Jornal ESHOJE_633 by Jornal ESHOJE

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Vitória, 24 de fevereiro de 2017 J Ano XVI J Nº 633J Edição Gratuita Semanal

COLUNA

Infectados sem devido cuidadoj5

ESHOJE2

Novidades, voz, violão e amigosj2

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Um carnaval animado com drinksjESHOJE2

DAYANA SOUZA

SABOR ES

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Fundado em 19 de julho de 2000 por Carlos Roberto Coutinho

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Ano começa com quase 500 empresas fechadas no Espírito Santo

Meia Maratona das Praias acontecerá dia 5 de março com atletas de sete estadosj7

CONHEÇA A HISTÓRIA DO SINDICATO DO CRIME

Relato mostra surgimento de um racha na Polícia Militar do Espírito Santo, ainda na década de 60 j6

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Maratona em Guarapari

ESPORTES VIX

As baixas no mês de janeiro de 2017 bateram todos os recordes do período, desde o ano 2000; previsão de melhora foi adiada com a crise da segurança no Espírito Santo

Opinião

SEXTA-FEirA, 24 dE FEvErEiro dE 2017 j www.EShojE.com.br

fOTO DA SEmAnA

ESPAÇO DO LEITOR credito

Greve

o comandante da Pm, obedecendo ordens tiranas, como forma de vingança resolveu acabar com a roTAm que é uma Unidade especializada da Pm. Entretanto, se eles acham que estão punindo a PmES, em suas arrogâncias estão punindo a população, porque essa Unidade é bastante operacional, eficiente e eficaz, ou seja, menos segurança nas ruas para a população. A tirania para “matar o carrapato teve que matar o boi”. Não se pode comandar com ódio no coração. Novamente o povo está saindo prejudicado. A polícia militar é o próprio Estado. Aldomário Falcão

Salário da PM

Espetáculo carnavalesco da escola Independentes de Boa Vista foi reconhecido com o quarto título

EDITORIAL

Mais do mesmo Se há duas constatações que temos neste caos da segurança pública do Espírito Santo, é que o Governo Paulo Hartung não sabe dialogar com quaisquer categorias e que existe banda podre nas polícias. E, nos dois casos, o fator negativo vem acompanhado de uma sensação de que vibram enquanto a população sofre. O fato de o mês de fevereiro estar chegando ao fim e o Poder Executivo estadual não ter o controle da situação assusta os capixabas. Sobretudo, porque é característico do chefe desta poder, ter tudo em sua mão. Não é à toa que muitos taxam Paulo Cesar Hartung Gomes de imperador. Porém, como há muito não se via, ele não tem conseguido impor sua autoridade como e costume. As mulheres que coordenam um movimento (aparentemente) sem um “cabeça” e que tem impedido a situação ser normalizada e a Polícia Militar voltar às ruas do estado, seguem com o controle da situação. O que não se compreende é que, mesmo recuando das reivindicações, o denominador comum entre familiares de PMES e Governo Estadual não tenha sido alcançado. Sabe-se que, embora elas garantam que não há ninguém por trás do ato predominantemente feminino, há na alta patente da PM quem esteja se beneficiando e inflando essas mulheres. Senão, tudo já teria sido resolvido. Afinal, elas já não pedem reajuste, bem como o Estado bateu o pé que não poderia dar. E, exigiram “anistia”, que o governo se mostrou possível aceitar. A causa é maior, vide o que ESHOJE tem noticiado quanto a todo serviço público capixaba – onde a Saúde pede socorro com profissionais adoecendo diante da desvalorização

A opinião dos colunistas não reflete o posicionamento do veículo

dos salários e ausência de ações que melhorem as condições de trabalho e garantam segurança – está insatisfeita. Entretanto, os objetivos de quem protesta estão palpáveis. O que falta é o governador sentar à mesa. A população tem sua segurança na dependência de o chefe do Executivo sentar para conversar. Parece simples... Além de PMs interessados na “greve”, desvios – de conduta e caráter – são identificados na atuação das forças federais. Militares do Exército cometendo faltas já vistas nos homens da segurança capixaba: cobrança de propina, carteirada, desrespeito à farda - ou o que seria um militar fardado e armado, bebendo enquanto deveriam estar garantido a segurança dos capixabas, senão uma falta de respeito? O governo garante que a segurança está sendo restabelecida e que policiais militares do ES estão atendendo o chamado dos comandantes. Mas basta ligar para registrar ocorrência ou ir até um posto policial para ver que todos estão apenas “batendo o ponto” e não trabalhando. E se a onda de crimes continuam acontecendo é porque, também, as forças nacionais estão na rua para ser presença, ter presença, como uma espécie de encenação. Nada voltou ao normal, o que está acontecendo é que a sociedade precisa seguir.

tiragem: 5.000 exemplares circulação: Grande vitória e digital periodicidade: Semanal

diretor geral carlos roberto coutinho carlos@eshoje.com.br

rua Paschoal delmaestro, 260 Ed. vila da Praia, Sl. 5 e 6 - jardim camburi - vitória - Espírito Santo cep. 29.090-460 Tel. 27 3395-1800/Fax. 3395-1801 www.eshoje.jor.br redacao@eshoje.com.br

diretora administrativa bianca coutinho bianca@eshoje.com.br

Em entrevista a jornalista miriam Leitão, que parecia algo combinado tipo “levanta que eu chuto”, o governador Ph mentiu ao dizer que o salário dos Soldados da PmES é o décimo do brasil. Que me perdoem os compatriotas dos Estados do mA, rr, ro, SE, rN, Pb, Pi, Ac, To, dizer que o Espírito Santo não pode pagar aos Pms igual a esses Estados é outra grande mentira. Será que somos mais pobres do que eles? isso o povo não acredita e a nossa população se sente envergonhada com essas mentiras veiculadas. João Antonio Barbosa Brandão

Mulheres capixabas fazem história

há alguns anos a categoria militar não tem reajuste correto e há dois faz reuniões frequentes com representantes do governo, que sempre o postergam. Nossas mulheres são corajosas, colocaram-se na vanguarda dessa luta, em defesa dos seus lares. Elas usam o mesmo subterfúgio do governo (manobra ou pretexto para evitar dificuldades): “o governo não reduz salários, o que caiu foi o poder aquisitivo”. os militares afirmam: “não estamos em greve, nossas mulheres não nos deixam sair”. os dois lados arranham a constituição. Neste caso deve haver equidade (disposição para respeitar os direitos de cada um), resolver o problema apoiando-se na convic-

ção íntima da justiça natural, e não na letra da lei. Não cabe prepotência de nenhuma das partes. Antes da greve inconstitucional que acontece, o governo já havia "arranhado" a nossa constituição: Ela proíbe a redução do salário. com cálculo otimista, a categoria, em sete anos, perdeu 45% do poder aquisitivo do salario. Se houvesse competência administrativa, serviço de informação eficiente e menos arrogância (“trumpista”) federal e estadual, esta greve não aconteceria. Kleber Galvêas

Benesses

No brasil ser bandido é um grande negócio, porque parece que as autoridades só criam benesses para eles. É o fim da picada essa indenização de 14 mil reais que vai ser pago a um latrocida porque as condições da prisão não estão boas. Será que quem determinou esse pagamento sabe como estão os parentes de quem ele assassinou para roubar? Nesse país as pessoas de bem e trabalhadoras estão em segundo plano para as autoridades. Tanta gente passando fome, morrendo nos corredores de hospitais, educação ruim, segurança, etc. Carlos Carvalho

Injustiça com o café capixaba

A proposta de importação de café conilon do vietnã, feita pelo ministério da Agricultura, é uma medida absurda, ineficaz, inoportuna e que prejudica, em cheio, o Estado do ES, maior produtor nacional do conilon! A alegação do Governo Federal é que não existe estoque disponível, mas isso é deslavada mentira, baseado na pesquisa fajuta da coNAb, pesquisa essa paga pelo indústria da torrefação, para ver derrubados os preços do mercado de café! É por conta de medidas absurdas como essa que o Governo michel Temer está com 65% de rejeição popular!! E o pior: está estimulando a intenção de votos para ressuscitar um dos maiores farsantes deste país, Lula da Silva. Cleber Guerra

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Economia

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Mais 470 empresas fechadas em janeiro no Espírito Santo

baixas em janeiro de 2017 bateram recorde no mês, desde 2000; serviços e comércio sofreram mais arqivo eshoje

Gustavo Gouvêa gustavo@eshoje.com.br

e muitos falam que o ano de 2016 - para os brasileiros o pior ano da história ainda não acabou, que o diga os empresários capixabas. Além do pior mês de janeiro desde o ano 2000, com o fechamento de 479 empresas, de acordo com dados da Junta Comercial do Espírito Santo (Jucess), a crise na segurança pública - que fechou a grande maioria das lojas por quase duas semanas - jogou um balde de água fria nos que iniciaram 2017 cheio de expectativa de melhoras. O setor de serviços foi o que registrou a maior quantidade de demissões no último mês de 2016, totalizando 13.541 desligamentos, sendo os serviços de alojamento e alimentação os mais afetados (-5.805). De acordo com o Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Espírito Santo (Sindbares), a queda nos movimentos de bares e restaurantes no Estado caiu 30% nos últimos três anos e 27 mil postos de trabalho foram extintos no setor. "Nosso setor foi profundamente afetado pela crise. A alta carga tributária e a legislação trabalhista ultrapassada, aliadas ao aumento do desemprego e a perda do poder de compra dos salários nos últimos anos provocaram uma queda no movimento de bares e restaurantes. Como resultado, diversas empresas fecharam as portas, e 30% dos 90 mil postos de trabalho do setor no Estado foram extintos", explicou Wilson Calil, presidente Sindbares e

Nos últimos anos o setor de bares e restaurantes do Espírito santo teve queda de 30% no movimento e mais de 27 mil empregos fechados da seccional capixaba da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). ComérCio Já no setor do comércio, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho (MTE), foram fechados 7.450 postos de trabalho formais no

mês de dezembro de 2016, sendo o subsetor do comércio varejista responsável por 5.635 dessas demissões. Já o acumulado em todo o ano passado foi uma baixa de 37.966 empregos no setor em todo o Espírito Santo. De acordo com o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José An-

sem segurança e sem turismo na pesquisa Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de janeiro de 2017 com os empresários do comércio de Vitória, 48% dos entrevistados afirmaram que iriam aumentar o quadro de funcionários nos primeiros seis meses de 2017. Mas com a crise na segurança pública capixaba, iniciada em fevereiro, José Antonio Puppin acredita que esse otimismo tenha recuado. "Com essa crise na segurança a coisa ficou ainda mais complicada. Imagine perder 25% numa semana, num mês ruim! A previsão é que vamos demorar 120 dias para recuperar essa semana perdida. Hoje o empresariado já está super cauteloso para se começar a in-

vestir em contratação, que deve acontecer a partir do mês de abril, mesmo sendo um mês fraco de vendas. A perspectiva de melhora existe. Porém o mês de fevereiro foi um balde de água fria". O setor do turismo no Espírito Santo, que costuma ser bastante movimentado e lucrativo no feriado de Carnaval, vai passar por mais uma época de vacas magras. A crise na segurança pública culminou no cancelamento das festividades em mais de 30 cidades capixabas pela falta de policiais. Em Guarapari, onde uma média de 400 mil turistas costumam pular o carnaval, 40% das reservas para o feriado foram canceladas, de acordo com a Associação Bra-

sileira da Indústria de Hotéis, apesar de a cidade manter parte das festividades. Dentre os balneários mais badalados, as prefeituras de Piúma e Anchieta cancelaram a festa e em São Mateus, os tradicionais trio elétrico e os shows de bandas não acontecerão. "O movimento esperado no final de 2016 não aconteceu. E aí, em fevereiro foi uma guerra. Os cancelamentos aconteceram e o setor está numa crise maior. A rede hoteleira está toda vazia. Hoje as ofertas estão muito grandes. Mas, o que há três semanas tinha procura maior do que as ofertas, se inverteu. Ninguém quer vir ao Estado no meio de uma crise de segurança", lamentou Puppin.

tonio Puppin, os empresários capixabas começaram o ano de 2017 mais cautelosos quanto à melhoria da atividade econômica e a recuperação do mercado de trabalho. "O motivo é simples: as vendas não aconteceram. Os números são variáveis, mas tivemos um mês de dezembro 15% inferior a dezembro de 2015. Não tenho

dúvida que foi o pior ano para o comércio capixaba, a própria Junta Comercial indica isso quando informa o número de empresas que fecharam. Fomos muito afetados. Hoje o que mais se vê nas ruas e avenidas é a placa de 'aluga-se', nos pontos comerciais. Isso tudo deixou o lojista muito mais cauteloso", afirmou José Antônio Puppin.

substituição de ingredientes nos bares Em função da redução de movimento na ordem de 30% nos últimos três anos, bares e restaurantes estão trabalhando no limite e adotando estratégias para reduzir custos e repassar, na menor proporção possível, a alta dos preços aos clientes, de acordo com o presidente do Sindbares, wilson calil. "Entre as medidas que as empresas têm adotado destacam-se a substituição de ingredientes fora de temporada por outros da estação; a negociação com fornecedores para garantir melhores condições de pagamento e o remanejamento de funcionários", frisou o presidente.

Ele disse ainda que, para atrair o público, os estabelecimentos também têm intensificado as promoções e investido na contratação de músicos e outras atrações culturais. "outra ação importante são os festivais gastronômicos, que contribuem para aumentar o movimento com inovações culinárias e preços diferenciados", explicou. Para este ano, alguns indicadores econômicos já começam a apresentar resultados positivos de acordo com ele. "isso nos traz uma perspectiva um pouco melhor, mas ainda é cedo para análises mais aprofundadas", concluiu.

Cidades

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aspecto geral hino salvador L hinosal@terra.com.br

Brasil da corrupção

Familiares dos policiais afirmam que não irão sair da frente dos batalhões sem negociar com o Governo

Batalhões fechados há um mês no Estado Familiares dos policiais militares capixabas fizeram barreira humana reivindicando melhores condições para trabalhar

ara muita gente o ano só começa após o carnaval. Para muitos, ainda, com um ano de 2016 complicado e as dificuldades se mantendo, parece que o ano nem passou. Mas 2017 já começou trazendo diversos entraves. A economia não está evoluindo, as denúncias de corrupção continuam e, para os capixabas, o caos na segurança pública empata o dia a dia. Uma paralisação na Polícia Militar capixaba (PMES) foi iniciada em 3 de fevereiro com esposas, mães, irmãs e demais familiares dos policiais fechando os batalhões. De um lado, os parentes brigando por melhores condições de trabalho para os homens da corporação. De outro, os próprios militares – cujo efetivo é de quase 10 mil policiais – apoiam (ou agradecem) o movimento por remunerações mais justas. Há três anos a PMES não tem reajuste inflacionário nos pagamentos. E, para piorar, segundo os próprios e os familiares, a fal-

ta de investimento na polícia tem obrigado a trabalharem com viaturas sem a devida manutenção, armamento ultrapassado e coletes à prova de bala vencidos – ou revezados. Em frente aos batalhões, mulheres que garantem condições de manter a interrupção no serviço da PMES. Situação que tem acontecido, sobretudo pela impossibilidade de entrada e saída de viaturas. “Não vamos arredar o pé daqui. O governador Paulo Hartung (PMDB) terá que nos ouvir e negociar. A população precisa entender que estamos lutando por nossos maridos, pais e filhos, e também pela sociedade. Policial morto não defende ninguém, e nossos esposos estão vivendo à própria sorte”, afirmou uma das líderes do movimento. TraBalho Um militar do Grupo de apoio Operacional (GAO) da PM reconhece e apoia a “greve”, mas respondendo à ordem do comando-

-geral, voltou a se apresentar. No entanto, trabalho de verdade, garante que não existe. “O comando determinou alguns pontos de apresentação, para não termos que ir aos batalhões ou Quartel correndo o risco de enfrentar a barreira das famílias. Eu e diversos soldados estamos indo, porém o trabalho não está sendo feito. Não tem como atendermos ocorrências. Estamos na rua, ouvimos, anotamos, mas nenhum boletim de ocorrência consegue ser realizado como deve ser”, revelou. A situação deixa a população assustada. “Dia desses passei na Praia do Canto e vi os militares. Estava até feliz, achando que as coisas tinham se resolvido, mas fiquei reparando e eles só ficam ali, dão a volta no quarteirão, mais nada. Um bandido pode chegar armado que não teremos defesa. Não dá para confiar que as coisas estão normais, porque não estão. É preciso ter atenção a tudo e o tempo inteiro”, afirmou a comerciante Regina Souza.

sem policiamento no carnaval as prefeituras de alguns municípios do Espírito Santo anunciaram o cancelamento da programação de carnaval. Elas alegaram falta de segurança, já que apenas parte da Polícia Militar está nas ruas durante a paralisação da categoria. Mais de três mil homens das

Forças Armadas e da Força Nacional estão no Espírito Santo para garantir a segurança, mas, mesmo assim, algumas prefeituras preferiram cancelar ou adiar a festa de carnaval. O transporte coletivo na Grande Vitória, enquanto Governo do Estado e militares não se acertam,

segue funcionando em horário reduzido, encerrando as atividades às 23 horas. Já os bancos não abrirão até quarta-feira, 28, ao meio-dia, enquanto o comércio – dentro e fora dos shoppings – alteraram o funcionamento para o período que acreditam ser mais seguros para os clientes.

Todos os anos assistimos as mesmas coisas. O Brasil desperdiça bilhões e mais bilhões de reais com a corrupção, descaso e incompetência. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, corrupção e falta de planejamento. Além de dinheiro, escorre pelo ralo muitas outras oportunidades. O Brasil deixou passar a bo- tores agrícolas eram muito nança externa, entre 2003 e bem pagos para alimentar o 2008, quando o mundo viveu a planeta, deu a folga necessária sua era de ouro, puxado pelo para a administração pública supercrescimento chinês, sem aposentar a incompetência e a fazer as reformas estruturais ineficiência e entregar serviços necessárias à economia. O ex- melhores, apesar da montanha -presidente Luiz Inácio Lula da de dinheiro que os brasileiros Silva era quem comandava a depositam todos os meses nos Nação. Porém, ele achou me- cofres da Receita Federal. Nada lhor, junto com sua quadrilha, foi feito e nem será feito. só roubar. Depois vieram os O Brasil vive só no atraso, o dois mandatos da Dilma Rous- que é um desastre para nós seff, o segundo, ainda bem que brasileiros que pagamos tantos não foi mais adiante, porque impostos. Para onde vai este senão estaríamos igual ou pior dinheiro arrecadado? As manique a Venezuela. Agora, se vê festações que tomaram as ruas sem capacidade de colher os do país entre maio e junho de frutos do bônus demográfico, 2015 surpreenderam muita período único em gente. Não havia que as nações usam mais como segurar Se Temer a sua força de trao PT, dirigindo o balho para se torpaís. Não era mais não tomar narem ricas. providências, aceitável que uma O Brasil, de farto com tantos em breve os nação e próspero, ganha recursos naturais, brasileiros apontada como o cada vez mais a cara do desperdício. vão voltar às maior celeiro do mundo, jogasse no Agora, quando esruas távamos apostando lixo, todos os anos, no Michel Temer, por causa da corencontramos tudo como antes. rupção, descaso e incompetênCorrupção, descaso e incom- cia, o equivalente a quase um petência. Não à toa o Brasil es- quarto do PIB nacional. tá tomando uma sova de desO brasileiro está de saco confiança. O real, que foi por cheio e se Michel Temer não anos uma moeda forte, é a di- tomar providencias, em breve visa no mundo que mais perde os brasileiros vão estar novavalor ante o dólar. Para piorar, mente nas ruas. A falta de culo crescimento médio anual do tura de manutenção, de planePIB, é o menor em 20 anos. jamento e um sistema político A inflação se mantém siste- que facilita os desmandos e os maticamente próxima ao teto malfeitos se transformaram em da meta, de 7,5%. Os investi- barreiras que impedem que o mentos produtivos mínguam e dinheiro seja revertido em bea confiança das famílias está no nefícios à sociedade. chão. O futuro que nos parecia Já começou, a faltar água, tão perto virou uma miragem. energia elétrica e comida na O período de forte cresci- casa do brasileiro. Se o Temer mento global na década passa- não abrir os olhos, vai ter o da, quando havia grande fluxo mesmo destino da Dilma, por de capitais e os nossos produ- incompetência.

SEXTA-FEIRA, 24 DE FEVEREIRO DE 2017 j WWW.ESHOJE.COM.BR

HUGO BORGES POR CÉSAR HERKENHOFF L cesarherkenhoff@hotmail.com

A alternância necessária do poder A reforma do secretariado do governador Paulo Hartung é um claro anúncio para seus adversários: ele é candidato à reeleição. Ninguém tem dúvidas de que o recado foi dado. O problema é que ninguém acredita, de fato, que não seja mais um blefe. Historicamente Hartung sempre deixa o anúncio sobre suas definições político-eleitorais para os 48 minutos do segundo tempo. Sabe, o governador capixaba, que enquanto ele não anunciar se disputará a reeleição, as demais correntes ficam sem a possibilidade de movimentos seguros. Enfim, Hartung é dono de tudo, inclusive da margem de erro. Mas ao trazer de volta Rodney Miranda para o governo, por exemplo, dá clara demonstração de que pretende permanecer no Palácio Anchieta até 2022. Tese reforçada pelo convite feito a duas importantes lideranças do desimportante Partido dos Tra-

balhadores, os ex-prefeitos Carlos Casteglione, de Cachoeiro de Itapemirim, e Leonardo Deptulski, de Colatina. O que há por trás dessa manobra? Nada mais do que a probabilidade de ampliar o tempo de sua campanha no horário gratuito no rádio e televisão. Nada mais justificaria, por exemplo, puxar Rodney Miranda para o Executivo a não ser atrair o Democratas, hoje profundamente insatisfeito com as articulações do Palácio Anchieta. Rodney Miranda distancia de Paulo Hartung o atual prefeito de Vila Velha, Max Filho, e o deputado estadual Hércules Silveira. Como agravante,

há fortes articulações em torno da candidatura do senador Ricardo Ferraço (PSDB) ao Governo do Estado, que pode jogar no colo da chamada frente democrática (em contraste à política autoritarista de Paulo Hartung) o deputado estadual Theodorico Ferraço. Aliás, além de ter sofrido importantes derrotas nas eleições municipais da Grande Vitória (Vitória, Vila Velha e Cariacica), o governador Hartung foi derrotado também em Cachoeiro de Itapemirim e Colatina. Não deixa de ser curioso, portanto, agregar forças políticas decadentes a um governo que já enfrenta dificuldades de todas as ordens junto à sociedade civil organizada.

O convite a Carlos Casteglione, por exemplo, é um ato de provocação ao próprio Theodorico Ferraço, mas desagrada igualmente ao atual prefeito, Vitor Coelho, e ao ex-prefeito Roberto Valadão. Às voltas com uma ainda grave crise na área de segurança pública e com uma insatisfação jamais vista do funcionalismo público estadual, o governador Paulo Hartung viu naufragar seu projeto nacional. Nutria a legítima vontade de se colocar como candidato a vice-presidente na chapa de Geraldo Alkimin. Como 2017 não será o ano de nossos sonhos e, portanto, a cronologia lhe é desfavorável, Har-

tung tende a disputar mesmo a reeleição. Não há a menor dúvida, no entanto, de que pela densidade eleitoral de outras lideranças que pleiteiam o comando do Palácio Anchieta (o ex-governador Renato Casagrande, o senador Ricardo Ferraço e o ex-prefeito de Vitória, Luiz Paulo Velloso Lucas), não se vislumbra da possibilidade de alguém vencer a eleição ainda no primeiro turno. Até porque, se conquistar o quarto mandato, Hartung terá ocupado o comando do Poder Executivo por 16 anos. Esse é um tempo consagrado aos ditadores. A essência da democracia é a alternância no poder.

COLUNA FEU ROSA

ARTIGO

Coração partido

O ABC da cidadania

Dia desses li que apenas um terço dos portadores de HIV do planeta tem acesso a tratamento e medicamentos - e que 90% dos tratamentos dispensados aos portadores de HIV na África são custeados por fontes externas, sem a participação dos governos locais. Decidi estudar o tema.

O “ABC da Cidadania”, que tivemos a alegria de produzir e que foi editado pela Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos de Vitória, alcançou a 4ª edição. O aparecimento das edições, por iniciativa das administrações municipais, é fato que não pode deixar de ser registrado, pois ensina Cidadania.

Constatei que a cada 30 segundos morre uma criança vítima de malária lá na África - o problema é que em um continente tão rico não se consegue comprar nem inseticidas para protegê-las. Aliás, apenas 2% delas conseguem um simples mosquiteiro. A informação seguinte veio da Organização Mundial da Saúde: anunciou-se que 40% de todos os tratamentos de saúde no mundo são proporcionados por organizações religiosas. Diante de um número tão sério, seria o caso de se perguntar: cadê o Estado? Minha descoberta seguinte foi assustadora: nada menos que 10% das doenças que afetam a humanidade e 6,3% de todas as mortes delas decorrentes poderiam ser evitadas se as pessoas dispusessem de saneamento básico - um simples serviço de saneamento básico! Apurei que os hospitais norte-americanos arrancam de seus pacientes nada menos que US$ 10 bilhões a cada ano em valores indevidos. Em tempo: a expressão “arrancam” deve-se a que 90% das contas lá pagas são claramente fraudulentas. Ainda sobre aquele país, assustei-me ao saber que 52 milhões de habitantes não tem qualquer assistência médica -

A primeira edição (1996) foi publicada pelo então Prefeito Paulo Hartung. O convite para a realização do trabalho partiu do Pastor Joaquim Beato que era, na época, Secretário de Cidadania. As edições seguintes tiveram a chancela dos Prefeitos Luiz Paulo Vellozo Lucas, João Carlos Coser e Luciano Rezende. Quatro edições levadas a efeito por quatro Prefeitos, de partidos diferentes, é por si só uma lição de cidadania. Num país em que a alternância de governos tantas vezes interrompe atividades, projetos e obras públicas, por vaidade e ciúme de administradores, é auspicioso verificar a constância com que os Prefeitos de Vitória cuidaram para que permanecesse à disposição do povo uma cartilha de cidadania. A cartilha correu nas escolas, nos sindicatos, nas associações de moradores, nas igrejas, nas mais diversas organizações da sociedade civil. Fomos atualizando o texto à luz das alterações havidas na Constituição Federal e na legislação federal, estadual e municipal. Tentamos traduzir Constituição, leis e decisões judiciais em linguagem simples porque o destinatário do ABC é o povo, o leigo em Direito. Não para juristas.

daí 41% da população estarem pagando prestações de tratamentos médicos ou às voltas com os tribunais por não terem tido condições de pagá-los. A propósito, 25% dos norte-americanos jogam suas receitas no lixo por não terem condições de adquirir os medicamentos prescritos. Este quadro insustentável, segundo aprendi, é sustentado por conta de existirem em Washington quatro lobistas da área da saúde para cada membro do Congresso. Aos resultados: uma criança nascida em El Salvador enfrenta taxas de mortalidade de 9,7%, enquanto que em Detroit de 15,5% - algo tão surpreendente quanto repulsivo, consideradas as diferenças entre os dois países. Anoto, finalmente, que a cada ano 2,3 milhões de semelhantes nossos morrem vítimas de apenas oito doenças por não terem acesso a simples vacinas. E é assim, diante destes números, que chego a uma conclusão: o problema da saúde está no coração mais precisamente na falta dele. PEDRO VALLS FEU ROSA Desembargador do TJES

Uma das maiores emoções que tive, como autor do trabalho, aconteceu quando peguei um táxi em Vitória. No final da corrida, antes de receber o pagamento respectivo, o taxista tirou do porta-luvas do carro um exemplar do ABC e me disse: “Dr. João, deixo este livrinho no porta-luvas porque sempre que estou parado no ponto, esperando por algum passageiro, aproveito o tempo livre para ler o ABC da Cidadania”. O depoimento resume o que sonho deva ser o destino do pequenino ABC: um adjutório na formação da cidadania, um livrinho que, na modéstia de sua dimensão gráfica, contribua para o crescimento humano, cultural e cívico do povo. A distribuição gratuita do “ABC da Cidadania” não garantiria, por si só, o sucesso. A cartilha, mesmo depois de distribuída, poderia ficar relegada ao abandono. Isto não aconteceu. Houve grande empenho de toda a equipe da Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos de Vitória para que o ABC fosse discutido nas comunidades. JOÃO BAPTISTA HERKENHOFF Juiz aposentado e escritor

6 Especial

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O início do crime organizado no Estado e a onda de crimes

há 50 anos morria um dos mitos do Sindicato do crime no Espírito Santo, que dividia uma guerra Paulo César Dutra bastidores@eshoje.com.br

á situações que só sabendo a história para entendermos. O caos na segurança pública do Espírito Santo, por exemplo, e a insistência de muitos em dizer que se trata de uma ação do crime organizado, pode ser desses casos. ESHOJE foi buscar na história do Estado a autoridade política na Polícia Militar, os desmandos e desvios da corporação. O Sindicato do Crime ou Crime Organizado Capixaba surgiu nos anos 1950, mais precisamente entre os municípios de Aimorés, em Minas Gerais, e Baixo Guandu, no Espírito Santo. Essa facção se manteve nos anos 1960 e, parte dos anos 1970, aterrorizando a região do vale do Rio Doce e o Norte capixaba impondo a lei do gatilho em favor de suas elites rurais. Foi atribuída ao coronel Bimbim, a idéia da criação do Sindicato. A facção tinha as lideranças do major Orlando Cavalcanti da Silva e do tenente José Scardua. Ela acabou sendo dividida ao meio, por desentendimento

dos principais líderes, que ficaram em lados opostos. E até 1973, várias execuções ocorreram na briga pelo poder do Sindicato. As mortes do major Orlando (1967) e a do tenente Scardua (1973), serviram de motivo para o fim da facção. Dos homens que fizeram parte do núcleo, que comandou a maior história de violência do solo capixaba e trecho mineiro do vale do Rio Doce, sobrou apenas o fazendeiro João Pinto, de 84 anos, ainda em plena atividade no sul da Bahia. Os que não foram executados a tiros, morreram de morte natural, como o empresário Renato Paiva, o coronel Jádir Rezende, o fazendeiro José Pinto da Rosa, o fazendeiro Josélio Barros Carneiro e o coronel Bimbim. O major Orlando Cavalcanti da Silva, que tinha 23 anos de idade, fez parte da 1ª turma dos primeiros aspirantes a oficiais da Polícia Militar do Espírito Santo - PMES que se formaram em 8 de julho de 1954. O Curso de Formação de Oficiais foi realizado entre os anos de 1952 e 1954 na Escola de Formação de Oficiais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

divulgação

Na história da PMEs o Cel.Bimbim, major orlando, major Josélio e tenente scardua brigaram pelo poder

a morte do major orlando na manhã do dia 26 de fevereiro de 1967, o major Orlando Cavalcanti da Silva, aos 36 anos, foi executado por volta das 11 horas, com 15 tiros de revólveres calibres 38. O crime aconteceu dentro do bar do “Carlos Bezerra”, que ficava localizado na esquina da Avenida Colatinense com a Rua Paulo Samorini, em Nova Almeida, na Serra. A partir dessa data foram desencadeadas séries de execuções no ES e Minas Gerais, ligadas à morte do major. O oficial foi executado pelos pistoleiros Fausto Ferreira Santos e Antônio Gregório da Silva, o "Toninho", que tiveram a cobertura dos pistoleiros Alvaristo Vicente e Josélio Barros Carneiro. Este último era um dos empreiteiros do crime e, junto com seu pai, recebeu incumbência do tenente José Scárdua e de Noel Nogueira para o assassinato. Josélio estava no Rio de Janeiro, quando recebeu o comando, e voltou ao Espírito Santo com o plano de execução

e o apoio do sargento da polícia mineira, José Berigolli, para a fuga. Em Baixo Guandu incumbiu o pistoleiro Alvaristo Vicente, que já trabalhava para a família Barros Carneiro, de procurar dois executores. Foi assim que se envolveram Fausto e “Toninho”. Entraram no plano o contador Luiz Gonzaga Madalon, de Colatina, e o coronel da PMES Jadir Rezende, de Vitória, e ainda Arlindo de Almeida - o "Pedestre" -, Décio Gonçalves e Alaor Braga, o pistoleiro Ailton Santos ("Ailton Gaguinho"), o soldado Francisco Macário e os também militares Algentil Nascimento e Joaquim Gonçalves. Depois foram contratados, em Nova Almeida, o farmacêutico Olímpio Andrade e um pescador, identificado apenas como Edu, que desapareceu após a execução. Ao pistoleiro Fausto caberia a execução. E, no dia anterior ao crime, chegaram a Vitória Josélio com Toninho, Alvaristo e Algentil, para programar a ação.

De acordo com o relatório do coronel João Tavares da Silva, que presidiu o inquérito, Josélio e os demais fugiram para a fazenda da família Barros Carneiro, em Baixo Guandu, e no dia seguinte foram para a cidade de Itabira, em Minas Gerais. A professora de Administração e gestão pública pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Rossana Ferreira, é filha do major Orlando e diz que, mesmo reconhecendo os erros do pais, destaca que na época dele era "matar ou morrer". "Claro que não sou ingênua a ponto de desconsiderar que tomou medidas e praticou ações que repudio. Porém, isso não pode ser analisado sem considerarmos o momento político em que meu pai atuou como oficial da Polícia Militar: coronelismo e banditismo, principalmente entre aqueles que exerciam o poder, conforme citado anteriormente. Era matar ou morrer", destacou. Quando o pai morreu ela tinha 8 anos.

o banditismo controlado o chefe de Polícia capixaba, na época, era josé dias Lopes, irmão do então governador cristiano dias Lopes Filho (19671971). Ele fez uma investida contra o banditismo e o "Sindicato do crime" que, segundo constava, tinha até folha de pagamento na qual estavam advogados da capital para defenderem pistoleiros. como o grupo estava dividido Scardua tinha os apoios da família barros carneiro e do “coronel” bimbim. Pelo outro lado, o major orlando tinha apoio dos irmãos reginaldo, maneco e renato Paiva e dos irmão fazendeiros Antônio e joão Pinto.os cinco decidiram que a morte do major não podia ficar impune. Por conta desse crime foram presos o tenente josé Scárdua, o coronel jadir rezende, e os pistoleiros josélio, Toninho, Fausto e Alvaristo. No presídio dentro do quartel de maruípe, o tenente josé Scárdua sofreu um atentado. o bando dos irmãos Paiva usou um dos seus pistoleiros, o soldado da Pm joão da Luz que

entrou no quartel como garçom. mas ele errou e foi preso. interrogado, joão da Luz confessou tudo, inclusive delatando o nome de quem havia determinado a execução. o grupo do Scárdua devolveu o atentado executando o fazendeiro reginaldo Paiva, em baixo Guandu. As mortes de orlando e reginaldo e o atentado a Scárdua levou a classe política a intervir, buscando encontrar uma trégua entre os dois grupos. durante dois anos a paz reinou, aparentemente. Porém, neste período joão da Luz foi torturado e executado. o tenente josé Scárdua saiu do Estado por alguns anos, depois retornou para morar na vila rubim, em vitória. Enquanto josélio de barros foi cuidar de uma fazenda no Estado do Pará. Em 1971, em baixo Guandu, a paz foi quebrada com o assassinato de Antônio Pinto. dois anos depois o tenente Scárdua foi assassinado pelo sobrinho de Antonio, o pistoleiro josé Pinto da rosa, que se disfarçou de mendigo.

Esportes

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Decisão coerente Fiquei satisfeito com o que a Federação de Futebol do Espirito Santo (FES) decidiu sobre o recomeço do Capixabão. Minha preocupação era não ver os nossos times jogando em dias e horários em que as televisões transmitem jogos importantes, com clubes de outros estados. O adiamento das rodadas foi necessário devido à crise de segurança. o percurso de 21 km sai do siribeira Clube, no Centro de Guarapari, e a chegada é na praia de setiba

Maratona passa por 25 praias do ES meia maratona das Praias acontece em Guarapari com percurso misto de asfalto, areia, trilha estrada e pedras Gustavo Gouvêa gustavo@eshoje.com.br

s promotores de corridas e maratonas no Espírito Santo estão dando show no calendário de 2017, trazendo eventos das mais diversas modalidades, promovendo qualidade de vida e atraindo turistas de diversos outros estados. De quebra, também estão contribuindo para a economia local. Mais um exemplo disso é a primeira edição da Meia Maratona das Praias, que irá acontecer no próximo dia 5 de março (domingo), no município de Guarapari. O evento pretende fazer com que os corredores usufruam justamente da rica natureza que torna o balneário de Guarapari famoso em todo o Brasil, enquanto participam da competição. Por isso, o percurso da meia maratona (21 km) irá contemplar os competidores com 25 praias do município, saindo do Siribeira Clube e

passando pelas famosas praias das Castanheiras, dos Namorados, das Virtudes, do Morro, Três Praias, e outras menos conhecidas, mas paradisíacas, como as praias da Cerca, do Netuno, da Aldeia, do Morcego e várias outras até a chegada em Setiba. Além disso, o percurso passará pelas mais diferentes superfícies, como asfalto, areia da praia, trilhas, estradas de chão e pedras, trazendo um outro diferencial ao evento, para o qual estão inscritos 950 atletas de sete diferentes estados: Espírito Santo, Bahia, Maranhão, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal. Serão três categorias no evento. A iniciante contará com trajeto de cinco quilômetros, saindo do bairro Perocão; na intermediária a distância é de 10 km e a saída é no final da Praia do Morro, próximo ao Morro da Pescaria. Já na principal, a meia-maratona, de 21 km, a saída é no Siribeira e o ponto de chegada de todas as catego-

rias é na praia de Setibão. turismo Para o organizador da Meia Maratona das Praias, Willian Vasconcelos, a adesão dos atletas superou muito as expectativas e o objetivo do evento, que é agregar valor ao turismo local por meio do esporte, será cumprido. "Temos muitas belezas naturais e que não estão sendo exploradas em sua potencialidade. Atingimos 950 inscritos nessa primeira edição, em sete estados diferentes. Isso não era esperado. As expectativas são as melhores possíveis, pois os atletas estão muito animados para correrem esse evento. Trata-se de um percurso muito bonito e o fato de poder explorar 25 praias na meia maratona é diferencial. A energia que os inscritos estão passando é muito boa. Estamos muito felizes com o resultado até agora e certamente após a prova estaremos mais ainda", disse o organizador.

movimentando a economia o organizador da Meia Maratona das Praias, Willian Vasconcelos, afirmou que a demanda além das expectativa levou a organização a fechar parcerias com hotéis e outros estabelecimentos na Cidade Saúde. Tudo para facilitar a vinda dos turistas e dar opções de lazer, movimentando o setor do comércio de turismo na cidade. "Fomos atrás de alguns hotéis para fechar parceria e consegui-

mos preços mais em conta. Tem um grupo de Belo Horizonte que está vindo em excursão de 80 pessoas, e fecharam uma pousada. Conseguimos passeio de escuna em preço em conta, passeio de helicóptero a preços mais brandos, parceria com restaurante, supermercado... Vamos movimentar toda a cidade", assegurou. A premiação será por meio de medalhas e troféus para os cinco

primeiros no masculino e no feminino em todas as três categorias. Já nos 21 km também haverá premiação para os primeiros colocados nas faixas etárias de 18 a 29 anos, 30 a 39, 40 a 49, 50 a 59 e acima de 60 anos. Além disso, também serão premiados os três primeiros colocados portadores de necessidades especiais nas três distâncias e as três maiores equipes inscritas na prova.

O presidente da entidade, Gustavo Vieira, decidiu o que precisava, sem chance para um plano B. Vamos esperar que este Capixabão seja bem levado. Continuo vendo com desconfiança devido à própria armação com a tabela do campeonato, que tem a primeira fase com um só turno, em competição de tiro curto. O começo foi meio surpreendente por causa das exibições ruins do Rio Branco, que é uma equipe que a gente sempre espera o melhor. Conhecemos a competência de Flavio Anunziatta, técnico alvinegro que reúne condições de recuperar os números perdidos, embora a gente saiba que perder pontos no início de um campeonato do jeito que está, não é bom. A Desportiva Ferroviária jogou apenas uma partida, empatando com o Atlético Itapemirim fora de casa. Ao contrário dos que muitos esperavam, por ter começado o seu trabalho tarde, não decepcionou. O time grená ganhou um ponto fora de casa. Neste tipo de competição um empate na casa do adversário é aceitável. O Vitória foi o clube que me-

lhor se organizou. O time celeste começou vencendo o Linhares por 1 a 0, mas sem mostrar um bom futebol. Pelo grupo de jogadores que tem, poderia ter mostrado mais em campo nesta estreia. Espero que isso aconteça daqui para frente. O Espírito Santo também não começou bem, mas tem time para recuperar. O Doze foi a grande surpresa, pois uma equipe que ninguém nem sabia como vinha, acabou ganhando os dois primeiros jogos. É bom observar que o Doze é dirigido por Orlando da Hora que conhece muito de bola. Com relação ao Tupy, com uma vitória e um empate contra o Rio Branco, não foi novidade o time de Rogério Pedrini começar bem a competição. Não é simplesmente pela presença de um jogador como Luís Alberto na zaga, mas, acima de tudo, pelo grupo formado por Rogério que faz com os jogadores fiquem bastante motivados quando jogam pela Toca. No interior, Itapemirim, Real e Linhares começaram mal, mas podem ainda se recuperar. Vamos ver o que acontece daqui para frente.

Não fazemos craques como antigamente

A discussão no meio do futebol é sobre o trabalho das divisões de base e as dificuldades que os time profissionais têm em aproveitar os bons jogadores na base. Os garotos entre 14 e 16 anos, quando trabalhados na base dos clubes e mostrando ser talentosos, há sempre um empresário que vende ilusão aos pais e levam o menino para bem longe. Fica difícil um clube trabalhar a base sem que haja um retorno de pelo menos o jogador ser aproveitado no time profissional. Alguns que conseguem chegar ao profissional são bons jogadores e nada mais. O craque mesmo não fica como antigamente acontecia. É só lembrar Suemar, Célio, Carlos Henrique, Baiano, Adalberto Lopes, Carlos Henrique, Geovani, Sávio, Daniel e tantos outros que brilharam fora do Estado e que vieram da base dos nossos clubes.

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estado do esPÍrito saNto Poder jUdiciÁrio ViTÓRia–5ª VaRa cÍVeL FÓrUm cÍveL – FÓrUm mUNiZ Freire eDiTaL De ciTaÇÃO PeLO PRaZO De 30 DiaS nº DO PROceSSO: 0027951-15.2011.8.08.0024 (024.11.027951-0) aÇÃO: 7 – Procedimento comum requerente: coLÉGio NacioNaL Ltda Requerido: WanDeRLeY BRaSiL FiLHO e SanDRa MaRa naSciMenTO mm. juiz(a) de direito de vitÓria – 5ª vara cÍveL do estado do espírito santo, por nomeação na forma da lei etc. FinaLiDaDe DaR PuBLiciDaDe a TODOS Que O PReSenTe eDiTaL ViReM que fica(m) devidamente citado(s) WanDeRLeY BRaSiL FiLHO Documento(s): cPF: 271.963.211-20 Requerido: SanDRa MaRa naSciMenTO, atualmente em lugar incerto e não sabido, de todos os termos da presente ação para, querendo, oferecer contestação. aDVeRTenciaS: a) PRaZO: o prazo para contestar a presente ação é de 15 (quinze) dias, a partir do prazo supracitado, b) ReVeLia: não sendo contestada a ação, presumir-se-ão aceitos pela parte requerida como verdadeiros os fatos alegados na inicial, salvo no que diz respeito aos direitos indisponíveis. será nomeado curador especial em caso de revelia, de conformidade com o art.257, inciso iv do cPc. e para que chegue ao conhecimento de todos, o presente edital vai afixado no lugar de costume deste Fórum e, publicado na forma da lei. vitória-es, 08/11/2016 joaQUim saNtaNa LoPes aNaLista jUdiciÁrio esPeciaL aut. pelo art. 60 do código de Normas.

Vitória, 24 de fevereiro de 2017 J Ano XVI J Nº 633J Edição Gratuita Semanal

www.eshoje.com.br

Fundado em 19 de julho de 2000 por Carlos Roberto Coutinho

PROGRAME-SE

Voz do Alma Djem canta em Vitória O pocket show de Marcelo Mira será dia 10, no Spirito Jazzj2

ANDREA FORTUNATO/ DIVULGAÇÃO

O bloco vai sair Seja nas ruas, parques ou shoppings da Grande Vitória, vai ter folia para todas as idades. Veja as opções!j3

SOCIAL

ESHOJE Folia foi o melhor do Sambão Camarote atraiu gente bonita e se prepara para o próximo desfilej4 e 5

SABOR ES

Drinks com a "cara" do carnaval Aprenda duas opções bem saborosas para os dias de foliaj7

Programe-se

SEXTA-FEIRA, 24 DE FEVEREIRO DE 2017 j WWW.ESHOJE.COM.BR

Um show intimista reunindo os amigos O vocalista da banda Alma Djem, Marcelo Mira, fará um pocket show em Vitória para apresentar novo trabalho DIVULGAÇÃO

MÁRCIA ALMEIDA cultura@eshoje.com.br

 M, vocalista do Alma Djem, uma das mais expressivas bandas de reggae do país, desembarca na Ilha para um pocket show intimista: voz, violão, percussão e convidados especiais. O agito será no dia 10 de março, no Spirito Jazz. No repertório, sucessos como “Divide”, “Minha Voz”, “Passos pela Rua” e “Destino Incerto”. Além do show, o cantor também estará autografando o primeiro CD/DVD ao Vivo do Alma Djem, trabalho mais recente da banda, gravado no Lago Paranoá, em Brasília, com participação de artistas como Armandinho e Ivo Mozart. “No dia 10 é só uma prévia do que virá. Queremos fazer um show de lançamento com a banda completa e com alguns dos convidados que participaram do DVD, além de artistas locais, claro”, contou Marcelo. Sobre os artistas convidados do álbum, ele disse que são amigos. “São pessoas amigas que participaram ativamente da carreira do Alma Djem. Alexandre Carlo (vocalista do Natiruts) além de meu primo é um ícone do reggae nacional. Armandinho é um grande amigo e tenho com ele e Fred do Macucos um projeto chamado ‘Praia Trio’. Com a percussionista Lanlan tenho um projeto chamado ‘Batida Nacional’. Tato do Falamansa é meu parceiro em várias composições e Ivo Mozart conheci tocando nas ruas de São Paulo quando ainda não era famoso e se tornou um grande parceiro musical”, diz. O novo trabalho, na avaliação do cantor, é dos melhores: “Foi mais do que esperávamos. Conseguimos retratar nossa história até aqui num show á beira do lago Paranoá, cantando 19 músicas importantes da nossa carreira, com um público cantando do começo ao fim e com grandes artistas no palco”, comemora o cantor. INSEGURANÇA O pocket show estava agendado para o dia 8 de fevereiro, mas, devido aos caos na segurança pública no Espírito Santo, precisou ser remarcado. Marcelo Mira garante ter acompanhado o delicado momento vivido pelos capixabas. “Na verdade,

CIRCUITO CULT MÁRCIA ALMEIDA L cultura@eshoje.com.br

Rock das divas As cantoras Kamila Gabriel e Fran Vaccari vão dividir o palco do Liverpub Vitória, no dia 11 de março, na segunda edição do Rock'N'Soul Divas. O show, com participação das bandas Soudha e Dona Fran, terá repertório repleto de clássicos dos grandes nomes do rock’n roll e da soul music, desde os mais antigos até os atuais. DIVULGAÇÃO

Literatura Marcelo Mira cantará só, mas promete voltar ao ES com toda banda não só acompanhei como fiquei cinco dias trancado sem poder sair na rua. Tinha passado uma coisa parecida em São Paulo há alguns anos, mas nada se compara ao que aconteceu aí. Uma sensação preocupante de falência do poder público e do bom senso humano. Mas com certeza isso não é privilégio do Espírito Santo. Ainda veremos coisas parecidas pelo resto do Brasil. Infelizmente as pessoas que deviam cuidar do país e que ganham muito bem pra isso, estão governando em benefício próprio há muito tempo. O resultado só pode ser esse”, critica o cantor, que tem muitos parentes e amigos morando no Estado, inclusive o próprio pai, que vive em Vila Velha. Dia 10 no Spirito Jazz, podem participar da apresentação artistas capixabas. A confirmação vai depender das agendas dos convidados. “Na última ocasião que marcamos o show e tivemos que cancelar por causa do

caos na segurança pública estavam confirmados Fred Nery, Amaro Lima, Renato Casanova e Beto Castanha. Agora aguardo confirmação deles em relação ás suas agendas”. A relação estreita de Marcelo com o Espírito Santo em pouco tempo estará no trabalho do Alma Djem. “A energia dos capixabas chega a nós. É um estado que abraça o som do Alma Djem desde o começo da nossa carreira. Há uma identificação natural com nossas músicas e isso nos deixa muito felizes. Ainda queremos gravar algo significativo aqui, como um DVD. Viva o Espírito Santo”, finalizou.

“

Infelizmente as pessoas que deviam cuidar do país, estão governando em benefício próprio

”

A Editora Leader está lançando “Atenda, Negocie e Venda com Maestria”. A obra, que tem 12 capítulos, é indicada para vendedores, gestores e empresários e aborda temas como negociação, fidelidade, resiliência e foco para chegar ao topo, empreendedorismo e coragem. O livro também faz uma analogia entre a vida de um vendedor e um atleta, que não se rende aos resultados e não fica acomodado. Ele se automotiva para superar recordes, bem como corrigir métodos, exercícios, procedimentos e novas técnicas. Assim deve ser quem deseja ampliar seus relacionamentos, melhorar os que já existem e se superar cada vez mais com o passar do tempo.

Noite de autógrafos

Será no dia 28 de março, às 19h30, na Casa da Memória de Vila Velha, a noite de autógrafos do livro “Melodias Imortais”, do professor

Concurso literário

e escritor Antônio Marcus Carvalho Machado. Trata-se de uma pesquisa histórica sobre a música capixaba, com foco em Vila Velha.

No próximo ano, o Clube dos Trovadores Capixabas, CTC, entidade cultural sem fins lucrativos de divulgação da Trova e da Poesia em geral, vai completar 37 anos de fundação. Para celebrar, vai realizar quatro concursos literários, de prosa, poesia, trova e haicai. Os interessados devem enviar seus trabalhos, com tema livre, via Correios, para a Rua dos Pombos, 2 – Eurico Salles, Carapina, Serra, ES, Cep: 29 160280. No caso de crônicas e contos pede-se o envio de três vias da obra, para facilitar o trabalho da Comissão Julgadora. A entrega de Troféus, Medalhas e Diplomas para os melhores trabalhos em cada categoria será durante o Congresso Brasileiro de Poetas Trovadores, que vai acontecer em julho de 2017, em Castelo.

SEXTA-FEirA, 24 dE FEvErEiro dE 2017 j www.EShojE.com.br

Matéria de capa

Vista a fantasia e caia na folia!

diversas atrações vão agitar o carnaval dos capixabas, em todas as idades. Saiba quais as opções Divulgação

Marcia alMeida cultura@eshoje.com.br

C a r n ava l ! E, embora muitos municípios capixabas tenham cancelado a folia devido à insegurança, há muitas opções, na Grande Vitória, para quem quer cair na folia. Vamos começar com o roteiro dedicado aos pequenos foliões. Nestes sábado (25) e domingo (26), a criançada vai curtir as matinês carnavalescas, das 9 às 13 horas, no Parque Moscoso. Quem vai comandar a festa é a trupe e bloco infantil "Eu Acho Graça", da Ratimbum. Brincadeiras, mágicas e sorteios são algumas das atividades para entreter e alegrar a criançada. A música fica por conta de seis músicos fantasiados de palhaços. Eles tocarão marchinhas e músicas infantis. Um grupo circense - com palhaços, malabaristas, perna de pau e personagens clássicos da literatura infantil - também irá garantir a alegria da criançada. Os pequenos também poderão fazer maquiagem artística e brincar no pula-pula. A programação ficará concentrada no local para oferecer mais segurança às famílias. O Shopping Jardins, em Vitória, também fez uma programação especial para os pequeninos. Neste sábado, das 15 horas às 19 horas, vai acontecer um bailinho que fará a folia da garotada neste Carnaval. Entre as várias atividades de recreação terá pintura artística facial gratuita e desfile de fantasias. Já no Boulevard Shopping, em Vila Velha, até os animais de estimação vão entrar na dança e levar alegria e animação aos corredores do centro de compras. O tradicional bloquinho “Mamãe, posso ir?” já está preparado para receber os pequenos foliões, sábado. O Clubinho Boulevard preparou uma programação especial e muito animada para toda a família se divertir com concursos

de fantasias, bloquinho e até uma fanfarra. As atividades são todas gratuitas, é só chegar Shopping com uma fantasia bem criativa e já começar a ensaiar no espaço do Teatro Clubinho. A programação diária do carnaval infantil vai começar às 15 horas, com atividade para os bebês e as recém-mamães. O Bloco Baby vai ter oficina de chocalhos e dará prêmio à melhor fantasia de mamãe com sling. Já às 16h30, é a vez do Bloco dos pets e o Bailinho de Carnaval com direito a desfile de fantasias das crianças e dos seus bichinhos de estimação. Será premiado com a fantasia mais original e o ganhador vai levar para casa uma cesta com um kit especial para o pet. O encerramento, às 19h30, vai ficar por conta de uma Banda de Fanfarra, que vai fazer todo mundo cantar e dançar ao som de marchinhas de carnaval. A banda vai embalar um grande cortejo por todo o Boulevard Shopping. No ano passado o “Mamãe, posso ir” reuniu mais de três mil pessoas. Para Maiores Embora as prefeituras de Vitória e Serra não tenham autorizado blocos de rua no carnaval, visando a segurança dos foliões, alguns organizadores mantiveram a meta de arrastar a multidão. Um desses blocos é o Adrenalina, que vai desfilar nesta sexta-feira (24), a partir das 18 horas, por toda a orla de Jacaraípe. Já o Bloco Agita Colina sairá no sábado (04), na praça principal de Colina de Laranjeiras e pela avenida Mestre Álvaro. E o tradicional banho de mar à fantasia, em Manguinhos, também está confirmado: será neste sábado (25). Em Vitória, o Regional da Nair vai agitar as ruas do Centro, a partir do meio dia deste domingo (26). Já o Bloco Apaixonados pelo Triângulo vai desfilar no Triângulo das Bermudas, na Praia do Canto, no sábado, dia 04.

Nos shoppings da GV as opções de folia beneficiam, sobretudo, as crianças pequenas e seus pais e mães

do forró ao sertanejo para quem prefere a segurança das casas noturnas, opções não faltam. o clube Arci, em vila velha, vai promover, neste sábado (25), o evento "Na Pegada do Forró”. A partir das 22 horas, o Forró Sabor de mel e as duplas Fábio & juliano e rhonny & marcos agitam o local. já o wanted Pub, na Praia do canto, em vitória, realiza, a ‘Sexta Fire’. mas no lugar

das tradicionais marchinhas, o ritmo que vai embalar a pista de dança da casa será o sertanejo da wanted band e da dupla convidada Zé Felipe & romário. Já o Multiplace Mais, em Meaípe, recebe, neste sábado (25), o cantor Lucas Lucco e o MC Maneirinho, além do SambAdm e Alan Venturin. No Cais da Barra, em Vila Velha, a animação ficará

por conta do Bloco Surpresa e das bandas Siri de Tamanco e Xá da Índia. Com tantas atrações, só vai ficar em casa quem quiser! Para terça-feira (28), apesar do adiamento – também devido o problema da segurança – vai acontecer o encontro do bloco do sargento Pimenta e a turma da regional da Nair. Será o Baile Voador no Ilha Shows.

SEXTA-FEIRA, 24 DE FEVEREIRO DE 2017 j WWW.ESHOJE.COM.BR

Social O molde perfeito

MOACYR ZANOTTI

Orelha de abano e orelhinha dobrada são deformidades presentes em 30% dos recém-nascidos. O sistema de correção EarWell, já chegou no Brasil e tem alcançado grande sucesso. A técnica é eficaz quando aplicada até os primeiros 30 dias de vida do bebê sendo, o ideal, nas primeiras duas semanas. Seu uso não causa dor, e produz resultados definitivos entre 4 e 6 semanas de tratamento. O EarWell nada mais é do que remodelador das orelhinhas. Deve ser aplicado no primeiro mês de vida porque nesta idade a cartilagem das orelhas ainda pode ser moldada. Apesar de não ser cirúrgico, o molde é aplicado por cirurgião plástico ou otorrinolaringologista. As deformidades podem parecer apenas um problema estético, mas podem refletir diretamente na autoestima da criança, e criar risco de bullying.

Gabriel Gomes, Cirliani e Whagner Torezani

Deu samba

Pelo 13º ano consecutivo o Camarote ESHOJE Folia proporcionou a melhor experiência no carnaval de Vitória. Pelo espaço no Sambão do Povo passaram cerca de 150 pessoas por dia, nos dois dias de desfile das escolas de samba, recebidas com um serviço de primeira. Bem localizado e estruturado, o camarote contou com dezesseis patrocinadores. A cobertura da equipe de reportagem de ESHOJE atingiu um alcance de 150 mil pessoas, gerando 35.760 visualizações. Que venha 2018!

Marcia Santos, linda, em mais um ano na bateria da Novo Império

Valentina Almeida e Raphaela Calmon JÚLIO STABNOW

Desfile 1. A Lieses tem que punir as agremiações

que desfilaram de qualquer jeito no Sambão do Povo e repensar a ordem do desfile. Oito na sexta-feira foi cansativo e as apresentações decepcionaram.

Desfile 2. Já no sábado houve espetáculo de verdade e a tetracampeã, Boa Vista, está de parabéns. Fez valer a pena ficar até o final. O amigo Romis Carmo é só orgulho. Optchá!

Novo desafio. Jovacy Peter Filho assume a presidência do Conselho Estadual de Ética Pública. A posse é nesta sexta (24), às 10h, no Palácio Anchieta.

Palestra. Jefferson Hubner recebe profissionais

da arquitetura e decoração dia 22 de março, para palestra sobre automação.

Carnaval. Flávio Paes Ladeira segue para Arraial d’Ajuda, na Bahia, com a família. Já Humberto Pinto e Jéssica Polese vão aproveitar em Guarapari.

Make. Nova Iorque adianta as tendências de moda

e já aponta que o olho esfumaçado de preto continuará em alta. “O famoso ‘smokey eye’ fica ainda mais curinga nos eventos noturnos", garante Ane Mendes.

Delícias. Guilherme Real e Lilian Tessaro inauguram, em abril, nova hamburgueria em Bento Ferreira. E prometem sobremesas deliciosas da Torta do Gui.

Aniversariantes da semana . Barbara Fer-

retti e Jorge Eloi (24), Ola Plaza Permuy (25), Corina Borgo (26), Tati Coppo e Priscila Contarini (27), Marcia Bumachar (28), Milena Ribeiro (2) e Mônica Fundão (3).

Marcus, Victoria, Helio e Tiana Frizzera com Penha Lorenzone na concentração da Pega no Samba

Um self na folia: Diego Grippa, Samara e Bárba a primeira noite do desfile no Camarote ESHO

SEXTA-FEIRA, 24 DE FEVEREIRO DE 2017 j WWW.ESHOJE.COM.BR

Bianca Coutinho bianca@eshoje.com.br

FOTOS: MATHEUS DE OLIVEIRA

GABRIEL GOMES

Marco Antônio e Ana Maria Valente

Ana Beatriz, Rafael Tardin e Valentina Frasson

Francisco Ribeiro e Aline Dias

Léo Zanotti, Gustavo Lucas, Bárbara Figueiredo e Moacyr Zanotti

Crefito Nº 6509 - SP

ara Krohling curtiram OJE Folia

Luiz Carlos Ciciliotti, Renato Casagrande e Carlos Roberto Coutinho

SEXTA-FEIRA, 24 DE FEVEREIRO DE 2017 j WWW.ESHOJE.COM.BR

Palcos e Atores cacaumonjardimphd@yahoo.com.br L

utra traiçoeira garfada está sendo tramada nos bastidores desta legião que nos últimos 400 anos tem preparado o cálice amargo para o nosso café. Este produto tem sido, no curso do tempo, apesar da atual diversificação industrial que o Estado experimenta, a base histórica de sua economia. Ainda ontem – eu já registrei - por um erro do IBC/GERCA - eles nos tiraram mais de 200 milhões de pés de café e nos jogaram na área metropolitana 120 mil egressos do meio rural.

Cacau Monjardim DIVULGAÇÃO

Tudo que temos conquistado é fruto da garra de uns poucos, mais atrevidos, mais corajosos e realmente dedicados à defesa de nossas potencialidades. Agora mesmo, algumas destas lideranças, estão batendo firme nos escaninhos federais, tentando – e vamos conseguir – evitar que permaneça uma autorização corporativa e perigosa, que autoriza a importação de café pelo Brasil, segundo produtor do produto e aquele que mais utiliza o conilon na esteira de nossas indústrias de solúvel. Correndo o risco de mais uma vez ver a nossa economia sacrificada, é uma preocupação perigosa que mulheres do campo façam fila nas nossas duas BR’s, parando o país que pretende parar o Espírito Santo e o seu invejado surto de prosperidade responsável. Precisamos, agora que somos 4 milhões de capixabas, ficar de plantão, defendendo o nosso sagrado direito de produzir para o Brasil, sem os riscos epidêmicos de importação de cafés do Vietnã.

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VALE

O Espírito Santo é maior do que os males e ameaças que tem sofrido nos últimos 400 anos. Se frizamos este aspecto é porque assistimos crescerem as barreiras contra o que produzimos e representamos na própria economia do país. Não temos sido pesados ao erário e para lá enviamos, religiosamente, bilhões de reais e, como tem sido tradição e desrespeito, só recebemos migalhas e desculpas esfarrapadas. Esta federação dividida, sem objetivos sério e completamente ausente de responsabilidade e civismo, podem acreditar, não tem espaço para o Espírito Santo, que é diferente, produtivo, cumpridor dos ditames constitucionais e, justamente por isto, ao lado do pequeno Piauí, e um exemplo para o próprio país.

Experiência Mauro Quintão reúne larga e conceituada experiência como consultor e dirigente de uma empresa especializada em administração hospitalar e hoteleira. Permanentemente voltado para o segmento, Quintão, tem estado presente em seminários, congressos, reuniões técnicas e debates sobre avançados padrões de higiene hospitalar e hoteleira. Em seqüência estará participando, em São Paulo, no mês de maio, do 40º Congresso Brasileiro de Administradores Hospitalares, repensando a proteção a saúde.

Legais

FOTO: HD

Na última semana os “conservados cobras do jornalismo-saudade”, estiveram em almoço mensal, verdadeira redação de fatos e acontecimentos da mídia, no curso do tempo, com prioridade para as décadas de 50 e 60: Estavam ali, vivos e parceiros os jornalistas Hélio Dória, Marilio Cabral, Eleisson de Almeida, Esdras Leonor, Deni da Conceição, Helio Santos, Ronaldo Nascimento, Adam Emil e este colunista. O Clube dos Legais confirmou a realização, de agora em diante, de ter um convidado especial, para ser homenageado. Desta feita, abrindo a série de convidados, em abril, teremos o jornalista Plinio Martins Marchini.

Solúvel

Recentemente a mídia registrou que um grupo empresarial nacional estaria interessado em montar no norte do Estado, uma indústria de café solúvel. Só estão – e acho que ainda estão – esperando o pacote de benefícios que o Estado poderia oferecer, inclusive em termos de incentivos e financiamentos oficiais. Não vejo razões para se dar incentivos e vantagens para uma indústria que aqui está tão bem representada e pioneiramente participou ao lado do Estado, do então processo de industrialização, assumindo na época o empresário Jônice Tristão a compra de toda a produção do conilon capixaba, assegurando a viabilidade industrial e agrícola do produto que hoje nos permite ser o maior produtor de conilon do país. Em vez de uma nova indústria concorrente, acho que valeria ser consultado o grupo Tristão, pois, estou certo que os benefícios e financiamentos resultariam num aumento expressivo da própria Real Café, premiando-se o esforço e a coragem de quem há 50 anos enfrentou sozinho os desafios do solúvel. Financiar e conquistar grupos de fora – eu penso assim – só se não existir no Estado projeto equivalente. DIVULGAÇÃO

Cochilo

Nas duas ultimas semanas o nosso Estado foi levado às manchetes internacionais, sob a pressão dos desatinos, da crueldade, dos assaltos, das insatisfações e do desespero inflado e perigoso de ameaças e operações, em sua maioria quadrilheiras, segundo as autoridades estaduais e federais, renasce deste buraco negro e passa a ser conhecido e melhor analisado por importantes segmentos esta campanha que nos envergou, transformando-a em plataforma de relançamento do Estado prospero, ordeiro, potencialmente viável – e digo sempre – pode ser considerado a porta de saída para o mundo e de entrada do mundo para o Brasil.

O Espírito Santo é a porta de saída para o mundo e de entrada do mundo para o Brasil.

SEXTA-FEIRA, 24 DE FEVEREIRO DE 2017 j WWW.ESHOJE.COM.BR

Sabor ES

Aline Dias

Porque comer com prazer é ainda melhor!

sabores@eshoje.com.br

Drinks para uma folia mais colorida O carnaval chegou e a coluna quer deixar o seu mais alegre, com dica de dois drinks bem gostosos. Um, mais elaborado, o outro, mais simples. Um com vodca e outro com cerveja! Prove, mas nada de dirigir depois, ok?! ALINE DIAS

Durante os dias de folia tem gente que gosta de viajar, curtir uma praia, montanhas, blocos de rua, assistir os desfiles. Outros preferem ficar em casa, descansar, dormir, assistir filme na TV com pipoca e evitar aglomerações. Seja qual for a sua opção, temos aqueles que adoram criar drinks e misturebas pra dar um up nas festividades e sair da mesmice. Mas vamos colocar um pouco de cultura nesse texto. Você sabia que o Carnaval do Rio de Janeiro é considerado a maior festa popular do mundo? Que o Carnaval tem origem no Entrudo, uma série de jogos e brincadeiras populares introduzidas no Brasil pelos portugueses no século XVI? Que o Carnaval de Vitória é incrível e vale muito a pena conhecer? Pois é, se não conhece, fica a dica para o próximo ano! Como estamos falando de origens, saiba que a origem dos coquetéis é bem remota, mas acredita-se que ele surgiu na Grécia Antiga, com a mistura de água do mar a mel de abelhas com o vinho. Até mesmo vinagres eram utilizados. Mas quem popularizou mesmo foram os americanos, à partir de 1920, durante a vigência da O Sombrero é uma bebida doce e colorida, que anima só de ver Lei Seca dos EUA. Foi um jeito que eles arrumaram de amenizar o gosto ruim das bebidas fabricadas ilegalmente, assim como uma forma disfarçada de beber sem chamar atenção das autoridades. Hoje existem diversos tipos de misturas no mundo a fora, com ingredientes regionais, internacionais, drinks de todos os tipos e valores. Nesta edição vamos aprender com o fera bartender, Rodrigo Farias, o Perdigão, do Jalapeño Cocina e Cultura. São duas opções: aMichelada (drink típico do México, que significa “Minha cerveja gelada” - mi chela helada) – e o Sombrero. Aproveite e bom carnaval! Lembrando de não exagerar e não dirigir depois de beber, hein?

SOMBRERO

Ingredientes w 100

ml de vodca w 25 ml de suco de limão taiti w 20 ml suco de cranberry w 20 ml xarope simples de açúcar (pode ser açúcar normal mesmo ou fazer o xarope: é só colocar duas partes iguais de água e açúcar no fogo baixo até virar um caramelo) w 01 sachê de chá de frutas silvestres (ou frutas vermelhas)

w F

de hortelã de gengibre w C w F

Modo de preparo:

w B

todos os ingredientes no liquidificador, com exceção da cereja e das folhas de hortelã. Coe duas vezes. w S em taça Martini (sugestão), decorada com casca de limão, cereja ou folhas de hortelã

MICHELADA

Ingredientes w S w1

limão Taiti do Reino w C ou cerveja de sua preferência w P

Modo de preparo:

w E um pires, coloque sal e

pimenta a gosto e misture. os limões ao meio e

w C

passe metade de um limão na borda do copo ou caneca. w P o copo ou caneca no pires com sal e pimenta, para fazer uma borda. w E a outra metade do limão e coloque no copo. Complete com gelo a gosto e em seguida coloque a cerveja de sua preferência.

Cobertura do canarval de Vitória Audiência nos dois dias de folia 150 mil pessoas alcançadas 945 compartilhamentos 921 comentários 35.760 visualizações de vídeos