Jornal do Centro - Ed573

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

UM JORNAL COMPLETO

DIRETOR

Paulo Neto

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA

Semanário 7 a 13 de março de 2013

pág. 06 > ABERTURA pág. 10 > À CONVERSA pág. 12 > REGIÃO pág. 18 > EDUCAÇÃO

Ano 11 N.º 572 1 Euro

pág. 24 > DESPORTO pág. 27 > EM FOCO pág. 28 > CULTURA pág. 33 > CLASSIFICADOS

REGIÃO DE VISEU

pág. 35 > CLUBE DO LEITOR

·

Avenida Alber to S ampaio, 130 - 3510 - 028 V iseu ·

“A comunicação social é importante para a qualidade da nossa democracia” ∑ Feliciano Barreiras Duarte, secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, em entrevista ao Jornal do Centro

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| págs. 10 e 11

novo p

SEMANÁRIO DA

pág. 30 > SAÚDE

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pág. 20 > ECONOMIA

Novo acordo ortográfico

redacao@jornaldocentro.pt

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2

Jornal do Centro 07 | março | 2013

praçapública r Significa

palavras

deles Editorial

Paulo Neto Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

Opinião

David Santiago

r

r

Hoje o concelho de Viseu tem mais de 6.000 desempregados, representando 25% do total em todo o distrito. Houve um aumento de 17,1% face ao ano anterior e 3,3% face ao mês de novembro. Em janeiro de 2013 atingiu já o seu valor recorde. ”

O Quiosque do Cidadão vai permitir que a administração pública central chegue o mais perto possível dos cidadãos, sobretudo nos concelhos médios e pequenos”

Pedro Machado

José Junqueiro

Presidente do Turismo do Centro, em entrevista ao Jornal do Centro

Candidato do PS à Câmara Municipal de Viseu, em entrevista ao JC

Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, em entrevista ao Jornal do Centro

o reconhecimento do trabalho de muitos e muitos empresários das Região Centro. Significa o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelas autarquias, pelos municípios que ao longo destes anos têm vindo a apostar no turismo como factor de desenvolvimento”

Feliciano Barreiras Duarte

rA CIM Dão Lafões

aproveitou a oportunidade para apresentar oficialmente a cerimónia, que se realizará a 12 de Setembro em Viseu de entrega dos “Prémios Europeus de Vias Verdes””

Carlos Marta Presidente da CIM Dão Lafões, em entrevista ao Jornal do Centro

O fel dos engulhos Efervescente, o ambiente. Tensas, as relações. Polémicas, as decisões. Desnorteadas, as afirmações. Em suma, em Viseu não se morre de tédio. O autarca local, numa inquietação crescente, com a emotividade colérica que o caracteriza, tem denotado pouca sensatez nalgumas declarações que tem vindo a proferir. Na última Assembleia Municipal foi taxativo ao pretender que a Comunidade Intermunicipal Dão Lafões – um nome geograficamente transversal à maioria dos 14 concelhos que a integram – ganhasse a desoras a designação de CIM Viseu. Muito bem! Estarão de acordo os restantes 13 concelhos? Pior foi mesmo, ao querer mudar o nome do Centro Hospitalar Tondela Viseu para Hospital de S. Teotónio (antiga designação), se referir estouvadamente àquele como “Centro Hospitalar qualquer-coisa Viseu”. Se até aqui era bom de ver que o combustível que o movia era feito da “azia” contra o seu sereno colega

Carlos Marta, ao referir-se a Tondela como “qualquer coisa”, excedeu-se, foi boçal e insultou os tondelenses, em geral, que não lhe mereciam o fel dos engulhos. Estas manifestações de maus fígados mostram à evidência um autarca que não consegue encarar a realidade dos factos, que se recusa a entender que o seu tempo de servidor da edilidade chegou ao fim e que a única saída digna reside na aceitação do inevitável, na lei observado, sem estas provas de nervoso miudinho que conduzem os observadores a questionar-se sobre quais os motivos que o levam a tão desajustado comportamento, mas mais do que isso, à insistência em voltar daqui a 4 anos, deixando no seu lugar um “homem de mão” para o entretanto. Que o terá também levado a esbracejar contra os “empresários que agora têm ideias, nunca antes as tendo tido”? São muitas as frentes de combate abertas, com um denominador comum: todas são travadas contra correligionários seus.

Contra Hélder Amaral, o ódio de estimação persistente mantém-se e agudiza-se em silêncio. Contra José Junqueiro parece nada haver e esquecidos os agravos de outrora, vive-se uma paz temporariamente podre. A distrital do PSD não aparenta grande organização; a concelhia, como diz um amigo meu, “Tem dias…”, sendo certo que está suficientemente desacreditada pela questão levantada em blogues e jornais nacionais acerca da originalidade de “escritos” de Guilherme Almeida. Cada dia que passa aparece, para se sumir no dia seguinte, um novo candidato do PSD ao Rossio. Américo Nunes era. José Cesário, de braço dado com Hélder Amaral, anda a testar a sua popularidade junto a um eleitorado alheado e incréu. Almeida Henriques não foi aceite, apesar de se disponibilizar para a missão. Mota Faria espera uma aberta, mas só avança com 99,9% de garantias… A candidatura espontânea e séria de José

Costa recuou por livre arbítrio do próprio. Mas que grande confusão para aí vai! Na BTL que festejou 25 anos e tinha como “star” a Região Centro (Destino Convidado), havia perto de um milhar de expositores. O Turismo do Centro estava muito bem representado por 5 Cim’s, 30 empresários e 51 autarquias. Algumas autarquias até, na necessidade de atraírem investimento e turistas ao seu território, fizeram enormes sacrifícios económicos para estarem presentes, divulgarem o seu potencial e obter o esperado retorno. Viseu primou pela ausência. Ao que parece por birra do autarca local sustentada numa “rábula de convites”… As susceptibilidades pessoais e idiossincráticas do edil começam a ser um desaforo para a imagem da cidade, com consequências de difícil aferição. Este executivo, lentamente, em várias frentes, vai-se esboroando e perdendo credibilidade. Se até o Papa soube sair, porque torna Ruas a sua saída tão agonisticamente patética?

“União Europeia (UE) não foi a causa da crise, [esta] foi criada ou por comportamentos erráticos ou por acumulação de erros em termos de acumulação de dívidas”. Sobram várias questões. Comportamentos erráticos na escolha de governantes da “tanga”? Será errático que o comandante de um navio salte borda fora, quando este ameace afundar-se, fugindo para terras mais firmes? E não, não me refiro ao comandante do Costa Concordia. Barroso já terá esquecido o biénio 2002-2004? Esquecer-se-á que depois de eclodir a crise do subprime, em 2008, houve indicações da UE, suportadas pela própria CE, para que os países aplicassem

medidas keynesianas? Nem sequer sugiro que Durão siga o trilho de Guterres e admita as suas próprias responsabilidades, não apenas como primeiro-ministro, mas também como o presidente da CE com quem nada beneficiámos, muito pelo contrário. Bastaria apenas estar calado e prosseguir uma carreira política de cicerone que fica à porta e “porreiros pá”. Realizo que a canção de Paco poderia ganhar mais uma versão: “Fala Durão, fala Durão; argolada à vista; sou contrabandista de politiquice e favor; transporto no peito, a minha vaidade, a minha iniquidade, a minha inutilidade”.

Grandoladas e Argoladas Nos dias que correm, sempre que Miguel Relvas aparece em público é certo e sabido que será alvo de impropérios e grandoladas. É caso para cantar: “Oh Relvas Oh Relvas, grandolada à vista”; depois de adaptada a célebre cançoneta, a nível doméstico, de Paco Bandeira - “A minha cidade”. Ainda assim, será importante salvaguardar as devidas diferenças entre os dois personagens. Paco é acusado em, julgo, vários processos de violência doméstica. Miguel Relvas é, aos olhos de todos, o maior violentador da dignidade e decência ao nível da política doméstica. Alguns poderão julgar que vai tudo dar ao mesmo. Nada mais injusto. Enquanto Relvas se limita a balir

excertos do “Grândola Vila Morena”, Paco Bandeira canta que é um regalo para os ouvidos. Ou talvez não. Ao escrever este artigo tencionava cair na fácil tentação de continuar, de forma jocosa, a tratar o tema Relvas e a pouco doutoral limitação à sua liberdade de expressão. Porém, depois de interrompido por uma notificação que me tolheu a toada (prefiro esta mentira a ter de reconhecer a habitual falta de inspiração) e me fez voltar à trivialidade facebookiana, notei que uma nova notícia marcava a triste espuma dos dias que passam. Eis que reaparecera o sempre solícito presidente da Comissão Europeia (CE), Durão Barroso. Dizia ele que a


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números

estrelas

112

Número de velas apagadas esta semana pela Associação Comercial de Viseu.

Importa-se de responder?

Pedro Saraiva Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro

Pedro Machado Presidente da Região de Turismo do Centro

Ao congregar na Bolsa de Turismo de Lisboa 5 Cim’s, 51 autarquias e 30 empresários, bem mereceu a distinção de “Destino Convidado”.

José Junqueiro Candidato do PS à CMV

O organismo a que preside, veio apresentar a Viseu o Programa “Valorizar”, para promoção e criação de empregos em concelhos do interior.

Ao apresentar as linhas gerais do seu programa autárquico “Emprego e melhor futuro”, deu um passo por mais nenhum candidato empreendido.

Que significado tem para si o Dia Internacional da Mulher, 8 de março? Não tem qualquer significado. Todos os dias são dia da mulher, do homem, da criança, dos idosos, da humanidade, da árvore, da natureza. O mundo é que se devia lembrar disso.

Hugo Figueiredo

O dia da mulher só existe para aquelas mulheres que durante um ano ou uma vida não se sentem mulheres.

Augusto Falcão

Desempregado

É um dia importante porque diz respeito a um ser humano que, dia após dia, com pequenos gestos, com palavras e atenções, vindas do coração, traçam sendas de esperança.

É um dia em que, para além de todos os outros, devemos pensar na importância que a mulher tem na sociedade e na família em particular e que, apesar de todos os direitos que a mesma foi conseguindo, ainda existem algumas conquistas a fazer.

Sérgio Saraiva

Sidónio Silva

Empregado de balcão

Professor

Opinião

A cavalo dado não se olha o dente

O provérbio apesar de verdadeiro para muitas das situações do dia-a-dia, não é de todo aplicável à situação problema que foi vindo a ser revelada. O cavalo afinal não era dado, e o dente apesar de não olhado deveria sê-lo. Não vou comentar a situação a nível europeu, mas a nacional parece ter-se tornaMaria do Céu Sobral Geóloga do preocupante, não porque estejamos mariasobral@gmail.com perante uma situação de saúde pública, mas porque (e usando outro velho provérbio) andamos a comprar gato por lebre. Com tudo isto volta um problema há muito recorrente, o problema da fiscalização, ela existe, a lei determina-a, mas como noutros sectores nacionais, a quantidade de efectivos e os meios disponíveis, impedem que seja totalmente ou até parcialmente concretizável. Mas fazendo um exercício matemático simples, qualquer um entende que não se

pode estar em todo o lado a toda a hora, seja qual for o fiscal ou a natureza da fiscalização ela estará sempre sujeita ao erro, e o segredo será conseguir que o erro inerente se prenda com algo menos importante, ou pelo menos, e como foi o caso, não traga consequências em questões como a saúde pública. O cidadão também tem (ou deveria ter) uma consciência fiscalizadora, aquela que seria despoletada por casos visíveis em que a lei é contornada com benefício económico próprio e abuso dos dinheiros públicos. Muitos de nós convivem com exemplos desses; a baixa fraudulenta, a atribuição injusta de um Rendimento Social de Inserção, um subsídio atribuído por razões dúbias, a venda de determinados produtos sem rótulo, a utilização de elementos não fiscalizados na elaboração de um produto, e etc.,

e etc.; e o cidadão deve (ou devia) informar destas situações nas devidas instâncias. Mas por cá ninguém gosta de queixinhas, e os livros de reclamações que têm como objectivo claro melhorar condições e processos, são os menos requisitados da europa. No entanto, basta entrarmos numa qualquer sala de espera para percebermos que os temas preferidos e recorrentes são as queixas de todos os presentes relativamente a tudo e a todos, o português prima por ter uma opinião formada acerca de todo e qualquer assunto, quase sempre baseada no erro e nunca no êxito, e sem nunca culminar com: “Cumpri o meu dever de cidadão, reclamei!”; mas sim com: “De que adianta? Nunca vai a lado nenhum!”. Nada disto desculpa os prevaricadores, mas talvez todos pudéssemos ajudar a que a prevaricação fosse menos,

incutindo um desconfortável medo não apenas do fiscal, mas de todos os consumidores. Várias vezes me interroguei como conseguiria uma conhecida rede de hipermercados ter uma cuvette de 250g de carne picada de bovino a 1 euro, concluía que a carne era de partes menos nobres mas que tinha sido testada/ fiscalizada, mas nunca por um momento pensei que proviesse de outros animais que não o bovino anunciado, muita gente deve ter pensado o mesmo, para a carne crua e para os produtos confeccionados como a lasanha, e por isso mesmo se sente agora tão cruelmente enganada, porque afinal “o barato sai caro”. O axioma fica assim demonstrado; gostamos de carne picada, a carne picada tem carne de cavalo, logo, gostamos de carne de cavalo! Não gostamos é de a pagar ao preço de vaca!


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Opinião Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

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Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt

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Impressão

Jornal do Centro 07 | março | 2013

PDM – Plano Democrático do Munícipe? Sublime-se o facto de o Plano Director Municipal estar em revisão há mais de uma década, o que apesar de tudo é revelador da eficiência de gestão deste executivo liderado no mesmo período por Fernando Ruas e, realce-se o significado de finalmente os viseenses serem convidados a pronunciarem-se sobre tão importante documento regulamentador do planeamento e ordenamento do território do concelho. Neste ponto ainda assim, convém reparar que é em fim de mandato que este executivo lança a debate um documento que poderá condicionar toda a acção das escolhas que Outubro próximo venha a ditar. Ter um PDM claramente definido é positivo, mas ao fim de 23 anos, às portas da saída, será o timing ideal? Seja como for, até dia 10 de Abril os munícipes podem e devem inteirar-se da “estratégia de desenvolvimento ter-

ritorial, da política municipal de ordenamento do território, de urbanismo e das demais políticas urbanas (…) participando com a sua crítica construtiva, sugestão ou contributo no desenho do “modelo de organização espacial do território municipal” que condicionará “os objectivos de desenvolvimento, a distribuição racional das actividades económicas; os equipamentos, as infra-estruturas, as redes de transporte e de comunicações” nas próximas décadas. Os documentos que constituem o PDM de Viseu em revisão estão disponíveis “para consulta no site oficial da CMV e no Gabinete do Plano Director Municipal, no horário de expediente, podendo os interessados formular, por escrito, reclamações, sugestões ou pedidos de esclarecimento, dirigidas ao Presidente da Câmara, utilizando, para o

efeito impresso próprio a entregar no Atendimento Único ou por via electrónica para o email discussao.publica.pdm@cmviseu.pt, sendo que em paralelo a este procedimento, está em curso o processo de aprovação final da proposta de revisão da delimitação da Reserva Ecológica Nacional do concelho de Viseu. Dir-me-ão alguns que isto é coisa para os tecnocratas que, segundo o imaginário colectivo, povoam os recônditos gabinetes da nossa interminável Administração Pública localizado na “capital do mal” e que na verve política, serão os culpado de todos os erros. Outros afirmarão que é preferível ter o político que está mais próximo do cidadão a decidir em detrimento destes seres sem rosto e, num caso e outro a culpa morrerá sempre numa categoria abstracta e confortá-

GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA

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Opinião

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Sede e Redação Avenida Alberto Sampaio, 130 3510-028 Viseu Apartado 163 Telefone 232 437 461

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Sílvia Vermelho Politóloga

Propriedade O Centro–Produção e Edição de Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91 Título registado na ERC sob o nº 124 008 SHI SGPS SA

Por um lugar ao Sol ou pelo Sol no seu lugar? O meu nome é Silvia, tenho 23 anos e sou de Mangualde. Sinto dificuldade em falar em público e, por isso, foi ao assumi-lo que iniciei a minha envergonhada intervenção na concentração do passado dia 2 de Março, em Viseu. A minha primeira pergunta, quando ali cheguei, foi um lamento: onde estavam as/os jovens? Onde estava a juventude desempregada de Viseu? Onde estava a juventude que estuda no ensino

universitário de Viseu? Ou no ensino secundário? Onde estavam as/os filhas/os e as/os netas/os das/os manifestantes que ali empunhavam cartazes e megafones? Éramos poucas/o, sim. Um número de jovens demasiadamente pequeno face àquela que é uma das situações mais difíceis que a população jovem passou desde, muito provavelmente, a Guerra Colonial. Falei pelas/os jovens não pre-

sentes, minhas e meus pares. Falei pelas jovens mulheres e por todas as mulheres. Falei pela minha família, pela minha terra, pela gente do meu país. Se, para mim, apenas o “falar em público” se configurava um desafio, o desafio que lancei às/aos que saíram à rua não foi original, mas, nem que seja pelo cansaço, é preciso que se efective: desobedeçamos. Recordar – também a mim mesma - a importância da Desobedi-

Gerência Pedro Santiago

Opinião Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Semanário Sai à quinta-feira Membro de:

Associação Portuguesa de Imprensa

União Portuguesa da Imprensa Regional

Alexandre Azevedo Pinto Economista alexazevedopinto@sapo.pt

Democracia Participativa e as Eleições As Eleições Autárquicas, no f inal deste ano, serão um momento de viragem para Viseu. O novo ciclo político terá pela frente uma realidade muito diferente daquela que dominou o Concelho nas duas últimas décadas, governadas pela maioria PSD e lideradas por Fernando Ruas período muito marcado por um quadro de orçamentos e fundos comunitárias abundantes, políticas municipais muito no registo do obreirismo infra-estrutural e assentes numa lógica de financiamento de dinheiro fácil e barato. Esta lógica, que se esgotou, culminou num quadro de fortíssimo endividamento dos municípios e numa excessiva carga fiscal sobre os Munícipes, onde

Viseu não é naturalmente excepção, condicionando fortemente a sustentabilidade das políticas municipais no futuro. A grave crise que os Portugueses e o País atravessam obrigará, durante pelo menos uma década, a um novo quadro de fortíssimas restrições financeiras, na gestão dos dinheiros públicos, a uma maior exigência na administração e a uma maior transparência da aplicação dos recursos públicos. Os cidadãos deverão, por isso, exercer uma monitorização atenta e permanente das políticas municipais participando activamente na sua gestão. Uma gestão mais exigente e partilhada por todos, se quisermos uma Gestão Municipal co-responsável.

Sou adepto de um modelo de Democracia Participativa. Nele, os cidadãos, devem intervir de uma forma activa e permanente na vida política da sua cidade, da sua freguesia e do seu concelho. Acredito que a Democracia não se esgota nos simples momentos eleitorais e que vai muito para lá deles. Contudo, para que tal aconteça os cidadãos e a Sociedade Civil, em geral, têm que empenharse em processos de participação. Mecanismos como o Orçamento Participativo são um bom instrumento de partilha dessas decisões aproximando os cidadãos das responsabilidades e das decisões públicas. A maior transparência nos processos de tomada de decisão das Escolhas Colectivas do Mu-


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vel, porque como dizia Luigi Pirandello, “é próprio da natureza humana, lamentavelmente, sentir necessidade de culpar os outros dos nossos desastres e das nossas desventuras.” Tenho visto disso cá pela cidade e da vontade de matar o mensageiro por não se gostar da mensagem mas, esta discussão é, sem margem para dúvidas, assunto para cada um de nós! Nesta matéria ninguém pode ser mera oposição e todos devem ser parte da solução. Se queremos uma cidade diferente, um concelho melhor então é preciso responder afirmativamente ao desafio do executivo e colaborar na discussão deste futuro comum! Gosto desta visão de democracia participativa, do respeito pelos munícipes e de os fazer actores activos da nossa história colectiva! Não sei falar do que desconheço, pelo que, obviamente, a questão técnica do PDM obrigará a leitura atenta a que ainda não me dediquei suficiente mas, desde já

não ignoro, que esta é também uma questão política, pelo que todos devemos apresentar um contributo para escolher o futuro da nossa cidade, para responder à questão que há muito é fundamental: que Viseu queremos em 2023? No caso pessoal, as minhas convicções não são propriamente segredo de estado e amiúde as tenho partilhado nas páginas deste semanário! Sonho que os meus filhos gostarão de poder passear por um melhorado Parque do Fontelo continuado na Cava e na ponta oposta pela mancha fresca da Aguieira e Quinta da Cruz, de molde a que, em uma década, a cidade seja atravessada por um grande corredor verde onde a Ecopista se continua e encaixa naturalmente! Acredito que a preservação da parte histórica da cidade, deverá ser a grande prioridade! Urge um esforço colectivo para a reabilitação dos edifícios no centro histórico, isentando-os de todas as taxas possíveis,

criando medidas de estímulo e modernização do comércio e serviços! Envergonha-me o aspecto decadente dos prédios, que gritam por salvação ou, na falta de melhor, por uma pintura que lhes devolva dignidade! Outros exemplos haverá mas não pretendo condicionar nem as ideias nem a reflexão que, cada um dos leitores em especial e dos viseenses em geral, deve fazer acerca deste PDM e do “sonho” que têm para Viseu discutindo em conjunto o que queremos, como queremos e porque queremos um concelho ambientalmente sustentável, equilibrado urbanisticamente e pensado em termos estruturais para acolher as soluções futuras de uma auto-estrada Viseu – Coimbra ou de uma ferrovia de alta velocidade Aveiro – Viseu – Madrid que nos coloquem definitivamente ao nível das melhores regiões europeias. Claro que, da mesma forma, seria inte-

ressante que com regularidade a CMV promovesse sessões especificas de debate com os vários grupos interessados da sociedade civil e desse nota da análise e ponderação das participações recebidas para que essa discussão se torne interactiva, participada e entusiasta envolvendo nela o maior número de munícipes possível. O que leva muita gente, que tem alergia aos partidos e à governação, a sair da quietude e lutar por uma alternativa, é o desejo de que haja coragem de sonhar a cidade, o desejo de que se consiga ver mais longe que o quotidiano, a audácia de acreditar que Viseu tem condições para recuperar a sua vocação histórica e reerguer-se como a grande capital do Centro! Claro que também podem optar por não participar na discussão deste fulcral instrumento e documento estratégico mas, depois não se queixem! Viseu será o que dela todos quiserem sonhar… ou não!

ência Civil e do Direito à Resistência, figuras consagradas na Constituição da República Portuguesa, é um incentivo para a devolução da Humanidade à Humanidade. Sei bem – e partilhei-o – que algumas/ uns de nós que ali estiveram, o fizeram por oposição a um PSD que está no Governo. O que significa que, numa próxima em que o PS volte a ser Governo, essas pessoas não se juntarão a nós nas ruas. Talvez se juntem outras, aquelas que agora escoltam os dirigentes políticos.

É preciso desmistificar o milagre das rosas face à acidez das laranjas, e o volte-face deste cenário, a que já assistimos. É preciso que as pessoas ganhem a consciência de que a queda do Governo não é sinónimo de fim de pesadelo. O PS, PSD/CDS-PP deram cabo da oportunidade que os 25s de Abril e Novembro deram a este país, com a conivência do PCP, mais recentemente do BE, e de outras as forças parlamentares que se sentaram e se sentam no Parlamento e que, ainda que por omis-

são, são cúmplices do estado do país. É preciso dizê-lo que o desempenho de funções políticas neste momento que o país atravessa é uma conivência vil com um situacionismo incapaz de ver que a esquerda institucionalizada, presa às suas esperanças das insignificantes subidas eleitorais, auxilia a permanência dessa outra troika bem portuguesa (o chamado centrão, seja lá o que isso for). É preciso reconhecer que quem se senta no Parlamento e noutros espa-

ços de decisão política, neste momento, e que tem a oportunidade de – aí sim, por dentro – destruir este sistema destrutivo, está a ser cúmplice da destruição do país ao não se levantar da cadeira. Sim, há medo. Medo de que, quando as coisas virarem, quem hoje proteste deixe de ter o seu lugar ao sol amanhã. É preciso gritar que esse lugar ao sol não existirá para nós sempre que deixarmos que ele dependa de outrem.

lista ao Município de Viseu, que naturalmente apoio, tem por isso uma responsabilidade acrescida: apresentar uma alternativa que seja capaz de mobilizar os cidadãos e a Sociedade Civil para, em conjunto, apresentarem uma alternativa ao cinzentismo de uma maioria PSD esgotada e em

final de ciclo, incapaz de estar à altura das novas exigências de um Governo Municipal. É por isso chegado o momento de unir esforços e mobilizar-nos para fazer triunfar essa alternativa. Parece claro que chegou o momento de uma verdadeira mudança no Município de Viseu.

Autárquicas em Viseu nicípio e a auscultação permanente dos cidadãos são também mecanismos fortes de mobilização e participação política. A exigência que se colocará a Viseu nos próximos anos será por isso difícil de ultrapassar sem uma nova prática política municipal. Este exe-

cutivo municipal, liderado pelo PSD, já se mostrou incapaz de o fazer porque ainda assenta a sua prática política num exercício de autoridade municipal do “quero, posso e mando” desajustado aos novos tempos da política. A candidatura do Partido Socia-

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Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico


Jornal do Centro

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abertura

textos e fotos ∑ Paulo Neto

Turismo do Centro “Destino Convidado” da BTL 2013 A Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), o maior certame nacional deste sector fez 25 anos. Já com um milhão de visitantes no seu currículo, este ano, aproximou-se do milhar de expositores e conta ter mais de 60 mil visitas entre profissionais, investidores, curiosos, estudantes, investigadores e público em geral. Os pavilhões da Expo sucedem-se com diferentes

temáticas, autarquias, empresários, agentes de Portugal e de plurais partes do mundo criaram uma dinâmica de projecção e divulgação de tudo quanto têm de melhor, atractivo e chamativo no domínio da oferta turística. Com mais de 70% concentrada em Portugal não deixa de oferecer 36 destinos turísticos do mundo inteiro, aqui presentes com os seus representantes.

Desde o seu início, a BTL contou com 15.261 expositores e uma crescente visibilidade traduzida em dados tais como este: em 2012 as despesas dos turistas estrangeiros em Portugal aumentaram em 5,6%, o que se traduz num movimento de muitos milhões de euros, tornando este domínio muito apelativo para a geração de riqueza do país. Este ano a Bolsa de Tu-

rismo de Lisboa teve como convidada nacional a Região Centro e deu particular enfoque, em termos internos, ao turismo religioso, saúde e bem-estar, termalismo, náutica, património, golfe e ao sector empresarial. Pedro Machado, Jorge Loureiro e Adriano Azevedo são respectivamente o presidente e os vice-presidentes do Turismo do Centro. O Jornal do

Centro foi à BTL, ouviu estes protagonistas do evento, Carlos Marta, presidente da CIM Dão Lafões, Carlos Esteves e João Azevedo, presidentes das câmaras municipais de Penedono e Mangualde e um empresário do termalismo do distrito, Adriano Ramos. Ouvimos ainda a palestra apresentada pelo empresário e presidente da AIRV, João Cotta.

Viseu não esteve presente por decisão da autarquia, sendo das raras sedes de distrito a não participar (senão a única ausente). Estranhamente, Viseu alheou-se desta mostra quando a região em que se insere (Centro) era a convidada especial. “Viaje no seu mundo. Abrace Portugal” terá sido um dos slogans que desagradou a Fernando Ruas?

“Promover em conjunto a nossa região “Penedono é muito mais com a presença de vários municípios” procurado durante todo o ano” Ouvimos Carlos Marta, que a convite do Turismo do Centro de Portugal, tal como tinha acontecido em edições anteriores, esteve presente na BTL 2013 com a CIM Dão Lafões

Quais os objectivos da vossa presença na BTL?

Conseguimos desta forma promover em conjunto a nossa região com a presença de vários municípios, que tiveram a oportunidade exactamente no dia da abertura oficial da feira, de apresentarem as suas potencialidades turísticas sobretudo ao nível do Termalismo, Gastronomia, Produtos Endógenos e Vitivinícola. Qual o significado especial desta BTL para a nossa região?

Esta presença teve naturalmente um importante significado, porque o Turismo do Centro este ano foi “Destino Convidado”, da BTL e tinha

todo o sentido que a promoção nacional e internacional pudesse ser feita de uma forma integrada, procurando assim dar uma lógica de coesão territorial. Está por isso de parabéns o Turismo do Centro, o seu presidente Dr. Pedro Machado e sua equipa. Ao mesmo tempo, a CIM Dão Lafões aproveitou a oportunidade para apresentar oficialmente a cerimónia, que se realizará a 12 de Setembro em Viseu de entrega dos “Prémios Europeus de Vias Verdes”, numa parceria há muito estabelecida com a Associação Europeia de Vias Verdes, e que tem permitido a realização das parcerias de promoção da Ecopista do Dão em termos internacionais. Em suma, um bom momento de promoção da Região Dão Lafões.

Esta é a vossa primeira presença na BTL?

“Persistência e teimosia” as duas últimas palavras que ouvimos a Carlos Esteves, presidente da Câmara de Penedono. Que quer com isto significar, no contexto da vossa presença nesta edição da BTL?

Para continuar a afirmar um Concelho do interior de Portugal, um território cheio de potencialidades. Uma vez mais estamos com a temática histórica do nosso património, do mais rico que temos para, e passe a expressão, nos “pormos em bicos de pés” a dizer: Nós estamos aqui!

Já cá vimos há três ou quatro anos. E há retorno? Não tenho meios concretos para o aferir, mas sinto que, através dos nossos serviços de Turismo, Penedono é muito mais procurado durante todo o ano, em função também do que apresentamos no certame. Por exemplo, no ano passado, investimos nas armas medievais e este ano com a nossa colecção de instrumentos de tortura medieval… No fundo, sempre uma associação de Penedono à nossa História?

Sim. Sem dúvida nenhuma. É trabalhar no âmbito do Turismo juntando um pouco da fantasia. Uma fantasia associada à realidade da nossa História, tão bem

simbolizada na realidade do nosso Concelho pelo nosso castelo. Que mensagem quer deixar com a presença de Penedono nesta BTL?

A Câmara faz um esforço muito grande para afirmar, mostrar e divulgar Penedono. Não pode ser um trabalho individual, só da Câmara em si. Integra o município e muitos agentes económicos locais. É preciso um esforço conjunto e uma interiorização dos objectivos pelos quais é preciso lutar para chegarmos a bom porto. Não podemos trabalhar de forma isolada e estou convicto, pelos sinais indicativos, de que ainda há muito que fazer, um longo caminho a percorrer, em conjunto, para alcançar os bons resultados desejados. Por isso, aqui estamos…


Jornal do Centro

BTL - TURISMO DO CENTRO “DESTINO CONVIDADO” | ABERTURA 7

07| março | 2013

“2012, mais de 187 milhões de euros de receitas conquistadas no sector do turismo” oferecer…

Qual a abrangência da presença do Turismo do Centro neste certame?

Caro Paulo e aos leitores do Jornal do Centro estamos a falar em Centro de Portugal e em 25 anos da Bolsa de Turismo de Lisboa o Turismo do Centro atinge o estatuto de Destino Nacional Convidado. Significa o reconhecimento do trabalho de muitos e muitos empresários das Região Centro. Significa o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelas autarquias, pelos municípios que ao longo destes anos têm vindo a apostar no turismo como factor de desenvolvimento. Tem a ver também com esta capacidade que temos de envolvermos um destino, de criarmos uma verdadeira cultura de marca turística, que agora se vê reconhecida por aquilo que é a 1ª Liga do Turismo, na BTL, a maior e a única feira de turismo em Portugal que consagrou 2013 ao Centro de Portugal. É simultaneamente para nós também um estímulo, porque num período de crise que estamos a viver, nacional e internacional, podermos avançar no arranque de um ano civil como este com as contingências que todos conhecemos, como Destino Nacional, é para nós um estímulo e um grito de irreverência para abraçarmos este desafio que é o desafio do desenvolvimento local e regional através do Turismo. Que valências apresenta aqui o Turismo do Centro?

O Turismo do Centro apresenta nesta edição produtos estratégicos já consagrados, como o termalismo, a saúde e bem-estar, o turismo

“Uma feira com grande representatividade junto do sector turístico”

A Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro patrimonial e cultural, o de sol e praia, o da gastronomia e dos vinhos, o dos incentivos, dos negócios e dos congressos, o náutico, o do golfe, mas particularmente com duas apostas novas: o turismo religioso – assinámos um protocolo com a Associação dos Caminhos de Santiago e com o Turismo de Espanha para desenvolvermos durante 2013 uma grande conferência à volta do Caminho Português de Santiago – quisemos também trazer para aqui o turismo médico agregado ao turismo de saúde e bem-estar, como um novo nicho de mercado, a par do turismo desportivo, ou seja, novos nichos para uma região essencialmente caracterizada pela diversidade. Neste momento e com dois dias passados sobre a abertura que retorno crê estarem a ter?

A forma como nos posicionámos este ano na BTL, numa estrutura com 500 m2, com 5 comunidades intermunicipais, com mais de 55 municípios que aqui esti-

veram e cerca de 30 empresas, viu reconhecido o seu esforço na consagração de todos os presentes, com os milhares de pessoas que passam no stande do Centro de Portugal. Para além dessa dinamização, queremos que esta permanência e esta aposta estratégica no ano de 2013 tragam novas oportunidades para o Centro de Portugal. Queremos que os nossos empresários, os nossos operadores tenham boa oportunidade para estabilizarem novos negócios. Queremos que as parcerias que fizemos com as comunidades intermunicipais, que têm vindo a revelar-se extremamente profícuas, pois são centenas de projectos apresentados diariamente no stande Centro de Portugal, venham também a traduzirse numa consagração de um território mais atractivo, que combata as assimetrias regionais e que potencie a criação de riqueza. No fundo, o Turismo do Centro está aqui a apresentar o melhor que a região tem para

É a nossa obrigação, é o nosso cartão-de-visita. Pensámos que uma região composta por territórios tão vastos, tão ricos e tão diversos, como a região de Viseu e Dão Lafões ou a região de Aveiro e a sua Ria, a região do Pinhal Interior Norte ou a região da Beira Baixa através da Beira Interior Sul ou a região de Coimbra e do Baixo Mondego… são regiões tão cerca umas das outras, mas todas elas tão potenciadoras de uma diversidade, de uma riqueza e de uma capacidade de integrar os produtos turísticos e por essa via, traduzirmos isso numa vastíssima oferta de experiências turísticas. Em termos materiais, estamos a falar de que quantias, estas geradas pelo turismo na Região Centro? Estamos a falar em cerca de, partindo da actividade de 2012, mais de 187 milhões de euros de receitas conquistadas no sector do turismo, 16% de mão-de-obra activa. Dessas receitas, 65% são geradas essencialmente na restauração e similares; 12,5% de volume de negócio conquistado através da hotelaria do alojamento, mas que, através das novas oportunidades que estão a ser geradas neste momento, podemos consagrar este factor como um factor verdadeiramente de desenvolvimento regional. Qual o objectivo primordial que pretende atingir o Turismo do Centro?

Manter a fasquia dos 4 milhões de dormidas/ano; ultrapassarmos os 190 milhões de receitas em 2013e seguintes.

A João Azevedo, autarca de Mangualde Qual o significado da BTL 2013 para o Concelho de Mangualde?

O município de Mangualde tem-se feito representar na BTL nos últimos anos por considerar que se trata de uma feira com grande representatividade junto do sector turístico. Tratase de uma grande montra para que os operadores turísticos possam ver o que de melhor há para oferecer a todos aqueles que queiram visitar o concelho de Mangualde. Este certame acaba por servir para promover o concelho e a região interior, rica também em oferta turística. Portugal não é só praias. De que modo se fez representar?

O concelho de Mangualde fez-se representar numa parceira com a “Cidade d´Excelência Associação – turismo de Mangualde”. Num trabalho de grande oportunidade e qualidade criámos sinergias para que se pudessem apresentar na feira alguns dos melhores produtos do nosso concelho. Aqui, o trabalho dos associados da “Cidade d´Excelência Associação

– Turismo de Mangualde, foi determinante. Conseguimos levar à BTL um bocadinho dos cheirinhos da nossa gastronomia tradicional e costumes. Qual o retorno que espera ter da sua presença na Feira?

O retorno de um certame destes nunca é quantificável, mas acreditamos que importante é estar presente a dar a conhecer a todos os visitantes da feira os nossos saberes e sabores. O turismo é um sector económico muito importante e como tal temos a obrigação de vender bem os nossos produtos. Hoje, a autarquia de Mangualde tem o privilégio de trabalhar em articulação com o sector privado e associativo local para a promoção do concelho. Trabalhamos de forma organizada, porque todos temos a ganhar e mesmo que o retorno não seja a curto prazo, se houver determinação e persistência no que hoje fazemos bem, não temos dúvidas que os visitantes e turistas deste país escolherão Mangualde para passar as suas férias.


Jornal do Centro

8 ABERTURA | BTL - TURISMO DO CENTRO “DESTINO CONVIDADO”

07 | março | 2013

“A oportunidade através da BTL “Colocarmos S. Pedro do Sul naquilo que é o target principal do termalismo, a nível europeu” para poder promover os seus produtos”

Adriano Azevedo na sua dupla qualidade de vice presidente da Região de Turismo do Centro e de vereador da câmara municipal de S. Pedro do Sul. Primeiro, enquanto vice presidente do Turismo do Centro que retorno espera ter para a nossa região com a presença na BTL?

O Turismo do Centro foi convidado como Destino para as comemorações destes 25 anos, logo a nossa responsabilidade e notoriedade teve um acréscimo substancial porque aparecemos, enquanto Destino Convidado com uma área muito mais alargada do que as outras entidades. Por outro lado, conseguimos encontrar parceiros à altura para nos localizarmos neste evento de uma forma muito capacitada, porque encontrámos 5 CIM’s disponíveis para serem nossas parceiras, que representam cerca de 50 municípios da região centro e estão aí com os seus produtos, com tudo aquilo que é emblemático no seu território em termos de turismo e de desenvolvimento económico. Paralelamente a isso, o mundo dos negócios vive muito das empresas e elas também estão aqui, no nosso stande, 30 empresas com uma variedade de negócios assinalável, desde o alojamento, animação, agências de via-

gens, termas… Temos aqui representações daquilo que há de melhor em termos de qualidade do produto turístico de território do centro e isto, na montra principal daquilo que é o turismo nacional. Podemos encontrar nesta BTL aquilo que é o desiderato para que a entidade Turismo do Centro e o seu território possam subir alguns degraus na competitividade de um sector cada vez maior e na situação de crise económica que vivemos, sendo mais difícil, poderemos dar aqui um passo acrescido relativamente às nossas concorrências no mercado nacional. No mercado internacional também nos posicionámos muito bem nesta feira, porque tivemos agendadas múltiplas reuniões com operadores internacionais, quer através das empresas, quer da Agência de Promoção do Centro, particularmente no mercado brasileiro, uma vez que tivemos 50 operadores brasileiros a visitar o território do centro e a reunir com estas mesmas empresas. Paralelamente tivemos o mercado alemão, espanhol, inglês, francês, tendo-se firmado vários negócios. Deveremos conseguir acréscimos substanciais relativamente aos fluxos turísticos para Portugal e para a Região Centro que é aquilo que mais nos importa nesta conjuntura. Enquanto vereador da câmara de S. Pedro do Sul, uma das mecas do termalismo nacional, quais as vantagens da vossa presença aqui?

As Termas de S. Pedro do Sul associaram-se a esta iniciativa da Turismo do Cen-

tro, colocando neste espaço uma ilha de negócios para nos apresentarmos como o maior destino termal do país. Daí a convicção de que as nossas termas podem daqui levar um apport acrescido relativamente à sua projecção no mercado nacional e também internacional. Tivemos várias reuniões com operadores estrangeiros, através da nossa técnica aqui presente e eu estou convicto de que as Termas de S. Pedro do Sul, no mercado nacional têm a sua posição consolidada, pior assim dizer, mas temos que arrancar para a internacionalização em termos definitivos. E não é por acaso que tivemos a semana passada um operador holandês a visitar as nossas termas e algumas unidades hoteleiras, exactamente porque a internacionalização tem que ser aqui a pedra de toque para a inversão da trajectória de algum termalismo nacional. E por isso nós, enquanto estância termal com a maior responsabilidade nesta matéria, temos que ser líderes na forma de atrair turistas. Daí estarmos também no cluster da saúde, a nível nacional através da liderança da AEP e estarmos no grupo de trabalho que o governo criou através da ATP, porque queremos que S. Pedro do Sul lidere o termalismo no mercado interno e externo, porque as outras termas irão de certeza beneficiar desta nossa liderança enquanto responsáveis por colocarmos S. Pedro do Sul naquilo que é o target principal do termalismo, a nível europeu.

Jorge Loureiro, vice-presidente do Turismo do Centro, muito especificamente vamos virarnos para a nossa região. Dão Lafões está aqui representada de que maneira e essencialmente por quem?

Dão Lafões, as empresas, as actividades, o território estão aqui representadas pela sua Comunidade Intermunicipal que aderiu de imediato ao repto lançado pelo Turismo do Centro. Há que dizer que já no ano passado esteve aqui representada na BTL e este ano, por

maioria de razão e porque a presença era mais ambiciosa e a tarefa desmesurada, a CIM Dão Lafões tem estado em todos os desafios em conjunto com o Turismo do Centro de Portugal. Este ano, por sua via, tudo o que são os territórios, os produtos e as empresas estão aqui a ser promovidos e a ter um destaque enorme. Acha que há retorno do investimento feito?

Seguramente. Até e porque desde logo este é o grande momento em que as empresas e o nosso tecido empresarial, nomeadamente na região de Viseu com um tecido empresarial ainda muito fraccionado, teriam oportunidade através da BTL para poder promover os seus produtos, produzidos nos seus territórios, naquilo que é uma visitação nacio-

nal de norte a sul de Portugal. Este é um momento único que tem que ser aproveitado por todos. Que mensagem gostaria de deixar aos empresários e às autarquias que a CIM Dão Lafões congrega?

Uma mensagem de próactividade de premência de interajuda, de projectos conjuntos, pois só assim é possível alcançar o exacto público e o devido sucesso. E acha que devem aderir e estar presentes na BTL?

Devem aderir. Devem estar presentes na BTL e ter mais projectos conjuntos no sentido da promoção dos seus territórios e dos seus produtos em muitas outras iniciativas que ocorrem ao longo do ano fora da BTL. Esse é o projecto em que devemos estar todos envolvidos.

“A Turismo do Centro tem feito um trabalho notável” Turismo do Centro de Portugal, e nesta altura mais difícil temos que juntar esforços e desenvolver sinergias para atingir os nossos objectivos. Que retorno espera ter com esta presença?

Ouvimos o empresário Adriano Ramos das Caldas das Felgueiras. O porquê da sua presença aqui?

A BTL é o evento turístico mais importante de Portugal, aquele que junta mais pessoas. E sendo assim, nós, Caldas da Felgueira, o maior operador termal privado, tínhamos que estar presentes. É imperativo estar cá, é imperioso juntarmo-nos ao

O retorno é em termos de imagem, de notoriedade, de sermos reconhecidos pelos nossos clientes. É a primeira vez que estão presentes?

Com o Turismo do Centro é a terceira vez que estamos presentes. Têm feito a monitorização da vossa presença, em termos de resultados comparados com anos anteriores?

Sim. Hoje cada vez mais, mais do que a comunicação

comercial, as redes sociais e o contacto directo com os operadores são relevantes e temos aferido os resultados obtidos. Quer deixar alguma mensagem para a região CIM Dão Lafões?

A Turismo do Centro tem feito um trabalho notável, tem proporcionado que nos juntemos e nos unamos. Hoje os turistas querem experiências e nós só as podemos propiciar se estivermos juntos. Não só as termas e o alojamento, eles querem uma série de coisas diferentes e só com esta rede é que poderemos oferecer tudo isso: a cultura, a gastronomia, o património, a religião e, obviamente, a saúde e bem-estar que é o nosso core business.


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à conversa

entrevista e fotos ∑ Paulo Neto

“Quando tomei posse, herdei 40 compromissos para 40 novas Lojas do Cidadão, mas só tinha orçamento para 4” Hoje como Secretário de Estado Adjunto do Ministro Ajunto e dos Assuntos Parlamentares tutela a imigração; a modernização administrativa e a comunicação social. Quernos especificar o âmbito das competências inerentes às três áreas?

Com todo o gosto. O XIXº Governo Constitucional é o Governo mais pequenino que Portugal teve desde o 25 de Abril de 1974. Nesse sentido, na Presidência do Conselho de Ministros temos mais de trinta tutelas. Eu tenho, nos termos da lei e por despacho superior a incumbência de concretizar as políticas relacionadas com a imigração, as políticas públicas relacionadas com a comunicação social e as políticas de modernização administrativa. A política pública da imigração, em Portugal, tem como princípio-base o de que a imigração não é um problema para Portugal, sendo antes de mais uma oportunidade. Portugal tem neste momento cerca de 400 mil imigrantes que representam já, no que diz respeito à população activa, um número significativo. Temos o reconhecimento internacional de ser o 2º país do mundo com melhores políticas públicas de imigração. Portugal precisa dos imigrantes, mesmo em crise. Os imigrantes têm dado um contributo inestimável ao nível, por exemplo, do crescimento demográfico. As nossas taxas são melhores em algumas áreas do nosso território, devido precisamente aos casamentos mistos, mas para além disso, o contributo para a segurança social e para o fisco, além do contributo a outros níveis, é muito importante. Para além do mais, nós portugueses não podemos deixar de ter presente que somos um país não só receptor de imigrantes, mas somos também um país emissor de emigrantes. Isso durante muitos anos. Pedimos e rei-

vindicámos junto de muitos países que soubessem acolher bem os cidadãos portugueses que por razões diversas escolhiam esses países para melhorar as suas condições de vida, por isso não faz sentido que não estejamos à altura das nossas responsabilidades e não consigamos tirar partido do ponto de vista económico, social, cultural da presença de imigrantes em Portugal. Nesse sentido, a política pública da imigração em Portugal é conduzida partir do Conselho de Ministros, porque 80% do universo dos organismos públicos e das decisões políticas sobre esta matéria são tomadas no âmbito da Presidência do Conselho de Ministros. No que diz respeito à política pública da comunicação social, nós temos, nos termos da lei orgânica do Governo, desde sempre, que implementar uma política pública para a comunicação social alicerçada em princípios claros de observância constitucional e legal da liberdade de informação, da liberdade de opinião e assumindo que a comunicação social é importante para a qualidade da nossa democracia e é um instrumento a somar a outros importantes para o desenvolvimento social, económico e cultural do país. Aliás, dependeram de nós, Estado, nos sucessivos governos ao longo das últimas décadas, alguns instrumentos estatais que nos ajudam no dia-a-dia a monitorizar e a concretizar essa política. Em primeiro lugar tivemos a Direcção Geral da Comunicação Social, que mais tarde foi transformada em Instituto da Comunicação Social e hoje o Gabinete para os Meios de Comunicação Social que está sob minha tutela, como está, no que diz respeito à imigração, o Alto Comissariado para a Imigração, o Programa Escolhas, entre outros instrumentos e, nesse sentido, até estou a ultimar um paco-

te político-legislativo para fazermos uma reforma no sector, que irá ser apresentada nas próximas semanas e que tem como objectivo, precisamente, melhorar as condições de trabalho que os operadores na comunicação social, seja à escala nacional ou também regional e local, têm que fazer neste momento adverso, porque hoje são muitos os desafios que a comunicação social tem, não só em Portugal, mas também à escala europeia e mundial, desde logo com uma crise económica que fez com que as taxas de publicidade baixassem aos números de 2003; baixaram quase 30% e ao mesmo tempo, também, com o desafio tecnológico da chamada migração dos meios de comunicação social clássicos para a área do digital, o que implica que estejamos a preparar várias alterações nos diplomas, e noutros casos, a criar diplomas novos e noutros casos, até, a fazermos acordos no que diz respeito à contratação do jornalistas ou apoio à formação, não só de jornalistas como de outros profissionais, bem como uma melhor distribuição da publicidade do Estado, mais equilibrada, entre muitas outras novidades que nas próximas semanas serão do domínio público. Por último, uma outra tutela que eu tenho delegada é a da Modernização Administrativa, concretizada por um Instituto Público que está sob a minha dependência, a Agência para a Modernização Administrativa (AMA), que tem como incumbência a necessidade de Portugal modernizar a sua administração pública nos seus vários patamares, fazendo com que essa administração pública mude o paradigma de relacionamento entre o Estado, o cidadão e as empresas, acabando com o paradigma antigo, podíamos conceptualmente chamar-lhe “paradigma do cidadão estafeta”,

para o paradigma do cidadão que tem que funcionar como um empresário, com maior proximidade em rede no que diz respeito à relação com os vários patamares do Estado. Nesse domínio temos vindo a fazer várias alterações e aperfeiçoamentos, desde logo porque também há os compromissos assumidos com a troika, temos o actual ponto 3,36 que impõe que o Estado deva fechar uma série de serviços públicos, racionalizando a sua distribuição territorial e concentrando ao máximo, nesta rede, as Lojas do Cidadão, que vai ter que ser alargada, mas em simultâneo com uma rede nova que estamos a criar, chamados Quiosques do Cidadão. Ao mesmo tempo, tivemos que fazer mudanças significativas no que diz respeito aos custos de funcionamento da rede. Quando tomei posse, em Junho de 2011, herdei 40 compromissos para 40 novas Lojas do Cidadão, mas só tinha orçamento para 4, e cada Loja do Cidadão, aos preços da época, custava no mínimo 750 mil euros, mas muitas delas chegaram a custar um milhão de euros. Tivemos que em primeiro lugar fazer uma actualização das rendas. Foram negociações duras, de norte a sul do país. Tínhamos rendas escandalosas de cerca de 600 mil euros por ano, nomeadamente na loja emblemática dos Restauradores. Quando muitas vezes se diz que os governantes têm sempre medo de fechar e mudar coisas em Lisboa, o governo mostra que a esse nível não teve medo, decidiu encerrar os Restauradores e vamos mudar para o Terreiro do Paço, poupando só em renda cerca de 75%. E podia aqui dar-lhe outros exemplos que atestam que tivemos uma fase do mandato para fazer cortes, para fazer actualizações e encontrar soluções mais baratas. Foi assim que surgiu a nova solução que é o Quiosque

do Cidadão, que vai permitir que a administração pública central chegue o mais perto possível dos cidadãos, sobretudo nos concelhos médios e pequenos, para que de forma mais sistematizada as pessoas resolvam muitos problemas sem ser preciso deslocarem-se aos grandes centros urbanos e não só, utilizando as novas tecnologias de informação e de comunicação, nomeadamente como recurso. Há pouco um senhor jornalista referia-me: “Como é que se vai pôr gente com alguma idade que não sabe mexer no computador a lidar com essas máquinas?”. Não vão ser apenas máquinas, vai haver apoio físico de pessoas, porque não vão ser distribuídas por aí, sem critério. Haverá regras para a sua utilização, para a sua manutenção, e se possível, sempre em colaboração com as câmaras municipais. Estamos a falar de um investimento de que montante?

Estamos a falar de um investimento que baixa consideravelmente em relação às Lojas do Cidadão. Ou seja, se uma Loja do Cidadão custava antes entre 750 a 1 milhão de euros, só para ser montada, sem renda nem custos de funcionamento, o Quiosque do Cidadão vai custar no máximo 30 mil euros, cada um deles, do tipo kit chave na mão, e mesmo assim negociámos o acesso a fundos comunitários para quem quiser fazer a sua aquisição tenha uma comparticipação até perto de 85% desse custo. Portanto, é a democratização, a esse nível da modernização administrativa, a preços muito mais baixos e, nomeadamente para os concelhos do interior-centro, a sul e norte de Portugal, com pouca população, que a todo o momento, com razão se queixam, de que não têm serviços públicos que permitam que as pessoas possam, no seu muni-

Feliciano Barreiras Duarte nasceu em 1966, é casado e tem três filhos. É Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, com as pastas da imigração, modernização administrativa e comunicação social. Foi chefe de gabinete do Presidente do Partido Social-Democrata, Pedro Passos Coelho, até Junho de 2011. Deputado à Assembleia da República nos últimos 10 anos, foi secretário de Estado na Presidência do Conselho de Ministros nos XV e XVI Governos Constitucionais. Preside à assembleia municipal de Óbidos. É licenciado em Direito e professor universitário. Foi subdirector da Faculdade de Ciência Política, Lusofonia e Relações Internacionais e professor da Faculdade de Direito da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias até Julho de 2011. Está a concluir o doutoramento em parceria com a Universidade Pública de Berkeley (Califórnia, EUA). Tem sido cronista em diversos jornais e revistas, como o Expresso, o Jornal de Notícias e a Visão.


Jornal do Centro 07| março | 2013

FELICIANO BARREIRAS DUARTE | À CONVERSA 11 cípio, resolver os seus problemas. Além disso, eu, na Presidência do Conselho de Ministros, nos termos da lei, dou todo o apoio que me é solicitado, política e legislativamente ao meu ministro, também tive oportunidade de, em nome do Governo, presidir a uma comissão interministerial sobre o jogo em Portugal, em que foi produzido um relatório de trabalho que propôs também um pacote legislativo para o sector com oito diplomas. Portanto, o meu trabalho no Governo, no último ano e meio, tem sido mais ou menos à volta destas matérias. No sector da imprensa regional, face às dificuldades existentes, há apoio para a sua modernização?

Posso dizer que vamos continuar com apoios, não só no chamado incentivo à leitura (ex porte pago), mas acima de tudo, também, um conjunto de apoios à modernização tecnológica e ao reposicionamento dos profissionais que trabalham na comunicação social, nomeadamente para melhorar a competitividade em termos de conteúdos, reforçar a possibilidade de contratarem jornalistas e, ao mesmo tempo, de dar formação a muitos dos seus profissionais, entre outros apoios que estamos a trabalhar, nomeadamente aperfeiçoar o modelo de distribuição de publicidade do Estado, parecendo ao Governo, que nos últimos anos, tem sido alvo de alguns desequilíbrios, devendo existir outro tipo de regras, mais transparentes de distribuição do Estado, nomeadamente numa imprensa de proximidade, rádios e jornais locais e regionais, como é o caso do vosso jornal, porque esse bolo publicitário, apesar de ter diminuído com a crise que todos vivemos – o Estado hoje já não tem meios para fazer tanta publicidade institucional como fazia – mas, de qualquer forma as regras têm que ser mais transparentes e tem que haver um lado sancionatório mais pesado para os agentes do Estado que não cumpram a lei. Portanto, nas próximas semanas, muitas destas medidas irão ser tornadas públicas e depois entraremos no percurso legislativo, esperando que dentro dos

próximos meses, a correr tudo dentro da normalidade, muitos destes diplomas, ao serem alterados, entrem em vigor e muitas destas medidas também as quais não são só apoios financeiros. Por vezes, este modelo que tivemos no nosso país na comunicação social de proximidade, que foi um modelo que, de certa forma, na generalidade, assentava naquilo que podíamos conceptualmente designar como um modelo proteccionista, vivia muito à custa do amadorismo e do proteccionismo do Estado, em alguns domínios. Este modelo tem de evoluir cada vez mais para um modelo mais profissional e para isso temos que ajudar a que as empresas tenham um posicionamento no mercado que lhes permita que as regras sejam transparentes no acesso ao mercado da publicidade mas que, ao mesmo tempo, lhes permitam ser o mais independentes possível para não andarem de chapéu na mão junto de alguns poderes públicos. Sempre defendi isso e foi nesse sentido que há cerca de nove anos, noutra reforma que fiz para o sector, pela primeira vez, introduzi uma mudança no Código da Publicidade que foi, por exemplo, proibir a existência de publicidade em boletins municipais, precisamente para não deturparem nem estragarem os mercados locais e distritais de publicidade. Uma última palavra sobre o Incentivo à Leitura…

Fui eu que criei esta nova designação. Sobre este domínio estou a equacionar que quanto maior profissionalismo houver melhor majoração terá que existir também por parte do Estado, não só para cá como também para a nossa diáspora. Continuo a achar que algumas decisões que os governos anteriores tomaram, nomeadamente na diminuição do Incentivo à Leitura para o exterior, foram decisões que, na minha opinião, não estiveram sustentadas em avaliações rigorosas. Ou seja, acho que devemos fazer uma aposta grande em manter contacto com mais de 5 milhões de portugueses que estão lá fora e sobretudo com determinadas gerações que saíram de Portugal, mas que continuam com o seu

país na cabeça e no coração. É por via da informação de proximidade, em suporte de papel, que querem continuar a tomar conhecimento do que se passa na sua terra e a conhecerem a realidade das suas origens, onde ainda têm familiares e raízes. Estou a ultimar esse diploma. De uma carreira política já longa enquanto autarca, deputado e secretário de Estado do XV, XVI e XIX º Governo Constitucional, qual o momento mais importante e o mais atribulado que quer destacar?

Eu já tive sobretudo bons momentos. Orgulhome muito de ser um servidor público, que de quando-em-quando interrompe esse serviço público e se dedica à sua actividade profissional e à vida académica. Mas, de todos os bons momentos que eu já passei, posso dizer-lhe que talvez aquele que mais me marcou, foi no primeiro dia em que fui à Assembleia da República, onde ia tomar posse poucas horas depois e que senti as minhas pernas tremerem. Tinha saído de ao pé de meus pais, isto foi em 1999, já lá vão catorze anos e recordo sempre as palavras do meu pai e de minha mãe quando me disseram: “Nunca te esqueças de onde vieste. Nunca te esqueças que vais servir o país e que nos vais servir a todos. Nunca, nunca, nunca, nunca deixes de ter isso em conta.” E é um princípio que eu tenho, mesmo sendo governante, tenho tido a oportunidade de participar nas decisões mais relevantes para o destino do nosso país, da nossa colectividade… cada vez mais tenho isso presente e destaco isso quando falo comigo mesmo. O mais atribulado, diria que talvez tenham sido os primeiros seis meses deste governo, quando tive a oportunidade de falar comigo mesmo, com alguns dos meus colaboradores e quando toda a gente perguntava qual era a diferença que eu sentia deste governo para os outros em que tinha estado. Dei comigo a dizer que, de facto, nos outros dois governos eu era feliz, só que não o sabia. Porque este governo está em funções talvez num dos momentos mais difíceis da nossa vida colectiva das úl-

timas décadas, e é por isso que também a responsabilidade é grande, os desafios são grandes e infelizmente, muitas vezes, temos que só dar más notícias e é nesse sentido, que cada vez mais, também me empenho nas minhas áreas, para juntar o meu trabalho ao de muitas outras pessoas, para ver se Portugal e os portugueses conseguem sair de uma situação que radica não só numa crise das contas públicas, mas numa série de crises, todas elas juntas resultando nesta grande crise: uma crise de valores de vida, uma crise de falta de credibilidade externa do país e dos portugueses lá fora, uma crise de falta de confiança, já não só na classe política. Hoje em dia os portugueses estão muito desconcertados e desconfiados em relação a tudo e a todos. E é urgente voltarmos a dignificar o exercício da função pública e política, para recuperarmos esse crédito, que é um cimento na nossa sociedade. É um especialista em Direito Comunitário, Económico, Administrativo e Finanças Públicas. Como concilia esta área da investigação e pesquisa com a governação?

Nos termos da lei com a qual concordo em absoluto, em Portugal, quem é governante tem que estar em exclusividade. Quando exerço funções no Governo não faço outras actividades. Quando fui para o Governo tinha já cerca de dez livros novos preparados que decorrem da minha tese de doutoramento. De quando-em-quando tenho saudades, de investigar, de leccionar, de escrever. Um dia voltarei a essa minha vida porque é importante termos presente, que para além de gostarmos de fazer política, o seguinte: ”Eu não sou secretário de Estado, eu estou secretário de Estado”. Tudo isto é efémero e quem não tiver isso presente acaba por ficar manietado no exercício das suas funções. Tenho outro lado meu onde sou feliz. Tenho uma família, tenho uma carreira profissional e tenho outras coisas que gosto de fazer sem ser política. Essa minha independência faz-me acreditar em muito daquilo que eu e outras pessoas fazemos em prol do país e dos portugueses.


Jornal do Centro

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07 | março | 2013

região A Câmara de Tondela pediu à Assembleia Municipal de Viseu uma cópia da gravação da intervenção do autarca, Fernando Ruas a propósito da denominação do Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV), na última reunião daquele órgão autárquico, de 28 de fevereiro “Vou solicitar rapidamente uma audiência ao senhor ministro para lhe colocar esta questão [do nome da CIM] e outras, nomeadamente, aquela da denominação do centro hospitalar qualquer coisa Viseu que eu me recuso a dizer e que há-de ser o centro hospitalar de Viseu ou com outro nome que não magoe ninguém”, afirmou Fernando Ruas, ao insistir que vai continuar a

reivindicar a mudança do nome do Centro Hospital Tondela – Viseu. “Eu direi apenas que se [as declarações de Fernando Ruas] forem verdadeiras, são inaceitáveis, adiantou o presidente da Câmara de Tondela, Carlos Marta ao Jornal do Centro. O autarca referiu quer aguarda que lhe seja entregue a gravação tal como solicitado e “se se confirmarem, o executivo de Tondela vai tomar uma posição pública e política sobre essas declarações”. O CHTV, E.P.E. do Serviço Nacional de Saúde, foi criado em 2011, por fusão do Hospital Cândido de Figueiredo (Tondela) e do Hospital São Teotónio (Viseu). EA

Ponto de situação da alternativa ao IP3? A Assembleia Municipal de Viseu aprovou por unanimidade uma moção apresentada pela bancada do Partido Socialista a solicitar ao Governo o ponto de situação do projeto de construção de uma auto-estrada alternativa ao atual IP3, entre Viseu e Coimbra. “Quais as iniciativas já desenvolvidas pelo Governo, tendo em vista a concretização deste projeto? Quais os prazos de execução previstos para as diversas etapas de desenvolvimento e concretização do projeto da auto-estrada Viseu-Coimbra?”, questiona o documento. Na moção, os socialistas lembram que Em 2011, “consciente de todas as

dificuldades económicas, o ministro Álvaro Santos Pereira veio pessoalmente a Viseu, reunir com os autarcas social-democratas e afirmar que a auto-estrada Viseu-Coimbra é uma prioridade para o atual Governo e que logo que possível iria desenvolver todos os procedimentos para o lançamento do concurso de conceção/ construção/exploração deste troço, através de uma parceria público privada”. Embora no debate com a oposição socialdemocrata se tenham levantado velhas críticas, a Assembleia acabou por ser unânima quanto à urgência da construção de uma via alternativa ao IP3. EA

Emília Amaral

Câmara de Tondela pede gravação daintervençãodeRuas

A Câmara aprova deliberação na semana passada

Executivo de Viseu quer mudar nome da CIM Poémica ∑ Fernando Ruas diz que não admite “a ditadura dos pequenos municípios” Depois de o executivo da Câmara de Viseu ter aprovado uma deliberação para que seja alterado o nome de Comunidade Intermunicipal (CIM) Dão Lafões para Comunidade Intermunicipal da Região de Viseu, foi o próprio presidente da Câmara, Fernando Ruas quem puxou o assunto no mesmo dia, 28 de fevereiro, em reunião da Assembleia Municipal: “Eu exijo isso eu quero que se chame CIM da Região de Viseu, à semelhança do que aconteceu com a CIM de Leiria, com a CIM Região de Coimbra e com a CIM Região de Aveiro. Eu não preciso que me assobiem para estar atento”. Fernando Ruas defendeu ainda que “a CIM faça as malas para se vir sediar em Viseu” e indicou o antigo edifício do Governo Civil para sede do Comunidade. A reivindicação surgiu no meio do debate sobre a “marca” - que se quer para

Viseu e que nas últimas semanas tem vindo a ser discutida -, após a intervenção do presidente da Câmara sobre a atividade municipal e situação financeira da autarquia, em que Fernando Ruas destacou o tema “Atividade Sénior”. “Cá está a marca. Se perguntarem a um cidadão do sul para identificar a marca Viseu ou a marca Dão Lafões ele tem alguma dificuldade em dizer que a primeira é a mais forte? Se os concelhos vizinhos acharem que não lhes é muito favorável, paciência. Nós associamo-nos para ter mais facilidades, não nos associamos para sermos prejudicados”, acrescentou. Num tom irritado como há muito não tinha numa reunião da AMV, Fernando Ruas disse que a deliberação do seu executivo não significa criar “uma guerra com os concelhos”, mas não foge se ela vier. “Não é nenhuma CIM que

manda no concelho de Viseu, só admito isso quando a CIM for eleita. Podíamos ter aqui alguém sem bigode, mais dócil, mas há uma coisa que não gosto: não deixo que ninguém me ponha a ‘pata’ em cima”, terminou anunciando que vai pedir uma audiência com o ministro no sentido de alterar a designação do nome da CIM. Contactado pelo Jornal do Centro, o presidente da CIM Dão Lafões, Carlos Marta escusou-se a comentar o assunto. “Não faço qualquer comentário”, respondeu o também presidente da Câmara de Tondela. O Diário de Viseu publicou na edição de terça-feira que a maioria dos restantes 12 presidentes dos concelhos que compõem a CIM “não vêm vantagens na mudança do nome e da localização da Comunidade Intermunicipal”. Emília Amaral

A Manuela Antunes,

deputada municipal do BE Manuel Antunes foi uma estreia na última reunião da Assembleia Municipal. A ú n ic a deput ad a do Bloco de Esquerda (BE) substituiu o deputado Carlos V iei ra , que ped iu substituição por um período inferior a 30 dias, alegando motivos profissionais. A violência doméstica foi um dos assuntos abordados pela bloquista no período antes da ordem do dia.


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VISEU | REGIÃO 13

07| março | 2013

Grupo de 11 associações propõe plano de reabertura do Mirita Casimiro O Auditório Mirita Casimiro (AMC), em Viseu pode reabrir as portas com programação regular a partir de maio. Um grupo de 11 associações do distrito apresentou um projeto de dinamização do espaço ao Centro Cultural Distrital de Viseu (CCDV), em que propõe assumir os destinos do auditório. O complexo, propriedade do Centro Cultural Distrital de Viseu, construido em 1989, em pleno centro da cidade, dispõe de uma sala com capacidade de 250 lugares a par de outras valências. Tem estado de portas fechadas nos últimos anos, abrindo apenas para ações pontuPublicidade

ais, mas sem programação regular. “Procurando devolver ao Mirita Casimiro as dinâmicas e públicos que tanta falta fazem ao espaço, reunimos uma plataforma de estruturas com provas dadas na dinamização sociocultural, criação artística e programação cultural da região”, adianta Rodrigo Francisco do Cine Clube de Viseu, concretizando que a ideia está a ser estudada há dois anos. A par do Cine Clube de Viseu, fazem parte do projeto estratégico as associações Acert (Tondela), Amarelo Silvestre (Canas Senhorim), Companhia

De Mente (Viseu), Gira Sol Azul (Viseu), Grupo de Cantares Madrugada (Viseu), Intruso (Viseu), NACO (Carregal do Sal), Nicho (Viseu), ProViseu (Viseu) e a Zunzum (Viseu). O projeto vai ser analisado na assembleia geral do CCDV, marcada para o dia 23 deste mês. A intenção é que o plano de atividades inclua as iniciativas propostas pela nova plataforma que depois serão consolidadas na assembleia geral de 18 de maio, marcada para eleger a nova direção. O presidente do CCDV, Luís Filipe revela que o projeto “é uma luz ao fun-

Emília Amaral

Apresentação∑ Projeto vai ser apresentado na assembleia geral do Centro Cultural Distrital, marcada para 23 de março

A O auditório construido em 1989 tem estado fechado nos últimos anos

do do túnel e mostra que as associações não estão paradas”. O dirigente está no entanto algo receoso ao admitir que “não será uma solução fácil” que deverá ser gerida “com cal-

ma” para acautelar o cariz original do CCDV: “São associações urbanas com projetos para a cidade e o centro cultural tem um conjunto de associações filiadas mais rurais que é

preciso salvaguardar”. O CCDV é constituído por 180 associados. Atualmente nenhum paga cotas, sendo as despesas correntes do Auditório geridas com o apoio da Câmara Municipal de Viseu de cerca de 10 mil euros, resultante da ocupação do espaço em maio pela autarquia, para ali realizar a atividade do Teatro Jovem. “Mesmo fechado há custos fixos que é necessário pagar todos os meses”, adianta Luís Filipe apontando uma despesa anual de mais de oito mil euros. Emília Amaral Emilia.amaral@jornaldocentro.pt


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14 REGIÃO | MANGUALDE | VISEU

Os deputados do PS com assento na Assembleia da Republica eleitos pelo círculo eleitoral de Viseu, Acácio Pinto, Elza Pais e José Junqueiro enviaram ao ministro da Saúde, Paulo Macedo, questões relacionadas com o Centro Oncológico de Viseu. “Está nos objetivos do ministério da saúde construir, com urgência, o Centro Oncológico de Viseu, nas imediações do Hospital de S. Teotónio? Se sim, qual o cronograma que o ministério da Saúde tem para a operacionalização de tal obra?”. A questão surge novamente depois de, em 19 de setembro de 2012, os mesmos deputados terem colocado uma questão idêntica, à qual não obtiveram resposta. “O governo anterior, através do ministério da saúde, deixou concluído todo o processo para a construção de um CenPublicidade

tro Oncológico nos terrenos do Hospital de S. Teotónio, em Viseu. Era uma unidade inserida na estratégia de desenvolvimento da radioterapia em Portuga que pudesse dar resposta a todos os doentes oncológicos da região envolvente, nomeadamente dos distritos de Viseu e Guarda e com isto evitasse as penosas deslocações dos doentes, das áreas em causa, a Coimbra ou ao Porto para fazerem radioterapia e outros tratamentos similares. Mais de um ano volvido, porém, não se conhece a posição do governo do PSD e do CDS sobre esta matéria”. Os deputados queixamse que não obtiveram resposta mas insistem, “por se tratar de matéria muito relevante para as populações de Viseu e da região, nomeadamente para os doentes do foro oncológico”. TVP

PDM com um novo olhar para as zonas rurais de Viseu Conferência∑ PSD abordou “Os Novos Desafios da Regeneração Urbana” O diretor do Departamento de Urbanismo da Câmara Municipal de Viseu, José Pais de Sousa considera que o novo Plano Diretor Municipal (PDM) de Viseu, que se encontra em fase de discussão pública, vai permitir olhar para as zonas rurais “de uma forma diferente”, não só para o “arruamento”, mas numa análise paisagística global. O responsável foi um dos convidados da última conferência organizada pela comissão política concelhia do PSD Viseu, no dia 27 de fevereiro, que se debruçou sobre “Os Novos Desafios da Regeneração Urbana”. José Pais

Emília Amaral

Deputados do PS questionam Governo

07 | março | 2013

A Diretor do Departamento Urbanístico da Câmara de Viseu foi um dos convidadods

de Sousa alertou os executivos das câmaras municipais para “criar um ambiente que não seja só de contenção”, mas sim projetos que tornam as cidades “motoras do desenvolviPublicidade

mento”, “sob pena das cidades definharem”. Sobre Viseu, José Pais de Sousa referiu que “não pode continuar só a construir, é necessário um crescimento económico susten-

tado” que passará essencialmente pela qualificação das pessoas e pela qualidade de vida. “Essa é a grande chave motora da cidade e do concelho”, acrescentou lembrando que “é um desafio que as novas administrações terão de ter em conta”. Para o diretor do Departamento de Urbanismo da Câmara, Viseu tem que continuar a trabalhar numa imagem de crescimento e de desenvolvimento, mas deverá “olhar também para fora”, numa apostar clara no património mesmo que o país viva em dificuldades financeiras. Emília Amaral


xa i a B IMI % dopara 0,35 %

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MENOS IMPOSTOS

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ISENÇÃO TOTAL DE TAXAS EM OBRAS DE REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS NAS ZONAS HISTÓRICAS DA CIDADE, VILAS E ALDEIAS.

+

DINAMISMO ECONÓMICO

+

JUSTIÇA SOCIAL

+

INCENTIVO À CRIAÇÃO DE RIQUEZA


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16 REGIÃO | VISEU | MORTÁGUA

07 | março | 2013

Opinião

foto legenda

Do SISAB ao Proder

Cerca de duas mil pessoas concentraram-se no sábado, dia 2, na Rua Formosa, em Viseu, depois de percorrem a pé as principais artérias da cidade. “Passos ladrão, pede a demissão” e “FMI fora daqui” foram algumas das reivindicações mais clamadas pelos populares. O movimento “Que se lixe a ‘troika’” convocou manifestações em mais de 40 cidades, em Portugal e no estrangeiro para pedir o fim das políticas de austeridade.

Dezenas de viaturas participaram num buzinão contra as portagens, no dia 1 de março, na cidade de Viseu, dando seguimento a uma luta que decorre há nove anos e que a organização promete não abrandar. “A luta contra as portagens termina só e apenas quando acabarem as portagens. Não estamos aqui por uns descontos, umas isenções”, garantiu o porta-voz da Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A23 e A24, Francisco Almeida. O buzinão, que se ouviu nas principais artérias de Viseu, teve uma adesão inferior à registada em iniciativas idênticas já realizadas na cidade, sobretudo no que respeita aos camiões, que eram apenas dois.

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DETIDOS

Viseu. A PSP de Viseu realizou no fim de semana uma operação de fiscalização rodoviária no âmbito de controlo de velocidade, e de condução sob influência de álcool. Dois cidadãos, do sexo masculino, de 29 anos, foram detidos por condução de veículo automóvel com uma taxa de alcoolemia de 2,00 g/l, e de 1,74 g/l.

DETIDO

Mortágua. O Núcleo de Investigação Criminal, do Destacamento Territorial de Santa Comba Dão, deteve, na segunda-feira, em Mortágua, um indivíduo de 29 anos de idade, por tráfico de estupefacientes. Foram apreendidas 6,20 gramas de haxixe.

De 27 a 29 de Fevereiro, o fardamento habitual de muitos técnicos do sector alimentar ficou arrumado no cacifo. De todo o país, técnicos, gestores, relações públicas, rumaram à FIL para o maior certame do sector, o SISAB (salão internacional do sector alimentar e das bebidas). Quinhentas e cinquenta empresas portuguesas, detentoras de 6000 marcas de produtos alimentares, aderiram à iniciativa. Os resultados apontam para a participação mais avultada de sempre. O certame foi visitado por 1800 compradores, oriundos de 110 países, com destaque para a China, Rússia, EUA, Canadá, Líbia, México, Brasil, Angola, Moçambique, países árabes e outros. Na opinião de Carlos Morais, director da feira, os produtos oriundos de Portugal necessitam de granjear uma notoriedade em tudo idêntica aos produzidos em Itália e França. Mas, a avaliar pelo êxito do evento, a aposta está ganha, digo eu. O Primeiro-Ministro, os ministros da economia, do estado e dos negócios estrangeiros, da agricultura e o secretário-geral do PS não perderam a oportunidade para estarem presentes, procurando perceber e colher os diferentes dividendos que o evento oferecia. Segundo os dados do INE, o sector do agro-alimentar em 2012 foi responsável pela redução em 15% do défice da balança comercial a que corresponde um aumento das exportações num valor de 500 milhões de euros. Imbuída desta progressiva vaga, a ministra da agricultura debandou com destino a Moçambique para a promoção do sector, numa iniciativa que permitiu agregar a Portugal Fresh (frutas e hortícolas), Portugal Foods (alimentar) e a FIPA (federação das indústrias agro-alimentares). Em termos comerciais, Moçambique é o 22º cliente de produtos portugueses e denota um elevado potencial de crescimento. Em 2012, as exportações com destino a este país cresceram 33%: 9 milhões de euros em bebidas, 5 milhões em preparados de carne e peixe, 3,4 mi-

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

lhões em óleos e gorduras, 2,7 milhões em preparados de cereais e leite e 2,4 milhões em hortícolas e frutas, já para não falar da infinidade de mão-de-obra qualificada que todos os dias ruma a este destino. Se os números falam por si, a celebração de contractos para a construção de uma das maiores fábricas da Sumol/Compal e a futura edificação de um complexo industrial de pasta de papel da Portucel, com a concessão de um área de 350 mil hectares de floresta para o abastecimento em matéria-prima, são factos já consumados. A possibilidade do grupo Lusiaves se vir a implantar é uma forte realidade. Estas iniciativas permitem por certo fortalecer os elos de ligação que importa construir e lubrificar para evitar alvoroços e querelas políticas como as que recentemente se sucedem com Angola. É o processo de internacionalização das marcas e do conhecimento (now-know) que detemos. Em simultâneo, e com muita pena para muitos, encontram-se “limitadas” as candidaturas no âmbito do programa Proder (programa de desenvolvimento rural) que contemplam um conjunto de ajudas à agricultura, com especial destaque para o programa de instalação de jovens agricultores, uma vez que é necessário salvaguardar os pagamentos aos 26.200 projectos já aprovados, bem como o conjunto das restantes medidas agroambientais. Importa referir que o novo Proder 20142020 já se encontra a ser alinhavado. O modo como passamos a olhar a agricultura e o agro-alimentar mudou substancialmente. Crescemos, exportamos e somos capazes de esgotar todas as verbas para o sector. Já não volta dinheiro para Bruxelas como era hábito! Esta dinâmica já há décadas que deveria estar assimilada e consolidada. Ainda vamos a tempo, não?



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07 | março | 2013

educação&formação ACT & Empreende 2013 lança 10º Concurso Regional Poliempreende A Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu (IPV) acolheu no dia 27 de fevereiro, a cerimónia de apresentação pública da terceira edição do ACT & Empreende e o lançamento do 10º Concurso Regional Poliempreende. O ACT & Empreende é um evento sobre empreendedorismo, inovação e inserção na vida ativa direcionado a todos os estudantes do IPV, com ma ior incidência nos finalistas e diplomados, e tem como objetivo mais lato fomentar uma cultura vocacional empreendedora. Quanto ao concurso Poliempreende, é uma iniciativa que visa, através de um concurso de ideias e de planos de nePublicidade

DR

Objetivo∑ Avaliar e premiar projetos desenvolvidos por estudantes

gócios, avaliar e premiar projetos desenvolvidos e apresentados por alunos, diplomados ou docentes de instituições de ensino superior politécnico, ou outras pessoas, desde que integrem equipas constituídas por estudantes e/ou diplomados. Com o objetivo de “incutir nos seus alunos o

espírito de iniciativa, a vontade de empreender que possa conduzir à criação da própria empresa e gerar postos de trabalho, explorando o caráter eminentemente prático e profissionalizante da sua formação”, os 15 institutos politécnicos do país bem como as escolas superiores e as escolas politécPublicidade

nicas das universidades de Aveiro e do Algarve criaram este concurso de projetos de vocação empresarial que compreende um universo de mais de 100 mil alunos e sete mil docentes. O concurso tem uma componente regional e outra nacional. A nível regional, cada institu-

to politécnico promove um conjunto de iniciativas que culminam com a atribuição de prémios aos três melhores projetos apresentados. Os projetos vencedores em cada instituição são, posteriormente, submetidos à apreciação de um júri que irá escolher os três melhores projetos Publicidade

nacionais. A co orden aç ão n acional do Poliempreende é rotativa, estando a edição do concurso de 2013 a cargo do Instituto Politécnico da Guarda. Dia 29 de março é a data limite para apresentação de “Ideias de Negócio”. Entre 1 de abril a 10 de maio realizamse as sessões de apoio ao desenvolvimento das ideias (Oficinas E2). Dia 18 de maio é a data limite para apresentação de candidaturas ao Concurso Regional de Viseu, e dia 31 de maio realiza-se o Concurso Regional de Viseu. Os prémios regionais atribuídos pelo júri regional são de 1.º 2000 euros; 2.º 1500 euros e o 3.º 1000 euro.


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EDUCAÇÃO & FORMAÇÃO 19

07| março | 2013

Oito estudantes do distrito vão ao Parlamento dos Jovens O distrito de Viseu vai estar representado com oito jovens das escolas secundárias de Viseu, Moimenta da Beira, Lamego e Canas de Senhorim, na sessão nacional do Parlamento dos Jovens na Assembleia da República, dias 27 e 28 de Maio. Dois jovens da escola Secundária de Moimenta da Beira, Mariana Nascimento e João Sarmento, juntamse aos estudantes João Ambrósio e Joana Pinto, de Canas de Senhorim, Francisco Amaral e Tomás Ambrósio de Viseu e a Simão Lúcio e Tomás Sousa, de Lamego. A eleição foi feita na terça-feira, 26 de fevereiro, em Moimenta da Beira, onde decorreu a sessão distrital que juntou 73 estudantes de 25 escolas secundárias do distrito de Viseu. Os oito eleitos vão apresentar à Assembleia da República, três recomendações no âmbito do tema escolhiPublicidade

do para este ano: “Os jovens e o emprego: que futuro?”. Numa delas, apelam ao Governo e aos investidores privados para que apoiem mais a formação dos jovens. Noutra, falam na aposta numa agricultura moderna e no turismo nas zonas rurais despovoadas, evitando assim o êxodo rural e criando também novos postos de trabalho. Por último, defendem o inventivo ao empreendedorismo com a criação de uma disciplina facultativa, no ensino secundário. O Parlamento dos Jovens é um programa que a Assembleia da República organiza em colaboração com o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), entre outras entidades, com o objetivo de promover a educação para a cidadania e o interesse dos jovens pela participação cívica e pelo debate de assuntos da atualidade. EA

Aprender física de forma divertida Stand em Lamego ∑ Trinta e duas atividades com materiais simples, Utilizando objetos do quotidiano, a mostra “A Física no dia a dia” explica vários princípios básicos da física Clássica, trazendo uma nova visão do mundo que nos rodeia. Ladeado por muitos professores e alunos, esta atividade pedagógica foi inaugurada, no dia 4 de março, em Lamego, pelo secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, acompanhado pelo presidente da Câmara Municipal, Francisco Lopes. “A Física no dia a dia” é uma oportunidade única que permite que toda a comunidade possa aprender, valorizar-se e divertir-se

A Mostra dedicada à Física inaugurada por João Grancho, na presença de Francisco Lopes

com a física. Aqui, não se encontram computadores, aparelhos eletrónicos complexos, nem tecnologia de ponta. São trinta e duas atividades com materiais simples, como clipes e pregos, espelhos e relógios, chalei-

ras e balanças de cozinha. A Escola EB 2/3 de Lamego tem patente ao público, até 15 de março, uma exposição interativa, que surpreende pela sua simplicidade e interatividade. Baseada na obra de Rómulo de Car-

valho, a exposição está em itinerância pelas escolas do país no âmbito do Programa “O Mundo na Escola”, cujos princípios orientadores são divulgar e motivar para o conhecimento, rentabilizar e descentralizar a oferta de atividades e iniciativas que já existem. Reconhecendo o excelente trabalho que a comunidade da Escola EB 2/3 de Lamego, do Agrupamento de Escolas Latino Coelho, vem desenvolvendo ao longo dos últimos anos, o Ministério da Educação e Ciência “presenteou-a com esta exposição, privilégio exclusivo de vinte escolas do nosso país”. TVP

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20

07 | março | 2013

economia

Programa “Valorizar” apresentado em Viseu Associação Comercial∑ Dezenas de empresários marcaram presença Dezenas de empresários da região Centro reuniramse nas instalações da Associação Comercial do Distrito de Viseu para conhecer o programa “Valorizar – criar valor com o território”. O plano visa a promoção do desenvolvimento local e regional e a criação de emprego em concelhos do interior, apoiando iniciativas de microempresas em territórios com problemas de interioridade, constituindo-se como um sistema de incentivos a microempresas de base local. O programa, apresentado a seis de fevereiro pelo Governo, iniciou a sua implementação e projeta-se no futuro ciclo de financiamentos comunitários a Portugal que irá vigorar entre 2014 e 2020.

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“Valorizar” integra medidas especificamente destinadas aos territórios de “baixa densidade”, como sendo um Sistema de Incentivos de Apoio Local a Microempresas, uma Linha de Financiamento “Investe QREN” para Territórios de Interioridade, o reforço do “mérito regional” dos Sistemas de Incentivos às Empresas do QREN. Carlos Ferreira, secretário técnico CCDR-Centro Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, referiu-se ao “Valorizar” como “um sistema simples e de diferenciação positiva”. O programa destina-se exclusivamente a empresas com menos de dez trabalhadores. Pretende criar emprego na região, sobretudo aos

jovens, promover o investimento no interior do país e fixar pessoas. O investimento ilegível é de cinco mil euros, mas pode ir até 25 mil euros, nas freguesias de Coração de Jesus, Santa Maria, São José, Repeses e Ranhados, por não terem acesso ao PRODER. As empresas que se candidatem têm de apresentar resultados positivos e sem impostos. A atividade terá de ter começado em 2012. O “Valorizar” tem de criar um posto de trabalho na empresa a concurso. A candidatura é eletrónica. A primeira fase de candidatura finda no dia 1 de abril. O programa estará disponível até ao dia 9 de dezembro. Tiago Virgílio Pereira

Tiago Virgílio Pereira

Tiago Virgílio Pereira

Primeiro jantar conferência reune 170 participantes

Cerca de 170 participantes debruçaram-se em torno do tema “Orçamento de Estado 2013 – Como sair desta crise”, durante o primeiro jantar conferência, realizado no Hotel Montebelo, em Viseu, organizado pela Escola de Negócios da Beira e Visar Consultores Associados. O balanço é “muito positivo”. “Este evento nasceu das celebrações do 15º aniversário da Visar. A Escola de Negócios da Beira sai valorizada porque nos coloca a um nível superior das outras escolas que existem no mercado. Queremos ser diferentes pela positiva e este tipo de eventos favorecem muito toda a nossa atividade empresarial. O balanço é muito positivo e estamos por isso satis-

feitos”, referiu Fernando Cardoso, responsável da Visar e da Escola de Negócios da Beira. José Gomes Ferreira, Telma Curado, Camilo Lourenço e Leonel Simões, foram os palestrantes convidados. “Os oradorest são especialistas na área e foi benéfico terem partilhado as suas perspetivas, no âmbito profissional e técnico, que muito agradou aos ouvintes”, explicou o responsável. Dirigindo-se a um público maioritariamente empresarial, José Gomes Ferreira brindou os presentes com a já habitual e brilhante análise crítica, sobre o orçamento de estado, especificando alguns pontos que precisam ser mudados com urgência. Telma Curado abordou os

pontos mais críticos do orçamento, tendo em conta a perspetiva fiscal. Ao JC, Camilo Lourenço referiu que “a última coisa que devemos fazer para sair da crise é dar resposta chapa cinco. O que faz sentido é pensar quais os problemas que enfrentamos e como torná-los numa oportunidade”. O também moderador do debate disse ainda que “baixar os braços não é solução” e que o caminho passa por discutir “o modelo económico, o modelo de supervisão e a presença do Estado na economia”. Em jeito de conclusão, Camilo Lourenço felicitou a organização do evento e lembrou que “é tempo de acabar com o choradinho e deitar mãos à obra”. TVP


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INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 21

07 | março | 2013

O Executivo de Resende e a Assembleia Municipal aprovaram, durante a última reunião, o regulamento de incentivo à criação de emprego e empreendedorismo jovem no concelho. O objetivo passa por apoiar financeiramente o empreendedorismo jovem e a criação de empresas atravÊs das quais Ê criado o próprio posto de trabalho ou de mais empregados, bem como proporcionar a criação de novas oportunidades de trabalho para os desempregados e estimular a economia do concelho. Os incentivos previstos no regulamento destinam-se a desempregados adultos, com idades entre os 18 e os 35 anos, residentes no concelho de Resende. Poderão ser ainda concedidos a empresårios em nome individual ou a pessoas coletivas de na-

tureza privada e com fins lucrativos, desde que o capital social seja, maioritariamente, detido pelo desempregado ou jovem, que criem postos de trabalho para si e reúnam os demais requisitos regulamentares. Atribuir-se-å um apoio não reembolsåvel, atÊ ao valor måximo de 10 mil euros, extensível a um período de dois anos, às empresas com integração do posto de trabalho próprio no concelho. O apoio destina-se a custear exclusivamente despesas empresariais com instalaçþes quando não forem do próprio ou de familiares diretos, ågua luz e comunicaçþes. As empresas ficam ainda isentas, por exemplo, ao pagamento de publicidade, durante dois anos e à ligação de ramais de saneamento. Os incentivos são acumu-

lĂĄveis com outros apoios concedidos por organismos pĂşblicos, desde que nĂŁo coincidam com aqueles que foram objeto de incentivos no âmbito deste regulamento e sĂł podem ser atribuĂ­dos por uma Ăşnica vez ao seu titular. Segundo AntĂłnio Borges, presidente da Câmara de Resende, “a ideia foi criar o maior nĂşmero de “oportunidades ao alcance na economia localâ€? o “Parque Empresarial de Anreade, com a venda de lotes a preços simbĂłlicos, a construção do FĂłrum Municipal que integra o novo mercado, com a concessĂŁo das lojas e bancas a preços reduzidos, a implementação do BalcĂŁo do Empreendedor e, ainda, a baixa consecutiva e generalizada dos impostos (IRS, IMI e Derrama) no concelhoâ€?. TVP

Associação Comercial apaga 112 velas Dia 1∑ Gualter Mirandez e Fernando Ruas reforçaram importância de relaçþes “Sempre tivemos uma relação olhos nos olhos, em prol dos comerciantes. Uma vez que, entendemonos como uma entidade facilitadoraâ€?, referiu Fernando Ruas, presidente da Câmara de Viseu, durante as comemoraçþes do 112Âş aniversĂĄrio da Associação Comercial do Distrito de Viseu (ACDV). O autarca felicitou ainda Gualter Mirandez, presidente da ACVD, pela forma como lidera a instituição. A cerimĂłnia foi marcada tambĂŠm pelas comemoraçþes do “dia do comercianteâ€?. Foram atribuidos emblemas de ouro e prata a associados com mais de 50 e 25 anos de filiação. O prĂŠmio “Carreira Asso-

Tiago VirgĂ­lio Pereira

Resende cria regulamento de incentivo à criação de emprego e empreendedorismo jovem

ciativaâ€? foi entregue a JoĂŁo de Jesus. Na cerimĂłnia estiveram presentes mais de 100 convidados. Para Gualtar Mirandez a grande participação dos associados revela a forte ligação mantida ao longo dos 112 anos. “Os associados sabem que podem contar com a Associação, porque nos preocupamos,

ajudamos e tentamos resolver os problemasâ€?. Da relação que a ACDV mantĂŠm com a autarquia, Gualter Mirandez, referiu: “Embora nĂŁo estejamos sempre de acordo com a autarquia a verdade ĂŠ que existem mais aspetos que nos unem do que aqueles que nos desunem e isso ĂŠ o mais importanteâ€?. TVP/MC

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Jornal do Centro

22 ECONOMIA | ELEIÇÕES 2013

07 | março | 2013

“Vamos mudar de paradigma económico para concretizarmos um agenda para o crescimento e o emprego” José Junqueiro, pelo PS, é o primeiro candidato inequivocamente definido à autarquia viseense, para 2013. Fomos ouvir as ideias essenciais em que se esteia a sua política para o concelho de Viseu, congregadas no conceito lato:

Emprego e melhor futuro O Passado, José Junqueiro?

O nosso concel ho, Viseu, teve historicamente a sua base económica nos serviços e no comércio de proximidade. Durante mais de uma década a bolha da construção civil contribuiu para um crescimento forte, mas sem o adequado planeamento e cautela. O emprego encontrava o seu lugar neste contexto. Cedo, muito cedo, enquanto candidato à câmara, na campanha de 1993, bati-me pela diversificação da nossa economia, pela industrialização e por uma estratégia que fizesse do nosso território uma realidade mais autónoma. Queria para a cidade um “Plano de Urbanização Comercial” de modo a não replicar desordenadamente as iniciativas do comércio de proximidade, robustecendo, portanto, a sua existência e prevenindo crises como a que agora vive. Critiquei a “facilidade” com que a habitação no centro da cidade era substituída por escritórios, bem como a ocupação pelos bancos de espaços comerciais tradicionais e fortes. O Santos, o Café Santa Cruz, o Café Rossio ou a Garagem Lopes, são alguns exemplos, entre tantos outros, de que me lembro muito bem. E também me lembro de,

nessa altura, já depois das eleições autárquicas, ter pedido, com o Engª José Manuel Oliveira e o Professor João Inês Vaz, a revisão do PDM que acabara de ser aprovado. Foi quase uma heresia, para o poder constituído. Distribuímos milhares de “flyers” pelas caixas do correio dando nota dessa nossa vontade. Tudo em vão. Foi um mau documento que, em vez de criar uma oportunidade, se transformou num constrangimento. Fizemos da recuperação e reabilitação do “Centro Histórico” uma aposta e uma prioridade. Tudo em vão, também. Nunca fomos ouvidos. Finalmente, na apresentação e debate, na Universidade Católica, do projeto Siza Vieira para a “Praça 2 de Maio” fui uma de duas vozes que ousaram discordar da solução, apesar da sua beleza e da categoria ímpar do arquiteto. Não servia a cidade. Era mais um passo para a desertificação do centro. Tudo em vão. Também não fomos ouvidos. O Presente, José Junqueiro?

Hoje o concelho de Viseu tem mais de 6.000 desempregados, representando 25% do total em todo o distrito. Houve um aumento de 17,1% face ao ano anterior e 3,3% face ao mês de novembro. Em janeiro de 2013 atingiu já o seu valor recorde. A crise internacional que se abateu sobre nós explica muita coisa, mas não justifica tudo. Quando em vários momentos falei sobre a necessidade de voltar a olhar para o modelo da nossa economia no concelho, referi que para seguir em frente, “Para continuar o caminho é necessário encontrar novas respostas aos problemas dos nossos dias. É importante evoluir no paradigma económico e encontrar

A José Junqueiro, ..... espaço para novos investidores, acarinhar os que estão cá e tiveram a coragem de apostar em Viseu. É importante encontrar o que entre nós pode fazer a diferença, aquilo que nos distingue e nos pode tornar únicos.” O Futuro, José Junqueiro?

É isso que vamos fazer se os viseenses votarem nas propostas desta candidatura, no candidato e nas suas equipas, na cidade e nas freguesias. Vamos mudar de paradigma económico para concretizarmos um agenda para o crescimento e o emprego. Criaremos um CAAE (Centro de Apoio à Atividade Económica), onde utilizaremos ferramentas como o “Global Find” (georreferenciação das áreas industrializáveis), Global Force (intervenção nas infraestruturas e acessos) e uma VVE, Via Verde para Economia (assumindo o processo administrativo, desburocratizando, sim-

plificando) e aplicaremos o licenciamento zero para outras atividades específicas. Até final de Março ficará concretizada a proposta de “Reforma Fiscal Local” que considera a apreciação e revisão da relação do “custo-benefício” de taxas, tarifas, derramas, IMI e demais opções fiscais. A ideia é a de ajudar quem está e atrair novos investidores. Aqueles que escolherem Viseu para a industrialização terão também apoio percentual nos salários dos jovens que contratarem, sem ser a termo, durante um período que pode ir até um ano e meio. Quanto aos custos de contexto e espaço de localização o que queremos é “trocar metros quadrados por empregos” criando mais oportunidades e mais domicílios fiscais. Nada que os nossos vizinhos não tenham feito para terem hoje uma ca-

pacidade económica alternativa. O investimento de proximidade e emprego encontrará na regeneração urbana, através do programa que elaborámos, “Urbe +”, uma oportunidade. Vai estimular fiscalmente, na cidade e nas aldeias, todos aqueles que recuperem os seus espaços para habitação própria ou arrendamento. Quem o realizar no centro da cidade, na zona histórica, na rua Direita e em outros locais previamente definidos, nomeadamente em zonas degradadas nas freguesias, terá benefícios que contemplam desde a redução taxas e tarifas até à isenção de outras pressões fiscais significativas em espaço temporal previamente definido. Não deixaremos de intensificar a pressão política e social para que o governo central, este ou qualquer outro que lhe suceda, para obter a viabilização de corredores ferroviário

e rodoviários já reconhecidos por todos como essenciais e que nos unem, a uma só voz, na sua reivindicação. Neste contexto, tudo será feito em íntima ligação com as diferentes associações representativas do tecido económico e social, construindo soluções debaixo para cima, partilhadas, assumindose o presidente da câmara como um parceiro, um facilitador, um obreiro do programa “Diplomacia Económica Local” que exige o esforço de todos. Foi isso que transmiti esta a semana à AIRV na reunião de trabalho que efetuámos e em que, mais uma vez, encontrámos sintonia nos objetivos. Não sendo possível nestas linhas apresentar tudo que estamos fazer, deixamos, no entanto, ideias para o debate que nos conduza ao emprego e melhor futuro. Paulo Neto


Jornal do Centro

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 23

07 | março | 2013

Clareza no Pensamento

Filhos de ninguém…

Carla Leal Advogada e docente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu

O país encontrase nu m a g rave sit uação económica e consequentemente numa grave crise de princípios e valores. Mas será que a crise justifica todo o comportamento quando a questão se centra nos filhos? Há quem os tenha e os mata e há quem se mata para os ter…. e muitos destes filhos nunca chegam a perceber os seus direitos e obviamente as suas obrigações. Filhos fora do casamento ou dentro do casamento devem ser tratados como tais. Na constância do matrimónio, o exercício das responsabilidades parentais pertence a ambos os cônjuges, tal significa que os pais exercem as responsabilidades parentais de comum acordo. Estas responsabilidades parentais, enquanto poder/dever de educação dos filhos, de conteúdo funcional e carácter altruísta, exercido pelos pais no interesse dos filhos, não são uma mera faculdade, uma possibilidade concedida pela lei aos progenitores de uma criança. Trata-se de uma verdadeira obrigação…. obrigação de proverem a sua alimentação, segurança, saúde, educação, etc. Ora, esta obrigação mantém-se em caso de divórcio por mútuo consentimento ou sem consentimento de um dos cônjuges (as mais comuns) e quer na primeira ou na segunda forma de divórcio os filhos menores estão protegidos pelo Ministério Público, entidade que tutela os interesses dos menores. O acordo do exercício das responsabilidades parentais é, em muitas situações um copy paste disponível em qualquer lado (internet, amigo, livro, etc) e, por diversas vezes, não se adapta à realidade do casal, à per-

sonalidade dos mesmos, à vontade destes o que vai influenciar e incentivar o seu não cumprimento. Apesar de todos sabermos que o interesse tutelado ser exclusivamente do menor, são os progenitores os únicos protagonistas de que estes filhos sejam de todos…a não ser assim… começa uma batalha judicial sem rumo. Discutem-se as visitas, os dias de aniversário, os dias festivos, as férias, a pensão de alimentos e nada se cumpre… afinal são filhos de ninguém… Os progenitores não percebem que não se trata de um jogo de interesses pessoais, que os filhos não são meios para atingirem os seus fins mas são os direitos dos seus filhos que a lei protege. E aqui é importante referir que o incumprimento da pensão de alimentos, pode acarretar para o progenitor faltoso sanções penais (pena de prisão ou pena de multa) e, ainda obrigálo a cumprir de forma coerciva (independente da sua vontade). Para que não restem dúvidas, os alimentos são devidos enquanto se mantiverem as responsabilidades parentais e, estas cessam com a maioridade ou com a emancipação (casamento). No entanto, o filho maior pode, caso se encontre a completar a sua formação escolar, e durante o período normal requerido para a completar, intentar uma acção (requerimento na Conservatória do Registo Civil) na qual solicite o pagamento de pensão de alimentos aos seus progenitores ou a um deles. Não pretendendo incentivar o recurso ao Tribunal mas, enquanto pai ou mãe não deixe de lutar pelo interesse do seu filho, não o deixe sentir que é filho de ninguém… a lei protege e o Estado dá a mão…

Rotary distingue aluno da ESEV Objetivo∑ Incentivo de 500 euros visa reconhecer o mérito e percurso do jovem O Rotary Clube de Viseu (RCV) distinguiu, na segunda-feira, 4, Jorge Aredo, aluno da Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV), pelos resultados e percurso obtidos pelo jovem, no ano de 2012. Jorge Aredo, de 24 anos, natural de Águeda, frequenta o segundo ano do curso de Desporto e Atividade Física e tem-se destacado “não só pelo bom aproveitamento mas também como um bom cidadão”. Para Adelino Botelho, atual presidente do RCV, não são apenas as notas que contam, “não olhamos só à competência, olhamos também ao saber ser e ao saber fazer. Destacamos o voluntariado, o trabalho em equipa e os comportamentos que se evidenciem na sociedade”, referiu Adelino Botelho, atual presidente do RCV. Para o jovem, esta distinção, “é um enorme prazer”, especialmente porque “vem de uma instituição de prestígio e valor”. Jorge Aredo, um apaixonado pelo desporto, mostrou-se muito feliz. “Este reconhecimento premeia sobretudo o esforço que aplico numa atividade pela qual tenho uma grande paixão”. Desde a sua criação, o Rotary, já distingui mais de 10 mil alunos, como forma de incentivar e reconhecer o mérito e percurso dos jovens. O RCV é um clube cujos principais objetivos se centram na realização de atividades familiares, panejamento e arrecadação de fundos e implantação de projetos sociais a fim de ajudar os mais necessitados bem como instituições de cariz social e solidário. No encontro, que decorreu no hotel Grão Vasco, foram ainda assinados protocolos entre a RCV e várias entidades com o objetivo de “facilitar a

Micaela Costa

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

A Lurdes Botelho, Cristina Gomes, Adelino Botelho, Teresinha Fraga, Jorge Aredo e Diamantino Gomes

vida aos cidadãos, dando melhores condições a nível económico”, referiu Adelino Botelho. E st ivera m pre sen-

tes no evento, para além dos vários associados, Diamantino Gomes, presidente do Rotary Portugal, Teresinha Fraga, go-

vernadora do Rotary e Cristina Gomes, presidente da ESEV. Micaela Costa

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REABILITAÇÃO DE HABITAÇÕES É A NOSSA ESPECIALIDADE

> Tectos Falsos/Pinturas > Decoração de Interiores > Remodelação “Chave na Mão” > Requalificação de Fachadas


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Jornal do Centro 07 | março | 2013

desporto Segunda Liga P J 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 29 30 30 29 30

1 Belenenses 72 2 Arouca 53 3 Sporting B 51 4 Leixões 47 5 Santa Clara 46 6 Oliveirense 46 7 Desp. Aves 45 8 FC Porto B 44 9 Portimonense 44 10Tondela 44 11 U. Madeira 43 12Penafiel 43 13Benfica B 42 14Naval 39 15Atlético CP 33 16Feirense 33 17Marítimo B 31 18SC Braga B 29 19Trofense 28 20Sp. Covilhã 26 21Guimarães B 23 22Freamunde 20

V 22 15 13 12 12 12 11 11 12 12 10 12 11 9 9 8 9 7 6 5 4 4

E 6 8 12 11 10 10 12 11 8 8 13 7 9 12 6 9 4 10 10 11 11 8

Segunda Div. CENTRO

D GMGS 2 55 23 7 48 33 5 46 30 7 34 26 8 43 34 8 41 35 7 34 33 8 37 32 10 41 39 10 38 37 7 35 31 11 31 28 10 49 40 9 39 40 15 33 45 13 41 47 17 25 35 12 26 35 14 24 39 14 26 39 14 14 32 18 25 52

1 Cinfães 2 Ac. Viseu 3 Sp. Espinho 4 Pampilhosa 5 Operário 6 Anadia 7 Benfica CB 8 S. João Ver 9 Coimbrões 10 Sousense 11 Nogueirense 12 Tourizense 13 Cesarense 14 Lusitânia 15 Bustelo 16 Tocha

Leixões Portimonense Sporting B Marítimo B Desp. Aves Oliveirense Atlético Sp. Covilhã Guimarães B Penafiel Tondela

31ª Jornada Portimonense Marítimo B Sp. Covilhã Atlético Desp. Aves Guimarães B Leixões Oliveirense Tondela Penafiel Sporting B

-

Belenenses Trofense FC Porto B Freamunde U. Madeira Benfica B Arouca Sp. Braga B Feirense Naval 1º Maio Santa Clara

TORNEIO DE NATAÇÃO EM AGUIAR DA BEIRA Decorreu no sábado, 2, o 17º Torneio de Natação Prof. Afonso Saldanha, incluído no Circuito Municipal de Escolas de Natação. Este torneio, que teve lugar nas piscinas de Aguiar da Beira, decorreu de forma lúdica e teve como objetivo iniciar as crianças mais novas na prática saudável da competição de natação. Estiveram presentes mais de 200 atletas de 15 escolas de natação de vários municípios. Publicidade

DR

0-0 1-1 1-0 3-1 1-0 1-2 3-2 1-1 1-0 3-1 2-0

J 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22

V 13 11 10 10 9 10 8 9 7 7 7 5 5 4 3 2

E 7 8 7 5 7 3 9 5 10 9 7 6 6 7 10 6

D GMGS 2 42 17 3 29 16 5 26 20 7 35 30 6 34 27 9 23 26 5 34 26 8 27 26 5 29 28 6 24 22 8 23 26 11 19 26 11 17 29 11 29 39 9 18 29 14 18 40

22ª Jornada AD Nogueirense Benf. C. Branco Cinfães Pampilhosa Sousense Sp. Bustelo Tourizense Lusitânia

30ª Jornada Naval 1º Maio Benfica B FC Porto B Arouca Belenenses Feirense Trofense Freamunde Santa Clara Sp. Braga B U. Madeira

P 46 41 37 35 34 33 33 32 31 30 28 21 21 19 19 12

A Cinfães continua a somar pontos e caminha a passos largos para a súbida à II Liga

Tondela: Urgente ganhar Cinfães e Académico: Só um pode subir Jogos ∑ Tondela-Feirense, Coimbrões-Cinfães, Académico-Bustelo - Domingo 15h00 derrota por 2-0 abalou as contas da equipa de Tondela, que tem agora uma diferença de 28 pontos em relação ao primeiro classificado, Belenenses. Os nove pontos que escaparam aos tondelenses, é a diferença que os separa do segundo classificado Arouca. Domingo, pelas 15h00, o Tondela recebe o Feirense, 16º classificado. Na s e g u n d a d iv i são centro o Cinfães e o Académico de Viseu mantêm a mesma posição, primeiro e segundo lugar, respetivamen-

te. Melhor sorte para a equipa de Cinfães que continua a somar pontos e caminhar a passos largos para a súbida à II Liga, a oito jogos do final da época . Na 22ª jornada o Cinfães aproveitou o empate do Académico frente ao Sousense (11) e aumentou a vantagem que o separa do segundo classificado. O Académico, que já na jornada anterior tinha empatado (1-1) frente ao Benfica e Castelo Branco, está agora com 41 pontos, menos cinco que o Cinfães (46).

Cesarense S. João Ver Sp. Espinho Anadia Ac. Viseu Tocha Coimbrões Operário

23ª Jornada

Futebol

Os próximos jogos são determinantes para que o Clube Desportivo de Tondela volte à luta pela segundo lugar que dá acesso à súbida à primeira divisão nacional de futebol. Os tondelenses voltaram a escorregar e em três jornadas já perderam nove pontos. As consecutivas derrotas “empurraram” a formação de Vítor Paneira para a décima posição da tabela da segunda liga. Na segunda-feira, 4, os tondelenses foram à Choupana defrontar o União da Madeira e a

1-1 2-1 3-0 5-0 1-1 3-3 0-2 5-0

A equipa do município de Cinfães, não facilitou e venceu no domingo, 3, o Sporting de Espinho e mantém assim o primeiro lugar isolado na tabela classificativa. Esta vitória deixa o Cinfães ainda mais perto da súbida. Domingo, pelas 15h00, o Cinf ães desloca-se ao norte, a Vila Nova de Gaia, para defrontar o Coimbrões que ocupa a nona posição. Já o Académico de Viseu recebe o Bustelo , equipa que ocupa um dos lugares de despromoção (15º). Micaela Costa

Lusitânia Ac. Viseu Anadia Cesarense Coimbrões Operário S. João Ver Tocha

-

Sp. Espinho Sp. Bustelo Benfinca CB Pampilhosa Cinfães Nogueirense Sousense Tourizense

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA TORNEIO DE TÉNIS DE MESA A Associação D. Duarte de Almeida (ADDA) vai promover o II Torneio de Páscoa na modalidade de ténis de mesa. O evento está marcado para o dia 27, a partir da 9h30, no Pavilhão Gimnodesportivo de Vouzela. Destina-se a atletas femininos e masculinos dos seguintes escalões: -10 anos, 10 a 12 anos, 13 a 15 anos e + de 15 anos. Os interessados podem inscrever-se até ao dia 25, através dos contactos: 968 192 837, 966 474 717 ou do e-mail: addalmeida@gmail.com O torneio conta com o apoio do Município de Vouzela, Agrupamento de Escolas de Vouzela e Sequeira & Sequeira.


JUDO | DESPORTO 25

Jornal do Centro 07| março | 2013

Judo

“Estamos convictos que se tratou de uma “falha” O projeto de requalificação do Pavilhão Municipal de Fontelo não contempla a sede do Judo Clube de Viseu (JCV), que funcionou no complexo durante 26 anos. A intervenção arrancou este mês. A omissão do espaço para a modalidade com as medidas necessária está a preocupar a direção do Judo, mas o presidente, António Sousa espera tratar-se de “uma falha” do projeto da respons abi l id ade d a aut a rquia que pode ainda ser corrigida. “O dr. Guilherme Almeid a , [vere ador do Despor to da Câ m ara de V i se u] con f i rmou que não havia espaço. Mas havendo boa vontade, e acredito que haja, vão corrigir isso. Se tivessem conversado connosco… mas nós não sabíamos absolutamente

nada, apenas em janeiro recebemos uma carta a dizer que quem estivesse a utilizar o pavilhão tinha que sair”, adiantou António Sousa. O assunto foi levado à última reunião da Assembleia Municipal de Viseu pela mão da bancada do Partido Socialista. O deputado, Gonçalo Ginestal lembrou que “o Judo tem tido grande importância para a cidade, com grandes resultados” alertando para a necessidade de rever o projeto. “O Judo de Viseu não ficará sem instalações, daremos resposta”, respondeu o presidente da Câmara, Fernando Ruas ao lembrar que no pavilhão treinavam outras modalidades que também tiveram de sair. Com o complexo em obras, o Judo Clube de Viseu mudou-se esta se-

Emília Amaral

Requalificação ∑ Projeto de recuperação do Pavilhão do Fontelo esquece espaço próprio para a sede do Judo Clube de Viseu

AO Judo funcionou no complexo 26 anos.Ali treinavam ainda outros clubes mana para umas instalações provisórias cedidas pelo clube O Repesenses. António Sousa referiu que o espaço “serve para os treinos, mas não é suficiente” para os 72 tapetes necessários à atividade do clube. O próprio Repesenses treinava

na sede do Judo no Fontelo assim como o Dínamo Clube Estação. Perante a mudança de instalações o JCV viu-se obrigado a “cancelar os projetos de formação” programados para este ano por falta de instalações e espera agora

que a autarquia “reveja” o lapso do projeto do Fontelo. “Passámos uma mensagem de serenidade, aos pais porque estavam muito preocupados, de que tudo ia correr tudo bem e quando reabrisse o espaço que

nos foi retirado iriamos encontrar uma sala de judo em condições para a mod a l id ade . E stou convencido que o presidente da Câmara está recetivo a resolver-nos o problema”, concluiu o presidente do JCV. Inserido na zona norte, o JCV tem 324 atletas federados em 2012 que passam pela sede para treinar. A requalif icação do Pavilhão Desportivo do Fontelo (1969), adjudicada por um monta nte super ior a u m m i l hão de eu ros, vem concluir o projeto global de requalificação de todo o complexo desportivo, previsto no plano de recuperação concretizado pela Câmara Municipal de Viseu ao longo dos últimos anos. Emília Amaral


26 DESPORTO | MODALIDADES

Jornal do Centro 07 | março | 2013

Hóquei

O Hóquei Clube de Viseu empatou na primeira jornada a contar para a Taça de Aveiro/Coimbra, no escalão dos juvenis. A equipa viseense recebeu o ACR do Pessegueiro e não foi além de um empate por 3-3, um jogo caracterizado por um ritmo intenso e com elevado grau de atitude por parte dos jogadores. As equipas demonstraram vontade de vencer e lutaram até ao fim para consegui-lo. Uma primeira parte que solicitou a organização tática e técnica da equipa da casa que rapidamente levou vantagem em todos os aspetos, sobre o adversário. Viseu impôs o seu ritmo e ao intervalo o contador marcava 2 para Viseu e 1 para o ACR de Pessegueiro. O primeiro golo do HCV resultou de uma jogada

DR

Viseu empata na 1ª jornada da Taça de Aveiro/Coimbra

conjunta entre João Silva e Cédric Brault. Este aguardando a receção de bola, junto ao segundo poste, remata e concretiza. O segundo golo é resultado de uma jogada individual de João Marcelino que após a condução de bola e já quase sem ângulo, não hesita e aumenta o marcador. Na segunda parte o ritmo e a intensidade do jogo aumentaram proporcionando execuções rápidas. A equipa viseense esteve a altura na execução das jogadas coletivas e individuais mas na hora de marcar,

os falhanços foram muitos. Um livre direto assinalado a favor de Viseu levou a João Silva a ser o responsável pela sua marcação mas não consegui concretizar. O Pessegueiro aumenta o seu marcador chegando ao empate e logo de seguida consegue o terceiro, ficando em vantagem. A poucos segundos do final da partida, na décima falta, foi dada a oportunidade última a Viseu para mudar o resultado, por isso, o atleta viseense não podia falhar. João Silva executou, marcou e não falhou.

Ciclismo

Corredores de Mórtagua no estágio da Seleção Nacional Decorreu de 26 de fevereiro a 3 de março o primeiro estágio da Selecção Nacional, referente à época de ciclismo de estrada e dirigido às categorias de Sub-23 e de Juniores. De entre os Publicidade

22 corredores, oriundos de equipas do norte e sul do país e também de Itália, quatro atletas pertencem à equipa ANICOLOR de Mortágua. Da n iel Freitas e João Leal (sub-23) e Gaspar

Gonçalves e Xavier Silva (categoria Júnior), foram escolhidos pelo selecionador José Pereira para participarem no estágio que decorreu no Centro de Alto Rendimento de Anadia. MC

Oitava edição dos Jogos Desportivos de Lamego espera mais de 800 atletas Mais de 800 atletas e 12 modalidades vão marcar presença na oitava edição dos Jogos Desportivos do município de Lamego. Organizados em conjunto pela Câmara Municipal e pela empresa Lamego ConVida, os Jogos Desportivos, conta m a inda com o apoio de várias associações e clubes da região. E st a i n ici at iva é o maior evento desport ivo do concel ho de La mego e visa “pro mover a prática desportiva entre os lamecenses e dinamizar os cidadãos para que assumam um papel ativo no processo de sensibilização e estimulo à prática desportiva ao longo da vida”, refere a organizaão em comunicado. A oitava edição, que decorre entre os meses de março e junho, traz uma novidade, este ano

o leque de modalidades disputadas por atletas com mais de 17 anos de idade é mais alargado. Esperam-se mais de 800 atletas, jovens e menos jovens, 12 mod a l id ades (a ndebol , btt, natação, boccia, ténis de mesa, corrida de orientação, jogos tradicionais, minigolfe, voleibol, atletismo, futebol 7 e futebol 5) e o objetivo de todos darem o seu melhor e superarem os rivais nesta histórica competição. A cerimónia de encerra mento, “v iv ida sempre com g ra nde entusiasmo por largas centenas de pessoas”, está marcada para 21 de junho, no Parque Isidoro Guedes. No ano passado, este evento mobilizou a participação de 834 atletas amadores, em representação de 43 coletividades. Francisco Lopes, presidente da auta r-

quia, rea lçou “o emp en ho at ivo d a s a s s o c i a ç õ e s lo c a i s n a d i n a m i z ação do de senvolv i mento de sportivo do concel ho e acredita que esta festa do desporto entrou agora numa fase de “estabilização” em relação ao número de modalidades em prova e em relação à adesão de participantes”, refere o comunicado. As inscrições já se encontram abertas e o calendário completo dos Jogos Desportivos, o regulamento e as respetivas fichas de inscrição estão disponíveis em cm-lamego.pt e lamegoconvida.com. As fichas de inscrição podem ser entregues na sede da La mego Convida, EEM (Quinta de S. Gens), no Pavilhão Álvaro Magalhães e no Complexo Municipal de Piscinas. Micaela Costa


Jornal do Centro

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07| março | 2013

em foco “Venha casar nonnosco, na Pousada de Viseu”

Paulo Neto

Numa cidade como Viseu, pautada pela inovação e dinamismo empresarial, não poderia faltar um evento dedicado aos noivos; tendo isto em conta, vários empresários juntaram-se nesta organização, dando a conhecer um cenário magnífico como a Pousada de Viseu, conceitos diferenciados pela qualidade, originalidade de serviços e produtos que oferecem. Claramente marcado pelo empreendedorismo, ao longo destas seis semanas de preparação, juntámos aos tecidos da Castelo Atelier o bem-estar da House Moments, a imagem da Fotoviseense, os aromas de sais e sabões da Essências de Vanguarda, as joias da Ourivesaria Pereirinha, os penteados do José António e a maquilhagem da Prima Donna, as flores da Pink House e o toque de bom gosto de design da DesigM... a ideia foi tomando forma e, num espaço lindíssimo, não poderia faltar um excelente exemplar da Caetano Baviera, um guloso bolo feito pela Nascer do Sol, um brinde da Cave Lusa, uma escapadinha da FR Travel, o som e animação da Animus, a organização de eventos da Guida e a remodelação de espaços da Guache. Dedicado especificamente aos noivos, que largamente nos visitaram ao longo do fim de semana, o evento foi um sucesso, quer para os parceiros, quer para os visitantes. Maria do Céu

UDACA e Bar Morrison promovem noites vínicas A UDACA, em parceria com o Bar Morrison, na Sé de Viseu, organizou uma Prova de Vinhos do Dão. Para alem dos vinhos UDACA, estiveram à prova vinhos da Adega de Penalva do Castelo, Adega da Corga e Adega de Silgueiros. Mensalmente, a UDACA em parceria com o Bar Morrison vai promover estas iniciativas incentivando o consumo moderado de Vinhos da Região do Dão em bares e locais de diversão noturna. Com estas noites vínicas no Bar Morrison, pretende-se promover não só os Vinhos da UDACA mas também de diversos produtores da região, deixando assim evidente a riqueza e diversidade dos Vinhos da Região do Dão.


D Exposição em Oliveira de Frades

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culturas expos

useu Municipal de Oliveira de Frad Até 31 de março de 20 rada gratuita

Arcas da memória

Destaque

Mamposteiros de ontem e de hoje Os Mamposteiros e pedintes do pão pedirão esmola pela cidade todos os Domingos, cada um pelas ruas da sua repartição, e o pão cozido e o dinheiro que tirarem entregarão na Casa da Misericórdia ao Mordomo da Capela. E no tempo das eiras pedirão pelas aldeias pão em grão.

A Sónia Barbosa, encenadora

Até dia 31 de março Exposição de desenho “Aldeia Estúpida”, de Luís Belo. Até dia 31 de março Exposição de artesanato “Artesanato Sobral”, de Regina e Acácio Sobral. Até dia 31 de março Exposição de pintura “Verso e Reverso 2”, de Irene Decorações. VISEU ∑ FNAC Até dia 1 de abril Exposição de fotografia “Arrefeceu a Cor Dos Teus Cabelos”, de Lara Jacinto. TONDELA ∑ Mercado Velho Até dia 28 de março XI Exposição coletiva de arte popular do concelho de Tondela.

“Um Sonho” – terceiro “rebento” do Projeto OFF Grupo de teatro amador ∑ Em Oliveira de Frades, dia 16

Sessões diárias às 21h20, 00h15* Guia para um final feliz (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h40, 17h55, 21h10, 00h05* Aguenta-te aos 40! (M12) (Digital)

Eis o texto com que se inicia o capítulo XX do “Compromisso” da Misericórdia de Viseu aprovado, para se cumprir, no ano de 1624, reinava Filipe II, de Espanha, em Portugal. E a mesma redacção se lhe dava em 1891 quando a Misericórdia o reeditava na Tipografia Viseense. Os séculos corriam e muita gente continuava sem pão. Parece sina. E eu não sei como duvidar dela, a crer nas palavras de Cristo no Evangelho de Mateus, 26, 11 – Tereis sempre pobres entre vós…, a crer na lentidão da construção de um Estado Social, quer dizer, de uma República em que os preceitos da Igualdade tida por sua essência tenham cumprimento, a descrer de um Estado Social de que agora se desmantelam paredes já erguidas. E eis que por aí continuam, como há trezentos anos, os mamposteiros, que agora não designamos assim e os pedintes de pão, que os há de toda a ordem e feitio. Alguns associam-se a instituições laicas ou de religioso matriz, supletivas de uma missão do Estado

O Projeto OFF, grupo de teatro constituído por atores amadores, nasceu em 2009 com o espetáculo “Estilhaços”, a partir de Anton Tchekhov. Em 2011, surgiu com “Os malandros”, de Bertolt Brecht, até que no início do ano, sobre o pressuposto de trabalhar sobre os grandes autores do teatro mundial, apostaram em “Sonho duma noite de verão”. “Queremos dar a conhecer grandes obras literárias a todos os públicos”, referiu Sónia Barbosa, encenadora profissional

do grupo. “Um Sonho” é uma adaptação do texto “Sonho duma Noite de Verão” de William Shakespeare. Segundo a encenadora, trata-se de “um espetáculo de atmosferas mágicas e envolventes. Num cenário despojado e sugestivo onde impera a expressividade e a criatividade dos intérpretes. Uma comédia de enganos e desenganos amorosos e de cómicos teatrantes que montam uma peça”. É o mundo dos sonhos, das festas pagãs do solstício de verão em que

a loucura dos sentidos e o poder da natureza são libertados e atiçados, tal como um cavalo selvagem que se vê sem rédeas numa noite de lua cheia. Um espetáculo para todos, para rir, sorrir e emocionar-se, envolvidos pelas atmosferas poéticas da cena e pelas inesquecíveis palavras do “bardo”. “Um Sonho” sobe ao palco do Cine Teatro de Oliveira de Frades, no próximo dia 16.

Sessões diárias às 14h00, 17h25, 20h50 (exc. 6º e sáb.), 22h00* Django Libertado (M16) (Digital)

16h15, 19h00, 21h40, 00h30* Argo (M12) (Digital)

dia para morrer (M12) (Digital)

Criaturas maravilhosas (M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h45, 21h30, 00h25* OZ: O grande poderoso (CB) (Digital)

PALÁCIO DO GELO

Sessões diárias às 13h30, 16h25, 21h15, 00h10* OZ: O grande poderoso (CB) (Digital 3D)

Sessões diárias às 21h10, 23h55* Quarta divisão (M16Q) (Digital)

Sessões diárias às 11h10* (*Dom.), 14h00, 16h15, 18h40 A bicharada contra ataca VP (M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 16h40, 19h20, 21h50, 00h30* O último desafio (CB) (Digital)

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h20, 15h25, 17h30, 19h35 Zarafa VP (M6) (Digital)

07 | março | 2013

O Museu Municipal de Oliveira de Frades recebe a exposição “03 - Arquitetos em Exposição. Projetos que ficaram (ainda) no papel”, do Núcleo de Arquitetos da Região de Viseu, até ao final do mês de março.

VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 31 de março Exposição de escultura “Coisas da Natureza”, de Adelino Cunha.

Jornal do Centro

Sessões diárias às 14h20, 17h40, 21h00, 00h10* Lincoln (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h30,

Sessões diárias às 13h50, 16h10, 18h30, 21h30, 23h45* Tudo por um bebé (Digital) Sessões diárias às 14h30, 17h00, 19h30, 22h00, 00h20* Die Hard: Nunca é bom

Tiago Virgílio Pereira

Sessões diárias às 14h00, 16h50, 21h20, 00h15*

Legenda: *sexta e sábado

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

que nunca mais se reinventa como a utopia que desejamos, a de Joaquim de Flora, por exemplo, mil anos que passam e mais longe ficamos, parece, da ambicionada perfeição adâmica do tempo original. A cada hora nos estendem a mão à porta de uma igreja, à entrada da Casa da Sorte, na escadaria dos Correios ou do Banco onde subimos, à boca de um Café, ajoelham na Rua Formosa, mostram chagas antigas na Rua Direita ou numa Rua da Feira Semanal. Isto para falar apenas da terra onde vivo. Às vezes toca o telefone. É da Casa das Sopas ou de outra casa qualquer numa geografia mais distante. Às vezes há uma guitarra que toca, um chapéu ou, por bandeja, a capa dela. Pouco resolve a pobreza da esmola que deixamos cair no cesto do supermercado, na bolsa de um peditório feito à porta da igreja ou na praça pública, pouco resolve a pobreza das esmolas que só alguns de nós deixam cair. Nada se resolve enquanto a República, tornada Estado social, não encontrar idênticos padrões de dignidade para todos e cada um de quantos a conformam.

Estreia da semana

Tudo por um bebé – Tessa tem 17 anos e uma paixão pela vida. Quando lhe é diagnosticada uma doença terminal, Tessa decide utilizar cada momento da sua vida. Com a ajuda da sua amiga Zoey, cria uma lista daquilo que uma adolescente normal devia experimentar, incluindo perder a virgindade e tomar drogas, e começa a pô-la em prática.


Jornal do Centro 07| março | 2013

culturas Variedades

D Cinema em Sátão

“Sammy 2” é a proposta do Cineteatro Municipal de Sátão para sábado, dia 9, a partir das 21h00. O custo da entrada para o filme infantil é de 2,50 euros.

O som e a fúria

Destaque

Abertas inscrições para “Mini Festival da Canção” Estão abertas as inscrições para o segundo “Mini Festival da Canção”, promovido pela Biblioteca Municipal de Vouzela. A iniciativa destina-se a crianças até aos 11 anos de idade, sendo que os interessados poderão inscrever-se na Biblioteca Municipal ou na sala Faz de Conta. O Festival da Canção irá decorrer no dia 24 de março, pelas 15h00, no Cine-teatro joão Ribeiro, em Vouzela. As inscrição terminam no dia 15 de março.

“Raso como o Chão” no Viriato Ana Deus (uma das forças criativas dos Três Tristes Tigres e Osso Vaidoso) e João Sousa Cardoso (artista plástico que trabalha no cruzamento da estética com as ciências sociais) desviam para o palco “Raso como o Chão” (1977), um dos seus textos mais intensos. Um espetáculo para uma cantora e um conferencista, encarnados nos corpos e nas vozes destes cultores de um teatro desalinhado, autodidata, urgente. A peça sobe ao palco do Teatro Viriato, em Viseu, no sábado, dia 9, a partir das 21h30. O preço do bilhete é de 7, 50 euros.

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Um problema de conhecimento Maria da Graça Canto Moniz

“Festival de Clarinetes do Dão” pela primeira vez em Carregal do Sal Dias 15,16 e 17 ∑ Espetáculos e workhops para público em geral e amantes de clarinete em particular Os concertos do quarto “Festival de Clarintes do Dão” vão acontecer também, e pela primeira vez, na Casa da Cultura de Carregal do Sal, para além dos espetáculos na Casa da Cultura de Santa Comba Dão, como tem sido habitual em edições transatas. É esta a grande novidade de um festival de excelência de clarinetes, que vai decorrer nos dias 15, 16 e 17 de março. Masterclasses de clarinete, palestras, tertúlias e workshops vão reunir músicos profissionais, professores, alunos do Conser-

vatório, estudantes de outros Conservatórios, de Escolas Profissionais e de diferentes Universidades com curso de Música. A O rque st ra Fi l a rmonia das Beiras, uma das mais conceituadas do país, com o maestro Luís Carvalho e o solista Justo Sanz, abre o festival, na Casa da Cultura de Carregal do Sal, sexta feira, pelas 21h30. No sábado, à mesma hora, a Orquestra Filarmónica das Beiras atua na Casa da Cultura de Santa Comba Dão, com a solista Marie Barrière, da

Orchestre Philharmonique de Monte-Carlo, Mónaco. A Orquestra de Clarinetes do Minho, com o maestro Vítor Matos, atuará no último dia, pelas 18h00, em Santa Comba Dão. O preço do bilhete dos espetáculos é de 1 euro. O festival de ensino musical e de actividades culturais de relevo no panorama nacional e internacional é promovido pela classe de clarinetes do Conservatório de Música e Artes do Dão (CMAD). Tiago Virgílio Pereira

O debate sobre a União Europeia (UE) tem sido travado segundo uma perspectiva quase exclusivamente económica. Mas, além da crise económica há uma crise que, além de política, é sobretudo social. E, quando digo social quero referir-me mesmo à sociedade. Enfim, é o famoso défice democrático da integração económica e política da União Europeia. I.é., ao longo desse processo de integração a sociedade europeia foi quase que suprimida, esquecida, não consultada. O cidadão não participou o que levanta, desde logo, um problema de legitimidade institucional dessa “coisa” a que chamam UE. É um bicho único, até os juristas concordam quando discordam acerca da natureza jurídica da UE. É essa perspectiva, a do indivíduo, a de baixo, do cidadão, que é muito importante porque só quando as pessoas entenderem a Europa como um projeto seu, quando estiverem numa posição que lhes permita compreender os cidadãos dos outros países europeus, ver o mundo com os olhos dos outros e ter esta visão cosmopolita é que fará sentido falar de uma democracia europeia. E é também nessa perspectiva que está o problema social: aquilo que Ulrich Beck chama de “analfabetismo cosmopolita da Europa”. É um problema

de conhecimento, de informação. Será que todo o cidadão português sabe (e quer saber) que é um cidadão europeu? A mim, parece-me que este cidadão sabe pouco daquilo que se passa na União Europeia: “crise bancária, financeira”; “europa em crise”; “eurobonds”; “BCE”; “Monti, Draghi”… Todos os dias palavreado diferente - ou será o mesmo? O que significa “bancarrota estatal”? Ou melhor, para mim, o que significa? Se a Grécia for à falência, para mim, cidadão português, o que significa isso? Com tantos meios de informação à nossa volta é de espantar que isto se verifique mas é um exemplo de como a quantidade (de informação) não equivale à qualidade (da formação). Num livrinho muito curtinho (A Europa Alemã. De Maquiavel a «Merkievel»: estratégias de poder na crise do euro, Edições 79, 2013), que aconselho a leitura para quem estiver para aí virado, Ulrich Beck atribui a responsabilidade deste desconhecimento à dinâmica das sociedades atuais, àquilo que chama sociedade de risco que seria, segundo Beck, uma sociedade de possibilidades. Os mercados financeiros podem eventualmente sofrer um colapso, as centrais nucleares podem eventualmente sofrer uma avaria. Como escreve Beck, “o condicional em estado permanente”.

Variedades

Os Rapariga Eléctrica apresentam-se em Viseu O s R apa r i g a E lé c trica, nova banda nacional, reúne músicos de Celorico de Basto e Matosinhos que têm discos comuns nas prateleiras - Beatles, Rolling Stones, Bob Dylan, Jimi Hendrix, Oasis. Acabam

de lançar o seu primeiro E.P., que se intitula “Rapariga Eléctrica”. O grupo tem percorrido o país numa digressão de promoção ao seu primeiro registo discográfico. A banda chega a Viseu amanhã, dia 8, e

vai atuar no Estudantino Café, junto ao Instituto Politécnico. Os Rapariga Eléctrica são conhecidos pela sua interação com o público e energia contagiante, conseguindo não deixar ninguém indiferente. TVP

“Drácula” no Ribeiro Conceição Para a criação da peça Drácula, além de se inspirarem na obra literária de Bram Stoker, os coreógrafos Cláudia Martins e Rafael Carriço beberam noutras fontes. A essência desse ser malévolo e de muitas outras personagens é transpos-

ta para a contemporaneidade, explorando-se os vários contextos e as várias formas. O espetáculo de dança chega ao Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, no sábado, pelas 21h30. O preço do bilhete fixa-se nos 10 euros.


Jornal do Centro

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07 | março | 2013

saúde e bem-estar Instituto Português do Sangue realiza colheitas no distrito

Câmara de Nelas abre gabinete do pé diabético

Março∑ Unidades móveis vão passar por escolas, quarteis de bombeiros e empresas O Instituto Português do Sangue (IPS) vai promover várias recolhas de sangue durante este mês de março, no distrito de Viseu. A iniciativa tem agendadas 12 recolhas em escolas, e outras instituições. A primeira realiza-se amanhã, dia 8, na Escola Superior Agrária de Viseu, entre as 9h30 e as 18h00, onde estará uma unidade móvel para receber os dadores. Em Ma ng ua lde decorre uma recolha, no dom i ngo, dia 10, en-

tre as 9h00 e as 13h00, no salão paroquial de Mang ualde, largo da Misericórdia. A Escola Secundária de Carregal do Sal recebe uma ação de recolha de sangue do IPS na segunda-feira, dia 11, entre as 9h30 e as 13hoo. Dia 12 de março é a vez da Escola Superior de Educação de Viseu. Entre as 9h00 e as 13h00 estará uma unidade móvel nas instalações da Rua Maximiano Aragão. Nesse mesmo dia, entre as 9h00 e as 18h00 have-

rá ainda uma ação de recolha na Escola Superior Tecnologia de Viseu, Campus Politécnico de Repeses. O IPS agendou uma ação de recolha de sangue para a Escola Básica e Secundária de Penalva do Castelo, no dia 14. No dia 15 é a vez da empresa Brintons – Indústria de Alcatifas (Campia/ Vouzela) abrir as portas à unidade móvel do IPS, entre as 9h00 e as 13h00. Para o dia 17 está agendada uma recolha nos Bombeiros Volun-

tários de Santa Cruz da Trapa, entre as 9h00 e as 12h30. Dia 18 no Salão Paroquial de Tondela, entre as 9h00 e as 13h00 e dia 20 em Penedono (Bombeiros Voluntários) e em Vouzela (Salão dos Bombeiros Voluntários), entre as 9h00 e as 13h00. A iniciativa do IPS no distrito termina no centro comercial Forum de Viseu, dia 28 de março, das 9h00 e às 18h00. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

A Câmara Municipal de Nelas abriu ao público um gabinete do pé diabético no âmbito do Projeto “Actividade Física na População com a Diabetes”. Este novo serviço personalizado à população diabética do concelho está a funcionar no edifício Multiusos, com atendimento efetuado por

uma enfermeira, às segundas e quartas-feiras à tarde, por marcação prévia. A medida surge no “seguimento da política social desenvolvida pela Câmara Municipal, prestada através de um serviço de proximidade” a este grupo de doentes, justifica a a autarquia em comunicado enviado à imprensa. Da acordo com a mesma nota, o objetivo do projeto é “ajudar a diminuir as complicações da diabetes, nomeadamente as amputações, proporcionando melhor qualidade de vida e bem-estar” aos doentes. EA


Jornal do Centro

SAÚDE 31

07| março | 2013

PSICOSOMA GARANTE CONGRESSO DE NEUROCIÊNCIAS EM 2013 A PsicoSoma volta a realizar este ano em Viseu o VIII Congresso de Neurociências & Educação Especial PsicoSoma, nos dias 18 e 19 de Maio. O tema central do evento prende-se com os projetos inovadores na áreas das neurociências e educação especial, bem como a apresentação de ferramentas de intervenção de referência. De acordo com a PsicoSoma “o evento continua com o objectivo de apoiar novas projeções e edições técnicas na área da educação especial, sugerindo por isso novos nomes na região, querendo mostrar novas abordagens” das temáticas em causa. EA

PROJETO “EM FORMA” AVALIA CAPACIDADE FÍSICA DOS CAMINHANTES DE LAMEGO O Centro Municipal de Marcha e Corrida de Lamego lançou o projeto “Em Forma” que, através de uma rigorosa monitorização semanal, procura quantificar os efeitos das caminhadas na saúde das pessoas. Na prática, o Centro realiza duas caminhadas semanais através das quais controla a distância e a intensidade aplicadas para, deste modo, verificar as consequências na melhoria da sua capacidade física. No final, o grupo efetua diversos exercícios de reforço muscular e de relaxamento.

Sátão incentiva à prática desportiva com ações de rua A Câmara Municipal de Sátão, com a colaboração do Centro de Saúde local promove no domingo, dia 10, a iniciativa “Desporto e Saúde”. Com estas ações a autarquia pretende incentivar cada vez mais as pessoas para a prática desportiva e “convencê-las dos seus benefícios para a saúde e bem-estar físico e psíquico”, adianta em comunicado. A partir das 9h00, o Largo de S. Bernardo, vai estar preparado para receber os participantes com diversas sugestões: uma caminhada com um percurso de cerca de seis quilómetros (dificuldade baixa/média), uma aula de grupo ao ar livre e um rastreio da obesidade com a avaliação da tensão arterial, glicémia e índice de massa corporal, por parte de técnicos especializados da Unidade Móvel de Saúde. O Município revela que pretende também “incenti-

var as pessoas para a prática de desporto ao ar livre”, anunciando que, durante o ano, vão decorrer “iniciativas totalmente gratuitas para que as pessoas façam do seu coração uma prioridade”. Para mais informações, os interessados devem contactar o Gabinete de Desporto do Município de Sátão através do número de telefone 232980800 ou pelo correio eletrónico desporto@cm-satao.pt. EA

Lamego vai ter hospital privado

O edifício onde funcionou o antigo hospital de Lamego vai ser reabilitado e ampliado para acolher um hospital privado, um projeto de iniciativa local que envolve um investimento de oito mi-

lhões de euros. O futuro Hospital Douro SA ocupará o edifício que é propriedade da Santa Casa da Misericórdia. O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lamego, Manuel Teixeira,

especificou na apresentação do projeto que está prevista a criação de 36 camas de internamento, “adaptando para o efeito as enfermarias que existem”, e que o hospital ficará aberto durante a noite. Lusa


Jornal do Centro

32 SAÚDE & BEM-ESTAR

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Opinião

Em Portugal um em cada dez pessoas sofre de doença renal crónica No próximo dia 14 de Março a Sociedade Portuguesa de Nefrologia assinala o “Dia Mundial do Rim”, sob o tema “Rins para a Vida, pare a lesão renal aguda”. Esta iniciativa, em mais de 100 países em todo o mundo surgiu da necessidade de informação e sensibilização sobre a doença renal, devido à sua elevada prevalência e significativas morbilidade e mortalidade associadas. Os rins filtram os produtos tóxicos e o excesso de água da corrente sanguí-

nea, eliminando-os através da urina. Promovem também a regulação da pressão arterial, bem como a produção de hormonas que regulam o crescimento e metabolismo ósseo e a formação dos glóbulos vermelhos do sangue. As principais causas de doença renal crónica no adulto são a diabetes mellitus, a hipertensão arterial e as doenças glomerulares. Muitas vezes, a ausência de sintomas numa fase inicial da doença contribui para o

desconhecimento e atraso do diagnóstico e tratamento. A ausência de deteção da doença renal leva à perda progressiva da função renal, insuficiência renal e eventual necessidade de tratamento substitutivo renal. Por outro lado, os doentes renais crónicos apresentam maior prevalência de doenças cardiovasculares, incluindo doença coronária, insuficiência cardíaca, doença cerebrovascular e doença vascular periférica, sendo estas as principais

causas dos óbitos. Falamos em insuficiência renal quando a função dos rins se encontra muito deteriorada, o que pode ocorrer de forma aguda ou crónica: a insuficiência renal aguda pode ser provocada por desidratação grave, infeções sistémicas, tóxicos ou, ainda, lesões vasculares e frequentemente desenvolvese rapidamente. Na maioria dos casos, desaparece com a resolução da causa subjacente, apesar de poder acarretar sequelas impor-

tantes a longo prazo. Já a insuficiência renal crónica desenvolve-se (na sua forma mais usual) lentamente e, embora o tratamento diminua a probabilidade de progressão e complicações, os pacientes muitas vezes necessitam, numa fase mais avançada, de recorrer a diálise e/ou transplante. A avaliação regular da função renal é fácil, requer apenas uma análise de sangue e urina, e permite detetar se existe alguma anoma-

Fernanda Carvalho Vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia

lia. Se detetada precocemente, a doença renal crónica pode ser tratada e controlada, permitindo uma significativa redução das suas complicações. Promovendo a saúde do seu rim estará também a promover o melhor funcionamento do seu coração. Zele pelos seus rins e pelos daqueles que lhe são mais próximos.


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CLASSIFICADOS 33

07| março | 2013

EMPREGO

IMOBILIÁRIO

IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020 Outros operadores de máquinas de imprimir - Artes gráficas. Tarouca - Ref. 587820907 Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126

Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844

Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100

Serralheiro civil. Lamego - Ref. 587873168

Canalizador. Lamego - Ref. 587869103

Cozinheiro. Sernancelhe - Ref. 587877167

Canteiro. Lamego - Ref. 587823179

Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870

Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira - Ref. 587823653

Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222 Enfermeiro. São João da Pesqueira - Ref. 587875029 Condutor de máquina de escavação. Lamego - Ref. 587858819

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SUL Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt

Técnico de vendas Ref. 587930405 – São Pedro do Sul Para venda de espaços publicitários Com viatura Própria

Cozinheiro Ref. 587985925 – São Pedro do Sul. Com experiencia. Cortador de carnes verdes Ref. 587984445 – Castro Daire. Com experiencia.

Técnico de comunicações Ref. 587968105 – Castro Daire. Com carta de condução (preferencialmente, pesados - com CAM); disponibilidade para deslocações no estrangeiro (europa) e permanência

de 6 meses; experiência anterior relevante em empresas prestadores de serviço para operadores de telecomunicações fixas.

CENTRO DE EMPREGO DE TONDELA Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt

Trabalhador indiferenciado Ref. 587963305 – Tondela Com ou sem experiencia. Para trabalho sem serração de madeiras

Motorista de pesados -mercadorias Ref. 587963267 – Santa Comba Dão Com experiencia de pesado com grua.

Técnico de vendas Ref. 587886729 – Santa Comba Dão. Com ou sem experiencia, para venda porta-a-porta.

Eletromecânico de eletrodomésticos Ref. 587889139 – Tondela. Com experiencia em reparação de eletrodomésticos

Empregado de balcão Ref. 587973746 – Mortágua Boa capacidade de relacionamento com o público

Estucador Ref. 587883929 – Mortágua Com experiencia em gesso projetado.

Cortador de carnes verdes Ref. 587877191 – Tondela Com experiencia Cabeleireiro Ref. 587968585 – Tondela Com experiencia.

CENTRO DE EMPREGO DE VISEU Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt

Padeiro Ref. 587989945 - Tempo Completo - Viseu

Estucador Ref. 587941905 – Tempo Completo - Viseu

Empregado de Mesa Ref. 587966845 - Tempo Completo - Viseu

Empregado de Mesa Ref. 587973589 - Tempo Completo – Mangualde

Condutor Máquina Escavação Ref. 587968171 Tempo Completo - Mangualde

Cortador Carnes Verdes Ref. 587970646 - Tempo Completo - Viseu

Servente Florestal Ref. 587990085 - Tempo Completo – Viseu

Técnico Manutenção Informática Ref. 587968444 - Tempo Completo – Mangualde

- T1 Centro de Viseu, mobilado e equipado 275,00€ 967 826 082

- T3 Jtº ao Hospital na Quinta do Grilo – Mobilado e equipado 300,00€ 917 921 823

- T1 Mobilado e equipado com água incluído 220,00€. 232 425 755

- T3 Abraveses, varandas, marquise, cozinha semi equipada, com garagem fechada 250,00€ 969 090 018

- T1 dpx - jtº à Segurança Social, terraço com 50m2, ar condicionado 450,00€ 917 921 823 - T2 Junto ao Fórum boas áreas lareira com recuperador 300,00€. 232 425 755 - T2 St.º Estevão, mobilado e equipado, ar condicionado e garagem fechada 300,00€ 969 090 018 - T2 Mobilado e equipado Bairro Santa Eugenia 300,00€ 967 826 082

- Andar moradia T3 Santiago, boas áreas lareira, cozinha mobilada e equipada 350,00€ 969 090 018 - Andar moradia T4, cozinha mobilada e equipada e lareira 250,00€ 967 826 082

- T3 como novo, Junto à fonte cibernética, roupeiros, aquecimento e garagem 500,00€ 967 826 082

- Moradia, a 3 minutos, semi mobilada, garagem, churrasqueira, aquecimento 600,00€ 232 425 755

- T3 Gumirães, bem estimado, boas áreas, bons arrumos 275,00€ 232 425 755

- Moradia junto à cidade - mobilada e equipada, área descoberta, churrasqueira, garagem. 600,00€ 917 921 823

- Andar moradia T3 junto à Cidade, com lareira, cozinha equipada, 250,00€ 232 425 755

- Moradia – T3+2 Viso, garagem para 3 carros, lareira, cozinha equipada, jardim 600,00€ 969 090 018

“Lacha” Cadela para doação Idade: 14 meses Cor: Castanho Arraçada de Podengo

Vacinas em dia

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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

Cavalheiro, 44 anos, divorciado, a viver no estrangeiro, procura mulher até aos 40 anos para futuro compromisso.

INSTITUCIONAIS

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1ª Publicação

Telefone: 232 439 040 (Jornal do Centro - N.º 573 de 07.03.2013)


Jornal do Centro

34 CLASSIFICADOS

07 | março | 2013

NECROLOGIA Alfredo Pereira, 85 anos, casado. Natural e residente em Santa Maria dos Anjos da Silva Pinto Pereira, 69 anos, casada. NatuMargarida, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 28 de feve- ral de Lamego e residente em Repeses, Viseu. O funeral realizouse no dia 5 de março, pelas 17.00 horas, para o cemitério novo reiro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Castro Daire. de Repeses. Horácio de Freitas, 79 anos, casado. Natural de Ermida, Castro Daire e residente em Casal Bom, Reriz, Castro Daire. O funeral Zulmira Nunes Dias, 90 anos, solteira. Natural de Santos Evos e resirealizou-se no dia 2 de março, pelas 16.00 horas, para o cemi- dente em Pinheiro de Santos Evos, Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de março, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Santos Evos. tério de Reriz. Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238 José Augusto Almeida, 88 anos, casado. Natural e residente em Quinta dos Azinhais, Ínsuas, Reriz, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 26 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Reriz. Agência Morgado Castro Daire Tel. 232 107 358

Américo Alves Agente de Execução Cédula 3394

2ª Publicação

EXECUÇÃO PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA Processo Nº. 320/06.0TBMBR Execução Para Pagamento de Quantia Certa N/Referencia: P.I. n.º 160/06 Data: 25/02/2013 Exequente: Manuel Salgado & Irmão, Lda. e Outros Executado: António Manuel Costa Sobral

2ª Publicação

ANÚNCIO Nos autos acima identificados foi designado o dia 20 de Março de 2013 pelas 14H00, no Tribunal Judicial de Moimenta da Beira, para a abertura de propostas que sejam entregues até ao momento na Secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra dos seguintes bens imóveis:

Miguel Santos Rodrigues, 71 anos, casado. Natural de Espinho, Mangualde e residente em Cubos, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 3 de março, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

constituído por cultura, fruteiras e amendoeira, com 340m2, onde se encontra implantada uma construção urbana, mas que ainda não está licenciada. Confronta de Norte e Nascente com João do Carmo Costa; Sul e Poente com caminho. Inscrito na matriz sob o artigo 64º e descrito na Conservatória do Registo Predial de Penedono sob o n.º 1112. Valor base: € 105.000,00 (sendo o valor a anunciar de € 73.500,00).

Sabino Saraiva Bernardo, 65 anos, casado. Natural de Real, Penalva do Castelo e residente em Cubos, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 3 de março, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Real.

Verba 2: Prédio urbano sito no Lugar do Chão do Senhor, freguesia de Castainço, Penedono, constituído por uma casa de 2 pavimentos e terreno, com 163m2 cobertos e 877m2 descobertos. Confronta de Norte com bens do Casal, Sul com António Domingos Moreira, Nascente com Rua e Poente com bens da Fábrica da Igreja. Inscrito na matriz sob o artigo 351º e descrito sob o n.º 274.)

Maria Isilda Mendes Coimbra, 74 anos, viúva. Natural e residente em Abrunhosa-A-Velha, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 3 de março, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Abrunhosa-A-Velha.

Em relação às propostas, não serão aceites todas as que forem de valor inferior a 70% do valor base do bem em causa. Penhorados a António Manuel Costa Sobral, residente na Rua das Poças, Lugar do Souto, 3630401 Penedono. É fiel depositário António Manuel Costa Sobral, que os deverá mostrar a pedido. As propostas enviadas pelo correio deverão conter, sob cominação de não serem consideradas, fotocópia do bilhete de identidade e número de contribuinte do proponente e/ou seu legal representante, bem como telefone de contacto. Os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do solicitador de execução no montante correspondente a 20 % do valor base dos bens, ou garantia bancária no mesmo valor. Sendo a proponente pessoa colectiva, deverá a referida proposta ser acompanhada por documento onde se possa aferir, sem margem para dúvidas, que quem a representa tem poderes para o acto. Houve reclamação de créditos por parte da Caixa Geral de Depósitos, SA., e Instituto de Solidariedade e Segurança Social, IP e Gomesindo Pires.

Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652

Verba 1: Prédio rústico sito no Lugar de Quintal dos Poços, freguesia de Souto, Penedono,

Valor base: € 67.750,00€ (sendo o valor a anunciar de € 47.425,00).

Está pendente oposição à execução Está pendente oposição à penhora

José Henriques, 72 anos, casado. Natural de Souto de Lafões e residente em Ponte Fora, Pinheiro de Lafões, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 24 de fevereiro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Pinheiro de Lafões.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131

INSTITUCIONAIS

Rosalina de Jesus Correia, 88 anos, viúva. Natural de Fornos de Maceira Dão, Mangualde e residente em Guimarães de Tavares, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 28 de fevereiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Chãs de Tavares.

Carlos Cruz do Coito, 59 anos, casado. Natural e residente em Roda, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 6 de março, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

João Carlos Osório de Almeida Mateus, 78 anos, casado. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de março, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Sim Não O Agente de Execução, (Américo Alves)

(Jornal do Centro - N.º 573 de 07.03.2013)

Acélia Pereira Correia da Silva, 75 anos, casada. Natural e residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 24 de fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério local. 2ª Publicação

Maria Adelaide Rodrigues do Carmo, 77 anos, solteira. Natural e residente em Paços de Vilharigues, Vouzela. O funeral realizouse no dia 1 de março, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Paços de Vilharigues. Luís Pedro Ferreira Rodrigues dos Santos, 42 anos, casado. Natural e residente em Souto de Lafões, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 1 de março, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Souto de Lafões. Maria Adélia Oliveira Batista, 78 anos, viúva. Natural de Maceda, Ovar e residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 2 de março, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Oliveira de Frades. (Jornal do Centro - N.º 573 de 07.03.2013)

José Manuel Rodrigues Fernandes, 46 anos, casado. Natural de Oliveira de Frades e residente em Zurich, Suíça. O funeral realizou-se no dia 7 de março para o cemitério de Oliveira de Frades. Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 Esmeralda Mateus, 91 anos, casada. Natural e residente em Abraveses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de março, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Abraveses. Agência Funerária Abílio Viseu Tel. 232 437 542 Manuel do Nascimento Seixas, 87 anos, casado. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de março, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

(Jornal do Centro - N.º 573 de 07.03.2013)


Jornal do Centro 07| março | 2013

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FOTO DA SEMANA

HÁ UM ANO EDIÇÃO 520 | 9 DE MARÇO DE 2012 Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

DIRETOR

Paulo Neto

UM JORNAL COMPLETO

Semanário 9 a 15 de março de 2012

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pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 08 > À CONVERSA pág. 10 > REGIÃO pág. 16 > EDUCAÇÃO pág. 17 > SUPLEMENTO pág. 22 > ECONOMIA pág. 24 > DESPORTO pág. 27 > CULTURA pág. 30 > SAÚDE pág. 32 > CLASSIFICADOS pág. 33 > EMPREGO pág. 34 > NECROLOGIA pág. 35 > CLUBE DO LEITOR

Nuno André Ferreira

| Telefone: 232 437 461

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- 3500-680 Repeses - Viseu · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP

Ano 10 N.º 521

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico

redacao@jornaldocentro.pt

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www.jornaldocentro.pt |

“Defendo um modelo de desenvolvimento para o país onde o interior faça parte” do Partido Socialista, ∑ José António Seguro, secretário geral | páginas 6 e 7 em visita a quatro concelhos do distrito de Viseu

∑ “É normalal que os empresários se ressintam e fiquem indignados” (António José Seguro)

∑ “Eu quero subir de divisão” (Lima Pereira, treinador Paulo Neto

do AVFC)

O rio Pavia, junto à radial de Santiago, na sua teimosa estreiteza e duvidoso perfume, não deixa de proporcionar aos amantes da pesca desportiva o espaço para o exercício da arte, tendo como único óbice o facto de os peixes já virem temperados... (ver placa de “concessão de pesca desportiva”) Esta rúbrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redacao@jornaldocentro.pt Publicidade

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∑ Cinfães é o concelho com mais idosos isolados ∑ Guilherme Almeida é reeleito para o PSD Viseu ∑ Secundárias de Viseu ficam sem Novas Oportunidades

∑ ConstruçãoExpo em Sernancelhe ∑ Aos 82 anos Eunice Muñoz é sinónimo de classe ∑ Cambra e Alcofra sem médicos


tempo

JORNAL DO CENTRO 7 | MARÇO | 2013

Hoje, dia 7 de março, aguaceiros. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 10ºC. Amanhã, 8 de março, aguaceiros. Temperatura máxima de 11ºC e mínima de 5ºC. Sábado, 9 de março, chuva moderada. Temperatura máxima de 9ºC e mínima de 5ºC. Domingo, 10 de março, chuva moderada. Temperatura máxima de 9ºC e mínima de 5ºC. Segunda, 11 de março, chuva moderada. Temperatura máxima de 10ºC e mínima de 5ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

∑agenda

Olho de Gato

Quinta, 7

sábado, 9

S. João da Pesqueira ∑ Último fim de semana da Festa dos saberes e Sabores do Douro, no Salão de Exposições da vila. Este sábado destaque para o almoço regional, às 12h00. No domingo está marcado também um almoço regional, às 12h00 e o tradicional encontro de concertinas. Santa Comba Dão ∑O Cicloclube Pedais do Dão realiza um convívio de caráter desportivo, a partir das 8h30, junto ao Pavilhão Gimnodesportivo de Santa Comba Dão, com jogos tradicionais, caminhadas, passeios de bicicleta e muito mais. Publicidade

Ruas versus Marta Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

DR

Viseu ∑ Às quintas-feiras o Lugar do Capitão irá transformar-se num verdadeiro clube de Jazz com a iniciativa “Quintas ao Jazz”. O primeiro concerto realiza-se esta quintafeira à noite, com a estreia absoluta do colectivo Joaquim Rodrigues Funk Project.

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

A A autarquia pretende atrair gente ao concelho através dos produtos tradicionais

Vila Nova de Paiva apresenta a excelência do concelho Fumeiro∑ Feira anual decorre no Parque Urbano de Touro A Câmara de Vila Nova de Paiva em parceria com a ADDLAP realiza no domingo, dia 10 a II Feira do Fumeiro do Demo, no Parque Urbano de Touro. Com esta mostra, a autarquia pretende promover os produtos tradicionais do concelho para atrair gente àquela região das Terras do Demo. O fumeiro, beneficiado pelas caraterísticas da região, fria e geadeira, manteve ao longo dos tempos um peso significativo na economia de Vila Nova de Paiva, aliado à tra-

dição gastronómica. Atualmente ainda existe no concelho um conjunto de produtores particulares que continuam a explorar de forma artesanal os antigos afazeres da matança do porco, do cozer do pão e outros, garantindo a chamada “excelência” da produção do fumeiro. Nesta feira de domingo, com inauguração marcada para as 10h30, vai poder assistir-se a essa riqueza local, nomeadamente à desmancha do porco ao vivo, às 11h30, seguida de uma

prova do fumeiro e de um almoço convívio tradicional. A tarde vai ser preenchida com diversos espetáculos musicais, com destaque para o concerto da artista Rebeca, às 16h30. A Feira do Fumeiro do Demo apresenta-se com uma exposição/venda de produtos do fumeiro, com uma mostra de artesanato e com as tradicionais tasquinhas para provas da gastronomia local. Emília Amaral

1. Fernando Ruas, o presidente da câmara de Viseu, acaba de tornar vocal a guerra surda que vem travando com Carlos Marta, presidente da câmara de Tondela e da Comunidade Intermunicipal Dão-Lafões (CIDL). Para início de hostilidades, o dr. Ruas propôs que a CIDL se passe a chamar Comunidade Intermunicipal da Região de Viseu. Esta questão de nomes motivou um comunicado do bloco de esquerda de S. Pedro Sul, mas não interessou a mais ninguém. A seguir, o edil viseense lembrou, com razão, que a CIDL, que paga renda em Tondela, podia passar para o edifício que foi do governo civil. Mostrou cuidado com os dinheiros públicos. A mesma solução foi decidida em Coimbra para sediar a CI do Baixo Mondego. O autarca avisou ainda que «em Viseu, não há nenhuma comunidade intermunicipal que mande. Só o poderá fazer quando for eleita». Este é um assunto que merece a máxima atenção. O novo estatuto em preparação das comunidades intermunicipais, em vez de tirar competências à administração central, tira é competências às câmaras municipais, e quer criar mais uma camada de gordura no estado não legitimada nem escrutinável pelo voto. Não é só pelas resmas de prateleiras douradas bem pagas que se preparam para ex-dinossauros nas CIs, é, acima de tudo, pela defesa do poder local que se tem que combater e derrotar este projecto antidemocrático do doutor Relvas. Por fim, com uma inesperada candura, o dr. Ruas fez a seguinte confissão na última assembleia municipal: “apanharam-nos distraídos quando passaram a chamar Centro Hospitalar ‘Qualquer Coisa’-Viseu ao Hospital S. Teotónio”. Como é só uma questão de nomes, a gravidade desta distracção é relativa, mas ela mostre que o dr. Ruas anda desatento e fora de forma. Será por isso que há viseenses a quererem votar no dr. Marta e não há tondelenses a quererem votar no dr. Ruas?


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