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ENTREVISTAMOS

“Eu faço mais shows durante o São João do que no Carnaval”

Geraldo Azevedo Compositor, cantor e violonista

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Ano 18 - 4a Edição 2019 Distribuição Gratuita Rio de Janeiro/ RJ bafafa.com.br

Superintendente do Centro fala ao Bafafá

Especial Centro do Rio

Um tour com as melhores opções de gastronomia e turismo

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E MAIS: Fábio Cezanne, Felipe Araújo, Raquel Reis, Ricardo Rabelo, Rogeria Paiva

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Cultura de graça ou quase isso


MENSAGENS

Editorial

Centro, o ponto de convergência do Rio Diferente de outros centros urbanos do mundo o Centro do Rio não é um bairro residencial. É marcadamente uma região de escritórios, bancos e comércio com destaque para a Saara, um ponto de convergência de nacionalidades que convivem em paz e harmonia há mais de 50 anos. Cabe ressaltar o sucesso da operação Centro Presente que trouxe segurança à região. Comerciantes e transeuntes reclamam do excesso de população de rua, fenômeno que se repete em quase toda a cidade. A Prefeitura garante que mantém uma política de assistência e recolhimento, mas infelizmente não tem sido suficiente para melhorar a situação. A principal artéria do bairro ganhou o VLT, um bonde moderno que deu ares de século XXI à centenária Av. Rio Branco. O trecho entre a Av. Almirante Barroso e o Obelisco na Av. Beira Mar foi transformado em jardim com ciclovia e banquinhos e virou um novo cartão postal da cidade. Concorde ou não, o Centro é o principal bairro do Rio de Janeiro. Torcemos para que a área seja contemplada com novos projetos e que a manutenção seja eficiente, com planejamento e boa vontade. O Rio merece! Nesta edição apresentamos um especial sobre essa região. Buscamos fazer uma radiografia com dicas diferentes que valem a pena conferir. Puro trabalho de garimpagem que dão uma pequena amostra da diversidade gastronômica e cultural do Centro. Destacamos também a entrevista exclusiva ao Bafafá do compositor, cantor e violonista Geraldo Azevedo. Ele conta que faz mais shows no período junino do que no Carnaval e que está com agenda cheia desde junho. Sucesso total. Boa leitura!

Envie suas perguntas, críticas e sugestões para leitorbafafajornal@gmail.com com nome, cidade e profissão. “Obrigada pela matéria no Jornal Bafafá sobre o lugar onde moro, o querido Bairro de Fátima, parabéns a todos pela reportagem.” Selma Uruna

“Linda reportagem sobre o Bairro de Fátima. Trouxe recordações da minha infância. Abraços!” Márcia Cristina

“Muito legal as informações que vocês passam divulgando eventos para pessoas com poucos recursos. Eu mesma vou tentar visitar os museus que ainda não conheço.” Rose S.

“Peguei o Bafafá no Museu da República. Incrível como conseguem fazer um jornal com tanto conteúdo em apenas 12 páginas. Continuem com essa pegada!” Rita Ortiz

“Lamentável. Esta prefeitura está sendo governada e administrada não por um prefeito, e sim, por um protestante.” Marcos Magalhães

“Nunca vi o Rio de Janeiro tão abandonado. Esse prefeito não gosta da cidade, o descaso é visível. Tomara que esse senhor leve um cartão vermelho nas próximas eleições! Admar Júnior

EXPEDIENTE

Ano 18 – Nº 146 – Ago/19 Jornal Bafafá 100% Opinião é uma publicação da Mercomidia Serv. Editoriais Ltda mercomidia@gmail.com | (21) 3547-3699 Projeto Gráfico: Mônada Soluções Criativas – @monadasolucoescriativas Editores responsáveis: Ricardo Rabelo (Mtb21.204) e Rogeria Paiva Arte: Paulo Bastos - @pcbastos Distribuição gratuita Tiragem: 5 mil exemplares Periodicidade: mensal Circulação: universidades, bares, centros culturais, etc. Veja a lista dos locais no site: www.bafafa.com.br/bafafa/jornal-bafafa Edição digital: www.issuu.com/jornalbafafa Praça: Rio de Janeiro e Niterói Colaboradores dessa edição: Fábio Cezanne, Felipe Araújo, Raquel Reis Jornal Bafafá 100% Opinião não se responsabiliza pelo conteúdo autoral dos colaboradores, bem como serviços de anunciantes. Anuncie: bafafajornal@gmail.com | (21) 3547-3699

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OPINIÃO

Soberania Nacional, e eu com isso? Por Felipe Araújo Tomemos o caso da atual tentativa de privatização, pelo governo Bolsonaro, da Eletrobras, a maior empresa de energia elétrica da América Latina, responsável por cerca de 31% de toda a geração de energia do país, 70% da transformação e 49% de todas as linhas de transmissão, que, se esticadas, dariam uma volta e meia do planeta. Um colosso superavitário que entre 2003 e 2016, por exemplo, distribuiu em dividendos à União, em média, de R$ 934 milhões por ano, e ainda tirou milhares de pessoas da escuridão através do Programa Luz para Todos. Levar à frente essa proposta de privatização seria fazer o Estado Brasileiro não ter mais nenhum controle sobre as tarifas de energia cobradas à população, levando a aumentos imediatos na ordem de duas a quatros vezes o custo da energia gerada pela empresa, o que seria repassado e poderia desencadear uma inflação com efeito dominó em toda a cadeia produtiva do país, agravando o atual quadro de desindustrialização do nosso parque fabril. Além disso, ao entregar nossas hidrelétricas, as maiores do país, abriríamos mão também da gestão de nossas águas e do grande diferencial estratégico geopolítico frente às demais nações do mundo na expansão dos parques eólicos e solares: o controle dos nossos reservatórios, com 52% da capacidade de armazenamento energético do país – um imenso “banco de baterias verdes” que pouquíssimos países do mundo possuem. Com isso estaria configurado um Estado sem nenhuma Empresa de seu controle que pudesse levar a frente políticas desenvolvimentistas e sociais de interesse realmente público. Estaria conformado um Estado sem controle do seu futuro. Um País, portanto, sem nenhuma soberania, cujo destino de seus cidadãos se encerraria em trabalhos precários a serviço dos novos controladores estrangeiros das suas indústrias e seus recursos naturais. Aos países sem soberania resta a submissão dos interesses de países soberanos. Aos brasileiros a luta pela própria sobrevivência. Diretor do Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro

Engenheiro civil e sanitarista, pós-graduado em Políticas Públicas e Governo.

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CRIATIVIDADE

Negócios Criativos & Nova Economia & Momento Por Raquel Reis Hoje se ouve falar muito sobre negócios criativos e nova economia. São conceitos que se tornam realidade e sim, muitas pessoas estão saindo do zero (mesmo) e se dedicando em transformar o que amam em um negócio lucrativo. O que isso significa? Que temos mais soluções para problemas diversos, com foco em uma relação ganha-ganha e, de certa forma, mais humanizada de consumo. Isso para mim é um ganho, principalmente se compararmos com os serviços dos anos 80 e 90, onde o lema era mais ou menos esse: “Prezado cliente, eu tenho isso aqui para você, se você não quiser, tem quem queira”. Essa nova economia, foi impulsionada principalmente pela mudança considerável na cultura de consumo. Hoje as pessoas tem muito mais poder de decisão sobre os produtos que desejam ter em sua vida, e isso envolve propósito de cada um e se o produto se conecta ou não com sua forma de viver no mundo. Desejamos uma experiência de consumo, não queremos mais do mesmo. Esse cenário é muito fértil para os negócios criativos, como por exemplo aluguel de brinquedos para crianças, comida nordestina vegana, personal trainer apenas para noivas, aluguel de bolsas e jóias para festas, aluguel de óculos escuros na praia… em escala maior temos o Airbnb, Uber, Waze, TED, entre outras. E você, já pensou em alguma solução que possa virar um negócio? Uma dica: Iniciar algo, partir para um novo desafio tendo como base aquilo que já está ao seu alcance, ao invés de esperar eternamente pelo “momento ideal” ou pela “oportunidade perfeita”, esperar o dinheiro necessário para realizar algo. Ao pensar no seu negócio, pergunte: Quem sou eu? O que eu sei? Quem eu conheço?

Raquel Reis é CEO Mônada Soluções Criativas. Apaixonada por design e todos os seus processos


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MÚSICA

Rio Cello celebra seus 25 anos e volta a ocupar os principais espaços culturais da cidade Por Fábio Cezanne O maior festival de violoncelos do país está comple- Cello Strings (orquestra de cordas). O quarteto noruetando 25 anos, sem esmorecer diante das dificuldades guês Cellolyd é um dos grandes destaques do ano, com enfrentadas por todo o mercado cultural do país, e, o apresentações na Cadeg e no Teatro João Caetano (dia mais importante, oferecendo uma programação plural 10/08), e no SESC Copacabana, no dia 14. Outro destae sofisticada para todos os gostos. Neste ano, o Rio In- que fica por conta de Colin Carr, grande solista inglês, ternational Cello Encounter vai homenagear Heitor Villa que apresenta, no dia 17, Lobos (em 2019, completam-se 60 anos de sua morte), na Sala Cecília Meireles, Led Zeppelin (50 anos de carreira) e Clara Schumann o concerto de Elgar, em (200 anos do nascimento primeira audição mundial, da pianista e compositora com a Orquestra Sinfônica alemã). A partir do dia 6 Brasileira, regida pelo made agosto, terça-feira, o esto inglês Russell Guyver. Rio volta a ser sede das Com apoio do Consulado mais variadas linguagens da Alemanha, o cellista do violoncelo – em outras alemão de jazz Gunther cidades, o evento já comeTiedemann se apresenta ça no dia 2 de agosto. O no SESC Copacabana, festival internacional - que dia 13, com o também há ¼ de século programa violoncelista Yaniel Matos, José Staneck (gaita) e Blas concertos de excelência, Rivera (saxofone), além de se apresentar solo, dia 16, nacionais e internacionais, na Sala Cecília Meireles. Aliás, o SESC Copacabana de música, dança e artes visuais - vai promover, até o dia receberá, também no dia 13, o Rio Cello Jazz Quartet, 18 de agosto, atrações a preços populares e gratuitos formado pelos violoncelistas Dave Haughey, Gunther em importantes palcos culturais da cidade e também Tiedemann, Mateus Ceccato e Yaniel Matos, com suas em Volta Redonda e Florianópolis. O evento é idealizado peculiares leituras jazzísticas z parte deste encontro e capitaneado pelo violoncelista inglês David Chew, de quatro violoncelos. desde a sua primeira edição, em 1994. Outros destaques: o grupo alemão de música ele Por aqui, o festival se inicia, no dia 6 de agosto, trônica Aggregat (primeira vez no Brasil!), a pianista no Sesc Copacabana, com o encontro de Gilson Linda Bustani, o London Music Club Piano Quartet e Peranzzetta (piano), Trio Twichell, a Orquestra de Cellos e Cordas de Volta Mauro Senise (sax) e Redonda, Victor Biglione Trio e o Rio Cello Ensemble, as o Quarteto de Cordas sopranos Marilia Vargas e Marina da UFF. No dia seguin- Considera, dentre muitos outros! te, o mesmo palco re- Programação completa no site ceberá o saxofonista www.riocello.com.br. argentino Blas Rivera com o Quarteto de Fabio Cezanne é jornalista e músico Cordas da UFF e Rio cezannedivulgacao@gmail.com

O sublime Canto Gregoriano do Mosteiro de São Bento Fundado em 1590 o Mosteiro de São Bento fica bem próximo da região portuária, no Morro de São Bento. É mais uma daquelas relíquias, um dos principais monumentos de arte colonial da cidade e do país. Além do lugar histórico, os monges rezam missa entoando cantos gregorianos num belíssimo ritual que emociona a todos, mesmo quem não é católico. O lugar é uma ilha de silêncio, arte, paz e oração em pleno centro do Rio. As missas de domingo são celebradas com maior solenidade e ficam cheias, por isso é

bom chegar mais cedo. Tem estacionamento no local, livraria e o ambiente é bem preparado para receber turistas. O Mosteiro está aberto diariamente no horário das 6h30 às 18h30. O horário da missa aos domingos é 10h. Importante ressaltar que é exigido trajes adequados para ingressar dentro da igreja. Rua Dom Gerardo, 68 – Centro | Tel: (21) 2206-8100

Jazz na Cinelândia, a boa vibe do Centro Certas coisas só acontecem no Rio mesmo. O que era apenas uma banca de jornal virou também a Banca do Jazz, com apresentações semanais, de graça, em meio ao vai e vem do Centro. A iniciativa é de Guga Pellicciotti, um dos bateristas de jazz mais onipresentes da noite carioca. Guga é uma figura queridíssima e está sempre inovando os espaços onde toca. Ele comandou, entre outros, o Jazz do Castelo, Jazz na Tiradentes, Pedra do Sal, entre outros. As apresentações, intituladas Jazz na Cinelândia, acontecem às sextas-feiras a partir das 18h em frente à banca do André, ao lado da Biblio-

teca Nacional. Embora não seja cobrado couvert, o pedido é que o público consuma no bar da banca e contribua com o chapéu.

Foto: Facebook

Banca do Jazz Rua Pedro Lessa (saída C da estação Cinelândia), ao lado da Biblioteca Nacional. A partir das 18h, grátis. Recomenda-se verificar se vai haver o evento pela página Jazz na Cinelândia no Facebook.


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ESPECIAL CENTRO

Centro do Rio: Um tour em nossa história Por Rogeria Paiva No vai e vem da multidão apressada, muita gente não percebe as riquezas do Centro do Rio. Mas, para quem anda com olhos de viajante, é impossível não se encantar com a beleza do Rio Antigo. Em meio aos arranha-céus, encontramos muitas construções, monumentos, praças e ruas construídas ainda no tempo do Império. Um espaço pleno de história, cultura e arte, além de ser palco de importantes movimentos sociais e políticos. Apesar dos problemas do bairro que aumentam a cada dia, o Centro é uma fonte inesgotável para o turismo e o lazer. O centro do Rio começou a ser povoado em 1567, quando os portugueses ocuparam o Morro do Castelo por razões de segurança. Dali era possível avistar a entrada e saída de navios na baía de Guanabara o que facilitava a defesa da região. Com o crescimento da cidade, em 1922 o morro foi destruído e abriu espaço para ruas na área onde encontramos hoje a Igreja Santa Luzia e os prédios dos antigos Ministérios, o do Trabalho e o da Educação e Cultura. A Avenida Rio Branco que ganhou recentemente um novo projeto urbanístico e conta com as facilidades de transporte do VLT e do metrô, foi inaugurada em 1905 e se chamava Avenida Central. Durante muitos anos foi a principal via de tráfego que cortava o centro da cidade no sentido norte-sul e centro financeiro da cidade. Inspirada na capital francesa nasceu com a ideia de apagar o passado colonial e criar um ambiente cosmopolita para a jovem República. Embora muitas construções importantes também tenham sido destruídas posteriormente, ainda encontramos lindas fachadas em estilo art nouveau. Uma boa ideia para conhecer mais sobre essa história é fazer um dos passeios guiados a pé pelo Centro do Rio. Além de ser instrutivo, é lúdico e o valor é colaborativo. Embora grande parte das pessoas que circula por ali esteja apenas por conta de seus trabalhos, o Centro é um grande polo cultural. São tantos atrativos que, infelizmente, não conseguiremos falar de todos aqui. Além de museus, centros culturais, bibliotecas, igrejas, praças e monumentos, ainda temos uma infinidade de eventos que acontecem diariamente em bares, teatros, casas de cultura, praças e muitos nas ruas. Com a revitalização da zona portuária, ganhamos novos espaços e trouxemos de volta a Baía de Guanabara para a paisagem, um luxo que poucas

cidades no mundo têm. Numa mesmo ponto encontramos construções históricas e modernas emolduradas por uma natureza exuberante. Para ficar perfeito só falta o poder público fazer a sua parte e cuidar melhor da nossa cidade. A antiga Praça XV, onde fica a estação das barcas, monumentos antigos como o Chafariz do Mestre Valentim (1789) e estátua do General Osório (1894) convivem em harmonia com jovens skatistas que conseguiram oficialmente ali um espaço para a prática do esporte. Em seu entorno encontramos outras construções importantes, como o Palácio Tiradentes, o Paço Imperial, o Arco do Teles e indo adiante ainda podemos ter a sorte de encontrar o Samba da Ouvidor, uma roda de samba que começou na rua e hoje se apresenta até em São Paulo. Nesse Corredor Cultural de ruas históricas estão grandes centros culturais, antigas igrejas e o Boulevard Olímpico que segue a orla e nos leva à Praça Mauá e seus novos encantos. Degradada por muitos anos, a Praça Mauá virou um importante ponto turístico com a chegada do Museu de Arte do Rio e o Museu do Amanhã. Ao lado tem o Mural Etnias de Eduardo Kobra, reconhecido pelo Guinness como o maior grafite do mundo. E como está tudo interligado, indo para a Gamboa encontramos o AquaRio, o maior Aquário Marinho da América do Sul. A revitalização dessa região colocou em evidência o Cais do Valongo, o Morro da Conceição, o Largo da Prainha, a Praça da Harmonia e muito mais. Outro centro importante de cultura é a Praça Tiradentes. Sem entrar no mérito de sua história que começa no século XVII, portanto, bastante rica e extensa, a praça é um ponto de convergência cultural. Ali tem sempre um evento bacana como a feira de arte, cultura e gastronomia Tiradentes Cultural e a animada Roda de Samba PedeTeresa. No seu entorno encontramos os importantes teatros Carlos Gomes e João Caetano, o Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, CRAB - Centro de Referência do Artesanato Brasileiro, Centro Cultural Carioca, e o Real Gabinete Português de Leitura, uma biblioteca de 1837, considerada uma das mais lindas do mundo. A Praça da República ou Campo de Santana é um ponto crítico no quesito segurança, mas é um oásis de verde entre o Centro Antigo e a Cidade Nova. Poucos sabem, mas ali aconteceram marcos de nossa história como a aclamação de D. Pedro I Imperador do Brasil e a proclamação da República. Na área encontramos o Arquivo Nacional, cujo prédio foi a antiga Casa da Moeda, o hospital público Souza Aguiar e, atravessando a movimentada Avenida Presidente Vargas, a Central do Brasil. Infelizmente a imponente

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construção não ofusca a situação de precariedade e abandono com que os usuários têm que lidar diariamente no uso do transporte. Próximo dali fica o Centro Cultural Light , que oferece gratuitamente mais de cinco mil metros quadrados de história, cultura e entretenimento. Passando pela Saara, o shopping a céu aberto mais autêntico do Brasil, encontramos casarões antigos, comércio variado e popular, gastronomia síria e gente de todos os lugares. Fundado por emigrantes árabes e judeus o lugar agrega comerciantes de vários continentes é um exemplo de convivência e harmonia. E chegamos ao Largo da Carioca e seus arredores. Lugar de muito movimento, onde empresas importantes estavam sediadas (muitas se mudaram para outros bairros) e antigas confeitarias como Colombo, Cavé e Manon nos fazem voltar no tempo. Vale uma subida ao Convento de Santo Antônio para visitar as belíssimas Igreja de Santo Antônio e a de São Francisco da Penitência. Aliás, o Centro da cidade concentra um número enorme de igrejas históricas que merecem um roteiro especial. CAIXA Cultural, Espaço Cultural BNDES ficam pertinho dali. E para finalizar, a glamorosa Cinelândia que já teve dias de glória e de abandono, mas nunca perdeu o posto de praça mais popular do Rio. E não é para menos. Ali estão ícones importantes da cidade como o Theatro Municipal, a Biblioteca Nacional, Câmara dos Vereadores, Museu Nacional de Belas Artes, Centro Cultural da Justiça Federal (antigo STF), Bar Amarelinho (desde 1921), Passeio Público e o Teatro Rival, importante palco do Teatro de Revista. Seu nome original é Praça Marechal Floriano Peixoto e sua história começa no início do século XX, com a ideia de ser uma “Time Square brasileira”. Nessa época chegou a ter mais de dez cinemas e era o lugar mais badalado do Rio. Hoje só nos resta o Cine Odeon. E o “progresso” chega aos anos 70 e com a chegada das obras do metrô a paisagem muda. E, se ganhamos um meio de transporte moderno, perdemos preciosidades como o belíssimo Palácio Monroe, que foi também sede do Senado Federal. Mas, felizmente, continua a ser um espaço de reivindicações sociais e políticas, palco para a voz do povo em vários momentos da história. Muito se teria para falar sobre esse bairro. O Museu de Arte Moderna, por exemplo, merecia um belo destaque, mas ficará para outra ocasião. Que me perdoem se cometi alguma injustiça ou omiti algum lugar, mas o Centro é mais que um bairro, é um mundo de histórias, movimentos e carioquices.


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Gastronomia Al Khayam

Al Khayam é um tradicional restaurante de comida árabe cujo nome é uma homenagem ao famoso poeta persa Omar Al Khayam. Aconchegante, o espaço oferece atendimento rápido e porções generosas. Alguns pratos servem até duas pessoas. A estrela da casa é o Mix Árabe que acompanha salada, kibe, esfiha, kafta e arroz com cebolas fritas. Ou ainda o cordeiro assado com lentilhas, arroz, tabule e salada. Boa pedida também é o combinado light, esfiha folheada aberta com queijo e carne vegetariana e os pratos executivos a partir de R$ 28. O cardápio inclui pastas, sanduíches falafel, saladas diversas e opções de grelhados de carne, frango e peixe com acompanhamentos e um molho. Para beber, vinhos, coquetéis, cervejas e Arak, uma aguardente de uva e anis. Rua do Ouvidor, 16 (ao lado da Bolsa de Valores) | 21 2252-6251/2507-6042 Funcionamento: seg das 11h às 17h, ter a sex de 11h ao último cliente, sáb do meio-dia às 18h

Armazém Zero4

Armazém Zero4 é um daqueles bares tipicamente cariocas, negócios que passam de pai para filho onde o cliente sempre se sente em casa. Num casarão centenário, inaugurou na década 60 como um armazém de seco e molhados. Para a alegria dos frequentadores do samba do Escravos da Mauá que ali ensaiava, em 2012 passou por uma reforma geral e virou um bar com um cardápio de encher os olhos. São nada menos do que 32 petiscos, variedade de sanduíches (destaque para o de carne assada e pernil), caldos, pastéis super crocantes, diversos tipos de cachaças, cervejas em garrafa 600 ml, drinks e vinhos.Entre os petiscos, destaque para a rabada fatiada com batatinha noisette, aipim, carne de sol ou carne seca, além da moela ao molho de cebola com alho, manjericão e alecrim. O lugar tem um excelente atendimento, cervejas sempre geladas e comida super saborosa. Largo São Francisco da Prainha, 04 Loja B (perto da Praça Mauá) | 21 2516-8375 Funcionamento: Seg a sex das 10h às 01h, sáb das 16h à meia-noite

Bar Luiz

O Bar Luiz é um ícone do Rio e testemunha dos principais acontecimentos nos últimos 130 anos em nossa cidade. Inaugurado em 1887, foi o primeiro bar a introduzir o chope e se tornou até hoje um “queridinho” carioca. Especializado em comida alemã, sempre foi frequentado por artistas, políticos, intelectuais e boê-

mios.O cardápio é suculento: kassler e salsichões são preparados com alho e acompanhados por salada de batatas; gurjão de badejo com molho tártaro, salsichinhas mistas, bolinho de bacalhau. Recentemente o Bar Luiz e as lojas da rua foram comprados por um fundo financeiro e os alugueis dispararam. O fato prejudicou a casa e a situação é tão grave que pode levá-la ao fechamento. Está aí uma boa oportunidade de colaborar para salvar o Bar Luiz. Ele está fazendo reservas para confraternizações, aniversários e festas de amigos ocultos. Rua da Carioca, 39 | (21) 98240-3000 Funcionamento: Ter a sex das 11h30 às 19h, seg e sáb das 11h às 17h

Cafeteria Rildy

A lanchonete Rildy convida para happy hour quintas e sextas com dose dupla de chope Colorado e cervejas artesanais. Destaque ainda para as várias opções de combos de petiscos que incluem o chope. No almoço tem 10 tipos de pratos executivos no qual o próprio cliente escolhe os acompanhamentos. O local na verdade é um mix de opções. É possível tomar café da manhã, almoçar e lanchar com cardápio de encher os olhos e o apetite. Tem ainda lanches como omeletes, tapiocas, salgados diversos, esfihas abertas e crocantes, massas, pizzas e açaís. A cafeteria serve também cafés espressos, cappuccinos, chocolates, doces e tortas. A loja tem também um girau para 40 pessoas e balcões estilo fábrica no térreo. O atendimento também é super profissional com funcionários muito gentis. Av. Erasmo Braga, 299 A (junto ao Menezes Cortes) | 21 3178-4771 / 3178-4248 Funcionamento: segunda a sexta das 07h às 20h

Cantina Lu Ternanu

A Cantina Lu Ternanu tem como especialidade servir pratos das regiões Emília-Romanha, no Norte da Itália, e Mediterrânea, entre eles, cordeiro ao forno, lasanhas, nhoque, risotos, frutos do mar, salmão com ervas finas, tilápias e carnes nobres. A entrada inclui bruschettas e carpaccios com pão da casa. Destaque para os pratos do dia e a promoção de espaguetes e fettucines por R$ 23. Como bom restaurante italiano não podiam faltar as pizzas. São 10 sabores, entre a tradicional margherita, a quatro queijos e a sensação queijo parma com rúcula ou ainda a capricciosa que leva alcachofras, aspargo, presunto, mussarela e ovo. Para beber, vinhos italianos e chilenos, com a opção de apenas a taça. E ainda cervejas long necks e garrafas de 600 ml. Frequentar a Cantina Lu Ternanu nos dá a sensação de estar na Itália em plena hora do almoço no Centro do Rio. Rua do Acre, 49 – Centro | 21 2253-9125 Funcionamento: seg a quin das 11h às 16h, sex das 11h às 20h, sáb


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das 11h às 17h30

Casa Porto

O que inicialmente era apenas um Centro Cultural virou também um requisitado restaurante na região da Praça Mauá. Funcionando num casarão centenário, a Casa Porto serve diariamente um prato diferente que inclui entrada, refeição e acompanhamentos. Entre as opções, arroz de costela, filé de tilápia, galinhada com arroz e temperos. No horário noturno, o espaço funciona como bar servindo mais de 20 petiscos. O cardápio inclui o carro chefe moela à milanesa, coxinha de pernil e bolinho de feijão tropeiro. Para beber, variedade de rótulos de cervejas 600 ml, longnecks, cachaças e drinks. Casa Porto tem dois amplos salões com capacidade para até 150 pessoas e pode ser alugado para eventos fechados. A programação do local inclui sessões de jazz quinzenalmente às quartas com o grupo “La Tambora Camdombe”, festival de artistas de rua às terças e rodas de samba às sextas (19h), sábados e domingos a partir das 15h. E o melhor: sem cobrança de ingresso. Largo São Francisco da Prainha, 04 Sobrado (perto da Praça Mauá) | 21 99816-1948 Funcionamento: seg a sex das 11h à meia-noite, sáb e dom das 12h às 19h

Cine Botequim

Com inspiração na Sétima Arte, o bar e restaurante Cine Botequim fica bem pertinho da Praça Mauá e é um deleite para quem adora cinema e boa comida. O salão é decorado com cartazes, fotos, claquetes, rolos de filmes e até uma tela onde são exibidos filmes ao público. Além disso, as opções do cardápio têm nomes de filmes e atores, completando a esfera cinematográfica do lugar. No almoço, o espaço é disputadíssimo por servir refeições de alto padrão sem explorar o cliente. Entre as opções, o “Scwarzenegger Arnaldão” com dois contrafilés, dois filés de frango, um lombo suíno, uma linguiça, queijo coalho, três ovos, farofa e batata frita.A casa é também especialista em coxinhas, sanduíches, petiscos e bebidas. Entre as coxinhas, carne-seca com requeijão, costela bovina desfiada ou a clássica de galinha com recheio de tomate seco e gorgonzola. Rua Conselheiro Saraiva, 39 (perto da Praça Mauá) | 2253-1414 Funcionamento: seg a sexta das 11h30 às 23h30

Curta Carioca

Em meio aos tradicionais restaurantes da Cinelândia, o Curta Carioca tem se destacado com seu estilo moderno, sofisticado e aconchegante ao mesmo tempo. Especializado em comida brasileira e contemporânea, a casa possui um cardápio com grelhados de carnes nobres e diversas guarnições para acompanhar a partir de R$ 29,90. Destaque para o filé à parmegiana que é um dos

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grandes sucessos da casa. A happy hour é concorridíssima. E não é à toa! O cardápio oferece 12 tipos de hambúrgueres, variedade de petiscos e sanduíches, com destaque para o gurjão de porco acompanhado de ketchup de goiabada e o filé a parmegiana aperitivo. Para beber, chope da Brahma (dose dupla às terças), cervejas em garrafa, diversos drinks e vinhos das melhores vinícolas do mundo. Às sextas tem música ao vivo com o melhor do POP e MPB a partir das 18h. Rua Álvaro Alvim, 31 Loja A | Cinelândia | 21 3129-4159 Funcionamento: seg a sex das 11h30 à meia noite, sáb das 11h30 às 16h

Galeto Bicão

Galeto Bicão é um dos raros restaurantes que ainda preparam carnes na brasa no Centro do Rio. Funciona há 70 anos na Travessa dos Poetas atendendo várias gerações com excelente custo x benefício. O restaurante serve 30 pratos à la carte a partir de R$ 20, variedade de petiscos e o famoso sanduíche de churrasco a partir de R$ 8. Entre os pratos, cujas porções servem duas pessoas, picanha importada à campanha, churrasco misto, alcatra na brasa, medalhão de filé à piamontese, peito de frango, galetos, peixe ao molho de camarão e até filé de salmão grelhado. No happy hour, combos de cervejas com frango à passarinho, porção mista de carnes, galeto aperitivo ou pastéis. Tem ainda dose dupla de caipirinha, caipivodka e caipifruta. Tudo isso sem falar no chope Brahma estupidamente gelado. Rua Senador Dantas, 84 Loja A e B | 21 2220-8246 e 2544-2076 Funcionamento: seg a quin das 09h às 21h, sex das 09h às 22h. Atende nos escritórios em todo o Centro

Mania do Kilo

Mania do Kilo é um restaurante que existe desde 2004, mas que recentemente ganhou uma filial no Beco das Sardinhas, Centro do Rio. A casa serve um caprichado bufê a quilo com 25 pratos quentes e o mesmo número de saladas. Destaque para o camarão à Maceió (gratinado com batata palha) às quintas, rabada às quartas, feijoada às sextas e alcatra grelhada todos os dias. Com capacidade para até 70 pessoas, o espaço pode ser reservado para comemorações de aniversários (com direito a bolo para grupos acima de 12 pessoas) e outros eventos. No fim de semana também pode abrir para eventos fechados. Vale ficar de olho, pois Mania do Kilo tem convênios com dezenas de empresas do Centro e descontos que fazem a diferença. O restaurante prima pela limpeza, atendimento e paladar, garante a dona Diléia, que cuida de todos os detalhes da casa ao lado do marido Alexandre. Rua Miguel Couto, 143 – Centro | 21 2283-0549 Funcionamento: seg a sexta das 11h às 15h30

O Rei dos Frangos Marítimos

Que o Beco das Sardinhas é um cantinho carioca todo mundo sabe. O que alguns desconhecem é que a sensação do lugar é o restaurante O Rei dos Frangos Marítimos, especializado em frutos do mar. No local, o público encontra 30 pratos que incluem linguado, dourado, pesca-


8 dinha, filé de pescado, polvo, lula, camarão, mexilhão, bacalhau, peroá e as famosas sardinhas fritas que deram origem ao bem humorado nome da casa. Outra pedida irresistível é a salada de batata com maionese que pode acompanhar qualquer prato. Tem ainda variedade de saladas. Imperdível é conferir o famoso “happy hour” em mesinhas na calçada apreciando as sardinhas e o chopinho da Brahma a R$ 6,50. A fama do lugar é tanta que constantemente são filmadas novelas e filmes no famoso beco. Rua Miguel Couto, 139 A (entre a Av. Marechal Floriano e a Rua do Acre) | 21 2233-6119 Funcionamento: seg a sex das 11h às 22h

Plus

Inaugurado há 20 anos o Restaurante Plus é uma boa pedida para almoçar ou para curtir a happy hour no Centro do Rio. O cardápio é de comida brasileira com carnes grelhadas e deliciosos acompanhamentos. As opções são picanha, churrasco misto, filé mignon com opção à parmegiana, filé de frango, espetos e diariamente tem uma sugestão do chef, sempre com um prato diferente. Para quem quer economizar, durante a semana tem o prato comercial por apenas R$ 22. Sextas e sábados rola uma feijoada light para comer sem culpa. Com mesas na calçada, salão climatizado e um atendimento de primeira, a casa serve 25 tipos de petiscos como pastéis, frango a passarinho, picanha suína com aipim, camarão à paulista, carne seca acebolada, entre outros. Para beber, 11 tipos de cervejas de garrafa de 600 ml, drinks diversos, caipirinhas, sucos e vinhos em caneca. O lugar é bem bacana para comemorar aniversários e outros eventos. Rua do Ouvidor, 22 e 24 | 21 97530-1649 Funcionamento: seg a sáb das 11h às 23h

Tenda Nômade

Tenda Nômade é uma das boas opções gastronômicas que surgiu com a revitalização da Praça Mauá. O charmoso restaurante serve massas e sanduíches inspirados na culinária latina tendo como carro-chefe o sanduíche Cubano (pernil desfiado no pão ciabatta, molho de mostarda, picles e queijo prato). Entre os pratos, penne ao molho de queijo, camarão, carnes, além da opção vegetariano com berinjela grelhada e tomate seco. E a salada Caprese com rúcula, alface americana, muçarela de búfala, pesto, tomate seco e berinjela. Para beber, cervejas long neck por R$ 8 e ainda as artesanais Praya e Ravache em garrafa de 600 ml, além de limonada artesanal aromatizada com chá de canela e mate da casa, entre outros. O restaurante é uma filial do Nômade Truck, o primeiro caminhão food truck do Rio de Janeiro que funciona desde 2015 em frente à parada dos navios do VLT. Rua Sacadura Cabral, 10 Loja E | Praça Mauá | 21 99288-7702 Funcionamento: segu a sex das 11h30 às 16h

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Toledo Grill

Em frente à Academia Brasileira de Letras fica o Toledo Grill, um restaurante de comida a quilo e Premium Grill que serve as melhores carnes do mercado. O bufê inclui 20 pratos quentes, mais de 30 tipos de saladas, salmão às segundas, camarão à milanesa às quartas, feijoada às sextas. Com desconto de 10% todos os dias depois de 14h. Toledo Grill é um empreendimento familiar passado de pai para filho, aberto em 1998. A casa garante gentileza no atendimento e produtos com o melhor do mercado. Diariamente acadêmicos da ABL almoçam no restaurante. Alguns clientes são chamados pelo nome. É possível reservar o salão para aniversários e outros eventos com descontos nas refeições para o aniversariante e bolo de cortesia para grupos acima de nove pessoas. Av. Presidente Wilson, 210 Loja A | Centro | 21 2262-1207 Funcionamento: seg a sex das 11h às 16h

Os Ximenes

Os Ximenes tem uma fórmula simples para o sucesso: comida barata e cerveja gelada. Especializado em cozinha brasileira, nordestina e portuguesa, serve à la carte e agrada pelos pratos fartos. O segundo ambiente, apenas no almoço, serve comida a quilo com ótimo preço também. No happy hour as mesas na calçada ficam lotadas. Tem variedade de petiscos, drinks e cervejas em garrafa bem geladas e com o melhor preço da Lapa. Garantia de não ficar na mão de madrugada quando está tudo fechado. Detalhe: Todos os pratos são fartos e servem até duas pessoas. Boa dica também é ficar ligado nos pratos executivos com precinho especial. Praça João Pessoa, 07 | Lapa | 21 2232-3775 Funcionamento: de dom a quin das 11h às 04h, sex, sáb e vésperas de feriados das 11h às 05h

Xpeto Rio

Inaugurado em maio desse ano, Xpeto Rio já é um dos mais movimentados restaurantes na região do terminal Menezes Cortes, no Centro do Rio. A casa serve nada menos do que 17 sabores de espetos, variedade de petiscos, caneca zero grau, chope Heineken a R$ 7 e dose dupla de caipirinha de segunda a quarta (17h às 20h). No almoço, pratos executivos combinam deliciosos espetinhos com acompanhamentos à escolha do cliente, tipo combos, a partir de R$ 18,90. Os pratos também podem ser servidos para duas pessoas. Xpeto Rio promove um animado happy hour às sextas com música ao vivo a partir das 18h e repertório que inclui rock, pop e sertanejo. Uma ótima opção para comemorar aniversário ou tomar um chopinho depois do trabalho. Av. Erasmo Braga, 278 Box 7 e 8 (Terminal Menezes Cortes) Funcionamento: seg e ter das 11h às 22h, qua a sex das 11h à meia noite Entregas no entorno


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Hospedagem Belga Hotel

Inaugurado em 2017, o Belga Hotel funciona num edifício de 1927 que passou por retrofit e alia conforto à beleza original da construção, como a fachada, as escadas de mármore carrara e o antigo elevador. O primeiro hotel design de bandeira belga no Rio tem 25 suítes com isolamento acústico, cama lounge, cofre, baú e um restaurante, tipo brasserie, com cardápio típico da Bélgica. A Belga Brasserie serve entradas e pratos à la carte assinados pelo chef belga Alexandre Binard que a cada dois meses reformula as opções. O delicioso café da manhã é aberto ao público externo e custa apenas R$ 29 + 10%. Aos sábados acontece o Festival Moules-Frites (mexilhão com fritas), prato típico belga.À noite, o espaço vira também um bar com mais de 20 rótulos de cervejas belgas, chope artesanal e deliciosos petiscos elaborados para harmonizar com as cervejas. E o melhor: entre 17h e 19h tem dose dupla de chope pilsen. A cada 15 dias acontece o Quinta Jazz com a apresentação da cantora Indiana Nomma (mediante reserva). Rua dos Andradas, 129 | 21 2263-9086

Compras Ateliê Cosmonauta Mosaicos

Funcionando desde 2016 numa pequena loja no Morro da Conceição, colado na Praça Mauá, Cosmonauta Mosaicos é um ateliê de mosaico comandado pelos artistas plásticos Johnson Souza e Natalia Reyes. Além de criar peças únicas, o casal realiza oficinas, workshops, exposições e intervenções urbanas. Destaque para a escadaria que dá acesso ao local que ganhou um lindo mosaico com temas indígenas e afro-brasileiros. Com uma oficina prevista para os dias 10 e 11 de agosto, Johnson e Natalia garantem que qualquer pessoa pode aprender o ofício. As inscrições estão abertas. No espaço, além de produzir, expor e vender seus trabalhos, os artistas desenvolvem também kits de mosaico para crianças e tem a venda todos os materiais e ferramentas necessárias para a arte do mosaico, buscando assim, aproximar a arte musiva do público em geral. Realizam também outras atividades como rodas de samba e choro, trocas de mudas e lançamentos de livros. Ladeira Felipe Nery, 11ª – Morro da Conceição – Praça Mauá (entrada pela escadaria atrás da antiga Rádio Nacional) | 21 98227-0583 Funcionamento: qua a sáb das 10h às 18h.

Casa de Cultura Villa Olívia

Está marcada para sábado 10 de agosto a inauguração da Casa de Cultura Vila Olívia, no charmoso Morro da Conceição, a apenas dois minutos da Praça Mauá. Ocupando um casarão centenário todo reformado, o novo espaço cultural promete uma agenda variada com exposições, shows, rodas de samba e choro, jazz, teatro, workshops e muito mais. E o melhor:

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com um brechó permanente vendendo discos de vinil, antiguidades, livros raros, luminárias e relógios. O empreendimento é uma parceria do engenheiro e colecionador Periandro de Azevedo com a historiadora Christiane da Costa Mendonça e Severo Ramos. A inauguração do espaço terá festa comandada pela DJ Cris Pantoja tocando vinil e CDs. E ainda serviço de bar com cerveja gelada e petiscos e venda do acervo em exposição. Ladeira João Homem, 13 (ao lado da Praça Mauá) Funcionamento de qua a dom do meio-dia às 21h. Inauguração dia 10 de agosto às 15h. Contato: Christiane 98373-7828 | Severo: 968701881

Livraria Berinjela

No subsolo do clássico edifício Marquês do Herval, na Avenida Rio Branco, fica a Livraria Berinjela, uma verdadeira relíquia para garimpar livros usados de ciências sociais, humanas, literatura e artes. Fundada em 1994 pelos irmãos Silvia e Daniel Chomski vende ainda CDS, DVDs e livros de arte em perfeito estado. Todo primeiro sábado do mês a livraria realiza a Feira do Subsolo para a renovação de estoque com descontos de 30% a 50%. Um espaço ótimo para garimpar obras literárias do Brasil e do exterior. A livraria foi a primeira a realizar apresentações musicais e campeonatos de futebol de botão. Além disso, faz noites de autógrafos de livros encalhados. A livraria tem presença nas redes sociais (Facebook e Instagram) onde é possível consultar as promoções. Av. Rio Branco, 185 Loja 10 | 21 2215-3528 Funcionamento: seg a sex das 09h às 19h, sáb das 09h30 às 13h

Samambaia Blue

Coladinho na Praça Mauá, no Morro da Conceição, descobrimos Samambaia Blue, um estúdio charmosíssimo de ecodesign e café que lembra Montmartre, em Paris. Instalado há dois anos num prédio antigo onde era a gráfica Marli em 1950, é um espaço que produz ecojoias feitas de materiais 100% naturais e a estamparia manual que reaproveita roupas já usadas. Em dezembro de 2018, o estúdio inseriu o café Somos Todos Latinos com grãos 100% arábicos e artesanais do Panamá, Colômbia, México, Peru e de pequenos produtores brasileiros. Eles são coados ou extraídos na prensa francesa. O cardápio inclui ainda café gelado com limão, bolos veganos e sorvetes artesanais. O estúdio-cafeteria é iniciativa da arquiteta Drika Machado e do artesão e Chef mexicano Alejandro Nolasco, parceiro também de vida. Samambaia Blue realiza ainda eventos como saraus, exposições de parceiros de leitura, além de poder ser reservado também para outras confraternizações. Ladeira Felipe Neri, 11B | Praça Mauá | 21 99380-5056 Funcionamento: Quar a dom das 10h às 18h


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CIDADE

Exclusivo: Superintendente do Centro fala ao Bafafá O Centro do Rio de Janeiro sofre com o excesso de camelôs, população em situação de rua, calçadas sem manutenção, sujeira e ausência do poder público. Mas, não é o que pensa o Superintendente do Centro, Pablo Mello. Em entrevista ao Bafafá ele garante que existe um trabalho regular de atendimento à população em situação de rua no Centro e que está em implantação o plano Ambulante Legal que vai melhorar a ocupação dos espaços públicos. A Prefeitura tem realizado algum trabalho de atendimento à população de rua no Centro? Os comerciantes alegam que o número dessa população triplicou! Além do atendimento de rotina realizado pela SMASDH, temos o Programa Acolhe Rio, o qual conta com duas ações por dia de atendimento à população de rua com oferta dos pacotes de serviços daquela secretaria. Nesta operação contamos com o apoio da COMLURB, Polícia Militar e Guarda Municipal. Contamos também com ações em parceria com o Lapa Presente no período Noturno e estamos estendendo o Acolhe Rio em mais uma a duas ações por semana à noite com a presença também da Secretaria de Saúde. O programa Acolhe Rio, inaugurado em janeiro de 2018, já conta com mais de 700 Operações, tendo acolhido a um público

flutuante de mais de 5 mil pessoas, além de oferecer diversos outros encaminhamentos. É realizado a partir de planejamento conjunto entre os órgãos intersetoriais parceiros, a partir das demandas recebidas via 1746, associações de moradores, mídias digitais e constatação em vistorias de rotina da Superintendência Regional Centro. Por que não existe mais controle de ambulantes no Centro? Até mesmo na Av. Rio Branco? Existe a fiscalização dos ambulantes do Centro sim. É realizada em Operação realizada pela SEOP, de segunda a sábado, a qual foi planejada para ocorrer em três fases. A primeira acontece no eixo da Rua Uruguaiana, começou em maio do corrente ano, o que possibilitou inclusive implantar o Programa Ambulante Legal. No planejamento Macro está prevista a atuação e ocupação das demais áreas do Centro. O que não existe mais no Centro são conflitos entre ambulantes e guardas municipais é bom que isso fique registrado. Não tem efetivo? Quanto a questões referentes a quantidade de efetivo somente a SEOP e a GM têm condições de responder a respeito de seu planejamento, emprego e controle de efetivo.

Travessa dos Poetas pede socorro e retirada de andaime O que antes era uma Travessa bonita, movimentada e com muita gente na calçada dos bares, hoje é uma via feia, escura que as pessoas evitam até de passar. Assim é a realidade da Travessa dos Poetas, uma pequena passagem de 50 metros entre dois prédios que liga a Rua Senador Dantas e Av. 13 de Maio. Tudo por conta

de um andaime instalado há quase cinco anos pelo edifício Central 13 de Maio sem que tenha ocorrido obra nenhuma. E o pior: em alguns pontos o andaime foi colocado abaixo dos postes de iluminação deixando vários trechos às escuras. Outro problema corriqueiro é gente se machucando na estrutura que não tem nenhum tipo de sinalização. Os comerciantes alegam que já denunciaram à Prefeitura pelo 1746 e que o serviço informa que “a solicitação foi executada com sucesso”, apesar de ninguém da Prefeitura sequer ter ido conferir. O Superintendente do Centro, Pablo Mello, chamou o andaime de “Apara Lixo” e que já determinou à Secretaria de Infraestrutura e Habitação (SMIH) para que identifique possíveis irregularidades a fim de aplicar autuações cabíveis. Vamos cobrar!

SAARA, o polo de compras mais cosmopolita do Rio Muita gente que passa pelas ruas da SAARA não tem ideia do motivo desse nome. Não tem nada a ver com o calor do deserto, embora seja fácil fazer essa relação no verão. A Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega surgiu no início da década de 60 para fortalecer os comerciantes dessa região cujos prédios estavam na mira de uma grande reforma urbanística. Deu certo. Podemos dizer que a Saara é um sucesso. Hoje é um dos últimos polos comerciais que resistem no Centro. E não é só pela tradição. A variedade de lojas e produtos, a facilidade de acesso, os preços mais em conta e a sensação de segurança elevaram seu status para um dos pontos turísticos mais visitados da cidade. Milhares de pessoas passam por ali diariamente. No carnaval, então, lota com gente de todo o mundo. E no meio do vai e vem a Rádio Saara dá o seu recado. Há mais de trinta anos transmite a Ave Maria às 18h e fomenta o

comércio local com programação de utilidade pública e popular. Além de estar presente nos autofalantes de nove ruas, sua programação está 24h no ar em suas redes sociais. Impossível não ouvir seus spots divertidos e concursos inusitados como o “Garota da Laje”. Uma das características mais importantes, talvez, da Saara é a cordialidade entre comerciantes de várias origens e religiões. Convivem harmoniosamente muçulmanos, judeus, cristãos e mais recentemente, chineses. Em tempos difíceis como o que estamos vivendo, Saara pode ser considerada um oásis de respeito, tolerância e cidadania, um exemplo a ser seguido. Ruas principais: Rua da Alfândega, Rua Uruguaiana, Rua Buenos Aires, Rua Senhos dos Passos Metrô: Estação Uruguaiana e Presidente Vargas. Segundo o Polo Saara, essa última será brevemente renomeada para Estação Saara.


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ENTREVISTA

Geraldo Azevedo: “Eu faço mais shows durante o São João do que no Carnaval” entrevistado por Ricardo Rabelo

Geraldo Azevedo de Amorim nasceu em 1945, em Petrolina, Pernambuco, e aos cinco anos ganhou o seu primeiro violão que aprendeu a tocar sozinho. Com mais de 20 discos gravados é um dos nomes mais importantes da música nordestina unindo ritmos como frevo, xote, forró, baião e maracatu. Entre os seus sucessos, “Dia Branco”, “Táxi Lunar” e “Dona da Minha Cabeça” e muitas parcerias com Zé Ramalho, Alceu Valença e Elba Ramalho. Em entrevista ao Bafafá, Geraldo Azevedo conta que o calendário junino supera até mesmo o carnaval em shows e apresentações. “Eu faço mais shows durante o São João do que no Carnaval”, garante o artista.

Como explica o fenômeno de público nas festas juninas em todo o Brasil?

CD, que traz todas as faixas lançadas no DVD.

E também pelos aplicativos de música?

As festas juninas fazem parte da cultura brasileira e é uma comemoração que acontece em todo o país, em especial no nordeste. É uma tradição que vai da infância até a melhor idade, sendo a festa mais democrática do folclore brasileiro. Lembro com muito carinho dos festejos durante a minha infância. Em junho, o vilarejo onde cresci, no interior de Pernambuco, era iluminado pelas fogueiras de São João. Celebrávamos com muita música e dança.

Depois do carnaval é o evento que mais traz público? Com certeza. Eu faço mais shows durante o São João do que no Carnaval. É um mês inteirinho de turnê por diferentes estados. “Meus grandes sucessos ganham versões forrozadas”

A versão Deluxe saiu apenas na internet.

O que difere a edição digital do CD físico? O CD físico tem 14 canções, das 23 lançadas no DVD. A versão Deluxe está completinha. Uma beleza.

Quais são seus projetos a curto prazo?

contempla músicas autorais e clássicos do forró. Meus grandes sucessos ganham versões forrozadas. Há espaço também para canções românticas.

Qual é o artista mais interpretado neste período junino? Certamente Gonzagão e Dominguinhos.

Como prepara seu repertório para estas ocasiões?

Nova edição digital do CD “Solo Contigo (Ao Vivo)” está disponível ao público?

Meu repertório junino é bastante variado e

Sim. Acabamos de lançar a versão Deluxe do

Sigo com a turnê de lançamento do ‘Solo Contigo’. Tenho também alguns shows d’O Grande Encontro agendados. “Quero gravar um disco de inéditas e terminar o CD de Frevo”

E a longo prazo? Quero gravar um disco de inéditas e terminar o CD de Frevo.

Tem alguma utopia? Ver o povo brasileiro vivendo em paz e em harmonia com a natureza.


12 Descubra a Essência do Rio! | bafafa.com.br

Redescobrindo o Centro, tambor cultural do Rio O Centro do Rio concentra dezenas de prédios históricos, museus, centros culturais, bibliotecas e teatros que contam muito da trajetória do nosso país. E depois do policiamento especial Centro Presente e do VLT ficou ainda mais fácil redescobrir esses belíssimos patrimônios, inclusive aos finais de semana. O que não faltam são atrativos culturais. Aqui damos apenas uma palinha dos inúmeros lugares para se visitar. Mas você pode encontrar mais informação no site www. bafafa.com.br. Inspirado na Ópera de Paris, o Theatro Municipal é um das mais belas e mais importantes casas de espetáculos da América Latina, um verdadeiro tesouro carioca. Depois de uma grande obra para restauração e modernização, o Theatro reabriu em 2010 com o mesmo esplendor de quando foi inaugurado, em 1909. Na programação, espetáculos, concertos, ballets, shows e até visita guiada às instalações. Na programação, de vez em quando tem espetáculos com entrada a apenas R$ 1. O Museu Nacional de Belas Artes é um espaço cultural de fácil acesso que todos os cariocas deveriam conhecer. Possui a maior e mais importante coleção de arte brasileira do século XIX. Entre pinturas, esculturas, gravuras, desenhos, livros raros e documentos históricos, seu acervo é constituído por mais de 70 mil itens de vários períodos da história da arte. Antiga sede da Escola Nacional de Belas Artes, o museu fica uma bela construção de 1908, com arquitetura eclética e inspiração francesa. A fachada principal, por exemplo, segue o modelo de uma das alas do Museu do Louvre. Quase ao lado fica a Biblioteca Nacional. Inaugurada em 1910, é considerada pela UNESCO uma das dez maiores do mundo e a maior da América Latina. Vale muito fazer a visita guiada nesse belíssimo prédio que possui ornamentos de artistas como Eliseu Visconti, Henrique e Rodolfo Bernardelli, vitrais franceses e até um corrimão alemão banhado a ouro. Seu acervo iniciou com a chegada da Real Biblioteca de Portugal ao Brasil em 1810 e hoje tem mais de oito milhões de peças, muitas raras, como o mapa de Cláudio Ptolomeu (1486) que mostra o Oceano Índico como um mar fechado. Ainda na Cinelândia encontramos o Centro Cultural Justiça Federal, numa bela construção de arquitetura eclética de 1909, lugar que Supremo Tribunal Federal ocupou até 1960. O espaço abriga exposições, peças teatrais, espetáculos de dança e de música, mostras de cinema, cursos, seminários, palestras e é um reconhecido espaço de cultura no Rio. Localizado no complexo arquitetônico da Ponta do Calabouço, espaço que

Onde: Theatro Municipal Praça Floriano, s/n – Cinelândia Tel: 21 2332-9191 / 2332-9005 Visitas guiadas: Terça a sexta: 12h, 14h30 e 16h | Sábados e feriados: 11h, 12h e 13h. R$ 20/pessoa, reversível na compra de um ingresso para os espetáculos do Theatro. Museu Nacional de Belas Artes Av. Rio Branco, 199 | Tel: 21 3299-0600 Terça a sexta das 10h às 18h, sábados, domingos e feriados das 12h às 17h. Grátis aos domingos. Biblioteca Nacional Av. Rio Branco, 219 | Tel: 21 2220-3040 Segunda a sexta das 09h às 19h, sábados das 10h30 às 15h | Visitas guiadas: segunda a sexta, das 10h às 17h | Sábados, das 11h30 às 13h30. Entrada Franca.

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um dia já foi praia, fica o Museu Histórico Nacional. Dedicado à História do Brasil o museu reúne um acervo de 258 mil itens, entre objetos, documentos e livros. Ali, onde também foram a Fortaleza de Santiago e a Prisão do Calabouço, hoje abriga galerias para exposições e biblioteca especializada em História do Brasil, História da Arte, Museologia e Moda. No Arquivo Histórico, encontramos importantes documentos manuscritos, aquarelas, ilustrações e fotografias como exemplares de Juan Gutierrez, Augusto Malta e Marc Ferrez. Aos sábados acontecem visitas mediadas, excelente para todas as idades. Na Praça XV, o Paço Imperial é outra atração imperdível. A construção colonial de 1743 foi concebida para servir de residência aos vice-reis e posteriormente, para despachos de Dom João VI. Foi lá que D. Pedro I decidiu ficar no Brasil – Dia do Fico e onde a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea. O espaço multicultural tem programação de artes visuais, artes cênicas, música, seminários, além de lojas e restaurantes. Também fica uma biblioteca com cerca de oito mil volumes e 250 títulos de periódicos, além de obras raras dos séculos XVI a XVIII sobre arquitetura, engenharia e literatura brasileira e portuguesa. No conhecido Corredor Cultural, encontramos diversas exposições, teatros, cinemas, cafés, biblioteca, livraria e eventos entre o Centro Cultural Correios, a Casa França-Brasil e o Centro Cultural Banco do Brasil. Todos instalados em prédios históricos e belíssimos. Uma das grandes referências da área é o CCBB que tem uma programação intensa e importantes exposições internacionais em sua história. Com a revitalização da orla portuária, a Praça Mauá por si só já mereceria o passeio. Mas, além da maravilhosa vista para baía da Guanabara (principalmente no por do sol) ali estão dois marcos culturais recentes: Museu do Amanhã e Museu de Arte do Rio. Projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, o Museu do Amanhã já é um dos mais visitados e premiados do mundo. O museu de ciências explora as oportunidades e os desafios que a humanidade terá de enfrentar nas próximas décadas sob a ótica da sustentabilidade e da convivência. É um espaço para reflexão, diversão e conhecimento para todas as idades e culturas. Sob uma bela cobertura ondulada e projeto arquitetônico premiado, o MAR venceu o desafio de unir o Palacete Dom João, o prédio da Polícia e a antiga rodoviária do Rio para criar um novo complexo cultural. Além das exposições, da Escola do Olhar, e do restaurante no terraço, festas, shows e outros eventos culturais estão sempre movimentando os pilotis. É bom ficar de olho na programação.

Museu Histórico Nacional Praça Marechal Âncora, s/n | tel: 21 3299-0324 Terça a sexta das 10h às 17h30, sábados e domingos das 13h às 17h. Ingresso: R$ 10. Grátis aos domingos. Visitas mediadas: sábados de agosto às 14h. Estacionamento gratuito, conforme lotação. Centro Cultural Justiça Federal Av. Rio Branco, 241 | Tel: (21) 3261-2550 De terça a domingo, das 12h às 19h. Entrada Franca Paço Imperial Praça XV, 48 | Tel: 21 2215-2093 Terça a domingo das 12h às 19h. Entrada Franca. Centro Cultural Banco do Brasil Av. Primeiro de Março, 66 | Tel: 21 3808-2020 Quarta a segunda das 09h às 21h. Entrada Franca.

Centro Cultural Correios Rua Visconde de Itaboraí, 20 | Tel: 21 2253-1580 Terça a domingo, das 12 às 19h. Entrada franca. Casa França-Brasil R. Visconde de Itaboraí, 78 | Tel: 21 2332-5275 Terça a sábado, das 10h às 20h, domingo, das 10h às 19h. Entrada gratuita. Museu do Amanhã Praça Mauá, s/n | https://museudoamanha.org.br/ Terça a domingo das 10h às 17h. Ingresso: R$ 20. Grátis às terças. Museu de Arte do Rio Praça Mauá, s/n | Tel: 21 3031-2741 Terça a domingo das 10h às 17. Ingresso: R$ 20. Grátis às terças.

www.bafafa.com.br


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