Jornal do centro ed608

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

14 a 20 de novembro de 2013 /// Ano 12 /// N.º 608 /// 0,80 Euros /// www.jornaldocentro.pt /// redacao@jornaldocentro.pt /// 232 437 461 /// Diretor Pedro Santiago

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU

Quentes, boas... e valiosas

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Micaela Costa

Castanha ganha “peso” na economia | pág. 4 e 5

Cultura

Desporto

José Junqueiro ro

Mostra de dança, “New Age, New Time”, reúne coreógrafos e intérpretes no Teatro Viriato pág. 13

Académico recebe este domingo o Atlético pressionado pela vitória do Trofense na Covilhã pág. 12

“Ás vezes, no fim, migam-se”, as pessoas “amigam-se”, to da lei em detrimento te ou do combate político” pág. 6 e 7


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Costuma apanhar cogumelos selvagens ou prefere comprar?

Importa-se de responder

?

Estrelas

Costumo apanhar pois além de ser mais barato sabemos o que estamos a comer. Álvaro Magalhães Treinador do Tondela

Cristina Cardoso Administrativa

Eu gosto mais de os apanhar, é mais barato e ajuda a passar o tempo.

O novo treinador do Clube Desportivo de Tondela, é natural de Lamego e quer levar uma equipa do distrito à I Liga.

Alexandra Albuquerque Administrativa

Costumo apanhar os míscaros e compro os outros. Também já produzi.

José Paulo Teixeira Consultor Agrícola

Há um ano

Número da semana

Distribuído com o Expresso. Venda

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interdita.

UM JORNAL COMPLETO pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA

DIRETOR

Paulo Neto

Semanário 16 a 22 de novembro 2012

pág. 10 > REGIÃO pág. 16 > EDUCAÇÃO pág. 17 > SUPLEMENTO pág. 21 > ECONOMIA pág. 23 > DESPORTO

Ano 11 N.º 557

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pág. 26 > CULTURA pág. 28 > EM FOCO pág. 30 > SAÚDE pág. 33 > CLASSIFICADOS

| Telefone: 232 437 461

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1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses Viseu ·

REGIÃO DE VISEU redacao@jornaldocentro.pt

Novo acordo ortográfico

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A intermunicipalidade no distrito de Viseu

| páginas 6 a 9

∑ António Borges, AM Vale Douro Sul

Paulo Neto

∑ Carlos Marta, CIM Dão-Lafões

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Nuno André Ferreira

Percentagem dos residentes na região Centro que estão globalmente satisfeitos.

Responda online

Mota Faria Líder da distrital de Viseu do Partido Social Democrata

Fez valer a voz do distrito ao ter alertado a ministra das Finanças para alguns dos problemas que podem advir da aplicação incondicional das medidas preconizadas na proposta de Orçamento de Estado para 2014.

www.jornaldocentro.pt

Gosta do novo grafismo do Jornal do Centro? Sim 94% Almeida Henriques Presidente da Câmara Municipal de Viseu

Os resultados apurados não têm qualquer valor científico e não correspondem a sondagem ou estudo de opinião. No gráfico apenas é ilustrada a opinião dos leitores em www.jornaldocentro.pt

Não 6%

Diretor Pedro Santiago

Departamento Gráfico Marcos Rebelo

pedro.santiago@jornaldocentro.pt

marcos.rebelo@jornaldocentro.pt

(redaccao@jornaldocentro.pt)

Departamento Marketing Pedro Dinis

Micaela Costa, C.P. n.º TP-1866

pedro.dinis@shsgps.com

micaela.costa@jornaldocentro.pt

Tânia Ferreira

Redação

Pedro Morgado, colaborador pedro.morgado@jornaldocentro.pt

tania.ferreira@shsgps.com

Departamento Comercial

Serviços Administrativos Sabina Figueiredo

comercial@jornaldocentro.pt

sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt

Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt

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Grafismo Marcos Rebelo

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Impressão Coraze - Oliveira de Azeméis Telf.: 910252676 / 910253116 geral@coraze.com Distribuição Vasp Tiragem média 6.000 exemplares por edição Sede e Redação Rua Dr. Álvaro Monteiro, lote 12, r/c | 3510-014 Marzovelos - Viseu Apartado 163 Telefone 232 437 461

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Semanário Sai à quinta-feira

Associação Portuguesa de Imprensa

União Portuguesa da Imprensa Regional

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Autarcas de Viseu, Aveiro e Guarda encontram-se e lançam a plataforma A25, para promover o desenvolvimento regional.


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u

O Pai Natal vai tocar. E tu, vais cá estar? P

Sábado, 16 Nov às 17h30 O Pai Natal vai chegar, com um musical do Gui a acompanhar. A animação começa às 15h00 e podes contar com uma tarde repleta de surpresas inovadoras. Não percas ainda todas as atividades de Natal na Oficina do Gui e brilha no Palco criado especialmente para ti.

Mais informações em: facebook.com/forumviseu


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Quanto vale a castanha? No ano passado a castanha contribuiu com 17,5 milhões de euros para as exportações portuguesas Micaela Costa

Lá diz o ditado que “no S. Martinho, lume, castanhas e vinho”. Embora o dia de São Martinho já tenha ficado para trás no calendário o tema “castanhas” continua e vai continuar, literalmente, na boca dos portugueses, pelo menos até ao final do ano. Embora hoje em dia a castanha seja iguaria de época, durante muito tempo teve uma enorme importância na dieta dos portugueses. Por volta do século XVII, era

centagem de amido das batatas, ricas em vitaminas C e B6, sendo ainda uma boa fonte de potássio. Na década de 50, do

século XX, o seu consumo teve um significativo decréscimo, pelo aparecimento de outro tipo de alimentos, e deixou de ter a importância de outrora. Mas, por volta dos anos 90, a procura aumentou e voltou a t r azer à ribalta as várias van-

tagens do seu consumo, e sobretudo do valor económico deste pequeno fruto. A inclusão da castanha na gastronomia urbana impulsionou o consumo para esta iguaria de outono. Hoje em dia já é possível encontrar a castanha nas mais

dos concelhos com uma forte tradição na produção de castanha, sendo mesmo conhecida como a Terra da Castanha. Prova disso mesmo é a Feira da Castanha que todos os anos se realiza com o grande objetivo de potencializar este fruto que “habita” no ouriço. Na edição 2013, que decorreu de 25 a 27 de outubro, foram comercializadas milhares de toneladas, mesmo num ano em que a castanha caiu mais tarde e a produção foi menor. Sobre o que representa a produção da castanha na economia do concelho, o Jornal do Centro contactou a autarquia para aquilatar dessa importânica, mas esta não se mostrou dispo-

nível para prestar declarações. Apesar da comercialização da castanha para o mercado nacional, João Ferreira admite que cada vez mais a castanha é “exportada para o mercado estrangeiro, como Alemanha, Suíça, Itália, França e Estados Unidos da América”. Alguns destes países são também fortes produtores, como é o caso da Itália – que surge no ranking de maior produtor -, contudo a castanha portuguesa continua a ser a preferida de grandes compradores estrangeiros. O alerta foi também feito pela ministra da Agricultura, Assunção Cristas, quando no passado sábado, durante a visita a um

o principal pal alimento das populações ções rurais de montanha ha e era mesmo um dos producos tos básicos da alimentação dos beirões e ontatransmontaegando, muinos, chegando, es, a substitas vezes, ão ou as batuir o pão tatas. Desdee cedo llhe he ceram vanreconheceram tagens. É um fruto co em hidramuito rico arbono, com tos de carbono, cerca do dobro da per-

variadas combinações gastronómicas. Cruas, assadas, cozidas, fritas, na sopa, com carne ou para sobremesas a verp dade é que a castanha voltou a ganhar um “lugar ao sol” à mesa de todos.

A economia e a castanha

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No ano passado a castanha contribuiu com 17,5 milhões de euros para as exportações portuguesas num total de 19 mil toneladas de produção anual. Se aos olhos de muitos este não é um fruto rentável, a verdade é que a qualidade da castanha portuguesa tem conquistado mercado, um pouco por todo o Mundo. Segundo João Ferreira, presidente da direção da Cooperativa Agrícola de Penela da Beira, no concelho de Penedono, este ano, foram já comercializadas 300 toneladas, mas diz que espera ainda “alcançar as 400 toneladas”. Um número, que a ser atingido, fica aquém dos números conseguidos em anos anteriores. “Há três anos estávamos a

comercializar 600 toneladas”. Segundo João Ferreira esta queda em muito se deve ao comércio paralelo e às empresas que preferem comprar castanha que não é da região e, pior do que isso, não tem qualidade”. O responsável desta cooperativa, que existe há 16 anos, aponta no entanto o dedo à falta de controlo por parte das entidades competentes que, considera, “não fiscalizam como deveriam e que dificultam em muito o crescimento da comercialização deste fruto”. Da Cooperativa Agrícola de Penela da Beira fazem parte cerca de 300 produtores que, segundo João Ferreira, “ao confiarem a sua castanha à cooperativa têm a garantia que vêm o seu produto ser escoado”. A par

da garantia de escoação do produto, a agregação a cooperativas especializadas “garante ao produtor um apoio diferenciado”. “Estamos associados e colaboramos com a Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, Escola Superior Agrária de Bragança e outras entidades. Para além disso o apoio técnico, através de investigação de vanguarda, de investigação no tratamento de doenças que assolam os soitos e matam muitos castanheiros, a ligação com o Ministério da Agricultura e a constante formação aos produtores, são mais-valias quer para os sócios da cooperativa quer para o cliente final”, assegura o responsável. Sernancelhe, no distrito de Viseu, é também outros

souto na Serra da Padrela, em Valpaços, afirmou que a agricultura se deve associar à agroindústria para acrescentar valor aos produtos, criar riqueza e emprego. A transformação de produtos, nomeadamente da castanha, permite, na opinião da governante, criar postos de trabalhos fixos durante o ano, e não apenas sazonais, e atrair “mais” investimentos, sobretudo estrangeiros. “Dar novas formas aos produtos é muitíssimo positivo e os mercados internacionais agradecem essa vivacidade”, afirmou. Durante a visita a ministra caracterizou a castanha como “ouro” e lembrou que o sector tem ganho “grande dinamismo e impulso” no país.


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Em defesa da castanha A “luta” por parte de muitas Cooperativas em assegurar a qualidade da castanha e proteger os produtores tem sido uma constante. Um desses exemplos é a Cooperativa Agrícola de Penela da Beira que

está a expandir as instalações “para que o apoio aos produtores seja ainda maior, através de nova maquinaria e apoios técnicos f undamentais à contínua valorização deste produto”, afirmou João Ferreira, presidente da

direção da Cooperativa. “Estamos ainda a tratar do certificado de qualidade dos nossos produtos, o que também vai ser uma mais-valia para darmos confiança a todos os que nos procuram”, concluiu.

Também com o intuito de reforçar o negócio e a valorização da castanha de Portugal, sobretudo no exterior, surgiu no início deste ano a “RefCast – Associação Portuguesa da Castanha”, que resultou de um trabalho

em rede dedo, senvolv ido, desde dezembro de 2007, por diversos agentes ligados à fileira da castanha que começou sob o impulso da Universidade de Trásos-Montes e Alto Douro

(UTAD), e do qual fazz t aC ti AgríA í parte Cooperativa cola de Penela da Beira e a Soutos da Vila, empresa que se dedica à produção e comercialização de fruta, nomeadamente a castanha.

Castanhas, quentinhas e boas Por esta altura ninguém dispensa uma boa castanha assada. E se há quem não dispense o magusto caseiro, muitos são os que ainda preferem os típicos vendedores de rua. Quem nunca se deixou render a um belo cone de castanhas assadas, de cor esbranquiçada e com um sabor incomparável. Carla Miguel e o seu marido, Carlos Miguel, são já conhecidos na cidade de Viseu, não só pela venda de farturas e pipocas, noutra época do ano, mas sobretudo pela castanha assada no seu carrinho vermelho. É normal encontrá-los pelas ruas da cidade, mas “para cumprir a legislação” Carla prefere muitas vezes ocupar o espaço junto ao Palácio do Gelo, por saber que de outra forma “a Câmara Municipal não permite”. Para esta vendedora ambulante, que às terças-feiras marca presença na feira semanal, esse é um dos maiores entraves ao seu trabalho. O “negócio vai fraco, já não vende como antes” e se não forem as parcerias com as escolas, onde fazem por esta altura o Magusto para os mais pequenos, seria impossível sobreviver. O Jornal do Centro procurou clarificar este assunto junto da autarquia e fonte da Câmara Municipal de Viseu afirmou que “o município licencia a venda da

castanha na cidade e continuará a licenciar, por considerar que é muito importante para o dinamismo do comércio”. Certo é que no início do mês de outubro, Carla Miguel apresentou um requerimento para a venda de castanhas na Praça da República, Rossio, que segundo a própria “não obteve qualquer resposta”. Caso parecido, mas com contornos diferentes, apresentou Eurico Marta, que é vendedor ambulante, de castanha crua e que diz ter sido alvo de várias notificações por parte das autoridades por não ser permitida a venda ambulante em via pública na cidade de Viseu, o que “noutros concelhos não acontece”, assegura. A esta questão, a mesma fonte da Câmara de Viseu, fez saber que “esse é um caso diferente e que deve ser tratado junto das estâncias municipais”. Todos os dias, Eurico Marca prepara a sua banca à beira de uma estrada da cidade. Um problema de saúde “empurrou” este exempreiteiro para longe da azáfama laboral que teve em outros tempos. “Sou portador de uma doença cardíaca, não tenho quaisquer rendimentos e esta é a minha única forma de ganhar algum dinheiro. Se me perguntar se compensa, vou dizer-lhe que não,

Micaela Costa

Micaela Costa

Eurico Marta diz que o negócio já teve melhores dias

Carla Miguel aposta nos magustos escolares para ajudar no negócio

mas a vida assim me obriga”, desabafou. No passado fim de semana Eurico Marta angariou apenas 100 euros, “muito menos do que já se fez em outros tempos”. Não só a crise afasta os compradores, como também a procura pelo mais barato afasta os clientes. “Tento ter a melhor castanha, as pessoas por vezes preferem a mais barata vendida nas grandes superfícies mas verdade é que depois se apercebem que a qualidade não tem nada a ver”, confidencia Eurico Marta. Na sua banca o quilo da castanha ronda os 2 a 3 euros, uma castanha “redonda escolhida a dedo” que, apesar de a conta gotas, ainda faz parar os apreciadores deste fruto.

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PREÇOS REDUZIDOS A 5 MINUTOS DE VISEU A25—SAÍDA 20


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“Precisamos de mais emprego Foi eleito vereador para a CMV. Como vai exercer o seu mandato? Vou, c onju nt a mente com os vereadores do PS, desempenhar com lealdade as funções que nos foram confiadas pelos eleitores. Ainda que sem pelouros, procuraremos inscrever na ordem do dia assuntos relevantes para o concelho, que acrescentem valor, ouvir os munícipes e, sendo caso disso, tratar as matérias que nos sejam comunicadas, tal como os problemas que iremos encontrar no terreno. Faremos um mandato aberto, junto das freguesias, com reuniões regulares e participaremos nas sessões da assembleia municipal, nos termos da lei. Como AH, também vai iniciar funções prestando tributo a F. Ruas? Sobre Fernando Ruas já disse e escrevi o suficiente ao longo dos anos, o positivo e o negativo. Agora vou tratar do futuro. Que comentário lhe suscita o programa “Viseu Primeiro”? Foi um programa elaborado depois do PS ter apresentado o seu e tê-lo posto à discussão pública. Fomos uma fonte de inspiração para os nossos adversários que, em muitos casos, para além das ideias, utilizaram as mesmas palavras “ipsis verbis”. Não cobraremos direitos de autor por isso, nem temos nenhum problema em nos associarmos às coisas positivas.

Aveiro-Viseu-Salamanca, será agora uma realidade? Esse é um assunto pacífico entre nós, como tenho vindo a dizer e escrever ao longo dos anos, como cidadão interessado na vida do meu concelho e do país, como deputado que procurou sempre interpretar o interesse coletivo. Como membro do governo falou muito, mas deu prioridade à ligação Porto-Vigo. E isso diz tudo. São os tais dois discursos, um em Viseu e outro em Lisboa.

Vou, conjuntamente com os vereadores do PS, desempenhar com lealdade as funções que nos foram confiadas pelos eleitores”

Crê que a CMV vai iniciar “um novo ciclo” positivo da sua existência? Começou mal, dificultando a vida aos vereadores da oposição, retomando vícios do passado que em nada têm a ver com o novo ciclo prometido, de abertura, compromisso e participação ativa de todos. Pode ser que se componha. Ainda é cedo para falar, mas que começou mla, lá isso começou.

O programa “Viseu Invest” vai ser um sucesso na área do investimento industrial em Viseu? O meu desejo é que venha ser um sucesso. Precisamos de “mais emprego e melhor futuro”. O passado, curricularmente, não deixa grandes expetativas, pelo contrário. A cumplicidade silenciosa com um modelo de desenvolvimento ultrapassado deu no que deu: ficámos sem indústria, sem postos de trabalho diversificados, sem possibilidades de retermos em Viseu os nossos para poderem trabalhar. Perdemos a inovação e a competitividade. Não devo julgar, no entanto, antes do tempo. É fundamental dar o benefício da dúvida.

Acredita que, como AH, a linha ferroviária

O presidente não transige com a mudança

das reuniões do executivo, de 5ª para 2ª feira, de molde a poderem estar presentes todos os vereadores eleitos. Alega “custos acrescidos para o município”. Partilha desta opinião ou encontra outros motivos nesta decisão? A s reuniões durante 16 anos foram à segunda. Só quando um deputado PS foi eleito vereador é que se deslocaram para a quinta, para lhe provocar faltas e dificuldades. No entanto, quem faltou a maior ia absoluta das vezes foi próprio presidente. Uma vergonha, uma coisa menor. Agora continua-se na mesma. O atual presidente, enquanto deput ado e pr e sidente d a assembleia municipal convocava o órgão para a segunda, como é lógico. Enquanto governante e presidente do mesmo órgão, convocava para a sex ta por se adequar à sua vinda de fim de semana. Portanto, o único prejuízo é para a democracia e para os munícipes. Faz aos outros o contrário do que escolheu par si. AH, referindo-se à oposição afirma: “nunca me deixarei condicionar por linguagem muitas vezes grosseira e mal-educada que possa ser utilizada pelos vereadores ou por qualquer partido político.”Assenta-lhe a “carapuça? Considera-se grosseiro e maleducado? Nunca li essas afirmações, nem ouvi. Sei que tem uma relação difícil com um colega da maioria governamental. Não posso nem devo interferir. Sou, politicamente, crítico, mas não misturo coisas pessoais. E, sabe, as pessoas não se definem como bem ou mal educadas apenas pelas palavras. As atitudes contam muito mais. O teatro tem sempre um tempo limite. E as pessoas dão conta e sabem. Afinal, quem criou um blogue anónimo para dizer mal de mim e de Hélder Amaral? Não sei, mas


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e melhor futuro” Paulo Neto (arquivo)

Acrescenta ainda, em entrevista ao JC: “Durante a última campanha eleitoral, alguns dos meus adversários nem sempre se comportaram bem, utilizaram muitas vezes a difamação (…) eu perdoarei, sem esquecer atitudes praticadas que não engrandecem em nada.” Refere-se a si? É gratificante ser perdoado? Com se depreende pelo antecedente, não li globalmente a entrev ista que me refere, mas não estou impedido de dizer que a insinuação, seja lá para quem for, é um ato menor, próprio dos fracos. Uma acusação concreta permite uma defesa. Uma insinuação não. É comum aos políticos de cochicho. Qualquer marginal tem essas qualidades. Aliás, nalgumas telenovelas brasileiras, como aconteceu na reedição da Gabriela, lá vinha a figura da beata que criticava tudo e todos, era olheira dos bons costumes, até que um dia um cliente expôs o seu passado. Quem deve ser, na sua óptica, o próximo presidente da CIM ViseuDão-Lafões? Porquê? Já escrevi sobre isso. Deverá ser, sem dúvida, um presidente da maioria que ganhou as eleições, do PS. Tem oito das catorze câmaras. É uma eleição “inter pares”. É assim que acontece na ANMP ou na ANAFRE. Foi assim que no passado, até hoje, aconteceu na agora CIM Viseu Dão-Lafões. A lei é clara e nem entendo as dúvidas jurídicas. O que está em curso é um combate político indesejável, em Viseu, no Porto ou em Lisboa, seja aonde for. São estas coisas que desacreditam a política. Há quem desista da lei ou do combate politico. Á s vezes, no f im, as pessoas “amigam-se”,

em det r i mento d a lei ou do combate político. Nesses casos é porque se arranjou uma distribuição de benesses ou luga re s pa r a o s ma i s próx imos. Conf iemos nas pessoas, na mudança e não julguemos antes do tempo. A não ser assim, os responsáveis estarão a oferecer mais do mesmo. Entrevista realizada pelo ex-diretor Paulo Neto, no dia 2 de novembro

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nós não fomos, certamente. Se soubesse faria uma acusação direta. Talvez a justiça, mais cedo do que tarde, tenha essa resposta.

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Paulo Neto (arquivo)


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Pedro Morgado

“Cool days” é na Soveco Viseu ECONOMIA. A Soveco Viseu, localizada no Parque Industrial de Coimbrões, promove nos próximos dias 16, 18 e 22 a iniciativa “Cool days”. Todos os clientes das marcas Fiat, Alfa Romeu e Lancia, que nestes dias se deslocarem ao concessionário habilitam-se a um Checkup gratuito e enquanto aguardam estão habilitados a usufruir de todas as vantagens e promoções. Um test drive, prémios imediatos e vales combustíveis são alguns desses exemplos. Todos os aderentes a estes dias “cool” ficam ainda habilitados a ganhar um iPAD mini. Este sorteio é feito a nível nacional e para ser um dos vencedores basta escrever uma frase, a mais original ganha o concurso.

ECONOMIA

Ministra das Finanças esteve em Viseu para falar do OE para 2014 Ministra diz que OE “exige sacrifícios adicionais aos funcionários públicos e aos pensionistas” Pedro Morgado

Prova de vinhos do Dão

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ECONOMIA. A UDACA em parceria com as Adegas de Mangualde, Penalva do Castelo, Silgueiros e Vila Nova de Tázem, realizam a sete de dezembro uma “grande prova de vinhos do Dão”, na Pousada de Viseu, entre as 15h00 e as 21h00.

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Mota Faria, líder da distrital de Viseu do Partido Social Democrata (PSD) e Maria Luís Albuquerque, a ministra de Estado e das Finanças, não estão alinhados quanto à orientação das principais medidas previstas na proposta de Orçamento de Estado para 2014. Esta é a principal conclusão que pode ser retirada das intervenções proferidas durante a sessão de esclarecimento sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2014, que decorreu na passada sexta-feira no Hotel Montebelo, no âmbito das III Jornadas “Consolidação, Crescimento e Coesão”

do PSD. Não uma, não duas, mas três vezes, Mota Faria colocou o dedo na ferida e lembrou a ministra que “a apresentação de medidas de austeridade a conta-gotas” está a retirar a esperança aos portugueses e a criar um ambiente social e emocional adverso quando, entende, o governo deve criar as condições para que possa existir um “novo olhar sobre o funcionalismo público”. “Não compreendemos uma certa visão que se está a instalar e que se procura transmitir do nosso setor público: não conheço em concreto os motivos, não sei em concreto os objetivos mas,

conheço os resultados. Mal-estar, desmotivação, revolta e receio. […] Penso que todos temos a consciência de que temos funcionários públicos excelentes, que estes são necessários e que o Governo deve contar com eles para a mudança necessária ao país”, referiu. Na mesma intervenção, Mota Faria lembrou ainda a importância de um dos temas da conferência, a coesão territorial, que deve ser, neste momento, particularmente defendida. “Investir no interior é investir no futuro. É do interesse nacional e contribui para a coesão económica e social”, disse. “Não compreendemos e não aceitamos qualquer política de encerramento de serviços públicos e, também, modelos centralistas de desconcentração de serviços

que conduzem completamente ao esvaziamento de competências a nível local e regional. O encerramento de qualquer serviço público no interior é, para todos nós e devia ser também para o Governo, uma matéria delicada porque tem consequências nefastas ao nível da desertificação e do despovoamento”, reiterou. Já a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, preferiu salientar que esta proposta para o Orçamento do Estado para 2014 é decisiva, neste momento em que o país atravessa “um momento decisivo”. “A proposta para o Orçamento de Estado de 2014 exige sacrifícios adicionais aos funcionários públicos e aos pensionistas e o Governo tem presente que é uma proposta dura e difícil. Por isso mesmo, assegurou que as

medidas a executar são equitativas, abrangentes e são as estritamente necessárias”, disse. A responsável pela pasta das Finanças justificou ainda o esforço adicional pedido com a necessidade de fazer com que “a poupança” nos consumos intermédios “não possa pôr em causa o funcionamento dos serviços essenciais às populações ou o próprio nível do serviço público”. “Para diminuirmos a despesa pública para um quadro que o Estado possa sustentar, e para termos um nível que os portugueses possam suportar em termos de carga fiscal, a redução terá que se estender às áreas das prestações sociais e despesas com pessoal. Recordo que estas duas áreas em conjunto representam 70% da despesa pública total”, concluiu.



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Opinião

POLÍTICA

Fórmula anti-dor Mantenha as suas articulações saudáveis e jovens para uma vida activa e sem dores. A idade, o excesso de exercício físico ou movimentos repetitivos e inadequados em algumas actividades profissionais podem provocar uma deterioração mais rápida da cartilagem das articulações. Seja qual for a causa, o resultado é o mesmo: dores articulares que dificultam os movimentos e tendem a agravar-se com o tempo frio e húmido que se aproxima. O Outono e o Inverno fazem piorar o problema, mas existem formas de melhorar esta situação. O segredo das cartilagens saudáveis. Na verdade não é um segredo, são dois! Tratase de duas substâncias constituintes da cartilagem articular e que, quando tomadas por via oral, estimulam a síntese corporal da cartilagem: a glucosamina e a condroitina. Devido aos seus efeitos positivos na prevenção e tratamento da osteoartrose, esta terapêutica começa a ser recomendada por reumatologistas e são cada vez mais as pessoas que a ela recorrem,

por se tratar de substâncias que fazem parte da bioquímica natural do corpo. A boa notícia é que pode encontrálas num suplemento já disponível em farmácias, formulado à base de glucosamina e condroitina de origem natural, sob a forma de sulfato (o que as torna mais activas e biodisponíveis). Estas duas substâncias, agindo em sinergia, podem ajudar a reparar parte da cartilagem e a prevenir a progressão da sua degradação. E diversos estudos demonstram que os resultados começam a surgir após 8 a 12 semanas, sendo potenciados com uma toma regular e continuada. Sabia que... • A cartilagem, como qualquer outro tecido do corpo humano, precisa de um fornecimento constante de nutrientes. No entanto, ao contrário de outros tecidos, que recebem esses nutrientes através da circulação do sangue, a cartilagem não tem vasos sanguíneos, sendo ‘alimentada’ de uma forma diferente, através do líquido sinovial que a envolve; • Seja qual for a sua idade, ter uma actividade física re-

Inês Veiga Farmacêutica

gular é uma das melhores coisas que pode fazer para manter as suas cartilagens jovens e saudáveis. Qual a melhor solução? Em primeiro lugar, é importante escolher produtos com glucosamina e condroitina em forma de sulfato. O enxofre (ou sulfato) é o responsável pela eficácia destas substâncias, cujos resultados estão documentados cientificamente. Existem produtos com elevada quantidade de ingredientes activos por comprimido, reduzindo as tomas diárias (dizem os investigadores que a dose diária necessária para se obter bons resultados é de 1000 mg de sulfato de glucosamina + 800 mg de sulfato de condroitina). A combinação destas duas substâncias não apresenta os efeitos secundários dos AINEs (anti-inflamatórios não esteróides), habitualmente utilizados nos casos de dor nas articulações.

Manuel Mirandez entra na corrida à concelhia da JS Candidato contra as presentes “ameaças à democracia e à liberdade” Pedro Morgado

“Quero comprometerme com uma grande tarefa: a celebração dos 40 anos do 25 de abril: a celebração dos quarenta anos de liberdade. Uma data a que a Juventude Socialista de Viseu não pode passar ao lado”, foi a grande promessa deixada por Manuel Mirandez durante a sua intervenção na sessão de apresentação da candidatura “A Política é Fixe” que teve lugar na tarde do passado sábado nas instalações do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), em Viseu. Contra as presentes “ameaças à democracia e à liberdade”, mas com esperança no futuro. Foi assim que o jovem socialista apresentou a sua candidatura à liderança

da concelhia da Juventude Socialista (JS) de Viseu sob o olhar atento de José Junqueiro, deputado na Assembleia da República e vereador da Câmara Municipal de Viseu, Miguel Ginestal, diretor geral do Partido Socialista, Lúcia Silva e João Paulo Rebelo. Naquele que podia ser considerado, neste sábado, o verdadeiro quartelgeneral do socialismo em Viseu, Manuel Mirandez defendeu que, “o manifesto autárquico apresentado no passado mês de agosto deverá ser o guião que norteará a JS na sua intervenção política, mantendo esta juventude partidária na liderança do debate político em Viseu” quando, salientou, é importante melhorar a articulação com os eleitos do Partido Socialista. “Temos de continuar a dar resposta aos problemas dos jovens. Para conseguir isto, temos que trabalhar em parceria com os eleitos do nosso partido. As nossas propostas têm que ser ouvidas: os

eleitos do PS têm que ser também a nossa voz. Contamos com eles para isso”, frisou. Com um programa assente em dez linhas de força que visa reforçar a posição desta juventude partidária no concelho, Manuel Mirandez deixou ainda uma clara nota sobre a importância desta estrutura na “defesa dos valores da liberdade, da igualdade e da fraternidade”, combate para o qual espera poder contribuir. Sem desviar a atenção dos seus objetivos, Manuel Mirandez junta-se agora a Vitor Simão na corrida à liderança da concelhia da Juventude Socialista (JS) de Viseu que tem eleições marcadas para o próximo dia 30 de novembro.

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Condições na CMV criticadas por vereadores VISEU. Depois da polémica em torno do dia escolhido para as reuniões, José Junqueiro, vereador socialista e também deputado na Assembleia da República, mostrou-se esta semana bastante desagrado com as condições de trabalho existentes no gabinete que o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, cedeu aos vereadores da oposição. “Nem uma janela tem, é um quarto fechado. Temos uma mesa redonda, um telefone, uma secretária e algumas coisas arrumadas, com

uma aparelhagem”, disse o vereador aos jornalistas durante a conferência de imprensa que se realizou na passada segunda-feira. José Junqueiro, que se referiu a este espaço como “um quartinho fechado”, salientou que o mesmo carece ainda de uma autorização prévia dos serviços para a sua utilização e alertou que será este o espaço em que a oposição irá trabalhar, dar conferências de imprensa e receber os munícipes no futuro. Para além das críticas fei-

tas às condições de trabalho, que o vereador entende como um desrespeito “ao estatuto da oposição”, também a criação de um lugar remunerado na Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) de Viseu, para o qual foi nomeado o arquiteto Fernando Marques, que integrou a lista do PSD à Câmara nas autárquicas, está na mira dos socialistas. “O que ele (Almeida Henriques) disse em campanha é que nomearia um administrador do centro histórico e que para isso haveria um concurso”, sustentou. PM


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Viseu2001

Cartão da Semana ACRD Rio de Moinhos III Divisão Nacional Futsal Série B

CD Tondela

Mariana Fong vai jogar Europeu de Sub 17

À sexta jornada o Rio de Moinhos ainda não conseguiu pontuar. A equipa de Sátão ocupa o último lugar.

DR

Viss001 II Divisão Futsal Série A

Derrota com o então último classificado (Vale de Cambra) interrompeu série vitoriosa. Mariana Fong

Atleta viseense marca presença na Fase Final do Europeu de Futebol Feminino

O novo técnico do Tondela, natural de Lamego, foi apresentado esta segunda-feira

FUTEBOL. A jovem atleta da equipa de futebol feminino do Viseu 2001 voltou a ser convocada para integrar a equipa das quinas. Mariana Fong, convocada para a Fase Final do Europeu de Futebol Feminino—Sub 17, vai viajar para Ingla-

terra, onde de 24 a 9 de dezembro, se disputa esta última prova do campeonato europeu Depois de ter participado na poule de apuramento, onde foi titular na equipa das Quinas, é agora umas das convocadas para a fase final. MC

É urgente ganhar academicodeviseufc.com

TAÇA DE PORTUGAL

Em casa e com Álvaro Magalhães Tondela joga quarta eliminatória da Taça, em casa, frente ao Paços de Ferreira na estreia do novo técnico

FUTEBOL. Completa-se

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este fim-de-semana a 15ª jornada da Liga 2 Cabovisão. Chaves e Benfica B, Académico e Atlético, Moreirense e Penafiel fecham as contas de uma jornada que pode ser de alegria ou de verdadeira tristeza para os viseenses. Fechadas as contas nos lugares mais próximos da equipa liderada por Filipe Moreira, resta agora o confronto com o 19º classificado para que os academistas comecem a fazer contas à vida. Depois do afastamento da Taça de Portugal, em Coimbra, o Académico concentra agora todas as atenções no

Micaela Costa

Académico joga este fim de semana para o campeonato campeonato. Somar pontos é fundamental para fugir aos últimos lugares. Os academistas ocupam o penúltimo lugar da tabela classificativa com os mesmos 10 pontos do último, o Trofense, e que será adversário dos viseenses na próxima jornada. Em caso de vitória frente ao Atlético, o Académico

sobe dois lugares na classificação, já que, além de ultrapassar o seu adversário deste domingo, vai também ficar com mais pontos que o Feirense. Um jogo importante para o Académico, e para o seu treinador, numa altura em que a contestação na bancada começa a subir de tom. MC

O Tondela joga este domingo, dia 17, a 4ª eliminatória da Taça de Portugal. Partida que vai ficar marcada pela estreia de Á lvaro Magalhães no comando técnico da equipa tondelense. Recorde-se que Vítor Paneira foi dispensado na passada quintafeira, pela “insatisfação dos resultados”, sentida por parte da direção do clube. Segundo o que

Gilberto Coimbra, presidente do Tondela, fez saber durante a apresentação do novo técnico, um clube “ambicioso”, “responsável”, “organizado” e “cumpridor” como o Tondela não pode estar neste momento a ocupar a sexta posição da tabela classificativa da Liga 2 Cabovisão. Para colmatar esta “insatisfação” Gilberto Coimbra optou por escolher o e x p er ie nte Á lv a r o Magalhães, natural de

Lamego. O técnico, que na passada época treinou o Naval 1º de Maio, tem pela frente, e como primeiro desafio, não o campeonato, mas um jogo da Taça de Por tugal. O adversário é o atual “lanterna vermelha” da I Liga, o “europeu” Paços de Ferreira, em jogo marcado para as 15h00, no Estádio Municipal João Cardoso. Durante a sua apresentação, Álvaro Magalhães deixou vários elogios ao novo clube e prometeu aos adeptos, “trabalhar arduamente com a equipa para que esta atinja os seus objetivos”.


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Micaela Costa

“Final Four” em São Pedro do Sul FUTEBOL. O pavilhão municipal de São Pedro do Sul recebe este fim de semana a fase final nacional do Torneio Interassociações de futsal feminino na categoria de sub-21. O sor teio d itou que frente a frente se encontram as formações da Associação de Futebol de

Lisboa e a Associação de Futebol do Porto e na outra meia-final, a entidade organizadora, Associação de Futebol de Viseu que vai defrontar a Associação de Futebol de Setúbal. As vencedoras destes encontros disputam a final que vai atribuir o título de campeã nacional. MC

Carros clássicos passeiam por Viseu

Hélio Sousa, treinador da equipa das quinas, mostra-se otimista para a primeira partida que se disputa hoje, quinta-feira

FUTEBOL

Viseu com as cores da seleção Equipa sub-19 de futebol arranca hoje com o primeiro jogo de apuramento do primeiro torneio de qualificação para o Europeu

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AUTOMÓVEIS. Decorre domingo, dia 17, o 2º Passeio Turístico e Cultural de Carros Clássicos. O evento, organizado pela Associação Cultural Recreativa e Social de Teivas, intitulado “Viseu Monumental”, tem início pelas 9h00, com a concentração em Teivas. O passeio passa depois pela Quinta de Lemos e

pelas 11h30 pelo Rossio, em Viseu. À tarde, a Igreja da Misericórdia, o Museu Almeida Moreira e a Cava de Viriato são os outros pontos no roteiro deste passeio de clássicos. No final, pelas 17h00, a organização está a preparar um magusto na Associação Cultural Recreativa e Social de Teivas. MC

Micaela Costa

A Seleção Nacional sub-19 tem hoje, quintafeira, dia 14, o primeiro teste de um total de três jogos, para chegar à Fase de Elite de qualificação para o Campeonato da Europa que se joga no próximo ano na Hungria. A equipa das quinas,

que está instalada no Hotel Montebelo desde o passado dia 8, e que tem treinado em vários campos do distrito de Viseu, defronta hoje, pelas 19h00 a seleção do Luxemburgo no Estádio João Cardoso, em Tondela. Hélio Sousa, técnico Nacional, está otimista: “Com todo o respeito pe-

las outras seleções, esperemos que Portugal esteja ao nível do que nos habituou no passado e que possa dar uma satisfação aos espetadores de Viseu. Gostaríamos de carimbar a quarta qualificação consecutiva para um Campeonato da Europa, mas sabemos das dificuldades que nos aguardam. Para já, o objetivo a que nos propomos é o de conseguir o primeiro lugar do grupo.” Tomás Podstawski, capitão da equipa das quinas, afirmou que a equipa está pronta para dar o máximo: “A única coisa

que os jogadores podem prometer é que vão dar o máximo. Portugal tem um historial superior às outras equipas, mas temos de provar o favoritismo em campo. Na teoria, a Noruega é o adversário mais forte mas não podemos menosprezar nenhum dos adversários”, concluiu. A Seleção Nacional volta a jogar sábado frente à seleção de São Marino e terça-feira, dia 19, frente à Noruega, ambas as partidas a serem disputadas no Estádio Municipal do Fontelo, pelas 17h00 e 16h00, respetivamente.


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Armamar Salão nobre da Câmara Municipal

••• Até dia 30 de novembro, exposição de fotografia “Douro: Património Natural” de Dinis Cortes

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Ruínas do Fim de semana de Mosteiro de S. dança no Teatro Viriato João de Tarouca apresentadas ao público

Vila Nova de Paiva Posto de Turismo

••• Durante o mês de novembro, a exposição Cestaria de Portugal de Rosa Matos Museu Rural de Pendilhe

••• Durante o mês de novembro a exposição coletiva dos artesãos do concelho de Vila Nova de Paiva

Viseu Forum Viseu Carrie

(M16) Sessões diárias às 14h30, 16h55, 19h20, 21h50, 00h20*

Thor: O martelo dos deuses (M16) Sessões diárias às 14h40, 16h45, 18h50

A evocação (M16) Sessões diárias às 21h40, 00h10*

Thor: O mundo das trevas (M12) Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h40, 21h20, 00h00*

Justin e a espada coragem (M6) Sessões diárias às 13h50

Uma boa dose de sexo (M16) Sessões diárias às 16h00, 18h30, 21h00, 23h30*

Aviões (M6) (2D) Sessões diárias às 13h40, 15h50, 18h00

Solo de Leonor Keil, coreografado por Tânia Carvalho é a estreia absoluta

TAROUCA. O refeitório, o claustro, a ala dos conversos, a ala dos monges ou a cozinha são já visíveis no que restou do complexo monástico do Mosteiro de S. João de Tarouca. O processo de musealização da área arqueológica foi concluído e apresentado ao público no passado sábado, dia 9. Depois de 3500 metros quadrados de escavação, 15 anos de estudo, centenas de toneladas de pedras recuperadas, o Mosteiro conhece agora uma nova vida. Recorde-se que em 1834 com a extinção das ordens religiosas o espaço acabou por ser abandono e desmantelamento. Como assinalou o coordenador do projeto “Vale do Varosa”, principal responsável pelo processo de recuperação, muita da pedra do Mosteiro de S. João de Tarouca encontra-se atualmente em muitas das construções da região, o que acabou por possibilitar, através de um estudo profundo e rigoroso, muito do trabalho de reconstituição da área

“New Age, New Time” é a mostra de dança que decorre sexta, sábado e domingo e que pretende reunir vários coreógrafos, intérpretes e o público

arqueológica. Explicando ainda que “uma base de dados facilitou a construção deste mega puzzle de toneladas e toneladas de pedra”. O coordenador referiu ainda que “foi sempre mantido o respeito pela construção original”. Durante o processo de recuperação, foi possível identificar 200 marcas de canteiro distintas, um espólio imenso e valioso, denunciador das diversas facetas da vida quotidiana dos monges, que permitiu uma viagem por mais de 800 anos de história e ainda várias fases de construção do edifício onde, além do refeitório, claustro, alas dos conversos e dos monges e cozinha, também faziam parte os celeiros, o locutorium, o scriptorium e o calefatórium. A área arqueológica do Mosteiro de S. João de Tarouca poderá em breve ser visitada, após a instalação do respetivo centro interpretativo, a fixar no edifício do antigo celeiro, com início previsto ainda para 2014.

Micaela Costa

Tem início hoje, quinta-feira, dia 14, mais uma edição de “New Age, New Time”. A mostra de dança, que teve a primeira edição no passado ano, apresenta vários criadores com um vocabulário artístico muito próprio. O objetivo é proporcionar um encontro entre coreógrafos, intérpretes e o público. Na apresentação de um dos seis espetáculos, Paulo Ribeiro, diretor do Teatro Viriato afirmou que as expectativas estão “altíssimas”: “ As expectativas são algo que ultrapassa o sucesso dos espetáculos em si. É um ciclo forte, uma programação diversificada e com uma linguagem de autor com-

pletamente única. As expetativas são altíssimas, não só pela qualidade dos trabalhos e dos intérpretes, mas pela maturidade e riqueza da linguagem dos coreógrafos presentes”. Ao longo de três dias passam pelo palco do Teatro Viriato seis apresent aç õ e s d i st i nt a s, umas das quais em estreia absoluta, o solo de Leonor Keil, uma artista da casa. Hoje, pelas 21h30, “ZOO”, com direção de Victor Hugo Pontes, um ensaio do britânico John Berger que reflete sobre a relação entre humanos e animais, tornando-a matéria teatral. Sexta, pelas 19h30, “I (Don’t) belong here... Believe me...”, de e com Peter Michael Dietz.

Uma apresentação que retrata “o conflito constante inerente à criação de uma performance, as tentativas constantes, o conflito do artista, a intimidade dos bastidores e a capacidade de fazer algo ou não”. Pelas 22h00, “Salto”, do coreógrafo André Mesquita, artista residente do Teatro Viriato, onde se explora as possibilidades entre o pensamento contemporâneo e o corpo. Para sábado mais três apresentações com a primeira, às 11h30, “Noodles Never Break When Boiled”, criação e interpretação de Lander Patrick. Pelas 16h30, “O reverso das palavras” de Tânia Carvalho e pelas 21h30 a estreia absoluta do solo de Leonor Keil, “Como é que eu vou fazer isto?”, com coreografia de Tânia Carvalho. Uma interpretação que surge da “ideia de inquietação, de vontade de gritar mas não gritar”, como explicou Tânia Carvalho.

Gravidade

Estreia da semana

(M12) (2D) Sessões diárias às 21h10, 23h40*

Insidous: Capítulo 2 (M16) Sessões diárias às 14h00, 16h30, 19h00, 21h30, 00h30*

Palácio do Gelo Malavita

(CB) Sessões diárias às 14h10, 17h00,

21h30, 00h20*

Sessões diárias às 14h20, 17h10, 21h20, 00h10*

Plano de fuga (M16) Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h15*

Dá tempo ao tempo

O quinto poder

Ender’s Game: O jogo final

(CB)

(M12)

(M12) Sessões diárias às 14h00, 16h45

Sessões diárias às 21h00, 23h50*

00h00*

Gru: O mal disposto

Despedida de arromba

(M6) Sessões diárias às 11h10**

(M12) (Digital) Sessões diárias às 13h50, 16h30, 19h10, 21h50, 00h30*

Thor: O mundo das trevas (M12) (3D) Sessões diárias às 14h30, 13h10, 21h20,

João, Aderente

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Apresentação do novo grafismo do Jornal do Centro

Feira do Míscaro voltou a ser atração em Sátão

Mercado Magriço com mais uma edição de sucesso


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Saúde

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e ainda...

Olho de Gato

SEMANÁRIO DA

/JornaldoCentro /Jo

para ir...

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Sexta-feira

Vila Nova de Paiva

••• O Parque Botânico Arbutus do Demo recebe a 11ª edição do Encontro Micológico, organizado pela Escola Superior Agrárica (ESAV) do Instituto Politécnico de Viseu. O evento tem início pela manhã com um percurso micológico em Vila Nova de Paiva e os participantes seguem depois para a ESAV para uma exposição micológica. Para além destas atividades esta edição conta ainda com várias palestras e um jantar micológico.

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Sábado Santa Comba Dão

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••• Com o objetivo de promover e dinamizar o comércio local, decorre pelas 21 horas, na Casa da Cultura a Fashion Party, um desfile de moda seguido de muita musica com a persença de PAIGE, a concorrente do programa de televisão Factor X.

REGIÃO DE VISEU

14•novembro•2013

ECONOMIA

Pai Natal chega a Viseu

Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@gmail.com twitter.com/olhodegato joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Populismos

Quinta

Sexta

Máx. 15º Min. 8º

Máx. 12º Min. 5º

Sábado

Domingo

Máx. 12º Min. 5º

Máx. 11º Min. 3º

Palavras Deles

O distrito de Viseu precisa de uma equipa na I Liga” Álvaro Magalhães, treinador do Tondela

Forum Viseu e Palácio do Gelo recebem a figura emblemática desta época do ano Micaela Costa

Este fim de semana é de magia e de uma chegada muito especial. Ainda falta mais de um mês para o Natal, mas a figura emblemática desta época do ano chega mais cedo para alegria de todas as crianças. A cidade de Viseu vai ser literalmente invadida pelo espírito natalício com a chegada do Pai Natal ao Forum Viseu no sábado, dia 16. A animação terá início a partir das 15h00 e o senhor simpático das barbas brancas chega acompanhado pelo musical do Gui, pelas 17h30. O Pai Natal vai estar no Forum de segunda a quinta-feira, das 15h00 às 19h00 de sexta a domingo, das 11h00

às 13h00 e das 15h00 às 19h00 e dia 24 de dezembro, das 11h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00. Este ano o Forum Viseu tem também disponível, junto à restauração, um palco do Gui, para que os mais novos se sintam uma verdadeira estrela. Ao Palácio do Gelo o Pai Natal vai chegar à noite, num verdadeiro ambiente mágico, já este sábado. Pela primeira vez a festa da chegada do Pai Natal decorre à note e o espaço comercial está a preparar uma noite de encantar. Os mais pequenos são convidados a aparecer de pijama, para que vestidos a rigor possam ouvir uma história enquanto esperam pela tão ambicionada chegada. Música, teatro e um ambiente verdadeiramente natalício é o que o Palácio do Gelo está a preparar. O encontro está marcado para às 21h00.

Quero comprometer-me com uma grande tarefa: a celebração dos 40 anos do 25 de abril: a celebração dos quarenta anos de liberdade” Manuel Mirandez, candidato à concelhia da Juventude Socialista

Rua Dr. Álvaro Monteiro, lote 12 r/c 3510-014 Viseu redacao@jornaldocentro.pt comercial@jornaldocentro.pt

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Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Quer à esquerda quer à direita, o populismo está à solta na velha “europa”. Todo o populismo europeu é contra a austeridade e defende o estado social. O de direita, além disso, defende também as “identidades” nacionais, isto é, hostiliza a imigração e é anti-europeísta. Como explica Cas Muddes, o populismo vê as sociedades separadas em dois campos homogéneos e antagónicos: o “povo puro” e a “elite corrupta”. Tornado simples o que é complexo, os populistas vão à procura de votos e estão a ter sucesso junto dos eleitorados, tornando melindrosas as próximas eleições europeias. Um exemplo da Dinamarca: por respeito pelas dietas islâmicas, foram tiradas as almôndegas de porco, um prato tradicional, das ementas do jardins infantis. Isso está a ser usado com muito sucesso em campanha por Mikkel Dencker, da extrema-direita, como exemplo da “perda de identidade dinamarquesa”. Em Portugal, o PCP é o mais “patriótico” dos partidos mas não usa assuntos de “identidade” na sua retórica. Estes têm ficado para o CDS quando está fora do poder. Desde que os centristas são governo nunca mais se viu Hélder Amaral a malhar na ASAE e a defender as nossas morcelas caseiras e o nosso queijo fresco. O que, populismos à parte, é pena. É sempre bom haver alguém capaz de impor bom-senso à ASAE.


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