Revista Cinantrop 2017

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03-11 junho 2017

PORTUGAL | CHINA | MACAU | ALTA ESTREMADURA | LEIRIA | OURÉM | MARINHA GRANDE

V EDIÇÃO

uma ponte de amizade entre china e portugal Imagens puras, com as cores, os sons e os sotaques de cada região.

Um português em território dos yanomami Uma visita, um diálogo de improviso, um banquete e um funeral em Mauxipiteri. p. 10

ENTREVISTA

DEWIS CALDAS

Jornalista e realizador brasileiro

“O meu trabalho é a documentação da vida”. p. 03

PROGRAMA

Sinopses filmes participantes p. 14

ENTREVISTA

moisés espírito santo “A vida era entre a casa e os campos; à noite, era entre vizinhos, à porta das casas e nas tabernas.” p. 06


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V edição O objectivo de preservar e valorizar a identidade dos povos através do cinema, é a pedra angular da nossa existência.

Fundador e organizador do Cinantrop

O cinANTROP está a caminho da 5.ª edição. Nasceu em 2013 e está para ficar. Apesar das dificuldades inerentes à sua produção, como acontece à maioria dos projectos culturais em Portugal, vamos continuar. Não nos importa onde. Criámos o Prémio António Campos, com o intuito de sublinhar a importância da obra cinematográfica deste realizador leiriense. Estreámos documentários que, posteriormente, estiveram em destaque e mereceram louvores noutros festivais de cinema. Motivámos realizadores mais focados na ficção a observarem o que os rodeia, sob o foco e interesse documental e antropológico. Deixámos a nossa mensagem em muitas escolas da Alta Estremadura, para que os alunos novatos se preocupem mais com a identidade da terra onde vivem. Desde 2016 que temos exibido filmes falados em Português, em vários países, da Malásia ao Japão, passando pelas Filipinas e China. Actualmente, estamos a exibir três documentários de realizadores portugueses, legendados em Mandarim, com o ob-

jectivo de aproximar o mundo lusófono à China, país mais populoso do mundo. No decorrer deste ano, visitaremos mais seis cidades chinesas, para promover a Alta Estremadura e consequentemente o mundo lusófono. Estes são alguns exemplos do trabalho desenvolvido. Esta 5.ª edição do cinANTROP vai decorrer nos municípios que nos abriram as portas: Batalha, Leiria, Marinha Grande e Ourém. Se mantivermos esta regularidade do festival, estamos certos de que teremos público fidelizado e prestígio entre os festivais internacionais. Porém, a par da conquista de público, mantemo-nos focados no aumento do legado de filmes que vão ficar para a posteridade. O objectivo de preservar e valorizar a identidade dos povos através do cinema, é a pedra angular da nossa existência. Muito obrigado a todos os que deram a mão a este projecto! Ele é de todos.

PARCEIROS

FICHA TÉCNICA EDIÇÃO: cinantrop. DIRETOR: Bruno Gaspar. TIRAGEM: 6000 exemplares. DESIGN GRÁFICO: sistema4. IMPRESSÃO: Gráfica xpto


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ENTREVISTA A REALIZADOR CONVIDADO

Dewis Caldas jornalista e realizador brasileiro “O meu trabalho é a documentação da vida”.

Como apareceu o cinema na sua vida? Sempre fui músico e desde miúdo queria ser jornalista. Consegui desdobrar-me nestes dois universos desde o início da minha vida profissional, não só tocando em bandas e exercendo o jornalismo tradicional, mas também transformando o meu jornalismo em música. Em 2005, comecei a escrever sobre música e publiquei dezenas de artigos em jornais de mais de 20 Estados brasileiros e em algumas publicações estrangeiras. Fiz também diversos trabalhos com produção de festivais e gestão da comunicação de artistas. O que sentia na época era que todos os caminhos me levavam para a música tradicional e para o contexto etnográfico. Em 2010, enquanto vivia em Mato Grosso (Centro Oeste), fui ao Maranhão (Nordeste) para colectar a história de um músico que tocava há 50 anos pelos povoados da região, mas que era também um homem do campo, “tangedor de boi”, iletrado. Fiz a reportagem e publiquei tudo, apresentando, inclusive, toda a sua discografia para

download gratuito. Para me ajudar no planeamento do trabalho, decidi gravar a nossa conversa em vídeo. Naturalmente, eu não sabia operar convenientemente a pequena câmara. Após publicar tudo, percebi que o despretensioso vídeo - que decidi, à última da hora, incluir no material - teve uma força gigantesca na percepção e envolvimento de toda a reportagem. Percebi ali a força que a personagem tem quando fala por si só e expressa o seu mundo. Decidi que era hora de ampliar as narrativas com esta nova ferramenta. Nos dois anos seguintes, os meus trabalhos tiveram uma certa participação audiovisual, o que culminou na experiência de ir ao Pernambuco gravar o meu primeiro documentário em longa-metragem. Fui sozinho para o Sertão do Araripe com duas malas - uma de roupa e outra com equipamentos e todas as minhas anotações – para tentar entender esta fantástica relação entre o povo nordestino e a música e figura de Luiz Gonzaga. Ao todo, foram 27 dias, quatro cidades, 49 entrevistas


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O meu trabalho é a documentação da vida... Ou melhor, dos aspectos da vida, já que, como jornalista, não acredito que exista a verdade sobre um facto, mas várias verdades.

gravadas e sete quilos a menos. No ano seguinte, num trabalho em conjunto com minha esposa, Aline Camargo, surgiram as primeiras ideias sobre a Maranhas Filmes. Ou seja, o que me levou ao cinema foi a narrativa jornalística sobre os temas musicais. As dificuldades de realizar e produzir cinema parecem ser transversais. Sente mais dificuldade de executar os seus projectos em Portugal ou no seu país natal? A razão de existência da Maranhas Filmes é a música. Isso inclui não só a pesquisa etnográfica, mas também produções audiovisuais sobre festivais, tournés, bandas e músicos de diversas influências, desde os artistas que juntam a música electrónica à tradicional portuguesa, como bandas que cantam em crioulo cabo-verdiano, trazendo o contexto materno da sua pátria e identidade. Sem contar os artistas brasileiros

que trabalhamos aqui, ou artistas portugueses que produzem música brasileira. Se fizer uma comparação entre a nossa realidade em Cuiabá (Mato Grosso), onde vivíamos, com a efervescência de Lisboa, notamos um salto enorme no número de bandas, artistas em actividades, festivais e outros projectos relacionados com a música, onde somos convidados a participar. O que posso dizer é que, aqui, ampliámos o nosso campo de actuação e podemos experimentar mais. Em Portugal produzimos 19 filmes em dois anos, ou seja, mais da metade do que fizemos, no mesmo período em Cuiabá. Quantos documentários realizou no Brasil? Da experiência de 2012 até o final de 2014, quando viemos para Portugal, realizámos nove filmes. A maioria sobre música no contexto etnográfico. Mas há dois que fogem a esta regra: um documentário


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sobre o Aberto de Xadrez Contaud, um dos principais campeonatos nacionais dos tabuleiros. Fui xadrezista na escola e esse filme foi um encontro com um pedaço saudoso da minha vida, quando defendia a minha escola nas 64 casas. Entrevistei mestres que inspiraram a minha geração de jogadores. O outro foi o super curto filme sobre o SEO Manoel Barbeiro, que trabalha há mais de 60 anos num abrigo central da cidade de Chapadinha, noroeste do Maranhão. Desde que chegou a Portugal, que mudanças sentiu na sua obra? O trabalho que foi iniciado no Brasil ganhou uma maior amplitude aqui. Continuamos a trabalhar com a música, abrangendo mais géneros musicais, debruçando-nos noutros contextos que, antes, não conhecíamos. Mas, sem dúvida, viver a experiência da recolha da Trilogia Cavaquinhos transformou a nossa forma de trabalhar. O nosso plano é gravar três documentários sobre o cavaquinho e tivemos a oportunidade de visitar quase 30 cidades e fazer cerca de 80 entrevistas sobre o instrumento, de norte a sul do País, entrando a fundo num contexto etnográfico, tradicional e folclórico português. Isso moldou uma nova forma de actuar da Maranhas Filmes. E também pela oportunidade que é gravar noutro país. Em 2013, estive na Itália e, na cidade de Maratea, pude gravar um documentário com músicos tradicionais de música lucana, tema que era quase totalmente desconhecido para mim. Juntou-se a isto um sotaque italiano que nem mesmo os italianos do norte conseguem entender. Esta experiência foi reveladora no sentido que a música pode ser sempre um diálogo entre mundos diferentes e distantes. Portugal inspira a filmar? Em especial, para os brasileiros, Portugal é um baú de reconhecimento e inspiração. Reconhecimento, porque quando um brasileiro viaja pelo País, depara-se, o tempo todo, com as semelhanças culturais e sociais entre os dois países. A irmandade cultural entre Brasil-Portugal é tão visível e tão interessante em todos os contextos possíveis e a troca de influências entre os dois países já viveu tantos processos nestes 500 anos, que deixou marcas profundas na música, na vivência, na língua, na forma de ser e participar na sociedade. Acredito que há um sentimento semelhante quando um português viaja pelo Brasil.

Uma vez que se trata de um país muito mais pequeno do que o Brasil, sente que existem menos temas para explorar? É claro que o tamanho de um país influencia a diversidade da sua cultura, mas os aspectos culturais são tão extraordinários que diferem não só entre regiões, mas mesmo entre cidades. Em Portugal, sentimos muito isso. Cada região tem a sua peculiaridade, e dentro das regiões (dos distritos), há outras centenas de diferenças nos hábitos culturais. Um país é, por si só e pela sua história, um campo inesgotável de narrativas. É por isso que fico feliz com as proliferações das câmaras e acessibilidade dos equipamentos. Isso está a fazer com que se documente mais, contribuindo para o estudo e leitura sociais. Reconhece a dimensão antropológica e etnográfica do seu trabalho? O meu trabalho é a documentação da vida... Ou melhor, dos aspectos da vida, já que, como jornalista, não acredito que exista a verdade sobre um facto, mas várias verdades. Várias narrativas. E como minha busca é explicar a sociedade no seu recorte musical, a intenção de toda ela é antropológica e etnográfica. Sempre acreditei que um jornalista é também um antropólogo por definição, que trabalha com a historicidade contemporânea, que procura explicar o mundo. Tudo o que produzi nos últimos dez anos tem, no fundo, esse objetivo principal. Qual é o filme que ainda está para fazer? A condição de imigrante - que é a minha também é uma questão muito sensível que temos interesse em explorar. Viver longe da pátria é uma experiência intensa na vida de uma pessoa e da comunidade que o recebe e é cada vez maior a possibilidade de apontarmos as câmaras e as percepções para o universo do imigrante em Portugal, sendo brasileiro ou não. Inclusive, tenho uma coluna chamada “Uns Brasileiros”, no Jornal Sabiá, publicação da Casa do Brasil de Lisboa, que conta a história de imigrantes brasileiros em terras lusitanas. Quem foi adoptado? Lisboa ou Dewis Caldas? Foi amor à primeira vista. Ela não só me adoptou como nos deu uma filha, a Malena, que nasceu há cinco meses. Esse é o maior presente que esta maravilhosa cidade nos poderia oferecer e, definitivamente, contribuiu para a relação maravilhosa com as ruas, com os sabores e com a vivência lisboeta.

Perfil biográfico Nascido entre o norte e o Nordeste do Brasil, na ilha de São Luís, Estado do Maranhão, o jornalista Dewis Caldas já realizou diversos trabalhos sobre géneros musicais como o rock, o samba, o axé, a música gospel, a música clássica, o lambadão, o forró e o baião. A música tradicional é o tema principal da sua obra e colaborações artísticas. Após assinar mais de trinta filmes, fotografias e inúmeras reportagens, pode dizer-se que o seu universo de actuação tem a pretensão de ser um documento histórico destes géneros e vertentes, destacando a música e o quotidiano das cidades como pretexto etnográfico.


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ENTREVISTA

moisés espírito santo

à noite, era entre vizinhos, à porta das casas e nas tabernas.

Que sinais de encontros entre o religioso e o profano encontrou na sua pesquisa sobre religiões e costumes, na Alta Estremadura, nos anos 70 e 80, do século passado? Na cultura tradicional, que era aquela em que investiguei a religião popular, era difícil distinguir o profano do religioso. Tudo estava impregnado de religioso. A origem das coisas, a vida quotidiana, a saúde e a morte, o calendário festivo e laboral, os lazeres, a família... Por exemplo, os divertimentos das festas do padroeiro, bailes, espectáculos, entre outras coisas no adro, eram em nome e em honra do padroeiro. Os milagres e avistamentos da mãe de Jesus em cima de azinheiras em morros isolados deixaram de acontecer porquê? A ciência e a escola acabaram com os milagres? Os avistamentos e aparições de entes sobrenaturais relacionavam-se com a indistinção entre sagrado e profano. As árvores,as fontes, as rochas notáveis ou as falésias sugeriam a presença e a acção do sagrado. As árvores e as fontes eram arquétipos maternais, da vida engendrada pela Mãe e proporcionavam a vida. Daqui a associação entre as árvores - certas árvores e as fontes – mais uma vez, certas fontes -, sugeriam avistamentos da Mãe. Hoje, se há avistamentos, não se passam na Natureza, mas em espaços privados e íntimos. Como era até ao 25 de Abril a vida nas aldeias da região? Mais alegre? Mais triste? Mais musical? Mais comunitária? Nas questões culturais e sociais, em vez de dizermos “antes ou depois do 25 de Abril” devemos dizer, durante ou depois da sociedade agrícola” ou “antes ou depois da sociedade urbana ou industrial”. As datas políticas só influenciam a vida política e os conceitos de cidadania. A sociedade urbana e industrial come-

vida era entre “ Aa casa e os campos;

çou, entre nós e com influências na ruralidade, nos anos 1950-70 Até, sim a vida das aldeias era muito rica socialmente, esfuziante de alegria e de contactos sociais; não havia solidão nem gente só; muita gente nos caminhos, nas estradas e nos campos; contactos diários nas adegas e nas casas dos vizinhos. Uma sociabilidade intensa. A vida era entre a casa e os campos; à noite, era entre vizinhos, à porta das casas, nas tabernas. As saídas da aldeia e dos campos eram para a missa e a feira regional… A vida comunitária era o estilo de vida comum; entreajuda, trabalhos em cooperação, empréstimos de alfaias agrícolas, organização dos caminhos e das áreas públicas pelo trabalho e cooperação das vizinhanças. Um mundo que, hoje, é difícil de imaginar. O trabalho nos campos ou em casa era acompanhado de cantares, individuais ou a duas e três pessoas, sobretudo nos campos. As cantigas animavam o trabalho e ajudavam a passar o tempo. As mulheres cantadeiras eram notáveis as mais procuradas pelos empregadores de ranchos de mulheres, enquanto os homens não cantavam nos campos e muito pouco noutras ocasiões… nas igrejas, não cantavam. As regras de salubridade da União Europeia tiveram impacto no modo como se celebravam certas datas e rito sazonais? “As regras da Europa” influenciaram sobretudo a matança do porco. Era uma festa familiar e da vizinhança. O grito do porco a ser morto fazia parte da festa. Outra regra (idota, etnocêntrica) foi a proibição de vender vinho em cascos de madeira. Essa proibição só pode ter vindo de quem ignora o processo de conservação e de fabricação do vinho, para além de outras proibições como instrumentos culinários de pau ou a calibração de frutos. A proibição - não sei se veio da “Europa” de ter animais, como os porcos, junto das casas – também prejudicou a vida aldeã que


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Moisés Espírito Santo, sociólogo das religiões refere o papel importante e decisivo que as mulheres da Alta Estremadura (zona centro de Portugal) tinham e que ia muito além do que estava plasmado nas leis dos homens. Recorda uma vida mais próxima da terra e dos rituais sazonais e imputa responsabilidades à “Europa” e às suas normas pela destruição desse quotidiano.


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“... quem mais trabalhava, mais autoridade tinha na família, no grupo ou numa equipe.”

associava a família aos animais domésticos - vacas, cavalos, burros - para abate ou trabalho. Qual era o papel da mulher no lar típico da Alta Estremadura de há 40 anos? O papel da mulher na vida tradicional anda mal apreciado no nosso tempo. A mulher trabalhava mais do que o homem, na casa, nos campos e no tratamento dos filhos, mas a regra implícita da tradição também era: quem mais trabalhava, mais autoridade tinha na família, no grupo ou numa equipe. O mais-trabalho arrastava a maior-indispensabilidade ou independência de que gozava o sujeito trabalhador. Há muitos traços na nossa cultura tradicional dum matriarcado antigo. Segundo os autores romanos, a sociedade lusitano-galega era “ginocrática e matriarcal.

As elites de hoje vêem só a dependência da esposa ao marido mas isso eram as leis do Estado e do Código Civil com origem no antigo código romano, patriarcal. A esposa só dependia do marido nos actos jurídicos. A vida cultural e familiar escapava a esses códigos do Estado. Não é por outra razão que havia muito mais viúvas do que viúvos. É que eles não conseguiam aguentar a vida sem as esposas.

Perfil biográfico Moisés Espírito Santo, nascido em Rebolaria, Batalha, em 1934, é um professor universitário, etnólogo, etnógrafo e sociólogo português. É um dos docentes da Pós-Graduação em Património Cultural Imaterial da Universidade Lusófona de Lisboa e especialista em sociologia e etnologia. Nos anos 70 e 80, percorreu milhares de quilómetros por todo o Portugal. Vasculhou os lugares mais recônditos onde, por vezes, a sua curiosidade de estranho o conduziu a amargas situações com as populações locais e com as autoridades. Nesse Portugal antigo e ainda a descobrir-se, guiaram-no cartas militares e deslocou-se de autocarro, táxi ou a pé. Teve de transportar às costas sacos de pedras, barros e metais para a precisão cronológica do carbono 14. Fez muitos milhares de “slides” e de fotografias. Apaixonado pelas fontes remotas da cultura e da língua portuguesa, que tem a sua matriz nas várias cambiantes do Fenício, do Hebraico antigo e do Hebraico com origem no Noroeste da Península Ibérica, com a influência mais tardia do Latim, devido à expansão administrativa do Império Romano do Sul para o Norte do território português. Em 1976, iniciou, na Sorbonne, o seu doutoramento sob a orientação de Placide Rambaud e de Émile Poulat, obtendo o grau com a tese La Religion Paysaine dans Le Nord du Portugal (1976-1979), que constitui um estudo sociológico de terreno sobre a ‘religião popular’ de alguns locais da região de EntreDouro-e-Minho, publicada, em Portugal, em 1984, com o título de A Religião Popular Portuguesa.


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Município de Leiria

MUSEU DA IMAGEM E DO MOVIMENTO O Concelho de Leiria ocupa uma posição privilegiada no quadro do nosso país e particularmente no plano regional. Confina a Norte com o Concelho de Pombal, a Este também com o de Pombal e com o de Ourém, a Sul com o da Batalha e o de Porto de Mós, a Oeste é limitado pelo Concelho da Marinha Grande e pelo Oceano Atlântico. Leiria é o centro de uma região que junta à agricultura e à pecuária tradicionais as indústrias de moldes, alimentos compostos para animais, moagem, serração de madeiras, resinagem, cimentos, metais, cerâmica, plásticos, serração de mármores, construção civil, comércio e turismo citadino e ambiental.

Entre o Castelo e o Rio Lis nasceu e cresceu a cidade de Leiria. A sua fundação medieval surge no movimento da reconquista cristã aos muçulmanos, protagonizado pelo primeiro rei português – D. Afonso Henriques. Foi precisamente na dinâmica das conquistas territoriais para a fundação do reinado de Portugal, que o rei Conquistador mandou edificar o Castelo, ainda na primeira metade do século XII. Este foi, definitivamente, o ponto de partida para o intenso povoamento da região de Leiria. Após a fundação do Castelo, com o aumento da população, a vila expande-se para fora das muralhas. Em 1545 é elevada a Cidade e a Diocese.

Ainda hoje o Castelo de Leiria permanece indelével símbolo monumental da história da Cidade. Guarda no interior das imponentes muralhas os vestígios das diversas fases de ocupação: desde fortaleza militar a palácio real. No entanto, a história da ocupação humana junto às margens do rio Lis e seus afluentes é muito anterior à Idade Média. Há centenas de milhar de anos, durante os primórdios da ocupação humana na Península Ibérica, quando os instrumentos principais eram feitos de pedra, o homem deixou-se encantar por estas paisagens envolventes, entre o mar e a serra... Do variado e interessante espólio arqueológico da nossa região destaca-se a descoberta de artefactos feitos em pedra lascada, datados do Paleolítico Inferior e Médio (400 mil a 35 mil anos). Mas o achado mais interessante, encontrado num vale encantado que representa a riqueza natural da região, foi uma sepultura com 25 mil anos – O Menino do Lapedo, assim designado por se tratar de uma criança com cerca de quatro anos.

A paisagem envolvente é fortemente marcada por extensos pinhais que se estendem até à costa atlântica. O reinado de D. Dinis (1285-1324) ficou célebre por diversas obras em Leiria, que fundamentam o cognome “Lavrador” - a sementeira do “Pinhal de Leiria” e a secagem de pântanos nas margens do Lis para fins agrícolas, dando origem ao fertilíssimo vale que se estende desde Leiria à sua foz. Localizada no centro litoral do país, a região de Leiria reúne um conjunto de recursos naturais que consolidam a dinâmica económica ainda hoje evidente. Desde a época dos Descobrimentos Portugueses (Séculos XV / XVI) em que as madeiras do Pinhal de Leiria foram determinantes para a construção naval, passando pelas indústrias vidreiras (Séculos XVIII / XX) até à diversidade industrial contemporânea.

Desde então, esta região nunca mais deixaria de ser habitada. Assim o comprovam os contíguos indícios arqueológicos, desde as primeiras épocas de sedentarização do homem, em que aparece a cerâmica, passando pela vulgarização do uso dos metais até à intensa romanização, culminando com a ocupação persistente e definitiva do morro do Castelo durante a Idade Média.


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VIAGEM BRASIL

Um português em território dos yanomami Uma visita, um diálogo de improviso, um banquete e um funeral em Mauxipiteri.

Texto: Francisco Pedro

Como imagino que estão com pressa e uma viagem daqui até à Amazónia profunda não se faz em meiadúzia de linhas, prometo atalhar caminho, mas não me furto a ensaiar uma descrição cinematográfica de sentidos, ambientes e encontros. Será uma tentativa de adequar este texto a um festival de cinema antropológico. O tempo cheira a quente e sabe a pó, neste cenário em que agora vos convido a entrar. Vamos sentados na carroçaria de um velho jipe, que avança floresta adentro, ao ritmo que as árvores derrubadas permitem e à velocidade que o piso acidentado entende ser o possível. Dividimos o espaço com bidões de gasóleo, cachos de bananas, sacas de arroz, sacos de manga e ferramentas de manutenção automóvel. Mais de seis horas desde que começámos a ver a floresta fugir à frente dos olhos, a viatura detém-se na primeira comunidade do povo yanomami, no topo norte da floresta amazónica, do Estado brasileiro do Roraima. Da verde e densa vegetação, irrompem homens, mulheres e crianças.

Todos vêm rapidamente ao nosso encontro, mas não se aproximam logo. Rondam-nos. Vê-se que têm em si a escola da selva. Observam, quase que nos cheiram antes de permitir qualquer contacto. Ficamos a saber, desde logo, que estamos em terreno massacrado pela doença: malária, tuberculose e até o sarampo, fazem pairar o fantasma da morte em comunidades inteiras, vulneráveis a doenças importadas pelo homem ‘branco’. Todos, homens, mulheres e crianças, têm o mesmo tom de pele acastanhado e corte de cabelo ‘à tigela’. Elas, de olhos escuros e rasgados, lábios grossos e enfeitados, geralmente, com pequenos pauzinhos, cobrem a púbis com pequenas tangas tecidas à mão. Eles, quase sempre armados de arco e flecha, aprisionam o pénis à cintura, com um pequeno fio feito de plantas. Os bebés de colo aninham-se nas costas das mães, amparados por uma espécie de cinta extraída das folhas de árvore. Assustam-se quando vêem a máquina fotográfica apontada na sua direcção. Corta!


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Segunda parte Região do Catrimani. Depois de meia hora a pé, a ultrapassar obstáculos inesperados e a absorver a beleza e os mistérios da selva quase virgem, chegamos à maloca Mauxipiteri, liderada pelo experiente Karera, a quem eles chamam tuxaua, que é, na linguagem local, o termo para chefe. É um espaço comunitário, construído em círculo, com paredes em terra e telhado de palha. Partilhamos o espaço com uma das maiores tribos ainda relativamente isoladas na América do Sul. Estes índios vivem num território que se reparte entre o norte do Brasil e o sul da Venezuela. No total, serão actualmente cerca de 32 mil. Mas já estiveram em perigo de extinção, por causa da ganância dos fazendeiros, madeireiros e mineradores. Na maloca do Karera, vivem pouco mais de 70 resistentes. Tal como os restantes membros deste povo, têm conseguido sobreviver às investidas do exterior, com muita luta, persistência, mas sobretudo com um grande apego e enorme respeito pela “mãe natureza”. O povo yanomami instala-se normalmente perto de um curso de água, abre uma clareira na floresta para construir a maloca e criar uma zona de produção agrícola comunitária, e é ai que permanece até haver caça suficiente para alimentar as famílias. Quando os recursos se esgotam, partem todos para outra ‘morada’ e começam tudo de novo. Atrás de si, deixam espaço para que o ecossistema se regenere. Experimentemos então adormecer e acordar neste mundo distante, quase de documentário, mas com odores e sabores. O Karera é que decide onde podemos esticar a nossa rede. O diálogo faz-se por gestos e com muito improviso. Mas percebemos rapidamente que nos quer ao lado da família de Machadão, o ‘pajé’ – ou curandeiro. Com excepção da mulher, que não consegue nem procura esconder um certo agastamento pela nossa presença, o resto da família, e praticamente toda a comunidade, quase que nos ignora. Afinal, não passamos de estranhos de cor diferente, com barba na cara e pêlos no corpo, cobertos de roupa, algum equipamento fotográfico, bloco de notas e esferográfica. Falta-nos o essencial: lenha para fazer a fogueira que cozinha as refeições e aquece as noites frias, arco e flecha para assegurar essas mesmas refeições. Mas adiante, porque a sensação de estarmos ali é tão diferente, que se pensa em tudo menos em comer… até cair a noite e a fome começar a dar sinais de impaciência. É o tuxaua que nos salva, com o pretexto de uma conversa difícil de acontecer. Por entre gestos e murmúrios, conseguimos perceber – e provar – um belo peixe de rio, grelhado em cima de uma folha de árvore, escolhida sabiamente para se fundir com o sabor do pescado. À nossa volta, regressou o silêncio, agora diferente porque é nocturno. As entradas da maloca foram fechadas, com ‘portas’ improvisadas e as famílias agrupam-se agora, ao redor das fogueiras. Sobressaem os contornos e au-


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mentam os contrastes, nos rostos iluminados pelas fracas chamas alaranjadas. O odor a madeira queimada alastra e persiste nas profundezas das nossas fossas nasais. As conversas multiplicam-se, quase monocórdicas, no interior da maloca. A espaços, ouve-se um riso aqui, outro ali, uma flatulência mais sonora além… e mais risos. É assim quase toda a madrugada, porque ao nascer do sol, os homens partem para a selva em busca de mais uma refeição. As mulheres cuidam dos filhos mais pequenos, levam-nos ao banho no rio, tratam da manutenção da horta e aguardam pela peça de caça, que vão ter de confeccionar. No dia seguinte, salvo raras excepções, a rotina repete-se. Corta! Terceira parte Agora que está superficialmente experimentado o dia-a-dia de uma comunidade yanomami, vamos dar um salto e aterrar num ritual fúnebre. Não é um festival de lamúrias, mas uma festa. Depois de o falecido ter sido seco e cremado, as cinzas são guardadas numa cabaça, selada com cera de abelha. Depois, é organizada uma caça colectiva e os macacos que vão servir de banquete são amontoados em cima de lenha, que deita mais fumo do que fogo, num processo que pode demorar dias. São convida-

Elas, de olhos escuros e rasgados, lábios grossos e enfeitados, geralmente, com pequenos pauzinhos, cobrem a púbis com pequenas tangas tecidas à mão.

das famílias que precisam de dias a calcorrear pela floresta, crianças incluídas. Num tronco escavado, é feita uma pasta de banana, onde são deitadas as cinzas do finado. E é em clima de grande euforia que todos bebem um pouco daquela mistura, porque assim, crêem eles, estão a absorver a parte boa da alma do desaparecido. Eu vi os macacos ao fumeiro e a cabaça selada… Corta!


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Município da Marinha Grande

Coloque os seus sentidos à prova Sendo este um festival de forte pendor etnográfico, de preservação e divulgação da identidade coletiva de uma comunidade, de um povo, faz todo o sentido que na Marinha Grande seja acolhido no Museu do Vidro, um espaço de memória com um papel determinante na preservação da história e identidade marinhenses. A Marinha Grande é um concelho com uma identidade fortemente ligada ao vidro, devendo o seu grande desenvolvimento a mais de 250 anos de história da indústria vidreira, sendo que o grande crescimento do concelho dá-se aquando da instalação da Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande em 1747, que despoletou o aparecimento de outras fábricas de vidro bem como de outras indústrias, dos moldes e dos plásticos, que foram determinantes para a evolução da Marinha Grande em termos históricos, culturais, sociais e económicos. Em 1998 é inaugurado o Museu do Vidro, um elemento cultural fundamental na preservação da história e identidade da Marinha Grande, e que tem como missão o estudo, a preservação e a divulgação dos testemunhos materiais e imateriais do Homem e do seu meio no que diz respeito ao vidro como material e matéria de expressão artística, estética e industrial, e como fator identitário e de significações sociais e culturais. Trata-se do único museu em Portugal especificamente vocacionado para o estudo da arte, artesanato e indústria vidreira, constituindo um dos mais importantes centros de valorização cultural individual e coletiva na área do vidro.

O Museu do Vidro dispõe de dois espaços distintos de exposição, nos quais reúne coleções e saberes que testemunham a atividade vidreira portuguesa, desde meados do século XVII/XVIII até à atualidade. O Palácio Stephens, um edifício de inspiração neoclássica construído na segunda metade do século XVIII, classificado de imóvel de interesse público e integrado no núcleo do Património Stephens (antiga Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande), assumese como um espaço dedicado às artes decorativas do vidro, bem como à tecnologia da produção de vidro utilitário, decorativo e científico, numa área expositiva que reflete a evolução da indústria vidreira em Portugal. O Núcleo de Arte Contemporânea do Museu do Vidro, instalado num moderno edifício construído em metal e vidro e integrado no edifício da antiga Fábrica de Resinagem da Marinha Grande, junto ao Património Stephens e que reúne um conjunto de obras que representam cerca de 25 anos de vidro de expressão plástica contemporânea realizado em Portugal, bem como uma seleção de obras em vidro de artistas internacionais que foram sendo adquiridas ou doadas para a coleção do museu. À organização do CinANTROP o nosso agradecimento pela possibilidade deste festival se realizar no concelho da Marinha Grande, valorizando o passado, a memória e a identidade das comunidades, permitindo a transmissão destes valores às gerações presentes e futuras através desta arte que é o cinema.

Município de Ourém

Um concelho com história Partindo da sua estratégia política de gestão integrada dos patrimónios, o Município de Ourém procura gerir um modelo integrado e inclusivo de valorização do património cultural concelhio, móvel e imóvel, material e imaterial, em articulação com entidades locais e supra-locais. O Município de Ourém procura envolver a comunidade local nos processos de representação cultural e dar visibilidade aos agentes e forças vivas do Concelho, seja por via da fotografia, seja por via do audiovisual, com a vantagem de contar com uma participação muito ativa dos cidadãos. O projeto “Património pela Imagética” é uma das vertentes deste processo, o arquivo fotográfico digital de imagens relativas ao concelho criado no âmbito deste projeto tem-se revelado fundamental para o registo etnográfico das expressões identitárias locais.

A associação ao cinANTROP - Festival Internacional de Cinema Etnográfico, surge assim naturalmente, como forma de expressão e registo das idiossincrasias locais, constituindo uma mais valia para o Município porque documenta Ourém, promove as relações sociais entre os oureenses e ajudam a criar uma imagem identitária mais forte do concelho. Sendo o único festival português de cinema etnográfico, Ourém encontra assim uma forma de expressão que projeta a sua identidade não só a nível nacional, mas também internacional. A participação das suas populações, que são os atores por excelência dos documentários apresentados, é um elemento fundamental que permite o registo de autenticidade e uma forma de expressão primordial da cultura e património oureenses.


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sinopses FILMES PARTICIPANTES 2017 - ENTRADA GRATUITA LEIRIA - m|i|mo - Museu da Imagem em Movimento 6 junho (terça-feira) 15:00h Duração total da sessão: 81’

5’ Chineses regressam às raízes para celebrar o Ano Novo Lunar

Trabalhadores rurais chineses 5’ encurralados nos subúrbios da capital por uma vida melhor” “Trabalhadores rurais chineses encurralados nos subúrbios da capital por uma vida melhor”, por João Pimenta (texto) e Wei Wang (vídeo), da agência Lusa.

“Chineses regressam às raízes para celebrar Ano Novo Lunar”, por João Pimenta (texto) e Wei Wang (vídeo), da agência Lusa.

Sinopse: Tuo Shouchuan vive com dois amigos num cubículo de 12 metros quadrados, parte de um aglomerado de casas em tijolo que acolhe centenas de trabalhadores rurais chineses à procura de uma vida melhor em Pequim.

Sinopse: A chinesa Xiaowang está prestes a percorrer de comboio os quase 2.000 quilómetros que separam Pequim e a sua terra natal, na província de Sichuan, numa viagem que repete todos os anos por esta altura.

Time Travel 56’

Deng Xiaoping, o líder chinês 5’ que derrubou a ortodoxia maoísta, morreu há vinte anos “Deng Xiaoping, o líder chinês que derrubou a ortodoxia maoísta, morreu há vinte anos”, por João Pimenta (texto) e Wei Wang (vídeo), da agência Lusa. Sinopse: Vinte anos depois da morte de Deng Xiaoping, o líder que abriu a China à economia de mercado, resta em Pequim pouco de herança operária, arrasada para dar lugar a torres envidraçadas e complexos luxuosos.

“Viagem no tempo”, de António Caetano Faria e Carolina Neves Rodrigues. Sinopse: O filme “A espessura das paredes” nos leva ao coração de um bairro de Port-au-Prince, para o voodoo “casa” Jean-Max. Através mãos e corpos de devoto que compõem beleza efêmera exuberante de lugares rituais, através da vida diária ea viagem religiosa, seguimos o fio de uma memória que reflete tanto a força cultural eo estado bloqueado da sociedade haitiana, as vozes do passado e do presente e ressoar questionar uma determinada realidade caótica fora da tela.

7 junho (quarta-feira) 15:00h

Donglu, a história de uma aldeia 5’ católica num país governado por ateus “Donglu, a história de uma aldeia católica num país governado por ateus”, por João Pimenta (texto) e Wei Wang (vídeo), da agência Lusa. Sinopse: No interior do norte da China, uma igreja do tamanho de um quarteirão, com paredes e colunas brancas, ergue-se no centro de uma aldeia, entre casas de tijolo cru, estradas poeirentas e plantações de melancia.

Mestre do ‘vento e água’ prevê energias 5’ positivas para o ano lunar do galo “Mestre do ‘vento e água’ prevê energias positivas para o ano lunar do galo”, por João Pimenta (texto) e Wei Wang (vídeo), da agência Lusa. Sinopse: Na semana em que milhões de trabalhadores chineses desfrutam das suas únicas férias, o mestre Wang Haohua tem andado ocupado a prever o que trará o ano novo lunar nos negócios, amor ou política.

Os Resistentes - Retratos de Macau 50’ “Os Resistentes - Retratos de Macau”, de António Faria. Sinopse: A série dos resistentes nasce da necessidade que Macau tem de descobrir ou procurar constantemente uma identidade. Filmado a preto e branco, com música da Orquestra Chinesa de Macau, tem como objetivo dar voz àqueles que resistiram à passagem do tempo.


03 a 11 junho 2017

8 junho (quinta-feira) 21:00h Sessão de filmes de competição Nacional Prémio António Campos Duração total da sessão: 126’

Dragão Embriagado 25’ “Dragão Embriagado”, de Joana Couto. Sinopse: O Festival do Dragão Embriagado, ou de Tchoi Long, tem lugar no 8.º dia da 4.ª Lua (coincidindo este ano com o dia 14 de Maio). Hoje apenas celebrado em Macau, o evento com origem em Sek Kei, no antigo distrito de Xiangshan, Província de Guangdong, foi trazido pelos seus naturais que, migrando para Macau, com eles transportaram a tradição. O Dragão Embriagado está inscrito desde 2011 como Património Cultural Imaterial Nacional.

Daqui É Pró Cemitério – a propósito dos 75 20’ Anos do Bairro dos pescadores da Nazaré Maior fábrica de bíblias do mundo 5’ fica na China comunista “Maior fábrica de bíblias do mundo fica na China comunista”, por João Pimenta (texto) e Wei Wang (vídeo), da agência Lusa. Sinopse: A maior fábrica de bíblias do mundo é chinesa, um país sem relações diplomáticas com a Santa Sé, e onde uma cópia impressa é completa a cada segundo, sob vigilância atenta de operários chineses, alguns convertidos ao catolicismo.

“Daqui É Pró Cemitério – a propósito dos 75 Anos do Bairro dos pescadores da Nazaré”, de Célia Quico, Dóris Santos, João Delgado. Sinopse: Cultural Imaterial Nacional. Em 2016 assinalaram-se os 75 anos da inauguração do Bairro dos Pescadores da Nazaré e da Casa dos Pescadores da Nazaré - 22 de Maio de 1941.

9 junho (sexta-feira) 15:00h

Mar de Sines 70’ Terra e Cal 55’ “Terra e Cal”, de Catarina Alves Costa. Sinopse: Um filme sobre casas rurais no interior do Algarve, mostrando a relação entre o presente e memórias evocadas na intimidade do lar. Trabalhar a arquitectura a partir do “imaginário social”, centrando-se na forma como as casas eram e são vividas.

Índios Pontiguara 21’ “Índios Pontiguara”, de José Manuel Simões. Sinopse: Um pequeno registo sobre os eleitores e candidatos da política brasileira. José Manuel Simões, Jornalista e Professor Universitário, foi ao Nordeste do Brasil, terras da Baía da Traição, descobrir como vivem os Potiguara, etnia de cinco mil índios em 32 aldeias e com uma peste, a cana do açúcar, a devastar-lhes a floresta e a ameaçar modos seculares de sobrevivência. Curandeiras, caciques, feiticeiros, pagés, rituais e gente de rara beleza que preserva uma cultura ancestral, revelam-nos, neste documentário, um dos últimos paraísos do homem.

“Mar de Sines”, de Diogo Vilhena Sinopse: Este é um projeto de cinema com a comunidade, num documentário que reúne os testemunhos de três gerações de pescadores que conhecem como poucos o mar do sudoeste português: o que o mar oferece e o que o mar reclama; o encanto do mar e a sua dura realidade. O porto de pesca e os seus intervenientes preenchem o núcleo principal de “Mar de Sines”, mas o filme navega para outros territórios: encontra os últimos pescadores-cabaneiros de São Torpes; percorre a costa rochosa com os mariscadores; escuta as memórias dos pescadores do alto; mergulha nas profundezas do oceano.

11 junho (domingo) 15:00h - Última sessão Duração total da sessão: 100’

Olhar Macau 25’ “Olhar Macau” – documentários sobre o Património Material e Imaterial de Macau, produzidos pela Casa de Portugal em Macau.


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sinopses FILMES PARTICIPANTES 2017 - ENTRADA GRATUITA Festividade de Á-MÁ 25’

6 junho (terça-feira) 15:00h

“Festividade de Á-MÁ”, de Joana Couto. Sinopse: A Deusa de Á-MÁ é a protectora dos pescadores e marinheiros. A sua importância é relevante no calendário dos festejos anuais de Macau.

Banho de Buda 25’ “Banho de Buda”, de João Silva. Sinopse: O Festival do Banho de Buda decorre no oitavo dia do quarto mês lunar.É um evento importante para os budistas para comemorar o aniversário de Buda Siddhartha Gautama, também chamado de “Aniversário de Buda”. Diz-se que Siddhartha Gautama nasceu há mais de 2600 anos, com uma mão apontada para o céu e a outra apontada para a terra, e disse: “no céu e na terra, eu sou o rei.” Isso fez a terra tremer, e nove dragões cuspiram água para lavar seu corpo. Por isso, budistas de diferentes etnias, celebram o aniversário de Buda com a forma de lavar a estátua de Buda.

Espíritos Esfomeados 25’ “Espíritos Esfomeados”, de Sara Pereira. Sinopse: A crença nos diabos à solta remete para os primórdios da religião popular, muito antes do aparecimento do Taoismo e do Budismo, religiões que reivindicam as suas origens. Talvez porque o dia também seja comemorado no Budismo embora com outro significado.

MARINHA GRANDE - Museu do Vidro 4 junho (domingo) 15:00h

Os Resistentes - Retratos de Macau 50’ “Os Resistentes - Retratos de Macau”, de António Faria. Sinopse: A série dos resistentes nasce da necessidade que Macau tem de descobrir ou procurar constantemente uma identidade. Filmado a preto e branco, com música da Orquestra Chinesa de Macau, tem como objetivo dar voz àqueles que resistiram à passagem do tempo.

Time Travel 56’ “Viagem no tempo”, de António Caetano Faria e Carolina Neves Rodrigues. Sinopse: O filme “A espessura das paredes” nos leva ao coração de um bairro de Port-au-Prince, para o voodoo “casa” Jean-Max. Através mãos e corpos de devoto que compõem beleza efêmera exuberante de lugares rituais, através da vida diária ea viagem religiosa, seguimos o fio de uma memória que reflete tanto a força cultural eo estado bloqueado da sociedade haitiana, as vozes do passado e do presente e ressoar questionar uma determinada realidade caótica fora da tela.

7 junho (quarta-feira) 15:00h Duração total da sessão: 100’

Olhar Macau 25’ “Olhar Macau” – documentários sobre o Património Material e Imaterial de Macau, produzidos pela Casa de Portugal em Macau.

Festividade de Á-MÁ 25’ “Festividade de Á-MÁ”, de Joana Couto. Sinopse: A Deusa de Á-MÁ é a protectora dos pescadores e marinheiros. A sua importância é relevante no calendário dos festejos anuais de Macau.

Banho de Buda 25’ “Banho de Buda”, de João Silva. Sinopse: O Festival do Banho de Buda decorre no oitavo dia do quarto mês lunar.É um evento importante para os budistas para comemorar o aniversário de Buda Siddhartha Gautama, também chamado de “Aniversário de Buda”. Diz-se que Siddhartha Gautama nasceu há mais de 2600 anos, com uma mão apontada para o céu e a outra apontada para a terra, e disse: “no céu e na terra, eu sou o rei.” Isso fez a terra tremer, e nove dragões cuspiram água para lavar seu corpo. Por isso, budistas de diferentes etnias, celebram o aniversário de Buda com a forma de lavar a estátua de Buda.


03 a 11 junho 2017

Espíritos Esfomeados 25’ “Espíritos Esfomeados”, de Sara Pereira.

9 junho (sexta-feira) 15:00h Duração total da sessão: 70’

Sinopse: A crença nos diabos à solta remete para os primórdios da religião popular, muito antes do aparecimento do Taoismo e do Budismo, religiões que reivindicam as suas origens. Talvez porque o dia também seja comemorado no Budismo embora com outro significado.

8 junho (quinta-feira) 15:00h Sessão Brasil Duração total da sessão: 121’

Mar de Sines 70’ “Mar de Sines”, de Diogo Vilhena

A Grande Ceia Quilombola 53’ “A Grande Ceia Quilombola”, de Ana Stela Cunha e Rodrigo Sena. Sinopse: No Quilombo de Damasio, terra doada por um senhor de engenho a três de suas escravas, o alimento tem sido secularmente cultivado e extraído da natureza de forma parcimoniosa, fazendo parte de uma estrutura social que privilegia o grupo. O documentário retrata parte destes saberes, tendo a comida um papel fundamental na coesão do grupo.

Ilha 56’ “Ilha”, de Daniel de La Calle Gebelle. Sinopse: Um dia na pequena ilha brasileira de Boipeba. Os pescadores locais ainda vivem de modo tradicional, saem ao mar em barquinhos a motor e canoas, recorrem a pé os arrecifes, praias e manguezais em busca de sustento. Porém, o mundo de fora colocou os olhos neste ideal moderno do paraíso tropical. A mudança parece inexorável. “ilha” separa-se do modelo narrativo do cinema social e ambiental clássico e oferece um olhar contemplativo a um lugar e a pessoas, com um ritmo e modo de viver à beira da mudança.

Os caminhos da política: 12’ personagens e eleitores “Os caminhos da política: personagens e eleitores”, de Carlos Eduardo Fialho e Tatiana Miranda Sinopse: É um documentário que busca refletir sobre as relações entre candidatos e eleitores na política brasileira contemporânea através de entrevistas com eleitores e do acompanhamento da produção da campanha dos chamados “candidatos personagens” no Brasil.

Sinopse: Este é um projeto de cinema com a comunidade, num documentário que reúne os testemunhos de três gerações de pescadores que conhecem como poucos o mar do sudoeste português: o que o mar oferece e o que o mar reclama; o encanto do mar e a sua dura realidade. O porto de pesca e os seus intervenientes preenchem o núcleo principal de “Mar de Sines”, mas o filme navega para outros territórios: encontra os últimos pescadores-cabaneiros de São Torpes; percorre a costa rochosa com os mariscadores; escuta as memórias dos pescadores do alto; mergulha nas profundezas do oceano.

11 junho (domingo) 15:00h - Última sessão Duração total da sessão: 75’

Olhar Macau 25’ “Olhar Macau” – documentários sobre o Património Material e Imaterial de Macau, produzidos pela Casa de Portugal em Macau.

Chu Tai Sin 25’ “Chu Tai Sin”, de António Faria. Sinopse: Anualmente os crentes congregam-se num barco transformado em templo para participar na festividade Da Jiu realizada em honra de Chu Tai Sin, divindade taoísta patrono dos pescadores. Esta tradição faz parte do património intangível de Macau embora, atualmente esteja ameaçada.

Cheng Ming 25’ “Chu Tai Sin”, de António Faria. Sinopse: São muitos os que se deslocam aos cemitérios de Macau e das ilhas para venerar os seus antepassados e realizar a limpeza dos túmulos. Como se costuma dizer, neste dia o luto é coletivo. Todos os anos, por esta altura, os residentes realizam a limpeza das campas, a veneração dos antepassados e o luto pelos que partiram. Este costume tradicional leva muitos familiares, mesmo aqueles que vivem em partes longínquas, a relembrarem os seus entes queridos.


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sinopses FILMES PARTICIPANTES 2017 - ENTRADA GRATUITA OURÉM - Museu Municipal de Ourém Casa do Administrador 3 junho (sábado) 15:00h Duração total da sessão: 100’

Olhar Macau 25’ “Olhar Macau” – documentários sobre o Património Material e Imaterial de Macau, produzidos pela Casa de Portugal em Macau.

Festividade de Á-MÁ 25’ “Festividade de Á-MÁ”, de Joana Couto. Sinopse: A Deusa de Á-MÁ é a protectora dos pescadores e marinheiros. A sua importância é relevante no calendário dos festejos anuais de Macau.

Banho de Buda 25’

Deng Xiaoping, o líder chinês 5’ que derrubou a ortodoxia maoísta, morreu há vinte anos “Deng Xiaoping, o líder chinês que derrubou a ortodoxia maoísta, morreu há vinte anos”, por João Pimenta (texto) e Wei Wang (vídeo), da agência Lusa. Sinopse: Vinte anos depois da morte de Deng Xiaoping, o líder que abriu a China à economia de mercado, resta em Pequim pouco de herança operária, arrasada para dar lugar a torres envidraçadas e complexos luxuosos.

Donglu, a história de uma aldeia 5’ católica num país governado por ateus “Donglu, a história de uma aldeia católica num país governado por ateus”, por João Pimenta (texto) e Wei Wang (vídeo), da agência Lusa. Sinopse: No interior do norte da China, uma igreja do tamanho de um quarteirão, com paredes e colunas brancas, ergue-se no centro de uma aldeia, entre casas de tijolo cru, estradas poeirentas e plantações de melancia.

“Banho de Buda”, de João Silva. Sinopse: O Festival do Banho de Buda decorre no oitavo dia do quarto mês lunar.É um evento importante para os budistas para comemorar o aniversário de Buda Siddhartha Gautama, também chamado de “Aniversário de Buda”. Diz-se que Siddhartha Gautama nasceu há mais de 2600 anos, com uma mão apontada para o céu e a outra apontada para a terra, e disse: “no céu e na terra, eu sou o rei.” Isso fez a terra tremer, e nove dragões cuspiram água para lavar seu corpo. Por isso, budistas de diferentes etnias, celebram o aniversário de Buda com a forma de lavar a estátua de Buda.

Espíritos Esfomeados 25’ “Espíritos Esfomeados”, de Sara Pereira.

Mestre do ‘vento e água’ prevê energias 5’ positivas para o ano lunar do galo “Mestre do ‘vento e água’ prevê energias positivas para o ano lunar do galo”, por João Pimenta (texto) e Wei Wang (vídeo), da agência Lusa. Sinopse: Na semana em que milhões de trabalhadores chineses desfrutam das suas únicas férias, o mestre Wang Haohua tem andado ocupado a prever o que trará o ano novo lunar nos negócios, amor ou política.

Trabalhadores rurais chineses 5’ encurralados nos subúrbios da capital por uma vida melhor”

Sinopse: A crença nos diabos à solta remete para os primórdios da religião popular, muito antes do aparecimento do Taoismo e do Budismo, religiões que reivindicam as suas origens. Talvez porque o dia também seja comemorado no Budismo embora com outro significado.

“Trabalhadores rurais chineses encurralados nos subúrbios da capital por uma vida melhor”, por João Pimenta (texto) e Wei Wang (vídeo), da agência Lusa.

4 junho (domingo) 15:00h Duração total da sessão: 75’

Sinopse: Tuo Shouchuan vive com dois amigos num cubículo de 12 metros quadrados, parte de um aglomerado de casas em tijolo que acolhe centenas de trabalhadores rurais chineses à procura de uma vida melhor em Pequim.

5’ Chineses regressam às raízes para celebrar o Ano Novo Lunar “Chineses regressam às raízes para celebrar Ano Novo Lunar”, por João Pimenta (texto) e Wei Wang (vídeo), da agência Lusa. Sinopse: A chinesa Xiaowang está prestes a percorrer de comboio os quase 2.000 quilómetros que separam Pequim e a sua terra natal, na província de Sichuan, numa viagem que repete todos os anos por esta altura.


03 a 11 junho 2017

8 junho (quinta-feira) 21:00h Sessão de filmes de competição Nacional Prémio António Campos Duração total da sessão: 120’

Os Resistentes - Retratos de Macau 50’ “Os Resistentes - Retratos de Macau”, de António Faria. Sinopse: A série dos resistentes nasce da necessidade que Macau tem de descobrir ou procurar constantemente uma identidade. Filmado a preto e branco, com música da Orquestra Chinesa de Macau, tem como objetivo dar voz àqueles que resistiram à passagem do tempo.

6 junho (terça-feira) 15:00h

Maior fábrica de bíblias do mundo 5’ fica na China comunista “Maior fábrica de bíblias do mundo fica na China comunista”, por João Pimenta (texto) e Wei Wang (vídeo), da agência Lusa. Sinopse: A maior fábrica de bíblias do mundo é chinesa, um país sem relações diplomáticas com a Santa Sé, e onde uma cópia impressa é completa a cada segundo, sob vigilância atenta de operários chineses, alguns convertidos ao catolicismo.

Sampana 5’ “Sampana”, de António Faria. Sinopse: Lim Moye tem 75 anos. Transporta passageiros e cargas na sua sampana, no Delta do Rio das Pérolas. Uma pequena história e uma longa vida de trabalho.

Cavalgar a Onda da Nazaré 15’ Time Travel 56’ “Viagem no tempo”, de António Caetano Faria e Carolina Neves Rodrigues. Sinopse: O filme “A espessura das paredes” nos leva ao coração de um bairro de Port-au-Prince, para o voodoo “casa” Jean-Max. Através mãos e corpos de devoto que compõem beleza efêmera exuberante de lugares rituais, através da vida diária ea viagem religiosa, seguimos o fio de uma memória que reflete tanto a força cultural eo estado bloqueado da sociedade haitiana, as vozes do passado e do presente e ressoar questionar uma determinada realidade caótica fora da tela.

7 junho (quarta-feira) 21:00h

Dewis Caldas 90’ Presença do realizador brasileiro Dewis Caldas, com exibição de alguns documentários do autor e uma conversa com o público.

“Cavalgar a Onda da Nazaré”, de Célia Quico. Sinopse: Documentário sobre os impactos económicos, sociais e ambientais da notoriedade global da Praia do Norte da Nazaré.

Uma ginja diferente 17’ “Uma ginja diferente”, de Pedro Alves. Sinopse: Será que é desta vez que vamos descobrir a receita da famosa ginjinha do castelo de Ourém?


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sinopses FILMES PARTICIPANTES 2017 - ENTRADA GRATUITA Procissão do enterro do Senhor 8’ “Procissão do enterro do Senhor”, de Bruno Carnide.

9 junho (sexta-feira) 15:00h Duração total da sessão: 50’

Sinopse: O tempo passa, mas algumas tradições mantêm-se. O Mosteiro de Santa Maria da Vitória é o cenário desta procissão realizada na Vila da Batalha.

Mar de Sines 70’ “Mar de Sines”, de Diogo Vilhena

Terras de quem sou 29’ “Terras de quem sou” de Flávio Ferreira Sinopse: Encontramos José nas suas tarefas do quotidiano. Conta-nos uma história de antigamente. E depois outra, e outra. Nos braços da grande família que nasceu desta história, por entre campos e estradas, José guia-nos por memórias de celas, terras e fronteiras.

Nat Cha 25’ “Nat Cha”, de João Silva

Sinopse: Este é um projeto de cinema com a comunidade, num documentário que reúne os testemunhos de três gerações de pescadores que conhecem como poucos o mar do sudoeste português: o que o mar oferece e o que o mar reclama; o encanto do mar e a sua dura realidade. O porto de pesca e os seus intervenientes preenchem o núcleo principal de “Mar de Sines”, mas o filme navega para outros territórios: encontra os últimos pescadores-cabaneiros de São Torpes; percorre a costa rochosa com os mariscadores; escuta as memórias dos pescadores do alto; mergulha nas profundezas do oceano.

11 junho (domingo) 15:00h - Última sessão Duração total da sessão: 50’

Olhar Macau

Sinopse: A Festa de Na Tcha é no décimo oitavo dia do quinto mês lunar. É um ritual cheio de cor e simbolismos que se realiza todos os anos em Macau.

“Olhar Macau” – documentários sobre o Património Material e Imaterial de Macau, produzidos pela Casa de Portugal em Macau.

O sapateiro 5’

Chu Tai Sin 25’

“O sapateiro”, de Albert Dias, Bruno Veríssimo, Samuel Henriques

“Chu Tai Sin”, de António Faria.

Sinopse: Documentário sobre uma profissão que ainda existe no concelho de Ourém. Este filme resulta do trabalho desenvolvido pelo Museu Municipal de Ourém, o cinANTROP e a Escola Secundária de Ourém, para que as gerações mais novas estiem as memórias da sua região.

Sinopse: Anualmente os crentes congregam-se num barco transformado em templo para participar na festividade Da Jiu realizada em honra de Chu Tai Sin, divindade taoísta patrono dos pescadores. Esta tradição faz parte do património intangível de Macau embora, atualmente esteja ameaçada.

Promessas à Nossa Senhora dos Remédios 5’

Cheng Ming 25’

“Promessas à Nossa Senhora dos Remédios”, de João Frias, Catarina Santos, e Maria Oliveira

“Chu Tai Sin”, de António Faria.

Sinopse: Documentário sobre uma longa tradição do concelho de Ourém. Este filme resulta do trabalho desenvolvido pelo Museu Municipal de Ourém, o cinANTROP e a Escola Secundária de Ourém, para que as gerações mais novas estiem as memórias da sua região.

Sinopse: São muitos os que se deslocam aos cemitérios de Macau e das ilhas para venerar os seus antepassados e realizar a limpeza dos túmulos. Como se costuma dizer, neste dia o luto é coletivo. Todos os anos, por esta altura, os residentes realizam a limpeza das campas, a veneração dos antepassados e o luto pelos que partiram. Este costume tradicional leva muitos familiares, mesmo aqueles que vivem em partes longínquas, a relembrarem os seus entes queridos.


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