Jornal ES Hoje_821

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Fundado em 19 de julho de 2000 por Carlos Roberto Coutinho

Vitória, 19 de fevereiro de 2021 )) Ano XXI )) Nº 821 Edição Gratuita Semanal )) www.eshoje.com.br DIVULGAÇÃO

ESHOJE

DIVULGAÇÃO

POLÍTICA

COLUNA

CULTURA

Euclério magoado com DEM )) 9

Intolerância às críticas ecoam )) 10

Arte contra a violência às mulheres )) 4

Capixabas consomem mais de 300 mi de litros de água A agricultura é o setor usuário de maior consumo, respondendo por 92,3% e por mais de 6,1 bilhões de litros de consumo de água por dia )) 3

PAIXÕES ESQUECIDAS PELA SAÚDE DE TODOS Profissionais da saúde tiveram que abrir mão de hobbies por conta da pandemia )) 7

Racismo no ES: dados não batem com a realidade 5 ))

ARTESÃO NÃO TEM TRABALHO RECONHECIDO Mesmo com lei aprovada em 2015, muitos vivem como informais )) 6


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Editorial

SEXTA-FEIRA, 19 DE FEVEREIRO DE 2021

FOTO DA SEMANA

ESPAÇO DO LEITOR REPRODUÇÃO DA INTERNET

As chuvas que atingiram o ES esta semana, provocaram a destruição de parte de teto de hospital em Vitória

EDITORIAL

Compromisso de cristão? As lutas da sociedade precisam avançar e, para isso, é necessário tolerância, respeito e muito diálogo. É o que propõe a Campanha da Fraternidade 2021 da Igreja Católica do Brasil. Uma instituição que, aliás, vem buscando caminhar pelo ecumenismo e quebra de barreiras como forma de superar dificuldades, como a perda de fiéis. Mas nem este gesto se livrou de ataques e do que o próprio tema sugere com o tema "Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor'. A campanha está sendo alvo de críticas e tentativas de boicotes. Grupos católicos conservadores têm se mobilizado para boicotar a campanha questionando o posicionamento de defesa de grupos minoritários, como o LGBTQI+. Organizada pela conferência nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o conselho nacional de Igrejas Cristãs (Conic), a campanha tem por objetivo promover o diálogo "para superar as polarizações e as violências que marcam a comunidade mundial". Independente de qual religião se pratica, fica cada vez mais claro que os que se dizem religiosos são os que mais segregam, dividem a sociedade. E, pior, “em nome de Deus”. As pessoas usam o santo nome para violentar de toda forma e justificam com trechos bíblicos. Não cabe falar de religião, mas bandeiras e toda tentativa de quebrar no país a cultura da normati-

zação do desrespeito e do preconceito. É preciso, sim, conversar, sobre o que mexe com a sociedade e o que está enraizado e precisa ser mudado. É necessário incomodar as pessoas a reagirem, de forma civilizada, pelo bem delas mesmas. O texto-base da CF 2021 é alvo de críticas nas redes sociais porque defende a importância do diálogo frente às polarizações e ressalta que algumas populações, como aquela formada por mulheres negras e indígenas, são as maiores vítimas da violência. O texto ainda diz que "outro grupo social que sofre as consequências da política estruturada e da criação de inimigos é a população LGBTQI+". Esse último trecho é o principal motivo das campanhas que pedem o boicote da Campanha da Fraternidade. Entre críticas e ataques nas redes sociais, conservadores e fundamentalistas pedem que os fieis não doem dinheiro para as igrejas. Se fosse só, logo seria superado ou, sequer, notada a reação. Mas quando se tenta boicotar o diálogo, fica comprovado que há

tiragem:

Vivemos em uma época em que os meios de comunicação de massa dão a oportunidade para que todos tenham o poder de fala, podendo expressar suas ideias e dar suas opiniões. Fazendo uso desse espaço, muitos são os que estão propagando suas ideias e opiniões sem se importarem com as consequências de suas falas e ideias. Qualquer pessoa que se atreva a propor qualquer tipo de ideia deve saber que as ideias têm consequências. Não importa o valor, a importância, nem a abrangência das ideias propostas: todo e qualquer tipo de ideia terá consequências, tanto para o bem quanto para o mal. Se uma ideia de pouco "valor" e abrangência já pode trazer grandes problemas e consequências, imagine, então, as grandes ideias que, por sua abrangência e importância, podem mudar os rumos da humanidade e transformar todo o mundo ao serem conhecidas e postas em prática. Tais ideias podem ter a capacidade de fazer um cisma entre a sociedade antes e depois delas, tendo em si o poder de mudar as concepções de todas as pessoas do mundo. Wanderson R. Monteiro

Segunda-feira

Os acontecimentos reais começam a desembargar sua carga na segunda-feira. É o habitat natural da divisão da sociedade e do surrealismo humano. É quando o individuo precisa de seus atributos, para enfrentar, com dignidade e hierarquização sua posição no meio social. Percebemos a generalizada desqualificação do brasileiro, pela falta de instrumentos de combater o quase determinismo fatal da pobreza. O trabalho informal no Brasil é um problema sério e abandonado pelas autoridades competentes. São em quantidades numerosas os excluídos do trabalho digno. O brasileiro merece outra sorte. Não da segunda feira fúnebre e parasitária de seu progresso individual evolutivo. É de co-responsabilidade, estado e individuo, formar um novo ciclo onde o destino humano tornar-se um processo contínuo de evolução permanente. Que tenhamos uma segunda feira mais digna, mais proativa e mais produtiva, onde a dignidade humana instrumentaliza o individuo, para jogar com treino e não submeta o individuo a arbitrariedade de um determinismo eternizado. Juarez Alvarenga

Liberdade de expressão

O termo “liberdade de expressão” se tornou ainda mais presente em 2021, principalmente após a exclusão de contas de redes sociais de Donald Trump, então presidente dos Estados Unidos. Enquanto ele defende que as opiniões publicadas acerca da invasão do Capitólio não passaram de liberdade de opinião, outros acusam o conteúdo como incentivo ao ataque ao congresso estadunidense. E proferir estímulo à violência foge da classificação de liberdade de expressão, por mais que Trump tenha sido inocentado em um julgamento que mais tem relação com política que com justiça. E não basta transformar opiniões em políticas públicas. É preciso calar quem critica. Bolsonaro sugeriu recentemente que os jornais deveriam fechar as portas. Afinal, para alguns, a liberdade de expressão só é válida quando está ao próprio favor. É o que sugere o novo escândalo na Espanha, onde um músico foi preso por publicações em redes sociais e letras de músicas que repudiam atitudes governamentais. É preciso debater a liberdade de expressão e estabelecer parâmetros mais certeiros que garantam a livre opinião de ideias e penas mais contundentes quando esta liberdade for afetada. Do mesmo modo, ficou evidente que a divulgação de fake news no Brasil, disfarçada de liberdade de expressão institucionalizada, tem gerado problemas reais na segurança nacional, na ordem, na saúde e na moral públicas. Desta forma sabemos na prática os riscos de transformar liberdades de expressão em políticas ideológicas de governo. Diogo Cavazotti

O poder das redes sociais

As mudanças tecnológicas estão sendo, a cada dia, mais intensas na vida das pessoas, dentre as várias inovações utilizadas diariamente, como os computadores e os smartphones, foi criada uma ferramenta que revolucionou não apenas a forma de interação das pessoas com o mundo, mas especialmente as relações interpessoais, que foram as redes sociais. Quem imaginava que tudo isso aconteceria, há 15 anos, a partir do Orkut?! Luiz Augusto Filizzola

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A opinião dos colunistas não reflete o posicionamento do veículo.

grupos que, travestidos de religiosos, não sofrem com as dores dos outros. E como ser cristão e religioso e ser alheio ao “irmão”? Que fraternidade é essa, que não busca, através do diálogo, aparar arestas e estabelecer a paz? Com um tema diferente a cada ano, a Campanha da Fraternidade tem como objetivo levar os cristãos a fazerem reflexões sobre diferentes temáticas que afetam a sociedade, como políticas públicas, meio ambiente e família. A cada cinco anos, porém, ela toma proporções maiores, porque se torna de cunho ecumênico, envolvendo outras igrejas cristãs. Em 2021, a Campanha da Fraternidade é ecumênica e tem como lema "Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”( Ef 2,14). A proposta é dialogar sobre polarizações e violências vividas por minorias. Negros, brancos, todos os sexos e gêneros, todas as religiões e partidos políticos precisam se abrir a discussão para o avanço, para que o país, de fato, se desenvolva.

Consequências

Danieleh Coutinho - MTB/ES 2694-JP danihcoutinho@eshoje.com.br

Jeferson Louis - MTB/ES 3605/ES

Gleiciane Marriel Ebran Huntington Gabryella Garcia Matheus Passos Sara de Oliveira


Cidades

SEXTA-FEIRA, 19 DE FEVEREIRO DE 2021

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ES consome mais de 300 milhões de litros de água A quantidade corresponde a 75,7 litros de água consumidos, por dia, por cada um dos capixabas SARA DE OLIVEIRA jornalismo@eshoje.com.br

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iariamente, 301 milhões de litros de água são consumidos no Espírito Santo. Segundo dados da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), a agricultura é o setor usuário de maior consumo, respondendo por 92,3% e por mais de 6,1 bilhões de litros de consumo de água por dia. A indústria responde por 1,6% e consome mais de 106 milhões de litros de água por dia. Em uma análise per capta, os dados gerais representam um consumo de 75,7 litros de água por dia, por cada capixaba. Os dados se referem ao ano de 2017 e estão consolidados no Plano Estadual de Recursos Hídricos, do Governo do Estado. Ao todo, o Espírito Santo conta com 14 bacias hidrográficas que fornecem água para todos os capixabas. Na Grande Vitória, o abastecimento é proveniente de duas bacias principais: Rio Jucu e Santa Maria da Vitória. “Temos uma população de cerca de 4 milhões de pessoas no estado. Cerca de 2 milhões de pessoas estão na Grande Vitória.

SEAMA

Isso significa que essas duas bacias são responsáveis pelo abastecimento de pouco mais de metade da população capixaba”, destaca o diretor presidente da Agerh, Fábio Anert. O Engenheiro agrônomo e professor no departamento de Engenharia Ambiental na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Maurice Barcellos da Costa, explica que o consumo de água está relacionado à renda. “Quanto maior a capacidade financeira das pessoas, elas têm mais demanda de recursos, quer seja energia, quer seja água”. CONSUMO DA AGRICULTURA É DE 92,3% O principal setor de consumo de água no Espírito Santo é a agricultura, com uma média superior à nacional, que varia entre 70 e 80%. Segundo Anert, um dos motivos para o índice elevado no setor é a importância da agricultura para a economia do Estado. “Boa parte da área geográfica do Espírito Santo é utilizada para a agricultura. E ela tem utilizado cada vez mais sistemas de irrigação”, afirma. Fábrio Anert explica que muitos cultivadores recorrem aos

O Espírito Santo conta com 14 bacias hidrográficas, que abastecem toda população

sistemas de irrigação em razão da irregularidade das chuvas no estado. “Passamos janeiro, que geralmente é um mês chuvoso, praticamente sem chuva. Cada vez estamos tendo chuvas mais irregulares, acontecendo de forma muito concentrada, o que

não ajuda muito, porque a água escoa rapidamente”, explica. De acordo com o diretor presidente da Agerh, é necessário pensar em ferramentas de melhoria dos sistemas de irrigação,

de forma que o gasto de água seja menor. “Se o manejo da irrigação não é adequado, boa parte dessa água acaba evaporando, então há uma perda de água nesse processo”, afirma. AGERH

Aéreas de baixa disponibilidade mesmo com uma quantidade expressiva de rios com pequeno porte, as bacias hidrográficas conseguem suprir a demanda dos capixabas. Ainda assim, em determinadas épocas do ano, algumas regiões do estado sofrem com falta de água. Os rios Santa Maria do Doce e Santa Joana costumam apresentar problemas de baixa disponibilidade pluviométrica, afetando os municípios de São Roque, Itarana e Itaguaçu. “A seca começa normalmente em abril no Espírito Santo e vai até outubro e inicio de novembro [...] São meses de estiagem, quando o nível desses rios abaixa muito”, explica Anert. O professor Maurice acrescenta que a região noroeste do Espírito Santo e alguns pontos da Bacia do Itapemirim, também apresentam índices pluviométricos mais baixos. “Nós não temos registro que falta agua todo ano. Temos períodos críticos, como houve em 2013, quando passamos por um período de 4 a 5 anos com baixa pluviosidade, ou seja, pouca chuva e o estado praticamente todo foi afetado”, ressalta.

CESAN

Sistemas de reserva

A Bacia do Itapemirim também sofre com níveis baixos

uma das medidas para evitar que mais cidades sofram com a falta de água ao longo do ano é a utilização de sistemas de reserva de água. Maurice Barcellos defende a criação de mais políticas públicas que garantam a reservação de água, como a utilização de reservatórios privados em períodos de estiagem. “Poderiam ser criados inúmeros reservatórios, com o compromisso de que aquele produtor, no período de estiagem, pudesse liberar a água”, afirma. Segundo o engenheiro agrônomo, outro ponto de atenção é o uso e ocupação do solo. “É preciso investir em estruturas que favoreçam a infiltração da água nos solos

e, com isso, você pode aumentar o nível do lençol freático e proporcionar uma vazão mais permanente ao longo do tempo”, destaca. De acordo com Fábio Anert, a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) está desenvolvendo um estudo para a construção de uma barragem na bacia do Rio Jucu. O projeto está em fase de início de obras. “Isso vai dar uma segurança hídrica muito grande para a Grande Vitória”, pontua. De acordo com ele, para propor soluções quanto à utilização dos recursos hídricos no Espírito Santo, cada bacia hidrográfica possui um comitê com representantes do setor público.


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Cultura

SEXTA-FEIRA, 19 DE FEVEREIRO DE 2021

Arte no combate à violência “CineMarias” propõe trabalhar de forma poética e artística a reflexão sobre a violência contra a mulher DIVULGAÇÃO/CINEMARIAS

MATHEUS PASSOS jornalismo@eshoje.com.br

A

arte pode ser representada de diversas formas e expressões. Sobretudo, ela tem um importante papel social, na construção de causas transformadoras de vidas e desconstrução de paradigmas e estereótipos que contribuem para qualquer tipo de violência. Com a proposta de trabalhar de forma poética e artística a reflexão e a memória sobre a violência contra a mulher e a falta de representação feminina no cinema, a partir de março o projeto “CineMarias” irá oferecer 60 bolsas-auxílio para mulheres de 18 a 29 anos. As beneficiárias devem ser moradoras de bairros da Grande Vitória (Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória) abrangidos pelo Programa Estado Presente do Governo do Espírito Santo ou inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal. O programa de formação e capacitação do projeto é gratuito. Dentre o total de bolsas ofertadas, porém, existem diferenças. Enquanto 20 bolsistas serão selecionadas para um Laboratório Imersivo com bolsa-auxílio de R$ 600, 40 irão participar de Atividades Avulsas com uma bolsa de R$ 400. Realizadora audiovisual, idealizadora e diretora de programação do projeto, Luana Laux explica que o “CineMarias” visa utilizar a arte com o intuito de trabalhar o tabu da violência contra mulher por meio de dois vieses: a representação da temática na mídia e a inserção de mulheres de comunidades na construção das próprias histórias, por meio da arte e da educação. “O feminicídio acontece no dia a dia delas nas comunidades… E a Lei Maria é uma inspiração, mas é uma lei. A pessoa faz a denúncia e muitas não têm coragem de irem a uma delegacia… Mas a arte é um convite a trabalhar essas denúncias, nessa lei, por um outro viés, o da subjetividade, que possa trazer uma liberdade, às vezes, o anonimato. Além de incluí-las, na produção de arte, das próprias narrativas, a respeito do que acontece com as mulheres, e permitir que elas estudem cinema”, frisou Luana. As inscrições para participar do projeto estão em curso des-

MISCELÂNEA CULTURAL Alvarito Mendes Filho )) cultura@eshoje.com.br

A música gospel Há alguns dias li que o Brasil é o segundo país do mundo onde mais se ouve música gospel, atrás apenas dos Estados Unidos. Ou seja, somos um mercado extraordinário para esse tipo de produto. REPRODUÇÃO DA INTERNET

Fábio Trindade, desde 2010 canta e compõe música católica “CineMarias” é um programa gratuito e vai ofertar bolsas a vinte mulheres na região metropolitana da Grande Vitória

de 11 de fevereiro, e seguem até a próxima sexta-feira (26). A candidata deve acessar o site do projeto (www.cinemarias.com. br) e preencher a ficha de inscri-

ção. Dúvidas sobre o regulamento poderão ser esclarecidas pelo celular: (27) 98804-8809 ou pelo e-mail: producao.cinemarias@gmail.com.

Formação e capacitação passadas todas as etapas do processo seletivo, as selecionadas participarão de um programa de formação e capacitação em formato híbrido (online/ presencial) a partir do dia 8 de março. Ao todo serão mais de 180 horas divididas em diversas atividades planejadas por mulheres, como um seminário com bate-papos que vão abordar a questão e a construção de novas narrativas a respeito da mulher na TV e no cinema; oficina de produção de filmes sobre violência contra mulher; mentorias; e cursos introdutórios de audiovisual. “Elas [20 alunas] participam das cinco atividades propostas e vão participar dessa produção desses quatro filmes-poesia com base na denúncia da lei Maria da Penha. Mas as outras 40 vão participar pontualmente

das quatro atividades propostas, que são o seminário, a introdução audiovisual e ao roteiro, linguagem cinematográfica ou edição. Elas têm que escolher uma dessas quatro atividades, mas, ao todo, a gente [enquanto projeto] atinge essas 60 mulheres”, esclareceu Luana. As atividades, durante todo o percurso, têm por objetivo a produção de quatro filmes-poesia realizados de forma coletiva. Este compromisso, por sua vez, só caberá às 20 selecionadas para o Laboratório Imersivo, que ao final do projeto, quase dois meses depois do início, em março, será apresentado em uma mostra online na plataforma do projeto. “A possibilidade de novas narrativas a respeito da mulher construída por ela mesma”, finalizou Luana.

Neste artigo, defendo não a música de inspiração cristã em si, mas a ocupação por artistas locais de um nicho de mercado que existe e será, de toda forma, explorado por alguém. Que o pessoal daqui conquiste a parte que lhe cabe neste latifúndio, antes que algum aventureiro abocanhe todo o filé mignon. O Google divulgou recentemente que, durante o período de isolamento, a busca por termos relacionados à música cristã cresceu 200%. É interessante registrar que, no Spotify, uma das playlists mais ouvidas atualmente é a Sucessos Gospel. Detalhe: segundo a Deezer, serviço de áudio pela internet lançado em 2007 e que atende usuários em mais de 180 países, as plataformas de streaming, de um modo geral, vêm registrando aumento no número de reproduções (23%) e no de ouvintes (11%). A boa notícia é que há artistas capixabas plantando os dois pés no cada vez mais promissor solo da música gospel. O representante comercial Fábio Trindade é um deles. O rapaz começou como cantor de música secular, mas, em 2010, passou a só compor e cantar música gospel católica. Para conhecer seu trabalho, basta visitar seu canal no YouTube. Outro exemplo é o Pastor Pedrinho, empresário do setor musical que, além de comandar sua própria carreia como cantor, empresaria outros artistas do segmento. Ele afirma não visar ao mercado, mas tem consciência de que a veiculação de canções e clipes no meio digital dá bom retorno financeiro. “Não é por outro motivo que as gravadoras estão investindo ali”, comenta. Ele próprio planeja lançar material novo uma vez por mês, no YouTube. Seu trabalho mais recente, “Pela fé”, já está lá e conta com a participação da cantora Krys Moraes. O fato é que há um mercado em plena expansão para a música gospel, pronto para receber aqueles que acham que não é pecado aproveitar um nicho de mercado. O AUTOR É ATOR, DIRETOR TEATRAL, JORNALISTA E MESTRE EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E MATEMÁTICA


Cidades

SEXTA-FEIRA, 19 DE FEVEREIRO DE 2021

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Racismo no ES: expectativa bem diferente da realidade ES obteve redução nos registros em 2020, mas relatos de capixabas apontam para aumento GLEICIANE MARRIEL jornalismo@eshoje.com.br

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ficialmente, os crimes de racismo tiveram redução no Espírito Santo, em um ano. Segundo os dados da Polícia Civil capixaba, o estado registrou 79 casos ano passado, 26 a menos que no ano anterior. Na prática, de acordo com representantes do movimento negro capixaba, a realidade é outra. Para a ativista e doutora em psicologia, Luizane Guedes, há no Espírito Santo uma realidade de crimes raciais frequentes e banalizados pela população. “O Estado ainda vive sob a égide de uma pseudodemocracia racial, e com isso invisibiliza crimes raciais, se pautando na lógica de que vivemos em uma harmonia e somos todos iguais. Com isso temos crimes raciais frequentes, reduzidos a ‘foi uma brincadeira de mau gosto’, resumidos a um pedido de desculpas”, afirma. Com a falta de visibilidade às situações de preconceito, a população deslegitima a vítima, causando a falta de denúncias e, consequentemente, registros, aponta Luiziene.

O Estado ainda vive sob a égide de uma pseudodemocracia racial

Luiziene Guedes, ativista

“Esse número não condiz com a realidade, justamente porque temos uma sociedade que nega a existência do racismo. Como ele se perpetua como algo que não existe, alguns pensam que não têm porque realizar denúncia. A vítima é deslegitimada, fragilizada, se sente impotente diante de inúmeras situações que permanecem impunes. Logo, podemos afirmar que existe uma subnotificação desses registros”. Quem sofre na pele os crimes raciais afirma que os casos são diários. “Não tem um dia que não aconteça. Seja uma pessoa mudando de calçada quando você passa, escondendo a bolsa ou, institucional, vindo das repartições públicas”. O pedagogo Abraão Nicodemos estava na casa de uma amiga em um bairro nobre, quando policiais chegaram para cumprir um

mandado de busca a um dos parentes da mulher, e ele virou alvo. “A pessoa que eles estavam procurando não estava no local e meu nome não estava envolvido. Quando sai do local para ir ao serviço, acabei virando alvo. Eu era o único negro do local, tinham mais três pessoas brancas e eram dois policiais, um deles, uma mulher. A policial me abordou dizendo que precisava ver meu celular. Ela reconheceu que não era o procedimento, mas que queria ver as mensagens do meu celular. Como já passei por situações parecidas, sempre ando com a nota fiscal, então eu mostrei e provei que era meu, mas ela queria ver as mensagens. Quem estava no local, inclusive o outro policial, à questionou, falando que eu já havia provado que era meu e que não estava envolvido, mas ela continuou. Ela revirou todo o celular, tinha uma semana que tinha perdido o meu irmão para a Covid-19 e ela ficou fazendo perguntas sobre sua morte, viu minhas fotos íntimas... foi tudo bem constrangedor”. Ele lembra que a situação afetou seu psicológico. “As pessoas dizem que não foi racismo, mas é no dia a dia que a gente sente”. ESCOLAS O caso de Jean Carlos Calmon aconteceu dentro da instituição de ensino. Em conversa com os colegas de turma ele ouviu que era bem tratado por servidora do local porque “tinha cara de traficante”. “É maçante o número de brancos nesse instituto e, mesmo com cotas, o baixo número de pessoas não brancas. Eu nunca me senti tão humilhado perante outras pessoas e esse foi um caso que me marcou muito. Eu me senti imponente, não sabia reagir, me senti traído porque todos riram. Ninguém percebeu que aquilo era ofensivo, nem mesmo com minha saída imediata da mesa. Nossa real história é muito velada, tem muita coisa que é ignorada”, afirma.

N ÚMEROS

79 casos é o número de registros oficiais da Polícia Civil

105 B.O.

foram, oficialmente, registras de crimes de racismo em 2019

DIVULGAÇÃO

A luta tem que ser comum, mas nem sempre as raças se dão as mãos contra o preconceito racial

Racismo x Injúria Racial para a capixaba presidenta nacional da Comissão da Igualdade Racial Associação dos Advogados Criminalistas (Abracrim), Ananda Ferreira , os poucos registros de casos de racismo no estado podem, também, ser resultados da dificuldade de se tipificar. “Enquadrar uma conduta de um indivíduo dentro de um crime de racismo é complicado. Geralmente é visto como injúria. O problema está na lei do racismo. Hoje ainda é culturamente aceitável que o corpo negro ocupe só determinados locais. A partir do momento que avançamos, essa estrutura, formada há muito tempo, não está preparada para nos receber e partem para a ofensa. É muito difícil que o Estado os reconheçam como passíveis de registros ou punições”, comenta. A presidenta explica que há diferença entre o crime de racismo e injúria racial. “A injúria ofende a honra de alguém, se valendo de raça, cor, religião ou origem da pessoa. Quando se ofende um mulçumano, por exemplo, fere a honra. Racismo é dirigido a um coletivo de pessoas, não ofende a honra, é uma ação que impede ou proíbe uma pessoa por conta da cor. Exemplo disso é quando dizem ‘não quero que entre porque você é preto’. Sendo que a injúria está dentro do código penal, ofende a honra por meio da raça, etnia, religião, entre outros.

ARQUIVO PESSOAL

Ananda é membro da Abracim

Já o racismo é específico para raça, é uma ação por conta de uma coletividade. A principal diferença é que atinge ao coletivo, não permite o outro pela sua raça”. O especialista em criminologia, o advogado Flávio Fabiano, acrescenta que para a injúria racial, muitas vezes basta um pedido de desculpas ou pena alternativa, como cesta básica. Nela, a pessoa não adquire ficha criminal, mas fica sob prestação alternativa de um a 6 meses, além de multa. “No racismo, a pena é de 2 a 5 anos, não é afiançado e pode haver a prisão em flagrante, pois não depende de uma denúncia de quem sofreu o ato”.

Ananda Ferreira alerta que a injúria deve ser levada a sério. “Vivemos em um tempo de chibata econômica e emocional. Precisamos entender que a lei também é uma reparação histórica, e que dá um ponto final ao preconceito. Injúria racial é crime, as pessoas devem entender que não é apenas uma ofensa, qualquer coisa que minimize a raça deve ser levada a sério, o governo precisa efetivar políticas públicas de igualdade”.

Vivemos em um tempo de chibata econômica e emocional

Ananda Ferreira, advogada

Onde denunciar Para registros de Boletim de Ocorrência, a Polícia Civil orienta que os denunciantes priorizem os serviços on-line pelo http://delegaciaonline.sesp. es.gov.br/ , evitando dirigir-se a uma delegacia física, devido à pandemia do novo Coronavírus. O 190 deve ser acionado em caso de crime em andamento.


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Economia

SEXTA-FEIRA, 19 DE FEVEREIRO DE 2021

Artesãos lutam por reconhecimento Desde outubro de 2015 existe norma que dispõe sobre a profissão, mas os trabalhadores sofrem com a Previdência DIVULGAÇÃO

MATHEUS PASSOS jornalismo@eshoje.com.br

T

odo e qualquer lugar possui uma identidade cultural. Expressões e manifestações ganham forma por meio de diversos trabalhos que têm por objetivo formar a cultura de um povo e apresenta-la ao resto do mundo. Dentre os principais conjuntos de produtos, desenhos e tons, está o artesanato. Saber identificar e estimular a identidade de cada região, por meio desta herança dos povos que passaram e constituem a cultura brasileira, é de fundamental importância. Porém, o que tem de particular, significativo e bonito para uns, para outros é sinônimo de desafio. Desde outubro de 2015, por exemplo, existe uma lei que dispõe sobre a profissão de artesão, mas a presidente da Federação das Associações de Artesãos do Espírito Santo (Feartes) e, também, presidente da Confederação Brasileira dos Artesãos (Conart Brasil), Maria das Graças Reis, “nem tudo está 100%”. Segundo ela, há cerca de quatro anos movimentos nacionais e regionais de artesãos buscam adequações na lei que regulamenta a profissão. Maria das Graças diz que a categoria sofre com problemas decorrentes da previdência, e busca receber a carteira de trabalho. Os artesãos querem que a lei de regulamentação de pescadores e trabalhadores rurais seja inserida de forma igualitária a eles, como forma da categoria ter os mesmos direitos. Atualmente, conforme consta no artigo 3º da lei que dispõe sobre a profissão, “o artesão será identificado pela Carteira Nacional do Artesão, válida em todo o território nacional por, no míni-

Há cerca de quatro anos, os movimentos de artesãos buscam adequações na lei da profissão

mo, um ano, a qual somente será renovada com a comprovação das contribuições sociais vertidas para a Previdência Social, na forma do regulamento”. “Nós queremos que a Câmara [dos Deputados] coloque o sistema que é feito com os pescadores e produtores rurais para eles terem a sua aposentadoria. Eu estive em Brasília conversando com o relator do processo, mas aí quando a gente começou a conversar, entrou a pandemia e parou tudo. Agora nós começamos a dar sequência a essa questão da previdência, porque esse artigo não foi sacramentado. A lei diz que está reconhecido, regulamentado... Mas e como é que fica o artesão?”, questionou Maria das Graças, destacando que este é o maior desafio da categoria no momento.

Informalidade é real mesmo com a regulamentação, o artesanato ainda é um ramo abrangido pela informalidade. Segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), dos aproximadamente 13 mil artesãos em todo o Estado, em torno de 8 mil possuem a Carteira Nacional de Artesão. A analista do Sebrae no Espírito Santo, Ana Paula Berquo, explica que o estado oferece todos os canais para regularização do profissional do Artesanato. “Atendimento on-line, atendimento presencial, orientações, capacitação, oficinas, feiras entre outros. E o Sebrae/ES também possui projetos de apoio ao segmento, como Projeto de Artesanato”.

Já de acordo com a Feartes, cerca de 30 mil famílias capixabas são impactadas diretamente pelo trabalho artesanal. Entre elas, está a da a artesã e educadora social Jupiara Francisco Cruz Julio da Silva, 49 anos. Moradora do bairro Nova Palestina, em Vitória, Jupiara acredita que o projeto de inserção de artesãos dentro da lei que contempla pescadores e trabalhadores rurais “seria extremamente importante”. Para a artesã e educadora social, “antes da pandemia ninguém pensava que poderia vir uma situação como essa”. “A partir dela, muitas coisas vão mudar, e isso vai gerar leis e situações”, disse.

Pandemia dificultou ainda mais o setor sem feiras e com lojas fechadas, a pandemia, como em todos os segmentos e categorias, também fez a vida dos artesãos ficar de cabeça para baixo. Como forma de amenizar os meses em que apenas o dinheiro saía, sem qualquer retorno financeiro, Maria das Graças buscou ajuda junto ao Governo Estadual para que, ao menos, cestas básicas fossem entregues. “Pelo menos fome eles não passaram até julho do ano passado, o Governo contemplou todos os artesãos, de todos municípios, com cesta básica. Financeiramente tiveram várias linhas de crédito para quem quisesse, para poder pagar uma luz, pagar um aluguel, coisa assim... E com isso, nós vivemos até novembro. Mas foi muito difícil, as meninas começaram a fazer máscara pra vender. Cada uma em seu município, e foi aonde ajudou na renda familiar de cada artesão”, contou a presidente da Federação.

Na pandemia o Governo contemplou todos os artesãos, de todos municípios, com cesta básica

Além de ser base do sustento, o artesanato em muitas famílias é passado por gerações. A experiência como artesã dentro de casa fez a filha de Jupiara, por exemplo, seguir os caminhos da mãe. “Ela nasceu com a minha experiência de artesã e por aí vai. Hoje ela faz vários tipos de artesanato. Está pintando maravilhosamente bem. E aí você vê que as próximas gerações vão sendo impactadas no automático”. A partir das novas gerações, o ciclo identitário se renova e ganha força na construção constante da base cultural de uma região. Assim, seja no artesanato ou em qualquer outra forma de manifestação, e expressão, artístico cultural.


Saúde

SEXTA-FEIRA, 19 DE FEVEREIRO DE 2021

Pandemia interrompe paixões

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WESLEY EGGERT

Profissionais da saúde se veem obrigados a deixar hobbies por conta do combate ao Covid-19 EBRAN HUNTINGTON jornalismo@eshoje.com.br

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vacina começou a chegar, a esperança é grande: para a sociedade e para os profissionais da saúde, na linha de frente do combate ao novo coronavírus. Se é o desejo da população a imunização e volta a uma vida normal, para eles não é diferente. Muito pelo contrário, só assim poderão voltar a fazer coisas que gostam e que antes da Covid-19, era o que proporcionava bem estar emocional.

Não tenho tido estratégias para lidar com o estresse. Me sinto cansado

Wesley Pereira, enfermeiro

O enfermeiro Wesley Pereira atua numa unidade de saúde diretamente no atendimento de pacientes contaminados pela Covid-19. Antes da pandemia ele viajava, pelo menos, cinco vezes por ano, para dentro do estado e até para outros países, mas seu hobby favorito foi interrompido em dezembro de 2019. “Não tenho tido estratégias para lidar com o estresse. Me sinto muito cansado, às vezes desmotivado e sem energias”, diz. A enfermeira Mariana Mônica da Silva é atleta de trail run, com-

petidora de provas como o Circuito Capixaba de Montanhas, Insanity Mountain e Survivor Trip Trail. Além disso, é praticante de trekking também há quatro anos, porém, sua rotina de treinos foi impactada e teve que se dedicar ao combate ao Covid-19. “A demanda do serviço aumentou e fui me sentindo exausta. Desenvolvi transtorno de ansiedade por medo de contaminação e aos poucos deixando de lado a realização de atividades físicas”, afirma. DESAFIOS VIRTUAIS Com o passar do tempo, foi

Mariana é enfermeira e passou a praticar corridas com treinos online no início da pandemia

retornando aos treinos em ambientes abertos, tomando todas as medidas protetivas, optando por lugares com pouca circulação de pessoas. Treinando sozinha a fim de não expor outras pessoas, Mariana não conseguia aliviar seu estresse. Para ela, a melhor maneira de se acalmar é realizar seu esporte em grupo. “Já que as provas foram adia-

das, comecei a participar dos desafios virtuais. Lá estou batendo meus recordes pessoais em montanhas e parques. Faço isso apenas em horários atípicos para evitar menos contato com outros atletas. É uma boa válvula de escape, pois estamos passando por momentos de muita pressão psicológica e momentos de exaustão na linha de frente”, conta.

Dança como um tratamento a clínica geral Camila Eller trabalha no pronto-socorro e para descarregar a tensão do exercício da profissão, ela dança. Jazz, ballet e dança de salão são as favoritas da médica, que precisou parar. Segundo ela, a demanda era tão grande que nem parava para pensar na falta que a dança fazia. A saudade só veio ao contrair o vírus no final do mês

STUDIO L. FARES

Quando me senti melhor voltei para minha rotina normal de dançar

Camila Eller, médica

Camila: dança me dá equilíbrio

de abril e ficar internada na UTI. “Depois de me curar do coronavírus fiquei com muita dificuldade de respirar. Logo, me matriculei em aulas online de dança que aconteciam três vezes por semana e notei que o exercício ajudou muito a expandir o pulmão. Posteriormente contratei uma professora particular. Quando me senti melhor voltei para minha rotina normal de dançar quatro vezes por semana”, comemora. A médica destaca que seu trabalho e a dança se complementam. “Dançar me dá equilíbrio emocional para seguir porque tem sido bem difícil a sobrecarga do trabalho. São muitos óbitos e sofrimento”, expressa.

“Nunca mais voltei à academia” a epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) Ethel Maciel sempre manteve atividade física constante. Praticava pilates três vezes por semana e também fazia yoga. “Eu nunca mais voltei à academia depois da Covid-19. É muito ruim deixar de fazer algo que te faz bem. O que tenho feito agora é basicamente responder entrevistas e ir à televisão. Minha vida acaba girando em torno do vírus. Isso acaba gerando muito estresse porque desde a hora que acordo até a de dormir, estou falando do mesmo assunto”, comunica. Para relaxar, a epidemiologista acabou substituindo suas atividades físicas pela literatura, porém, sempre livros que não tratem de informações da área da saúde.

Desde a hora que acordo até a de dormir, estou falando do mesmo assunto

Ethel Maciel, epidemiologista



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BASTIDORES DA POLÍTICA DIVULGAÇÃO

o partido: “meu candidato é Casagrande, ou quem ele indicar”, afirmou o prefeito.

A aposentadoria...

Euclério Sampaio foi único prefeito eleito pelo DEM na GV

Rejeitado pelo partido

Único prefeito eleito pelo Democratas na Grande Vitória, Euclério Sampaio, de Cariacica, avalia deixar o partido. Disse que nem telefonema ou uma visita de cortesia recebeu do presidente estadual, Diego Libardi, do deputado Theodorico Ferraço e da deputada federal Norma Ayub. Se o DEM for contra a reeleição de Renato Casagrande, Euclério não pensa duas vezes e deixa

Muito tem se falado nas eleições de 2022 e na possibilidade de o ex-governador, Paulo Hartung “aposentar” o projeto de “pendurar as chuteiras eleitorais”, conforme anunciou em 2018. Mas, há quem aposte o contrário e garanta que, se fosse concorrer uma nova eleição, PH já estaria se articulando desde o pleito de 2020.

... do ex-governador...

Governador entre 2003 e 2010, Paulo Hartung entregou a administração do Espírito Santo a Renato Casagrande em 2011, mas tendo pessoas ligadas à ele em diversas secretarias e setores, bem como em prefeituras. E voltou a se articular mais incisivamente em 2013, para no ano seguinte concorrer e derrotar Casagrande.

... Paulo Hartung

Contudo, na eleição passada não

chegou a se envolver – e quando tentou teve seu apoio “rejeitado”. “Se ele tivesse interesse em concorrer a qualquer cargo, já estaria trabalhando nisso. Agora se ele decidir, indiscutivelmente, terá êxito, mas eu duvido”, afirmou raposa política.

Bolsonaro no...

Falando em eleição 2022, o projeto de reeleição do governador Renato Casagrande pode esbarrar na política nacional. A articulação terá que ser muito bem discutida, pois, por exemplo, o Republicanos, que se aproximou do Governo do Estado e conseguiu reeleger Erick Musso presidente da Assembleia Legislativa, poderá ficar com Jair Bolsonado.

... caminho de Casagrande

Bolsonaro, no Espírito Santo, tem como candidato a governador Carlos Manato. Com a nomeação do deputado João Roma (Republicanos-BA) ministro da Cidadania, o cabo de guerra do partido será grande. Vale destacar que, segundo representantes do Republica-

nos no ES, não há qualquer compromisso impedindo que o partido lance candidato ano que vem.

Sem partido

Falando em Manato, ele que ainda não definiu em qual partido assinará ficha de filiação, disse que tem bom relacionamento com os dirigentes do Republicanos e também com o Rede Sustentabilidade, de Audifax Barcelos.

Dificuldadesde Audifax

Pré-candidato ao Governo do Estado, o ex-prefeito de Serra, Audifax Barcelos, poderá ter que reavaliar seus planos. Um dos motivos é que o Rede, mesmo com recursos para campanha, não tem tempo de televisão. O outro é o próprio Audifax, que tem encontrado dificuldades em reunir lideranças políticas em seu grupo. Se ficar onde está, o serrano terá condições de concorrer a deputado estadual, puxando mais um.

MDB de Lelo

O ex-prefeito da Serra namora o

MDB, de Lelo Coimbra. E o partido não é, necessariamente, o mesmo de Rose de Freitas, que retornou à sigla emedebista com a promessa de assumir o comando no Espírito Santo. Esta autoridade é que vai definir os rumos do partido nas eleições de 2022.

MDB de Rose

Sob o comando de Rose de Freitas, ano que vem, o partido poderá ter candidato ao Senado, mas não a governador. Ou seja, caminhar pela reeleição de Renato Casagrande. Ou, ainda, abrir mão até da vaga de senador, para compor com o Palácio.

Apoio

Sem Paulo Hartung e Rose de Freitas concorrendo ao Senado Federal, são cada vez maiores as chances do deputado federal Da Vitória disputar, com grande apoio dos prefeitos. Nas eleições passadas, com seu apoio, 35 se elegeram no interior, e três na Grande Vitória. E o parlamentar tem buscado aproximação de mais.


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HUGO BORGES

César Herkenhoff cesarherkenhoff@hotmail.com

O desacreditado e desprezado STF A prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, é apenas mais um capítulo do divórcio entre o Supremo Tribunal Federal e a sociedade civil brasileira. O magistrado não tem tolerância a críticas. Lamentável para quem ocupa função pública que outrora já foi tão nobre e tão respeitada. O ex-governador capixaba José Moraes costumava dizer que quem tem poder é o juiz, porque pode mandar prender e soltar. A questão provoca indignação quando a gente compara a folha corrida de quem é solto e de quem é preso. Não é justificável essa intolerância a críticas que ecoam do conjunto da sociedade brasileira (excluídos basicamente advogados bajuladores e a subserviente Ordem dos Advogados do Brasil). Uma passadela pelas redes sociais vai dar a dimensão exata do que pensam os brasileiros sobre essa facção do mal. O jurista Ruy Barbosa cos-

tumava dizer que a pior ditadura é a do Judiciário, porque contra ela não há a quem recorrer. Lamentável, no entanto, é que essas práticas pouco republicanas, têm sido cada vez mais adotadas por um poder que se coloca à margem da lei. Mais grave do que isso, acima da lei, do ordenamento jurídico e da Constituição Federal. Não sou daqueles que defendem o fechamento do STF. Sempre opto pelos caminhos legais, embora tenha visto no âmbito judicial práticas ilegais e imorais. Li outro dia (e sempre acho que na terra das fake news esse tipo de informação exige

cuidados extremos) que o Supremo mandou um duro recado à a Câmara dos Deputados: a eleição da deputada bolsonarista Bia Kicis para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça é uma declaração de guerra do Parlamento ao STF. O que é isso se não a absoluta falta de observância do preceito constitucional que assegura a independência entre os poderes? A questão é que Bia Kicis manifestou formalmente que pretende levar à apreciação de seus pares proposta de emenda constitucional que revoga a PEC da Bengala, reduzindo de 75 para 70 anos a idade máxima para a aposen-

COLUNA FEU ROSA

tadoria compulsória dos ministros do STF. Fato é que o STF está instalando no Brasil um estado policialesco, não importando se essa prática inaceitável atropela o ordenamento jurídico. Não querem, evidentemente, abrir mão de privilégios, mordomias, imunidades e impunidades. Como os ministros do STS são julgados pelos senadores e os senadores, pelos ministros do STF. Fica parecendo aqueles jogos em que o empate os dois times. Ninguém incomoda ninguém. Jogo de comadres. Muitos rabos presos. Eu, aqui nas terras capixabas, ando tentando denun-

ciar um promotor público que formou provas para instruir uma ação penal imoral, ilegal e que me faz imaginar quais os favores trocados entre uma das partes e o Ministério Público. Tenho cá minhas suspeitas, mas Alexandre de Moraes mande me prender se eu disser.... Ou, se repetir o que ouvi da outra parte. Fato é que a Corregedoria do Ministério Público não acolheu minha denúncia, com base na argumentação de que o promotor denunciado tinha 30 anos de vida pública ilibada. Sequer fui intimado para apresentar as provas que possuo.

ARTIGO

Nossa saúde

Retenção escolar

Há algum tempo decidiu-se, através do projeto europeu “Life AskREACH”, investigar produtos vendidos em 13 países daquele continente para a prática de esportes. Falamos de coisas banais: bolas de ginástica, tapetes para ioga, utensílios de natação, calçados para ginástica, garrafas desportivas etc.

Com o retorno gradual das aulas presenciais, pais e responsáveis começam a se questionar: será que meu filho teve um bom aproveitamento do ano letivo de 2020? Seria a retenção escolar a melhor solução para que as crianças tenham mais tempo para aprender e assimilar os conteúdos passados?

O resultado foi um escândalo: cerca de 25% deles continham substâncias prejudiciais à saúde. Por exemplo: “foi detectada a presença de dois plastificantes que estão restringidos na União Europeia desde julho de 2020 por serem tóxicos para a reprodução e interferirem com o sistema hormonal”. Esclareceu-se que “concentrações desses produtos superiores a 0,1% não estão autorizadas no mercado europeu, mas uma bola de pilates tinha uma concentração de 41% e uma “overball” (também para aulas de pilates) uma concentração de 35%”. Vamos a outro exemplo absolutamente chocante: “Uma corda de exercício continha uma concentração de 2,6% de parafinas cloradas de cadeia curta, que não podem estar presentes em produtos em concentração acima de 0,15%”. Recordei-me, diante de tais resultados, de uma séria reportagem feita na Arábia Saudita. Eis o seu título: “Os índices de câncer na Arábia Saudita são quatro vezes superiores aos da média mundial em função de produtos contaminados que são importados”. Li, em dado jornal do Irã, algo preocupante: “Químicos cancerígenos em assen-

tos de carros”. Em outro, de Portugal: “A agência francesa para a saúde confirma que foram encontradas substâncias potencialmente tóxicas em fraldas para bebês, como por exemplo o herbicida glifosato”. E: “Um em cada dois ingredientes dos cosméticos é tóxico”. Nem os pobres animais escapam. Li na séria revista Veja que “nos EUA e no Canadá uma centena de marcas de comida para cães e gatos teve de recolher seus produtos depois que rações feitas com glúten de trigo chinês mataram dezesseis bichos domésticos”. Diante deste quadro deveríamos todos meditar. Há algumas décadas condenamos ao fracasso vasta parcela do nosso parque industrial, em promovendo uma “abertura dos portos” pouco regulamentada. Exportamos empregos mil importando confecções, brinquedos, eletrônicos etc. Será que além de danificarmos a saúde de nossa economia estamos danificando também a nossa? Eis aí uma boa pergunta para nossas instituições. PEDRO VALLS FEU ROSA Desembargador do TJES

Diante da situação atípica do processo de ensino na pandemia, a recomendação do Conselho Nacional de Educação (CNE) é de que se evite a reprovação nas escolas, contudo a melhor solução é levar o dilema para um diálogo entre responsáveis e equipe pedagógica. Na ânsia de não prejudicar o conhecimento de um filho, muitas famílias acabam optando pela retenção escolar sem levar em consideração o que esse atraso pode significar. Refazer o ano vai ser positivo ou vai apenas reforçar um fracasso que esse aluno teve? Se for uma dificuldade pequena, a criança pode recuperar com aulas de revisão. Já um problema significativo, que vai comprometer os próximos anos, pode exigir mais do que a repetição de ano, mas sim o acompanhamento de um psicopedagogo ou psicólogo. Ainda que nem todos os estudantes tiveram acesso de forma igualitária ao ensino remoto, o

momento pede uma maior confiança por parte da família no professor regente. Afinal, mesmo com os desafios das aulas online, este educador acompanhou a evolução da criança durante o período e está capacitado para fazer uma avaliação assertiva sobre seu desempenho escolar. Sabemos que a defasagem é realidade. Entretanto, as escolas já estão pensando em estratégias para que os alunos mais afetados pela pandemia possam, ao longo do tempo, desenvolver tudo aquilo que lhes é de direito sob a ótica curricular, com aulas de reforço no contraturno e um planejamento intensivo dos conteúdos. Como especialista, a retenção não me parece a melhor opção, mas a decisão final cabe à família e à coordenação pedagógica. ANA REGINA CAMINHA BRAGA Especialista em Gestão Escolar e Educação Especial


Geral

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Tranquilidade em Piúma Trilhas e contemplação da natureza são dicas para aproveitar o Monte Aghá, no sul do ES FOTOS: DIVULGAÇÃO

GLEICIANE MARRIEL jornalismo@eshoje.com.br

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ocalizado entre Piúma e Itapemirim e longe do agito da cidade, uma trilha revela um lugar tranquilo e com paisagens exuberantes que renova as energias e mantém seguro quem o visita. O Monte Aghá fica a aproximadamente 1h42min de Vitória e coleciona histórias. A subida ao monte realizada pela enfermeira Leide Carvalho ficará marcada em sua memória. Foi a primeira que ela fez uma trilha noturna e, ainda, acompanhada com seus dois filhos pequenos.

A trilha para chegar no topo do Monte Aghá é bem direta, com cerca de 3 quilômetros. Na região há locais para se hospedar, mas uma opção é acampar no topo do Monte

Acampar no Monte Aghá foi uma experiência muito agradável, pois lá em cima é fresco

“Eu já faço trilha a alguns anos e nunca tinha feito uma noturna, até que vi uma publicação em uma rede social sobre o local e resolvi levar minha filha de 4 anos e o meu filho de 7. foi um passeio bem tranquilo, subimos respeitando os limites dos pequenos e em cada curva, cada bichinho que vimos, o céu estrelado… tudo deixou eles maravilhados. O nascer do sol lá de cima é tão lindo que nas fotos não chegam nem na metade da beleza”, comenta. Leide diz que, apesar de toda beleza, é necessário tomar alguns cuidados que no fim valem a pena. “No topo temos uma visão geral muito boa da

região, como a vegetação é baixa há visão de todos os lados, inclusive da para ver a Ilha dos Franceses onde a gente finalizou o passeio tomando um banho de mar. Quem for visitar, leve lanche leve, água, uma mochila pequena e se joga, vai valer muito a pena! Eu diria que a trilha é coragem, é prazer, é pra quem gosta de se conectar com a natureza, mas é muito importante escolher uma equipe que te dê suporte e que esteja preparada para isso”. Quem também se apaixonou pelo caminho e chegada foi Deivys Gonçalves. “A primeira vez que subi o monte foi de madrugada para ver o nascer

do sol, achei a trilha bem tranquila, pois não há trechos muito íngremes, subindo devagar e tranquilamente, dá para fazer a trilha inteira em aproximadamente 2 horas. Lá no topo fomos agraciados pela ótima vista que o monte nos proporciona, com o mar como plano de fundo e também a cidade de Piúma. Existem algumas flores e também bromélias”, lembra.

marcelo de Araújo, proprietário da página wanderlust.es nas redes sociais, se considera aventureiro por natureza e conduz excursões ao Monte Aghá de 2 a 3 vezes no ano. Ele é especialista em fazer o percurso e orienta o que levar e os cuidados a serem tomados para se aproveitar o local. “Por conta dos matos, aconselho irem ao local com quem já conhece a trilha. De preferência a ir de calça e jamais esqueça o repelente. Se for no verão, priorize ir o mais cedo possível por causa do calor e leve, no mínimo, 1L de água para cada pessoa. A trilha não tem trechos absurdamente pe-

ARQUIVO PESSOAL

rigosos, mas com crianças toda atenção é bem vinda”.

ACAMPAMENTO Por sua beleza e tranquilidade, o Monte Aghá também é ponto de acampamento de alguns visitantes, que desejam contemplar o nascer do sol de suas barracas.

A segunda vez de Deyvis no lugar foi para acampar. “Eu e outras pessoas subimos na parte da tarde com barracas e alimentos para passar a noite e contemplarmos o pôr do sol. Acampar no Monte Aghá foi uma experiência muito agradável, pois lá em cima, apesar do forte calor do verão, é um local

Eu diria que S E RV I ÇO a trilha é Recanto Monte Agha coragem, é prazer, • Diária: R$180,00 casal, com é pra quem gosta de café da manhã. • Para festas e eventos: Até 10 se conectar com a pessoas, R$150,00. Acima de natureza 10, R$15,00 por pessoa.

” Para o passeio ficar ainda melhor

A trilha não tem trechos absurdamente perigosos, mas é preciso atenção Marcelo de Araújo

Passeio para o ano todo

O guia alerta, também, sobre o lixo produzido pelos visitantes. “Sempre encontramos muito lixo na trilha, é importante lembrar que o lixo é na lixeira! Tenha cuidado com animais

muito fresco à noite”, afirma. Para subir a trilha, um produto é essencial: o repelente. Segundo Daivys, o maior obstáculo foram os mosquitos. “Durante a trilha há muitos mosquitos,o uso de repelente é fundamental! No topo, como venta muito, já não tem. É importante passar repelente e também protetor solar e usar chapéu”.

silvestres. Caso queira fogo, opte pelo fogareiro, pois fazer fogueira é perigoso. Para finalizar, no trajeto há uma porteira, sempre que passar por ela, feche”. Segundo o Blog Destinões, para chegar partindo da Grande Vitória, basta seguir em direção ao Sul do ES pela BR-101 ou pelo litoral seguindo a Rodovia do Sol (ES-060). Ao chegar em Piúma, continue seguindo pela ES-060 e cruze toda a praia principal da cidade, em direção a Itapemirim. A trilha para chegar no topo do Monte Aghá é bem direta, com cerca de 3 quilômetros.

• ServiçoS: Café da manhã incluso na diária. Almoço e jantar, cardápio fixo com pratos que variam de R$39,00 a R$89,00. Com opção de guia para fazer a subida no Monte. • infraeStrutura: Piscina, churrasqueira e fogão de lenha e industrial. • reServa e mais informações: Verônica de Oliveira Falce Beraldo (27) 98831-7671

Bar Amigos do Tião

• ServiçoS: Variedades de tira gosto, prato feito e marmitex (R$10,00). • PratoS: Torresmo (R$8,00), costela de porco temperada (R$5,00), chouriço, codeguim (R$3,00), fígado de galinha, linguiça de porco, calabresa de pernil e cumbuca de feijoada (R$15,00). • reServa e mais informações: Maria Helena (28) 99976-2225


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Temporada dos pescados

COLUNA DO VINHO Carolina Correa )) vinhoses@eshoje.com.br

Por religião ou tradição, com a quaresma, o consumo de peixes e mariscos aumenta muito no ES

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o Espírito Santo, então, ainda mais, porque os capixabas têm a tradição da Moqueca e Torta Capixaba, cuja temporada é aberta com o verão e “encerra” na Páscoa. As aspas são porque, na verdade, para os capixabas não tem dia ou hora para se deliciar com nossas comidas típicas. E já que a temporada dos peixes está oficialmente aberta, que tal um robalo? Peixe dos mais cobiçados na pesca esportiva, o robalo é agressivo e de difícil captura. No Brasil há cinco espécies, sendo mais comuns o robalopeva (C. parallelus) e o robaloflecha (C. undecimalis). O primeiro, menor, atinge 50 centímetros e 3 quilos. Pode ser encontrado em águas salobras e doces, da Flórida ao Rio Grande do Sul. O segundo, bem maior, pode chegar a 25 quilos e 1,5 metro de comprimento. Ambos têm corpo longo, prateado, mais escuro no dorso e no

alto da cabeça e uma linha negra lateral. Hoje são mais abundantes na região Nordeste, mas havia muitos também no Sudeste, onde a pesca predatória contribuiu para a redução de seu número. A carne clara, de consistência firme, magra e sem espinhos intramusculares torna o robalo excelente para vários tipos de preparo. Em moquecas e caldeiradas vai bem devido à firmeza, mas também é indicado para forno, grelha e vapor. Os menores podem ser recheados e assados inteiros; ou assados sem recheio e servidos com molho de camarão, cogumelos ou outros ingredientes. Os maiores, cortados em postas, vão bem cozidos com tomate, cebola e pimentão ou assados em papillote (embrulhados em papelmanteiga, alumínio ou folha de bananeira). Os filés, fritos ou grelhados em pouca manteiga ou azeite e temperados com ervas frescas, são im-

batíveis. E o robalo ainda pode ser consumido cru, sendo um dos peixes mais apreciados para sushi e sashimi. COMO ESCOLHER Devido ao preço, um tanto alto, é difícil achar robalo em peixarias populares. É mais garantido encontrá-lo em grandes supermercados ou peixarias que vendam espécies mais nobres. O peixe inteiro é alongado, prateado, com uma lista escura ao longo do corpo. Quando pressionada, a carne deve voltar rapidamente à posição original. As guelras precisam estar úmidas e brilhantes. Não compre se notar o ventre abaulado ou murcho, os olhos opacos ou se sentir cheiro desagradável. Se estiver cortado em postas, a carne deve ser clara e a textura, firme. Caso compre congelado, observe se está bem embalado e totalmente endurecido.

Cresce consumo do vinho fino brasileiro Ninguém pode negar que o ano de 2020 desafiador e um verdadeiro divisor de águas para todos os setores. Nesta coluna vamos falar de seus efeitos no mercado nacional de vinhos. CAROLINA CORREA

DIVULGAÇÃO

Sabendo escolher bem o robalo, a receita é simples e deliciosa; aprenda a fazer vocês mesmo!

Ni gi ri zus hi Ingredientes 4 pessoas • • • • • • •

3 col. (sopa) de vinagre de arroz 2 col. (sopa) de açúcar 2 col. (chá) de sal, 1 pitada de glutamato monossódico, 1 folha de kombu, 1 1/2 xíc. de arroz para sushi, 24 pedaços de filé de peixe sendo 8 de salmão, 8 de atum e 8 de robalo, • 2 col. (chá) de wasabi • Shoyu acompanha

Modo de preparo

1. Ferva vinagre, açúcar, sal e glutamato. Junte

kombu e reserve. 2. Lave o arroz, cozinhe em 360 ml de água e reserve. 3. Deixe descansar 15 minutos e em uma tina de madeira, misture arroz e vinagre. Após 1 h, umedeça as mãos e modele um bolinho. Segure uma fatia de peixe com indicador e polegar esquerdos, estique sobre demais dedos, e passe o wasabi. 4. Ponha o bolinho por cima e modele com os dedos direitos. Arrume no prato com o peixe para cima e pressione. 5. Repita com o peixe restante. Sirva no prato para Sushi e Sashimi.

Não é nenhuma novidade quebradas. A principal delas para enófilos que no mercado talvez seja o preconceito. de vinhos, os chilenos são os O consumidor passou a coprotagonistas quando fala- nhecer um produto que antes mos de consumo aqui no Bra- não lhe interessava tanto e sil. Com as mudanças que ti- acima de tudo a apreciar o vemos nos hábitos de consu- que é nosso. E, diga-se de pasmo durante a pandemia, além sagem, tem muita coisa boa! do crescimento per capita que Com isso é possível também há bastante tempo se manti- enxergar uma movimentação nha próximo aos 2 litros e fe- de lojas especializadas, reschou dezembro com 3,78 li- taurantes e redes de supertros, outros hábitos também mercado em busca de produmudaram. tores nacionais. Com o dólar Produtores brasileiros estão atingindo picos A barreira do altíssimos, ficou aproveitando espreconceito cada vez mais dise boom para escom o vinho fícil se achar nas tarem cada vez fino nacional prateleiras, em mais próximos desse público. especial dos sufoi quebrada permercados, viEstive no inicio no último nhos importados desse ano no Vale ano dos Vinhedos onque até então podiam ser achade tive a oportudos entre R$ 20 e nidade de visitar R$ 30. grandes e pequenos produtoEis, então, que os vinhos fi- res. Digo-lhes que tive uma nos nacionais passam a ter grata surpresa com tudo que seu consumo ainda maior. vi e provei. Vale ressaltar tamEssa categoria teve um cres- bém que a safra 2020 promecimento de 76%, chegando a te ser uma das safras históri28 milhões de litros comer- cas de nossos vinhos! cializados. Se você ainda não tem o háChile continua liderando, e bito de consumo de vinhos cresceu 38% no ano passado, nacionais, está mais que na mas podemos sentir que algu- hora de se surpreender com a mas barreiras em relação ao qualidade que temos aqui. vinho fino nacional foram E viva o vinho nacional!


Esportes

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RUY MONTE DÁ O RECADO! rmonte@eshoje.com.br

A nova e a velha guarda da Tiva Estou otimista com o futuro da Desportiva Ferroviária neste ano de 2021. Confio que será, sem duvida, um ano muito promissor. O novo presidente grená, Eduardo Matos, eleito recentemente, começou com o pé direito sua gestão. O Ginásio do Tartarugão será um dos locais que vai ofertar atividades gratuitas à população

VV abre cadastro para atividades As opções de atividades são: Taekwondo, Futsal, Voleibol, Ginástica Rítmica, Basquetebol e Handebol

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Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura está realizando pré-inscrição para a população participar das práticas esportivas gratuitas que serão ofertadas este ano no Ginásio de Esportes Tartarugão, localizado em Itaparica, e no Ginásio Poliesportivo Osvaldo Ruy, em São Torquato. As opções de atividades são: Taekwondo, Futsal, Voleibol, Ginástica Rítmica, Basquetebol e

Handebol. O público-alvo são crianças e jovens de 7 a 17 anos, que residem em Vila Velha. As aulas serão de segunda a sexta-feira, nos períodos matutino, vespertino e noturno. Em breve, serão implementadas outras modalidades. De acordo com o secretário, Paulo Renato Fonseca Junior, “o objetivo de abrir uma pré-inscrição é receber e avaliar informações dos interessados, para con-

centrarmos esforços nos dias e horários com maior demanda”. Os interessados podem se cadastrar de forma online clicando aqui e presencialmente, de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h, nos ginásios Tartarugão e Osvaldo Ruy. A Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Cultura vai entrar em contato com os interessados nas modalidades, antes do início das atividades, previstas para o dia 1º de março.

Bolsa Atleta: beneficiários têm que prestar contas DIVULGAÇÃO

os esportistas contemplados no edital vigente do programa Bolsa Atleta têm até o dia 3 de março para enviar à Secretaria de Esportes e Lazer (Sesport) os documentos necessários para a comprovação da prestação de contas. Até o momento, 55 dos 122 contemplados já entregaram a documentação. O prazo para se regularizar junto à Sesport começou a contar no dia 03 de fevereiro, um dia após o pagamento da última parcela aos atletas. A não realização da prestação de contas no prazo invalida a participação no próximo edital. Em virtude da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) e da falta de competições durante o ano de 2020, a Secretaria só vai exigir dos contemplados o envio da Declaração do Atleta e da Ficha Financeira. As outras três de-

O prazo de regulamentação dos 122 bolsistas vai até 3 de março

clarações (da escola, da federação e do Comitê Olímpico) não serão necessárias. Os dois documentos solicitados estão listados abaixo e separados por categoria. Eles precisam ser preenchidos, assinados e encaminhados para o e-mail pcontasbolsaatleta@sesport.es.

gov.br, dentro do prazo legal. Em caso de dúvidas, os telefones para contato da Gerência de Formação e Rendimento (GEFR) são: (27) 3636-7001 ou 3636-7002. Os dois documentos também estão disponíveis na aba do Bolsa Atleta, localizada na parte esquerda do site da Sesport.

Matos reuniu dirigentes jovens da nova safra, e os antigos que sempre representaram força no clube de Jardim América, para discutir mudanças e avanços na agremiação. Fico otimista quando vejo no Eduardo um jovem entusiasta. Ao lado de outros desta safra, confio que irá longe. O rapaz tem o apoio de Carlos Farias, que tem o DNA puro de seu pai, Ailton Farias, um dos monstros sagrados que pertencia à cúpula grená. Também está com ele, Salustiano Sanches, que foi, em três gestões, um dos mais atuantes mandatários do clube de Jardim América. Tem ainda Pedro Soares, com sua paixão pela Desportiva desde quando era atleta da base e uma experiente vivência como gerente de futebol. Wallace Ribeiro, que foi um dos dirigentes mais atuantes da velha guarda também está neste grupo que conta também com a figura de Paulo Renato, que foi dos baluartes recentes no futebol do clube grená. Enfim, a Desportiva Ferroviária começou a se organizar,

não só na parte administrativa, mas no futebol. Tudo está sendo feito, segundo Carlos Farias, dentro de um padrão sério para que, financeiramente, a agremiação respire e saia da negra situação que circulava com dívidas não pagas por gestões anteriores. Contando com a nefasta passagem de Marcelo Vila Forte, que dividiu o clube e por pouco não causou a perda de seu maior patrimônio, o Estádio Engenheiro Araripe, a história do clube de Cariacica, sofreu fortes e sofridas marcas. O futebol profissional de uma agremiação está muito difícil de ser administrado atualmente. A maioria dos clubes brasileiros passa por grandes dificuldades financeiras. O exemplo claro está no futebol carioca com Vasco, Fluminense e Botafogo que está em situação pior. A presença de Salustiano Sanches, principalmente que sempre foi um dos mais respeitados do futebol capixaba, representa muito nessa nova fase da Tiva. Estou otimista. Muito mesmo.


PUBLICAÇÃO LEGAL EDITAIS • COMUNICADOS • BALANÇOS • CONVENÇÕES • PRESTAÇÕES DE CONTAS SEXTA-FEIRA, 19 DE FEVEREIRO DE 2021 )) WWW.ESHOJE.COM.BR )) BIANCA@ESHOJE.COM.BR )) ANUNCIE: (27) 3026-1777 COMUNICADO

JK SERVIÇOS E ASSESSORIA L T D A . , C N P J : 04.548.187/0007-09 torna público que requereu à SEMAM/ ARACRUZ, através do Processo nº 16193/2016 Renovação da Licença Municipal de Operação (LMO) para atividade de Extração de Argila na localidade Rod. Governador Mário Covas, Guaraná, BR-101, KM 185, Zona Rural, Município de Aracruz-ES.

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DG COMERCIO DE ALIMENTOS EIRELI CNPJ nº 21.268.509/0001-90 torna público que REQUEREU da SEMDESU através do Processo n° 26282/2018, a Licença Municipal de Operação, para atividade de Supermercados e Hipermercados Cód 15.22, na localidade Av. Judith Silva Goes Coutinho, 09, no bairro Ponta da Fruta - Vila Velha/ES.

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CLINICA AMOR SAÚDE VILA VELHA LTDA, torna público que Requereu da SEMMA, através do processo N° 8554/2021, Licença LMAR, para ATIVIDADE UBS, CLINICA MÉDICA (COM PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS) 23.05(N), na localidade de AV. HENRIQUE MOSCOSO, N° 1594, CENTRO DE VILA VELHA, Município de VILA VELHA – ES.

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A B R S E RV I ÇO S F LO RE S TA I S LT DA , CNPJ 05.215.135/000783, torna público que recebeu da SEMMA/PMS, através do processo 49801/2020, a LMR 003/2021 – Classe III, para a at i v i d a d e d e s u p e r m e rc a d o , com corte e limpeza de carnes, pescados e semelhantes, na localidade da Avenida Copacabana, 540, Quadra VII, Lote 3-B, Civit II, Serra/ES.

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K A RO P PA RT I C I PAÇÕ E S S . A C N P J / M F 2 2 . 4 2 7. 1 1 7/ 0 0 0 1 - 9 9 E x t rat o d a At a d e A s s e m b l e i a O rd i n á r i a e E x t ra o rd i n á r i a re a l i z a d a e m 1 9 d e j a n e i ro d e 2 0 2 1 à s 0 9 : 0 0 h n a Ave n i d a D a n i l o M o n t e i r o d e C a s t r o , n º 8 1 6 , s a l a F, C e n t r o – I co n h a / E S . Q U O R U M : C o m p a re c e ra m t o d o s o s a c i o n i s t a s , re p re s e nt a n d o a t ot a l i d a d e d o c a p i t a l s o c i a l , co n fo r m e a s s i n at u ra s n o l i v ro d e p re s e n ç a . , M E S A : P r e s i d e n t e : R a m o n Zu q u i Pa g a n i n i ; S e c r e t á r i a " a d h o c " : K a ro p i Zu q u i Pa g a n i n i . D E L I B E R AÇ Ã O : a ) D e l i b e ra ç ã o q u a nto a s co nt a s d a s o c i e d a d e d o s a n o s d e 2 0 1 6 a 2 0 2 0 , b e m co m o q u a nto a d e st i n a ç ã o d o s re s u l t a d o s ; b ) E l e i ç ã o d e d i ret o re s ; c ) A u m e nt o d e c a p i t a l . A at a e m s e u i n t e i ro t e o r fo i a rq u i v a d a n a J U C E E S s o b o n º 2 0 2 1 0 1 1 4 2 8 2 e p rot o co l o 2 1 0 1 1 4 2 8 2 e m 1 7/ 0 2 / 2 0 2 1 . I co n h a - E S , 1 7 d e fe v e re i ro d e 2 0 2 1 . M a rco R a m o n Zu q u i P a g a n i n i - P r e s i d e n t e , K a ro p i Zu q u i Pa g a n i n i – S e c r e t á r i a " a d h o c ".

E D I TA L D E CO NVO C A Ç Ã O S r s . Co n d ô m i n o s d o CO N D O M Í N I O D O E D I F Í C I O P E T RO TOWE R B U S I N E S S , N a q u a l i d a d e d e s í n d i c a d e s t e co n d o m í n i o , s i r vo - m e d a p re s e nt e p a ra co nvo c a r V. S . a s p a ra p a r t i c i p a re m d a A s s e m b l e i a G e ra l O rd i n á r i a , a realizar-se no próximo dia 0 3 / 0 3 / 2 0 2 1 , p o r v í d e o co nfe re n c i a , à s 1 9 : 0 0 h s e m p r i m e i ra co nvo c a ç ã o , co n t a n d o co m a p re s e n ç a d e p e l o m e n o s 2 / 3 ( d o i s t e rço s ) d o s co n d ô m i n o s , o u à s 1 9 : 3 0 h s e m s e g u n d a co n v o c a ç ã o , n o m e s m o d i a e l o c a l , i n d e p e n d e n t e d o n ú m e ro d e co n d ô m i n o s p re s e nt e s p a ra d e l i b e ra r s o b re a s e g u i nt e : O R D E M D O D I A : A p rova ç ã o d a s Co nt a s d a At u a l G e st ã o ; E l e i ç ã o d e S í n d i co e C o n s e l h o ; S i t u a ç ã o d o s P ro c e s s o s J u d i c i a i s ; C ro n o g ra m a O b r a d a F a c h a d a ; F r a ç ã o I d e a l ; ( D e v o l u ç ã o d e Va l o r P a g o a m a i o r d e 0 5 a n o s ) . A s s u nto s G e ra i s : O B S E RVAÇÕ E S : É l i c i to a o s s e n h o re s co n d ô m i n o s s e f a ze re m re p re s e nt a r n a A s s e m b l e i a o ra co nvo c a d a p o r p ro c u ra d o re s , m u n i d o s co m p ro c u ra çõ e s e s p e c i f i c a s ; A s a u s ê n c i a s d o s s e n h o re s co n d ô m i n o s n ã o o s d e s o b r i g a m d e a c e i t a re m co m o t á c i t a co n co rd â n c i a a o s a s s u nto s q u e f o r e m t ra t a d o s e d e l i b e ra d o s ; O s co n d ô m i n o s e m a t ra s o n o s p a g a m e nto s d e s u a s t a x a s co n d o m i n i a i s n ã o p o d e rã o vo t a r e s e re m vot a d o s n a s d e l i b e ra çõ e s .

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C B A D I E S E L E S ATA C A D O D E P E Ç A S LT D A , t o r n a p ú blico que obteve da SEMD E C / P M C , at ravé s d o p ro c e s so n° 36.828/2016, Licença A m b . P o r A d e s ã o e C o m p ro misso – LAC, para atividade d e Pát i o d e e s t o c a g e m p a ra cargas gerais - Cod 22.08 (N), na localidade da R. Argentina, 73 – Jd. América, município de Cariacica/ES.

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BIANCOGRÊS VINÍLICO LTDA., CNPJ: 08.930.868/0001-00 torna público que REQUEREU da SEMMA, através do Processo nº 4516/2021 a Licença Municipal de Instalação e Operação – LMIO para atividade de Fabricação de artigos de material plástico para uso industriais, comerciais e domésticos, com ou sem impressão, sem realização de processo de reciclagem na Localidade Rua Cinco, s/nº, Lote 001, Quadra A, Civit II, 29.160-073, no Município de Serra-ES.

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"LOCALIX SERVIÇOS AMB I E N TA I S LT D A ", t o r n a p ú blico que Requereu a SEMAG, por meio do processo n° 3384/2021, Licença ( L A R ) , p a ra G A R AG E M D E VE Í C U LO S A U TO M OTO R E S CO M AT I V I D A D E S D E M A N U T E N Ç ÃO E A BAS TE C I M E NTO D E V E Í C U LO S n a l o c a l i d a d e d e R u a J a i r M a i o l i , n º 0 5 , P ra i a d o M o r ro , n o M u n . d e G u a ra pari - ES.

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L C C SOARES INDÚSTRIA DE EMBALAGENS, torna público que obteve da SEMDEC/SUB-MA Cariacica, ES, através do processo n° 27784/2019 a Licença Ambiental por Adesão e Compromisso - LAC, n° 02/2021, para a atividade de Fabricação de artigos de material plástico para embalagem e acondicionamento impressos ou não, na localidade de Rua Fluminense, 231, Morada de Santa Fé, Cariacica – ES.

LB DISTRIBUIÇÃO E COMÉRCIO DE ALIMENTOS L T D A C N P J n º 2 7. 2 5 5 . 6 0 9 / 0 0 0 1 - 6 8 to r n a público que REQUEREU da SEMMA a Licença Municipal de Regularização LMAR através do Processo n° 7560/2021, para atividade de Supermercado e Hipermercado Cód Atividade 1 5 . 2 2 . N a l o c a l i d a d e Av. G a biroba, 37, Balneário Ponta d a F r u t a - V i l a Ve l h a / E S .

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LABORATÓRIO PRETTI LTDA, CNPJ n°. 27.725.605/0025-73”, torna público que OBTEVE da SEMMA, através do Processo n°.35661/2020, a Licença Municipal por adesão e compromisso (LAC), para a atividade de Posto de Coleta, na localidade de Rua dos Cravos, nº 23, Feu Rosa, Município da Serra – ES.

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AUTO POSTO SOTECO LTDA, torna público que Obteve da SEMAG, por meio do processo n° 21046/2020, a LMP, para Posto Revendedor de Combustíveis com uso de qualquer tanque, com Lava Jato e Troca de Óleo na localidade de Av. Brasil, n°20, Quadra 51, Bela Vista, Guarapari-ES.

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S D C E NT RO D E RE PA R AC AO A U T O M O T I VA E I R E L I , C N P J 27.558.074/0001-02, torna p ú b l i co q u e O BTE VE d a S E M MA, através do processo n°47224/2018, a Licença L M S , p a ra a at i v i d a d e d e Re paração, retífica ou manutenção de máquinas, COM p i nt u ra p o r a s p e r s ã o , n a l o c a l i d a d e d e R UA E S P E R A N C A M A R I A RO L D I , 7 9 0 , RO SA R I O D E F AT I M A , m u n i c í p i o d a S e r ra - E S .

LA PIETÁ MINERAÇÃO LTDA, torna público que Obteve do IEM A , a t rav é s d o p ro c e s s o n º 32176775, Licença de Operação (LO nº 260/2020), para extração de Granito na Localidade de Córrego Fortaleza, Zona Rural, Nova Venécia – ES.

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"ANTARA BEACH RESTAURANTE LTDA", torna público que Requereu a SEMAG, por meio do processo n° 1502/2021, Licença (LAS), para RESTAURANTE COM OU SEM MÚSICA AO VIVO OU MECÂNICA na localidade de AL. Lúcio Rocha de Almeida, nº 184, Enseada Azul, no Mun. de Guarapari - ES.


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