Jornal do Centro - Ed559

Page 1

Publicidade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

21

UM JORNAL COMPLETO

Jornal do Centro

30 | novembro | 2012

especial

Vinhos

sentar-se à mesa Esta semana convidamo-lo a produzidos na nossa região para conhecer alguns vinhos

DIRETOR

Paulo Neto

pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA

Semanário 30 de novembro a 6 de dezembro de 2012

pág. 06 > ABERTURA

e antigas na nossa história O vinho é das bebidas mais na evolução económica e com grande preponderância Ao longo dos temsociocultural de várias civilizações. e ganho cada vez evoluído pos o papel do vinho tem fonte de nutrição, um ótimais importância. É uma da comida e do convívio, mo complemento cultural de vida saudável e, é compatível com um estio se aproxima a pasnuma altura em que o Natal para oferecer. sos largos, é uma ótima opção

pág. 10 > REGIÃO pág. 16 > EDUCAÇÃO pág. 18 > ECONOMIA Publicidade

pág. 24 > DESPORTO

requer alguns conheservimos e provamos o vinho A forma como guardamos, para qualquer uma descuidado na hora de partir cimentos e sobretudo algum que pareça um proalgumas dicas e truques para tas tarefas. Fique a conhecer fissional:

pág. 27 > CULTURA

vinho:

Guardar o da luz e de variações de ser um espaço amplo, protegido ∑ A garrafeira deve entre os 7ºC e os 13ºC); temperatura (que deve situar-se entre os 60% e os 75%; do ar deve rondar valores ∑ A humidade deve ar para que cheiros indesejáveis ter uma boa circulação de eliminados; ∑ A garrafeira a mofo) sejam rapidamente (como, por exemplo, o cheiro movido o menos posna garrafeira este deve ser na horizontal, para que o ∑ Após o vinho ser colocado as garrafas sejam colocadas sível e recomenda-se que não secar nem deixar encom a rolha e desta forma vinho não fique em contacto

Publicidade

trar ar; A

lhores garrafas

solo, pois essa é a devem estar mais perto do

Ano 11 N.º 559

pág. 21 > ESPECIAL

Dicas para se sentir um profissional

1,00 Euro

pág. 30 > EM FOCO

SEMANÁRIO DA

zona mais

pág. 31 > SAÚDE

Nesta N estta ed edição dição

pág. 33 > CLASSIFICADOS

Especial Vinhos

| Telefone: 232 437 461

REGIÃO DE VISEU

pág. 35 > CLUBE DO LEITOR

·

Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu ·

Novo acordo ortográfico

redacao@jornaldocentro.pt

Douro Sul: diferenciação é a aposta para o futuro

Micaela Costa

| páginas 6 a 9

30 NOVEMBRO E 1 DE DEZEMBRO

Publicidade

DIAS ADERENTE FNAC Campanha exclusiva para Aderentes Fnac, limitada ao stock ock existente. Exceto iPad, Kobo, Wii U (consola e jogos), Bilheteira, he eteira, Cartão Oferta Fnac, Serviços e Seguros. Nos Dias Aderente nte t não são atribuídos.

·

www.jornaldocentro.pt |


2

Jornal do Centro 30 | novembro | 2012

praçapública rA partir do momen- rEm Viseu fazem-se rQuando falamos do rA culpa dos resulta-

palavras

deles Opinião

Fernando Figueiredo as1400480@sapo.pt

to em que se extinguiram os governos civis deixou de fazer sentido falar-se em distritos”

as coisas com o coração e com a razão. É bom que se faça mistura”

mundo rural não faz sentido acabar com freguesias, o que é preciso é que esas freguesias tenham uma função moderna”

dos do CDS não serem muito positivos em termos autárquicos é da estrutura interna do partido”

Francisco Lopes

Fernando Ruas

Augusto Mateus

Hélder Amaral

Presidente da Cãmara Municipal de Lamego (Conferências do Douro Sul, 23 de novembro)

Presidente da Câmara Municipal de Viseu (Apresentação do projeto “Viseu na Palma da Mão”, 22 de novembro)

Economista, autor do projeto “Estratégia de Desenvolvimento para o Vale do Douro Sul”, em entrevista ao Jornal do Centro

Presidente da Comissão Política Distrital de Viseu do CDS/PP, no final da convenção autárquica do partido, em Tondela

Política do pilarete! Na falta de melhor assunto tinha desenhado para esta crónica de opinião revisitar o tema da má despesa pública municipal, tão caro no passado aos nossos eleitos da Praça da República e tão caríssimo no presente e futuro a todos os contribuintes. Os exemplos são tantos que dariam para outro livro da Bárbara Rosa e do Rui Marques que, sempre esquecendo Viseu, vão de trocos a milhões bastando para o efeito o leitor passar os olhos pelo Portal Base e fazer uma pesquisa em Entidades com o NIF 506697320. Desde o inovador pilarete de 5.700 euros para conforto de Fernando Ruas, aos 6000 euros das imprescindíveis agendas para anotação das datas de inauguração das obras sucessivamente adiadas, aos quase 25 mil euros por um estudo do Museu Municipal, situado algures em local bem escondido da cidade, ou ao dobro gasto todos os anos na festarola da Quinta da Malafaia, ou cinco vezes mais esturricados anualmente na operação e manutenção do funicular, etc, etc para chegarmos à cereja no cimo do bolo, quase um milhão de euros consumidos na promessa eleitoral do Centro de Artes e Espectáculos entretanto transformado num parque de estacionamento. Falar das razões porque é possível que tal aconteça ou tenha acontecido seria obrigar o leitor a reler do papel e do valor da oposição e isso é matéria mais que assimilada, na maioria das vezes inexistente e nas restantes ignorada. Mas águas passadas não movem moinhos e os viseenses perguntam-se sobre qual será o figurino dos candidatos em 2013, cenários esses que outrora neste mesmo jornal procurei configurar, mas como a política é a arte do possível e as variáveis mudam com celeridade o que é valido agora não o será no

Verão do próximo ano. Há porém, coisas que não mudam. Fernando Ruas não muda, nem na forma nem no conteúdo, e os sinais que deixa na imprensa apontam para a vontade férrea de se perpetuar no poder. Como só voltará em 2017 a votos até lá não resistirá à tentação de na Primavera de 2013 anunciar como seu candidato e do Partido por sua vontade o seu leal vice Américo Nunes. Este aliás já dá sinais de ter começado a campanha marcando terreno com a batalha do lixo mais preocupado em afastar os resíduos de Tondela que em reciclar Viseu. Percebe-se esta escolha pois na batalha da água já o vice se afogou e não será por aí que se descolará da imagem de Ruísmo, onde esteve sempre na fotografia. Américo, qual Cavaco, tenta passar a ideia de que não é nem nunca foi politico, curiosa mensagem para quem há mais de 20 anos dela vive. A sociedade mudou, o país mudou, a cidade mudou, mas politicamente o vice Nunes é mais do mesmo e nada de novo, no horizonte da cidade. Resta esperar que a concelhia jogue as suas cartas, que a distrital sufrague ou avoque outras escolhas ou que por outros desígnios o nacional imponha para a capital de distrito o nome de algum remodelável Secretário de Estado, ainda que nenhum seja congregador das vontades locais. Muitas são as possibilidades e o PSD local tem, reconheça-se, muito boas referências, mas estou convicto de que a resposta à pergunta de qual dos candidatos dá mais garantia de não pedir uma auditoria externa ao reinado de Ruas condicionará as escolhas. Atenção que quanto mais alinhada e frágil for a aposta maior será a janela de oportunidade dos adversários e abrirá a porta ao aparecimento de candidaturas de cidadãos independentes, porventura até re-

sultantes de rotura com os aparelhos partidários. No PS ninguém sai limpo dos dias de indecisão. José Junqueiro é o candidato de José Seguro, estando, com habilidade, a adiar a decisão final. O deputado joga com a hipótese de eleições legislativas antecipadas, ao mesmo tempo que procura garantir que Lúcia Silva fica sobre brasas. O prolongar deste impasse por mera teimosia das partes, pode culminar com a demissão da líder da concelhia, sabendo o experiente deputado que a derrota se estenderá a Miguel Ginestal que tem certamente estado por detrás desta falhada estratégia da concelhia para garantir interesses pessoais nas próximas listas de deputados. Junqueiro sabe que a ser derrotado na corrida à cadeira de Ruas, situação provável neste adormecido laranjal viseense, nunca o será pelos números da vergonhosa prestação do agora assessor de Seguro. Junqueiro conhece a capacidade do eleitorado, sabe do seu valor como politico, está consciente da expressão da sua retórica contra um candidato menor e não deixará de jogar o tudo ou nada em 2013 pela conquista da Praça da República e, sejamos pragmáticos, pelo PS Viseu, goste-se ou não do estilo, dos nomes falados até agora, Junqueiro sendo mais do mesmo, será nesta altura aquele que reúne melhores predicados para ser o candidato. Cálix, o ex-assessor do outro José de má memória, com a sua prestação assegurou capacidade negocial e o seu nome não poderá deixar de constar na lista candidata rosa. É certo que os estatutos permitem outras vias obrigando João Azevedo a ter que vir a terreiro desempatar o processo e a que se clarifiquem posições, sendo que maior será o desafio se Junqueiro recusar o palco e só uma nova cara poderá

fazer esquecer o semblante carregado dos eliminados. Nesta demorada gravidez onde ninguém parece querer ser o pai da criança existe o risco de amniorrexe prematura e a chegar ao fim será sempre um fórceps de alívio cujas dores vão ser sentidas ao longo da campanha. Hélder Amaral, pelo CDS, será porventura o último a afinar a máquina eleitoral. Ainda a braços com as últimas eleições nas concelhias, Viseu incluída, o CDS sabe que deste PSD Viseu, não partirá o convite para o namoro de uma coligação autárquica e ainda que por razões estratégicas tal se configurasse as ofertas seriam sempre menores e inegociáveis de modo que a escolha de um candidato próprio será decisão mais acertada e mais ajustada à mesma janela de oportunidade reclamada pela oposição socialista, desde que vestido com ideias frescas, perfumado com uma visão de futuro e personificada em rosto limpo ainda que porventura de tez mais escura. Em breve por certo as novidades deixarão de o ser e esta minha leitura que aqui vos traço a ficar decalcada na realidade deixa-me a sensação nítida que Viseu merecia mais. Em 2013 Viseu deveria poder decidir da escolha entre o autarca mais do mesmo, do betão, da rotunda, do emprego familiar, do interesse pessoal e o “homem novo” de Aquilino Ribeiro do anterior editorial, o autarca gestor, facilitador do investimento, da liderança de vontades, da noção do serviço público e da preocupação com o cidadão. Mas, tenho para mim que a maior preocupação dos previsíveis candidatos vai ser em conquistar o voto dos eleitores que lhe coloque na mão o comando do pilarete de Fernando Ruas do que em dar a mão a todos os viseenses na construção dos pilares de um futuro melhor.


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3

Jornal do Centro 30 | novembro | 2012

números

estrelas

286

É o número de novos postos de trabalho que o concelho de Tondela irá criar e que resultam do investimento privado de mais de 21 milhões de euros.

Hélder Amaral Presidente da Comissão Política Distrital do CDS/ PP Viseu

Conseguiu reunir na convenção autárquica, em Tondela, uma das reuniões de militantes mais participadas dos últimos anos.

Importa-se de responder?

O jornalista Paulo Ferreira, natural de Viseu, foi indigitado como novo diretor de informação da RTP.

As terceiras conferências do Douro Sul serviram para debater o presente, mas sobretudo o futuro do Douro. Apostar na inovação através da diferenciação, foi a ideia chave que saiu destas jornadas de reflexão.

O que realça das terceiras Conferências do Douro Sul Que a visão do Douro Sul tem que ser mais concentrada no desenvolvimento. Os diagnósticos estão feitos e o Douro tem potencialidades, o que falta fazer é operacionalizar os recursos. De referir também que esta região extravasa o âmbito territorial do Douro pois também ajuda a desenvolver a economia do país. Outra vantagem de registar é o facto de podermos ouvir um enquadramento do Douro na União Europeia.

Há uma estratégia para o desenvolvimento e isso é o mais importante a reter.

Marisabel Moutela

Licínio Anjos

Jurista

Designer de exposições

É a primeira vez que tenho a possibilidade de assistir às conferências. As intervenções foram formidáveis. É uma região rica e tal como disse Ricardo Magalhães, o Douro é mais que o vinho, é o património e o turismo, reconhecidos mundialmente e é exatamente isto que tem de ser explorado e melhorado. Temos que deixar de ser os coitadinhos. António Cabeço

Alcides Sarmento

Engenheiro Florestal

Presidente da Assembleia Municipal de Moimenta da Beira

Opinião

António Borges Presidente da Associação de Municípios do Vale do Douro Sul

Paulo Ferreira Jornalista

Há dois pontos a reter, em primeiro lugar o estudo e a apresentação das linhas estratégicas do professor Augusto Mateus, fundamentado e interessante sobre o próximo quadro comunitário. Em segundo, o facto de as conferências decorrerem numa altura em que se pretende alterar o enquadramento dos municípios e destacando a coragem do presidente de Lamego em ter questionado a arquitetura das organizações intermunicipais.

Voltar à terra

Em semana de discussão de orçamento comunitário, volta também a questão das ajudas à agricultura e como os jovens se devem posicionar neste ramo do sector económico. A imagem do agricultor sujo, mal formado, inculto e encravado numa qualquer serra, está completamente desajustada há já larMaria do Céu Sobral Geóloga gos anos. Felizmente o jovem empremariasobral@gmail.com sário agrícola tem-se demarcado em larga percentagem por exibir formação superior e visão empresarial ao nível da gestão. Infelizmente essa realidade ainda não é amplamente disseminada, o estereótipo da profissão de agricultor ser profissão de segunda é ainda muito vincado na sociedade, mas tem de-

finitivamente de mudar, para bem de todos nós e para bem da economia. Os recursos existem, as ajudas também, a necessidade é premente, deve crescer a vontade de empreender! Empreendedorismo é talvez a palavra de ordem, mas como? Como convencer um jovem de que existe apoio, de que não está sozinho e que vale a pena arriscar? A informação por parte do ministério da agricultura tem de ser obrigatoriamente amplificada, chegar concisa e directa a todos e em especial ao jovem desempregado, isolado em regiões desfavorecidas do interior, que tem dos pais ou avós terras nas quais possa pensar em desenvolver projectos abertos às novas

tecnologias e à modernização dos processos, tornando a actividade agrícola aliciante e compensadora. O PRODER disponibiliza medidas de apoio, com percentagens de financiamento bastante elevadas (até 60%) e com um prémio de 30 000 eur para a primeira instalação; a Caixa Agrícola tem por sua vez capacidade de financiamento e abertura para estes projectos; os Gabinetes Técnicos das Câmaras Municipais e as Direcções Regionais de Agricultura estão disponíveis para apoiar e personalizar a ajuda. O PRODER tem as soluções, não tem é remédio para o medo. Mas o medo é natural descendente de décadas de má gestão e distribuição dos

fundos comunitários, e agora vemos onde isso nos levou. É então altura de banir os problemas do passado, uma vez que já se errou também já se aprendeu, recuperemos o sector agrícola com vigor e com o apoio e condução que ele precisa. Nunca houve tanto jovem a voltar à sua terra de origem como hoje, nunca houve tanto jovem empenhado em desenvolver uma actividade agrícola em nome próprio, nunca houve tanto empenho nem tanta ferramenta disponível, por isso, com a ajuda das entidades competentes e de todos nós (que devemos comprar o mais nacional que possamos), esta pode ser uma aposta ganha.


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial Diretor Paulo Neto, C.P. n.º TE-261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

Redação (redaccao@jornaldocentro.pt)

Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Gil Peres, C.P. n.º 7571 gil.peres@jornaldocentro.pt

Tiago Virgílio Pereira, C.P. n.º 9596 tiago.virgilio@jornaldocentro.pt

Paulo Neto Departamento Comercial comercial@jornaldocentro.pt

Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt

Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt

Departamento Gráfico Marcos Rebelo marcos.rebelo@jornaldocentro.pt

Serviços Administrativos Sabina Figueiredo sabina.figueiredo@jornaldocentro.pt

Impressão GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA

Distribuição

Jornal do Centro 30 | novembro | 2012

Avocações & demissões Iniciou-se a maratona. Os partidos políticos atacam em todos os concelhos para as autárquicas de outubro 2013. Das 24 câmaras 15 são do PSD e nessas há 8 autarcas que não se podem recandidatar: Armamar, Carregal, Penalva do Castelo, S. João da Pesqueira, S. Pedro do Sul, Sernancelhe, Tondela, Viseu e Vouzela. Restam 9 câmaras do PS onde 4 autarcas já não vão à luta: Cinfães, Mortágua, Resende e Tarouca. À hora da escrita deste editorial, no início da semana, Mota Faria é taxativo ao afirmar que não há nenhuma decisão no distrito não se tendo nenhuma concelhia pronunciado sobre o assunto. Sabemos que não é verdade, mas a verdade dos políticos é um conceito que ultrapassa o senso comum. Hélder Amaral, que está coligado com o PSD em Lamego, Nelas e Penalva, com vereadores eleitos, afir-

mou na convenção Autárquica do fimde-semana passado, em Tondela, que apresentará os candidatos do CDS em Janeiro. Mais ligeiro está o PS pois dos 24 apenas lhe faltam 3 candidatos, sabendo-se que dois deles são os de Tondela e Viseu. E é nesta última cidade que um nagalho de tortuosa desenrodilhação se presentifica… As desavenças entre dois ex-amigos; uma não eleição para deputado da AR e a eleição de um outro deputado, arranjaram um folhetim de gosto duvidoso e de irreversíveis consequências para o PS local. Quando os homens-políticos-partidários (3 em 1!) colocam acima dos interesses coletivos a menoridade dos seus agravos, estão a transmitir a imagem da sua dimensão no cenário de intervenção local. A presidente da concelhia do PS aparenta ter-se deixado instrumen-

talizar. Da fama já não se livra. E se agora bradar que José Junqueiro é o candidato do PS à autarquia viseense, não consegue tal brado ouvir-se sobre as estentóricas palavras antes por aí proferidas: “Junqueiro? Só por cima do meu cadáver!” Por su a vez , Ju nquei ro, em consequência do “enxovalho”, só admite ser candidato perante dois cenários: a avocação do processo por parte do presidente da distrital, João Azevedo, ou a demissão “voluntária” de Lúcia Silva. Num caso, a impender o ónus da decisão sobre quem não foi nele visto nem achado. No outro, a ser uma plausível consequência de tanta tergiversação. Certo é que toda a gente sairá mal deste processo inquinado por um só ator e à distância… Lúcia Silva desautorizada e ao não dar o braço a torcer, está a criar um problema dentro do partido, que poucos perdo-

Vasp

Tiragem média 6.000 exemplares por edição

Sede e Redação Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C EP 3500-680 Repeses, Viseu Apartado 163 Telefone 232 437 461

Opinião

E-mail redaccao@jornaldocentro.pt

Internet www.jornaldocentro.pt

Propriedade O Centro–Produção e Edição de Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91 Título registado na ERC sob o nº 124 008 SHI SGPS SA

Sílvia Vermelho Politóloga

Gerência Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:

Associação Portuguesa de Imprensa

União Portuguesa da Imprensa Regional

Opinião

Um género de violência chamado violência de género Dia 25 de Novembro é o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres. A escolha deste dia leva-nos à história das irmãs Mirabal. Patria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como as Inolvidables Mariposas, são recordadas como uma inspiração pelo seu activismo contra a repressão da ditadura de Trujillo na República Dominicana, que as matou, em 1960, num “acidente”, enquanto eram levadas a visitar os maridos na prisão. Encontros feministas na América

Latina assinalavam frequentemente esta data como o dia contra a violência contra as mulheres. Assim, a ONU, seguindo o que já era feito por muitos países, como forma de tributo às irmãs Maribal, oficializou a data em 1999, em Assembleia Geral. A resolução 54/134 convidava os Governos e outras organizações idóneas a assinalar o dia através da organização de campanhas para a consciencialização da opinião pública para o problema da violência

contra as mulheres. É certo e sabido que a violência contra as mulheres é a componente mais visível da chamada violência de género. A própria UNESCO, em 1999, considerava ainda os seus conceitos como coincidentes, definindo qualquer acto de violência de género como o resultado de violência física, sexual ou psicológica exercida sobre as mulheres, quer este ocorresse em público ou na sua vida privada. Todavia, houve necessidade de

Irrefutável, até ver Questionava-me um amigo há algum tempo atrás: -Afinal, porque és monárquico? Respondi-lhe, devolvendo outra pergunta: -E tu, porque és republicano? Como deves estar alegre sabendo que professas um sistema político que se implantou começando com o assassinato do Rei e que depois deu abertura à mais completa anarquia, até ser tudo posto na ordem por um ditador que liderou um regime deitado abaixo por um golpe de estado para dar de comer a quem nos pôs na falência durante este regabofe de já, muito longos, 38 anos. É este, para mim, o cenário possível

de descortinar desde que “implantaram” a república neste país de e das bananas. E com o 25doA veio a suposta democracia. E com ela uma nova constituição dita democrática mas que não permite um regime que não seja a república. Nem um sistema que não seja o democrático. Nem pode haver partidos de direita. Enfim, o exemplo acabado do que não deve ser uma constituição plural e democrática. Uma aberração democrática defendida por gente que eu não entendo. Qualquer pateta, desde que tenha lábia e apoios/ sponsors, e um ou mais partidos a dar-lhe força, pode vir a ser presidente. Ninguém


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5

Jornal do Centro

arão, sendo-lhe sempre imputada a responsabilidade de qualquer eventual resultado menos bom. Esta teimosia tem a “dead line” a 31 de Dezembro. A partir daí estará tudo “escavacado” e Ginestal verá empenhada a sua futura e eventual candidatura a deputado pelo círculo eleitoral de Viseu. E é quando, de repente, alguém lembra o artº 78 dos estatutos do PS… e sob proposta dos membros da Federação, a direção subscreve o candidato José Junqueiro por unanimidade, submetendo-o à concelhia que reunirá os seus membros e terá que o votar. Mas Junqueiro estica a corda e não aceita. E eis que surge novo candidato… Entretanto, na sua bélica cruzada, Américo Nunes, o candidato “by pass” de Ruas, que talvez não do PSD, nem tão pouco de Guilherme Almeida, esfrega – prematuramente – as mãos de satisfação. Hélder Amaral, que também já terá candidatos na maioria dos concelhos, tem-se a ele próprio em Viseu.

questiona que tipo de preparação têm, de onde vêm, quem são, o que sabem fazer, o que não sabem fazer, os rabosde-palha que usam e, nem sequer se se sabem comportar no que concerne a normas cívicas, civilizacionais, de circunstância ou protocolares (por isso vemos como comem bolo rei ou como as “primeiras damas” de postam de pernas afastadas em cerimónias). Há, no entanto, pessoas que ainda hoje são educadas desde pequenas para se saberem comportar nas mais diversas facetas, sejam elas de compromissos de estado ou de simples convívio formal ou informal. Pessoas a quem é dada uma educação de cultura transversal sempre temperada com

Só há duas peças para encaixar no puzzle: Almeida Henriques e Carlos Marta. O primeiro seria melhor candidato que Américo Nunes, que já começou a campanha na semana passada pelo “processo do lixo” – onde não terá sombra de razão e é pena que o presidente António Carlos Figueiredo não lhe dê a confiança de lho dizer – o segundo, se decidir ser candidato e suprapartidário (ou não), a correr o risco de os cilindrar a todos. Para já, Mota Faria permanece hibernado. João Azevedo anda afanoso na reparadora “bricolage”. Quanto a Hélder Amaral, só falta ser presidente da concelhia de Viseu, pois já o é da distrital, deputado e candidato a Viseu, no pack 4 em 1. Na contagem decrescente faltam dez curtos meses. Uma certeza persiste: se nas 24 autarquias do distrito não se perspetivam magnas pugnas, salvo 4 ou 5 possíveis exceções, em Viseu está tudo em aberto. “Faites donc vos jeux, messieurs!”

Nuno André Ferreira/arquivo

30 | novembro | 2012

alargar esta definição, visto entenderse que quer homens quer mulheres podiam ser vítimas de violência em função do género. A violência de género pode ser definida como a violência que é exercida sobre qualquer pessoa em função de desigualdade de poder em função do género, que explora as desigualdades sociais entre mulheres e homens. Apesar de assumir formas muito diferenciadas (física, sexual, psicológica, económica ou sociocultural), e de não ser um problema exclusivo das mulheres e das raparigas, estas são as principais

vítimas. Importa, por isso, referir que a UNESCO, a par da definição que apresentámos anteriormente, considera que a violência contra as mulheres é um dos mecanismos sociais cruciais pelo qual as mulheres são forçadas a permanecer numa posição de subordinação em relação aos homens. Este texto começou pela história do dia 25 de Novembro porque o dia tem rostos – os das irmãs Mirabal. Os rostos têm uma capacidade de mobilização única. As estatísticas são como um panfleto que nos convida a visitar um museu. Convida-nos

à aprendizagem, à absorção de informação, da forma expositiva habitual de um museu. São a moldura vazia. Os rostos, esses, são os retratos da História e das histórias, e desenvolvem a nossa empatia perante informação que antes era somente isso – informação. Os rostos estimulam não apenas o nosso pensamento mas também os nossos sentimentos, causamnos sensações que nos fazem relacionar com as pessoas perdidas nos números, nos gráficos e nas estatísticas cegas. A violência está nos rostos à nossa volta. Denuncie.

um incontornável compromisso de interesse e defesa pelos mais desprotegidos. Pessoas para quem o pôr-se em bicos de pés é um hábito desprezível. Em suma, pessoas preparadas para não fazerem a “figura de urso” a que, de tanto se ver, já nem nos impressionam. Mas a quem está de fora, sim. Impressiona e mal. Quem, do estrangeiro, ou mesmo de cá, observa a figuras bacocas que temos visto dos nossos poderosos, fica mal, muito mal, impressionado. E há-de questionar-se: -É com os meus impostos que pagam a esta gente? E são os meus impostos que andam nas suas mãos para com ele fazerem o que lhes der no goto? Sim, porque vivemos dos impostos que pagamos e dos que

pagam os outros europeus, nos seus países (que vergonha esta atitude proxeneta!!!). Realmente, esta “malta” faz o que quer. E tudo faz para se defender. Golpes de estado, constituições “por medida”, seitas de toda a ordem, fundações, partidos, observatórios, institutos, altas autoridades e sei lá o que mais. Em contrapartida é curioso darmo-nos conta de que os países onde melhor se vive e em que há mais qualidade de vida, com um suporte social eficaz e operante, são monarquias. Na Europa actual continuam a existir: . sete reinos (Reino Unido, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Noruega, Suécia, Holanda ); .três principados (Liechtenstein e Mónaco, sendo Estados indepen-

dentes, e Gales, incorporado no Reino Unido); . um ducado (Ilhas do Canal, do Ducado da Normandia); . um Grão-Ducado (Luxemburgo); . um Estado soberano como cidade-estado (Cidade do Vaticano); .o caso peculiar de Andorra, em que o Bispo de Urgel e o Líder Francês (actualmente o Presidente da França) são copríncipes. Outra curiosidade é o facto de o nossa presidência da república, com a dimensão que tem, gastar muito mais do que a maioria dos soberanos que regem os estados atrás mencionados. Pedro Calheiros

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico


Jornal do Centro

6

30 | novembro | 2012

abertura Pensar o território do Douro Sul A AMVDS, Associação de Municípios do Vale Douro Sul está integrada na NUT III Norte/Douro (Unidades Territoriais Estratégicas de Portugal). Não é exatamente uma Comunidade Intermunicipal como a Cim Dão-Lafões, antes uma outra figura de associação de municípios de fins específicos, criada pela Lei 11/2003, de 13 de Maio. Engloba ndo A rmamar, Cinfães, Lamego, Moimenta da Beira, Penedono, Resende, São João da Pesqueira, Sernance-

lhe, Tabuaço e Tarouca, tem a sua sede em Lamego e como presidente do seu conselho diretivo o autarca de Resende, António Borges. O cenário de integração dos municípios em associações e cim’s também, aqui, mostra a realidade geográfica de cada concelho, evidenciando de forma nítida as “colateralidades parentais”. Assim, Cinfães e Resende pertencem à CIM do Tâmega e os outros oito concelhos à Comunidade do Douro. Os dez municípios – em

recuo demográfico – têm hoje uma população de 105 mil habitantes e sentem, mais do que nunca a imperiosidade de equilibrar lógicas entre os territórios geradores de riqueza e os recetores de riquezas e produtos. O PIB da NUT III do Douro está entre as médias mais baixas de Portugal, sendo três vezes inferior ao de Lisboa. Tendo a região do Douro a grande riqueza do vinho, é uma das mais tradicionais exportadoras de Portugal. Aposta-se também no Tu-

rismo e na via navegável do Douro. Porém, carecese de reconhecimento da economia do país para esse investimento, assim como para o das acessibilidades à maioria dos seus concelhos, com os casos mais gritantes de Resende e Cinfães à cabeça, natural e geograficamente mais virados para a outra margem – Amarante ali tão perto – do que para Viseu, com piores acessos e quase 40 quilómetros de diferença. Com um orçamento anual médio de 1,2 milhões de euros, a AMVDS

implementou já vários projetos no contexto do QREN e tem em vista outros de mais abrangente alcance. As 3ªs Conferências do Douro Sul decorridas em Lamego, no dia 23 de Novembro, com a presença do ministro Miguel Macedo, do ex-ministro Augusto Mateus, dos deputados europeus Elisa Ferreira, Ilda Figueiredo e José Manuel Fernandes, assim como dos autarcas representantes dos municípios que integram a associação, são a inequívoca prova de uma vontade enérgica de en-

contrar estratégias de desenvolvimento para o Vale Douro Sul, sem perder de vista a identidade e perspetiva histórica de muitos séculos, num mundo global com ADN europeu. Acresce como cenário de fundo a reforma administrativa do país e a cabal necessidade da compreensão do território onde se inserem, naquilo que é já o presente e o futuro do próximo amanhã.Há muito a fazer e a AMVDS já meteu ombros à tarefa. Paulo Neto

Paulo Neto

Paulo Neto

Micaela Costa

Três painéis debateram os principais desafios para a região ∑ “Estratégia de Desenvolvimento para o Vale do Douro Sul”, com José Pereira Pinto, Ricardo Magalhães, José Eduardo Ferreira, António Carlos Esteves, Paulo Madruga e José Pereira Pinto.

∑ “Portugal e o Douro - Haverá Lugar no Futuro da História?”, com Mário Ferreira, Augusto Mateus, Hernâni Almeida e João Ribeiro.

∑ Os Desafios da Construção Europeira Convergência ou Crise?”, com Francisco Lopes, Elisa Ferreira, António Borges, Ilda Figueiredo e José Manuel Fernandes.


Jornal do Centro

CONFERÊNCIAS DO DOURO SUL | ABERTURA 7

30 | novembro | 2012

Miguel Macedo foi a figura do Estado convidada para as terceiras Conferências do Douro Sul. O Ministro da Administração Interna marcou presença na sessão de abertura destas jornadas de reflexão. “Reg isto com mu ito agrado que estas Conferências do Douro Sul não se limitem a produzir mais uma ref lexão sobre um conjunto de problemas reais nesta área importante do país, mas sobretudo a discutir e a afirmar uma estratégia de desenvolvimento para esta região”, começou por dizer. Macedo tem consciência das dificuldades que os municípios atravessam, mas valorizou a vontade de, em conjunto, quererem resolver os problemas e perspetivar o futuro. “Um país com nove séculos de História, com identidade cultural, histórica e linguística tem de se reerguer e construir objetivos de futuro”, referiu.

O Ministro da Administração Interna lembr o u s e r “ u m c o n h e ce dor do pa í s , do i n terior e sobretudo da região do Douro” e criticou a atuação dos sucessivos Governos que, através das suas políticas, “propiciaram um desequilíbrio regional no país”. Apesar de já se ter começado a tentar inverter a situação, “esta precisa de ser estruturada, consciencializada e consistente no tempo, para dar resultados no futuro”. Miguel Macedo falou ainda de um “mundo globalizado”, em que os fatores de d i ferenci ação são particularmente importantes. “A marca Douro ajuda a resolver muitos problemas, é cada vez mais uma marca de excelência não só no domínio vitivinícola mas é e pode ser na agroindúst r ia e no t u r ismo. Tem en si no super ior, tem qualidade de vida ambiental e social e por isso tem condições de

olhar para o futuro”, explicou. Miguel Macedo continuou muito crítico e falou de uma “década perdida para Portugal”, dando alguns exemplos. “De 2000 a 2010, o crescimento médio foi de 0,4 por centro. A despesa do Estado triplicou e a dívida pública passou de 66 mil milhões para 174 mil milhões de euros”. “O crescimento foi anémico e o cavalgar da despesa e da dívida pública tornou-se insustentável”, resumiu. Em jeito de conclusão, o Ministro da Administração Interna lembrou que “não podem ser queimadas mais etapas” e que “é tempo de vencer este momento crítico da vida nacional, através da multiplicação de projetos locais, com formas de financiamento, com criatividade e através de apostas sólidas e reprodutivas para os territórios”. Tiago Virgílio Pereira

Micaela Costa

“A marca Douro ajuda a resolver muitos problemas”

“Temos a noção que estamos num território difícil por todas as razões, mas não é por isso que alguma vez desistimos de afirmar e confirmar as nossas convicções e ambições de desenvolvimento e de futuro”, referiu António Borges, presidente da Associação de Municípios do Douro Sul, durante as Conferências do Douro Sul. O também presidente da Câmara Municipal de Resende referiu que as jornadas servem para “pa ra r, ol ha r em frente, libertar-nos das roti-

nas do dia a dia e situar no momento de ganho de consciência relativo aquilo que somos e aos desafios do futuro”. António Borges disse também que as Conferências são necessárias para “dar conta de um processo de avaliação interna, tanto dos atores políticos como dos construtores (empresários) da região do Douro Sul, no sentido de avaliar o momento da região”. Pelo trabalho que tem sido feito nos últimos meses, António Borges revelou esta r convicto que “a

região está a despertar da pior maneira para os desafios da construção europeia e da governação económica da Europa que afetam cada vez mais o cidadão”. Assim, as Conferências devem abordar aquilo que hoje é a Europa e a moeda única, na ótica do “pesadelo que estas questões podem representar, num futuro próximo, para os portugueses, para Portugal e para o Douro”. Portugal sempre encontrou, nas políticas de coesão europeia uma oportunidade de bem estar e cons-

trução, mas, nem sempre, “o Douro sentiu essa coesão em que as oportunidades devem estar ao alcance de todos”. Contudo, o autarca mostrou-se otimista, uma vez que a região terá, em breve, “uma poderosa infraestrutura tecnológica” para enfrentar o grande desafio: ”pensar no global e agir localmente”. Encontrar lógicas identitárias e diferenciadoras são outras das apostas de António Borges para impulsionar a economia do Douro. Tiago Virgílio Pereira

Paulo Neto

“Pensar no global e agir localmente” através de uma “poderosa infraestrutura tecnológica”


Jornal do Centro

8 ABERTURA | CONFERÊNCIAS DO DOURO SUL

30 | novembro | 2012

“É preciso que estes territórios deixem de ser pensados como interior” A ideia dos 10 municípios era uma ideia de algum conforto com o que tínhamos vindo a fazer ao longo do tempo, mas havia uma zona de desconforto, já que, em matéria de desenvolvimento as coisas não estão a correr como o desejado ou pensado, quer pelos autarcas quer pelas populações.Portanto, a ideia era de que valia a pena trabalhar não numa coisa convencional, mas encontrar um cacho de ideias que permitisse um novo caminho.

é possível criar uma estratégia para o Douro Sul sem fazer uma estratégia para o Douro alargado. Então faz sentido pensar só esta região?

Faz sentido, porque foi esta que tomou a iniciativa. Estamos a fazer um trabalho de transformar informação em conhecimento, de testar ideias, de trazer práticas que correram bem noutras regiões e noutros países, para tentar encontrar um caminho de duas/ três prioridades que seja susceptível de criar uma cooperação forte entre todos: empresas, escolas, autarquias, consumidores, o mundo da cultura e do conhecimento que não é das universidades nem Que caminho? das grandes instituições Um caminho em que o de cultura, mas que é dos desenvolvimento econó- cidadãos, e de um conjunmico e social estivesse co- to difuso de realidades imlocado no centro, em que portantes que não existem de alguma maneira não com tanta força nos granse passasse permanente- des centros urbanos. mente uma espécie de cerEm que fase se encontra o tidão de menoridade ou de projeto? incapacidade a territórios Estamos numa fase incom menor nível de vida e, portanto, qualquer coi- termédia. Está feito o diagsa que represente um de- nóstico, está feito o primeisenvolvimento a partir de ro conjunto de reuniões dentro, moderno, cosmo- com todos os municípios polita, não paroquial, mas e um conjunto de reuniões centrado no que é genuíno de trabalho com as várias neste território. Foi este tra- sensibilidades. Fizemos balho que aceitámos, para um primeiro levantamenajudar a construir uma es- to do que pode ser a visão tratégia de desenvolvimen- e a estratégia. O momento para este território, sen- to em que estamos é um do que ele faz parte de um pouco este: a ideia de que território mais vasto. Não a estratégia é uma estraté-

Emília Amaral

Que projeto é este “Estratégia de desenvolvimento para o Vale do Douro Sul” que Augusto Mateus e a sua equipa estão a desenvolver na região?

Augusto Mateus, ex-ministro da Economia do Governo de António Guterres está a desenvolver o projeto “Estratégia de Desenvolvimento para o Vale do Douro Sul” juntamente com a sua equipa da Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados. O economista traçou as linhas estratégicas nas III Conferências do Douro Sul e falou do projeto ao Jornal do Centro. gia construída a partir de dentro, mas projetada para fora. A estratégia é do Douro Sul na medida em que é pensada a partir do Douro Sul, mas não é do Douro Sul na medida em que se esgote no território. E é uma estratégia centrada em acentuar, por um lado, dois grandes recursos endógenos - a paisagem e o património –, por outro lado, as pessoas, a sua organização e a sua capacidade e tentar juntar isso em movimento, gerando um conjunto de atividades de valorização desse património e desses recursos que tenham valor acrescentado. É assim que se dá sentido às rochas ornamentais, é assim que se dá sentido aos produtos como a castanha, a cereja, a maçã, os vinhos, o turismo nas suas várias dimensões, turismo rural, turismo religioso. Portanto, valor acrescentado que se pode concretizar trazendo

pessoas de visitação ao território e levando produtos a mercados o mais longe possível. É esta estratégia que permite à região ter capacidade para atrair talento, segurar gente nova, travar a perda de população significativa que tem tido.

Cria-se emprego se as pessoas tiveram a capacidade de saber quais são os seus mercados. Isto é, esta estratégia teria um insucesso total se ficássemos à espera. Alinhámos os monumentos, púnhamos flores nas ruas, pintávamos as paredes das casas, ficariamos à espeÉ um modelo que pode ser ra e não teriamos sucesso aplicado em outras regi- nenhum. Esta estratégia ões? precisa que estes territóSim. É muito importan- rios deixem de se pensar te para Portugal valorizar como interior e passem a os seus dois grandes rios pensar-se como territórios porque o Tejo e o Douro, na globalização. são dois grandes fatores ao serviço de desenvolviQuer dar um exemplo? A classe média brasileimento do nosso país e não duas fronteiras. Não faz ra cresceu desmesuradasentido pensar estes terri- mente nos últimos 10 anos tórios só como territórios e hoje há cerca de 30 mide crescimento industrial, lhões de pessoas no Brade serviços urbanos para sil com elevado poder de centenas de milhares de compra que viajam muito e preferencialmente pessoas. pela Europa, cerca de dois Como se cria emprego a partir terços usando o ângulo de um projeto destes? de Lisboa. Portanto, são

um segmento de mercado muito importante para este tipo de turismo. Podem começar [a viajar] por aqui ou podem acabar aqui e não deixam de ir a Paris, a Londres ou a Lisboa. Agora, não podemos ficar à espera que eles descubram. Até agora começávamos por identificar que temos recursos e ficámos por aí, a nossa cereja é boa, a nossa maçã é boa, o nosso granito é bonito mas… É preciso comunicar.

Não é só comunicar que é bom, temos que ter canais de distribuição. Grande parte do que esta região produz não é vendida diretamente aos consumidores, é vendido, à distribuição que depois vai vender aos consumidores. É preciso levar a sério essa realidade, é preciso ganhar força negocial e, nesse ponto de vista, estamos a traba-


Jornal do Centro

CONFERÊNCIAS DO DOURO SUL | ABERTURA 9

30 | novembro | 2012

lhar para promover o associativismo empresarial. Ou seja, o que estamos a colocar na estratégia é dar grande prioridade à melhoria das capacidades dos empresários da região, porque esta região vai-se desenvolver-se com base no que tem e não com base num D. Sebastião que háde vir.

essenciais para fora, como a promoção internacional, o marketing territorial, o desenvolvimento do turismo, o suporte às cadeias de distribuição, o desenvolvimento de um projeto de educação e de qualificação específico para as pessoas da região.

A reorganização administrativa é precisa para que este projeto corra bem?

Há regiões em que faz todo o sentido e há regiões em que não faz sentido nenhum. Eu fiz o estudo que permitiu a Lisboa finalmente deixar de ter 53 freguesias e passar a ter 24, porque havia uma freguesia com 65 mil habitantes e outra com 400. Ao nível das grandes áreas metropolitanas, faz sentido reduzir o número de freguesias e mesmo ao nível das cidades médias muitas têm duas/três freguesias e basta terem uma, agora, quando falamos do mundo rural não faz sentido acabar com freguesias, o que é preciso é que essas freguesias tenham uma função moderna, de disponibilizar os serviços públicos essenciais e de disponibilizar um serviço, que também é público, da conversa, da solidariedade, da presença, do acompanhamento. Num mundo desenvolvido em que queremos viver, as pequenas comunidades têm direito a existir, não deve ser dado às pessoas como único modelo civilizacional a concentração urbana. Os grandes centros urbanos devem ser discutidos de uma maneira, as cidades medidas de outra maneira e, depois, estes espaços onde o mundo rural está presente.

É absolutamente necessária e infelizmente não está a correr muito bem. Nós fizemos uma experiência de intermunicipalidade com exemplos interessantes mas que está esgotada. Então as comunidades intermunicipais como existem atualmente são modelos esgotados?

O modelo está um pouco esgotado, porque as comunidades intermunicipais foram criadas para fins muito específicos e para satisfazer certo tipo de necessidades, foi uma experiência com sucesso, mas limitava-se a um conjunto de municípios que se punham em acordo para colaborar naquele objetivo. Qual é o modelo a partir de agora?

Agora precisamos de um modelo mais exigente, mais próximo da construção europeia, uma coisa a que podemos chamar transmunicipalidade. É preciso que os municípios percam poder para as novas realidades que eles criam. Vai ser difícil.

É difícil, como foi difícil os países perderem poder para a Comissão Europeia ou para as instituições europeias. Mas para ter sucesso nestas coisas que estou a dizer é preciso um governo da região que tem que ser construído de baixo para cima a partir dos municípios, em que haja inteligência para que as juntas de freguesia sejam mais serviço de proximidade e serviço de solidariedade, em que os municípios tenham apenas expressão ao nível desse município e que estas comunidades de governação se assumam em assuntos

Então extinguir juntas de freguesia não faz sentido?

Que realça das 3ªs Conferências do Douro Sul?

Hernâni Almeida

Mário Ferreira

José Manuel Pinto

José Eduardo Ferreira

Presidente da câmara municipal de Armamar

Presidente da câmara municipal de Tarouca

Presidente da câmara municipal de Cinfães

Presidente da c.m. de Moimenta da Beira

Penso que em conjunto podemos criar uma nova dinâmica no Douro, fundamentalmente nos setores que estão em ribalta como o turismo e a componente agroalimentar. Armamar é também a capital da maça, somos o primeiro concelho do país com produção de maça em montanha, temos a cultura da cereja e da castanha. Devemos canalizar esforços na economia e no aumento da produtividade e não em infraestruturas que já estão concluídas, penso que desta forma e juntos podemos criar uma região mais dinâmica e rica.

Nós queremos dar ao Douro e queremos que o Douro dê ao mundo. Temos uma região onde dispomos dos ingredientes necessários para poder mos da r o g ra nde impulso de crescimento económico organizado e sustentável e Tarouca, situada no vale encantado, tem condições estratégicas para dar muito ao Douro, ao país e à região, tem a paisagem, o clima, os monumentos, os produtos endógenos e, nesse sentido, estamos cá para pudermos ser um parceiro importante e empenhado para criar riqueza e o bem-estar.

Emília Amaral

Moi m e nt a te m u m conjunto de produtos, organizações e pessoas com vontade, disponibilidade e valor para ajudarem a desenvolver a região. Produtos de excelência, como a maça, espumantes e vinhos de boa qualidade e diferenciados. Podemos e devemos complementar-nos, temos de arranjar canais de comercialização, que nos permitam fazer desta complementaridade um trunfo. Não é preciso termos uma grande escala para podermos viver bem, o que é preciso é tratarmos bem a escala que temos.

Eu penso que Sernancelhe dá ao Douro aquilo que tem dado ao país e até ao estrangeiro. A castanha, a maçã, os móveis, o granito são alguns dos exemplo daquilo que o nosso município pode dar. O nosso concelho contribui para o rendimento nacional e nesse sentido para o Douro Sul.

José Mário Cardoso Presidente da câmara municipal de Sernancelhe

“Deixou de fazer sentido falar-se em distritos”

Não concorda com a atual Lei de Reorganização Administrativa?

Concordo em absoluto com a urgência de uma profunda reforma administrativa. Não concordo com o que está a acontecer, que é uma discussão muitas vezes sem nexo, em que as pessoas não sabem muito bem o que estão a defender. Não se pode discutir genericamente, porque a reorganização administrativa é: para quê? e não um fim em si.

O município de Cinfães poderá também ser um município colaborante. Na minha perspetiva a parte turística é algo extremamente importante e será um fator de desenvolvimento nesta região que é o Douro Sul. Hoje sabemos que há milhares de pessoas, que desde a área metropolitana do Porto e através do rio Douro, vêm até à nossa região, mas queremos que parem e estabilizem e aqui Cinfães poderá ter um papel importante.

Francisco Lopes Presidente da Câmara Municipal de Lamego

O presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes defendeu na abertura das III Conferências do Douro Sul a constituição da comunidade intermunicipal Douro Sul, integrando os 10 municípios daquele território. O autarca lembrou que o Douro Sul está “entalado” entre o Douro e a Beira e “espartilhado administrativamente” entre o Norte e o Centro, o que

“continua a condicionar em muitos aspetos os modo de viver” daquelas pessoas. “A proposta é podermos constituir estruturas administrativas mais coesas que possam evoluir de forma muito mais favorável, quer do ponto de vista administrativo, quer político”, acrescentou. Os concelhos em causa - Armamar, Cinfães, Lamego, Moimenta da Beira, Penedono, Resende, S. João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço e Tarouca - constituem hoje a Associação de Municípios do Vale do Douro Sul e, administrativamente, ocupam o Norte do distrito de Viseu, mas assume em nada se identificaram com o sul do distrito. “A partir do momento em que se extinguiram os governos civis deixou de fazer sentido falar-se em distritos. O que é que nos une hoje a nível distrital? Muito pouco, apenas a Segurança Social, agora o círculo judicial, porque até ago-

ra Lamego era um círculo judicial e tinha autonomia própria nessa matéria, o círculo eleitoral e a organização político-partidária dos partidos políticos que terá que ser também revista e ajustada a uma escala mais adequada”, alertou Francisco Lopes. O autarca entende que “se deve privilegiar o Douro Sul pela homogeneidade, a proximidade física e cultural entre os municípios envolvidos” e pela forma como se têm entendido há décadas, através de várias estruturas organizativas. Francisco Lopes reforçou que a reorganização administrativa em Portugal “tem ocorrido de forma desordenada” ao dar o exemplo do novo mapa judiciário aprovado na semana passada com base nos distritos, e defendeu “uma geografia adequada para que depois os diversos serviços se possam organizar nessa base”. EA


Jornal do Centro

10

30 | novembro | 2012

região Câmara de Moimenta reune “cidadãos de sucesso” meiro de uma iniciativa anual e que é assumida pelo presidente da Câmara, José Eduardo Ferreira como uma “antiga aspiração”. “O objetivo é conseguir reunir à mesma mesa, para momentos de discus-

são e reflexão do papel de Moimenta e de Portugal no Mundo, personalidades exemplares em vários domínios”, adianta o autarca. Quem quiser associarse ao evento pode inscrever-se até 10 de dezembro. EA

Autarquia de Vouzela junta crianças e idosos na celebração do Natal A Câmara Municipal de Vouzela volta a promover a atividade Natal Ecológico através do programa AnimaSénior, entre 3 e 7 de dezembro, nos jardins-de-infância do concelho. Nesta ação a autarquia junta idosos e crianças do pré-escolar para, em con-

junto, darem largas à sua imaginação, em atividades de expressão plástica e na música. Durante as atividades, os seniores participarão ainda em jogos alusivos à reciclagem e assistirão ao filme “A Maior Flor do Mundo”, de José Saramago. EA

Micaela Costa

A Câmara Municipal de Moimenta da Beira vai juntar à mesma mesa cidadãos de sucesso em Portugal e no mundo com ligações ao concelho, dia 15 de dezembro. O Encontro da Diáspora Moimentense é o pri-

A Almeida Henriques, secretário de estado da economia

IPV debate novo quadro comunitário Propostas ∑ Crescimento e coesão social são prioridade para 2014-2020

Publicidade

O futuro e aplicação do novo quadro de financiamento comunitário, que entra em vigor em 2014, foram os temas debatidos no passado dia 26 na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu. A conferência “Áreas Urbanas: Propostas para 20142020”, foi uma iniciativa organizada pelo Instituto Politécnico de Viseu e o IT - Instituto do Território, Rede Portuguesa para o Desenvolvimento. Na sessão esteve presente o secretário de Estado Adjunto e da Economia e Desenvolvimento Regional, Almeida Henriques, que salientou a importância destes fundos comunitários como “uma alavanca forte de apoio ao investimento e para uma política de crescimento e de coesão”, lem-

brando que este novo quadro comunitário terá que ser bem diferente do anterior, apostando sobretudo nas pessoas e naquilo que é relevante “as prioridades e os caminhos para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo”, num modelo de desenvolvimento “gerador de rendimento económico, de emprego e de coesão social”. Para Almeida Henriques, é fundamental que esta preparação para o próximo quadro comunitário se centre num dinamismo urbano e numa reorganização das estratégias das áreas urbanas favorecendo “o empreendedorismo local, a incubação empresarial, a eficiência energética e ambiental, na inovação urbana, na valorização da cultura e das artes, no de-

senvolvimento do turismo, na animação da “economia social”, na diversificação de atividades geradoras de emprego e nas mais variadas áreas de valorização do capital humano”. Foi ainda destacado o papel importante que Viseu tem devido ao “enorme potencial”, destacando que a cidade é “uma centralidade no centro” com um “padrão superior de qualidade de vida, com escala humana, económica e institucional”, de relevo na região. Lembrando ainda que esta será uma boa altura para o “tecido institucional científico” apoiar o crescimento e a boa aplicação deste novo quadro comunitário, em parceria com os Institutos de ensino superior. Micaela Costa

Diocese de Lamego tem novos diáconos O Bispo de Lamego ordenou diáconos dois novos seminaristas daquela diocese. Adriano Assis vai realizar o seu estágio pastoral na Paróquia de S. Pedro

de Tarouca e António Júlio Pinto na Paróquia de Santa Maria Maior de Almacave, na cidade de Lamego. A cerimónia de ordenação diaconal decorreu no

passado domingo, na catedral de Lamego. D. António Couto desafiou os presentes a fazer “nascer por toda a parte escolas de vivência da fé”. EA



Jornal do Centro

12 REGIÃO | VISEU | MANGUALDE CINFÃES

30 | novembro | 2012

Hélder Amaral quer concelhias definidas até final do ano Convenção autárquica∑ Líder da Comissão Política só admite coligação com PSD se for para encontrar melhores governos O presidente da Comissão Política Distrital de Viseu do CDS/PP, Hélder Amaral, garantiu que, nas próximas eleições autárquicas, só se coligará com o PSD se for para encontrar os melhores governos para os concelhos. No final da convenção autárquica do CDS/PP de Viseu, que decorreu no domingo, em Tondela, Hélder Amaral afirmou que não está estipulado “nem um limite mínimo, nem máximo” de coligações. “O que eu disse às estruturas concelhias é que, como estamos a antecipar calendários, também têm tempo para perPublicidade

ceber se é possível com o nosso parceiro encontrar os melhores governos para cada município”, explicou. Segundo Hélder Amaral, a primeira premissa das coligações é que “esses Governos têm que ser bons para os municípios, trazer algo de novo, possibilitar encontrar o melhor protagonista que porventura se pode perder”. Nas autárquicas de 2009, o CDS/PP concorreu em coligação com o PSD nas câmaras de Lamego, Nelas, Penalva do Castelo e Moimenta da Beira, tendo perdido apenas na última. Tem ainda vereadores elei-

tos em Mortágua e Vila Nova de Paiva. “Em quatro, ganharam-se três, o que prova que há algum sucesso nas coligações”, disse, referindo que elas “estão a correr bem” e, mesmo onde o CDS/PP está na oposição, “a relação entre os dois partidos

é muito boa”. Hélder Amaral garantiu que, independentemente de quem venha a ganhar as eleições, o seu partido tem disponibilidade para “ser útil” em todos os concelhos. O deputado admitiu ainda que “ a culpa dos resultados Publicidade

do CDS não serem muito positivos em termos autárquicos é da estrututura interna do partido”. Até ao momento, o CDS/ PP tem 20 concelhias eleitas no distrito, esperando que o mesmo aconteça até ao final do ano com Resende, S. João da Pesqueira, S. Pedro do Sul e Viseu. “Gostaria de, no final do ano, ter as 24 concelhias eleitas, para depois conseguir encontrar propostas autárquicas para que possamos não só aumentar a representatividade, mas também ter uma mensagem do CDS”, concluiu. Tiago Virgílio Pereira/LUSA

MORTE

Mangualde. Centenas de pessoas choraram inconsoláveis, no domingo, dia 25, no último adeus a José Daniel Couto. O jovem de 15 anos foi a enterrar no cemitério de Espinho, Mangualde. Familiares, colegas de turma e muitos amigos prestaram-lhe homenagem. Na segundafeira, os alunos da Secundária Felismina Alcântara vestiram-se de branco e cinzento, a cor favorita do adolescente. Na missa, foi recordado como “um menino sempre disposto a ajudar o próximo, mesmo habituado a viver com pouco”. O caixão foi levado em braços para o cemitério, a poucos metros da Abadia. Os colegas seguiam atrás, com uma rosa branca na mão. José Couto morreu sexta-feira, a tomar banho, por inalação de monóxido de carbono do esquentador instalado naquela divisão da casa.

DETIDO

Viseu. Um homem de 51 anos foi detido por agentes da PSP de Viseu, depois de, alegadamente, ter ameaçado um indivíduo de morte, com recurso a arma de fogo. Segundo as autoridades, a ameaça terá sido feita junto a um estabelecimento situado no centro da cidade. Chegada ao local, a PSP identificou um homem que entretanto fugiu a pé. As autoridades perseguiram o homem até o deterem. Foi apreendida uma arma municiada com quatro munições.

DETIDO

Cinfães. Militares do Núcleo de Proteção do Ambiente do Destacamento Territorial de Lamego da GNR detiveram, em Tarouquela, um indivíduo por estar a caçar em zona sem consentimento de quem de direito e a menos de 250 metros dos aglomerados populacionais.


Jornal do Centro

MORTÁGUA | VISEU | REGIÃO 13

30 | novembro | 2012

A Assembleia Municipal de Mortágua (AMM) rejeitou por unanimidade a proposta de reorganização das freguesias do concelho da Unidade Técnica da Assembleia da República, que prevê a agregação das freguesias de Mortágua, Almaça, Cortegaça e Vale de Remígio. Durante a reunião extraordinária, a AMM reforçou o que tinha anteriormente deliberado “não promover a agregação de quaisquer freguesias no município” ao considerar que “além de nada de positivo trazer às freguesias e aos cidadãos, foi mal conduzida e mal elaborada”. Também a Câmara de Mortágua deliberou manifestar junto da AMM e das freguesias a “disponibilidade para prestar todo o apoio jurídico”, caso os respetivos órgãos “entenderem apresentar processos judiciais”. EA Publicidade

“Viseu Mobile” no telemóvel Tecnologia e inovação∑ Projeto da Escola Secundária Emídio Navarro disponível na cidade A partir do dia 10 de dezembro basta apontar-se o telemóvel para o código

num dos ‘mupis’ espalhados pela cidade, fazer o download da aplicação e o utilizador está em condições de descobrir Viseu através do seu telemóvel. O projeto “Viseu na Palma da Mão” é uma ferramenta inovadora criada pelos professores Vitor Costa, Carlos Malta e um grupo de alunos da Escola Secundária Emídio Navarro. A ideia do “Viseu Mobile” consi-

derada inovadora no país, conta com a colaboração do Instituto Politécnico de Viseu na tradução dos conteúdos para inglês e espanhol, e foi agora acolhida pela Câmara Municipal de Viseu através de um protocolo assinado na quinta-feira, dia 22 entre quatro parceiros. “A filosofia do projeto é mesmo andar com Viseu na palma da mão e divulgar os principais pontos de interesse a quem nos visita”, revelaram os autores do projeto. A aplicação está preparada para iphone, ipad e telemóveis com sistema android e windows phone7. Depois de instalada permite conhecer em pormenor o património da cidade, uma vez que contempla 68 pontos de interesse divididos em

Emília Amaral

MORTÁGUA “CHUMBA” PROPOSTA DA UNIDADE TÉNICA

ANova ferramente para os turistas aplicada ao telemóvel cinco categorias. Para o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas “o concelho fica a ganhar com este projeto” considerado pelo autarca “uma ferramenta simples” disponibilizada aos turistas que visitam a cidade. Ruas adiantou que o sistema vai igualmente estar disponível nos edifícios municipais.

A ideia foi igualmente acolhida pelo Turismo do Centro. O vice-presidente, Adriano Azevedo lembrou que na Europa apenas conhece a cidade de Barcelona com uma aplicação idêntica visualizada na calçada da cidade espanhola. “Viseu está ta mbém aqui na vanguarda pois este é um projeto inovador e origi-

nal. É com estas situações inovadoras e com o uso das tecnologias que Viseu pode estar na palma da mão e dar cartas”, sublinhou Adriano Azevedo ao admitir que a rede de parcerias agora criada a nível local pode ser alargada ao país com a aplicação do Viseu Mobile em outras cidades portuguesas. O diretor da Escola Secundária Emídio Navarro, Paulo Viegas lembrou que “a informática e a multimédia é uma área forte da escola”, deixando a porta aberta para a cidade: “Podemos fazer outros projetos para projetar a escola, a cidade e todas as instituições de Viseu”. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt


Jornal do Centro

14 REGIÃO | VISEU

30 | novembro | 2012

Câmara de Viseu chama indústrias criativas ao centro histórico No antigo quartel dos Bombeiros Voluntários de Viseu, na Rua do Comércio, vai nascer dentro de ano e meio, uma incubadora de empresas. Trata-se de um projeto da Câmara Municipal que, para tal, assinou na passada segunda-feira um acordo de colaboração no qual a Associação Viseense de Bombeiros Voluntários (AVBB) cede o imóvel por 25 anos, para que o município proceda à sua reabilitação e posterior ocupação com serviços públicos ou de interesse coletivo. Com este investimento de cerca de 577 mil euros, a autarquia viseense pretende criar naquela zona da ci-

dade um espaço destinado às indústrias criativas, defendido há bastante tempo por especialistas e empresários no sentido de dinamizar o centro histórico. “O senhor quer criar um novo órgão de comunicação social, por exemplo, vem ter connosco e tem aqui as condições para trabalhar”, exemplificou o vice-presidente da Câmara de Viseu, Américo Nunes ao adiantar que a incubadora terá condições para dar formação e todo o apoio aos novos empresários que se queira instalar no espaço. A autarquia adquiriu entretanto o edifício ao lado do futuro “Centro Urbano

A O edifício da Rua do Comércio chegou a estar destinado à Loja do cidadão de Viseu de Acolhimento Empresarial” para dar continuidade ao projeto delineado, criando um acelerador de

Publicidade

empresas. “Quando a empresa que se instalou nesta incubadora começa a crescer e precisa de um novo Publicidade

18o festival internacional de teatro acert

5 a 9 dez 2012 tondela www.acert.pt/finta A ACERT É UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR

Investimento ∑ Cerca de 577 mil euros

Emília Amaral

Projeto ∑ Antigo quartel dos bombeiros transformado em incubadora de empresas

APOIO

impulso, passa para o edifício ao lado, onde terá outras condições para desenvolver o seu projeto”, avança Amé-

rico Nunes. “O objetivo é começar a chamar gente para o centro histórico através das chamadas indústrias criativas”, adiantou. O presidente da Câmara, Fernando Ruas afirmou na cerimónia de assinatura do acordo com a AVBB que a autarquia tem vindo a fazer “uma recuperação em sentido único no centro histórico”, anunciando que “até ao final do mandato” vai “continuar a fazer obras e a inaugurá-las” com a autarquia sem dificuldades financeiras. Emília Amaral emilia.amaral@hjornaldocentro.pt


Jornal do Centro

MANGUALDE | REGIÃO 15

30 | novembro | 2012

PS de Mangualde organiza conferência sobre ensino

Opinião

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

Café, o barómetro O café é provavelmente uma das bebidas mais enraizadas e consumidas pelos portugueses. É o mote para convívios familiares, com amigos e a sua ingestão fomenta o início de algumas saídas nocturnas. A par do chá, o café possui uma substância conhecida por um alcalóide, a cafeína, com propriedade de estímulo ao sistema nervoso e essa é certamente a razão pela qual é tão consumido. A par desta estimulante qualidade, possui ainda características antioxidantes, fornecendo vitamina B, aminoácidos e uma elevada variedade de sais minerais, com destaque para o potássio e o cálcio. A sua produção encontra-se concentrada no Brasil, Colômbia, Indonésia, México, Costa do Marfim, India, apenas para citar os produtores mais significativos. As variedades, Coffea arábica e Coffea robusta, constituem a mistura (blend) mais utilizada na elaboração dos diferentes lotes. Em termos económicos, é a segunda mais rentável actividade, apenas superada pela indústria petrolífera. Nos países nórdicos, em particular na Noruega, o seu consumo atinge os 13 kg /habitante ano, baixando para os 10 kg na Europa Central, cingindose aos 4 kg em Portugal, a que corresponde um valor aproximado de 2,2 cafés dia/habitante. Até à data, o consumo de café ocorria de forma notória fora de casa e de modo residual no domicílio. No ca-

nal Horeca (Restauração e Hotelaria), e em particular nos restaurantes e cafés, o actual decréscimo rondou os 77%, num valor de facturação de 30 milhões de /ano. Por outro lado, no lar atestouse um aumento de 23% (6 milhões /ano), com uma incidência notória nas já tão populares capsulas descartáveis. Os consum idores parecem estar rendidos a este novo formato dado os seus variadíssimos benefícios. Possuem em doses individuais uma panóplia de diferentes lotes a adequar a cada momento, o seu processo de preparação é fácil, eficaz, cómodo, limpo e proporciona ainda uma plena reciclagem. Nas centrais de triagem existem já secções destinadas ao reaproveitamento do alumínio das cápsulas. A massa de café é posteriormente incorporada nos substratos a utilizar na agricultura. Como remédio caseiro, poderão aproveitála como exfoliante para as mãos. Os números referidos anteriormente permitem demonstrar que os portugueses passaram a fazer contas aos gastos com o café. Os muitos estabelecimentos de bairro ressentem-se de modo notório desta alteração, uma vez que o peso deste artigo é por vezes significativo da facturação. Este bem constitui, por ventura, um barómetro e mede com algum rigor as alterações que estão a ocorrer nos nossos hábitos. Tomamos um café, em casa ou na rua?

“Desafios para a Educação – A Escola como fator de Desenvolvimento Local e Regional” é o tema da conferência organizada pelo Partido Socialista (PS) de Mangualde e vai realizarse no Auditório da Biblioteca Municipal de Mangualde, no dia 7, pelas 21h00. Publicidade

A iniciativa surge no âmbito do “Ciclo de Conferências: Mangualde, Futuro e Modernidade”. Esta conferência revela-se importante para todos os atores envolvidos no sistema de ensino, quer pelos temas abordados, quer pelo contexto sociopolítico e económico. “A esco-

la pública deverá ser um dos pilares de coesão e justiça social, assente numa perspetiva de desenvolvimento sustentado e sustentável, num futuro que o PS ambiciona de oportunidade para todos”, lê-se no comunicado enviado para as redações. António Mendes, docente

e investigador da Universidade de Aveiro, Acácio Pinto, deputado e vice-presidente da Comissão de Educação, Ciência e Cultura na Assembleia da República e Rui Santos, ex- diretor da Direção Regional de Educação do Centro são os oradores convidados. TVP


Jornal do Centro

16

30 | novembro | 2012

educação&formação UDACA JÁ REALIZOU 42% DO PROJETO DE FORMAÇÃO NO ÂMBITO DO PRODER No ano de 2011, a UDACA foi contemplada com um projeto de formação no âmbito do PRODER, subprograma 4.2.1 – Formação Especializada. Até ao presente mês já se concretizaram cerca de 42% do volume de formação aprovado, com a conclusão de cinco turmas do curso de Gestão de Empresa Agrícola – Planeamento, controlo e análise de investimentos, ações realizadas na cidade de Viseu. Para a concretização do plano aprovado a direção da UDACA, presidida pelo Dr. Fernando Figueiredo, estabeleceu parceria com a Entidade Formadora FNWAY CONSULTING UNIPESSOAL LDA, sediada em Abraveses – Viseu, liderada pelo Dr. Paulo Ramos. Até março do ano de 2013 prevê-se a concretização de mais 25% do projecto, com a previsão de conclusão até agosto do mesmo ano. Publicidade

DouroCabe forma profissionais Aposta ∑ Cabeleireiro e estética áreas que subrevivem à crise A DouroCabe, Escola de Formação Profissional, criada em 2001, e sediada em Viseu na rua Dr. Bernardo Pais de Almeida, ao longo destes a nos , for mou aproximadamente 500 prof issionais na área de cabeleireiro e de estética. Os cursos, com componente maioritariamente prática, são desti n ados a todos aqueles que pretendam adquirir conhecimentos na área dos cuidados de beleza ou simplesmente muda r de prof issão, como af ir-

ma Liliana Silva, coordenadora pedagógica, “há cada vez mais salões a abrir e a profissionalização nestas áreas é uma boa aposta, tem gerado emprego e é cada vez ma is uma forma de mudar o ramo profissional”. O curso prof issional de cabeleireiro, visa dotar os formandos de ferramentas que os tornem capazes de efetuar diagnósticos e execução de tratamentos e cuidados com o cabelo. No que diz respeito ao curso profissio-

nal de estética, atribui ao formando o pleno domínio das técnicas mais recentes em tratamentos estéticos e da base da cosmetologia. A mbas as formações permitem a obtenção da qualificação necessária para o exercício da profissão. A DouroCabe desenvolve igualmente, formação contínua certificada de especialização, através de unidades de formação de curta duração, que permitem ao formando especializar-se em temas específicos da área

dos cuidados de beleza. Para Isabel Ferreira, coordenadora técnica, estas áreas são de total relevância “porque cuidam da imagem e hoje em dia as pessoas têm uma preocupação acrescida nesse sentido. Mesmo com esta crise e com os cortes naquilo que é supérf luo, o cuidado com o corpo e com a imagem é visto de outra forma, como uma mais-valia, as pessoas gostam de se sentir bem”. Micaela Costa

ESCOLA PROFISSIONAL DE TONDELA INVESTE EM EQUIPAMENTO A Escola Prof issional de Tondela (EPT) investiu 70 mil euros em equipamentos nas áreas de panificação e pastelaria. A sessão de apresentação aconteceu no estabelecimento de ensino e contou com a presença de Carlos Marta, presidente da Câmara Municipal de Tondela. Mig uel Rodrig ues, diretor da EPT referiu que este “é um marco simbólico da vida da escola e do curso Técnico de Restauração”, na medida em que irá per m it i r aos a lu nos “serem mais capazes e com isso sairem melhor preparados para superar os desafios do futuro”.



Jornal do Centro

18

30 | novembro | 2012

economia O concelho de Tondela vai receber mais de 21 milhões de euros de investimentos privados e criar 286 novos postos de trabalho. Dicis, Paula Longra, Quintas Sirlyn, Intercycling, Apiscaramulo, Estadia Pacífica e Kresenius Kabi Portugal - Labesfal são as empresas investidoras. A Lebesfal é a empresa que mais irá investir: quatro milhões de euros na construção de infraestruturas logísticas e dois milhões em novos equipamentos de produção. “Os investimentos que têm vindo a ser realizados, ao longo destes últimos anos, têm gerado impactos diretos na economia local, capazes de atrair um númePublicidade

Publicidade

Micaela Costa

Tondela cria 286 postos de trabalho

A João Cotta, Carlos Marta e Francisco Banha

ro significativo de agentes económicos que, aqui, decidem estabelecer-se e apostar nas potencialidades e recursos endógenos do concelho e nas capacidades das suas populações”, referiu Carlos

Marta, presidente da Câmara de Tondela. Desta forma, Tondela continua a afirmar-se como um dos municípios mais industrializados da região. TVP

Testar em Viseu e escalar para o mundo Business Angels∑ A promoção do empreendedorismo na região Dão Lafões Decorreu no passado dia 22 de Novembro uma ação de divulgação do conceito “Business Angels” inserida nos objetivos estratégicos da CIM Dão Lafões: promover a difusão de uma cultura empreendedora; organizar, qualificar e dinamizar o ecossistema empreendedor; dinamizar as comunidades educativa e formativa do território no sentido do empreendedorismo; inspirar novos empreendedores e estimular e pôr em prática iniciativas de cooperação intra e extra-regional com essa finalidade. Depois das intervenções de Carlos Marta, presidente da CIM Dão Lafões e de João Cotta, presidente da AIRV, coube a Francisco Banha, empresário e pioneiro nesta área de ação, explanar algumas das suas linhas mestras, an-

coradas no princípio da interiorização, por parte dos jovens, de uma atitude positiva para a criação de empresas, constatado o crescimento em 193% do número de licenciados em Matemática e Ciências Tecnológicas, entre 2000 e 2008, com 75000 investigadores em Portugal, dos quais 76% se centram nas universidades e 24% nas empresas. Francisco Banha lança o desafio “Precisamos de jovens com uma atitude mais empreendedora” e acrescenta “Os empresários que fazem parte do clube de Business Angels têm que competir, fazer algo de novo, não internamente, mas através deste clube acedendo a oportunidades de negócios. Os jovens têm ideias mas não têm clientes; por vezes, os empresários têm clien-

tes, mas não têm ideias” e deixou o desafio “Deve-se trabalhar em conjunto, em prol da comunidade. Os 14 municípios são 14 ecossistemas locais e se um jovem tem ideias não precisa de ir para outro ecossistema. Têm-no na zona, com a CIM Dão Lafões.” Hoje, este conceito iniciado nos anos 20 do século passado durante a Grande Depressão que afetou a economia dos EUA tem em Portugal 33,8 milhões de euros disponíveis para investir em “start-up” e 54 grupos de investidores com capacitação empresarial para passar os projetos à prática. A ação concluiu-se com a apresentação teórica de três projetos por parte de jovens empreendedores. Paulo Neto


Jornal do Centro

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA 19

30 | novembro | 2012

Balcão Help a Car na Litocar Viseu

Publicidade

Dia diferente na PSA Mangualde Espetáculo de manobras∑ Campeão Nacional de Rali mostrou aos colaboradores da PSA o que sabe fazer.

Micaela Costa

A Litocar Viseu, em parceria com a companhia de seguros Fidelidade-Mundial, apresentou no dia 28 um conceito que reúne qualidade e eficiência. O projeto “Help a Car” visa auxiliar um cliente num acidente, em cerca de 30 minutos e num só local, assegura a participação do sinistro, a abertura da ocorrência, a peritagem do veículo sinistrado e a receção de um veículo de cortesia. O balcão “Help a Car” encontra-se nas instalaçõesda Litocar, local onde foi apresentado este novo serviço, na presença de vários mediadores de seguros. Uma ferramenta que permite auxiliar o cliente, com um serviço diferenciado e ágil. Esta parceria da seguradora Fidelidade com o grupo Litocar, “deve-se à enorme representatividade que o grupo tem na zona centro e para a Fidelidade Seguros, é importan-

A Luís Albergaria e João Cardoso te termos parceiros que não ponham em causa a nossa reputação e que garanta a qualidade e a excelência do serviço prestado”, afirmou Luís Albergaria, diretor coordenador da direção de gestação de prestadores. Em todo o país existem já

23 balcões “Help a Car” e até ao final do ano serão 27. Luís Albergaria, explica que este é um serviço onde “o cliente é a prioridade e tem ao seu dispor um grupo de pessoas especializados que os auxiliam em todos os processos”. MC

A PSA Mangualde proporcionou, no passado dia 23, um dia diferente a todos os seus trabalhadores. Durante uma hora, os colaboradores puderam assistir a uma demonstração do campeão naciona l de ra li, Ivo Nogueira. Pa ra João Mattosinho, diretor geral da PSA Mangualde, “esta foi uma forma de intensificar os laços soci a i s com os nossos colaboradores e darlhes um dia diferente”. Sa l ientou a i nda que

“este evento demonstra o orgulho que a fábrica tem de existir”. Ivo Nogueira, Campeão de Por tuga l de Ralis 2012 na categoria ‘2 Litros/Dias Rodas Motrizes e recente vencedor do Rali Casinos do Algarve deslocou-se, a convite da PSA-Peugeot Citroën M a n g u a lde , ao centro de produção de M a n g u a lde e , ent re autógrafos e fotografias, houve ainda tempo para um roadshow, uma demonstração das habilidade do jovem

campeão. O dia começou com u m a v i sit a à fábrica, em que Ivo Nogueira acompanhou todo o processo produtivo, à tarde um espetáculo de manobras onde cinco trabalhadores tiveram a possibilidade de ser co-pilotos. “Este foi um dia importante e é bom saber que reconhecem o trabalho que tenho vindo a desenvolver”, terminou o campeão nacional. Fotos do evento na Em Foco (pág. 30). Micaela Costa


Jornal do Centro

20 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

30 | novembro | 2012

Clareza no Pensamento

Câmara de Tondela mexe no comércio local

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Samuel Barros Docente do Instituto Politécnico de Viseu sfbarros@estv.ipv.pt

Mudanças∑ Comércio aberto à hora do almoço e sábado à tarde ∑”Mercadinho de rua” A Câmara de Tondela vai avançar com um plano de restruturação do comércio local, com o objetivo de injetar “criatividade” e uma” nova dinâmica” aos estabelecimentos comerciais da cidade. Esse plano passa pela implementação de novas propostas já apresentadas aos comerciantes. Entre elas está a abertura do comércio à hora do almoço e ao sábado à tarde, a realização do “mercadinho de rua” e a criação de uma rede de descontos entre os estabelecimentos comerciais. “A ideia é: eu vou comprar à mercearia e o senhor da mercearia vai-me dar um talão de desconto Publicidade

que vou poder utilizar noutro estabelecimento aderente”, explica o vereador, Pedro Adão. O autarca lembra que é preciso voltar aos tempos antigos do comércio de rua “mas com uma dinâmica e com uma criatividade diferentes” já que “os grandes mercados agora estão aí e as pessoas continuam a consumir”. Para Pedro Adão, esse tempo novo terá ainda de passar por mudar os tradicionais horários de abertura das casas comerciais “porque os próprios clientes hoje trabalham e não faz sentido abrir um estabelecimento às três da tarde para estar às moscas”.

Nesta primeira fase, a autarquia conseguiu já a adesão de 60 comerciantes locais na esperança de que outros possam vir a “aceitar que é preciso mudar”. Um trabalho de casa que, segundo o vereador, deveria ser a Associação

Comercial do distrito de Viseu as fazer mas “infelizmente não o faz” e teve que ser a autarquia a assumi-lo “numa perspetiva de criar riqueza e desenvolvimento no concelho”. Emília Amaral

“Mercadinho de rua a 22 de dezembro”

∑ O plano de reestruturação do comércio de Tondela arranca no terreno com a realização da primeira edição do “mercadinho de rua”, dia 22 de dezembro. O certame vai realizar-se aos sábados, nas principais ruas da cidade, onde os produtores locais vão poder comercializar os seus produtos. “Em período de crise queremos dar oportunidade aos produtores de comercializar os seus produtos. Pensamos também poder ser uma solução para que alguns jovens desempregados possam ver aqui uma solução para a criação do seu próprio posto de trabalho”, adiantou Pedro Adão. PAI NATAL DO RETAIL PARK CHEGA ESTE SÁBADO Amanhã, dia 1 de dezembro, quando forem 15h30, o Pai Natal chega ao centro comercial Retail Park de Viseu acompanhado de várias figuras natalícias e promete um tarde divertida. A programação de Natal do centro comercial, localizado em Fragosela, junto à A25, decorre até dia 24 de dezembro. Destaque para o espetáculo de ilusionismo, dia 15 e o de magia cómica, dia 22.

FESTIVAL DO COGUMELO CARIA Duas saídas ao campo, dois almoços micológicos, outros tantos magustos, uma exposição de cogumelos e de produtos de caça e animação, preenchem o programa do VI Festival do Cogumelo e da Caça das Terras do Demo que se realizará 1 e 2 de Dezembro, em Senhor dos Aflitos, Caria, Moimenta da Beira. O evento é organizado pela Associação de Desenvolvimento Rural “Lobos Uivam” e tem o apoio da autarquia.

Business Angels - Um novo impulso ao empreendedorismo na Região A propósito das diligências em curso para a criação de um clube de Business Angels (BA) na Região Dão Lafões, valerá a pena uma breve nota para quem não esteja fa m ilia rizado com este tema. Tratase de uma forma de financiamento que, embora relativamente recente entre nós, tem já uma longa tradição em países como o Reino Unido e os Estados Un idos da A mérica . A modalidade tem registado uma atividade crescente na UE onde existem 256 milhares de BA, membros de redes formais, estimando-se que, com os que existem informalmente, o total possa rondar os 2 milhões. O investimento total desta atividade na UE, poderá, assim, estimar-se em €5.000 milhões. Com alguma expressão, em Portugal esta modalidade terá menos de 15 anos, tendo sido constituído em 1999 o Business Angels Club, o primeiro clube português de BA. Um BA financia um projeto através de uma entrada no capital da sociedade a constituir, participação geralmente minoritária e com um horizonte temporal de médio prazo. É, portanto, de um financiamento sem qualquer juro, garantia a prestar ou outro tipo de encargos, com a grande vantagem de o BA atuar no terreno conjuntamente com o empreendedor e sem qualquer salário. Em geral, um BA é um i ndivíduo que, para além de ter dis-

ponibilidade financeira, possui um capital de conhecimento que lhe advém da experiência como empreendedor ou como quadro superior de empresa. Procura investir em negócios inovadores, em que reconheça potencial de crescimento e de valorização do capital, que se encontrem em fase de lançamento (início de atividade) ou em fase crítica de crescimento, sendo geralmente atraído por projetos em áreas de negócio que conheça e em regiões próximas da sua residência. Constituirá, por certo, mais uma motivação o incentivo que o Orçamento de Estado para 2013 contempla, com a dedução à coleta em sede de IRS, até 20% das entradas de capital, com limite de €10.000. Podemos, pois, concluir que se trata de uma fonte de capital alternativa às tradicionais formas de financiamento das instituições bancárias, com evidentes vantagens para o empreendedor, uma vez que alia o financiamento ao conhecimento, à experiência, à rede de contactos nacionais e internacionais do BA , para além da credibilidade que este poderá trazer ao projeto, em que atuará como parceiro de negócio. Por tudo isto, esperase que o anunciado Clube de Business Angels na Região Dão Lafões constitua um novo impulso ao empreendedorismo nesta Região. Haja projetos...


Jornal do Centro

21

30 | novembro | 2012

especial

Vinhos

Esta semana convidamo-lo a sentar-se à mesa para conhecer alguns vinhos produzidos na nossa região O vinho é das bebidas mais antigas na nossa história e com grande preponderância na evolução económica e sociocultural de várias civilizações. Ao longo dos tempos o papel do vinho tem evoluído e ganho cada vez mais importância. É uma fonte de nutrição, um ótimo complemento cultural da comida e do convívio, é compatível com um estio de vida saudável e, numa altura em que o Natal se aproxima a passos largos, é uma ótima opção para oferecer.

Publicidade

Dicas para se sentir um profissional A forma como guardamos, servimos e provamos o vinho requer alguns conhecimentos e sobretudo algum cuidado na hora de partir para qualquer uma destas tarefas. Fique a conhecer algumas dicas e truques para que pareça um profissional:

Guardar o vinho:

∑ A garrafeira deve ser um espaço amplo, protegido da luz e de variações de

temperatura (que deve situar-se entre os 7ºC e os 13ºC); ∑ A humidade do ar deve rondar valores entre os 60% e os 75%; ∑ A garrafeira deve ter uma boa circulação de ar para que cheiros indesejáveis (como, por exemplo, o cheiro a mofo) sejam rapidamente eliminados; ∑ Após o vinho ser colocado na garrafeira este deve ser movido o menos possível e recomenda-se que as garrafas sejam colocadas na horizontal, para que o vinho não fique em contacto com a rolha e desta forma não secar nem deixar entrar ar; ∑ As melhores garrafas devem estar mais perto do solo, pois essa é a zona mais fresca da garrafeira.

Servir o vinho:

∑ Os vinhos brancos devem ser servidos em primeiro lugar que os tintos; ∑ Os vinhos mais encorpados e doces devem ser degustados no fim da refeição,

apesar de vinhos brancos doces e frescos poderem ser servidos como aperitivo; ∑ Deve servir os vinhos em copos adequados; ∑ Para usufruir da melhor qualidade do vinho verifique sempre se esse vinho precisa de ser decantado.

Provar o vinho:

∑ Deve começar por olhar a cor do vinho; ∑ Leve o copo ao nariz e sinta os aromas que estão a ser libertados; ∑ Mexa o copo ligeiramente para estimular a libertação de outros aromas; ∑ Beba apenas um gole de vinho para poder saborear a estrutura e a acidez do vinho.


Jornal do Centro

22 ESPECIAL | VINHOS

30 | novembro | 2012

Adega Cooperativa UDACA de Penalva do Castelo A Adega Cooperativa de Penalva do Castelo foi constituída em 1960 e, apesa r de no ano de 1963 possuir já cerca de 43 sócios, só em 1967 é que recebeu uvas pela primeira vez. Atualmente possui cerca de 950 sócios e tem uma capacidade de produção para cerca de 8.000.000 de litros de vinho e produz, em média, cerca de 6.000.000 de litros de vinho, dos quais 80% são tintos e 20% são brancos. A Adega dispõe de um moderno centro de vi-

nificação com capacidade para 1.500.00 litros em inox, tem um laboratório responsável pelo controlo de qualidade de todos os vinhos produzidos e comercializados e dispõe ainda de uma cave de estágio equipada com barricas de carvalho (francês e americano) das melhores madeiras do mundo. A Adega é uma referência no sector cooperativo vinícola da Região demarcada dos Vinhos do Dão, situada na região Centro de Portugal.

gião pois os seus vinhos aglutinam todas as características e especificidades desta região vitivinícola com mais de 100 anos. Todos os vinhos são cuidadosamente selecionados e vinificados nas Adegas associadas e são comercializados pela UDACA essencialmente para exportação, sendo a UDACA uma empresa que exporta mais de 55% do seu volume de negócios. Asia, Brasil, Africa, Rússia, América do Norte e também a Europa, são alguns dos mercados para os quais os Vinhos UDACA viajam anualmente.

Vinhos

Vinhos premiados Os vinhos tintos têm recebido diversos prémios. Destacam-se os de melhor vinho tinto da Região Demarcada do Dão, nos anos de 1969, 1971, 1988 e 1994. A colheita de 1992 obteve a Medalha de Prata no 1º Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados em Adegas Cooperativas. Em 1998, no 1º Concurso Internacional de Vinhos, no Porto, a colheita de 1996 “Dão -

A UDACA – União das Adegas Cooperativas do Dão – foi criada em 21 de Maio de 1966 com o propósito de comercializar os vinhos provenientes e vinificados nas suas Adegas Cooperativas Associadas. Hoje, quase 50 anos depois, a sua missão mantem-se e os vinhos da UDACA são provenientes das suas 8 Adegas Cooperativas espalhadas por toda a região demarcada do Dão. Ao comercializar os vinhos provenientes das suas Adega Associadas, a UDACA consegue ser uma das mais nobres representantes desta re-

Quinta da Fata

Milénio” obteve a Medalha de Ouro. Também os vinhos brancos têm sido premiados. Em 1968 e 1978 obtiveram o primeiro prémio e em 1969, 1980 e 1996 o segundo prémio no Concurso dos Melhores Vinhos do Dão. Reserva Adega de Penalva Recentemente está entre os melhores 50 vinhos, distinguidos nos Estados Unidos da América.

Características Castas utilizadas: Vinho produzido a partir das castas recomendadas para a Região Demarcda do Dão: 50% Touriga Nacional e os restantes 50% à base de Jaen e Aragonês. Graduação alcoólica: 13% olos graCaracterísticas de Solo e Clima: Solos níticos com afloramentos xistosos. s. Clima es térmitemperado com grandes amplitudes cas anuais. imenta, Elaboração: Vinificado com curtimenta, urso de com controlo de temperaturas e recurso leveduras selecionadas. e carEnvelhecimento: Em barricas de valho francês e americano durante cerca de 6 meses. bi. Notas de prova: Vinho de cor rubi. aApresenta-se com aroma a frutos maduros, elegante, meloso, com um fi-nal de boca agradável. Diretrizes de consumo: Acompanha bem carnes vermelhas, de caça e queijos de sabor intenso. Temperatura a servir: 16 - 18º C. Conservação: Conservar em local ao abrigo da luz, com temperatura amena, constante e garrafa deitada. Apresentação: Garrafa de 0.75 L Estimativa de guarda: 10 anos.

Os vinhos da UDACA destacam-se pelo seu equilíbrio, pela forte personalidade do Dão ao serem vinificados somente com castas tradicionais da região, e destacam-se também pelos seus aromas frutados, elegantes e com excelente potencial para envelhecerem. Ma rcas como Dom Divino, Adro da Sé, Tesouro da Sé, Irreverente, UDACA, Porta do Fontelo, União, entre outras são alguns dos produtos que a UDACA comercia-

liza para os 4 cantos do mundo. Estes Vinhos são alvos de diversos reconhecimentos e prémios, como por exemplo a mais recente novidade: Tesouro da Sé Private Selection Medalha de Prata Concurso Nacional de Vinhos 2012; Medalha de Ouro + Prémio Prestigio Concurso os Melhores Vinhos Engarrafados no Dão 2012; Medalha de Bronze Decanter Asia Wine Awards 2012

Características Factores de qualidade Produzido num clima mediterrâneo, em solo acional granítico e de casta Touriga Nacional e Alfrocheiro Tecnologia Enológica Tradicional do Dão, vinificação o clásda até sica com temperatura controlada aos 28 º C durante 14 dias num estáarvagio de 12 meses em barrica de carvalho Allier Fino, seguindo-se de seis meses em garrafa Aptidões nta É um vinho que se apresenta anpronto para se consumir no entanais to poderá ser guardado por mais 10 anos Prova organoléptica o-Aspecto límpido, cor rubi prom fundo com reflexos violeta e um aroma fino com presença de no-a tas de ameixa e amora madura com nuances de baunilha fina,, chocolate preto e especiarias. Sabor Complexo, intenso e aveluda-do, com boa estrutura de elegan-tes taninos contribuindo paraa uma requintada persistência.

A Q u i nt a d a Fat a construída nos finais do século X I X está loca l i zada em Vi la r S e c o , n o m u n i c ípi o de Nelas. Com um ligeiro declive para Sul d á -l h e u m a e x p o s i ção soalheira que em tudo beneficia a qualidade do vinho. É produzido na quinta, utilizando os processos clássicos, com curtimenta em lagares de granito e estágio em

c a scos de c a r va l ho. Em pleno coração do Dão, encontra-se inst a l ad a nu m a encos t a s u a ve , e x p o s t a a Sul, em solos de origem granítica. O seu encepamento é const it u ído pel a s c a st a s nobres do Dão, utilizando os melhores colones criteriosamente escolhidos por Técnicos do Centro de Estudos Vitivinícola do Dão.

Vinhos A Quinta da Fata tem já uma longa história de reconhecimento da qualidade dos seus vinhos. São vários os prémios em concursos nacionais e internacionais que condecoram esta prestigiada quinta na zona do Dão.

Este ano, a Quinta da Fata, foi premiada pela AWC Vienna 2012, uma das mais reconhecidas competições, onde estiveram presentes mais de 11 mil vinhos de 1760 produtores de 37 nacionalidades.

Características Castas utilizadas: Touriga-Nacional,Tinta Roriz, Alfrocheiro Graduação alcoólica: 13% Características de Solo e Clima: Encosta suave, exposta a Sul, em solos de origem granítica. Elaboração: A fermentação, após desengace total das uvas é feita de forma tradicional em antigos lagares com pisa a pé, a uma temperatura 28 a 32º, seguindo-se a fermentação malolática em barricas de carvalho francês.Com estágio de um ano em barricas seminovas, o vinho passou para depósitos de inox, onde passou mais de um ano p para q que,, oroso frio do com a ajuda do intenso e rigoroso Inverno,tivesse apenas umaa estabiliral. Até ao zação e amaciamento natural. as uma liengarrafamento teve apenas geira filtração. oncentrado o Notas de prova: Vinho concentrado presenta-se na cor e limpido. No nariz apresenta-se punjante com notas de fruta madura e toques doces provenientes do estágio nta-se reem madeira. Na boca apresenta-se olume e dondo estruturado e com volume onioso. um final prolongado e harmonioso. róprio Mineralidade e frescura próprio do terroir, que confere ao vinho uma grande longevidade. omDiretrizes de consumo: Acomcaça panha bem pratos de carne,caça e queijos fortes. Temperatura a servir: 18ºº a 20º Conservação: Conservar em emlocal ao abrigo da luz, com temee peratura amena, constante garrafa deitada.


Jornal do Centro

VINHOS | ESPECIAL 23

30 | novembro | 2012

Adega de Silgueiros A Adega Cooperativa de Silgueiros, fundada em 1962, situa-se na região de Silgueiros. Situada no distrito de Viseu, Silgueiros

apresenta solos de origem franco arenosa, que proporcionam um aroma especial aos vinhos que aí se produzem e as suas

encostas viradas para a Serra da Estrela e para o rio Dão criam um clima único para a maturação das uvas.

ta-Roriz, Alfrocheiro e Jaen) e 20% de uvas Bra nca s(E ncr u zado, Malvazia-Fina, Bical e Cercial). Esta Adega tem vindo a ser reco-

nhecida por vários prémios e galardões atribuídos aos seus vinhos, como é o caso do Morgado de Silgueiros Tinto 2009.

Vinhos Esta Cooperativa é constituída por aproximadamente 2000 sócios que produzem 80% de uvas Tintas (Tour i g a - Na c i o n a l , T i n -

Características ísticas Castas utilizadas: Elaborado com as castas Touriga-Nacional,TintaRoriz,Alfrocheiro e Jaen vinificadas Notas de prova: Vinho de cor grená profundo com aromas de fruta de bosque aliados a notas de cacau na boca apresenta-se longo e complexo. Diretrizes de consumo: Este Vinho harmoniza na perfeição com a gastronomia Beirã

Publicidade

Exportação de vinhos portugueses aumenta Em termos interanuais, ou seja, os 12 meses até junho deste ano, o crescimento das exportações de vinhos nacionais atinge os 9,4%, de acordo com o presidente da associação responsável pela promoção dos vinhos no mercado interno e externo. “Há aqui alguns dados que não são extraordinariamente elevados, mas que são bons e que se se mantiverem por um período longo é excelente”, disse Jorge Monteiro, explicando que se o ano do setor fosse encerrado em junho o total anual móvel somaria 679 milhões de euros em exportações, mais 22 milhões do que em 2011. O presidente da ViniPortugal acrescentou que nos últimos 10 anos o setor assistiu a um crescimento anual

de 4,5% em valor, o que “visto ano a ano é pouco, mas é muito mais do que a economia”. Em termos externos, Jorge Monteiro salientou que em mercados como o Brasil e a Alemanha se registaram crescimentos de dois dígitos, enquanto a China está também com números “significativos”, ainda que a base de partida fosse pequena. O responsável da ViniPortugal lembrou que é preciso estar atento a

medidas protecionistas por parte das economias emergentes, à semelhança do que aconteceu com o Brasil este ano, quando aquele país quis elevar os impostos sobre os vinhos importados. “Temos que estar muito atentos e logo que haja conhecimento de uma ameaça dessas atuar”, disse Jorge Monteiro, sublinhando a importância de uma ação concertada entre vários intervenientes. LUSA


24

Jornal do Centro 30 | novembro | 2012

desporto Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com

Cartão FairPlay Para além das rivalidades, das “picardias”, de qualquer vaidade pessoal ou colectiva, o futebol volta a dar um exemplo. Tondela e Académico de Viseu vão disputar um jogo de futebol “solidário”. Os bombeiros agradecem, este ato que só engrandece ainda mais dois clubes já grandes por natureza. Filipe Moreira Académico de Viseu

Gil Peres

Futebol Solidário CD Tondela Académico de Viseu

A Primeiro teste com Filipe Moreira saldou-se por uma vitória (2-0) frente ao Tourizense II Divisão Nacional - Série Centro

Cartão FairPlay Funcionou a “chicotada” no Académico de Viseu. Pelo menos após a primeira avaliação. A equipa com Filipe Moreira terá feita a melhor exibição da época. O novo técnico teve esse mérito, mas que não se esqueça, nem se menospreze, que já havia trabalho feito. Natação Académico de Viseu

Cartão Vermelho Os resultados merecem um verde, garrido. Brilhante a equipa nos Regionais Absolutos, mas o press release referir-se ao clube como “Viseu”, não havia necessidade...

Académico deixa “água na boca” Exibição ∑ Viseense venceram e convenceram Deixou água na boca a primeira exibição do Académ ico de Viseu na era Filipe Moreira. Frente ao Tourizense, o Académico realizou uma meia hora inicial de muito bom nível. Com algumas alterações no 11 inicial, com Nuno Ricardo na baliza, e Tiago Gonçalves no banco – a dupla de centrais foi constituída por Campinho e Calico - o novo técnico apostou ainda em Zé Rui no lado esquerdo, com Hélder Rodrigues no apoio ao ponta de lança que continuou a ser David Nunez.

Foi um Académico rápido a pensar e a executar como Filipe Moreira gosta de ver as suas equipas a jogar. Muito futebol pelos flancos, trocas rápidas de bola e jogo até à linha de fundo com cruzamentos para o ponta de lança. Na primeira meia hora o Académico criou uma mão cheia de claras oportunidades de golo. Por grande mérito do guarda-redes do Tourizense, e também por falta de eficácia dos academistas, o nulo foi-se teimosamente mantendo até ao minuto 34, altura em que Hélder Rodrigues apro-

Liderança ∑ Cinfães venceu na Tocha

veitou uma sobra ao segundo poste para abrir o marcador. A partir daí o Tourizense procurou o empate com o Académico a controlar a partida, mas já sem o ritmo frenético da meia hora inicial. Na segunda parte o jogo foi mais repartido, também perante a postura do Tourizense que nunca se deu por vencido e apesar da chuva e do estado pesado do relvado do Fontelo, as duas equipas continuaram a proporcionar um bom jogo de futebol. O Académico sentenciou o resultado com uma

entrada fulgurante de cabeça de Zé Rui a um canto apontado do lado esquerdo do ataque viseense por Marco Almeida. Com uma vantagem de algum conforto, Filipe Moreira, optou por recuar estrategicamente a equipa, à espera do assalto final do Tourizense, e na expectativa de em rápidos contra-ataques voltar a marcar. Mais susto menos susto, o Académico chegou com a baliza incólume ao final e somou três pontos muito importantes. O Académico sabia que era vital vencer, não só

para moralizar para o futuro, mas para evitar que os adeptos na bancada mostrassem o seu desencanto, até por tudo o que envolveu a saída de Carlos Agostinho. Novo e sério teste na próx i m a jor n ada em Cinfães. O académico ainda esta época não venceu, nem marcou fora de casa. A visita ao líder poderá ser uma “prova dos nove” ao Académico de Filipe Moreira. Cinfães que vai liderando em parceria com o Anadia e que nesta jornada venceu na Tocha por 3 a 1.

Publicidade

Av. Dr. António José Almeida, 88 – 3510-042 Viseu Tel.: 232 409 960 / 1 / 2 Fax.: 232 405 334 Email: geral@okviagens.com

QUALQUER QUE SEJA O SEU DESTINO, LAZER OU NEGÓCIOS, OFERECEMOS-LHE A MELHOR OPÇÃO!

WWW.OKVIAGENS.COM


FUTEBOL | DESPORTO 25

Jornal do Centro 30 | novembro | 2012

Futebol

Unidos pela solidariedade O To n d e l a e o Académico de Viseu vão disputar no próximo sábado um jogo de futebol solidário, em que as receitas revertem a favor da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Tondela.

O encont ro ent re o Tondela, da II Liga, e o Académico de Viseu, da II divisão, vai ser disputado pelas 16h00 de sábado, no estádio João Cardoso, em Tondela, e pretende ajudar na compra de uma nova viatura de comba-

te a incêndios para os voluntários de Tondela que perderam um carro durante os incêndios do Verão. O bilhete para o jogo custa cinco euros. Será também o regresso de Filipe Moreira a Tondela, onde esteve muiPublicidade

II Liga Profissional

Tondela vai somando

A Mais quatro pontos em 2 jogos O Desportivo de Tondela somou ma is quatro pontos na dupla jornada de sábado e quarta. À v itór i a por 2 a 0 frente ao Penafiel, que teve tanto de categórica como justa, a formação liderada por Vítor Paneira foi até ao D. Afonso Henriques empatar a zero com o Vitória de Guimarães B. Terá sido mel hor o resultado que propriamente a exibição, mas os pontos têm destas coisas. Vale mais, por vezes, ser pragmático ao ponto de pensar nos objectivos sem olhar propriamente à forma como se conseguem. Nem sempre quem joga bonito ganha. Há daqueles jogos, daquelas tardes menos inspiradas, individual e coletivamente, onde há que usar desse pragma-

tismo e procurar o fundamental: o resultado final e os pontos. Certo é que cumprido um terço do campeonato, desta longa maratona de 42 jogos, o Tondela soma seis triunfos, cinco empates e quatro derrotas. Em ano de estreia não está nada mal. A equipa tem mantido a serenidade necessária de não embandeirar em arco nas vitórias nem entrar numa espiral depressiva nas derrotas, e isso tem “dedo” de Paneira. Exceptuando os “B” de Sporting e Benfica, o Tondela é o quinto melhor de todos os outros, e a curta distância pontual. Na próxima quarta-feira, jogo grande no João Cardoso. O Tondela recebe o Oliveirense e se vencer, no mínimo, sobe ao quinto lugar. GP

to perto de levar o clube à II Liga, mas agora como treinador do Académico de Viseu. Fora da Taça de Portugal, as duas equipas juntam o útil - jogo - ao agradável - a solidariedade. GP

A Paneira

A Filipe Moreira


26 DESPORTO | FUTSAL

Jornal do Centro 30 | novembro | 2012

II Divisão Nacional

III Divisão Nacional

Vencer no campeonato Viseu 2001 atrasou-se em casa e pensar na Taça O Viseu 2001 empatou a 2 golos com o Cohaemato em jogo da 6ª jornada da série A do Naciona l de Futsa l da II Divisão. Com este empate, a lé m d e d e s p e rd iç a r uma oportunidade de chegar à frente, a equipa viseense caiu para o quinto lugar da classificação. O Viseu 2001 soma 11

A ABC de Nelas vai receber o Desportivo das Aves Na série C da III Divisão Nacional de Futsal, o ABC de Nelas venceu o Casal Velho por 2 a 1 e subiu ao quarto lugar. A for m aç ão nelense somou o seu quarto triunfo em seis jogos e soma 12 pontos, menos dois que o líder, o Elétrico. Na próxima jornada, apenas dia 8 de dezembro, o ABC de Nelas vai jogar ao pavilhão do Ribeira de Frades, atual “lanterna vermelha” da série B. Publicidade

Publicidade

Entretanto a formação nelense tem este sábado, pelas 17h00, um jogo da Taça de Portugal. O ABC de Nelas joga em casa com a equipa do Desportivo das Aves, formação da série A da II Divisão Nacional. Na série B , ter m inou empatado a um golo o jogo entre o São Martinho de Mouros e o Futsal Azeméis. Partida da 6ª jornada entre dois “aflitos” sem que a formação do concelho de Resende tenha

pontos contra os 15 do Lameirinhas que está na liderança, mas que nesta jornada foi goleado por 6 a 2 no Boavista. Os a xadrezados são terceiros com 12 pontos e vão ser o próximo adversário do Viseu 2001, dia 9 de dezembro, no Pavilhão da Via Sacra. Quanto à AJAB de Tabuaço, nesta ronda perdeu no recinto do Póvoa

Futsal, equipa que ocupa a segunda posição. Derrota por 5 a 2, com a formação de Tabuaço a cair para o 10º lugar com 7 pontos. Na próxima jornada a AJA B recebe o Crecor. Formação de Tabuaço que este sábado, 1 de dezembro recebe o Gualtar em jogo para a III Eliminatória da Taça de Portugal. GP

Divisão de Honra de Viseu conseguido os três pontos que lhe permitiriam afastar-se mais do seu adversário. Com este empate o São Marinho de Mouros somou o seu quinto ponto no campeonato e ocupa a 10ª posição da geral. Na próxima jornada vai jogar ao Lamas Futsal. Quanto ao Rio de Moinhos, foi derrotado em casa pelo Arsenal Parada por 4 a 0. Uma derrota que deixa a formação de Sátão no 9º lugar com 5 pontos. GP

Sporting de Lamego só sabe ganhar O Sporting de Lamego soma e segue e vai-se assumindo com sério candiato à conquistar o título distrital de Futsal de Viseu, e a uma subida aso nacionais da modalidade. Na 7ª jornada a formação de Lamego manteve a tendência ganhador deste início de prova. Rece-

beu e derrotou a Casa do Benfica de Castro Daire por 6 a 4 no que foi um jogo entre candidatos. Foi a sexta vitória consecutiva do Sporting de Lamego que assim lidera isolada com 18 pontos, e com dois de vantagem sobre o Armamar que é segundo, embora o Lamego tenha ainda um jogo em

atraso, que lhe pode reforçar ainda mais a liderança. Na terceira posição vem o Sever que nesta jornada venceu em Viseu a Casa do Benfica. Triunfo por 7 a 1que deixou o Sever com 15 pontos, a um do Armamar e a três do líder Sporting de Lamego. GP


D Exposição “Santa Comba Dão no Feminino”

Jornal do Centro 30 | novembro | 2012

culturas

O Centro de Bem-Estar Social Professor Oliveira e Costa, em Pinheiro de Ázere, Santa Comba Dão, recebe no domingo, dia 2, a inauguração da exposição de fotografia “Santa Comba Dão no Feminino”, pelas 16h00.

Arcas da memória

Destaque

Festival Internacional de Teatro ACERT 18º FINTA∑ Cinco dias de teatro contra a crise Apesar da desfavorável conjuntura económica atual, que tem atingido grande parte dos portugueses e o setor da cultura em Portugal, a ACERT, em Tondela, continua a acretidar que “celebrar o teatro, é celebrar a vida” e, por esse motivo, vai realizar a 18ª edição do FINTA - Festival Internaacional de Teatro, entre os dias 5 e 9 de dezembro, no Novo Ciclo.

Programa Quarta, 5 21h00 - Abertura das Exposições “As aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy” e “Rabisca um Risco” 21h30 - Aperitivo Teatral “O Retrato de Mónica de Sophia de Mello Breyner” por António Rebelo 21h45 - “1325” Peripécia Teatro

Quinta, 6 14 h3 0 - A nte st rei a “Sermão aos Peixes” Trigo Limpo teatro ACERT (público escolar)

21h15 - Aperitivo Teatral 21h45 - “Tokio 3” Voadora (Galiza) 23h00 - Apresentação da revista “Ferramenta #3”

Sexta, 7 10h30 e 14h30 - Antestreia “Sermão aos Peixes” Trigo Limpo Teatro ACERT (público escolar) 21h00 - Visita guiada à exposição “As aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy” 21h15 - Aperitivo Teatral 21h45 - “Adormecida”

Teatro e Marionetas de Mandrágora 23h30 - “20 dizer” Trigo Limpo teatro ACERT

Sábado, 8 12h00 - “20 dizer” Trigo Limpo teatro ACERT [teatro na cidade] 15h00 - Formação “RabiscARTE” com enVide nefelibata 15h00, 15h45 e 16h30 - “Happy End” Voadora (Galiza) [teatro na cidade] 18h00 - Lançamento de Livro “Multiculturalidade, identidade e mestiçagem” de João Maria André

21h15 - Aperitivo Teatral 21h45 - Estreia “Sermão aos Peixes” Trigo Limpo Teatro ACERT 23h30 - “Degustação Artística” pela Casa do Sal

Domingo, 9 15h30 - Aperitivo Teatral “O Pastor Gabriel de Miguel Torga” por João Neca 16h00 - “A Cor da Língua” Tondela Solidária - Trigo Limpo teatro ACERT 21h30 - “Noite de Abraços” a João Luís Oliva

expos SÁTÃO ∑ Casa da Cultura Até dia 29 de dezembro Exposição de artesanato urbano “Pinceladas”, de Susana Santos.

VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 31 de janeiro Exposição de escultura “Elmos e Cilindros”, de Manuel Vaz.

Até dia 31 de janeiro Exposição de ilustração “O Lápis”, da Junta de Freguesia de S. João da Madeira.

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 13h40, 16h15, 18h50 Astérix e Obélix: ao serviço de sua magestada VP (M6) (Digital) Sessões diárias às 15h00, 17h40, 21h00, 23h40* Aristides de Sousa Mendes - o Cônsul de Bordéus (M6) (Digital) Sessões diárias às 14h40, 17h20 Força Ralph VP (M6) (Digital)

27

Sessões diárias às 14h30, 16h50, 19h20 A origem dos Guardiões VP (CB) (Digital) Sessões diárias às 21h40, 00h00* A origem dos Guardiões VO (CB) (Digital) Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h10, 00h15* 007 Skyfall (M12) (Digital) Sessões diárias às 21h30 (exceto 6ª), 00h10* Dos homens sem lei

(M16) (Digital) Sessões diárias às 13h50, 16h30, 19h10, 21h50, ooh30* A Saga Twilight: amanhecer parte 2 (M12) (Digital) Sessões diárias às 21h20, 23h50* Operação: outono (M12) (Digital) PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 13h30, 16h10 Fim de turno (M16) (Digital) Sessões diárias às 11h00*

(dom.), 13h40, 16h20, 19h00 Força Ralph VP (M6) (Digital 3D) Sessões diárias às 13h50, 17h00, 21h00, 00h10* 007 - Skyfall (M12) (Digital) Sessões diárias às 13h20, 16h00, 18h40, 21h20, 00h00* A Saga Twilight: amanhecer parte 2 (M12) (Digital) Sessões diárias às 18h35, 21h30, 00h30* Argo (M12) (Digital)

O “indiático” Aventureiro e piedoso – 2 De o “Indiático” já contei no último jornal, era uma beirão de coragem, como aqueles que o Infante D. Henrique quis levar para Ceuta e antes de ter embarcado para o mar, de águas mais nada sabia senão das águas do rio Vouga onde se banhara ainda em menino, presumo eu, que o rio descia da montanha e passava quase à sua porta na travessia que fazia das velhas Terras de Ferreira que foram Solar dos célebres Pachecos. Que era aventuroso, já dissemos. Mas do mar teve receio também que as naus e galeões que faziam a Carreira das Índias eram como a casca de noz dos brinquedos infantis quando o mar se alvoroçava e uma vez aconteceu que o mar tanto se alterou que a nau em que andava de batida com o vento deu à costa e naufragou. Ninguém soube quanta gente se perdeu. O “Indiático”, mais uma vez afortunado, deu à praia são e salvo. Homem de fé, ao ver velas rasgadas e o mastro já partido, achou que a salvação apenas por milagre lhe viria. Lembrouse nessa hora de uma imagem santa que era de grande devoção na cidade de Viseu e que tinha por seu trono o altar-mor da Catedral. Senhora do Altar-mor lhe chamavam já então. E esta grã Senhora, a Mãe de Deus que em brados invocou, ouviulhe a prece e, amerceada, lhe estendeu divina tábua. E o pobre se salvou.

Sessões diárias às 14h00, 16h40, 19h05, 21h40, 00h20* As voltas da vida (CB) (Digital) Sessões diárias às 11h00* (dom.), 14h10, 16h30, 18h50, 21h10, 23h30* A origem dos Guardiões VP (CB) (Digital 3D) Sessões diárias às 13h40, 17h15, 20h50 (exceto 6ª e sáb.), 21h50* Cloud Atlas (CB) (Digital) Legenda: * sexta e sábado

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

Francisco de Almeida e Gouveia, que este era o nome do “Indiático”, pôde, um dia, voltar à sua terra. Trazia na bagagem a soberba pele de um caimão de cujas fauces a Senhora da Lapa antes o livrara. Mas antes de subir à Serra veio às portas de Viseu que ali tinha promessa antiga para cumprir. Trazia já consigo alguns criados. Mandou dizer missa cantada e nos cofres da Senhora deixou, é de crer, valente esmola. E antes de partir fez ainda suspender em ferro que haveria no Arco Cruzeiro a pequena nau que construíra, memória da tormenta que levara aquela em que seguia. E por anos demorados, testemunho de milagre, lá ficou, pendurado, esse voto. O “Indiático” morreu em Vila Boa, a sua terra, numas nobres casas que ele alevantou e o tempo, na lonjura, já arrasou. Mas da pele do caimão que ele da Índia carregou ainda restam fragmentos que a gente pode ver e que eu vi hoje ainda, no dia em que escrevo, guardados talvez em memória de tão grande devoção, num desvão de rocha agora iluminado, nessa mesma penedia que abriga a Senhora da Lapa no Santuário da Serra.

Estreia da semana

A Origem dos Guardiões – É uma épica aventura que conta a história de um grupo de heróis, cada um com habilidades extraordinárias. Quando um terrível espírito conhecido como Pitch, tenta deitar as garras ao nosso mundo, os imortais guardiões têm de unir forças pela primeira vez para proteger os desejos, as crenças e a imaginação das crianças de todo o planeta.


28

culturas

D Flashmob contra a austeridade

Amanhã, dia 1, um conjunto de viseenses que pretendem lutar contra as medidas de austeridade, querem ser ouvidas e gostam de dançar vão fazer um Flashmob em frente à Câmara de Viseu, a partir das 15h00. O apresentador Pedro Fernandes, do programa “5 para a meia noite “ é o convidado especial, e irá tocar o último êxito “A Gamar com Style”.

Variedades

Stand up comedy em Vila Nova de Paiva O Auditório Municipal Carlos Paredes, em Vila Nova de Paiva, recebe amanhã, dia 1, um espetáculo de stand up comedy e anedotas, por Marco Pereira, finalista da “Academia de Humor da RFM”. O show está marcado para as 21h30. A entrada no espetáculo para maiores de 16 anos é livre.

Apresentação de “Fado & Jazz” Fado e jazz juntaramse através do pianista e compositor Paulo Lima e nasceu o DVD “Fado & Jazz”, hoje, dia 30, é apresentado no Hotel Montebelo, em Viseu, a partir das 21h30. Paulo Lima, ao piano, decidiu unir fado e jazz, criando novos arranjos musicais num ambiente mais harmonioso, sem desvirtualizar o essencial do fado. Desta forma, outros quatro músicos, Catarina Rocha (voz), Carlos Peninha (guitarra), Pedro Lemos (baixo) e Luís Nobre (bateria) com diferentes experiências, cruzam as suas influências musicais, fazendo de cada concerto um espetáculo original. Publicidade

Jornal do Centro 30 | novembro | 2012

O som e a fúria

III Gala de Solidariedade da APPACDM A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Viseu vai promover a terceira Gala de Solidariedade, no dia 5, quartafeira, no Teatro Viriato, a partir das 21h00.

Marco Paulo, 6 cordas, Toy, Filipe Pinto, Pimpampum, Tribal, Catarina Rocha, Fernando Pereira, Darko, Pedro Duva lle, A naqu i m , Fado & Ja zz e o Padre Víctor serão os convidados de uma

noite que promete ser de magia, apresentada por Sandrina Francisco e João Lobo. O evento surge no âmbito do Dia Internacional da Pessoa com Defeciência (dia 3 de dezembro).

Variedades

APPDA promove Gala Solidária A Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA) de Viseu promove a terceira Gala Solidária. O evento decorre hoje, dia 30, a partir das 21h00,

na Au l a M a g n a do Instituto Politécnico de V i s e u . O c a ntor Ricardo Azevedo é o artista convidado “especial” deste evento, uma vez que aceitou apadrinhar a causa do

Autismo. A e n t r a d a te m u m c u sto de 7,50 eu ros . Os bilhetes podem ser adquiridos na sede da APPDA, Junta de Freguesia de Abraveses e loja Marilú, em Viseu.

Dança

Viseu vai dançar amanhã até de madrugada Inserido no evento “Enérgica Ativa: desporto e arte 2012”, sob a direção artística da professora Mónica Baptista, o Alidanças organiza o espetáculo “Let´s Dance...2012 - O Relógio Mágico”, ama-

nhã, dia 1, no Pavilhão Multiusos de Viseu, a partir das 21h30. Durante a noite, vão atuar os bailarinos do ateliê Alidanças, Filipe Santos, o Fububeatbox, vencedor do programa “Portugal tem

Talento” e os alunos do Conservatório de Música Dr. Azeredo Perdigão. A festa continua numa discoteca da cidade. Os lucros revertem a favor da Aldeia de Crianças SOS de Portugal.

Descontos

Dias Aderentes na FNAC Viseu Voltaram os Dias Aderentes na FNAC Viseu. Hoje e amanhã, (30 e 1 de dezembro) a FNAC convida os aderentes do cartão a fazer as compras de Natal com descontos. Paralelamente, os dias serão marcados com atuações ao vivo de artistas viseenses. Hoj e , a p a r t i r d a s 21h30, a FNAC Viseu re-

cebe a estreia da fadista Clara Sevivas. Amanhã, a Escola de Jazz do Porto atua pelas 17h00 e a partir das 21h30, Guilherme Gomes, finalista do programa “Portugal tem Talento”, lança o audiobook da “Mensagem”, de Fernando Pessoa. O declamador estará presente numa sessão de autógrafos.

Depois de Twilight ou um outro lugar para os vampiros na cultura pop Durante décadas os storytellers criaram um estereótipo em torno das personagens vampíricas vulgamente associado e usado para retratar desvios nos comportamentos sexuais. Depois de “Breaking Dawn – Part 2”, será que a norma passou a ser a da castidade e pureza vampíricas? Sem dúvida que Stephenie Meyer não deixou a ficção dos sugadores de sangue no mesmo sitio onde a encontrou. As criaturas da noite que dominaram os filmes de horror durante décadas deram lugar a vampiros emotivos e com alma quase humana da saga Crepúsculo –, uma metamorfose certamente mais rentável aos cofres de Hollywood. Ainda que os vampiros possam ser encontrados no folclore de praticamente todas as culturas do mundo, grande parte da ficção contemporânea sobre estas sinistras criaturas vai beber a duas fontes: o Drácula de Bram Stoker, de 1892, e a sua adaptação (algo imperfeita) ao cinema, de 1931, por Bela Lugosi, no qual são patentes os limites da sexualidade humana na personagem da jovem e cândida Lucy Westenra. Outras versões ou adaptações da história de Drácula, também marcadas por stresses sexuais, são “Entrevista com um vampiro”, escrito por Anne Rice (autora de vários livros sobre vampiros bissexuais na década de 70), o Drácula de Bram Stoker, de 1992, cujo clímax é a violação de Lucy e o flirt com Mina e, hoje em dia, as séries de televisão, True Blood e The Vampire Diares, retratam os vampiros como criaturas explicitamente sexuais; a outra fonte é a saga de Stephenie Meyer. Ao contrário de quase todos os es-

Maria da Graça Canto Moniz

critores desde Bram Stoker, a inovação de Meyer foi a de usar os vampiros não para expandir ou desafiar os desafios da sexualidade humana mas para os reajustar ou até mesmo reinventar. Além disso, ao construir um novo vampiro, retraído, cheio de angústias e dúvidas morais, estrategicamente mudou o seu público-alvo para as adolescentes – um grupo por vezes negligenciado, mas sem dúvida que lucrativo em termos de audiências – rendidas ao “queridinho” do Edward. Nesta saga, a transgressão sexual não é explícita mas fica unicamente na superfície: Edward, um vampiro de 104 anos, apaixona-se pela jovem Bela Swan de 17 anos. Eu pergunto, será este o novo status quo da vampirada na sétima arte? Até agora, cada uma das tentativas de Hollywood para forjar um vampiro pós-Crepúsculo fracassou: Dark Shadows, retratou um Barnabas Collins (Johnny Depp) ainda menos ameaçador que Edward Cullen de Crepúsculo; Abraham Lincoln: Vampire Hunter, foi uma desilusão na bilheteira com a tentativa de trazer os verdadeiros vampiros de volta; Fright Night, que tentou casar o vampirismo sedutor de Crepúsculo com o mais sangrento, não conseguiu encontrar audiência apesar das críticas positivas. O que os vampiros precisam é de uma mente criativa como a de Christopher Nolan, que empregou ideias filosóficas para reviver Bataman ou de um JJ Abrams, que trouxe Star Trek de volta aos seus princípios, agradando aos fãs velhos e novos no processo.


D “Introdução aos Leilões” na Empório

Jornal do Centro 30 | novembro | 2012

culturas

29

A Empório, em Viseu, promove a quarta oficina de “Introdução aos Leilões”, amanhã, dia 1, a partir das 15h00. Dedicada aos leilões, às suas virtualidades e paradigmas funcionais, não se pretende uma análise exaustiva, mas sim o introduzir a um mundo específico dentro do património cultural móvel.

Paulo Neto

Cinema

A Rodrigo Francisco, presidente do CIne Clube de Viseu

Cine Clube de Viseu há 57 anos a passar fitas O Cine Clube de Viseu faz 57 anos. É já uma vetusta instituição de meia-idade. Qual o seu estado de saúde? Decadente ou cheia de vida?

Um cine clube que chegue aos 57 anos tem razões para celebrar. O CCV realiza 45 projecções/ano, envolve 2.500 alunos/ano em actividades de sensibilização e formação para o cinema e audiovisual, publica o Argumento desde 1984, uma das raras publicações de cinema existentes em Portugal. Em 2011, a actividade do CCV contou com a participação de 7 mil pessoas. Para muitos viseenses, o CCV tem sido uma escola de cinema. Porquê?

O papel dos cine clubes consiste em garantir o acesso do público a uma oferta de cinema não orientada para o lucro, onde os filmes são exibidos independentemente do retorno de bilheteira que possam gerar. O CCV acompanha

as suas sessões, desde 1955, com textos críticos, debates com realizadores e actores, apurando um sentido crítico e um olhar mais atento para o fenómeno fílmico. Com os seus recursos, o CCV trabalha com as crianças mais pequenas: estamos a realizar projecções, oficinas de cinema de animação e a preparar uma ida à sala de cinema com 12 grupos do pré-escolar do concelho, ao longo do ano lectivo. Quais os critérios definidos pela Direcção na selecção dos filmes exibidos?

No caso dos cine clubes, antes dos critérios que orientam a programação, surgem as condicionantes que nos afectam. A começar pelas limitações da distribuição cinematográfica, do cinema clássico, por exemplo. Ou dos autores contemporâneos, como Bela Tarr, realizador de “O cavalo de Turim”, uma

lenda viva do cinema europeu, que só em 2012 teve um filme seu distribuído nas salas nacionais (veio tarde, porque o Tarr garante que foi o seu último filme…). E há filmes inacessíveis ao CCV por força dos valores pedidos ou porque não temos equipamento adequado. A exibição de filmes é normalmente enquadrada em ciclos temáticos, possibilitando espaços de análise enriquecedores: ciclos sobre cinematografias específicas (Oriental, Europeia, América Latina), autores (Gus Van Sant, António Campos), e diversos temas (infância, intervenção social).

100%. O CCV realizou todos os ciclos de cinema previstos, começando pelo cinema europeu, e terminando com o cinema português. Dedicámos várias sessões a um nome fundamental do cinema português, António Campos, com cópias cedidas pela Cinemateca Portuguesa. E a Praça D.Duarte voltou a ver 4 sessões de cinema ao ar livre, assinalando os 30 anos desta actividade em Viseu, sendo uma dessas noites dedicada ao VISTACURTA – Festival de Curtas de Viseu (organizado pela EMPÓRIO projecto património e CCV).

Neste ano de 2012 quais foram as vossas grandes apostas cinematográficas?

Começamos, em Janeiro, com o ciclo de cinema europeu, dedicado à produção mais recente de cinema do nosso continente. Estamos a preparar uma mostra de novíssimo cinema brasileiro e uma reedição da colaboração com a

A maior aposta foi manter o número de sessões, num ano em que o Estado reduziu o financiamento ao sector do cinema, não em 10, 20 ou 50%, mas a

E para 2013, que ciclos vão privilegiar?

Cinemateca para divulgar a obra do cineasta António Reis. No ciclo europeu, o último filme dos irmãos Taviani, “César deve morrer”, e um filme galego inédito em Portugal, “Crebinsky”, são algumas das sessões que iremos apresentar.

Quem fundou, em 1955, o CCV?

Inicialmente, uma comissão organizadora, até serem eleitos, em 1956, os primeiros corpos gerentes. O processo exigiu muita dedicação já que os responsáveis calcularam que era necessário um número mínimo de 350 associados para viabilizar a actividade. A primeira sessão de 16 de Dezembro, no Cine Rossio, só avançou depois de garantida essa condição.

Quantos associados têm neste momento? Quanto custa ser sócio e quais as

vantagens?

Os associados têm diversos benefícios, descontos nas actividades, envio semanal dos textos de apoio das sessões. Temos, em parceria com instituições culturais e empresas da região, um conjunto de descontos em compras e serviços à disposição dos associados. Procuramos sensibilizar para a importância de um projecto que diversifica a oferta cultural da cidade, cuja finalidade não lucrativa depende, em grande medida, do entusiasmo e participação dos associados. Temos 300 associados que pagam uma quota anual de 20 euros, ou 12,50 euros no caso de menores de 25 e maiores de 65. Para quando a sede prometida pela CMV?

As obras estão a decorrer e os prazos são definidos pela Viseu Novo. Paulo Neto


Jornal do Centro

30

30 | novembro | 2012

em foco

Micaela Costa

Espetáculo de manobras na PSA Mangualde

Publicidade

Empresas Cruzeiros

Voos Hotéis Neve Praia Circuitos

A FR Travel tira partido do profissionalismo e dinamismo dos seus colaboradores, oferecendo um serviço diferenciado, de excelência e confiança que aposta na personalização do atendimento e na busca constante das melhores opções de viagem.

Pacotes à medida Grandes Viagens

FR Travel , consigo em todo o mundo!

Rent-a-car Viagens de grupo

Na FR Travel somos apaixonados pelo que fazemos e isso faz toda a diferença

FR TRAVEL – Viagens e Turismo, Lda | NIPC/CRC Viseu n.º510024300| RNAVT – 3119 Rua Alexandre Herculano, 194 – 3510-033 Viseu | Tel. 232406610 | Fax. 232406878 | geral@frtravel.pt | http://www.frtravel.pt

Publicidade


Jornal do Centro

31

30 | novembro | 2012

saúde e bem-estar Opinião

APCV assinala 30 anos com seminário

Dislexia, descodificação e compreensão

A Associação de Paralisia Cerebral de Viseu (APCV) realiza hoje e manhã, no Hotel Montebelo, o seminário “Vários Caminhos... uma Finalidade”. O encontro, assinala o encerramento das comemorações dos 30 anos da instituição que começaram no início do ano. As conferências sobre paralisia cerebral vão contar com vários especialistas que abordarão temas como a inclusão laboral, a acessibilidade urbana, a sexualidade da pessoa com deficiência e o desporto na paralisia cerebral. Para além de técnicos e dirigentes associativos na área, o seminário vai ter a vários testemunhos na primeira pessoa. A homenagem a atletas,

DR

Pontos altos∑ Testemunhos na primeira pessoa e homenagem a paraolímpicos

A O encontro decorre sexta e sábado no hotel Montebelo dirigentes e profissionais que integraram atividades paraolímpicas portuguesas ao longo dos 30 anos da APCV será um dos pontos altos do seminá-

rio, marcada para sábado, às 17h15. A APCV dá apoio a mais de 500 utentes através de um projeto que tem vindo a desenvolver no distrito.

A par da sede de Viseu, a APCV dispõe de um pólo em Oliveira do Conde, Carregal do Sal. Emília Amaral

Os exames nacionais aproximam-se. A luta por uma melhor compreensão do que é a Dislexia continuará a ter lugar, reforçada, em Viseu, pela presença do Centro de Dislexia da Universidade Católica Portuguesa. É urgente perceber o que leva os alunos com dislexia a requererem, por exemplo, leitura de prova por parte do docente! Para tal, é necessário entender o que é a dislexia. “Dislexia é uma dificuldade específica de aprendizagem, de origem neurobiológica. É caracterizada por dificuldades na correção e/ou fluência na leitura de palavras e por baixa competência leitora e ortográfica. Estas dificuldades resultam de um défice fonológico, inesperado, em relação a outras capacidades cognitivas e às condições educativas. Secundariamente podem surgir dificuldades de compreensão leitora, experiência de leitura reduzida que pode impedir o desenvolvimento do vocabulário e dos conhecimentos gerais” (Associação Internacional de Dislexia, 2003). Trata-se, assim, de uma dificuldade específica de aprendizagem, persistente ao longo da vida do indivíduo que está frequentemente associada ao insucesso escolar e a baixos níveis de qualificação académica e profissional. Dislexia, Descodificação e Compreensão. Ao contrário da capacidade

para falar, que parece vir inscrita nos genes que ditam o que somos, a arte de ler surge como “uma aquisição cultural”, resultante do espaço físico e social que envolve a criança e que exige a atuação coordenada e simultânea de diferentes processos cognitivos gerais (como a atenção, a memória) e específicos à leitura. Mas ler não é apenas decifrar as palavras: ler é compreender. A compreensão da leitura requer que a descodificação (isto é, estabelecer a correspondência grafemafonema) ocorra de forma automática, sem esforço, para depois poderem atuar outros processos mais complexos de análise sintática e semântica. E aqui reside a razão pela qual grande parte dos alunos disléxicos (excetuar-se-ão, eventualmente, os que beneficiaram de uma intervenção muito cedo e verdadeiramente especializada) necessita de leitura de prova por parte do docente: porque a leitura que empreendem não é automatizada, logo, não é compreensiva. A Equipa do Centro de Dislexia da Universidade Católica Portuguesa de Viseu


Jornal do Centro

32 SAÚDE & BEM-ESTAR

A iniciativa “Enérgica Ativa Desporto e Artes” que vai decorrer ao longo de todo o dia de sábado no pavilhão Multiusos de Viseu, arranca com uma recolha de sangue a favor do centro Hospitalar Tondela - Viseu, a partir das 9h30. O espaço saúde do evento prolonga-se até às 16h00. Durante esse período vai ainda realizar-se

um curso de suporte básico de vida com a participação dos enfermeiros, Bruno Jesus e Sérgio Realista. “Enérgica Ativa Desporto e Artes”, organizada pela Associação Juvenil de Viseu Enérgica, vai disponibilizar um conjunto alargado de atividades ao longo do dia (ver programação na seção Culturas). EA

Cuidados continuados em debate na ESSV A Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viseu recebe dia 6 de dezembro a I Conferência de Cuidados Paliativos “Cuidar em Fim de Vida, um Desafio à Excelência de Cuidados”. O evento é organizado pelo Curso de Pós-graduação em Cuidados Paliativos.

O encontro vai contar com a participação de vários especialistas nacionais e locais sobre a especialidade. O presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, Manuel Luís Capelas é um dos convidados para falar dos “Cuidados Paliativos em Portugal”. EA

Caminhada Voluntária percorre Lamego Este sábado, dia 1 de dezembro, decorre em Lamego a Caminhada Voluntária, no âmbito do 20º aniversário da Liga dos Amigos do Hospital de Lamego. A iniciativa pretende ainda assinalar o Dia Internacional do Voluntariado. O programa de atividades começa às 9hoo, no Parque Isidoro Guedes, com a realização de diversos rastreios e a abertura de inscrições. A partir das 10h00, os participantes iniciam o percurso pedestre, numa distância de sete quilómetros, que terá como momento simbólico uma passagem pelo novo Hos-

pital de Proximidade de Lamego, construído junto ao nó da A24. As primeiras 100 inscrições recebem uma tshirt de oferta, para além da distribuição de diversos brindes. Com o apoio da Câmara Municipal de Lamego, da Lamego ConVida EEM

e do Centro Municipal de Marcha e Corrida, a Caminhada Voluntária é assumida pela organização como mais uma oportunidade de convívio para o crescente número de praticantes de marcha e corrida no concelho. Emília Amaral

As crises de ansiedade/pânico São caracterizadas por episódios intensos de medo, acompanhadas por alguns dos seguintes sintomas: • Palpitações; • Dificuldade em respirar; • Sudorese; • Tonturas /sensação de desmaio; • Náuseas, dor no estômago ou diarreia; • Dor/aperto no peito; • Sensações de calor/frio; • Formigueiros; • Tremores; • Sensação de irrealidade, como se estivesse “num sonho”; • Medo de perder o controlo ou morrer. Podem aparecer sem razão aparente ou face a uma situação do dia-a-dia, em geral não geradora de ansiedade. E ste s si ntom a s duram minutos, diminuindo prog ressiva mente ao longo de meia a uma hora. Quando a pessoa não percebe o que está a passar, o medo que tais sensações provocam, é, por si só, responsável pelo aumento dos sintomas, criando-se um ciclo

do qual é difícil sair. Existem tratamentos eficazes para a doença, pelo que deve pedir imediata ajuda clínica caso se identifique com os sintomas descritos. As crises de pânico e fobias respondem bem e rapidamente ao tratamento, sendo que farmacoterapia, a psicoterapia ou a sua combinação são de grande eficácia no tratamento destas doenças. Ficam, no entanto, alguns recursos para as alturas em que surja um pensamento inquietante ou quando esteja perante grande tensão: • Aprender uma técnica de relaxamento corporal e mental. • Aprender a distrair-se, ao surgir um pensamento que cause ansiedade. • É muito importante perceber que a crise de ansiedade, por si mesma, não é prejudicial. Há que convencer-se de que “NÃO VAI ACONTECER-LHE NADA”; Há apenas que esperar; não se deve tentar fugir. Depois de um tempo suficiente,

Opinião

Ana Granja da Fonseca Odontopediatra, médica dentista de crianças CMDV Kids - anagranja@netcabo.pt

O sorriso do seu filho (I)

Efeméride ∑ Dia Internacional do Voluntariado

DR

Recolha de sangue no Multiusos

30 | novembro | 2012

“O MEDO ACABA POR PASSAR”; É semelhante a atirar uma seta ao ar: por mais que se contraia o arco, a flecha sobe até um ponto, começando, de seguida, a cair. • Respire devagar e profundamente. “A solução para não dar importância demasiada à ansiedade é aceitá-la inteiramente” (Beck & Emery). Permita que a situação flua normalmente. Não permita que a ansiedade seja responsável pelo que pensa, sente e faz. Aja como se não sentisse ansiedade. Se necessário abrande o seu ritmo, mas continue sempre. Se evitar a situação, a sua ansiedade descerá mas o seu medo aumentará e irá controlá-lo. Contudo se enfrentar a situação, quer a ansiedade quer o medo, tenderão a desaparecer. Espere o melhor. O que teme, raramente ou nunca acontece. Mantenha uma atitude positiva! Ana Rita Silva, Psicóloga JS Clínica Médica

Higiene Oral É aos 6 meses que surge o 1º dente e é nesta altura que a rotina de higiene oral deve começar. A limpeza deve ser feita com uma compressa ou gaze húmida e a partir dos 1 ano - 2 anos pode introduzir a escova, sem dentífrico ou com uma fórmula apropriada, mas sempre com a sua ajuda. Até aos 5 ou 6 anos devem ser os pais a fazer a escovagem. Depois a criança deve ser super visionada até aos 10 ou 12 anos. O ideal é realizar três escovagens diá rias com a duração de 2 a 3 minutos cada. Opte por uma escova pequena de cerdas macias e um dentífrico específico, cujo menor teor em f lúor reduz o risco de intoxicação. O facto do sabor ser agradável e de não haver supervisão pode levar a criança a ingerir o dentífrico. O elixir e o fio dentário surgem assim que a “ m at u r id ade” d a criança o permitir e sempre com a supervisão de um adulto. Dieta correcta O pior inimigo dos dentes são os alimentos ricos em açúcar, mas o leite também pode fazer estragos se for dado após a última escovagem. Sempre que possível inclua os doces na refeição ou dê-os preferencialmente em casa para a sensibilizar para a escovagem logo depois. A cr i a nç a deve ter ainda uma dieta rica em cálcio, fósforo e vitamina D. (continua)


Jornal do Centro

CLASSIFICADOS 33

30 | novembro | 2012

ANGARIADOR DE ASSINATURAS Faça parte da equipa do Jornal do Centro.

EMPREGO IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020 Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100 Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844 Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126

Ligue 232 437 461 ou envie CV para: publicidade@jornaldocentro.pt

Outros operadores de máquinas de imprimir - Artes gráficas. Tarouca - Ref. 587820907 Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira - Ref. 587823653 Condutor de máquina de escavação. Lamego - Ref. 587858819

Canalizador. Lamego - Ref. 587869103

Serralheiro civil. Lamego - Ref. 587873168

Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222

Enfermeiro. São João da Pesqueira - Ref. 587875029

Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870

Cozinheiro. Sernancelhe - Ref. 587877167

Canteiro. Lamego - Ref. 587823179

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SUL Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170 e-mail: cte.spedrosul.drc@iefp.pt

Padeiro, em Geral Ref. 587823363 – tempo completo – São Pedro do Sul

Serralheiro Civil Ref. 587872592 – tempo completo – Oliveira de Frades

Pedreiro Ref. 587866642 – tempo completo – Oliveira de Frades

Soldador de Arco Electrico Ref. 587872707 – tempo completo

– Oliveira de Frades Serralheiro Civil Ref. 587877525 – tempo completo – Oliveira de Frades

Soldador de Arco Electrico Ref. 587877706 – tempo completo – Oliveira de Frades

CENTRO DE EMPREGO DE TONDELA Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320 e-mail: cte.tondela@iefp.pt

Empresa em Viseu procura Administrativa/o com - Licenciatura em Direito preferencialmente - Bons Conhecimentos de informática nomeadamente em (Word, Excel, Outlook) - Boa capacidade oral e escrita em português e inglês - Boa apresentação - Excelente capacidade de organização e trabalho em equipa Enviar Currículo Vitae com foto para geral@3xlsegurancaprivada.pt

Marceneiro Ref. 587800256 - Carregal do Sal A tempo completo Outras costureiras, Ref. 587839124 - Carregal do Sal Outros estucadores Ref. 587872760 - Carregal do Sal A tempo completo.

Carpinteiro de limpos Ref. 587883429 - Carregal do Sal A tempo completo.

Cortador de carnes verdes Ref. 587877191 - Tondela A tempo completo

Bate-chapas de veículos Ref. 587822404 - Tondela

Eletromecânico Ref. 587889139 - Tondela A tempo completo

Padeiro, em geral Ref. 587837876 - Tondela A tempo completo Técnico em higiene Ref. 587874628 - Tondela

Empregado de mesa Ref. 587893064 - Tondela A tempo completo

Fiel de armazém Ref. 587893067 - Tondela A tempo completo Servente de armazém / carregador - serviço de catering Ajudante de cozinha Ref. 587893071 - Tondela A tempo completo Ajudante de cozinha com muita experiência - serviço de catering

CENTRO DE EMPREGO DE VISEU Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460 e-mail: cte.viseu.drc@iefp.pt

Esteticista Ref. 587870029 - Tempo Completo - Viseu Cabeleirira Ref. 587868125 – Tempo Completo - Viseu Cozinheiro

Ref. 587862301 - Tempo Completo - Viseu Estucador Ref. 587872917- Tempo Completo - Viseu Soldador a metal ou solda forte Ref. 587878046- Tempo Completo

– Viseu Carpinteiro de limpos Ref. 587873509 - Tempo Completo - Viseu Pasteleiro Ref. 587873118- Tempo Completo – Viseu

Pintor superfícies metalicas Ref. 587884692 - Tempo Completo - Mangualde Cortador Carnes Verdes Ref. 587885012- Tempo Completo - Nelas

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.


Jornal do Centro

34 CLASSIFICADOS

30 | novembro | 2012

INSTITUCIONAIS

NECROLOGIA Padre João Crisóstomo, 70 anos, solteiro. Natural e residente em Eiriz, Parada de Ester. O funeral realizou-se no dia 18 de novembro, pelas 11.30 horas, para o cemitério de Parada de Ester.

Manuel Pereira, 61 anos, casado. Natural de Pindelo dos Milagres e residente na Bélgica. O funeral realizou-se no dia 29 de Novembro para o cemitério de Pindelo dos Milagres.

Valentim Pereira Ferreira, 69 anos, casado. Natural e residente em Codeçais, Ermida. O funeral realizou-se no dia 25 de novembro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Codeçais.

António Correia Lopes, 75 anos, casado. Natural de Rio de Loba e residente no Bairro Norad, Campo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 29 de Novembro para o cemitério de Campo.

António Dias Duarte, 62 anos, casado. Natural e residente em Codeçais, Ermida. O funeral realizou-se no dia 26 de novembro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Codeçais.

Manuel Barrocas, 87 anos, casado. Natural e residente em Paraduça, Calde, Viseu. O funeral realizou-se no dia 29 de Novembro para o cemitério de Póvoa de Calde.

Agência Morgado Castro Daire Tel. 232 107 358

Agência Horácio Carmo & Santos, Lda. Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251

José Daniel Santos Couto, 15 anos, solteiro. Natural e residente em Espinho, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 25 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Espinho.

Berta da Conceição Fernandes Simões, 87 anos, viúva. Natural de Silgueiros e residente em Casal Meão, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 24 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Silgueiros.

Carlos da Cruz Jardim, 88 anos, casado. Natural e residente em Vila Garcia, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 27 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Fagilde.

Maria da Conceição de Jesus Ferreira, 73 anos, viúva. Natural de Rio de Loba e residente em Vila Chã de Sá. O funeral realizou-se no dia 27 de novembro, pelas 14.15 horas, para o cemitério de Rio de Loba.

José Lopes Cabral, 89 anos, casado. Natural de Santiago de Cassurães e residente em Póvoa de Cervães, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 29 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Póvoa de Cervães.

Mário de Loureiro, 91 anos, viúvo. Natural e residente em Casal Jusão, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 27 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Silgueiros.

Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652

Agência Funerária Balula, Lda. Viseu Tel. 232 437 268

Maria da Conceição dos Santos, 82 anos, viúva. Natural de Lageosa, Tondela e residente em Póvoa, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 28 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Lageosa.

Quelídia Gomes de Figueiredo, 97 anos, viúva. Natural de Forles, Sátão e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 24 de novembro, pelas 11.30 horas, para o cemitério de Segões, Moimenta da Beira.

Agência Funerária Nisa, Lda. Nelas Tel. 232 949 009

Maria do Espírito Santo Antunes, 85 anos, casada. Natural e residente em Vila Boaldeia, Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Boaldeia.

Isaac Esteves Gil, 53 anos, casado. Natural de Ferreirim, Lamego e residente em Barroncal, Ferreirim, Lamego. O funeral realizou-se no dia 27 de novembro, pelas 11.00 horas, para o cemitério de Ferreirim.

Agência Funerária de Figueiró Viseu Tel. 232 415 578

Agência Funerária Maria O. Borges Duarte Tarouca Tel. 254 679 721

Cândida Nogueira da Rocha, 95 anos. Natural de Bonfim, Porto e residente em Vila Nova do Campo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 24 de novembro, pelas 11.00 horas, para o cemitério de Campo.

Aurora Nunes Rodrigues, 77 anos, casada. Natural e residente em Campo - Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de Novembro para o cemitério de Campo.

António de Aguiar Amaral, 85 anos, solteiro. Natural de Romã, Sátão e residente no Lar de São Caetano, Viseu. O funeral realizou-se no dia 25 de novembro, pelas 11.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

1ª Publicação

Luis Vitor de Jesus, 55 anos. Natural de Almargem, Calde e residente no Canadá. O funeral realizou-se no dia 18 de Novembro para o cemitério de Póvoa de Calde. Maria Brilhantina, 80 anos, casada. Natural e residente em Várzea de Calde, Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de Novembro para o cemitério de Póvoa de Calde.

António Ferreira Batista, 81 anos, casado. Natural de Rio de Loba e residente em Travassós de Baixo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério velho de Rio de Loba. Fernando Rodrigues Soares, 76 anos, viúvo. Natural de Santos Evos e residente em Carragoso, Santos Evos. O funeral realizou-se no dia 27 de novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Santos Evos.

Herminio Pais, 85 anos, casado. Natural e residente em Campo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 21 de Novembro para o cemitério de Campo.

Laurinda da Cunha Rodrigues, 73 anos, casada. Natural e residente em São João de Lourosa. O funeral realizou-se no dia 28 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério local.

Silvina Lourença, 91 anos, viúva. Natural e residente em Vilar do Monte, Calde, Viseu. O funeral realizou-se no dia 21 de Novembro para o cemitério de Calde.

António Caetano Jesus, 88 anos, viúvo. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Viseu.

Arminda Lopes de Oliveira, 91 anos, viúva. Natural e residente em Lustosa, Ribafeita, Viseu. O funeral realizou-se no dia 21 de Novembro para o cemitério de Ribafeita. Umbelina Paulo, 92 anos, solteira. Natural e residente em Ribafeita, Viseu. O funeral realizou-se no dia 25 de Novembro para o cemitério de Ribafeita.

Irene da Conceição Ribeiro Bastos, 78 anos, viúva. Natural de Murça, Vila Real e residente em Santiago, Viseu. O funeral realizou-se no dia 29 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131

Primeira cremação realizada em Viseu Maria de Fátima Correia de Araújo Pereira 24/10/1931 - 03/11/2012 AGRADECIMENTO

Seus filhos, noras, genros e netos, vêm por este meio agradecer a todos aqueles que, tão carinhosamente, acompanharam a sua ente querida à última morada, bem como a todos os que de alguma forma manifestaram o seu pesar. Pelas 18h00 do próximo dia 3 de dezembro, será celebrada a missa do 30º dia, na Igreja de Coração de Jesus (igreja nova), em Viseu. Viseu, 30 de novembro de 2012

Galileu Sanches Cord e i r o fo i o p r i m e i r o corpo a ser cremado no recém inaugurado Crematório de Viseu. O homem, natural de Sátão, foi a cremar no dia 19 de novembro, segunda-feira. As cinz a s for a m c olo c a d a s numa urna, sem qualquer identif icação, no Jardim da Memória. A cremação não põe em causa a espiritualidade nem a crença religio sa, podendo ser enca-

rada como mais efetiva, permitindo uma maior bondade e carinho no destino de dar às cinzas. A cremação é uma resposta ecológica, com menores custos para as famílias, relativamente aos enterros tradicionais. As insta lações do Crem atór io de Vi seu foram inauguradas no dia 30 de outubro, pelo presidente da Câmara Mu n icipa l , Fer n a ndo Ruas.

(Jornal do Centro - N.º 559 de 30.11.2012)

ZÉ DA PINHA Vende Pinha (Sacos c/ mais de 50 pinhas) Entrega em casa junto ao grelhador e à lareira.

Terra para Vasos (Sacos 5Kg.) Aparas de madeira para lareira e grelhador. T. 967 644 571 zedapinha2011@gmail.com


Jornal do Centro

35

DEscreva-nos para:

30 | novembro | 2012

clubedoleitor

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

CARTA DO LEITOR

CHOVE NAS GRADES (Em torno da memória e do futuro) “Não caiu, Não cairá”

Miguel Alves Diretor dos EPs Viseu e Lamego

O trabalho prisional faz parte da história de Portugal desde há muitos séculos. Revisitei recentemente Alexandre Herculano que, na sua escrita poderosa, encorpada, substantiva, de uma lucidez histórica, sociológica e política rara e ao mesmo tempo minuciosa e sintética das questões humanas fundamentais, também o inclui. Nele e no século XIX, como hoje e nos grandes escritores universais, estão lá todos os grandes dramas da sociedade e os dilemas fundamentais da alma humana. Nos quais se incluem também as prisões e os presos nas suas diversas expressões históricas.

Também os presos e o trabalho prisional teriam que ter nele o seu lugar. Sintetizo a lenda histórica e a sua narrativa: Mestre Afonso Domingues era o maior “arquiteto” português e dos maiores do seu tempo. Foi ele quem delineou inicialmente aquilo que é hoje o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais conhecido como Mosteiro da Batalha, responsabilidade que lhe foi atribuída por D. João I. Quando apenas faltava construir a abóbada da Casa Capitular do Templo, o Mestre cegou. D. João I, em sinal de gratidão, atribuiu-lhe uma tença (reforma) e entregou a obra ao “arquiteto” irlandês David Ouguet, facto que muito desagradou a Mestre Afonso Domingues por ele se entender capaz de a concluir apesar de cego. O “arquiteto” irlandês era “bom homem, excelente homem: não fazia aos seus semelhantes senão o mal absolutamente indispensável ao seu pró-

HÁ UM ANO

Publicidade

EDIÇÃO 507 | 2 DE DEZEMBRO DE 2011 Publicidade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

DIRECTOR

Publicidade

UM JORNAL COMPLETO pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA pág. 06 > ABERTURA pág. 10 > REGIÃO pág. 16 > EDUCAÇÃO pág. 16 > ESPECIAL pág. 18 > ECONOMIA pág. 23 > SUPLEMENTO pág. 27 > ESPECIAL pág. 30 > DESPORTO pág. 36 > CULTURA pág. 40 > EM FOCO pág. 41 > SAÚDE pág. 44 > CLASSIFICADOS pág. 47 > CLUBE DO LEITOR

prio interesse. Seria capaz de se empoleirar sobre o cadáver de seu pai para tocar a meta de qualquer desígnio ambicioso. Com três frases ocas, dava pano para se engendrarem dele dois grandes homens e Estado” (onde é que nós já vimos isto?). Após concluir a abóbada e serem retirados os “simples” (andaimes e cofragens), a mesma caiu com grande estrondo numa altura em que o Rei se encontrava no Mosteiro para assistir ao Auto da Adoração dos Reis. Na sequência deste desastre, a abóbada foi de novo entregue pelo Rei a Mestre Afonso Domingues, não sem antes ter havido entre ambos um diálogo que é uma obra prima sobre as relações entre o poder e aqueles que o servem e do carácter instrumental com que aquele utiliza o esforço, a dedicação e o génio daqueles de quem precisa e o servem. Quando a obra acabou, Mestre Afonso Domingues colocou no chão e no centro

Paulo Neto

Semanário 2 a 8 de Dezembro de 2011 Ano 10 N.º 507

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU

· www.jornaldocentro.pt | Repeses - Viseu · redaccao@jornaldocentro.pt · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 | Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225

“O Museu de Lamego, se não realizar as grandes obras, fica totalmente desactualizado” Agostinho Ribeiro, director do Museu, em entrevista exclusiva ao Jornal do Centro

Publicidade

Paulo Neto

| páginas 38 e 39

∑ “Arroz dos pobres” é projeto de valorização gastronómica

∑ Rádio Noar deixa de emitir ∑ Viseu e Matola assinam geminação ∑ Politécnico de Viseu destaca-se no ranking ∑ Fruta volta às escolas de Viseu no segundo período

∑ Feira do Míscaro leva apreciadorse a Sátão ∑ ACERT aposta no FINTA para “fintar” a crise

da abóbada um bloco em pedra onde se sentou e donde não saiu até serem retirados os “simples”. Caso a abóbada caísse, ficaria desfeito debaixo dos escombros. Na forte suspeita de que tal aconteceria, os homens que fossem retirar os “simples” tinham também fortes possibilidades de serem por eles esmagados. Aqui entraram os presos e cavaleiros castelhanos prisioneiros de guerra, porque D. João I, plebeu pelo lado materno e solícito pela vida dos seus vassalos, “não quis que se arriscassem senão vidas condenadas”. R et i r ado s to do s o s “simples”, Mestre Afonso Domingues exclamou perante a solidez da obra: “Não caiu, Não cairá”. Felizmente e até hoje, tantos séculos volvidos! Mesmo assim, o Mestre não abandonou o seu lugar na pedra central onde se sentara e apesar de a isso ser por todos muito instado. Quando se deu por isso, Mestre Afonso Domingues morrera sentado na “honra gra-

nítica” da sua genialidade e coragem, selando com a vida uma das jóias arquitectónicas mais belas da humanidade. É um texto soberbo no seu conteúdo e na sua atualidade. Quero, porém e apenas, dirigi-lo para os presos e o trabalho prisional, que na execução desta obra-prima do património da humanidade teve também o seu papel. O parque edificado do Ministério da Justiça inclui um conjunto vasto de construções levadas a cabo com mão-de-obra prisional. Todas de uma enorme qualidade e solidez. O EPE Viseu (Campo), o atual Tribunal Tributário e do Trabalho na Praça do Rossio em Viseu, o edifício original do EP de Izeda, a sede da PJ em Lisboa e muitos Tribunais espalhados pelo país são exemplo disso. O EPE Viseu (Campo) tem o traço de um dos melhores arquitetos portugueses dos anos 50 do século passado (Arq. Rodrigues Lima) e

que constitui um dos períodos áureos da arquitetura e da engenharia portuguesas. Em boa hora foi decidido manter e recuperar esta notável peça arquitetónica com a participação decisiva da população prisional de Viseu atual (1). Fará este ano 52 anos que foi inaugurado. Não Caiu. Com o trabalho dos reclusos na recuperação em curso, Não Cairá nunca. Em conclusão: dizem a história e os muitos exemplos existentes, que o trabalho dos presos, se bem enquadrado, bem dirigido e acompanhado muito de perto com alguma sabedoria, Não caiu, Não cairá! (1). Nas duas fazes de trabalhos até agora realizados com mão-de-obra prisional, a relação financeira final existente entre todos os custos com esta mão-de-obra e os do mercado da construção civil foi de: 1ª fase - 5.000 euros – 50.000 euros; 2ª fase - 38.000 euros – 100.000 euros. Está em curso uma terceira fase.


tempo

JORNAL DO CENTRO 30 | NOVEMBRO | 2012

Hoje, dia 30 de novembro, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 8ºC e mínima de 1ºC. Amanhã, 1 de dezembro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 7ºC e mínima de 1ºC. Domingo, 2 de dezembro, céu limpo. Temperatura máxima de 8ºC e mínima de 0ºC. Segunda, 3 de dezembro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 11ºC e mínima de 0ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Sexta, 30

Viseu ∑ Apresentação do livro “O Crime da Poça das Feiticeiras” de paulo Bruno Alves, ás 10h00, na Escola Secundária Emídio Navarro.

Vouzela ∑ Um grupo de cidadãos promove uma vigília contra o encerramento do tribunal da comarca, às 17h30, por considerar que terá consequências muito graves, num concelho onde já encerraram outros serviços públicos. Moimenta da Beira ∑ Conferência “O Lobo a Sul do Douro”, promovida pela Associação de Conservação do Habitat do Lobo Ibérico, no auditório municipal Padre Bento da Guia para dois públicos distintos: à tarde, a partir das 14h30, para os alunos da escola secundária da vila; e à noite, a partir das 21h00, para o resto da população. Publicidade

Banco Alimentar recolhe alimentos em Viseu

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Rádios locais Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

Sétima campanha ∑ Dias 1 e 2 nos super e hipermercados do distrito O Banco Alimentar Contra a Fome de Viseu realiza mais uma campanha de recolha de alimentos, durante o fim de semana, dias 1 e 2 de dezembro, nos supermercados e hipermercados do distrito e em Aguiar da Beira (Guarda). Seg undo Cata rina Sobral, “a expetativa é grande”. A presidente do Banco Alimentar de Viseu está convicta que se irá realizar uma “boa campanha”, apesar de reconhecer que “a conjuntura económica atual não é favorável”. Esta será a sétima recolha de alimentos. Estas campanhas, que se realizam duas vezes por ano, são o momento em que o Banco Alimentar tem mais visibilidade e onde todas as pessoas são chamadas

Arquivo

∑agenda

Olho de Gato

a contribuir. Apesar das recentes declarações de Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar, não terem sido “fáceis de digerir” por algumas pessoas, Catarina Sobral “não acredita que tenham efeito negativo na campanha”. Os donativos recolhidos nesta campanha serão armazenados e, posteriormente, enca-

minhados para instituições, para distribuição gratuita às pessoas carenciadas. O Banco Alimentar de Viseu tem protocolo com 91 instituições locais e, todos os meses, faz chegar os alimentos doados a mais de 5 mil pessoas comprovadamente carenciadas. Tiago Virgílio Pereira

Fez ontem um ano, foi em 29 de Novembro de 2011 que foi silenciada a rádio Noar. Uma rádio que, convém lembrar, dava lucro. No 106.4 está agora uma emissão ligada à Renascença. Como foi possível atribuir um alvará de rádio local a uma rádio nacional?! Recordemos o que aconteceu: as rádios locais, desde o início da sua existência em 1989, estavam obrigadas por lei a terem programação própria. Essa obrigatoriedade mantinha afastados os tubarões já que tornava as cadeias de rádios impossíveis. Durante 21 anos os tubarões pressionaram em vão os governos para que a lei fosse mudada nesse ponto. Quem acabou por ceder aos seus apetites foi uma criatura chamada Jorge Lacão, em 2010, no segundo governo Sócrates. Um ministro inadjectivável, mais a “distracção” dos deputados no parlamento, mais a falta de comparência da gente de dinheiro da cidade, tudo somado levou à morte da rádio de notícias de Viseu – uma rádio isenta, que ouvia e dava voz a todos, um cimento da nossa comunidade. Num artigo recente no Diário de Viseu, José Junqueiro — o provável próximo candidato do PS à presidência da câmara de Viseu - lamentou o panorama radiofónico da cidade e logo a seguir, numa espécie de compensação psicológica, assinalou a boa forma das rádios de Tondela, Sátão, Mangualde, Vila Nova de Paiva, Vouzela, S. Pedro do Sul e Lamego. Ora, isso é bom. Mas o problema é que, quanto melhor estiverem essas rádios, mais em risco estão. Nada na lei impede que elas, que tão bom serviço prestam aos seus concelhos, sejam compradas. Apelo aqui aos nove deputados eleitos pelos viseenses: é preciso evitar este perigo, há que propor uma alteração da lei da rádio que imponha de novo pelo menos oito horas de programação local a todos os alvarás locais. Ao fim e ao cabo, há que reverter a bacorada feita pelo Lacão. Ontem já era tarde. Publicidade


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.