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emprego & formação Trabalhadores ameaçam voltar à greve na Barbosa e Almeida Marinha Grande ∑ Trabalhadores em luta por aumentos salariais Os trabalhadores da BA Vidro, na Marinha Grande, ameaçam voltar à greve caso a administração da empresa mantenha o congelamento de salários. A paralisação, na passada semana, seguiu-se a duas reuniões negociais com a administração da empresa, nas quais não foi atendido o aumento de quatro por cento nos salários exigido pelos trabalhadores. Guilherme Moiteiro, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira, que é também delegado sindical na unidade da Marinha Gran-
de, denuncia ainda a existência de grandes disparidades salariais na unidade, entre operários que fazem o mesmo trabalho. Segundo o responsável, na fábrica da Marinha Grande, a paralisação, que atingiu entre 90 e 95% dos trabalhadores, pode repetir-se a curto prazo, caso a administração não responda ao pedido de reunião feito pelo sindicato. “Vamos agora tentar regressar à mesa das negociações e, conforme a resposta, vamos fazer plenários com os trabalhadores que vão decidir se vão en-
durecer a luta”, assegurou o responsável, frisando que os funcionários não abdicam do aumento de salários. Reconhecendo que o país “está a passar por uma situação difícil”, o sindicalista até admitia que não houvesse aumento de salários “se fosse uma empresa que estivesse a passar por dificuldades”. “Não é o caso. É uma empresa que gera milhões e milhões de euros de lucro e os trabalhadores são o núcleo forte desses lucros”, declarou. Não foi possível obter
uma posição da administração sobre a greve, mas fonte da empresa fez saber que não há declarações a prestar. De acordo com o sítio na Internet da empresa, o grupo BA tem cinco fábricas e 1300 trabalhadores na Península Ibérica que produzem diariamente mais de dez milhões de unidades, entre garrafas, frascos e boiões, para clientes da indústria alimentar, de bebidas, cosmética e farmacêutica. Em 2008, o grupo teve um resultado líquido de 44,3 milhões de euros.
Região de Leiria 28 | Maio | 2010