News Sindirepa-RS 002/JUL/2016

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Porto Alegre, Julho de 2016 - Informativo do Sindirepa-RS - www.sindirepa-rs.com.br

Associação ficou ainda mais fortalecida com representantes de diversos estados

Reunião nacional dos Sindirepas impulsiona novas experiências no setor O Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Rio Grande do Sul (Sindirepa-RS) recebeu no dia 17 de junho o Sindirepa Nacional e representantes dos Sindirepas do Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Maranhão, Roraima e Rondônia para a reunião nacional das entidades. O encontro teve ainda a participação de executivos da Ford e da Oficina Brasil. Na ocasião, o presidente do Sindirepa-RS, Enio Guido Raupp, recebeu uma placa alusiva à sua trajetória no setor de reparação e pela iniciativa de criar a associação dos Sindirepas do Brasil.

A reunião do Sindirepa Nacional ocorre a cada seis meses e a importância desse encontro é fortalecer os Sindirepas estaduais. “O que abordamos, principalmente, é a postura de cada estado e o que cada estado pode oferecer em termos de informações, de evoluções. O Brasil possui muitos ‘Brasis’ dentro de si, com frotas muito grandes, diversificadas, com idades diferenciadas. E as necessidades variam muito de um estado para o outro. Assim, fazemos as nossas abordagens para entender o que cada estado precisa”, aduziu o presidente do Sindirepa Nacional, Antônio Fiola. Segundo ele, no semestre seguinte ao da reunião nacional, a associação conversa com diversas entidades e toma as decisões a nível federal. O próximo encontro ocorrerá em novembro, em Ponta Grossa, no Paraná. Fiola referenciou o reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelo dirigente do Sindirepa-RS à frente do sindicato e na sua carreira profissional dentro do segmento. “Esse ano fizemos uma homenagem especial ao presidente do Sindirepa-RS que foi um grande incentiva-

dor da formação e fundação da associação dos sindicatos. Raupp é uma figura representativa por todos os anos no setor, por tudo que fez e pela grande coragem de incentivar a criação do Sindirepa Nacional. Como a pessoa mais velha atuante no nosso setor e que dirige uma entidade, Raupp recebeu uma justa e sincera homenagem de todos nós em um momento muito bonito e emocionante”, descreveu Fiola. “Pela experiência que Raupp acumula durante a estrada que ele tem trilhado, durante todo esse tempo na reparação automotiva, ele se tornou um ícone não só para o Sindirepa a nível estadual mas também a nível nacional”, reconheceu o diretor executivo do Sindirepa-RS, Renê Zanini. Ele conta como foi o momento da fundação da associação dos Sindirepas, em 2012. “A criação do Sindirepa Nacional se deu na sede do Sindirepa de São Paulo em uma reunião que estavam eu, o senhor Enio, o Celso Matos, o Sérgio Alvarenga e o Antônio Fiola”, mencionou. “E como uma homenagem ao nosso sindi-


2 cato, que foi quem sugeriu a criação da entidade nacional, a cerimônia de fundação aconteceu aqui no estado, no Plenário Mercosul da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), cedido pelo presidente Heitor José Müller, e utilizada pela primeira vez por um sindicato. E esse é um orgulho muito grande que sentimos e mais um reconhecimento do trabalho que desenvolvemos.” Em relação à reunião nacional dos Sindirepas, Zanini certifica que o encontro possibilita a troca de experiências e faz com que a associação se mantenha fortalecida cada vez mais. “Alguns Sindirepas passam por dificuldades, colocadas em pautas na mesa de discussões, e que já tinham sido vivenciadas por outros sindicatos. Através de uma conversa salutar, se chegou a uma forma de resolver o problema que o co-irmão enfrenta e, depois disso, deve solucionar. Também as experiências que estamos vivenciando no RS estão servindo de parâmetro para outros estados e isso é muito importante para nós. Ainda as experiências de outros Sindirepas do país virão a enriquecer as ações que o sindicato gaúcho deverá desenvolver nos próximos meses”, consolidou. Para Zanini, o evento, como o que aconteceu no Rio Grande do Sul, vai fazer com que os Sindirepas se unam cada vez mais.” É muito importante o que ocorreu aqui, com a participação de sindicatos, alguns pela primeira vez. É interessante o entusiasmo, a alegria, e a nossa satisfação é grande em poder receber os novos integrantes do nosso time. E eles também trazem dados, fazendo com que a gente encontre subsídios para ajustar as futuras entidades que estão sendo criadas no Brasil. Com a nossa experiência auxiliamos os novos a se assentarem cada vez mais dentro do setor. A cada manifestação dos representantes de sindicatos sobre os resultados obtidos no encontro nos mostra que fizemos um trabalho sério e bem feito”, arrematou.

Reparação engajada e em busca de aprimoramento Para Eduardo Dalla Mura do Carmo, presidente do Sindirepa-ES, são muitos os sistemas que invadem o mercado brasileiro com diferenciais tecnológicos. “A tecnologia nos automóveis cada dia avança muito rápido e a gente tem que tentar acompanhar. Tem carros que estacionam sozinhos, equipamentos de freios cada dia mais complexos, pneus que rodam mesmo furados, e a gente tem que aprender a reparar isso, tem que acompanhar essa evolução”, comentou. Em relação ao encontro dos Sindirepas estaduais, Carmo conceituou as experiências de cada estado como “muito interessantes”, tanto as regiões mais desenvolvidas quanto as menos desenvolvidas na área automotiva. “Na verdade, todos têm o que oferecer, com ideias maravilhosas. São depoimentos e informações de valor incalculável. Quando vemos a categoria evoluindo, a gente tem esperança, e o setor não morre”, concluiu. Pedro Paulo de Medeiros Moraes, dirigente do sindicato de Pernambuco, trouxe como contribuição para o encontro a Lei de Livre Escolha, de 2012, que é uma “ini-

ciativa que deverá ser replicada em outros estados”. Segundo ele, as seguradoras são muito resistentes à essa legislação, o que é uma manifestação natural pois estão saindo de sua zona de conforto. “Quando as demandas não são atendidas espontaneamente, o sindicato pernambucano apoia a oficina e o consumidor para que ele entre no Procon e garanta o seu direito”, relatou. Moraes também falou dos resultados bastante animadores do evento nacional da reparação. “As ideias que as pessoas trazem, os cases, ocorridos em cada estado, cidade, estão aqui para serem absorvidos. São ações que trazem sucesso e boas práticas”, contextualizou. “Quando nos mobilizamos como categoria conseguimos atingir a atenção do poder público, preços melhores com fornecedores e, consequentemente, praticar valores mais acessíveis pelo serviço e outros tantos ganhos. A união de um grupo de empresários buscando melhorias para atender o seu consumidor final só pode trazer bons resultados.” O presidente do Sindirepa de Rondônia, Edson Vander Cordeiro, citou um diferencial

Fiola entregou placa em homenagem ao trabalho de Raupp


3 as melhores expectativas. “Começamos sendo muito bem recebidos no Rio Grande do Sul. E esses encontros são marcados pelas trocas de informações, como cada sindicato opera no seu estado, melhorando o atendimento dos nossos associados e o funcionamento do sindicato”, opinou. “Sempre a gente aprende alguma coisa. Alguns estados têm uma conduta que a gente usa de outro modo e vamos aprimorando.”

do sindicato de seu estado em relação aos do resto do país: a mecânica de veículos pesados. A cidade onde é a sede da entidade, Vilhena, é um local voltado à mecânica pesada. “Atendemos a passagem de mil caminhões por dia no município na escoação de safras de soja. E isso acabou sendo um assunto inovador no encontro, pois a maioria dos Sindirepas atuam na linha leve”, salientou.

licenciamento ambiental, além de ser um empreendimento para nós empresários”, esclareceu. “Também estamos tratando da gestão das oficinas, com um trabalho de colocar as delegacias nos outros municípios e identificar essa necessidade, pois o reparador ainda está muito preocupado apenas com a manutenção técnica. Vamos trabalhar bastante nesta linha”.

Leonor Gomes de Carvalho, a primeira mulher a presidir um Sindirepa no país, com mais de 13 anos no setor, está à frente do sindicato do Maranhão. “É sempre um grande ganho participar dessas reuniões, onde a gente tem essa troca de experiências e os casos de sucesso. Muitas das coisas discutidas aqui são implantadas”, comentou. “Já tenho novidades para levar para o meu estado, como a parceria com uma empresa de crédito que atende o cliente que não tem seguro”, complementou. Também foi muito importante participar da homenagem ao presidente do Sindirepa-RS, que faz parte da história da reparação automotiva de todo o país.”

O dirigente do sindicato de Goiás, Silvio Inácio da Silva, afirmou que o evento foi “muito proveitoso” pois é uma chance de o setor discutir quais são as suas deficiências. “É um aprendizado. Cada vez que a gente participa levamos novas ideias para o nosso estado”, declarou Silva. Ele constata que a reparação independente em Goiás está em franca expansão. Acreditamos que o mercado estará aquecido até 2018. Até lá nosso seguimento vai navegar em águas claras”, definiu.

Conforme Leonor, o trabalho do reparador em sua região também está focado na questão ambiental. “Em maio fizemos o nosso segundo seminário sobre licenciamento ambiental direcionado às oficinas mecânicas. E na ocasião apresentamos a nossa cooperativa que vai fazer o tratamento dos resíduos de toda a cadeia. Essa iniciativa vem atender os requisitos para o

Silva informou que o Sindirepa-GO está começando a atuar na área de lanternagem e pintura e ampliando as Câmaras Setoriais, como a de Colisão, de Mecânica e de Retífica. “Queremos levar mais informação ao reparador da nossa região mas ainda falta uma cultura de associativismo e que esses profissionais sejam mais participativos nas oportunidades oferecidas pelo sindicato”, estabeleceu. Carlos Ramon de Melo, presidente do Sindirepa-MG, veio para a reunião nacional com

Segundo Melo, o sindicato mineiro há 15 anos realiza um encontro anual com os dirigentes do setor, e com palestrantes que falam sobre gestão de oficinas, relacionamento humano, com o foco direcionado ao crescimento do empresário. São eventos onde acontecem orientações sobre tributação, empréstimos e investimentos. “Outra grande preocupação é que o nosso empresário saiba como administrar a oficina, principalmente no meio dessa crise, para que ele tenha habilidade em gerir e não apenas em fazer o atendimento técnico”, observou. Elias Pedroso, do sindicato do Mato Grosso, enfatiza que nesse quarto encontro nacional do Sindirepa Nacional comprova que o fortalecimento da reparação independente. Cada vez mais temos adesões de mais Sindirepas e isso quem ganha é o setor porque você vai agregando mais afiliados, fazendo pleitos maiores. Quando você tem uma representatividade maior, tem um ganho maior numa ação. É de grande valia. Esperamos que cada vez mais a gente colha grandes e bons frutos dessa entidade brilhante que é o Sindirepa Nacional.” Conforme Pedroso, é preciso treinar o profissional na área de gestão e também do conhecimento técnico. “Dentro do grande centro Cuiabá e Várzea Grande não se percebe grande interesse pela capacitação por parte do profissional. Já no interior do estado, a demanda é muito grande. Nessa região temos uma programação intensa de treinamentos. Quanto mais novidades no segmento mais pessoas para treinar e não vamos deixar de fazer”, reiterou.


4 Ford apresenta produtos e ações de relacionamento O gerente nacional de Serviços ao Cliente da Ford, Rodolfo Possuelo, expôs que a Ford e a Motorcraft há três anos possuem uma parceria que tem se tornado cada vez mais forte entre a montadora e o setor de reparação independente. “Temos preparadas estratégias e uma série de iniciativas para o reparador em 2016, que vão desde o desenvolvimento da marca e de produtos até o aprofundamento da comunicação com o setor, através de ações de relacionamento regional e nacional. Os próximos eventos programados para o segundo semestre deverão aprofundar ainda mais os laços com o setor”, adiantou. Segundo Possuelo, o objetivo da reunião da Ford com as lideranças regionais da reparação é desenvolver um trabalho conjunto e ao mesmo tempo de forma local, com uma série de ações que dão continuidade às estratégias da marca. “Por isso estamos aqui também com a participação do gerente regional de Vendas e Pós-Vendas de Porto Alegre, Carlos Gasquez, e o consultor em Negócios de Pós-Vendas do Rio Grande do Sul, Luiz Pedroso. A região Sul é muito importante para a montadora pois significa um mercado de 30% das oficinas independentes. “E quando pegamos a região Sul e Sudeste do Brasil elas são 70% desse mercado”, enumerou. Possuelo evidenciou o volume extremamente relevante de reparadores independentes gaúchos que, de acordo com ele, são muito bem organizados. “As entidades cuidam muito bem do reparador que tem um nível altíssimo de profissionalização no Rio Grande do Sul. São profissionais extremamente habilidosos. Esse é o perfil da região. Há um cuidado muito grande, também graças ao trabalho do Sindirepa-RS, de buscar o desenvolvimento e conhecimento técnico para fazer a reparação”, reforçou. Em relação à dinâmica dos lançamentos tecnológicos dos veículos e a especialização dos profissionais de reparação, Possuelo acredita que é um trabalho contínuo de capacitação. “Um dos propósitos estratégicos da Motorcraft de estar desenvolvendo essas qualificações junto aos Sindirepas é melhorar cada vez mais a capacitação.

Temos uma série de ações voltadas a isso. Elas incluem a divulgação dos materiais que dão acesso às peças que temos liberadas no sistema, mais de 50 mil itens, para produtos que vão até mais de dez anos. Também agregamos as informações técnicas de reparação para os principais componentes e sistemas, módulos, como consertar um sistema de injeção, de ignição, etc. E ainda no segundo semestre haverá novidades que envolvem a parte de treinamento dos nossos reparadores”, especificou. “O tipo de cliente que está indo ser servido pelo reparador independente deve ser atendido da mesma maneira que ocorre dentro de um distribuidor Ford e sair satisfeito com a peça de qualidade e com o serviço onde o veículo possa ser reparado e não ter nenhum tipo de retorno. Com isso os elos da cadeia vão se fortalecendo cada vez mais, da marca à reparação”, sinalizou. Mas todo esse trabalho não seria possível se a gente não tivesse o apoio das pessoas que puderam visualizar na Motorcraft, na Ford, uma oportunidade de fazer crescer o setor.” “A gente procura oferecer peças a preços competitivos, dar acessibilidade às informações e produtos, dar conhecimento técnico para que o reparador independente possa ter as condições de reparar o veículo. E a associação dos Sindirepas conseguiu enxergar isso e o apoio da entidade tem permitido a Ford montar toda essa estratégia para chegar onde estamos chegando. Só no ano passado, foram cerca de 30 eventos pelo Brasil, para falar sobre isso. Assim, não posso deixar de enaltecer e agradecer os representantes dos sindicatos por todo esse apoio. Sem eles não estaríamos aqui”, encerrou.

Lançamento de aplicativo O diretor da Oficina Brasil, Cássio Hervé, trouxe ao evento o Guia de Oficinas Brasil, um aplicativo que localiza e identifica oficinas independentes com qualificação mais próximas do usuário, com avaliações, contato e mecanismo de como chegar ao local. Também ofereceu o espaço na mídia impressa e na área on-line no setor de associações regionais da

Cássio Hervé apresentou durante o evento o Guia de Oficinas Brasil Oficina Brasil para que os sindicatos mostrem suas atividades. “O dono da oficina mecânica tem nesta estrutura um ambiente de apoio às suas necessidades e suas reivindicações”, apontou. Hervé ressaltou a característica muito forte do consumidor brasileiro de dar preferência na hora do serviço pela oficina independente. “Segundo pesquisa recente da Roland Berger, mais de 80% dos motoristas preferem a oficina independente. Desse número, 43% tomam a decisão em função do preço e 57% estão mais ligados à confiança, à disponibilidade sobre o feedback que o proprietário do carro tem sobre o que está acontecendo com o seu veículo”, indicou. Ele destacou a relação de confiança entre o consumidor e o mecânico. “Nessa proximidade entre o cliente e o prestador de serviço existe a questão da influência, ou seja, aquela conversinha que o dono do carro tem com o seu mecânico na hora de trocar o carro. E aí ele é um grande formador de opinião sobre marcas e modelos”, avaliou. “Se considerarmos uma frota circulante de 40 milhões de veículos leves e comerciais, são mais de 32 milhões de donos de carros conversando todos os dias com o seu mecânico”, completou. De acordo com o diretor, com esse processo de concorrência cada vez mais acirrada, as montadoras começaram a buscar mecanismos para ajudar no seu ganho de market share e a identificar na oficina independente um forte aliado, tendo neste segmento um serviço qualificado. “Muitas montadoras estão fazendo isso, como a Ford, por exemplo. Ao se aproximar do mecânico independente a fabricante aumenta a visibilidade do seu produto e melhora a sua imagem, o que se traduz em vendas para a marca. O mecânico quando avalia o carro acaba sendo um recomendador”, sustentou. “Nessa relação, além de se aproximar com informação técnica, com treinamento, a montadora facilita com o acesso à peça. O mecânico tem a peça rápida, com preço justo”, finalizou Hervé.


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