de todas as gerações. Apesar dos constrangimentos das instalações, existe também aqui, uma preocupa-

ção ecológica, que levou a Visconde de Jorumenha, fosse premiada pela ABAE, com a atribuição da Bandeira do Eco Escolas, aproveitou-se a data de aniversário, para o hastear da respetiva bandeira. “Hoje é um dia muito importante para a escola”, notou a professora Teresa Andrade, directora do Agrupamento de Escola Visconde de Jorumenha, referindo-se ao 37.º

“Creio que somos os herdeiros dignos dessa luta que se desenvolveu ao longo de 37 anos”, disse por seu turno a professora Ana Alves, presidente do Concelho Geral da escola, recordando “momentos difíceis” e de descrédito. “Esse momento chegou”, disse emocionada a professora, acreditando que a nova escola Visconde de Jorumenha “não perderá o seu espírito, a sua tradição, o carisma e até a alma”, afinal “aquele objectivo que tanto sonhamos, foi conseguido”. Na ocasião foi descerrado um monumento que retrata um pouco do passado e da história desta escola, mas também destaca o seu presente e futuro. Não faltou o bolo de aniversário e como manda a tradição, foram homenageados os alunos que no último ano lectivo, obtiveram bom desempenho, com a entrega de diplomas, aos 2º ciclo e do 3º ciclo. Marco Almeida, vice-presidente da Câmara de Sintra, Paula Simões, ex-professora daquela escola e actual vereadora na autarquia, bem como Douglas Lima, em representação do presidente da Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins, estiveram presentes na cerimónia de arranque da obra, e foram testemunhas naquele que foi “o primeiro dia do resto da vida” da Visconde de Jorumenha, na Tapada das Mercês.

Odrinhas

Caminhada São Marcos com Coração

A caminhada juntou 50 caminheiros promovendo hábitos de vida saudáveis A Junta de Freguesia de São Marcos promoveu mais uma caminhada, iniciativa no âmbito do projeto “ São Marcos com Coração 2012”, inserida no Centro Municipal de Marcha e Corrida de São Marcos. Desta vez o palco escolhido para esta digressão, que juntou 50 caminheiros, foi a localidade de Odrinhas no concelho de Sintra. O percurso desenrolando-se ao longo da zona saloia entre montes e vales, onde surgiram algumas dificuldades, muita

água, lama e algumas subidas que foram facilmente superadas pelos caminhantes, que sem nunca desanimar realizaram um itinerário de 8 quilómetros de dificuldade média. No caminho, paragem para visitar a mítica aldeia abandonada de Broas situada no limite do concelho de Sintra e Mafra. Na caminhada, foi constante o ambiente de convívio e boa disposição, promovendo na população hábitos de vida saudável procurando o seu bem-estar físico e psicológico.


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Local

Quinta Nova de Queluz

Queluz contra venda da Quinta Nova

que não admite a “possibilidade de Queluz perder este equipamento ”, desabafa Barbosa de Oliveira. “Era muito mau”.

Unanimidade

Por unanimidade a Assembleia de Freguesia de Queluz aprovou uma moção, contra a venda da Quinta Nova em Queluz, equipamento que o Ministério da Defesa pretende alienar, para gerar receitas que permitam alimentar o Fundo de Pensões dos Militares.

o

s eleitos locais, reunidos em sessão extraordinária da Assembleia de Freguesia de Queluz, pedem à Câmara de Sintra que exerça o “direito de preferência”

daquele equipamento e sua passagem para uso da população. “Já solicitei ao presidente da Câmara de Sintra, para a necessidade de se tomar uma posição sobre o assunto, e até saber se a Câmara pode exercer o seu direito de preferência, nesta questão”, no sentido de “não permitir a passagem da quinta para a mão de privados”, disse à OCIDENTE, rádio/jornal, Barbosa de Oliveira, presidente da Junta de Queluz. Por outro lado, o autarca “gostava de ser esclarecido, se vão apenas vender a parte edificada ou a quinta [na sua totalidade]. Não me parece que seja possível vender a quinta e a sua mata, que é pública, para um privado”, desabafou, “indignado” o autarca. “Há muito tempo que defendo a instalação naquele local de uma escola profissional e a requalificação de toda aquela zona, que se encontra abandonada e degradada”, sublinha Barbosa de Oliveira,

“Repudiamos a decisão do Ministério da Defesa que por razões economicistas entendeu vender ao desbarato um equipamento que faz falta à população, e pedimos à Câmara que exerça o direito de preferência previsto na lei”, justificou a líder da bancada socialista, em declarações ao jornalista, Luís Galrão do site, “Tudo Sobre Sintra”. Do lado do Bloco de Esquerda, Rosinda Beltrão disse temer que a moção não tenha reflexos práticos, à semelhança de outras aprovadas nos últimos anos, e sugeriu “uma atitude mais directa junto da Câmara de Sintra.” Ainda ao “Tudo Sobre Sintra”, a bancada da Coligação Mais Sintra (PSD/CDS-PP) também manifestou concordância com a moção, tendo sugerido várias alterações para aumentar a sua eficácia. “Sempre defendemos a tomada de posse do edifício por parte da autarquia, pelo que sugerimos que a Câmara interceda junto do Ministério da Defesa para apurar qual o valor de venda. Todos sabemos das dificuldades, mas se calhar vem na melhor altura, porque o orçamento de 2013 terá que se aprovado brevemente e poderá

Os SMAS-SINTRA desejam-lhe um Feliz Natal e ...

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Ambiente

Contrato entre Tratolixo e Valorsul pode ter nova duração A Tratolixo, a Valorsul e a Associação de Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra para o Tratamento de Resíduos Sólidos (AMTRES) assinaram um aditamento ao Contrato válido até 2028. O documento, que regula a entrega de resíduos urbanos, para tratamento, pela Tratolixo à Valorsul, pode vir a ser válido até ao final de 2028. A cláusula relativa ao prazo de validade do Contrato refere, agora, que este durará “até à data em que se encontrem concluídas as futuras instalações de tratamento de resíduos sólidos urbanos, a construir pela Tratolixo e AMTRES”

ou “até ao termo do Contrato de Concessão da Tratolixo”, caso isso seja considerado de interesse público por Despacho do Governo. A nova redação foi viabilizada também pelo facto de ter sido já celebrado um acordo para a regularização da dívida da Tratolixo/ AMTRES à Valorsul. Recorde-se que a Concessão da Tratolixo termina em 31 de Dezembro de 2028 e que o contrato com a Valorsul prevê a recepção e tratamento, por esta empresa, de 125 a 150 mil toneladas/ano de resíduos urbanos produzidos nos concelhos abrangidos pela AMTRES.

ser cabimentada uma verba para aquisição desta propriedade”, disse Silvino Rodrigues, do CDS-PP.

cluiu cinco quartéis da GNR ainda em uso. A venda dos imóveis visa gerar receitas para atender às necessidades de “curto prazo que a descapitalização do Fundo de Pensões dos Militares das Forças Armadas tem vindo a evidenciar”, indica a resolução. “O importante é que as vendas sejam feitas com urgência, para responder às necessidades de curto prazo do fundo, que tem sofrido uma descapitalização” sinaliza a resolução publicada o mês passado, em Diário da República.

Ponto de situação O Ministério da Defesa, tutelado por José Pedro Aguiar-Branco, colocou à venda um conjunto de 25 imóveis das Forças Armadas, entre eles, a Quinta Nova de Queluz. Venda em hasta pública, por negociação ou ajuste direto, segundo uma resolução publicada em Diário da República, que ex-


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Viagens na minha terra...

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Cultura

São Saturnino e Nossa Senhora da Peninha

Peninha um lugar com espírito

A paisagem é magnífica, intimidadora até! Esta é a primeira razão, esclarecedora, parao local ter sido sacralizado desde tempos imemoriais. Para o Homem primitivo, rude e completamente embrenhado no seu meio natural, a paisagem magnificente foi sempre espaço destinado e habitado por deuses. A Peninha, não foge há regra.

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ocalizada numa zona central do maciço subvulcânico da poderosa Serra de Sintra, a Peninha reveste-se de um simbolismo religioso muito antigo. Desde logo São Saturnino, provável cristianização de Saturno, a divindade do panteão Clássico, zelador e senhor do Hades, a morada dos mortos, que no Ocidente é materializado pelo poderoso Oceano Atlântico. Nos tempos genesíacos da Civilização Ocidental Europeia, o grande Atlântico, foi o alfobre de inúmeros mitos, entre os quais o do Sol mergulhar quotidianamente apagando o seu fulgor nas ondas frias e alterosas, razão pela qual as neblinas atlânticas possuírem algo de sagrado e tenebroso. Vestígios

e era tutelado por uma poderosa instituição canónica, os Cónegos Regrante de São Vicente de Fora, aquém competia alimentar e educar a fé dos povos que rumavam ao santuário. Depois, muito mais tarde, em tempos de mudanças profundas, contidas na Reforma e ContraReforma, o Milagre da Senhora da Peninha! Aparecida a uma simples pastorinha pobre e muda, moradora nas Almuinhas Velhas, renova a fé e a sacralidade do lugar. O Povo, o elo mais forte de todas sociedades, edifica novo templo ao “agrado” da Senhora e das autoridades; mantém um ermitão, o irmão Pedro, afirmando a espiritualidade popular, tão chegada aos Franciscanos e aos Sufistas. Apesar do peso dos séculos, das inúmeras cicatrizes decorrentes das várias funcionalidades e ritos do culto ocorrido naqueles edifícios, estes continuam a proporcionar viagens repletas de sedução. A paisagem, essa, é simplesmente uma afirmação do belo, a sua contemplação, um acto de Cultura. *Rui Oliveira Arqueólogo/Historiador Local

do pensamento antigo do Homem, alicerçados pela Geografia e Geomorfologia de Finisterra, que sacraliza tanto a Terra,como o Mar.

Porque a fé também se testemunha construindo nesse mesmo espaço podemos ver, através da arqueologia, que já no século XII, o culto tinha espaço edificado

Revista “Tritão” está online A Câmara de Sintra lançou online, no dia 8 de Dezembro, a “Tritão”, uma Revista de História, Arte e Património de Sintra, com periodicidade semestral. O projecto nasceu há vários anos, “mas dificilmente encontrou água para navegar” recordou a investigadora Teresa Caetano, satisfeita com o lançamento online da “Tritão” que permite aos internautas consultar um conjunto vasto de documentos científicos e técnicos. A publicação é dirigida pelo presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara e pela vereadora Paula Simões, responsável pelo Pelouro da Cultura, e conta com um conselho redactorial composto por Teresa Caetano, Jorge de Matos e Jorge Pinto e Web Design e Programação de Luís Cardoso. “É um projecto, de muita qualidade que permite que se criem novos instrumentos, disponíveis online, com todas as vantagens, desde logo o acesso direto à cultura como se pretende”, sublinhou Paula Simões, destacando que “o importante é promover e divulgar o património histórico de Sintra”. Na ocasião, foram ainda lançadas duas coleções de “e-books”, dedicados a estudos sobre a história, a arte e o património de Sintra. Também a “e-sintra” que surge na sequência um protocolo com o Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e a “e-merito”, que pretende disponibilizar obras publicadas pela autarquia que se encontrem esgotadas. “É também uma forma de todos poderem aceder a documentos”, notou a Vereadora Paula Simões, confidenciando que “nesta época de crise, a Câmara de Sintra não pode assumir custos com publicações”. “Breve sinopse da Colecção Municipal de Arte de Sintra e de uma das suas obras mais simbólicas”, “Um olhar sobre quinhentos anos de arquitectura concelhia em Sintra” e um trabalho sobre “Os mensageiros do Céu: imagem e texto no tecto da capela do Palácio de Queluz”; “Cena Mitológica do Julgamento do Rei Midas: História e origem do painel brutesco em baixo relevo do Paço senhorial de Belas”, são alguns dos artigos que podem ser consultados na edição nº1 da revista “Tritão”, em www.revistatristao.cm-sintra.pt


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Cultura

CECD Mira-Sintra

Teatro Solidário equipa sala multisensorial

A sala de espetáculos da Academia de Santo Amaro, em Lisboa, encheu para apoiar uma causa solidária. Equipar a sala multisensorial do Centro de Educação para o Cidadão Deficiente, CECD Mira Sintra, nas instalações do Centro de Atividades Ocupacionais do Pólo Pendão (CAO PP). Com a Peça de Teatro “O Fantasma da Revista”, a Academia de Santo Amaro proporcionou, uma noite solidária e feliz, repleta de momentos de alegria, magia e sonho. O seu gesto, para com o CECD Mira Sintra, na oferta da bilheteira do espetáculo, numa clara demonstração da sua responsabilidade social, ativa e generosa, que importa destacar, nos dias que correm. Feitas as contas, os 750 euros resultantes de bilheteira foram superados com donativos adicionais, tendo sido alcançada a

quantia total de 1100 euros o que significa que a sala multissensorial a equipar será uma das mais importantes, no âmbito do trabalho terapêutico desta unidade. Diana Carmona, Coordenadora Executiva do Centro de Atividades Ocupacionais do Pólo Pendão, explica que este espaço permitirá “desenvolver um trabalho de estimulação sensorial e de relaxamento com os clientes, principalmente aqueles que apresentam um quadro de deficiência intelectual moderada e grave”.

A sala esgotou e aplaudiu de pé, a estreia no Progresso Clube no Algueirão, o musical, Cabaré Maxamo, peça escrita por Paulo Borges Nunes, produzido pela Academia Design’Art e pela Companhia de Dança BCM. Além de divertido, mostrou o espírito de entrega e dedicação de cerca de 40 jovens, que surpreendeu pela positiva e que importar destacar. Segundo Paulo Nunes, “o objetivo principal foi também mostrar o empreendedorismo dos jovens que compõem os dois grupos. O Cabaré Maxamo mostra ainda a entrega, dedicação, criatividade e talento dos jovens”, disse este responsável satisfeito com a prestação de todos os elementos na estreia do musical, que estreou com sala cheia, no dia 8 de Dezembro, no Progresso Clube no Algueirão. Cabaré Maxamo, é um original, passado num cabaré adquirido por um Russo, Pavel Fiodor Max, antigo militar e um dos novos-ricos que emergiram com a queda da União Soviética (URSS) e que enriqueceu misteriosamente, à conta da situação. Instalou-se em Portugal com o seu grupo empresarial (MAX) em várias áreas de negócio, aproveitando a onda de privatizações. Tem como opositora Amália Champali-

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Teatro

Musical Cabaré Maxamo esgotou na estreia

mond, relações Públicas do Cabaré. A peça envolve cerca de 40 elementos, com idades compreendidas entre os 11 e os 22 anos, entre músicos, bailarinos, atores e respetivo “staff ”, grupo muito bem articulado e que resulta num musical divertido, que não pode nem deve perder.

Trabalho em parceria A Companhia de Dança BCM foi fundada em 1997. A sua base é o Hip-Hop, mas o trabalho dos bailarinos abarca diversos estilos, desde as Danças Urbanas à Dança Contemporânea. Fundado por Susana Mil Homens e coordenado por Meggy Zumzum, os BCM têm nos últimos anos deliciado o publico com espetáculos de dança. “Lives”, “Dance Nature”, e “Corpus” são o exemplo de trabalhos que encantaram as plateias

por onde passaram. A Academia Design’Art nasce da vivência, troca de experiências, empreendedorismo, amor às artes, intervenção cívica de um grupo de pessoas que ao longo do ano de 2011, deu corpo e vida ao Núcleo de Teatro da Escola Secundária Ferreira Dias. A comemorar o seu primeiro aniversário, o Musical Cabaré Maxamo representa para os Design’Art, a prova da sua capacidade de produção de espetáculos com qualidade. Aliás, refira-se a propósito, que os Design’Art, entre outras iniciativas, estiveram presentes em 23 eventos este ano, salientando-se a produção do I Encontro de Expressões Artísticas para a Sustentabilidade, realizado para a Junta de Freguesia de Agualva, no âmbito da agenda 21 local, a realização do Dia Mundial da Criança na cidade da Agualva-Cacém.


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Jornal OCIDENTE Dezembro 2012

Colectividade

Estágio

Muay Thai com os melhores no Progresso Clube

Estágio de Muay Thai no Progresso Clube, com a presença de Jakkapech Dgym (direita) o técnico João Cardoso (centro) e Suchat Ruengsak (esquerda)

promovido pelo Progresso Clube, “são boas referências, ainda que no seu país sejam apenas atletas iguais a tantos outros, apesar da muita experiência de combate”, o que demonstra o nível, qualidade e exigência do Muay Thai, praticado. “No nosso país a modalidade não está profissionalizada, mas está em grande desenvolvimento”, sublinha João Cardoso, destacando “o nível e qualidade de combate de muitos atletas portugueses”, na modalidade, que “é muito exigente”, e que ao mais alto nível, obriga a treinos diários. “Para se obter bons resultados, os tailandeses treinam pelo menos 6 horas diárias. Eles vivem apenas para o Muay Thai. Nós em Portugal não somos profissionais, mas combatemos com profissionais”, esclarece o técnico. Ainda assim,

“há em Portugal cada vez mais interesse por esta modalidade, mesmo por parte do público”, refere João Cardoso, dando conta de “alguns bons atletas”, praticantes do Muay Thai. Uma vez mais o salão principal do Progresso Clube, encheu de atletas, mas também de técnicos e adeptos da modalidade, que quiseram desta forma participar no estágio, dificultado apenas pela barreira linguística, por parte dos tailandeses. Fernando Alves, vice-presidente do Progresso Clube, não escondeu a sua satisfação, pela realização do evento de “sucesso”, não só pela presença dos atletas do clube, mas sobretudo pelo número elevado de atletas de outras escolas e clubes do país, que não desperdiçaram a oportunidade para partilhar experiências e apurar a sua técnica.

O Progresso Clube promoveu um estágio de Muay Thai iniciativa que contou com a presença de dois atletas tailandeses, Jakkapech Dgym e Suchat Ruengsak e a participação elevada de atletas portugueses.

E

ste momento de encontro e partilha de experiências, permitiu confirmar um elevado nível dos atletas de Muay Thai, no Progresso clube considerado Clube de referência neste tipo de modalidade desportiva, no nosso

país. Uma boa participação de atletas de outras escolas e clubes, que não quiseram perder a oportunidade para aperfeiçoar a sua técnica, método de treino e de combate, com atletas do país de origem do Muay Thai.

“Em Portugal a modalidade está bem, mas ainda longe do nível que se pratica na Tailândia, que inicia por volta dos 5 anos de idade”, esclareceu o técnico, João Cardoso, acrescentando que os dois atletas presentes no estágio,

A atleta do Progresso clube, Ana Roxo, vice Campeã do Mundo de KickBoxing, esteve presente no estágio


Jornal OCIDENTE Dezembro 2012

Cultura

Medalha de Mérito

Sintra atribui “Grau Ouro” a João de Mello Alvim

Natal

Concurso

“A minha Sintra, o Meu Concelho” entregou prémios

Momento em que Fernando Seara atribui a medalha de Mérito Municipal “Grau Ouro” a João de Mello Alvim (foto: Pedro Tomé/CMS)

No dia em que se cumpriram 25 anos da Fundação do Grupo de Teatro Chão de Oliva, a Câmara de Sintra atribuiu a medalha de Mérito Municipal, Grau Ouro, ao seu fundador, João de Mello Alvim, figura incontornável da Cultura de Sintra.

A

cerimónia teve lugar no dia 15 de Novembro, na Casa do Teatro - Chão de Oliva que encheu de público e amigos e para prestar uma sentida e justa homenagem a João de Mello Alvim, com testemunhos de Carla Dias, Assistente Geral do Chão de Oliva, da jornalista e escritora, Maria Almira Medida, do presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara. A Câmara de Sintra deliberou atribuir por unanimidade a João de Mello Alvim a medalha de Mérito Municipal de Grau Ouro na classe de cultura, “em justo reconhecimento pela distinta carreira que vem desenvolvendo ao longo dos anos, no âmbito das artes cénicas, especialmente no município de Sintra”. Efectivamente, João de Mello Alvim tem dedicado parte importante da sua vida, às artes, com especial enfoque nas artes cénicas. Fundou em 1987 o Chão de Oliva – Centro de Difusão Cultural, associação que, tendo o teatro como atividade âncora, desenvolve outras ações no âmbito da criação, programação, acolhimentos e formação. Em 1990 é fundada, como estrutura de teatro profissional, o Chão de Oliva – Centro de Difusão Cultural em Sintra, a Compa-

nhia de Teatro de Sintra. Com formação estrutural na área de Artes-Plásticas, João de Mello Alvim considera “acidental” a sua entrada no mundo das artes do espectáculo. Como encenador, escritor, jornalista, docente, o seu curriculum é vasto e rico pela sua valia e dedicação constante à dinamização do teatro em particular e no panorama cultural do concelho em geral. Passando pelo teatro CIDRA, nascido na Escola Secundária de Santa Maria, em 1981, com “Amor de Curtição”,pela direcção da Sociedade União Sintrense, onde igualmente apresentou espectáculos com “Um pedido de casamento”, de Tchekov, ou “O Último Acto” de Camilo Castelo Branco, em 1985, até à criação do Chão de Oliva em 1987, que incluiu o Teatro da Meia Lua, João de Mello Alvim é indiscutivelmente uma figura incontornável na vida e da cultura de Sintra. Das suas inúmeras actividades e envolvimento, João de Mello Alvim colaborou ao lado de Maria Almira Medida, no Jornal de Sintra, mas também em outros órgãos de comunicação social no concelho, como o Repórter em Linhas, o Jornal “A Pena” e Rádio OCIDENTE.

Foram entregues os prémios do concurso de desenho, pintura e escrita, iniciativa da Câmara de Sintra, no âmbito do projecto “A minha Sintra, o Meu Concelho”, dirigido às crianças do concelho de Sintra. Este concurso teve como objectivo a comemoração do 1º. aniversário do sítio municipal, “A minha Sintra, o meu Concelho”. Existiu uma grande diversidade na forma, conteúdo e técnica dos concorrentes, em quase duas centenas

de trabalhos concorrentes, que correspondem a um número ainda maior de autores, uma vez que muitos são de grupo. Os trabalhos premiados estão publicados num novo projeto do sítio, o “Museu das Cores”www. aminhasintra.net/museudascores e até ao fim do ano estão em exposição no Museu de História Natural de Sintra, local onde decorreu a cerimónia de entrega dos prémios.

Escalão até aos 5 anos Menção honrosa “Criatividade”: Camila Conceição | Menção honrosa “Criatividade”: Grupo do Jardim de Infância APEE EB Dr. António Torrado | Livro “Palácio da Pena”: crianças do Colégio de S. João de Deus, Bibe Azul | Livro “Casino da Rinchoa”: Crianças do Colégio dos Plátanos, Rinchoa | 3.º lugar: Lara – 5 anos | 2.º lugar ex aequo: Nicole, Fábio e Margarida | 2.º lugar ex aequo: crianças do JI Nº 2 Cacém 1.º lugar: Ricardo Martins Manhita – 5 anos.

Escalão 6-9 anos Menção honrosa “Criatividade”: Carolina Godinho Conceição - 9 anos, JI/EB 1 Portela de Sintra | Menção honrosa “Criatividade”: Alunos do 1.º ano – manhã da EB Dr. António Torrado | Prémio especial “Monumentos de Sintra” - ex-aequo: Filipa Domingos | Prémio especial “Monumentos de Sintra” - ex-aequo: Alunos do 2.º ano da EB Dr. António Torrado | Prémio especial “Museus de Sintra” ex-aequo: Alunos da EB de Faião | Prémio especial “Museus de Sintra” - ex-aequo: Alunos da EB Eduardo Luna de Carvalho | Cartazes “Países”: alunos do 5º AC da EB1 Eduardo Luna de Carvalho | 3.º lugar ex aequo: Margarida Jesus Ramos, Colégio S. José Ramalhão 3.º lugar ex aequo: Alunos do 1.º ano da EB Dr. António Torrado | 2.º lugar: Alunos do ATL da EB Agualva 3 | 1.º lugar ex-aequo: João Carlos Silvério | 1.º lugar ex-aequo: Miriam Moniz da Conceição | Menção honrosa “Investigação”: Inês Correia | 3.º lugar: Grupo do 3.º ano – tarde EB Dr. António Torrado | 2.º lugar: João Figueiredo | 1.º lugar: Sara Roque.

Escalão 10-13 anos 3.º lugar: Cláudia Pinhão – 13 anos, EB D. Domingos Jardo | 2.º lugar: Mafalda Melancia – 13 anos, Joana Risso – 13 anos, Colégio Plátanos | 1.º lugar: Alunos da Escola Básica Escultor Francisco dos Santos | Menção Honrosa: Raquel Pinheiro, Escola EB1 Alberta Menéres | 3.º lugar: Melissa Farmhouse – 13 anos | 2.º lugar: Catarina Fórneas – 13 anos | 1.º lugar: Ana Brigído – 12 anos.

“Pensão Ideal” – novo livro de José Nascimento

José Nascimento (à direita) apresentou na SUS, o seu segundo romance, “Pensão Ideal” (foto: Ventura Saraiva)

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José Nascimento apresentou na Sociedade União Sintrense (SUS), em Sintra, o seu novo livro, intitulado, “Pensão Ideal”. Com oito livros já editados, este é o seu segundo romance. Inspirado na Praia das Maçãs, “Pensão Ideal” é uma história de amor agitada por uma sucessão de crimes, entre Sintra e Madrid. Durante a sessão de lançamento do livro, que encheu o salão de festas de amigos e curiosos, José Nascimento aproveitou a ocasião para, num breve apontamento, comemorar os 40 anos do grupo de teatro que em 1972 nasceu na Sociedade União Sintrense e de que fazia parte.

Natal com muitos sentidos, com muitas interpretações, com muitas tradições, mas na sua maioria, absorvidas e transformadas pelo Deus Economia. Este é o maior momento do consumo em massa, fundamental para grande parte do comércio aumentar as vendas ou recuperar um pouco da quebra de vendas que a crise ditou. Afinam-se estratégias de marketing, para crianças e adultos, preparam-se as montras e a comunicação bombardeia: “É Natal, é Natal, paz amor, caridade e muito gasto em compras”. Porém é um ano particularmente difícil, de crise, de desemprego, de cortes nos subsídios, e de muitas famílias a passarem fome! Apesar das dificuldades, toda a máquina da comunicação está preparada para nos tentar fazer sentir culpados se não podemos dar. Para nos fazer sentir desenraizados e banidos, quando decidimos não dar ou porque não podemos dar. As crianças são doutrinadas na tradição do Pai Natal, cada vez mais no consumo, na matéria e na recompensa, e cada vez menos no significado da nossa existência e na possibilidade de dar e amar sem envolver um objecto material. Neste Natal vamos libertar-nos do consumo, do Pai Natal, das luzes e do folclore, porque neste Natal temos que nos preocupar com o que é importante… E o que é importante é sermos bons, decentes e solidários, porque a vida é uma constante impermanência. Só a nossa essência permanece. Teresa Henriques Jurista do Serviço Municipal de Informação ao Consumidor de Sintra

smic@cm-sintra.pt Tel. 219 236 863 Fax 219 236 868



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