Revista Asdap Ed. 07 Nov_Dez 2013

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As matérias assinadas da edição são de inteira responsabilidade de seus autores. Proibida a reprodução total ou parcial dos textos sem autorização do veículo ou autor. O conteúdo dos anúncios é de inteira responsabilidade das empresas ou criadores que os publicam.

debate temas como tecnologia, segurança e preocupação ambiental

Editor: Claudio Fontoura Reportagem: Rosangela Groff e Gustavo Cruz Planejamento Gráfico: Carlos Rema Revisão: Gustavo Cruz Ilustração Capa: Jean Pierre Corseuil Tiragem: 10 mil exemplares Circulação e Distribuição: Gratuita e circula nos Estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

22 Congresso SAE Brasil

A Revista ASDAP é editada pela empresa Esporte Motor.

Conselho Editorial Celso Zimmermann, Henrique Steffen, José Alquati e Thiago Alves

Associação Sul-Brasileira dos Distribuidores de Auto Peças (ASDAP) Endereço: Rua Domingos Martins nº 360, sala 403, Centro - Canoas/RS Site: www.asdap.org E-mails: atendimento@asdap.org executivo@asdap.org Telefone: (51) 3059-8034

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Conselheiros Celso Zimmermann (zimmermann@asdap.org) Fernando Bohrer (recove@asdap.org)

Divulgação/SAE Brasil

pronta para atender a procura de final de ano?

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Marcelo Zambonin - Diretor Financeiro (financeiro@asdap.org)

16 Sua empresa está

Destaque

Flávio Telmo - Diretor Administrativo (administrativo@asdap.org)

Rogério Mendes Colla - Vice-Presidente (vicepresidencia@asdap.org)

Especial

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Henrique Steffen - Presidente (presidencia@asdap.org)

Diretoria Executiva

resultados positivos agradam participantes

12 6ª edição da Autoparts:

Expediente

Índice



Entidade

Autoparts com a cara da Asdap Fotos André Kotoman

Grande parte dos integrantes da Comissão Organizadora da Autoparts é formada por empresas integrantes da Associação Sul-brasileira dos Distribuidores de Autopeças (Asdap). Sendo assim, não é exagero dizer que a Autoparts 2013 teve a cara da entidade e a importância da participação da Asdap foi a tônica de muitos depoimentos de distribuidores associados. O presidente da entidade, Henrique Steffen, que também participou como expositor com sua empresa, a Giros Peças, comemorou o fato de os associados demonstrarem interesse em divulgar que são integrantes da entidade: “Isso é muito impor-

Henrique Steffen, de Giros Peças e presidente da Asdap

tante. A gente nota que o engajamento dia a dia vem crescendo. O pessoal está fazendo questão de divulgar que é associado. Além disso, alguns associados que não estão expondo, estão vindo, e alguns até já me comentaram do arrependimento de não estarem participando da feira como expositores”, destacou. Ele valorizou ainda a adesão de novos associados durantes a Autoparts: “Na primeira visita, já conseguimos um novo associado... e ele mesmo informou que já tinha interesse em se associar”. O retorno da Autoparts para Porto Alegre também foi muito valorizado pelos participantes, que veem a capital gaúcha como local ideal para a principal feira do mercado automotivo do Sul do Brasil. O engenheiro agrônomo Ricardo Krolikowski, diretor da RKL Componentes Automotivos e primeiro presidente da Asdap, considera que o mais importante, em relação à sexta edição da Autoparts, “é voltar a ter a feira forte na Fiergs, em Porto Alegre, para que ela volte ao caminho que estava trilhando (antes da edição em Caxias do Sul) e se consolide” ao longo dos anos. “O mais

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Ricardo Krolikowski, diretor da RKL Componentes Automotivos importante é celebrar a viabilidade da feira. O estado do Rio Grande do Sul precisa ter a feira para o seu mercado da reposição, que é significativo

e merece uma feira bem consolidada”, avalia Krolikowski. Já o presidente de Asdap, Henrique Sttefen, é enfático ao comemorar a voltado evento à antiga casa: “A feira não pode sair daqui. Porto Alegre é o nosso maior centro, então a Autoparts tem que estar por aqui”. Eduardo Feijó de Oliveira, da Remot Auto Peças, foi outro distribuidor que considerou o benefício enorme porque, além de divulgar sua marca, a Asdap, como associação dos distribuidores da Região Sul, saiu mais fortalecida. "Ela é a força do estado", disse. O proprietário da Remot destaca que neste ano a empresa teve dúvidas em relação a contar Gustavo Cruz

Elea e Eduardo Oliveira, da Remot Auto Peças



Entidade

Fotos André Kotoman

com um estande na feira, mas que daqui a dois anos não vai hesitar. “A tendência é ficar uma feira maior, uma feira realmente de negócios. Acredito que todos se empenharam bastante para que esta feira seja muito boa e a próxima, melhor ainda”, comemorou. Bons resultados A satisfação com os resultados alcançados no estande da empresa e com a participação de associados da Asdap como expositores, o que favorece bons negócios para o futuro, também foi demonstrada por Luis Alberto Costa, diretor da Filipinas Distribuidora de Peças para Motores . “Só o fato de a Filipinas e outros associados estarem participando da feira aproxima e traz clientes de outros segmentos. A cadeia é muito grande e esta-

Sócio da BG Ferramentas e responsável pela área técnica da empresa, Rafael Ferrari revelou que os resultados alcançados durante o evento foram positivos. Para ele, “a participação e a interação de todo mundo promove a feira e divulga muita coisa entre nós, os associados da Asdap”. Ferrari sugere apenas que a divulgação do evento seja reforçada, com a utilização de outdoors, por exemplo.

Rafael Ferrari , sócio da BG Ferramentas

“Nunca aconteceu algo neste sentido, então, demonstra que os associados estão se fortalecendo dentro do segmento.” O empenho dos organizadores em trazer a Autoparts de volta à capital gaúcha, berço do evento, foi bastante valorizado, pois Porto Alegre é considerado, pela maioria dos expositores, a cidade ideal por ser o polo central do RS. “Eu imagino que as dificuldades sejam grandes pra fazer uma feira dessas. Aqueles que se envolvem são verdadeiros heróis, por que tem que ter uma determinação bastante grande”, considera Flávio Ramos, diretor geral da Ramos e Copini Distribuidora, que esteve na Autoparts para conferir as novidades. Já Laércio Firmino dos Anjos, diretor da LF MGA Distribuidora, destacou a evolução do evento: "A gente percebe uma maturidade, uma evolução, nós estamos fazendo negócios, contatos, reencontrando velhos amigos que não vinham mais (e muitos clientes

Fortalecer o segmento

Luis Alberto Costa, diretor da Filipinas Distribuidora de Peças para Motores mos cada vez mais buscando novos associados, inclusive com a ideia de irmos para outros estados.”

Representante da Action Result, empresa consultora da Asdap, Thiago Alves considera fundamental eventos como este, no estado, para fortalecer o segmento e todos os elos da cadeia: fabricante, distribuidor, lojista, autocenter. “O nosso papel como Asdap é apoiar os distribuidores que estão presentes na feira e também os demais nesta questão do relacionamento com o mercado”, disse, ao destacar que em torno de 20% dos associados da entidade estão com estandes na feira.

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Laércio Firmino dos Anjos, diretor da LF MGA Distribuidora

Flavio Telmo, da Auto Peças Meridional

Thiago Alves, da Action Result e consultor da Asdap

novos também), enfim, uma feira madura, que vale a pena investir”. Por outro lado, Flavio Telmo, da Auto Peças Meridional, faz um pedido a todos associados da Asdap para qualificar ainda mais a participação dos distribuidores na edição de 2015 da Autoparts: “Espero que especialmente os associados da Asdap, por ser uma associação regional, se prontifiquem e participar das próximas edições da feira”.


Participantes esperam mais fabricantes presentes em 2015 O motivo da ausência de mais fabricantes do Rio Grande do Sul na Autoparts foi questionado por alguns expositores, entre eles, Mario Luzia, da Mariluz Representações. "É uma coisa que não dá pra entender, a falta desses fabricantes, que não são poucos, neste evento aqui em Porto Alegre." Já Sérgio Leonardo João, diretor da Climer Soluções Automotivas, considera fundamental a presença de mais fabricantes para também mostrar outro tipo de produto aos visitantes e que, unindo forças com a Asdap, será possível atingir este objetivo em 2015. O distribuidor acredita ser necessário qualificar cada vez mais a Autoparts, devido à sua importância para o mercado gaúcho. "É a forma de nos aproximarmos dos clientes e mostrar toda a diversidade de produtos para os clien-

tes e de atrair os clientes do Interior, que vêm em caravanas, e mostrar lançamentos, produtos novos..." Já Flávio Ramos, da Ramos e Copini Distribuidora, também avalia que a participação da Asdap no evento favorece a vinda de mais fabricantes para o estado. “Eu quero ressaltar a importância de a Asdap estar presente aqui. Isso é fantástico, é uma maneira de atrair mais as fábricas aqui para o Rio Grande do Sul. Hoje, há uma carência no ramo de informações técnicas, então, se a fábrica está aqui no Estado, ela, com certeza, traz novidades e informações pra nós.” Ele considera, ainda, a Autoparts uma ótima oportunidade por não precisar se deslocar para outros estados para participar de uma feira. “São 430 quilômetros (de Frederico Westphalen a Porto Alegre), mas eu

Sérgio Leonardo João, diretor da Climer Soluções Automotivas

Flávio Ramos, da Ramos e Copini Distribuidora Fotos André Kotoman

não me importo.” Celso Alexandre Zimmermann, proprietário da Guido Zimmermann Comércio e Representação, também sentiu a falta de mais fabricantes, mas observou a presença de muitos distribuidores e demonstrou satisfação com os resultados. “O nível de estandes e o perfil estão muito bons. A feira está atendendo bem as expectativas”, considerou.

Mario Luzia, da Mariluz Representações

Grande número de produtos certificados também chama a atenção José Alquati, diretor da Pegasus Distribuidora, destacou o grande número de produtos certificados pelo Inmetro expostos pelos expositores. "É um dos primeiros eventos deste ano após um grande número de certificações. Então, o público está sabendo que este é um quesito que veio pra ficar e é preponderante no negócio hoje", disse Alquati, que

ressaltou ainda a satisfação dos expositores e o surgimento de novos clientes e oportunidades de negócios. “No geral, há uma característica de satisfação dos representantes e expositores. É importante o movimento e a participação em feiras, porque integra fabricante, representante, distribuidor, revendedor, aplicador”, concluiu.


Mercado

Reposição corre atrás do crescimento Ivo Lima

O setor de reparação não tem crescido como os demais segmentos da economia brasileira. As dificuldades se devem à entrada de novos veículos no mercado, com prazo de financiamento em até 60 meses e prestações reduzidas, o que proporciona a venda para as classes C e D com garantias de três a cinco anos, diminuindo bastante o consumo de peças de reposição. A análise é do presidente da Federação do Comércio do Estado do Paraná (Fecomércio-PR), Darci Piana, que tem uma vasta experiência no segmento, pois foi empresário de distribuição de autopeças e presidiu o Sindicato do Comércio Varejista de Veículos, Peças e Acessórios para Veículos do Paraná (Sindipeças-RS), entre outras atividades. De acordo com ele, a médio e longo prazos, o maior volume de veículos rodando e o envelhecimento da frota deverão aumentar consideravelmente a demanda pelas peças de reposição. Para o administrador e economista, a maior dificuldade que o setor enfrenta hoje é a igualdade de preços entre os estados brasileiros. “A substituição tributária, com a Margem de Valor Agregado (MVA), tem proporcionado diferentes preços entre estados. Também existe um diferencial relevante na MVA das concessionárias e o mercado independente, permitindo valores diversos para produtos similares e da mesma procedência, o que tem causado grandes dificuldades entre os canais de venda”, aponta. A maior crítica do setor é o alto valor da MVA que os estados estão exigindo. O mercado não absorve esses preços e o setor acaba vendendo com preços menores, pagando pela tabela da MVA, segundo o empresário. “O resultado é ruim por dois lados, porque traz redução de margem ou redução de movimento, o que significa

“A maior dificuldade que o segmento de reparação enfrenta atualmente é a igualdade de preços entre os estados brasileiros”, Darci Piana, presidente da Fecomércio-PR

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menos faturamento. Tem mais: isso encarece o produto e prejudica o consumidor que busca solução nos desmanches. E aí temos outro problema, porque aumenta o índice de roubo de veículos”, salienta. Conforme Piana, o prejuízo é geral, econômico e social: menor arrecadação e menos empregos com carteira assinada. “Todos perdem: governo, empresários e colaboradores”, frisa. O economista ainda evidencia o desgaste das micro e pequenas empresas, que, com a substituição tributária, saíram perdendo. “Estamos trabalhando junto ao governo federal visando à alteração da legislação, de forma a recuperar a diferença”, indica. Em relação à contribuição de eventos de porte da Copa do Mundo e da Olimpíada para o setor, Piana ressalta o crescimento do país, com deficiências de infraestrutura, principalmente nas questões que envolvem logística, estradas, portos, aeroportos. “Nossos canais de escoamento da produção não atendem ao volume da safra. A lavoura responde ao mercado, mas encontra dificuldades no deslocamento da produção, aumentando os custos e diminuindo a competitividade externa, com redução considerável em sua margem de ganho”, considera. “Mas a Copa do Mundo deverá trazer um crescimento considerável de recursos para o turismo, permitindo que hotéis, bares, restaurantes e transportes tenham aumento de demanda, com a entrada de moeda estrangeira. O setor está bastante esperançoso”, aposta Piana. “O Sistema Fecomércio Sesc Senac está fazendo sua parte, preparando a mão de obra para os segmentos do comércio, serviços e turismo, bem como preparando empresários através de diversos programas. Esperamos com otimismo o próximo ano e os eventos que virão na sequência”, reitera.



Mercado

6ª edição da Autoparts atende a todas as expectativas Com cerca de 10 mil profissionais participantes, evento atingiu o objetivo de fortalecer o mercado regional 12 - Revista Asdap l Novembro/Dezembro 2013 l Ano 2 l Número 7


De volta a sua casa original - fato comemorado pela grande maioria dos participantes -, o Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Estado Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre, a 6ª edição da Autoparts atingiu todas as expectativas, tanto de público, expositores, organizadores, entidades quanto de fortalecimento do mercado regional. Realizada de 16 a 19 de outubro, a feira técnica contou com mais de 100 marcas expositoras, a grande maioria do Rio Grande do Sul, que representa 6% do mercado nacional. Cássio Dresch, diretor comercial da Diretriz Feiras e Eventos, promotora da Autoparts, também destacou como im-

portante nesse processo a mudança do mês e do ano de realização da Autoparts, resgatando seu início e atendendo aos interesses do mercado automotivo do Sul do Brasil. “Nós estamos considerando que esta é a primeira edição da nova etapa da Autoparts. Significa que nós mudamos a periodicidade do evento. Ele passa a acontecer sempre no ano ímpar. Significa que nós recuperamos o local original do evento, a praça original do evento, que é o pavilhão da Fiergs, e que nós restabelecemos o modelo original: realizarmos sempre o evento de forma técnica no mês de outubro do ano em que ela se propõe a ocorrer”, destacou Dresch.

Relacionamento com clientes e fornecedores é valorizado Para Flávio Ramos, diretor geral da Ramos e Copini Distribuidora, o mais importante na feira é o relacionamento com os clientes, pois dá aos participantes a oportunidade de conversar mais tranquilamente, o que dificilmente acontece em feiras maiores. Este benefício para os participantes foi destacado pelos distribuidores presentes, assim como representantes de outros elos da cadeia automotiva. Entre os fabricantes, destaque para marcas que tradicionalmente participam de eventos considerados de relevância para o setor automotivo, entre eles a Mahle Metal Leve, de São Paulo. "Na Autoparts, por sua importância e visibilidade, marcamos presença, através de ações integradas e em parceria com nos-

sos distribuidores. A feira é uma grande vitrine para o mercado e uma oportunidade para estarmos em contato direto com nossos clientes e profissionais do setor. Compartilhar nossas expectativas, consolidar nossa presença e estar em contato direto com nossos parceiros são alguns dos grandes motivos para participar de eventos como a feira Autoparts", destacou Josemar Ribas, chefe Regional de Vendas da Mahle. A Spaal também não poderia deixar de participar da Autoparts e saiu satisfeita com os resultados alcançados. Segundo Gilson Kozlowski, gerente comercial da empresa, "só com as visitas que recebemos no primeiro dia da feira já valeria a pena participar".

Horário ampliado favoreceu presença de todos os profissionais Com a feira se estendendo até as 22h nos dias de semana, os participantes observaram maior participação após as 18h, quando muitos profissionais da reposição e da reparação automotiva que trabalham pela manhã e à tarde têm condições de participar. Marta Mazzini, diretora de marketing da Diretriz, explicou que o horário diferenciado possibilita a participação dos profissionais do balcão de loja, do varejo, o representante, o distribuidor, além de trazer as oficinas mecânicas, autocenters, ou seja, qualquer pessoa interessada no segmento. "Mas sempre lembrando: é uma feira técnica... quem vem para cá é o presidente da empresa, o gerente comercial da empresa, o gerente de compras da empresa, é o representante, o distribuidor, o mecânico. É uma tendência nossa segmentar e o interesse do próprio expositor também é ter uma visitação segmentada", explica.

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Fotos André Kotoman

Mercado

Autoparts terá receptivo diferenciado para representante comercial na próxima edição

Otimismo: organizadores preveem lotação esgotada na próxima edição

Cássio Dresch adiantou durante a Autoparts uma das novidades, definidas com a participação da Comissão Organizadora, que a Diretriz trará para a edição de 2015, confirmada para o mês de outubro, novamente na Fiergs: um espaço receptivo diferenciado para o representante comercial que se cadastrar antecipadamente, com alguns facilitadores e uma sala específica, com acesso restrito, serviços de telefonia, internet, buffet e salgadinho e recepcionista. "De forma que ele possa ter um espaço para receber futuros clientes, interagir com os outros colegas de profissão e, ao mesmo tempo, guardar a sua bagagem quando vier de fora e se sentir um pouquinho mais confortável quando do ato de visitar o evento e de dar

E que venha 2015... Marta Mazzini salienta, ainda, que a realização da Autoparts em Porto Alegre se deve ao interesse dos mercados local e regional, que são, em resumo, os responsáveis pela consolidação do evento. "É um ambiente qualificado, com o objetivo de fortalecer a região onde a feira acontece. Existem expositores de fora que vêm explorar esse mercado, mas esse é um cenário para o mercado regional e o mercado local atuarem como atores principais. Quem vai fazer disso um sucesso é a indústria local", destaca a diretora de marketing da Diretriz. Já antecipando a edição de 2015, o diretor comercial Cássio Dresch prevê lotação esgotada na próxima Autoparts, com base no volume de interessados em assegurar antecipadamente a participação. "Nós achamos que não teremos condições de acomodar todo mundo numa próxima edição, o que revela que nós acertamos em posicionar o evento em um ano que ne-

suporte às indústrias que ele representa na região", explicou Dresch.

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nhuma outra feira acontece no Sul do Brasil, com exceção da Autoparts. A gente percebeu, além do público comprador visitante, inúmeras outras indústrias, inúmeros outros agentes de mercado que poderiam estar presentes como expositores e que vieram somente conferir o que estava acontecendo, o que a concorrência estava mostrando", destacou. Para finalizar, Dresch valorizou o empenho de diversos parceiros para que a feira alcançasse o sucesso em seu retorno a Porto Alegre após cinco anos: "A contribuição da Comissão Organizadora, o apoio da mídia local e as caravanas formadas espontaneamente também foram imprescindíveis para a realização da Autoparts. Voltaremos em 2015 com uma edição melhor ainda, com mais expositores e, certamente, com mais visitação profissional". Para saber mais sobre a Autoparts, acesse www.feiraautoparts.com.br.


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Especial

Fim de ano: carro na oficina, estoque completo Divulgação/Sindirepa-SP

No período de final de ano, em que se programam viagens de férias e também entra um valor a mais no orçamento familiar com o 13º salário, ocorrem mais frequentemente revisões para deixar os carros prontos para enfrentar a estrada e também os próximos meses de rotina de trabalho. Na avaliação dos veículos são identificados peças e sistemas que exigem maior prioridade na hora da manutenção. Segundo Antonio Fiola, presidente do Sindirepa Nacional e do Sindirepa-SP, e porta-voz do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva), que reúne entidades representativas do setor de reposição, as categorias de peças ou acessórios que têm amplas possibilidades de serem aproveitadas no comércio de final de ano são os itens de maior giro, como filtros, pastilhas de freio, óleo lubrificante, líquido para o sistema de arrefecimento, palhetas do para-brisa. “Com relação aos acessórios, a gama é muito extensa, como som, alarme, tapetes, cheiro para o habitáculo. Nesse caso, a compra acontece de impulso: o consumidor vai atrás de uma cera para dar brilho e acaba levando outras coisas que vê na loja”, especifica. Para Fiola, fazer o correto controle de estoque e ampliar a diversificação de itens para atender a todos os modelos e marcas de veículos são uma recomendação a ser feita para distribuidores e varejistas. E essas peças e acessórios estão disponíveis ao consumo sem a necessidade de o empresário se antecipar para ter os produtos nas prateleiras. “São itens que podem ser encontrados facilmente no mercado”, ressalta. Levando o veículo em uma oficina de confiança para checar todos os itens citados, o motorista previne quebras inespe-

radas, garante a segurança no trânsito, melhora o desempenho e diminui o excesso de consumo de combustível provocado por motor desregulado e falta de manutenção adequada, deixando de trocar peças no prazo determinado pelo manual do fabricante. Indo a fundo, a avaliação vai desde os freios do automóvel até a iluminação. De acordo com o dirigente do Sindirepa, a checagem de segurança, conforme a norma ABNT 14624, é recomendada pelo programa Carro 100% / Caminhão 100%, que visa conscientizar os motoristas sobre a importância da manutenção preventiva do veículo. “Para facilitar a revisão, o check-list da manutenção é dividido em partes como freios, pneus e rodas, direção (volante e coluna), suspensão, sinalização e ilumi-

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Check-list é dividido em partes como freios, pneus e rodas, direção (volante e coluna), suspensão, sinalização e iluminação, motor, climatização e arrefecimento, entre outros nação, motor, climatização, arrefecimento, entre outros”, enumera Fiola, lembrando a importância dos acessórios obrigatórios, como extintor de incêndio e buzina. Veja a tabela completa na página ao lado.


Freios Reservatório do líquido de freio Freio de estacionamento Pneus e rodas Estado geral de fixação de rodas (falta de parafusos, trincas ou amassados na parte externa e corrosão acentuada) Desgaste geral da banda de rodagem (pneus com profundidade de sulco superior a 1,6 mm)

Equipamentos obrigatórios Limpador e lavador do para-brisa Extintor de incêndio Buzina Cintos de segurança Triângulo de segurança Estepe

Climatização Funcionamento do ar quente irregular Funcionamento do ar frio irregular

Arrefecimento Nível do líquido Ausência de aditivo Vazamento

Sinalizações Luz indicadora de direção (setas) Luz de freio

Correias auxiliares Estado de desgaste (troca ou ajuste)

Luz indicadora de posição

Direção (volante e coluna) Verificar se há folgas ou se está danificada

Luz

de ré

Iluminação Lâmpadas dos faróis principais

Suspensão Amortecedores, bandejas, braços e pivôs são itens que exigem equipamentos específicos para checagem. É importante examiná-los em uma oficina especializada.

Filtros de ar, óleo, combustível e cabine Estado geral (trocar sempre que

Lâmpadas de iluminação da placa traseira

necessário para aumentar a vida útil e o desempenho do motor do carro)

Alternador e bateria Checar a tensão de carga

Motor Verificar se há vazamento de óleo


Divulgação/Sincopeças-RS

Especial

Recursos programados para esvaziar as prateleiras De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Veículos e de Peças e Acessórios para Veículos no Estado do Rio Grande do Sul (SincopeçasRS), Gerson Nunes Lopes, o estoque de final de ano deve ser ajustado a cada disponibilidade financeira das empresas. “Tanto o pequeno quanto o grande empresário devem dispor de recurso financeiro para fazer o seu estoque de acordo com o tamanho da empresa e direcionar essa verba para o que efetivamente sai no balcão. Não adianta ter produtos na prateleira que vão levar meses para ser vendidos”, argumenta. Lopes orienta que o varejista pergunte ao seu fornecedor, distribuidor, atacado ou indústria o que mais é procurado nessa época do ano. “Em todos os segmentos, autopeças, motopeças, o foco deve ser a linha de produtos específicos para as revisões e reparos mais procurados”, completa. O presidente do Sincopeças-RS também salienta a importância na implementação da inspeção veicular. “O processo pode trazer incremento aos negócios do

Lopes orienta varejista a perguntar sobre produto mais procurado segmento, novos empregos, receita. Po- dem ser identificados através da análise rém, é preciso convencer a população que pontual do defeito, conforme o consulisso é bom para todos”, especifica Nunes, tor técnico do departamento de Aftermarressaltando o trabalho desenvolvido pelo ket da Mann Hummel, André Gonçalves. Um exemplo, segundo ele, são os filsindicato pela regulamentação. “O sindicato trabalha firme desde que tros automotivos, que têm papel fundafoi encaminhado o projeto na Assembleia mental no bom desempenho do carro. Legislativa e busca a conscientização do Cada um deles, seja o do ar, de cabine, público e dos empresários envolvidos”, do óleo ou do combustível, deve ser cheafirma. “Temos que convencer os depu- cado para proporcionar boa performance tados a votarem a proposta que deveria de sua função. E os principais sintomas ter sido encaminhada como um projeto que indicam a necessidade de substituição destas peças são facilmente de lei de saúde pública”, contesta. identificáveis. “Se o veículo apresenta aumento repentino no consumo de combustível, pode estar relacionado ao filtro do ar, pois ele tem como função reter as partículas contidas no ar aspirado pelo motor e cuidar para que somente ar limpo entre na câmara de combustão”, explica Gonçalves. Fazer o diagnóstico em cima dos prinPara veículos de passeio, a troca do cipais sintomas de reparo que o veículo filtro do ar deve ser realizada de acordo exige é uma ferramenta que auxilia na com recomendação do fabricante do vecomercialização das peças e na agilidade ículo, ou no máximo após um ano de uso. do serviço. Diversos componentes que Já no caso dos pesados, o período de troprecisam de conserto ou substituição po- ca é determinado pelo indicador de res-

Diagnóstico é instrumento de vendas

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trição do veículo. “O filtro de cabine, quando em más condições, possibilita a ocorrência de mau cheiro no interior do veículo e perda de eficiência do ar-condicionado e embaçamento dos vidros internos”, cita. Imperfeições na geometria das dobras, falhas na vedação e danos no papel indicam o fim da vida útil do filtro. A perda de potência do veículo também pode indicar entupimentos em filtros do combustível fora das especificações. “Existem ainda algumas situações severas nas quais indicamos a troca do óleo e do filtro, como em grandes centros urbanos, onde existem congestionamentos frequentes”, complementa. Outro equipamento, responsável pelo controle de temperatura do motor, o sistema de arrefecimento, composto de radiador, bomba d’água, mangueiras, válvula termostática, sensores de temperatura e vaso expansor, deve sempre funcionar corretamente para que o motor não seja danificado. É necessário ter atenção e verificar todas as peças que integram o

sistema de arrefecimento. Problemas no radiador, mangueira furada, selo de lobo e cabeçote furados, válvula termostática travada e tampa do vaso expansor danificada também são responsáveis pelo aquecimento demasiado. “Quando o defeito é na bomba d’água podem provocar vazamentos do líquido de arrefecimento por meio do selo”, explica Jair Silva, supervisor de serviços da Nakata, fabricante de sistemas de direção e suspensão. A recomendação é efetuar limpeza do sistema de arrefecimento, colocar aditivo na proporção adequada, evitando usar somente água.

Fazer o diagnóstico em cima dos principais sintomas de reparo que o veículo exige é uma ferramenta que auxilia na comercialização das peças e na agilidade do serviço Banco de Imagens

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Especial

A visão de uma agência de publicidade para o setor de peças Divulgação Emotive Comunicação

Em entrevista à Revista Asdap, Vitor Rodrigues, sócio diretor da agência Emotive Comunicação, de Porto Alegre, deu algumas dicas para quem quer usar a publicidade para alavancar os negócios no segmento de autopeças. Planejamento de ações, levantamento de custos e meios de divulgação são alguns dos temas abordados pelo publicitário, que fez um passo a passo para a prospecção de clientes. A publicidade para o setor de autopeças é importante? A publicidade, para qualquer negócio, é importante. Apenas é necessário saber investir valores diferentes em cada época do ano e compreender a situação do mercado. Uma agência de publicidade pode ajudar em todo o planejamento mensal da empresa. Que tipo de profissionais e empresas são indicados? Geralmente você escolhe entre um profissional liberal ou freelancer ou contrata uma agência de publicidade. Existem muitos profissionais no mercado, o segredo é confiar em quem se está investindo e buscar o melhor profissional ou empresa, que esteja adequado ao seu bolso. Existe um meio preferencial para divulgar o negócio? Depois de uma análise do negócio, pode-se identificar um meio mais direcionado à divulgação. Rádio, TV, jornal e revista especializada são as alternativas óbvias,

Para Vitor Rodrigues, quem planeja obtem melhores resultados nos negócios porém existem mais de 50 alternativas. É possível unir publicidade e ações sociais? Sim. Existem diversos casos de ações ecos sustentáveis. Dá para, por exemplo, fazer uma ação de Natal em que um brinde eco sustentável é enviado por motoboy para o cliente ou entregue por uma pessoa da empresa. Vai depender do valor investido, pois em um catálogo de brindes uma agência pode mostrar mais de 100 opções para validação do cliente. Como fidelizar os clientes? Primeiro, deve-se possuir um CRM, aquele programa que armazena os dados do cliente. Se não possuir, não tem problema, pois basta tê-los anotados no computador. Com os dados, podem ser feitas ações de baixo e alto custo. As ações de baixo custo, como e-mail marketing, SMS marketing, panfletagem no bairro, entre outras, podem ser feitas e gerar resultado.

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Como conquistar novos clientes, os chamados “prospects”? O segredo é entender o perfil do seu público e, a partir disso, buscar novos clientes. Sempre falamos que um bom atendimento e uma manutenção dos clientes ativos (pós-venda) geram resultado, porém devemos ter um equilíbrio entre os prospects e clientes ativos. É preciso ter pressa no final de ano? Na verdade, não. Por mais que seja comum aumentar a publicidade no final do ano, pense primeiro quem é seu público, quem deseja atingir, quais são os melhores meios e quanto você tem de verba. Isso se chama planejar as ações. A melhor coisa que existe é um planejamento paciencioso que em longo prazo atinge todas as suas metas. É hora de organizar a casa e preparar o terreno, pois o ano não foi fácil. 2014 terá boas oportunidades para quem se planeja. Vamos embora acelerar!



Destaque

Tecnologia, segurança e preocupação ambiental no Congresso SAE Brasil O Congresso SAE Brasil 2013 e a mostra tecnológica paralela a painéis de debate mostraram ao mercado uma indústria automobilística focada na tecnologia e na preocupação com segurança e sustentabilidade. A relevância dos temas abordados, o alto nível de conteúdo e a oportunidade de networking foram destaques nos três dias do evento que reuniu um público superior a 10 mil visitantes em São Paulo. O encontro trouxe novidades nesta edição, como a operação de salvamento de vítimas em acidentes de caminhões e automóveis. Simulações de resgate de pessoas mostraram ao vivo as operações como são feitas nas ruas. A ação se insere no projeto desenvolvido pela SAE Brasil em parceria pela Escola Superior de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, com Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e Abeiva (Associação Brasileiras das Empresas Importadoras de Veículos Automotores), com o intuito de reduzir o número de mortes no trânsito. No projeto, a SAE Brasil disponibiliza treinamentos sobre cuidados com módulos de airbag e cintos de segurança e noções básicas

de segurança veicular. Com mais de 100 estandes e 90 empresas, sendo 26 inéditas. A Mostra Tecnológica do Congresso trouxe ideias voltadas à eficiência energética. Na lista de expositores nomes como BASF, Delphi, Freudenberg NOK, Magneti Marelli, SKF, Visteon Sistemas Automotivos e ZF. A exposição trouxe as últimas novidades do setor automobilístico e a apresentação de 148 trabalhos técnicos (papers) desenvolvidos por engenheiros que atuam dentro de empresas e universidades do Brasil e do Exterior. O maior fórum de Engenharia da Mobilidade da América Latina foi fechado pelo Painel dos Presidentes, com as apresentações de Donald Hillebrand, presidente da SAE International; Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz; Cledorvino Belini, presidente do Grupo Fiat Chrysler; e Sandro Beneduce, presidente da Continental Brasil e Argentina, com a mediação de Mário Laffitte, diretor de Comunicação da Mercedes-Benz. Os executivos discorreram sobre a qualificação da engenharia brasileira ante o desafio da inovação. Hillebrand apontou a necessidade de aproximação entre

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indústria e a academia, e de atrativos para os jovens em relação à carreira, desde antes da universidade e até depois da conclusão do curso universitário. Beneduce defendeu a ideia de que a indústria precisa se adaptar às demandas da nova geração de engenheiros, quebrar paradigmas para atrair novos talentos e afirmou que retê-los é o maior desafio da Continental. Cledorvino Belini disse que é urgente a qualificação de engenheiros no Brasil para os novos desafios de empresas globais ante a velocidade cada vez maior das mudanças e o acirramento da competitividade. Ressaltou que a tecnologia mobiliza as organizações a reverem seus modelos. Schiemer confirmou a falta de engenheiros capacitados para as novas tecnologias e destacou que é tarefa da indústria gerar oportunidades para que os engenheiros brasileiros tenham possibilidade de carreira no Brasil e no Exterior, pois isso é questão de competitividade. O SAE Brasil 2014 será realizado de 30 de setembro a 2 de outubro, no Expo Center Norte, em São Paulo e será dirigido por Astor Schmitt, conselheiro das Empresas Randon.



Divulgação SAE Brasil

Destaque

Disseminar o conhecimento e avançar em pesquisas pela competitividade Em entrevista à revista Asdap, o presidente do Congresso SAE Brasil, engenheiro Roberto Bastian, fez considerações a respeito dos desafios e de muito trabalho realizado pelos profissionais do segmento. Bastian comentou o elevado nível do congresso, destacou o empenho dos mais de 200 engenheiros voluntários na preparação dos painéis de debates e comemorou o sucesso: "A dedicação de todos foi fundamental para o saldo deste congresso, que tive a honra de presidir e que foi muito positivo", disse. "O intercâmbio realizado nesse encontro é fundamental para o desenvolvimento dos engenheiros e da engenharia", afirmou o engenheiro. O que a SAE Brasil projeta na organização de congressos como o que ocorreu nos dias 7 a 9 de outubro com temas tão pontuais no setor automotivo? A SAE Brasil é uma associação de engenheiros, sem fins lucrativos, que visa ao fomento da engenharia brasileira. Sua missão é promover o avanço e a disseminação do conhecimento tecnológico na área da mobilidade e faz isso por meio de diversas ferramentas que facilitam a atualização dos engenheiros quanto ao que está acontecendo no mundo da tecnologia. Entre elas o Congresso SAE BRASIL é uma das principais. Trata-se do maior evento da mobilidade na América Latina, onde anualmente se encontram experts dos setores industrial, de pesquisa e de universi-

Roberto Bastian, à esquerda, cumprimenta Astor Schmitt, que presidirá o Congresso em 2014 dades, em nível nacional e internacional, que discutem temas relevantes para a engenharia. Este ano o tema geral do congresso foi o desafio da qualificação dos engenheiros ante as mudanças cada vez mais velozes nas regras do jogo da competitividade e também nas economias. Os resultados refletem o mercado e a expectativa dos segmentos, empresas e profissionais? Essa foi minha primeira preocupação ao assumir a presidência do Congresso SAE Brasil 2013, ou seja, qual deveria ser a temática a ser debatida entre tantos desafios sobre a engenharia lançados pelo mercado, pela concorrência, pelo custo Brasil e pela nova política industrial para o setor automotivo. Concluímos que a falta de engenheiros qualificados para a indústria da mobilidade é um tema crucial para o desenvolvimento do país. Sim, faltam engenheiros e falta qualificação. A indústria no Brasil já se depara com o desafio da competição internacional baseada em sistemas de informação instantânea do mun-

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do globalizado. Essa é uma verdadeira revolução no setor industrial e nos padrões de competitividade conhecidos. E precisa ser intensamente reavaliada. O que já está sendo programado para o próximo ano e como foram os reflexos desses eventos em 2013? Tivemos um público de pouco mais de 10 mil visitantes neste congresso, que assistiram 22 fóruns e painéis temáticos nos quais se apresentaram 105 palestrantes do Brasil e do Exterior. Puderam também conhecer mais de 140 trabalhos inéditos de engenharia nas sessões técnicas do evento e visitar os estandes de 90 empresas de ponta dos diversos modais da mobilidade na mostra tecnológica do congresso, as quais trouxeram as tecnologias do futuro. Como engenheiro, estou certo de que todo o conhecimento adquirido reverterá em projetos inovadores em benefício de toda a sociedade. Em 2014 o Congresso terá um novo presidente, que vai deliberar sobre o conteúdo do evento que irá construir ao lado de equipes de voluntários que somam mais de 200 pessoas, engenheiros de diversas áreas da mobilidade que trabalham em montadoras, autopeças, universidades e consultorias. Neste momento só posso garantir que será um tema com estreita ligação com a dinâmica do mercado e da sociedade para a qual produzimos nossos projetos e produtos.


Destaque

O futuro do automobilismo no Brasil Fotos Divulgação/Fórmula Jr

O Congresso SAE Brasil debateu "A Qualificação da Engenharia Brasileira na Busca por Soluções Inovadoras". O tema norteou 22 painéis nas áreas aeroespacial, veículos leves, caminhões, ônibus, compras, competitividade, transporte ferroviário, internacional, logística, manufatura, motorsport, qualidade, segurança veicular, veículos elétricos e híbridos e sustentabilidade, entre outros assuntos. Entre os painéis apresentados, uns dos temas debatidos foi o futuro do automobilismo brasileiro. Às vésperas da Copa do Mundo no Brasil e da Olimpíada, o país está diante de eventos de porte internacional, com investimentos milionários de patrocinadores de futebol, vôlei, basquete, e do aumento da visibilidade de todos os esportes olímpicos. A preocupação é como fica o automobilismo nessa disputa. No painel, profissionais de renome discutiram como este esporte se renova e continua sendo impulsionado pela paixão de seus atuais aficionados, ao mesmo tempo em que conquista mais públicos com suas novas categorias. Claudio Fontoura, promotor da Fórmula Junior e representante da FGA (Federação Gaúcha de Automobilismo), um dos palestrantes, salien-

tou que a Esportemotor, empresa direcionada à promoção do automobilismo no RS, desenvolveu junto com a FGA um modelo de gerenciamento do campeonato de Fórmula Júnior que é referência no esporte. “Esse modelo serve como um dos elementos de sucesso alcançado pela categoria a nível nacional e internacional”, ressalta. Com mediação do Carro da Fórmula Júnior esteve exposto durante o evento jornalista Wagner Gonzales, os debates tiveram a fala também de Mitsubishi e piloto 12 vezes campeão da Ingo Hoffmann, empresário, instrutor da Stock Car Brasileira; Sérgio Jimenez, presidente do SKB (Super Kart Brasil) e piloto profissional com experiência internacional; Dito Gianetti, presidente do ECPA (Esporte Clube Piracicabano) e proprietário do Autódromo de Piracicaba; Alexandre Gomes Fernandes do Nascimento, presidente da APPM (Associação Paulista de Pilotos de Marcas) e piloto do Campeonato Paulista de Marcas; e Rubens Gatti, presidente da Federação Paranaense de Automobilismo e Fontoura (à dir.) participou de painel como da Comissão Nacional de Kart. promotor da nova categoria

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Periscópio

Transmissão automática de nove velocidades ZF

Pastilhas cerâmicas da Bosch para condições severas ção possui material cerâmico - desenvolvida para cada modelo de veículo, de acordo com o equipamento original -, o que proporciona alto coeficiente de atrito. Outro diferencial é o sistema silenciador com lâmina anti-ruído SSV, composta por duas camadas de aço com tratamento de zinco e níquel, com uma borracha vulcanizada, unindo ambas as partes.

Já estão disponíveis para o mercado de reposição brasileiro as novas pastilhas de freios cerâmicas Bosch. Com grande capacidade de frenagem, o produto importado dos Estados Unidos vem completar o portfólio de componentes de freios do fabricante. A Bosch Ceramic é especialmente indicada para veículos com utilização severa do sistema de freio. Sua composi○

Carretas de três eixos ganham suspensões da Ibero to, quarto eixo dianteiro, suspensão pneumática, suspensão pneumática leve e suspensão boogie para carretas de três eixos. Os sistemas permitem que a distribuição de carga seja uniforme mesmo em pisos irregulares, melhorando a estabilidade do conjunto e a performance do sistema de freios.

A Ibero oferece para o mercado de caminhões inovações que permitem grande ganho de rentabilidade e considerável aumento da vida útil do implemento rodoviário, em especial para os pneus. Seus principais lançamentos são nova suspensão mecânica de 3 eixos, novo eixo completo, novo Dolly Autodirecional Comple-

Bomba de óleo KS para veículos da Mercedes-Benz A KS lançou no mercado de reposição a bomba de óleo para os motores diesel Mercedes-Benz OM 314 (4 cilindros), OM 352 e OM 352 A (6 cilindros). Estes três motores abrangem mais de 40

modelos de caminhões produzidos pela Mercedes-Benz no Brasil entre 1975 e 1990.

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Lançada este ano, a transmissão automática 9HP do Grupo ZF é a primeira de nove velocidades do mundo para automóveis com motores dianteiros transversais. Eficiência nas trocas de marchas, devido ao escalonamento próximo entre as velocidades, tornando as mudanças praticamente imperceptíveis, é uma das características do sistema. Reduz consideravelmente o consumo de combustível e as emissões de CO2 , além de propiciar o conforto da condução. A transmissão possui ainda uma estrutura de software e interface abertas e também, uma poderosa unidade eletrônica, o que significa que é possível integrá-la de forma flexível a diferentes conceitos de veículos.

Osram: lâmpada para pesados resistente a trepidações A Osram renovou suas lâmpadas para veículos pesados e apresenta agora a Truckstar® Pro, desenvolvida com a exclusiva tecnologia antivibração e filamento reforçado para suportar trepidações, contribuindo diretamente para a diminuição dos gastos com reposições frequentes. O produto oferece uma projeção de luz até 100% maior em relação às opções tradicionais e o dobro de vida útil. É aprovada pela norma europeia ECE, com avaliação E1. Essa homologação garante que as exigências técnicas e burocráticas dos países estão sendo respeitadas para autorizar a venda.


Periscópio

5º Encontro da Reparação Automotiva

Fotos Alexandre M. Pivatto

Centenas de profissionais dos diversos elos da cadeia automotiva participaram da tradicional festa de homenagem ao Dia do Mecânico promovida pelo SindirepaRS, realizada na noite de 9 de novembro, na sede do Teresópolis Tênis Clube (TTC), em Porto Alegre. Participaram do grande evento de encerramento do ano da reparação automotiva do Rio Grande do Sul, além de reparadoras, varejistas, distribuidores e fabricantes, representantes de entidades como Asdap e Sincopeças-RS, entre outras. O 6º Encontro da Reparação Automotiva já tem data marcada: 8 de novembro de 2014, novamente no TTC. Festa em homenagem ao Dia do Mecânico foi um sucesso

Dalgas fornece piloto automático para Toyota O piloto automático Dalgas é o mais novo equipamento da tecnologia embarcada da Toyota RAV4. Desenvolvido especialmente para completar os acessórios que acompanham o modelo originalmente, tem como principal característica a comodidade: o acessório controla a velocidade do veículo automaticamente, sem que o motorista precise manter a perna esticada, poupando esforço muscular e dores lombares. O comando de alavanca é fixado na coluna da direção com três botões que permitem o controle das funções do piloto com a ponta dos dedos. A velocidade constante também ajuda a proporcionar economia de combustível para o consumidor.

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