Jornal do Centro - Ed516

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Paulo Neto

Semanário 3 a 9 de fevereiro de 2012 Ano 10 N.º 516

1,00 Euro

SEMANÁRIO DA

REGIÃO DE VISEU Novo acordo ortográfico

Nuno André Ferreira

| Telefone: 232 437 461

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DIRETOR

> PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > EMPREGO > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR

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“Dói-me a alma quando olho para o interior do país” ∑ D. António Couto, novo Bispo de Lamego, em entrevista ao Jornal do Centro | páginas 8 e 9

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Jornal do Centro 03 | Fevereiro | 2012

praçapública r

r Não

palavras

deles

Temos de criar se faz uma reforma que diga res- outra vez pessoas peito às populações honestas” sem envolver os seus legítimos representantes e esses são os municípios”

Fernando Ruas Presidente da Câmara de Viseu. Reunião das Juntas de Freguesia

Opinião

Fernando Figueiredo as1400480@sapo.pt

O PSD está desnorteado e já dividido, sem revitalização visível, castrado pela figura paternal e autocrática do seu líder espiritual pelo qual todas as decisões passam sem que com nenhuma se comprometa”

D. António Couto Bispo de Lamego. Entrevista ao Jornal do Centro

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metade do custo do carro oficial do ministro da lambreta resolvíamos o problema da mobilidade de 200 estudantes portugueses”

Adelino Azevedo Pinto Diretor da Escola Secundária Alves Martins. Entrevista ao Jornal do Centro

militar e Opus Dei! Militar!... Mas nem é capaz de dizer ao seu vice-provedor da pantomina que tem de pagar as quotas que deve há muitos anos e que torna, o caso, inválidas as suas importantes decisões” Alberto Correia Acerca do provedor da Misericórdia de Viseu em artigo de opinião no Jornal do Centro

O reumatismo das máquinas Embora sem grandes alardes e com poucos dos muitos interessados a assumirem-se publicamente na cidade mas, por aqui e por ali, são vários os rumores sobre as intrínsecas lutas que, nos bastidores já se travam pelas concelhias dos dois maiores partidos, PSD e PS que em breve irão a votos em Viseu. Alguns sinais de reflexão já foram deixados até aqui neste Jornal por outros colaboradores como o Rui Santos num texto de opinião virado internamente para o PS mas que, não faria mal nenhum ao PSD local que o soubesse reler na mesma lógica, salvaguardadas as poucas diferenças ideológicas apontadas além do desafio muito claro e fulcral, na minha óptica, que o Joaquim Alexandre Rodrigues deixa ao PS Viseu para que se descolem dos “desertores” que só conhecem os viseenses em épocas pré-eleitorais e também aqui, a chapelada assenta com o devido ajuste ao PSD Viseu que faria bem em recordar-se de certos “paraquedistas” que só conhecem Viseu no dia da contagem dos votos. Estou porém em crer que, aqueles apelos à necessária “catarse” tal como este meu exercício de escrita não deixarão de ser isso mesmo pois, diz a norma, que infelizmente estas lideranças não gostam de reconhecer erros nem de reflectir sobre eles e esse, entre outros, é um dos graves problemas do nosso sistema político. Vivemos na permanente luta entre o bem e o mal, que vão variando conforme os resultados eleitorais – a promessa de ontem é o imposto de hoje, a esperança votada no passado é a triste realidade da crise actual, em suma, o bem de outrora é o mal de agora e por aí adiante. Emperradas neste esquizofrénico sistema não chegará às Concelhias Partidárias perguntarem como fazer diferente no futuro, é importante que recordem como aqui chegaram porque dificilmente aqueles que aqui nos trouxeram por este caminho irão escolher outro melhor para dele sairmos… não vão porque não conhecem outro! Foram curtos de vista, mais preocupados com a satisfação pessoal que com os desígnios de um colectivo e perigosamente atrevidos como só a medíocre ignorância é capaz de o ser! O PS que me recorde nunca participou por cá da decisão, mantendo um poder de oposição de fachada, ineficaz, inexequível, que ao nada

acrescenta nada, que reage ao invés de agir, que preocupado em instalar os seus não escrutina a actuação social democrata, que como água se infiltra nas estruturas do poder local tornandoo um edifício em perigo futuro de colapso, que relega os viseenses seus eleitores para segundo plano preferindo numa permanente atitude de negação da realidade assumir a patética identidade do Mohamed Said Al-Sahaf, aka Ali o Comediante e Ministro da Propaganda de Saddam, servir de emplastro a António José Seguro ou ainda pavonear por Bruxelas o charme burguês e a empertigada figura. O PSD está desnorteado e já dividido, sem revitalização visível, castrado pela figura paternal e autocrática do seu líder espiritual pelo qual todas as decisões passam sem que com nenhuma se comprometa e que, ao fim de tantos anos já não distingue carisma de populismo, praticando uma espécie de despotismo da oposição e secando o partido internamente de soluções de continuidade e de evolução obrigandoo a passar pela difícil necessidade de se renovar sem mudar nada do legado. Num mandato sem programa digno disso ser chamado, onde as obras faraónicas e as praias solarengas ficam sine dia adiadas (e oxalá para sempre!), sem visão estratégica de desenvolvimento sustentado, sem capacidade de atracção de investimento empresarial, sem posicionamento estrutural, incapaz de proceder a uma leitura atenta e ágil dos problemas do município, das necessidades e das potencialidades, das desvantagens e das vantagens, enfim, sem saber desenhar sequer um plano de rumo vai ser difícil com esta “gestão à moda do PSD” fazer chegar o navio a bom porto sem muitas avarias na casa das máquinas ainda que um ou outro timoneiro dos antigos tenha que ficar vigilante na cabine por ordem do patrão da embarcação local, não vá dar-se o caso de alguém o conduzir até ao Cabo das Tormentas! Estou em crer que, com maior ou menor acuidade, os responsáveis locais têm este diagnóstico mais que afinado mas, e continuando na onda da mesma terminologia, também sabem o quão difícil é cortar as amarras… sabem precisar de novas ideias para levar de vencida as tempestades que se desenharão no horizonte temporal dos próximos anos, sabem precisar

de novos líderes desempoeirados no pensar e ágeis no agir, capazes de ler nos olhos dos viseenses as angústias e as dificuldades e de num mesmo olhar lhes devolver a esperança e a certeza no futuro, descomprometidos de interesses pessoais e profundamente amarrados ao desenvolvimento da região, despreocupados com o emprego da família e amigos e absolutamente focados na procura de um local de trabalho para cada viseense. Sabem tudo isso mas fazem por ignorá-lo porque temem perder o status quo, a segurança alcançada dos que lhe são suporte próximo e o reconhecimento ainda que irreal que o cargo lhes oferece até porque forjados desde as juventudes partidárias na máquina politica todo o universo exterior lhes suscita o medo de verem reconhecida a sua incompetência e o seu nulo valor social. Mas ao mesmo tempo sabem o quão necessária é nesta altura cortar esse cordão umbilical, credibilizar a politica e recuperar a sã cidadania participativa a favor da urbe, do crescimento económico e da recuperação do bem estar social. E também sabem que entre os viseenses há homens e mulheres de valor, de reconhecida capacidade e competência dentro e fora da esfera partidária capazes de liderar tal mudança mas, poucos serão os que queiram agarrar o leme sem a cobertura de uma visão pragmática de um programa realista para a cidade e sem o lastro de valores éticos, morais e sociais que não afundem o navio na trampa do vazio ideológico por onde tem navegado. Mais do mesmo é insistir no erro, é continuar a embarcar na fulanização das ideias, na mesquinhez da falta de valores, na mediocridade da política falsa de fachada, nas discussões fúteis sem utilidade possível… é ao fim e ao cabo dissipar à partida qualquer tentativa de continuar a mudar Viseu para melhor. E isso poderá ser penalizador para as Concelhias porque as restantes forças vão procurar mobilizar-se e explorar a “janela de oportunidade” e quem sabe, tal não abra até espaço para outras ondas de cidadania galvanizando os viseenses através de um projecto de honestidade democrática e de realística execução mas, futurologia não cabe aqui e nem o Jornal do Centro me paga o que a TVI paga ao Prof Marcelo para aventar cenários… Redigido sem observação do novo acordo ortográfico


OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3

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números

estrelas

6

Paula Teixeira da Cruz Ministra da Justiça

É o número de tribunais que o Ministério da Justiça quer encerrar em Viseu

A proposta de extinção de seis comarcas do distrito de Viseu, num momento em que os processos se acumulam em grande quantidade, revela-nos uma estranha forma de resolver os problemas prementes nas áreas da justiça e das finanças portuguesas. O distrito fica mais pobre e o estado de direito mais desprotegido.

O novo Bispo de Lamego, com a sua postura determinada de renovação e aproximação àqueles mais carenciados e sofridos da população, evidencia que muitas mudanças vão surgir no decurso do seu mandato, numa diocese tradicionalmente conservadora.

Visando proporcionar as melhores condições de mobilidade a dois alunos portadores de deficiência motora, encontrou com as receitas próprias, forma de adquirir para a escola duas cadeiras de rodas elétricas que proporcionam uma autonomia diária renovada num passo gigantesco para a inclusão.

Há preocupações com os idosos da sua freguesia?

Importa-se de responder?

Temos todos os casos referenciados. O apoio domiciliário e o centro de dia estão a funcionar muito bem. Há também um trabalho, que tem vindo a ser desenvolvido por estagiárias do curso de Ação Social, da ESEV. Não há nenhum idoso abandonado na freguesia de Fragosela.

Há cerca de cinco anos começámos a nossa estratégia, no combate à solidão dos idosos, através de grupos de jovens estagiários da área social da ESEV. Estes jovens, fazem o levantamento e a caraterização familiar dos idosos. O maior problema dos idosos na freguesia, passa pelo isolamento familiar, quando, por exemplo, os filhos se ausentam para o estrangeiro.

António Lopes

José Ernesto

Presidente da Junta de Freguesia de Fragosela

Presidente da Junta de Freguesia de Vila Chã de Sá

Recebemos um ofício da GNR, para, em conjunto, detetarmos possíveis falhas para com os idosos. Já foi divulgado na missa, e as pessoas isoladas têm agora que deslocar-se à Junta para conhecermos melhor a realidade.

Não temos conhecimento de nenhum idoso isolado ou abandonado na freguesia. Temos recebido estagiárias do curso de Educação Social, que fazem esse levantamento. Em breve será lançada a iniciativa “Padrinhos do Coração”, que passa por reunir alguns voluntários que irão visitar, conversar e ajudar os idosos em variadas tarefas do dia-a-dia.

Manuel Pereira

Diamantino Santos

Presidente da Junta de Freguesia de Orgens

Presidente da Junta de Freguesia de Coração de Jesus

Opinião

Adelino Azevedo Pinto Diretor da ESAM

António Couto Bispo de Lamego

“Non possumus non loqui” - “Não podemos ficar calados”

A locução que intitula esta mensagem, extraída dos Atos dos Apóstolos (Act. 4, 20), traduz as palavras de Pedro ditas diante do poderoso Sinédrio que queria fazer calar a Boa Nova que esAlberto Correia tava já anunciar. Não poAntropólogo aierrocotrebla@gmail.com demos ficar calados, é o que quer dizer a expressão latina. E nestes conturbados tempos de tal atropelo aos grandes valores, às grandes causas de bem, falar, indignarmo-nos, parece ser a única coisa que nos resta. Que isso ainda nos resta, nem que seja apenas para tranquilizar a consciência. As minhas palavras de hoje são apenas para dizer ao Provedor da

Misericórdia de Viseu que o Museu que ele em tempos, com a sua autoridade construiu (autoridade delegada), é também um emblema da Misericórdia que se arroga, por direito, acolher em seu seio os carecidos de cultura, alma-mater da civilização, quer dizer, da natureza do homem, espelho da Divindade, se o senhor quiser. Pois o seu Museu foi reconhecido como exemplar pela União das Misericórdias (a que o senhor não liga), pela Associação Portuguesa de Museologia que não conhece e se desculpa, que o apresentaram, ambas, como paradigma, como modelo de boas práticas, em Jornadas Nacionais no ano transato . Em dezembro passado o seu Museu teve uma distinção nacional como O MELHOR MUSEU. E que fez o senhor? Nem olhou para o Diploma emoldurado que lhe

colocaram à frente. Não visitou a casa. Não teve uma simples palavra para quem lá trabalha. Nem uma palavra para aqueles que o organizaram. Puseram-lhe à frente um dossier com mais de uma dúzia de cartas de responsáveis de Museus e outros organismos a dar os parabéns, recortes de jornais nacionais e locais. E os seus oito colegas de Direção dessa Santa Casa (santa, só a casa, que não os homens) não lhe ouviram uma palavra em duas, se calhar três reuniões. “Obrigado” “desculpe”, são palavras fora do seu vocabulário. Bem diz, de si, um alto dignitário da nossa igreja: - “É militar e Opus Dei”! Militar!... Mas nem é capaz de dizer ao seu vice-provedor de pantomina que tem de pagar as quotas que deve há muitos anos e que torna, o caso, inválidas as suas importantes

decisões; não tem coragem de dizer ao mesmo que não deve abusar do parque da Instituição colocando anos inteiros ali o seu carro e o da família e só põe os pés de mês a mês na casa que também governa; não tem a coragem de lhe dizer que a cultura é necessária, que o Culto não deve fechar, até porque o senhor requer dia a dia a sua comunhão! Militar! Opus Dei! Opus Dei quer dizer obra de Deus. Na mística que professa, a letra dela, que não a prática, Deus quer dizer Caridade, Misericórdia. Misericórdia?!... Não podemos ficar calados, como Pedro, como tanta gente está a fazer por aí fora, por outras razões. Pedro queria transformar o mundo. Eu ficava feliz com a mudança de provedor. A. Correia, Irmão da Misericórdia no pleno gozo de seus direitos. (A que voltarei).


4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO Editorial Diretor Paulo Neto, C.P. n.º 261 paulo.neto@jornaldocentro.pt

Redação (redaccao@jornaldocentro.pt)

Emília Amaral, C.P. n.º 3955 emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Gil Peres, C.P. n.º 7571 gil.peres@jornaldocentro.pt

Tiago Virgílio Pereira tiago.virgilio@jornaldocentro.pt

Paulo Neto Departamento Comercial comercial@jornaldocentro.pt

Diretor do Jornal do Centro paulo.neto@jornaldocentro.pt

Diretora: Catarina Fonte catarina.fonte@jornaldocentro.pt

Ana Paula Duarte ana.duarte@jornaldocentro.pt

Departamento Gráfico Marcos Rebelo

Jornal do Centro 03 | Fevereiro | 2012

A Santa Casa e a irmandade A Santa Casa da Misericórdia de Viseu tem os seguintes cidadãos como Mesa Administrativa: António Magalhães Soeiro, João Gomes, Isaías Gomes Pinto, Adelino Almeida Costa, Glória Gonçalves Paiva, Maria Isabel Ferrari Antunes, Ilídio Oliveira e Cunha, Augusto Passos, Alberto Correia. Suplentes: António F. da Silva Costa, Serafim Gonçalves de Sousa, José Carlos Rodrigues Barros, Luís Furtado Branco, José Oliveira Neiva. Agora, por motivos ainda não apurados, saíram o Dr. Alberto Correia e o Sr. Isaías Pinto. Pela ordem na-

tural, sobem os dois suplentes da lista. Porque sai Alberto Correia e Isaías Pinto? Quem é o vice- provedor? Não resistimos a recorrer a um trabalho publicado no JC de 09 de Setembro de 2011 onde se entrevistava Alberto Correia, e a propósito das Misericórdias, se apresentavam, em caixa, algumas curiosidades. A saber: Miseris – cor –dare é o mesmo que ter lugar no coração para todas as vítimas da miséria. Aquando do surgimento da Mise-

ricórdia, em Viseu, 1516, D. Manuel I exorta, como lema: “Servir a pobreza com a abnegação dos justos”. Nunca pusemos em causa que esta fosse a directriz essencial da Casa. Condições para ser Mesário e Provedor: Será homem nobre de autoridade; Muito humilde e paciente pelas desvairadas considerações dos homens com que há-de usar e praticar; Repartir entre si todos os cargos segundo o que mais for serviço de Deus; E para os quais cada qual se sentir

marcos.rebelo@jornaldocentro.pt

Serviços Administrativos

Canto Esquerdo

Sabina Figueiredo

Como se aborta uma carreira de cronista

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Tiragem média 6.000 exemplares por edição

Albino Matos Sede e Redação

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Gerência Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados para a secção “Cartas ao Director”.

Semanário Sai às sextas-feiras Membro de:

Associação Portuguesa de Imprensa

União Portuguesa da Imprensa Regional

Opinião

- O que me apetece, ao iniciar com este escrito uma colaboração jornalística que espero tenha sequência, é recordar a última vez em que me vi nestes assados, há coisa de bem mais de trinta anos. Era no século passado, não muitos anos depois do 25-Abril, um jornal duma vila do nosso interior, cujo director me conhecia ainda do tempo da outra senhora, convidou-me para escrever (sobre) o que (e como) quisesse, dandome carta branca para o efeito, iludido certamente com a prudência e os méritos que putativamente me atribuía. Acedi, desvanecido pela insistência. E fiz mal... - Estava ao tempo em voga, ou começava a estar, a novela televisiva, um fenómeno novo da época que não pode ser avaliado com olhos de hoje, afeitos a dezenas de novelas, em dezenas de canais, simultâneamente, novelas a que ninguém liga, por isso mesmo, salvo o lumpen das periferias urbanas; sim, porque os velhinhos dos lares da terceira idade não entram neste cômputo... Naquele então, só com um canal

de televisão, beneficiando por isso da atenção universal, dos pobres e dos ricos, dos cultos e dos não cultos, dos campos e das cidades, do litoral e do interior, assim como do norte e do sul, a telenovela constituía um fenómeno de popularidade, já que todos a viam, todos se interessavam por ela, dedicavam-lhe a sua atenção, a ponto de a discutir e em certo sentido a viver. Da memória histórica do tempo ficou, por exemplo, certo dia em que o parlamento interrompeu os seus trabalhos à pressa para que os deputados não perdessem certo episódio da “Gabriela”, primeira novela entre nós, brasileira como todas, baseada no clássico de Jorge Amado, “Gabriela, Cravo e Canela” (cheiro de cravo, cor de canela, sabe quem o leu...). E também, embora a história o não tenha registado, um certo aspirante a cronista conheço eu, que regressava do Algarve, no termo das férias, com a família completa, além do gato e da sogra, e a banheira, juro, dos filhos pequenos no tejadilho da viatura, acelerando a imbatível 4-L pelas rectas de Grândola e Alcácer, a ver se chegava a Lisboa a tempo do mes-

mo episódio. Daí que eu escolhesse a palavra, então nova, então entrada a circular – telenovela – para a designação da minha coluna, que eu contava inaugurasse a nova era, por assim dizer contemporânea, da crónica da imprensa local. Mas a ideia, devo esclarecer, não era aproveitar apenas a palavra; a minha intenção era forragear no próprio tema, beneficiando da sua popularidade na sociedade e no país, explorar não tanto o assunto novela como os assuntos da novela, que eu presumia familiares aos meus supostos leitores. O fito era, precisamente, partir dos casos e do enredo da novela corrente (única, relembro, do único canal existente) e falar, com tal enquadramento, de tudo quanto me interessasse. Por outras palavras, a novela servia-me apenas como ponto de partida, um engodo para atrair a atenção do leitor, desviando-lhe em seguida essa atenção para outros temas e assuntos mais relevantes do que o dizque-diz da ficção televisiva. Claro que as novelas desse tempo eram brasileiras, só brasileiras. A primeira, recordo, foi a “Gabriela”, já menciona-

por quem quer fazer o que lhe apetece sem chamar a atenção. No futebol, e bem, é mesmo uma diversão. A etimologia da palavra já diz tudo. Vem do latim divertere (voltar-se noutra direcção) e composta pelos elementos dides (ao lado) com vertere (virar-se, voltar-se). Já Sun Tzu (General Chinês do século IV A.C.) se referia a este método. Ontem, vinha a ouvir sobre um jogo que se disputava e foi anunciado o facto de no estádio estarem trinta e oito mil e tal pessoas. Bom, naquele estádio. Haveria outros, certamente. O Estado paga para que a “malta” vá e goste disto. Tiram dos nossos impostos. Mesmo do daqueles que abomi-

nam este desporto. Convém, diga-se desassombradamente. Nem as gafes do nosso P.R. lembram. Dos seus “desdinheiros”, da sua precariedade. Tão pouco se debruçam no facto de se achar que um deputado ganha muito e que o C.R. (C. Ronaldo) está bem pago. Há, por certo, gente que vai ao futebol e deixa filhos e mulher em casa sem nada para comer, por falta de dinheiro. Há gente que recebe o rendimento mínimo e que vai ao futebol. Na eminência de um “clássico” entre os “grandes”, durante o jogo e nos dias seguintes, bem se pode lançar um novo imposto que ninguém dá conta. No tempo da “outra senhora”, dita a

Os “Efes” As vezes que ouvi falar dos jogos de futebol não tem conta. Dos jogadores, dos árbitros, das claques, dos dirigentes, do relvado, enfim, do todo. “Futebol total”!!! Na televisão e rádio tenho observado e ouvido dissertações espantosas. Filosóficas. Metafísicas. No final acho sempre que estão a dar-nos um banho de patetice. Então as pessoas não se apercebem de que este desporto, dito popular, tem a mesma função na sociedade que tem o provocar o descarrilamento do eléctrico numa rua para assaltar o banco na outra? Na gíria militar chama-se de “manobra de diversão”. Vem nos livros, nos manuais. É ciência antiga e usada desde sempre


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mais auto, ou seja, apto em condições de melhor servir os objectivos da Misericórdia. Acerca das condições para ser Irmão, enunciamos apenas uma: Ter meios que bastem para não se servir dos bens da irmandade, nem se suspeitar de que poderá aproveitar-se do que lhe correr pelas mãos. Nunca pusemos em causa que todos, mesários, provedor e irmãos dessem cabal resposta a estes pressupostos. Que desencadeou as saídas de Alberto Correia e Isaías Pinto? Do primeiro, conjecturaríamos até que a sua pública reacção no “caso Museu da Várzea” tenha irritado a “Senhora Câmara”?

Mas mais podíamos conjecturar: A Opus Dei, seita religiosa ultra conservadora, com abrangente implantação no distrito de Viseu, aqui representada pelo próprio Provedor (no dizer de Alberto Correia), sentir-se-ia lesada nalgum dos seus plurais interesses de “beneficência”? Alguma grande empresa local veria suas misericordiosas acções postas em causa? Alberto Correia, homem que deu séria visibilidade à Instituição, bateu com a porta. Isaías Pinto foi-lhe solidário. Porquê? Que tempestades assolam esta Santa Casa?

da; depois, ainda, outra que me ocorre, o “Casarão”, e a seguir várias de que não lembro títulos nem entrechos, pretensamente realistas, a focarem a vida e o tempo actual, os ricos e pobres, as profissões, a vida quotidiana, assim por aí. - Tentava eu escaduçar a minha primeira colaboração, corria então uma novela situada no espaço carioca e no tempo presente, de cujo enredo não me restam já pormenores. Mas foi dela que eu parti, da trama, das personagens, das cenas e das ligações, para observar que uma ficção pretensamente realista, que nos mostrava aparentemente tudo (a vida como ela era), na verdade mostrava muito pouco, ocultando de facto o essencial por baixo da espuma do quotidiano que nos servia às pázadas. Que diabo, perguntava,face à novela, o Brasil é república ou monarquia? Não se sabe, porque a novela não o diz, não o mostra nem o deixa entrever (ela, que mostra tudo), não há ali qualquer facto político, nem directamente, nem de modo indirecto, por referências dos diálogos, não existeum só agente político, uma eleição, do passado ou do futuro, nenhum anseio ou reivindicação social, nada de nada. Porque será? - questionava eu. E tentava responder à questão, suge-

rindo explicitamente que a explicação estava por certo na situação política que o Brasil vivia nessa época, uma ditadura militar bastante dura, com polícia política (a DISA, entre outras), leis de excepção (A.I.5), falta de liberdades (de imprensa, de reunião e associação, sindical, etc.), exprimindo-se a oposição a tal situação em acções de aberta violência, de guerrilha urbana e camponesa. Rabiscado o escrito, enderecei-o ao jornal e aguardei. - E aguardei, disse. E repito, aguardei. Uma semana, duas semanas, três semanas. E aguardei, volto a dizer. Mais de um mês, dois meses, três meses... Até que me esqueci do caso, intimamente satisfeito com a falta de reacção do jornal e simultâneamente com o facto de ter estancado a pressão insistente para escrever e publicar naquela folha auspiciosa da imprensa local. Óptimo, dizia eu com os meus botões, enquanto não vires a primeira crónica publicada, não tens de escrever outra. E também não faz mal que não escrevas, porque ninguém te aperta agora que o faças. Assim como assim, podes conservar intactas as tuas ambições de cronista... Entretanto, algum dia terei voltado ao contacto com o director do jornal,

dos três “Efes”, clamava-se pelo Fado, pelo Futebol e por Fátima, a trilogia em que se dizia estar assente o modelo de orientação do povo português de forma a mantê-lo distraído. Cultura, diversão e oração. E agora? Bom: . De Futebol devemos ter o maior derrame em todos os canais televisivos. Não se liga uma televisão que não

Sugestões para o dia de S. Valentim res nta s 4 ja essoa 2p S MO CE ERE OF RA PA

Redigido sem observação do novo acordo ortográfico

esteja a passar um jogo; um sumário de outro; os momentos mais importantes de outro; a aselhice de um árbitro; uma cena de pugilato em relva ou de túnel ou balneário; ou, ainda, aqueles intermináveis “rolhos” de filosofia futebolística, em debates tão acesos, quanto despiciendos em razão de outras preocupações. . De Fado, estamos bem e de para-

ou vice-versa, o qual recordo algo envergonhado (ele, não eu), a remoer algumas explicações sobre o caso, a contra-gosto, porque algo lhe pesaria na consciência. - O caso, dizia-me o director, é que o jornal tinha muitos assinantes do Brasil, entenda-se, portugueses emigrados além-mar. E que desses assinantes se destacavam algumas figuras proeminentes, comendadores abonados a quem a sorte sorrira. E que tais comendadores demonstravam por vezes alguma compreensão e generosidade com os apertos e dificuldades económicas do jornal. E que esses mesmos comendadores, não muito ilustrados nem progressistas, provavelmente, não gostariam de ver a sua pátria adoptiva apreciada no plano político com a rudeza e sinceridade que a crónica deixava bem à mostra, isto independentemente de ser verdadeiro, e mais que isso inegável, tudo quanto se dizia no escrito. - Está-se a ver, não preciso de pôr mais na carta, a minha carreira de cronista ficou por ali mesmo. Até hoje, até agora. Conto a história, apenas. Não lhe tiro a moral; não é preciso, nem sobra espaço.

béns. Património da Humanidade é um caso sério. Há que considerar o Fado, agora mais do que nunca. Chegou ao patamar que lhe estava destinado, consagrado e sufragado. Amamos o Fado, agora, mais do que nunca; . De Fátima, vamos ver… Com tanta falta de dinheiro, de educação, de princípios, de virtudes, de altruísmo e tanta fartura de pulhas, ladrões, vigaristas, marginais e por aí fora, e à míngua de quem nos defenda dessa gente…, antes de fazer alguma asneira deveremos, pelo menos, tentar a ajuda da nossa Padroeira, a quem tão devoto sou. Resta-me objurgar: Afinal onde mora e em que época, a razão, no que tange aos três “Efes”? Pedro Calheiros

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Jornal do Centro

6

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abertura

textos e fotos ∑ Tiago Virgílio Pereira / Paulo Neto

Incluir: O exemplo de Viseu “Viseu ficou no grupo das vinte cidades inclusivas da União Europeia”, disse o presidente da autarquia, Fernando Ruas. “Isto significa que tratamos bem do problema da inclusão”, lembrou. O programa das acessibilidades foi o principal instrumento

para tal distinção. Contudo, o autarca explicou que “este é um trabalho que está sempre por concluir”, ainda assim, a autarquia viseense não quer parar de incutir esta “força e motivação” no município. Viseu começou por rampear os passeios e construir vias

para os invisuais. Há ainda muito trabalho para fazer. Os baixos toldos de publicidade e os sinais de segurança, que são ainda “barreiras” que a autarquia e as pessoas deficientes têm de “contornar”, ainda com dificuldade. Joaquim Escada é parte integrante do

sucesso da inclusão. O provedor do cidadão com deficiência realiza, em regime de voluntariado, um trabalho planeado em parceria com a autarquia e instituições. São realizadas ações anuais que visam melhorar a vida das pessoas com deficiência e, em março, ar-

rancam ações de sensibilização nas escolas. “Vamos percorrer as escolas desde o 1º ciclo até ao ensino superior para sensibilizarmos as gerações futuras”, disse o provedor. A troca de impressões e a questão das acessibilidades - o esbatimento das barreiras arqui-

tetónicas - são outras das preocupações. “Os cidadãos com deficiência são, por norma, reivindicativos, mas devem ser mais, façam chegar à Câmara as ideias e as propostas, porque no que a autarquia puder vai fazer”, concluiu Fernando Ruas.

“A deficiência não custa, o que custa é a forma como as pessoas nos fazem sentir”

“A cidade não foi desenhada para pessoas deficientes e temse feito sucessivos remendos”

Aos 9 anos, um tumor cerebral tirou a visão a Fernando Pereira, de 50 anos. Durante anos, usou uma bengala para o auxiliar a contornar os vários obstáculos, durante os percursos que realizava pela cidade. Há dois anos a esta parte, a Piwi, cão-guia, ajuda-o a suprir as adversidades do dia-a-dia. “Com a bengala andava sempre com uma tensão e um stress enormes. Nunca sabia o que me esperava e era frequente embater contra os postes. Com a Piwi dou a volta à cidade sem qualquer problema”, esclareceu. Professor na Escola Básica Grão Vasco, em Viseu, onde leciona Língua Portuguesa, História e Geografia de Portugal, Fernando Pereira desloca-se diariamente a pé para a escola. O medo de bater contra obstáculos ou se desorientar subsiste, ainda, contudo, “vinga-se” na excelente relação de proximidade que mantém com os alunos. De sorriso fácil e bem-

João Costa, 46 anos, é paraplégico. O docente do curso de Turismo, no Instituto Politécnico de Viseu, desloca-se, há vários anos, numa cadeira de rodas elétrica. Afirma que há ainda um longo percurso a trilhar, no que à questão da mobilidade diz respeito, mas admite que tem sido feito um grande esforço no centro da cidade e na região, para melhorar a vida dos deficientes. “Quando comecei a dar aulas, havia algumas barreiras e passeios que dificultavam a locomoção e, após uma exposição à Câmara, as obras foram feitas e as pessoas mostraram-se muito prestáveis”, lembrou. No centro da cidade há, nos dias de hoje, muitas rampas, está a ser desenvolvido um bom trabalho para os invisuais mas, “é bom não esquecer que a cidade não foi desenhada para pessoas deficientes e têm-se feito sucessivos remendos”. No que diz respeito à parte pú-

disposto, o docente, que já foi representante da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), em Viseu, desanima com a falta de disponibilidade e formação das pessoas, nas várias repartições públicas a que se desloca. “Já aconte-

ceu ir com a minha esposa resolver um assunto meu, e o funcionário deixou de falar comigo e falou com a minha mulher, isto é o quê? questiona. A deficiência não custa, o que custa é a forma como as pessoas nos fazem sentir. As pessoas não estão

preparadas nem disponíveis. “Ainda há tempos fui a um restaurante e veio um funcionário dizer-me que não podia entrar acompanhado de um cão”, foi embaraçoso, explicou. Apesar de tudo, Fernando Pereira considerou que “em Viseu tem havido uma grande evolução e preocupação com as pessoas deficientes”. E lembrou que a ida da bilheteira ao terminal, na Central de Camionagem, é uma das grandes lacunas que gostaria de ver resolvida. Um tapete identificador resolvia esta questão. Há falta de solidariedade entre as pessoas, que têm de optar entre “desenrascarem-se sozinhas ou ficar em casa”. A música é a grande paixão, Fernando Pereira lançou um CD de originais, “Escola de Todos”. É autor de várias obras publicadas. Atualmente está a promover o seu primeiro romance, “Angelina… uma luz ao fundo do espelho”.

blica, para o docente, o que falta é “que o levantamento das necessidades seja feito por uma pessoa deficiente, com mobilidade reduzida, ou que tivesse uma sensibilidade especial para a coisa”, sugeriu. Em jeito de conclusão, João Costa, disse que “independentemente da deficiência, as pessoas não se devem isolar”.


Jornal do Centro

ACESSIBILIDADES | ABERTURA 7

03 | Fevereiro | 2012

Um gesto, dois sorrisos de gratidão

A Escola Secundária Alves Martins (ESAM) substituiu o Ministério da Educação, e, no início do ano, comprou duas cadeiras de rodas elétricas para dois jovens com mobilidade reduzida. Luciano Canada, 14 anos, e Isabel Bandeira, 12 anos, frequentam o sétimo ano e são hoje “mais felizes e autónomos”, disse a docente que os acompanha, Paula Ferreira. Para Lassalett Lopes, mãe de Luciano, esta cadeira veio ajudar, e de que maneira, toda a família. “Já não tinha forças para empurrar a outra cadeira, agora, o meu filho é mais independente e tem vontade para sair de casa”, explicou. Lassalett vive com dificuldades económicas e, apesar deste “balão de oxigénio”, as más condições e a falta de acessibilidades da casa onde vive com o filho são o grande problema atual. “Vivo num rés-do-chão, mas o meu filho precisa de subir oito degraus para entrar em casa”, lamentou. Apesar das contrariedades da vida, esta iniciativa levada a cabo pelo diretor da ESAM, Adelino Azevedo, enche-a de coragem para continuar a acreditar que tudo irá melhorar. “Foi o momento mais gratificante enquanto diretor”, disse Adelino Azevedo. Com o orçamento interno, a escola determinou canalizar as verbas para a compra das cadeiras e, com isso, “garantir a alegria e uma melhor adaptação ao contexto escolar” de duas crianças. As duas cadeiras de rodas elétricas custaram 1800 euros cada. Esta iniciativa pioneira foi aplaudida por professores, pais, funcionários e alunos.

Opinião

Promover acessibilidade e mobilidade: Há caminho a percorrer; que seja acessível e não demasiado longo Acessibilidade e mobilidade são conceitos indissociáveis da promoção da funcionalidade e saúde das pessoas. Qualquer organização com responsabilidades sociais, através da definição de estratégias e políticas de promoção da acessibilidade e mobilidade, deverá considerar os seguintes propósitos: otimizar da funcionalidade humana com vista à máxima qualidade de vida; atenuar o impacto negativo que deficiências ao nível de estruturas e funções do corpo possam levar a uma condição de incapacidade, permanente ou temporária, a que qualquer pessoa está predisposta ao longo do seu ciclo de vida, incluíndo mobilidade condicionada; e prevenir limitação de atividades e restrição na plena participação social e exercício dos direitos de cidadania de todas as pessoas. A APPACDM Viseu contempla nos seus objectivos enquanto organização, a promoção da integração da pessoa na sociedade, no respeito pelos princípios da Acessibilidade, defendendo e promovendo todos os princípios consagrados em Declarações Universais, Normativos e Legislação Nacional e Comunitária, assumindo assim um papel ativo nesta matéria. Acompanha, de forma atenta, as ações e boas práticas desenvolvidas neste campo por parte de todas as entidades, incluíndo o Município de Viseu, nomeadamente no âmbito do Plano Municipal e Plano Sectorial de Promoção da Acessibilidade de Viseu, e ainda confe-

João Gomes Fisioterapeuta (APPACDM Viseu)

rências, ações de sensibilização, intervenções urbanísticas que promovam atividade física para a saúde, concursos, projectos e eventuais linhas de financiamento. O DL 163/2006 de 8 de Agosto veio trazer orientações expressas na definição do regime da acessibilidade física em particular complementado pela sua interpretação “Guia Acessibilidade e Mobilidade para Todos”. Adicionalmente, a publicação “Aplicação do design inclusivo à habitação” e o Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade são documentos estruturadores absolutamente fundamentais, associados ao know-how próprio dos profissionais das várias áreas que trabalham com e para pessoas, para acompanhar os desenvolvimentos neste domínio. A Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos e a Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis revelam-se fundamentais para estimular o desenvolvimento de acções integradas e inovadoras em Acessibilidade. Advoga-se uma ação intersetorial e trabalho em rede de todos os stakeholders, capacitando as pessoas para contribuírem decisivamente para este desígnio. E cada qual tem o seu papel. Há que estar atento, criar e gerir as oportunidades de fazer algo pelo próximo, pela organização, pela sociedade. Há caminho a percorrer; Que seja acessível e não demasiado longo. A bem de todos nós, pessoas.

Sugestões para o dia de S. Valentim


8 Entrevista ∑ Emília Amaral foto ∑ Nuno André Ferreira

Jornal do Centro 03 | Fevereiro | 2012

à conversa

“É necessário que os bispos, os padres e os leigos percebam que têm que ir ao encontro das pessoas” António Couto, de 59 anos, é natural de Vila do Bispo, concelho de Marco de Canaveses, distrito e diocese do Porto. Tomou posse como Bispo de Lamego no passado domingo. Entrou no Seminário de Tomar em 1963 e recebeu ordenação sacerdotal em 1980. Missionário, com continentes como África e Ásia sempre presentes no seu discurso, tornou-se o terceiro bispo residencial mais jovem nas dioceses portuguesas, deixando no domingo a Arquidiocese de Braga, na qual era auxiliar desde 2007. Sorridente e bem disposto, não hesita em falar sobre todos os temas da atualidade dentro e fora da Igreja Católica. mas regiões que conheço, onde há paróquias enterraEm Portugal e na maior das nas colinas com 50 pesparte dos países, os bispos soas idosas, duas ou três são por norma bastante ido- crianças que vão para a essos. Eu tenho 59 anos e no cola de madrugada de automeio do grupo talvez me carro e regressam de noite, e sinta ainda um jovem, não um ou dois jovens que segutanto pela idade, mas mais ramente não vão lá ficar. A pela disponibilidade, pela minha impressão é que tudo disposição, pela maneira de isso morre a pouco e pouco. estar na vida. Sempre em Consegue traçar um cenário comunhão com todos, mas para estas zonas do interior a com uma visão das coisas médio prazo? que não tem que estar dePenso que o país ficará masiado rígida. empobrecido se essa gente O que já fez depois de tomar desaparecer e se essa paisaposse no domingo? gem belíssima ficar ao abanEstou a arrumar o quar- dono. to que vou habitar e o escriQuando recebeu a comunitório onde vou trabalhar. Já cação de que ia ser Bispo de recebi alguns sacerdotes e Lamego, qual foi a primeira alguns leigos, mas tenho escoisa que lhe veio à cabeça? tado sobretudo a pôr as coiNão me lembro. Sempre sas em ordem. disse que não tinha prefeO que é que essas visitam lhe rências, para onde precisastrouxeram? Problemas? sem de mim estava dispoOs problemas muitas ve- nível. zes são aquilo que a gente De Novembro até domingo quer que sejam. A diocese teve oportunidade de se inde Lamego tem vários proteirar da realidade da diocese blemas, mas, como todas as com mais pormenor? dioceses, tem a questão do Não. Não quis saber anenvelhecimento de gente que vive hoje isolada. Estas tes de entrar e penso até situações que se vivem no que seja um ponto positivo. interior pagam-se caro na Apenas recolhi elementos vida real das pessoas, cria- comuns. se um grande desequilíbrio Como o facto de Lamego ser a entre as gerações. Hoje, noúnica diocese do país que não meadamente a juventude, é sede de distrito? para ter condições de vida Também isso não me preminimamente aceitáveis, tem que se deslocar para o ocupa. Apenas me preocupam as pessoas. Eu irei ao litoral. encontro das pessoas desta O interior do país está amea- diocese estejam elas onde çado? estiverem, para saber quais Dói-me a alma quando são os seus problemas, os olho para o interior do país, seus sonhos, as suas alegrias nomeadamente para algu- e as suas dores, para que toConsidera-se um jovem no seio dos bispos portugueses?

dos saibamos o que se passa na diocese e não apenas eu. Todos temos que acudir. Passou-lhe pela cabeça que iria assumir funções numa diocese tradicionalmente vista como conservadora?

Eu nunca levo a sério essas etiquetas preconceituosas. Já vi muita realidade que era tida como conservadora e na verdade verifiquei que não tinha nada a ver com isso, como já vi muitas outras tidas como muito avançadas e verifica-se que não é assim. Prefiro primeiro ver, analisar e depois concluir. Sendo apelidado de homem sem preconceitos admite mudar o sentido das coisas para acabar com esse eventual preconceito?

Não trago nenhum preconceito sobre Lamego, trago ideias claras, cabeça limpa e o que tenho pela frente são as pessoas humanamente iguais às de Braga, às do Porto, às de Lisboa, às da Ásia ou às de África. Eu já andei pelo mundo e fica evidente que as pessoas são diferentes em termos de línguas faladas, em termos de culturas, mas em inteligência e coração são iguais em todo o lado, ainda que possam pensar de forma diferente. O ambiente acaba por moldar a nossa personalidade. Por exemplo, em termos de vocações, já que é no seminário da Diocese de Lamego onde há mais jovens a seguir a vocação de padre e de onde têm saído mais padres?

(Sorrisos) É um chão que não tem produzido só vinho,

mas também padres, graças a Deus.

sacristão faziam tudo, não precisavam de leigos, não precisavam de catequistas, não precisavam de acólitos, mas o mundo mudou muito, mesmo que as pessoas não se tenham apercebido. Hoje os leigos já fazem muitas coisas e quero que façam mais, que assumam a sua vocação cristã e missioChega a Lamego determinado nária e vão também ao enem ir ao encontro das pesso- contro dos outros. Hoje há as? muito mundo que segue ouÉ o meu estilo e era o es- tras estradas e é óbvio que tilo de Jesus. Aprendi isso se impõe que cada cristão em áreas missionárias, em saiba sair de si, a começar que uma simples paróquia pelo bispo. é muito maior que uma diocese aqui, e o pároco vai às Essa cultura nova é a prática da Igreja Católica no país ou comunidades, não é estar ainda alinha muito pela linha fechado no gabinete, na saclássica? cristia ou na Sé catedral e as pessoas que venham cá Estamos a meio do camiter comigo. A ideia clássi- nho. Ainda temos padres ca era de que em qualquer clássicos, porque foi o espiigreja estava o pároco e as rito em que foram formados. pessoas quando tinham ne- Temos o clero muito idoso, cessidade iam lá. Houve um padres com 70/80 anos, fortempo em que o pároco e o mado não para ir ao encon-

táfora. É o cuidar extremo de todas as pessoas que fazem parte da diocese. Esse é o seu Haverá alguma ligação na dio- dever, de não descurar nincese de Lamego entre o facto guém e levar a essas pessoas de ser conservadora e depois a o evangelho, conseguindo vocação para o sacerdócio es- que se respire uma cultura tar acima da média nacional? verdadeiramente cristã, catóEu não queria fazer essa lica e evangélica. Preencher papéis é secundário. leitura. Mas ela faz-se e vai ter que a encarar.

Eu deixo fazer. Essa análise cabe mais à política e aos jornalistas. É no confronto entre estas pessoas reais e o evangelho de Jesus que eu me situo. “Por nosso supremo poder apostólico (…) te nomeamos bispo de Lamego, com todos os direitos e obrigações”, assinalava o texto que deu posse. Quais são as obrigações de um bispo?

A primeira obrigação de um bispo é cuidar do seu rebanho, usando-o como me-


D. ANTÓNIO COUTO | À CONVERSA 9

Jornal do Centro 03 | Fevereiro | 2012

nesse sentido foi em pleno coração da África negra, no norte de Moçambique, em 1995, numa paróquia chamada Macumbia. Fui lá na noite de Natal celebrar a eucaristia (Missa do Galo) e veio gente de todo o lado. Tudo a cantar e tudo cheio de fome. No final da celebração começaram a vir ter connosco grupos, um deles intitulado grupo da caridade que puxou de uma folha longa que tinha continuidade noutras, abriu-a e disse: “senhor padre, estes são os doentes da nossa comunidade, tem aqui os nomes e os lugares à frente”. Eu olhei, fiquei calado e eles continuaram: “não fique preocupado que nós vamos lá todos os dias”. E puxaram de outra folha de pessoas que viviam sozinhas com os lugares onde elas estavam. É isto que eu quero e penso que é possível realizar nas nossas comunidades e é isto também que pode dar uma vida nova às comunidades. Quando as pessoas perceberem que ser cristão é também saber ir ao encontro dos outros para fazer o que for necessário, estes casos serão ultrapassado. A política pode não se interessar muito por isso, mas nós temos que nos interessar. Isto pode também dar uma nova maneira de ser à nossa Igreja envelhecida e às vezes desmotivada.

igreja no sentido de participatro das pessoas, mas para as rem na missa tradicional? acolher. Hoje, estamos num Não foi esse o principal tempo novo em que as pessoas não sabem quem é o pa- motivo, mas certamente dre ou o bispo. E este estilo contribuiu. novo é o estilo genuíno do evangelho. Quais são os outros motivos? O motivo de fundo é a araEntão alterou-se a determina- gem cultural que se respira da altura? num tempo em que se caiu Alterou, porque as pesso- num grande individualisas nasciam cristãs católicas mo, em que a família pratisem nunca terem tomado camente se desfez. Tudo que bem consciência disso. Era é instituição, está em baixa a cultura da própria famí- e quando as instituições eslia. Estamos num mundo tão em baixa, temos que recompletamente diferente e correr ao que é de fundo, e é de facto necessário que os de fundo é a pessoa e a sua bispos, os padres e os leigos sensibilidade. Isto requer percebam que têm que ir ao uma relação personalizada, encontro das pessoas. Perce- dado que neste momento ber que ser cristão não é só as grandes instituições não no edifício Igreja, mas tam- têm credibilidade. bém no hospital, nas escolas, Porque é que a perderam? em todos os lugares. Porque estamos já num Disse à agência Lusa que a igre- mundo pós-moderno. Cada ja prega o evangelho de uma um por si. O mundo moderforma “chata”. Essa realidade no foi o tempo dos grandes ajudou a afastar as pessoas da discursos, em que as pesso-

as se juntavam todas para ouvir o padre. A política tinha as grandes manifestações públicas e procissões de soldados em que toda a gente ouvia e tinha que ouvir, isso esboroou-se quer em termos políticos, quer em termos religiosos, hoje fazer um discurso é ver as pessoas irem-se emboras. É necessária uma abordagem muito personalizada a cada pessoa, de preferência pelo nome em que ela sinta que estamos lá para falar especificamente com ela. É um momento perigoso para a sociedade?

Altamente perigoso. É preciso levar outra vez ao coração das pessoas e à intimidade algum novo segredo. Ganhamos todos em perceber que tenho uma relação de humanidade com todas as pessoas em que eu amo, tu amas, nós amamos. Aqui nascerá uma nova socieda-

de, não é só uma nova comunidade eclesial. De onde é que vem este clima de desconfiança que hoje existe? Foi criado. Como é que se luta contra isso?

Não é com armas nem com discursos, é com aproximação que se começa a criar um mundo novo. Este aproximar das pessoas leva-nos uma realidade que tem chocado o país, o abandono dos idosos ao ponto de aparecerem mortos em casa. Que comentário lhe merece isto?

É isso. É fundamental ir ao encontro das pessoas e ver como vivem. Disse no domingo que vai fazer um exame exaustivo da diocese? Quer concretizar?

Vou-me servir de um exemplo. Onde eu vi as coisas mais belas da minha vida

da e o problema do desemprego nos jovens, fará provavelmente que venham a acontecer problemas ainda mais sérios. Se a igreja não estivesse presente através dos lares e das misericórdias como estaria Portugal? A impressão que dá é que, em termos políticos, se diz: a Igreja tem os seus meios e que se desenrasque. Mas nós não estamos em condições de fazer face a esta avalanche que vai cair sobre o país em termos de pobreza. Os portugueses estarão no seu limite de resistência e a instabilidade pode surgir em breve?

Tenho receio, mas também tenho esperança. Não é com muitos apoios vindos não sei de onde que se vai resolver isto. A nossa palavra, a nossa ousadia, a nossa criatividade e a nossa maneira de estar com as pessoas pode levantar uma sociedade. Uma crise como estamos a atravessar não é simplesmente uma crise de bolso. Não basta meter a mão ao bolso e tirar umas notas, isso não resolve problema nenhum. Também não é meter a mão, mas tocar nas franjas do coração da cada pessoa. A democracia está ameaçada?

A democracia verdadeira leal é sempre uma maneira Acredita no rumo que o país correta de viver, mas quando está a levar? as pessoas se apercebem que Estamos todos de pé atrás há mentiras, passam a viver a desconfiar. Sabemos que de pé atrás e isso desmotiva, há uns tantos senhores que não vão colaborar quando vão fazendo umas reuniões são chamadas a apoiar. Tee vão dizendo que as coisas mos de criar outra vez pesvão andando ainda que com soas honestas, com sonhos, dificuldade, mas acho que com esperança e estarmos temos que ser todos muito perto uns dos outros. É premais transparentes. E ain- ciso outra terapia muito mais da há muita palavra que profunda e essa não estou a não é dita. As pessoas estão ver movimentar-se, estou a desconfiadas exatamente ver tudo só com números e porque não somos trans- assim não vejo que vamos parentes. Não quero entrar conseguir ir muito longe. na área política, mas penso Porque resolveu criar um blog que ganharíamos em dizer na internet onde partilha todas que somos todos pessoas as suas mensagens, quando humanas, temos as nossas defende tanto o contacto fragilidades, vamos pegar pessoa a pessoa? nesta realidade difícil e faA internet também é imzer o que pudermos em que cada um tem que dar o seu portante. Já se aproxima de um milhão o número de pescontributo. soas que têm passado pelos A austeridade que está a ser meus textos. É uma maneira aplicada no país vai pôr em [de comunicar o evangelho], causa as políticas sociais? mas continua a ser mais imSeguramente. A área so- portante o contato pessoa cial é delicadíssima também a pessoa. A internet é um pelo envelhecimento da so- meio útil, mas o mundo virciedade. Essa franja eleva- tual não dói nem ama.


Jornal do Centro

10

03 | Fevereiro | 2012

região Autarcas prometem guerra ao encerramento dos tribunais A proposta do Governo para o novo mapa judiciário sugere a extinção de seis tribunais no distrito de Viseu. Os tribunais de Armamar, Castro Daire, Nelas, Oliveira de Frades, Resende e Tabuaço fazem parte do grupo de 47 juízos que o Governo se propõe extinguir Uma deliberação conhecida na semana passada que está a gerar apreensão junto dos autarcas dos respetivos concelhos alegando que obrigará habitantes de várias aldeias a fazer deslocações superiores a uma hora. À hora do fecho do Jornal do Centro, um presidente de Câmara assegurou que os seis autarcas estão a prepararse para tomar uma posição conjunta no sentido de mostrar ao Governo que não faz sentido tal restruturação. “Ficará prejudicada a aplicação da justiça. Esta comunidade também tem o direito a que a justiça seja pronta e disponível”, afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Resende, António Borges (PS). No caso de Resende, a proposta sugere que os processos sejam remetidos para o tribunal de Cinfães, a 33 minutos e 24 quilómetros de distância. “Isso é de uma sede do concelho à outra. Mas, por exemplo, de Barrô, que é na outra ponta do concelho, podemos falar Publicidade

em mais 30 minutos, seguramente”, afirmou o autarca, lembrando que, além do incómodo, esta deslocação representa “custos muito significativos para as populações”. Para o presidente da Câmara de Tabuaço, João Ribeiro (PS) a proposta “não faz sentido mesmo em termos económicos”, prometendo uma posição firme tanto da autarquia como da Assembleia Municipal para evitar que os munícipes do concelho tenham que passar a deslocar-se ao Tribunal de S. João da Pesqueira. O presidente da Câmara de Castro Daire, Fernando Carneiro (PS), alertou que o facto de as pessoas passarem a ter de se deslocar a S. Pedro do Sul para tratar dos processos implicaria mais do que os 29 minutos e 25 quilómetros previstos na proposta do Governo. “Nalguns casos seria 29 minutos, mais 45 minutos. E não há transportes. Como vai ser? As pessoas, que cada vez têm menos dinheiro, vão ter de pagar táxi para ir ao tribunal?”. Surpreendido com a possibilidade de os processos do seu concelho passarem para Vouzela ficou o presidente da Câmara de Oliveira de Frades, Luís Vasconcelos (PSD). “Até estou sem reação. Isso

Nuno André Ferreira

Posição ∑ Presidentes dos seis concelhos ponderam posição consjunta

é estranhíssimo. Então em Vouzela está tudo a desaparecer e fica o tribunal?”, questionou. O presidente da Câmara de Armamar, Hernâni Almeida (PSD), mostrou-se esperançado de que esta seja “mais uma proposta que morre pelo caminho” e prometeu lutar junto dos colegas para que não se concretize. Em Nelas a manifestação de protesto não se fez esperar. A presidente da Câmara, Isaura Pedro (PSD) estranhou que “a proposta não tenha sido apresentada ou discutida com as autarquias” e defendeu a “continuidade” do tribunal de Nelas “repudiando o novo projeto apresentado”. “Com cerca de 2000 processos de dependência anuais, o Tribunal de Nelas presta um serviço de reconhecido valor ao concelho e serve uma população de cerca de 16 mil habitantes. Funciona num edifício da autarquia, sem qualquer encargo financeiro, cuja manutenção é também assegurada pela

mesma”, argumentou Isaura Pedro.

Partidos. O PSD de Resende foi a primeira estrutura partidária local a mostrar-se “extremamente preocupada” com o possível encerramento do tribunal local, Publicidade

considerando que “os efeitos da concretização da medida seriam devastadores” para o “acesso dos resendenses à justiça em igualdade de circunstâncias”. Enquanto os deputados do PSD eleitos por Viseu questionam a Governo sobre como vão ficar organizados os tribunais no distrito, através de requerimento, Fernando Ruas (PSD), na qualidade de presidente da Associação de Municípios Portugueses alertou na quarta-feira que “centralizar tribunais ou outras estrutu-

ras dá resposta a um problema financeiro, mas não a um problema de desenvolvimento” do país. Ao comentar aos jornalistas o encerramento de vários serviços públicos em concelhos do interior, Fernando Ruas disse confiar no Governo liderado por Passos Coelho mas esperar que haja, “a seu tempo, medidas de discriminação positiva, que empurrem e aliciem as pessoas a voltar outra vez para o interior” de Portugal. Emília Amaral com Lusa



Jornal do Centro

12 REGIÃO | VISEU | SERNANCELHE | TONDELA

MORTO

03 | Fevereiro | 2012

com 70 anos foi encontrada morta no domingo, com vários ferimentos, que se suspeita terem sido feitos por um familiar. De acordo com a GNR ajá havia antecedentes de desavenças familiares. A septuagenária foi assassinada com uma pancada na cabeça, alegadamente com uma cadeira.

Vseu. O corpo de um homem, de 64 anos, desaparecido há vários dias, foi encontrado no sábado após alerta dos vizinhos. Trata-se de mais uma vítima da solidão. Desde o início do ano e até quarta-feira passada, foram encontrados mortos em casa 18 idosos.

CRIME

trou um engenho explosivo no aterro sanitário do Borralhal, em Campo de Besteiros, concelho de Tondela. Tratava-se de uma granada de instrução de origem francesa. Sem perigo de ser despoletado, o engenho foi colhido e removido do aterro pela Equipa de Inactivação de Engenhos Explosivos do Coma ndo Territoria l de Viseu.

EXPLOSIVO

Sernancelhe. Uma mulher

Tondela. A GNR encon-

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PRODER - SUBPROGRAMA 3 Candidaturas Apoiadas GAL: ADD

Acção PRODER

Concursos 2009

Concurso

Total de Candidaturas Entradas (1)

Candidaturas Aprovadas (com dotação financeira)

Inv. Total Mil €

3.1.1 - Diversificação de Actividades na Exploração Agrícola

1º Concurso

2

250

3.1.2 - Criação e Desenvolvimento de Microempresas

1º Concurso

29

4.594

3.1.3 Desenvolvimento de Actividades Turísticas e de Lazer

1º Concurso

Inv. Total Mil €

18

2.646

Despesa Pública Mil €

1.497

Candidaturas Contratadas

Inv. Total Mil €

18

2.646

Despesa Pública Mil €

N.º postos de trabalho previstos projectos aprovados

1.497 46

TOTAL Medida 3.1

2

33

531

5.375

18

2.646

1.497

18

2.646

1.497

46

3.2.1 - Conservação e Valorização do Património Rural

1º Concurso

9

890

3

296

178

3

296

178

3.2.2 - Serviços Básicos para a População Rural

1º Concurso

14

2.195

3

402

260

3

402

260

0

6

TOTAL Medida 3.2

TOTAL Subprograma 3

23

3.086

6

699

438

6

699

438

56

8.460

24

3.345

1.935

24

3.345

1.935

6

52

Concursos 2010 / /2011

Acção PRODER

Concurso

Total de Candidaturas Entradas (1)

Candidaturas Aprovadas (com dotação financeira)

Inv. Total Mil €

Inv. Total Mil €

Despesa Pública Mil €

Candidaturas Contratadas

Inv. Total Mil €

Despesa Pública Mil €

3.1.1 - Diversificação de Actividades na Exploração Agrícola

2º Concurso

2

149

1

82

41

1

82

41

3.1.2 - Criação e Desenvolvimento de Microempresas

2º Concurso

31

3.552

14

1.377

794

14

1.377

794

3.1.3 Desenvolvimento de Actividades Turísticas e de Lazer

2º Concurso

12

2.295

45

5.997

N.º postos de trabalho previstos projectos aprovados

1

TOTAL Medida 3.1

28

7

22

1.256

2.715

694

1.529

8

23

1.256

2.715

694 11 40

1.529

3.2.1 - Conservação e Valorização do Património Rural

2º Concurso

16

1.274

11

796

478

11

797

478

3.2.2 - Serviços Básicos para a População Rural

2º Concurso

24

2.640

22

1.724

1.293

22

1.724

1.293

40

3.914

33

2.520

1.770

33

2.521

1.771

66 68

85

9.911

55

5.235

3.299

56

5.236

3.300

108

79

8.580

5.234

80

8.581

5.235

TOTAL Medida 3.2 TOTAL Subprograma 3

TOTAL Subprograma 3 Acumulado

2009 2010 2011

2

141

18 371

160

O GAL ADD, com sede em Penalva do Castelo apoiou, entre 2009 e 2011, um total de 80 pedidos de financiamento, num montante de investimento de 8,5 milhões de euros, com um apoio público de 5,2 milhões de euros. Este investimento permitirá criar cerca de 160 postos de trabalho. A área de intervenção da ADD Associação de Desenvolvimento do Dão corresponde aos concelhos de Aguiar da Beira, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo e Sátão.

Opinião

Decantar ou não o vinho Esta é uma etapa sobre a qual importa aclarar alguns aspetos . Os vinhos necessitam de ser decantados ou não? Há algumas décadas atrás, o domínio dos processos de produção, clarificação e estabilização de vinhos ainda não era perfeitamente explorado e aplicado. Deste modo, os acidentes ocorridos nas garrafas eram frequentes e a remoção de partículas ai formandas era um imperativo. A decantação tinha e tem como finalidade arejar, clarificar e remover os depósitos formados na garrafa. Nos dias de hoje, esta operação está apenas circunscrita, em condições normais, a vinhos tintos já com alguns anos. Tal facto tem origem na composição e estrutura tanínica, nos ácidos e nos compostos responsáveis pela cor. Estes compostos, com o decorrer dos anos, tendem a precipitar-se, formando aglomerados que aderem à superfície lateral da garrafa. Atualmente , e muito por culpa do desenvolvimento científico, tecnológico e das boas práticas vitivinícolas e enológicas, podemos afirmar sem ferir suscetibilidades que, de um modo geral, a decantação não acrescenta de forma notória algo a este néctar. Esta possível visão redutora encontrase devidamente alicerçada em várias experiências, partilhadas pela maioria dos Escanções e Enólogos. Nesta fase, importa então conhecer as hipotéticas situações que poderão redundar numa mais-valia para a prova. A decantação deverá apenas ser realizada em garrafas que tenham depósito, independentemente do tipo de vinho e da sua idade. Nos vinhos tintos novos, esta operação não constitui um fator de valorização e nos velhos a sua execução é promovida no ato , ou com uma antecedência máxima de 1 hora antes da prova. Para melhorar a sua eficácia, as garrafas

Rui Coutinho Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu rcoutinho@esav.ipv.pt

são colocadas numa posição vertical com 2 dias de antecedência, a fim de auxiliar a produção de um depósito consistente. Nos vinhos com defeitos ou aromas desagradáveis, a decantação feita com antecedência (1 hora) permite a sua eliminação e enaltece os aromas até à data camuflados. Para sermos rigorosos podemos também referir que “toda a regra tem exceção ” e “os gostos não se discutem”. Deste modo, e no caso de disporem de 2 garrafas do mesmo vinho, experimentem decantar um e outro não e verifiquem in loco se notam diferenças entre estes, retirando as respetivas conclusões. Procurem repetir este procedimento o maior número de vezes possível, a fim de melhorarem a subtileza, a destreza e o domínio na sua execução. Assim, importa saber como decantar uma garrafa. Esta operação deve ser realizada na presença de uma fonte de luz que poderá variar entre uma vela, um candeeiro móvel ou a favor do sol. A colocação da garrafa numa posição que medeia a fonte de luz e os nossos olhos permite visualizar com nitidez o depósito ai existente e, em simultâneo, o início do desprendimento de partículas. Apoiado o gargalo da garrafa no decanter, que se encontra numa posição inclinada, o vinho começa a escorrer ao longo da sua superfície interior, até ao momento da libertação dos fragmentos. No entanto, se o objetivo único é o arejamento, o decanter passa a assumir uma posição vertical para promover a libertação ativa dos aromas. Finda esta tarefa há que dar início à apreciação destes néctares, cada vez mais abundantes e melhores. Boas provas com ou sem decantações.


Jornal do Centro

TONDELA | VISEU | REGIÃO 13

03 | Fevereiro | 2012

Câmara de Tondela faz do velho novo A Câmara Municipal de Tondela está a reabilitar todas as infraestruturas das antigas estações, cais e instalações sanitárias da Ecopista existentes no território do concelho. Ao todo serão recuperadas quatro das 10 antigas estações da Linha do Dão e os cais (Tonda, Parada de Gonta, Tondela, Sabugosa), três apeadeiros (Porto da Lage, Naia, Casal do Rei), uma ponte e o túnel da Póvoa da Catarina, ao longo de 19 quilómetros de via, agora transformada em ecopista. Um investimento de 157 mil euros, comparticipados a fundo perdido em cerca de 100 mil euros, através de uma candidatura apre-

sentada pela Associação de Desenvolvimento Local ADICES. “Na Ecopista do Dão, para além de se aproveitar integralmente a plataforma do antigo ramal ferroviário, pretende-se a requalificação e revalorização ambiental de estações e envolventes”, reforçou o vice-presidente da Câmara, José António Jesus. O autarca acrescentou que a ideia é reabilitar os edifícios procurando “manter a traça original” para assegurar que se “preserva a memória” do ramal, mas com um objetivo muito concreto: “servir de apoio à ciclovia” é, nomeadamente as estações, para “acolhimento de instituições ou as-

sociações promotoras de serviços culturais ou desportivos”. Para o presidente da autarquia, Carlos Marta é “um trabalho meritório” em que a Câmara está a “correr riscos” face ao ano “imprevisível” de 2012, mas “tinha que o fazer” para a concretização e a realização de projectos de 2011 e para que o concelho “mantenha o ritmo de crescimento”. “ É u m a ve r d a d e i ra revolução depois do que fizemos juntamente com Viseu e Santa Comba na ecopista do Dão que está ao serviço das populações”, considerou o autarca. Emília Amaral emilia.amaral@jornaldocentro.pt

Vereadores do PS Viseu confiantes para as autárquicas Os vereadores do PS n a Câ m a ra de Viseu mostraram-se confiantes na vitória do seu partido nas próximas eleições autárquicas, aproveitando a “janela de oportunidade” criada pela saída do atual presidente, Fernando Ruas (PSD), devido à lei de limitação de mandatos. “É uma janela de oportunidade que temos. Não Publicidade

podemos escamotear que o dr. Ruas é uma pessoa com um carisma marcante, uma figura incontornável de Viseu, com mais de 20 anos de mandato autárquico. Só que a partir do final deste mandato já cá não está”, afirmou em conferência de imprensa o vereador Fernando Bexiga. A conferência de im-

prensa serviu para apresentar o novo vereador, o luso-descendente e professor do Instituto Piaget Carlos Martins, que tomou posse na passada quinta-feira, na sequência da renúncia de João Duarte Cruz. Nas autárquicas de 2009, o PSD conseguiu sete mandatos e o PS dois para a Câmara de Viseu. EA/Lusa

Emília Amaral

Ecopista∑ Autarquia investe mais de 157 mil euros na recuperação dos antigos equipamentos da linha do Dão

A Cais da estação de Tondela é um dos exemplos de recuperação Publicidade


Jornal do Centro

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03 | Fevereiro | 2012

educação&ciência “Dom Quixote e Sancho Pança” nas escolas de Nelas Os animadores socioculturais da Câmara de Nelas arrancaram na terça-feira com a apresentação da peça “Dom Quixote e Sancho Pança”, no Cineteatro Municipal. Realizada e apresentada pelos próprios animadores da autarquia, o espetáculo resulta de uma adaptação do livro “O Meu Primeiro Dom Quixote”, traduzido por Alice Vieira, obra recomendada pelo Plano Nacional de Leitura, que ilustra para os mais novos as aventuras do cavaleiro Dom

Quixote de La Mancha. “Desenvolver a criatividade e imaginação das crianças, o gosto pelas artes cénicas e sensibilizálas para uma maior consciencialização literária/ cultural são os objetivos base desta atividade”, refere a autarquia em comunicado. A iniciativa vai prolongar-se até Junho (final do ano letivo) e destina-se às 820 crianças que frequentam os Jardins de Infância e 1º Ciclo do Ensino Básico do concelho. EA

Câmara de Mangualde lança desafio aos alunos A C â m a r a d e Mangualde lançou um concurso para alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico do concelho destinado à criação do logótipo do Plano Municipal para a Igualdade. As propostas deverão ser entregues até 2 de Publicidade

Março. Os interessados poderão concorrer de forma individual ou em equipa. As propostas deverão apresentar características que ref litam e promovam a igualdade entre homens e mulheres no concelho de Mangualde.

Agrupamento de Silgueiros acolhe espanhóis FIAVAL ∑ Aumentar o número de portugueses a falar espanhol é objetivo do projeto Aumentar o número de portugueses a falar espanhol e o número de espanhóis a falar português, é o grande objetivo do projeto de cooperação transfronteiriça FIAVAL. A formação de docentes, a inovação e utilização de aulas virtuais como forma de aproximação linguística e cultural entre professores e alunos de Portugal e Espanha, são outras ambições do FIAVAL. Neste sentido, os parceiros espanhóis visitaram Portugal, durante 4 dias. A receção do grupo realizou-se no Agrupamento de Escolas de Silgueiros. Em harmonia, degustaram-se pratos gastronómicos típicos da zona beirã que fizeram as delícias de “nuestros hermanos”. No Agrupamento de Silgueiros a turma Publicidade

A Turma parceira, do 7º B, do Agrupamento de Escolas de Silgueiros participante é a do 7º B, com vinte alunos, sob a coordenação da docente de Espanhol, Ana Roma. Os alunos têm utilizado plataformas virtuais para comunicarem e já conhecem os seus parceiros de

Salamanca, de Juan Jaén, com os quais têm dado a conhecer o meio sócio cultural onde estão inseridos com a realização de diversos tipos de trabalhos que visam envolver também a comunidade.

A visita portuguesa será retribuída, entre os dias 27 de fevereiro e 2 de março. Na região centro o projeto FIAVAL envolve 10 escolas. Tiago Virgílio Pereira


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Jornal do Centro 03 | Fevereiro | 2012

economia QUEIJO SERRA DA ESTRELA EM ALTA NA CASA DA ÍNSUA

ENERVIDA junta energias renováveis e sustentabilidade presários, investigadores, especialistas, técnicos e estudantes para aprofundar “questões fundamentais” relacionadas com as energias renováveis, a eficiência energética, sustentabilidade, ambiente e as tecnologias “A ENERVIDA será um ponto de encontro privilegiado entre diferentes atores do setor”, acrescenta João Cotta. O dirigente acredita que a evolução para o tema da sustentabilidade vai levar mais gente à mostra por se tornar “mais atrativa”. Este evento assume-se como um dos projetos ân-

Balcão do Empreendedor chega a Viseu Nuno André Ferreira

Na Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, está a nascer um jardim temático sobre o Queijo Serra da Estrela. O projeto inovador nasce de uma parceria coordenada pelo Departamento de Agricultura e Ecologia Sustentável da Escola Superior Agrária de Viseu e pelo paisagista Miguel Thiersonnier, e conta com a colaboração da Visabeira Turismo, Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC) e Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela (ANCOSE). O jardim temático, com uma vocação técnico-científica, pedagógica, ecologista e paisagista, traduz-se na criação de dois espaços distintos, ambos contíguos à queijaria da Casa da Ínsua. Num primeiro espaço (450 metros quadrados), foram plantadas, cerca de 200 plantas de cardo selecionadas de 12 proveniências da própria região demarcada, que garantirão à Casa da Ínsua a autossuficiência no que diz respeito às necessidades de flor de cardo para a sua produção exclusiva de queijo serra da Estrela. No futuro, este jardim será também utilizado para estudos em desenvolvimento pelos grupos científicos da Universidade Católica/ Viseu, do Centro de Neurociências da Universidade de Coimbra, e da própria ESAV. No segundo espaço será criado um jardim temático que pretende retratar o espaço natural das paisagens da Serra da Estrela, Ínsua.

O presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV), João Cotta considera que a edição deste ano da ENERVIDA vai ser mais “abrangente” já que, pela primeira vez, “ao tema das energias renováveis junta-se o tema da sustentabilidade nas suas diversas perspetivas”. A mostra das energias renováveis ENERVIDA, composta por um espaço de exposição e uma série de conferências e atividades paralelas, arranca na próxima quinta-feira, dia 9. Ao longo de quatro dias, no pavilhão Multiusos em Viseu vão reunir-se em-

A Loja do Cidadão de Viseu vai dispor de um Balcão do Empreendedor. Será o terceiro serviço do género a abrir no país depois Aveiro e Setúbal. O objetivo deste serviço é criar um ponto único de contacto entre as empresas, a adPublicidade

ministração central e local para tratamento de assuntos relativos à sua atividade. Além do serviço presencial, o Balcão do Empreendedor ficará disponível em versão eletrónica, podendo ser acedido através do Portal da Empresa. EA

Arquivo

Data∑ A segunda edição da mostra das energias renováveis decorre de 9 a 12 deste mês no Multiusos de Viseu

A A edição deste ano antevê-se mais “atrativa” cora da estratégia mais abrangente preconizada pela Rede Urbana para a Competitividade e Inovação /Dão Lafões, “fomentando e atraindo atividades económicas geradoras de riqueza e criadoras de em-

prego qualificado”, destaca.

Conferências. Do ciclo de conferências selecionadas para a edição de 2012 João Cotta destaca uma iniciativa organizada pela

Câmara de Viseu sobre sustentabilidade urbana, a par de um conjunto de mais de uma dezena de encontros. Destaque igualmente para apresentação do “BioREFINA-TER” - projeto inovador de transformação da vegetação espontânea da floresta em biocombustíveis lenho-celulósicos, com pré-aprovação na União Europeia e declaração de interesse nacional emitida pela Secretaria de Estado da Energia, no dia 12, às 15hoo. Emília Amaral emilia.amaram@jornaldocentro.pt

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Jornal do Centro

16 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

03 | Fevereiro | 2012

VISEU É UMA DAS CIDADES QUE CONTA AGORA COM A VIKMOTORS

É uma Companhia internacional, há mais de 25 anos no mercado, que opera no setor de garantias automóvel e serviços. A Companhia é especializada em extensão de garantia de automóveis novos e na garantia a automóveis usados, e assume que a sua missão consiste “em proporcionar soluções à medida das necessidades dos clientes”, seja a particulares, empresas, comércio automóvel e concessionários. Seja novo ou usado a Vikmotors garante total cobertura às avarias do seu automóvel. A sua atuação, baseia-se num conceito que vai para além da tradicional garantia que as marcas concedem às suas viaturas, novas ou usadas, e que o consumidor pode assim ver prolongada no tempo, mesmo que a garantia de fábrica tenha expirado. A Companhia, que em Viseu está instalada na Rua Estêvão Lopes Morago, em Marzovelos, garante que, mediante o serviço contratado, as suas garantias “cobrem problemas do Grupo Mecânico, Grupo Elétrico e Grupo Eletrónico, e incluem reparação e substituição de peças, mão de obra e impostos, que sejam necessários para o funcionamento correto do veículo” no período contratualizado.

Clareza no Pensamento (http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Um território “insuportável”

A A Litocar é o distribuidor Renault para a região centro

Litocar celebra dia com ofertas especiais 6ª edição∑ Oferta da lavagem exterior às viaturas é novidade A Litocar, distribuidor Renault para a região centro, comemora amanhã o “Dia Litocar”. Como tem vindo a ser hábito, o dia é dedicado aos clientes e à prestação dos melhores serviços nas viaturas. A sexta edição apresenta algumas novidades em relação às edições anteriores. Para além do diagnóstico gratuito, a Litocar oferece a lavagem exterior às viaturas Renault. Os dez primeiros clientes, de cada um dos oito estabelecimentos situados no centro do país, irão receber um vale de 100 euros para utilizar na próxima revisão.

Nos diagnósticos, serão verificados 56 pontos vitais do automóvel, incluindo os principais aspetos ligados ao bom funcionamento do motor, como o nível do óleo e o estado da bateria assim como os pontos ligados ao sistema de iluminação e conservação dos pneus. Para além da inspeção-geral exterior de toda a viatura, o diagnóstico inclui ainda a verificação dos dispositivos de segurança. Assim, o estado dos cintos de segurança será igualmente uma preocupação. Todos os clientes que se associarem à iniciativa poderão beneficiar, até

final de abril, de um desconto até 30 por cento em peças genuínas Renault, que poderão substituir como resultado do diagnóstico efetuado. As surpresas no “Dia Litocar” estendem-se à compra de veículos. Na compra de um veículo novo da marca Renault, a Litocar oferece um sistema de localização GPS Localeasy. Para quem optar por adquirir um usado, a Litocar oferece a manutenção programada durante 24 meses ou quando atingir os 100 mil quilómetros. O dia é extensível às outras marcas do grupo, a Honda e a Nissan.

Os resultados dos Censos 2011 mostram um crescimento da população residente no Continente português de cerca de 178 mil habitantes, ou seja, mais 1,8% que em 2001. No entanto, como é sabido, esta dinâmica está longe de ser homogénea em todo o território. Nos Distritos do Interior a população diminuiu mais de 100 mil pessoas, menos 6,3%, enquanto no Litoral o número de residentes quase aumentou 280 milhares, mais 3,4%. Por outro lado, de um modo geral, a população aumentou mais significativamente nos concelhos sede de capitais de Distrito (com algumas exceções) e nas grandes aglomerações urbanas próximas de Lisboa e Porto. Viseu é um bom exemplo encontrandose no top 5 do crescimento demográfico das capitais de distrito. Em consequência desta evolução demográfica da última década (que não difere das anteriores, no sentido em que ocorreu), em cerca de dois terços do território do Interior vive apenas um quarto da população do Continente. A esmagadora maioria “acomoda-se” numa estreita faixa do Litoral. É caso para perguntar se nos chega, enquanto povo, esta pequena língua de terra e se o restante, todo o Interior, não se estará a tornar num território insuportável, em que cada vez menos portugueses querem cá viver. Por que está o Interior a tornar-se “insuportável” para os portugueses vive-

Alfredo Simões Docente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu asimoes@estv.ipv.pt

rem? Porque na estreita faixa do Litoral concentramse 80% dos empregos e 85% da riqueza criada e esta concentração tem vindo a aumentar. Por outro lado, a crescente atração exercida pelas cidades junto das pessoas e das atividades económicas vai continuar e deixa a nu a fraca capacidade das cidades do Interior (como já está a acontecer) para competirem com as do litoral. Mas, mesmo os “bons exemplos”, como é o caso do concelho de Viseu, não nos devem descansar. De facto, em regra, as freguesias mais afastadas da cidade perderam população e as mais próximas ganharam. De registar, por outro lado, o caso das freguesias de S. José e Stª Maria, no coração da cidade, terem perdido população. Alem disso, é preocupante que o concelho de Viseu seja o único a ganhar população quando todos à sua volta estão mais pequenos. Por outro lado, os Censos mostram-nos que estes movimentos de ganhos e perdas de habitantes pelos diferentes territórios são acompanhados por duas particularidades importantes: os territórios que perdem população perdem igualmente nos estratos sociais mais jovens e são igualmente perdedores no que respeita ao peso da população com níveis de escolaridade mais elevados. Uma tripla perda.

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Jornal do Centro 03 | Fevereiro | 2012

desporto AGENDA FIM-DE-SEMANA FUTEBOL II DIVISÃO NACIONAL - CENTRO

Visto e Falado Vítor Santos vtr1967@gmail.com

18ª jornada - 05 Fev - 15h00 S. J. Ver Associação de Futebol de Viseu Encontros Futebol para Crianças

FUTEBOL Académico de Viseu

Cartão FairPlay Isolado na liderança da classificação. O Ac. Viseu assume-se como o mais forte candidato da série C à subida. No playoff a incerteza aumenta mas a liderança pode e deve ser motivo de união entre clube e cidade. Afinal esse é o objetivo do clube: subir de divisão. NATAÇÃO

Cartão FairPlay Realizou-se em Vila Nova de Paiva o 13.º Torneio de natação Afonso Saldanha. Duas centenas de atletas em representação de 16 clubes. Em Maio decorrerá o 14.º encontro, em Vouzela. O distrito proporciona aos jovens a vivência de novas experiências e dá-se a conhecer. O desporto é muito disto: convívio, competição, memória, conhecer locais.

Padroense Amarante

Tondela

-

Cinfães

Gondomar

-

Oliv. Bairro

Coimbrões

-

Boavista

Sp. Espinho

-

Madalena

Angrense

-

Anadia

Operário

-

Paredes

III DIVISÃO NACIONAL SÉRIE B 17ª jornada - 05 Fev - 15h00

Gil Peres

Cartão FairPlay A AFV está a organizar encontros de futebol para crianças. O pirmeiro foi em Santa Comba Dão para “traquinassub9”. Mais de centena e meia de crianças a pisar um dos melhores palcos desportivos do distrito, com os melhores árbitros e uma organização à altura. O desenvolvimento pessoal e desportivo faz-se assim: dar o melhor às nossas crianças. Este fim de semana é em Castro Daire, para sub6 e sub8.

-

Aliados Lordelo -

Cesarense

-

Vila Real

Grijó

-

Rebordosa

Sp. Mêda

-

Sousense

A João Paulo foi um dos melhores em campo, e marcou o segundo golo do Académico de Viseu

Infesta

-

Alpendorada

Serzedelo

-

Vila Meã

III Divisão - Série C

Sp. Lamego

-

Leça

Académico de volta ao topo Líder isolado ∑ Vencer o Avanca (2-1) e aproveitar empate no Nogueirense - Penalva (0-0) É a candeia do Académico de Viseu que volta a alumiar na frente da série C da III Divisão Nacional de futebol. A formação viseense está de novo no topo da classificação. Chegou lá depois de um triunfo que teve tanto de justo como de sofrido, frente ao Avanca. Não foi um g ra nde jogo, ao contrário do que seria expectável face às duas equipas em campo. Duas formações com aspirações de subida mas em que apenas uma, o Académico, se preocupou em jogar e ganhar a Publicidade

partida. O Avanca foi uma desilusão. Se quer ser candidato, tem que mostrar bem mais do que aquilo que exibiu em Viseu. Depois de uma primeira parte sem grandes lances junto às balizas, no segundo tempo o Académico de Viseu justificou plenamente o triunfo. Correu, e muito, lutou por todas as bolas, e foi a única equipa que conseguiu construir jogadas com algum perigo. Curiosamente foi o Avanca a adiantar-se no marcador mas com um

golo, como se diz “caído do céu aos trambolhões”. Um bola despejada para área, atrapalhação entre Nuno Oliveira e Tiago e a bola a ficar a saltitar na frente do avançado do Avanca que se limitou a empurrá-la para as redes. Com cerca de meia hora ainda para jogar, Lima Pereira lançou Doumbouya no jogo e acertou em cheio. O ponta de lança academista acabaria por marcar um excelente golo de cabeça, fazendo a equipa acreditar que era possível chegar à vitória. O que acabaria por

acontecer, já perto do final. Um livre do lado esquerdo do ataque, a castigar falta sobre Luisinho, foi batido por João Paulo. Bola ao segundo poste e a entrar direta na baliza, batendo o guardião adversário que ficou na expectativa de ver Doumbouya fazer o desvio. Justiça no marcador com o Académico a alcançar um resultado que lhe permitiu voltar ao topo da classificação, beneficiando da igualdade entre Nogueirense e Penalva do Castelo. Gil Peres

III DIVISÃO NACIONAL SÉRIE B 17ª jornada - 05 Fev - 15h00 Avanca

-

Bustelo

Valecambrense -

Ac. Viseu

Sampedrense -

Nogueirense

Sanjoanense

C. Senhorim

-

Oliv. Hospital -

Alba

Penalva Castelo

- Oliv. Frades

ASSOCIAÇÃO FUTEBOL DE VISEU DIVISÃO DE HONRA 17ª jornada - 05 Fev - 15h00 Lageosa Dão

-

Arguedeira

-

Fornelos

Sátão

-

Paivense

GD Parada

-

Mortágua

Vale de Açores Lusitano

-

Castro Daire

Alvite Silgueiros

Viseu Benfica

-

Molelos

Lamelas

-

Tarouquense


18 DESPORTO | ENTREVISTA

Jornal do Centro 03 | Fevereiro | 2012

Nuno André Ferreira

“Somos hoje um clube pujante a nível nacional” ciados jogarem com quem tem nível elevado desmoraliza, desmotiva, e muitas vezes leva os jogadores a interiorizar que estão a ser um estorvo para os companheiros que já jogam melhor. Nós o que procuramos com esta experiência dos torneios nas manhãs de domingo, é precisamente permitir que esses jogadores que jogam menos possam ter também competição, e ao mesmo tempo procurar que alguns jogadores que entretanto estarão parados, porque não competiam em torneios já com algum nível, possam regressar à modalidade.

Carlos Tinoco foi reconduzido na presidência do Clube de Golfe de Viseu. Na passagem do 4ª aniversário, continua a ter pela frente o desafio da massificação. Vontade e condições não faltam, mas têm esbarrado na falta de recetividade à modalidade, em especial por parte das escolas.

O que falta a Viseu para que o driving range do Príncipe Perfeito tenha a taxa de ocupação que é habitual em grandes cidades do mundo inteiro?

A Carlos Tinoco, presidente do Clube de Golfe de Viseu Em época de quarto aniversário, que balanço faz deste primeiros quatro anos. Estão dentro das expectativas?

As expectativas são, habitualmente, sempre maiores do que aquilo que acabamos por conseguir realizar. Isso não invalida que hoje o Golfe Clube de Viseu seja um dos maiores do país. Sem campo, já que jogamos no Montebelo que é da Visabeira, somos eventualmente o maior clube do país. Hoje o Clube de Golfe de Viseu é um clube com uma grande dinâmica e que tem 368 sócios. Lembro-me que quando começámos fomos 32 sócios fundadores. A parceria com o Montebelo acaba por ser vital para o funcionamento e o próprio crescimento do clube.

É uma parceria a todos os níveis excelente. Usufruímos da qualidade do campo e contribuímos também nós, como jogadores, para a própria melhoria do campo. Convém lembrar que o campo tem mais de uma década e o clube apenas quatro anos, mas que antes existia um outro clube, muito mais abrangente, já que incluía membros

de Coimbra, da Figueira da Foz, jogadores que depois, com o aparecimento de campos naquela região, como o caso da Curia, optaram por organizar provas lá e deixaram de vir com tanta assiduidade ao Montebelo. Chegada a altura em que éramos praticamente só jogadores de Viseu, foi então que decidimos criar o clube. Há quatro anos, na entrevista que nos concedeu, manifestava desejo de massificar o golfe em Viseu. Conseguiu?

Somos hoje um clube pujante a nível nacional. Já localmente temos sentido muitas dificuldades. E porquê? Se na classe acima dos 40 anos conseguimos cativar muitos jogadores em Viseu, nas faixas etárias mais baixas, em especial nas crianças, não tem sido possível e nós tudo temos feito para o conseguir. O que tem falhado?

Da nossa parte penso que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. Para que tenha uma ideia: fizemos quatro cursos de formação para professores de educação física fi-

carem com habilitações e conhecimentos na área do golfe. Cerca de 80 pessoas. Criámos uma cadeira no Instituto Piaget, no curso de educação física, de especialização em golfe, o que a nível nacional é único. Contactámos todas as autarquias e o desporto escolar. Criámos um driving range em colaboração com a Visabeira, no Príncipe Perfeito, onde colocámos ao dispor das escolas, professores, equipamento e todo o apoio que fosse necessário, tudo de forma gratuita, e apenas com a condição que as escolas assumissem o transporte das crianças. Era apenas isso. Levarem e irem buscar os miúdos e deixá-los ao nosso cuidado entre as 17h00 e as 19h00. Apesar de não terem que pagar rigorosamente nada, apenas conseguimos cativar três escolas. Alguma justificação?

A resposta foi que não havia dinheiro para o transporte das crianças. Tem sido assim em Viseu o golfe a nível escolar. Já nos mais velhos, dos 30 aos 40 para cima, todos os dias aparecem novos jogadores.

E que vos pareceu a justificação?

O dinheiro, ou a falta dele, não poderá ser sempre argumento para tudo. Nós dávamos tudo. Dois professores, duas vezes por semana, duas horas, todo o material à disposição e de forma gratuita. Não nos podem exigir é que também tenhamos solução para o problema do transporte. Nós à quartafeira temos o dia por conta do desporto escolar e termos lá 10 a 12 crianças parece-nos muito pouco. Pensa que, de alguma forma, ainda prevalece algum estigma de desporto “caro e elitista”?

Se a ideia é essa, é errada. Nos dias de hoje, um kit completo para nos iniciarmos no golfe, e não é golfe para crianças, é golfe para iniciação, ficará na ordem dos 300 euros. Há bicicletas, por exemplo, que custam muito mais que isso, só para termos uma ideia. O golfe é uma modalidade de ar livre, e com todos os benefícios associados quer pela prática desportiva em si, quer pelos efeitos positivos na saúde. Só isso não justifica investir algum tempo, e até

dinheiro, na sua prática?

Não tenho qualquer dúvida sobre isso. Aliás, dou como exemplo os doentes com problemas cardíacos, em que o golfe é uma forma de desporto saudável uma vez que os campos proporcionam todas as condições para boas caminhadas, com pisos planos, subidas e descidas de vários graus de dificuldade que respondem a todas as necessidades da prática de atividade física. Ao nível de provas e torneios, em que patamar organizativo está hoje o Clube de Golfe de Viseu?

Temos um nível de provas muito grande. Praticamente todos os fins de semana há torneios. Aos sábados estamos praticamente cheios e aos domingos vamos este ano ter algo diferente. É algo que vamos experimentar para tentar ter também torneios de golfe aos domingos, em especial durante a manhã, e para pessoas que habitualmente jogam menos. Isto porquê? No golfe temos níveis de competição. Há os que têm já um nível de jogo elevado e os que estão ainda num patamar de iniciação. Ora, os ini-

Creio que o único problema é ser um pouco “desabrigado”. O local onde os jogadores batem as bolas está virado a Norte e tem vento, tem chuva, penso que passará por aí. Vamos fazer esforços para encontrar uma solução e para que possamos dar mais conforto às pessoas, porque em termos de condições temos do que melhor há. Os tapetes são de grande qualidade, a máquina que coloca as bolas é única em Portugal com tecnologia topo de gama, por isso o desafio passa por ali criar agora condições de conforto condizentes com a qualidade do espaço. Há um aspeto da vida do clube que é incontornável. No último ano viu desaparecer dois dos seus vice-presidentes: Carlos Alberto Ferreira e João Vinagre.

Eram duas pessoas muito ligadas ao desporto, e também por isso com uma visão própria sobre a modalidade. Eram dois campeões. O João Vinagre um campeão no jogo em si, o Carlos Alberto um campeão a organizar, a cativar praticantes, tanto assim que muitas provas se perderam desde o seu desaparecimento. Duas perdas importantes para todos nós.


MODALIDADES | DESPORTO 19

Jornal do Centro 03 | Fevereiro | 2012

Basquetebol - CNB2 Centro

Voleibol - Liga Inatel Feminina

ACERT derrota Gumirães e Valeu pelo abre as portas da qualificação segundo “set”

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das quatro linhas, e até mesmo nas bancadas. No jogo, a ACERT acabou por ser mais forte, mas beneficiou muito de alguma falta de controlo emocional de alguns dos jovens jogadores do Gumirães. As faltas técnicas sucederamse em fases cruciais da partida, o que acabou por sempre beneficiar a ACERT que se limitou a gerir até ao final dos 32 minutos de jogo. Venceu por 14 pontos, diferença que não espelha o equilíbrio que existe entre as duas formações. Mais virtuosa e aguerrida a formação do Gumirães, mais experiente e fria a formação da ACERT. Faltam quatro jogos para cada equipa, e tudo ainda pode acontecer, mas a ACERT está em melhor posição.

A Jogo muito disputado em Tondela

Ainda não foi desta que a formação do Lusitano alcançou a sua primeira vitória na Liga Feminina de Voleibol do Inatel - 2012. Apesar da derrota, frente ao Gondomar Cultural, as trambelas conseguiram a primeira vitória num “set”, numa altura em que conseguiram igualar em parciais. O jogo voltou a evidenciar algumas das lacunas da equipa, em especial nos níveis de concentração durante o jogo. Há momentos em que as atletas “desligam” e tudo começa a correr mal. Depois do Gondomar, uma equipa jovem, mas que mostrou que joga junta há algum tempo, ter vencido o primeiro “set”, o Lusitano viria a conseguir o seu melhor mo-

mento no “set” seguinte que venceu, categoricamente. Bem a servir, a receber, a distribuir e a finalizar. Nos seguintes a equipa esteve ausente do jogo, acabando por perder o jogo por 1 - 3. GP

Gil Peres

Uma vitória frente ao Gumirães, por 54 – 40, deixa a ACERT em boa posição para se apurar para a fase final do Campeonato Nacional de Basquetebol 2 – Zona Centro. Um jogo muito importante para as duas equipas, numa fase decisiva da prova, e quando faltam agora apenas cinco jornadas, e quatro jogos para cumprir. O Gumirães chegava a Tondela , em segundo lugar na geral, e com um ponto de vantagem sobre a ACERT. Em caso de vitória, ficaria apenas a um ponto do Buarcos que está no topo da classificação. Se era um jogo importante para o Gumirães, era mesmo decisivo para a ACERT. Uma partida, por isso, com elevada carga emocional, que se sentiu bem dentro

A Lusitano derrotado


D Exposição em Tondela

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culturas expos

Vai ser inaugurada a exposição de poesia e fotografia, “Onde me criei”, de Pedro Carreira de Jesus, no Museu Municipal Terras de Besteiros, amanhã, pelas 16h00.

Arcas da memória

Destaque

VILA NOVA DE PAIVA ∑ Auditório Municipal Carlos Paredes Até dia 29 de fevereiro Exposição de fotografia “Associ’ART - Interacção de Seres Vivos”, da Associação Portuguesa de Protecção dos Seres Vivos.

Santo Antão, ali ao pé da porta (Breve história do homem que prometeu uma vaca a Santo Antão e lhe pagou com um galo).

∑ Posto de turismo Até dia 29 de fevereiro Exposição de artesanato “Flores de Sabonete”, de Marisa Macedo.

VISEU ∑ Teatro Viriato Até dia 30 de abril Exposição de fotografias “A Leste”, da autoria de José Alfredo. ∑ Fnac Até dia 25 de março Exposição “As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy”, desenhos de Juan Cavia e argumento de Filipe Melo. ARMAMAR ∑ Paços do Concelho Até dia 29 de fevereiro Exposição documental e iconográfica “Amadis de Gaula”, que retrata a vida de um cavaleiro medieval.

AO regresso do multifacetado artista açoriano está marcado para amanhã, a partir das 21h45

Zeca Medeiros em concerto na ACERT “Fados,Fantasmas e Folias” ∑ Músico irá destacar os temas do último álbum Zeca Medeiros atua, amanhã, a partir das 21h45, no auditório 1 da Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT). O concerto, terá como fio condutor os novos temas do recentemente editado “Fados, Fantasmas e Folias”, que assinala o regresso do multifacetado artista açoriano. Autor de todas as músicas e letras, o músico funde e confunde o valor da palavra com a tradição e cultura açoriana, acrescentando-lhe com uma mes-

tria incontornável o tom grave e rouco da sua voz, ora embalador, ora poderosamente desconcertante. Do espetáculo farão parte temas como “Camarim – Canção da Timidez”, “Eu gosto tanto de ti que até me prejudico” ou “Movimento da Sombra Chinesa”, e ainda alguns temas dos seus discos anteriores “Cinefilias e Outras Incertezas” e “Torna-Viagem”. Mais que um simples concerto, Zeca Medeiros apresenta-nos uma verdadeira festa de emoções,

onde se destaca sua a interpretação intensa e “clownesca”, tão presente em alguns dos temas que compôs para os seus trabalhos, quer no audiovisual quer no teatro, e que também farão parte do reportório deste espetáculo. Um músico que, para além de parceiro e companheiro de muitas aventuras com a ACERT, é um virtuoso e singular compositor e intérprete da música portuguesa contemporânea.

Sessões diárias às 11h20* (dom.), 14h00, 16h20, 18h40, 21h00, 23h20* O Gato das Botas VP (M6) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h30, 18h55, 21h20, 23h50* Um homem no limite (M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h50, 00h30* Os descendentes (M12) (Digital)

roteiro cinemas VISEU FORUM VISEU Sessões diárias às 15h00, 17h50, 21h10, 00h00* Sherlock Holmes 2: Jogo de Sombras (M12) (Digital) Sessões diárias às 14h30, 17h30, 21h30, 00h10* Os Descendentes (M12) (Digital) Sessões diárias às 19h10, 21h50, 00h30* O idiota do nosso irmão (M16) (Digital)

Jornal do Centro 03 | Fevereiro | 2012

Sessões diárias às 11h00* (dom.), 14h40, 16h55 Alvin e os Esquilos 3 (M4) (Digital VP) Sessões diárias às 14h10, 16h10, 18h20, 21h40, 00h20* O Deus da Carnificina (M12Q) (Digital)

PALÁCIO DO GELO Sessões diárias às 14h20, 16h40, 18h50, 21h40, 23h55* Underworld - o despertar (M12) (Digital 3D) Sessões diárias às 14h10, 16h15, 18h20, 21h20, 23h40* Crónica (CB) (Digital)

Tiago Virgílio Pereira

Sessões diárias às 21h45, 00h20* Os Marretas VO (M6) (Digital) Sessões diárias às 11h10 (dom.), 13h50, 16h30, 19h10 Os Marretas VP (M6) (Digital) Sessões diárias às 17h10, 00h10*

É esta uma curiosa história que Aquilino Ribeiro conta na sua Geografia Sentimental e de que agora se dá fé, oitavas passadas da festa de Santo Antão que acabou de ter lugar ali em Peva, Terras do Demo em sua plenitude. Contase que a certo casal que vivia de pobre lavoeira, em Quintela , apesar da vida cainha que levava, um só desgosto perturbava – a natureza enfezada do Quinzinho, o filho que lhes nascera já no tarde, picado do sarampo e das bexigas, nem cordões de dentes de alho lhe valendo, nem defumadoiros com ervas cheirosas e bentas palavras. Não há de ser ninguém, dizia o pai. Teimava a mãe que sim. Santo Antão ir-se-ia dele amercear em troca de uma vaca prometida se a seu tempo o rapaz lhes for às sortes e enrijar. Tardou e veio o dia do pregão que o regedor colou na porta da capela e o registo do apuramento do rapaz que as lides do campo ou Santo Antão tornaram são e escorreito. Há que cumprirse o prometido, diz a mãe, que o voto é sagrado e o Santo nos pode castigar e lá vai até Lamas, onde há feira, o marido mai-lo filho por arrasto, a vaca de arre-

J. Edgar (M12) (Digital)

Alberto Correia Antropólogo aierrocotrebla@gmail.com

ata e um frângão no cesto que leva à cabeça, como o filho, lá na sua, lhe dissera. - Quanto a jarmela (raça de vaca frequente ao tempo)? Pergunta, interessado, um lavrador. - Uma libra. É a resposta do rapaz. (Era ao tempo a moeda que se usava). Espantou-se o comprador tomando por escárnio esse dizer. Que não senhor, diz o rapaz. E ajusta então a vaca o lavrador. Mas eis a derradeira condição para o fecho do negócio, torna o moço de lavoura. – Quem levar a vaca, leva o galo! E vá-se lá saber da lei imposta do rapaz. – Quanto custa o galo? – Vinte libras de raiz! Achou caro o comprador. Alguém rachou. E lá ficou em preço tabelado: meia libra a vaca, dezanove pelo galo. – Tome, minha mãe, a meia libra. Acenda lá a vela grande a Santo Antão quando vier à sua festa marcada na Folhinha por meados de janeiro . E já agora, recomenda-lhe o rapaz: - Que o Santo lhe ilumine o entendimento porque, cita ditado antigo, com cera sobeja pode arder a igreja. Talvez Santo Antão no Céu tenha brincado com a esperteza saloia do rapaz. Até porque no Céu não há ressentimentos.

Estreia da semana

Sessões diárias às 14h30, 17h45, 21h00, 00h15* Millenium 1 - Os homens que odeiam as mulheres (M16) (Digital) Sessões diárias às 14h00, 21h30 Sherlock Holmes 2: Jogo de Sombras (M12) (Digital)

Legenda: * sexta e sábado

Crónica– A história de três estudantes do ensino secundário que tentam controlar e lidar com os seus fantásticos super-poderes sobrenaturais.


D B Skilla ao vivo na Fnac Viseu

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CULTURAS 21

O rapper apresenta ao vivo o álbum “(R)evolução”, amanhã, a partir das 21h30, na Fnac Viseu. Os temas abordam a valorização da cultura africana e avaliam o atual momento social e espiritual do país e do mundo.

Literatura

Destaque

“Memórias De Uma Escola” lançado no IPJ obra, da editora Palimage, ficará a cargo do sociólogo e escritor Pompeu Miguel Martins. Em “Memórias De Uma Escola”, a autora portuense mistura a teoria com a prática, a vivência diária, com meios obsole-

foto legenda O projeto património Empório apresentou no sábado o 13º cromo VISEUPÉDIA. A nova edição retrata a temática “As Sepulturas Escavadas na Rocha da Quinte do Chantre (Jugueiros) ”, com textos do investigador Jorge Adolfo e imagem da designer Ana Seia de Matos. A iniciativa pretende “promover uma plataforma diferenciada para o cruzamento de elementos patrimoniais e históricos com a criatividade inerente à produção contemporânea que ‘pensa e interpreta’ os temas base. EA Sábado, 28, no magnífico espaço da Papelaria Adrião, em Mangualde, apresentação do livro de Acácio Pinto, “Intimidades Traídas”. O recém-saído livro do vereador do PS, já vai na 2ª edição, o que lhe auspicia um bom sucesso. Depois de Teresa Adão, das edições Esgotadas, falou o presidente da câmara local, João Azevedo, acerca da personalidade do autor, tomando este a palavra para dar a sua perspectiva da narrativa em causa. Paulo Neto fechou a sessão. TVP Pródigo este sábado 28 que nos trouxe ainda, da parte da tarde, na junta de freguesia de Rio de Moinhos, a apresentação do livro de José Bernardino Figueiredo, “Viajar na Minha Terra”. Com a casa cheia, as duas centenas de pessoas fizeram uma longa fila para a sessão de autógrafos. Entretanto, o nosso colaborador, João Luís Oliva, depois do autarca local, Alexandre Vaz, fez o convite para a “viagem através de uma escrita de emoções.” TVP Publicidade

tos, pueris e primitivos, com as mil dificuldades e as mil diversidades. Uma miscelânea alegre, com exemplos variados de experiências realizadas, que foram muito profícuas e podem ser repetidas. DR

O livro “Memórias De Uma Escola”, de Maria Elisa Pinheiro, vai ser lançado em Viseu, no próximo dia 11 de Fevereiro, na sala multiusos do Instituto Português da Juventude (IPJ), pelas 15h00. A apre s ent aç ão d a

A Ilda Teixeira e Sandra Santos interpretam a peça

Teatro volta à ESAM “Pessoa - O Grande Ausente”∑ Companhia Acertina presta homenagem ao poeta Continuando o projeto conjunto iniciado em 2011, entre a Associação Cultural e Recretaiva de Tondela (ACERT) e a Escola Secundária Alves Martins (ESA M), de Viseu, vai ser apresentado o espetáculo “Pessoa – O Grande Ausente”, nos dias 6 e 7 às 10h15, para os alunos e, no dia 8, a partir

das 21h45, para a comunidade educativa e público em geral, na ESAM. O espetáculo é construído a partir de textos de Fernando Pessoa mas refaz o seu universo interior ao inventar um novo lugar, uma nova situação e novas personagens para os interpretar. O Trigo Limpo teatro

Teatro

Variedades

Teatro de Sombras na Lapa do Lobo Na sequência do “Programa Famílias”, que a Fundação Lapa do Lobo está a desenvolver até março, realiza-se no domingo, dia 5, a partir das 10h30, o Teatro de Sombras - Oficina de Expressão Corporal e Dramática, sob orientação de Sónia Barbosa. O público-alvo são pais e crianças dos 3 aos 10 anos.

ACERT presta uma merecida e desconcertante homenagem, a um dos mais importantes poetas mundiais numa abordagem livre de preconceitos. Ilda Teixeira e Sandra Santos vão interpretar a peça, encenada por Pompeu José e Raquel Costa.

“Tristeza e alegria na vida das girafas” “Tristeza e alegria na vida das girafas” é a proposta do Teatro Viriato, em Viseu, para amanhã, a partir das 21h30. A peça, de Tiago Rodrigues, conta a estória de uma menina de 9 anos, a quem a mãe chamava girafa por ser demasiado alta para a sua idade. A criança atravessa a cidade de Lisboa à procura da única pessoa que pode ajudá-la: o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Ao longo desta procu-

ra, cruza-se com personagens familiares à maioria dos portugueses. A crise económica, a aventura heróica de um urso de peluche com tendências suicidas, o Discovery Channel, uma violinista que já é só uma fotografia, uma pantera negra, o dicionário escolar da editorial Sampaio, o cientista búlgaro ou dramaturgo russo Anton Tchekov compõem esse estranho mundo chamado Lisboa.


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culturas

textos ∑ Tiago Virgílio Pereira fotografia ∑ Paulo Neto

Entrevista

“Sou o maior benemérito da igreja de Sernancelhe em toda a sua longa história”

Inaugurado em maio de 2011 e aberto ao público há cerca de um ano, o “Museu Paroquial Padre Cândido” é um museu direcionado para a arte sacra. Natural de Sernancelhe, o padre que dá nome ao museu, de 85 anos, aí estudou até entrar para o Seminário da Diocese de Lamego, onde se formou. Considera-se um autodidata. É pároco na vila há 30 anos e sempre teve o sonho de construir um museu com estas características na região. Apesar de o ter concretizado, reconhece alguma mágoa e falta de apoio dos agentes de Sernancelhe. O Jornal do Centro foi visitá-lo… O que podemos encontrar neste espaço?

O museu está dividido em quatro salas. A primeira sala tem, para já, apenas pedras representativas, quase todas li-

gadas à religião, desde o tempo pré-cristão até ao século XVI. Nesta sala, há uma pedra, da altura pré-cristã, que é adoração do sol. Outra das raridades, porque não haverá meia dúzia no país, é um bucrânio, em que consta uma concha, onde se fazia a libação, e uma face principal com a cabeça de um toiro. Ainda na primeira sala, constam diversas coberturas tumulares Suevovisigóticas, do século X até ao XII. Um destas coberturas, segundo os historiadores de arte, é exemplar único conhecido em Portugal porque é uma espécie de grafito à maneira da arte dos Maias e dos povos primitivos da América do Sul. Na seg unda sa la pode ver-se um pálio raro de Damasco, tecido a ouro e datado do século XVIII. É uma espécie de brocado. Há também

uma capa de asperges, que fazia par com o pálio. Existem outras peças no mesmo género, só que em vez de tecidas a ouro são a lhama de prata. A terceira sala é toda de paramentaria variadíssima e riquíssima, com algumas espécies que faziam honra ao melhor museu do mundo. Exemplos disso são os frontais de altar dos séculos XVII e XVIII. Há também um paramento completo de veludo preto composto por uma casula, duas dalmáticas, uma capa, uma bolsa de corporais, as estolas e os manípulos. Tem tudo e é uma peça rara. A quarta e última sala é mais polivalente e dedicada aos metais. O prato flamengo em latão – pratos de Nuremberga - do início do século XVI, é uma das principais atrações. Constam ainda cálices e a antiga cruz pa-

roquial de Sernancelhe em prata dourada. Para que público é este museu?

Para um público diversificado. Não só a gente do povo gosta, mas o público mais exigente na sua intelectualidade fica admirado com este museu. Qual a peça ex-libris do museu?

É muito subjetivo. Todas as peças têm o seu interesse e valor. De quem surgiu a ideia de criar este espaço?

É uma ideia totalmente minha. O maior significado que lhe quis atribuir passa pela preservação da arte. Aqui, constam peças raríssimas e de inestimável valor. Quando em 1974 e 1975 se fizeram obras de restauro na igreja, mesmo ao lado do museu, deitaram criminosamente abaixo a an-


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culturas Miradouro Museus em Portugal, que futuro? (2)

tiga sacristia onde havia espaço para as peças estarem depositadas. Arrumadas em gavetões, é certo, mas com espaço. Desde aí, as peças que restaram estavam todas amontoadas, até que adquiri este espaço, o reconstruí e lhe dei vida.

o ordenado de pároco e com o que herdei dos meus pais, mas a verdade é que já investi aqui mais de 500 mil euros. Eu sou o maior benemérito da igreja de Sernancelhe em toda a sua longa história.

Podemos chamar-lhe o museu do Padre Cândido?

Para haver mais dinamismo precisava de um funcionário. Mas, para isso, necessitava de ter rendimento para lhe pagar e, até ao momento, não há movimento que justifique. O museu tem entrada gratuita. Até esta altura, não consigo precisar o número de visitantes, mas muitas centenas já por aqui passaram, garantidamente.

Este é o museu do padre Cândido, feito com o dinheiro e a sinergia do padre Cândido. Não tive nem tenho apoios de ninguém! E sente alguma mágoa?

Sim. Porque eu sempre tive esta ideia de um museu de arte sacra em Sernancelhe e nunca foi acarinhada. É, sem dúvida, uma mais-valia para Sernancelhe. Quanto é que investiu?

Sempre procurei viver modestamente com

O público tem visitado o museu?

O museu tem algum acervo?

Sim. Há peças que não pude expor por falta de espaço. Tenho uma peça muito especial, mas preciso de comprar uma vi-

trina com outras características das que tenho. Trata-se de um pano, que não tenho a certeza se é original ou uma réplica, que se fabricava em Veneza, nos séculos XV e XVI, todo bordado a ouro e com uma renda a ouro a toda a volta. Que mensagem gostaria de deixar sobre este sonho agora realizado?

Esta obra exigiu de mim um grande sacrifício, mas é a minha coroa de glória. E por isso, em certo aspeto sinto-me concretizado, em legar aos meus conterrâneos e a todas as pessoas amantes da arte, da história, da cultura e também da religião, uma obra desta natureza. Posso dizer que na Diocese de Lamego não há nada que se lhe compare por isso estou satisfeito em deixar esta obra. Tiago Virgílio Pereira

Dando continuidade ao tema tratado no artigo anterior, a propósito do rumo que está a ser traçado para os museus do Estado, e na sequência do meu entendimento sobre as enormes dificuldades práticas com que os mesmos se debatem, tentarei agora referir alguns dos aspetos mais importantes que ilustram e sustentam estas minhas considerações. Os primeiros e grandes problemas com que os museus de debatem atualmente prendem-se com a desorçamentação sistemática que têm sofrido nos últimos anos, e com as políticas nada transparentes que estão a ser desenvolvidas por quem pouco ou nada entende de museus, mas a quem é dado um poder e um protagonismo inexplicáveis, pelo menos à luz do que seria normal e razoável conceber. Na falta de lógicas claras e transparentes para explicar estes verdadeiros mistérios da natureza humana, foge-nos sempre o pensamento para razões distantes das realidades do próprio setor museológico, entrevendo outras lógicas e outras motivações bem arredadas do mundo e das problemáticas dos museus e da museologia em Portugal. E isto para não referirmos o gravíssimo retrocesso institucional que estamos a assistir quanto à questão da autonomia gestionária dos nossos museus, cada vez mais próximos de estruturas sem qualquer margem de manobra ou capacidade própria para poder exercer a sua função de entidades de cultura no seio das comunidades que servem. A estes retrocessos de duvidosa ef icácia economicista, e de nenhuns resultados funcionais, somam-se as intenções em transferir museus do Estado para as direcções regionais de cultura

ou autarquias, sem qualquer regra, critério ou fundamento válido, minimamente reconhecidos como estruturantes para a vida dos museus. Mais grave ainda é o fato destas possíveis transferências estarem a ser tratadas sem ser auscultada a opinião geral dos profissionais do sector, isolando cirurgicamente o director de cada museu considerado e criando enormes constrangimentos ao bom desempenho das funções museológicas de cada entidade hipoteticamente abrangida por tal medida. Tudo isto sem que se expliquem e percebam quaisquer benefícios para os acervos respetivos; vantagens para o público visitante; melhorias para os profissionais envolvidos; ou mais valias consistentes para as comunidades onde tais museus estão inseridos. E, o que é ainda mais lamentável, este “programa estrutural e sub-reptício” está a ser implementado em sentido precisamente contrário ao discurso e programas políticos que todos os partidos possuem para o sector dos museus, sublinhando o irónico da questão nos designados partidos do aro do poder, que têm vindo a proclamar sistematicamente uma coisa e a deixar que algumas das suas irresponsáveis chefias façam outra, completamente contrária ao que proclamam. E que não se pense que estas condicionantes operacionais apenas afetam os museus do Estado, já que sendo este o responsável por uma lei que estrutura e suporta a Rede Portuguesa de Museus, é precisamente o mesmo (Estado) que se mostra incapaz de assegurar a manutenção de um corpo técnico extremamente competente, com provas dadas e excelentes resultados obtidos até este mo-

Agostinho Ribeiro Diretor do Museu de Lamego

mento. Esta pequena e esforçada equipa, que vem coordenando as múltiplas atividades da Rede, vai ser destruída num abrir e fechar de olhos, correndose agora o risco de desbaratar uma experiência adquirida ao longo de anos de intenso trabalho, a favor de uma sólida e consistente estruturação sistémica dos museus portuguesas de diversas tutelas e tipologias. Estou convencido que ainda se poderá inverter esta situação, para bem desta rede museológica e do nosso património cultural, em boa verdade o mais inovador e abrangente dos projetos museológicos da recente história da museologia em Portugal. Sou dos que acredita que o Secretário de Estado da Cultura, tendo herdado um jogo tristemente “viciado”, será ainda capaz de pôr travão a este rumo suicidário para onde alguns estão a empurrar os museus portugueses, permitindo e promovendo a discussão e análise fundamentada destas questões, em sede do Conselho Nacional de Cultura e em reuniões profissionais e sectoriais com os principais responsáveis da área (diretores de museus do Estado e da Rede Portuguesa de Museus, APOM, ICOM e ARP). Saibamos nós, nos tempos que correm, aplicar os nossos conhecimentos e a nossa capacidade empreendedora na qualificação e melhoria real do panorama museológico nacional, em vez de despender esforços e os parcos recursos disponíveis a fazer asneiras, piorando o que está mal e a estragar, pura e simplesmente, o que está bem.

Redigido sem observação do novo acordo ortográfico


10 a 13 de Novembro Jornal do Centro

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03 | Fevereiro | 2012

em foco Hi-Fi celebra quinto aniversário “4 Desire” desfila sensualidade com lotação esgotada

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Fotos: Nuno André Ferreira

DR

O pavilhão da Expobeiras, em Viseu, recebeu no passado sábado, o espetáculo do quinto aniversário do grupo Hi-Fi. A lotação do recinto esgotou, atingindo as sete mil pessoas numa noite de emoções, afetos e muita música, com um grande concerto do grupo de espetáculos viseense, que, em participação do público presente, apagou cinco velas. A estreia do novo cenário da banda, o regresso de Herman José a Viseu e a presença de David Antunes e Pedro Fernandes foram outros dos pontos altos de uma noite que começa a ganhar tradição em Viseu.

A loja de prazer “4 Desire”, em Viseu, junto aos bombeiros municipais, apresentou e divulgou, no passado sábado, algumas das propostas e novidades do espaço, no bar “4 You”. Foi num ambiente de glamour e sensualidade que as manequins desfilaram com lingerie que a “4 Desire” disponibiliza aos seus clientes. Animação e boa-disposição imperaram durante a noite, numa iniciativa a repetir.


Jornal do Centro

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03 | Fevereiro | 2012

saúde Sénior ConVida continua em Lamego Vida sénior ∑ O programa acolhe 300 idosos no combate à solidão e a uma maior auto-estima A Câmara Municipal de Lamego dá continuidade ao programa regular especialmente vocacionado para os idosos do concelho, com o objetivo de ocupar de uma forma saudável os tempos livres e elevar os níveis de autoestima. Na sua quarta edição, o projeto “Sénior ConVida” decorre em articulação estreita com as juntas

de freguesia do concelho e as instituições particulares de solidariedade social, e mobiliza mulheres e homens com mais de 60 anos para a prática de um leque alargado de atividades: hidroginástica, caminhadas, convívios, dança e jogos de memória. Ao mesmo tempo, os participantes são convidados a participar em

consultas de nutrição, workshops e ações de formação com instituições locais como a PSP, a GNR, os Bombeiros Voluntários, entre outras. “A integração plena de mais de três centenas de idosos no projeto Sénior ConVida ajuda a aliviar a solidão a que muitos são votados ao fim de uma longa vida de trabalho e a

colmatar a deficiência nas respostas sociais específicas para esta camada da população”, afirma o presidente da autarquia, Francisco Lopes. “No âmbito desta iniciativa, o idoso deixa de ser visto como o ‘aposentado’ e é valorizada, sobretudo, a enorme experiência de vida acumulada”, acrescenta.

Quase metade dos portugueses tem hipertensão Em Portugal, quase metade da população tem hipertensão, sendo que em apenas 11 por cento destes a doença está controlada. O 6º Congresso de Hipertensão marcado para o dia 11,em Vilamoura vai dar destaque a este problema de saúde pública. De acordo com o presidente-eleito da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, Fernando Pinto, “a hipertensão resistente ao tratamento

é uma doença crónica especialmente perigosa devido à sua associação com um aumento do risco cardiovascular, incluindo AVC e enfarte, assim como insuficiência cardíaca e doenças renais”. Ainda segundo o especialista, “as investigações sugerem que cerca de 28 por cento dos indivíduos hipertensos tratados são considerados resistentes ao tratamento.

Relação entre depressão e trabalho Os funcionários que trabalham pelo menos 11 horas por dia arriscam-se duas vezes mais a sofrer de depressão grave do que aqueles que trabalham sete horas diárias, revela um estudo publicado na revista PloS ONE. A investigação, realizada no Reino Unido, abrangeu um universo de cerca de dois mil trabalhadores britânicos,

homens e mulheres entre os 35 e 55 anos que gozavam de boa saúde mental. Os funcionários foram acompanhados durante cerca de seis anos.A ligação entre o risco de depressão e as horas de trabalho diário não foi afetada por outros fatores, como o estilo de vida, o consumo de álcool, tabaco ou droga, ou por tensões no trabalho. Lusa


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03 | Fevereiro | 2012

DGS divulga recomendações para enfrentar o frio

ACUPUNTURA DIMINUIU CRISES DE ENXAQUECAS

Viseu ∑ O Instituto de Meteorologia prevê uma mínima de -6ºC no domingo e -5ºC na sexta e sábado O Instituto de Meteorologia anunciou que os valores das temperaturas vão descer em média seis graus centígrados. Uma descida que está prevista acentuar-se esta sexta-feira, dia 3. Viseu deverá atingir a temperatura mínima -6ºc no domingo, -5ºc hoje e sábado e a máxima não ultrapassará os 6ºc. A Direção Geral de Saúde (DGS) divulgou na quarta-feira uma série de recomendações para enfrentar a vaga de frio e lembrou que a exposição ao frio pode ter consequências graves para a saúde. “Os problemas de saú-

de mais comuns diretamente associados ao frio são o enregelamento e a hipotermia”, referiu a DGS à agência Lusa. Além de recomendações gerais lança ainda avisos para os grupos vulneráveis. “O frio é também responsável pelo agravamento de doenças, particularmente, cardíacas e respiratórias”, concretizou a DGS ao recomendar que a temperatura da casa deva ser mantida entre os 19 ºC e os 22 ºC. De forma a proteger as pessoas sós ou isoladas, a DGS lembrou que os familiares, amigos e vizinhos têm um papel importante e pedem que se

chocolates, azeite, frutos secos. A DGS sublinhou que os grupos mais vulneráveis ao frio são os bebés e pessoas idosas já que são muito suscetíveis e não têm grande perceção das alterações de temperatura, não sentindo muito frio no inverno, tal como não sentem muito calor no verão. A informação, divulgada na página de Internet As crianças e os idodos são os grupos vulneráveis da DGS, pede ainda atenção aos avisos das Autoque requerem maior atenção a esta vaga de frio ridades de Saúde, do Insfaça um telefonema ou lhou a ingestão de sopas tituto de Meteorologia e exista um contacto pelo e bebidas quentes, como da Autoridade Nacional menos uma vez por dia. leite ou chá, e também, de Protecção Civil. Relativamente à ali- se a saúde o permitir, aliEmília Amaral mentação, a DGS aconse- mentos calóricos como

A

A acupunctura é eficaz no controlo das enxaquecas, nomeadamente na diminuição das “crises” e no atenuar da dor. Esta é a conclusão de um estudo de um grupo de cientistas asiáticos, publicada no Canadian Medical Association Journal. Durante a investigação, cerca de 500 adultos que sofrem de enxaquecas foram submetidos a dois tipos de sessões diferentes. Uns participaram em sessões da tradicional acupunctura chinesa, outros, a sessões de ‘falsa acupunctura’ (sham acupunture), que consiste na colocação de agulhas em pontos não específicos ou aleatórios do corpo com pouca profundidade. A experiência durou cerca de quatro semanas, tempo durante o qual as 500 pessoas não foram informadas sobre o tipo de método que lhes estava a ser administrado. Concluído o estudo, os participantes submetidos ao poder das verdadeiras agulhas pelo método tradicional de acupuntura alegaram ter tido menos “crises” de enxaqueca por mês:. A maioria sofria de seis ocorrências mensais, número que foi reduzido para metade. Por outro lado, os participantes que foram tratados através da falsa acupuntura não registaram qualquer alteração. Em Portugal, cerca de um milhão de pessoas sofre do problema.


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CLASSIFICADOS 27

03 | Fevereiro | 2012

GUIA DE RESTAURANTES RESTAURANTES VISEU RESTAURANTE O MARTELO Especialidades Cabrito na Grelha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Morada Rua da Liberdade, nº 35, Falorca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau. RESTAURANTE BEIRÃO Especialidades Bife à Padeiro, Posta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refeição 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Telefone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970. RESTAURANTE TIA IVA Especialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domingo. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições económicas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros. RESTAURANTE O VISO Especialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Carvão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitamse reservas para grupos. CORTIÇO Especialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Manteiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Take-way. RESTAURANTE CLUBE CAÇADORES Especialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quartafeira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.

RESTAURANTE O CAMBALRO Especialidades Camarão, Francesinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ramalhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros. TORRE DI PIZZA Especialidades Pizzas, Massas, Carnes Grelhadas. Folga Não tem. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Tem também take-away. SOLAR DO VERDE GAIO Especialidades Rodízio à Brasileira, Mariscos, Peixe Fresco. Folga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardoverdegaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail geral@ solardoverdegaio.pt Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco. RESTAURANTE SANTA LUZIA Especialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Castanhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Telefone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”. PIAZZA DI ROMA Especialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço. RESTAURANTE A BUDÊGA Especialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Brasa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Observações Vinhos da Região e outros; Aberto até às 02.00 horas. EÇA DE QUEIRÓS Especialidades Francesinhas, Bifes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cidadão). Telefone 232 185 851. Observações Take-away.

COMPANHIA DA CERVEJA Especialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estacionamento, acesso gratuito à internet. RESTAURANTEPORTASDOSOL Especialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Carne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Domingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia. RESTAURANTE SAGA DOS SABORES Especialidades Cozinha Tradicional, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Observações Serviço Take-Away. O CANTINHO DO TITO Especialidades Cozinha Regional. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771. RESTAURANTE AVENIDA Especialidades Cozinha Porguguesa e Grelhados. Folga Não tem. Morada Avenida Alberto Sampaio, nº9 - 3510-028. Telefone 232 468 448. Observações Restaurante, Casamentos, Baptizados. GREENS RESTAURANTE Especialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greensrestaurante.com RESTAURANTE ROSSIO PARQUE Especialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Bacalhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

RESTAURANTE CASA AROUQUESA Especialidades Bife Arouquês à Casa e Vitela Assada no Forno. Folga Domingo. Morada Urbanização Bela Vista, Lote 0, Repeses, Viseu. Telefone 232 416 174. Observações Tem a 3ª melhor carta de vinhos absoluta do país (Prémio atribuído a 31-102011 pela revista Vinhos) MAIONESE Especialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959. FORNO DA MIMI Especialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refeição 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. QUINTA DA MAGARENHA Especialidades Lombinho Pescada c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segunda-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Telefone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos. CHURRASQUEIRARESTAURANTESTºANTÓNIO Especialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Marisco, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Telefone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes, Festas. RODÍZIOREAL Especialidades Rodízio à Brasileira. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefone 232 422 232. Observações Casamentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado. RESTAURANTE O POVIDAL Especialidades Arroz de Pato, Grelhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

CHEF CHINA Especialidades comida chinesa. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Observações www.chefchinarestaurante.com RESTAURANTE CACIMBO Especialidades Frango de Churrasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua Alexandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observações Serviço Take-Away. RESTAURANTE PINHEIRÃO Especialidades Rodízio à Brasileira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados. SANTA GRELHA Especialidades Grelhados. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Telefone 232 415 154. Observações www.santagrelha.com A DIFERENÇA DE SABORES Especialidades Frango de Churrasco com temperos especialidades, grelhados a carvão, polvo e bacalhau à lagareiro aos domingos, pizzas e muito mais.... Folga Não tem. Preço médio por refeição 6 euros. Telefone 232 478 130 Observações Entraga ao domicilio.

PENALVA DO CASTELO O TELHEIRO Especialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço médio por refeição 10 euros. Morada Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELA RESTAURANTE BAR O PASSADIÇO Especialidades Cozinha Tradicional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira, 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SUL RESTAURANTE O CAMPONÊS Especialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vitela à Manhouce (Domingos e Feriados), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miúdos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Telefone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADES OS LAFONENSES – CHURRASQUEIRA Especialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Folga Sábado (excepto Verão). Preço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680132 Oliveira de Frades. Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELAS RESTAURANTE QUINTA DO CASTELO Especialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito à Padeiro, Entrecosto Vinha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ grupos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Morada Quinta do Castelo, Zona Industrial de Nelas, 3520-095 Nelas. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELA RESTAURANTE O REGALINHO Especialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefone 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros. TABERNA DO LAVRADOR Especialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecosto com Migas, Cabrito Acompanhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 917 463 656. Observações Jantares de Grupo.

ADVOGADOS / DIVERSOS ADVOGADOS VISEU ANTÓNIO PEREIRA DO AIDO Morada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560 CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029 Fax 966 860 580 MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA Morada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648 JOÃO PAULO SOUSA M o r a d a Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666 ADELAIDE MODESTO Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295 JOÃO MARTINS Morada Rua D. António Alves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498 ANA PAULA MADEIRA Morada Rua D. Francisco Alexandre

Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email anapaula.madeira@sapo.pt

MANUEL PACHECO Morada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344 PAULO DE ALMEIDA LOPES Morada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email palopes-4765c@adv.oa.pt

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDES Morada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email a-figueiredo@iol.pt e firminof@iol.pt JOÃO NETO SANTOS Morada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753 FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITO Morada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email fabs. advogados@netvisao.pt CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – ADVOGADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS I NS TA L AÇÕE S], 3510 - 0 43 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSA Esc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333 Esc. 2 Morada Edifício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria N º14 2430 - 30 0 Ma r i n ha Gra nde Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas preferenciais Crime | Fiscal | Empresas MANUEL COVELO www.manuelcovelo-advogado.com Escritório: Urbanização Quinta da Magarenha-Rua da Vinha, Lte 4, 3505639 Viseu Telefone/Fax: 232425409 Telemóvel: 932803710 Email: mcovelo-5466c@adv.oa.pt

MANGUALDE JOSÉ ALMEIDA GONÇALVES Morada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email jose. almeida.goncalves-14291l@adv.oa.pt

NELAS JOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email j.Borges. silva@mail.telepac.pt

IMOBILIÁRIO VENDE-SE Casa antiga para restauro com cave, área coberta 131 m2 e 195 m2 de logradouro. Centro de Silgueiros. Contactos: 91 723 92 96 ou 96 230 94 54 T1+3 Centro Cidade c/110m2 área, lareira, arrumos, varandas, garagem. 75.000,00€ T. 917 921 823 T2 Dpx Centro Cidade c/180m2, cozinha mob. e equipada, lareira, arrumos. 103.000,00€ T. 914 824 384 T2 Repeses c/ aquec. central, cozinha equipada, arrumos, óptimo estado. 91.500,00€ T. 969 090 018

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Jornal do Centro

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EMPREGO & FORMAÇÃO

Pós-graduação em gerontologia e geriatria no Piaget A Escola Superior de Saúde Jean Piaget de Viseu vai disponibilizar uma pós-graduação em gerontologia e geriatria, destinada à formação especializada de enfermeiros e outros profissionais de saúde interessados em aprofundar competências nas referidas áreas. Ao longo de dois semes-

tres os participantes terão a oportunidade de adquirir conhecimentos sobre a evolução demográfica e social da população portuguesa, sobre políticas de saúde e políticas socias e sobre o processo de envelhecimento. No plano de estudos do curso encontram-se ainda conhecimentos sobre a psicos-

sociologia do idoso e a intervenção em cuidados continuados e assistência domiciliária. As candidaturas pode ser efetuadas até dia 18 de fevereiro na secretaria da escola ou via online: http:// candidaturas.ipiaget.com. As aulas terão início a 2 de março e vão decorrer até dezembro de 2012.

Formação para prevenir suicídios A PSP vai realizar ações de formação nos comandos para que os polícias estejam mais atentos aos comportamentos dos colegas, e assim ajudar a prevenir o suicídio. A formação vai realizarse este ano em todos os comandos do país e destina-se a comandantes de esquadras e adjuntos, graduados de serviços e supervisores operacionais.

“Pessoas que têm um contacto diário e permanente com quem anda no terreno”, disse o chefe do gabinete de psicologia da PSP, Fernando Passos, em entrevista à agência Lusa. O responsável adiantou que nesta formação interna, com a duração de um dia, será abordada “a problemática do suicídio e a sua prevenção”. Segundo Fernando Pas-

sos, as ações de formação vão ser dadas por psicólogos e serão “muito curtas e práticas”, com a abordagem de casos concretos. Fernando Passos sublinhou que o objetivo é que os polícias entendam e conheçam os colegas que trabalham consigo. A PSP registou desde 2008 um total de 21 suicídios, sete dos quais em 2011.

Recrutamento para Bolsa de Formadores Mecânica Automóvel (com experiência em oficina de marca conceituada) Áudio, Vídeo e TV (com experiência em empresa da área) - Electricidade de Construção Civil (com experiência em empresa da área) - Informática (com experiência em Paginação e Design Editorial) -

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Enviar curriculum para: info@ept.pt (Assunto: Bolsa de Formadores)

OFERTAS DE EMPREGO Centro de Emprego de TONDELA (232 819 320)

Técnico de próteses dentárias. Santa Comba Dão - Ref. 587763680 Marceneiro com experiência. Carregal do Sal - Ref. 587783204 Cabeleireiro. Pretende-se praticante de cabeleireiro com carteira e experiência profissional. Tondela - Ref. 587786598 Cortador de carnes verdes. Santa Comba Dão - Ref. 587792565 Auxiliar de laboratório. Preferência por candidatos com experiência. Mortágua Ref. 587792800 Cabeleireiro. O candidato deverá ter carteira profissional de ajudante, praticante e de cabeleireira e experiência profissional. Carregal do Sal - Ref. 587793117 Outros condutores de máquinas agrícolas e florestais. Mortágua - Ref. 587794894 Pasteleiro com experiência. Carregal do Sal - Ref. 587795088 Centro de Emprego de LAMEGO (254 655 192)

Cozinheiro. Lamego - Ref. 587787301 Esteticista (visagista). Tarouca - Ref. 587787729 Empregado de mesa. Armamar - Ref. 587789364

Vendedores e demonstradores c/ experiencia na área comercial. Viseu - Ref. 587795220 Trabalhador agrícola (trabalhador rural). Lamego - Ref. 587796063 Empregado de mesa. Lamego - Ref. 587796251 Recepcionista com formação/experiência, com conhecimentos de informática e línguas (francês, inglês e espanhol). Lamego - Ref. 587796252 Cozinheiro. Lamego - Ref. 587796254 Ajudante de cozinha. Sernancelhe - Ref. 587796663 Estucador com ou sem experiência. Lamego - Ref. 587796790

Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278 Pasteleiro com conhecimentos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014 Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785 Centro de Emprego de VISEU (232 483 460)

Servente Construção Civil. Sátão - Ref. 587787972 Marceneiro/carpinteiro. Viseu - Ref. 587787716 Estucador. Viseu - Ref. 587787639 Servente Construção Civil. Viseu - Ref. 587786916 Pintor Construção Civil. Viseu - Ref. 587786911

Carpinteiro de limpos com experiencia. Lamego - Ref. 587797263

Pedreiro. Viseu - Ref. 587786876

Cozinheiro. Lamego - Ref. 587797573

Servente Construção Civil. Mangualde - Ref. 587786353

Pasteleiro. Lamego - Ref. 587797684 Motorista de veículos pesados – mercadorias. Motorista de pesados com reboque, com experiência de pelo menos 2 anos e formação tacógrafo, para os concelhos do Douro Sul. Lamego - Ref. 587797721

Pedreiro. Nelas - Ref. 587778084

Engenheiro civil. Tarouca Ref. 587798547 Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL (232 720 170)

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Jornal do Centro

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03 | Fevereiro | 2012

NECROLOGIA Maria da Conceição da Costa, 88 anos, viúva. Natural e residente em Parada. O funeral realizou-se no dia 28 de Janeiro, pelas 16.00 ho- Agência Funerária Ferraz & Alfredo Mangualde Tel. 232 613 652 ras, para o cemitério local.

Clementina Pereira Fernandes, 76 anos, casada. Natural e residente em Oliveira de Barreiros. O funeral realizou-se no dia 29 de Janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério local.

Maria Clara Antunes de Abreu, 78 anos, viúva. Natural de Currelos e residente em Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 19 de Janeiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Currelos.

Joaquina de Jesus, 91 anos, viúva. Natural e residente em Corvos à Nogueira, Santos Evos. O funeral realizou-se no dia 30 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Marinhas, Esposende.

Arménio Rodrigues da Silva, 81 anos, casado. Natural e residente em Levides, Cambra, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 29 de Janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Cambra.

António Augusto Fernandes de Melo, 82 anos, casado. Natural e residente em Beijós. O funeral realizou-se no dia 30 de Janeiro, pelas Madalena de Frias Monteiro, 91 anos, viúva. Natural de Viseu e residente no Lar Nossa Senhora dos Milagres, em Oliveira de Frades. O 10.00 horas, para o cemitério local. funeral realizou-se no dia 30 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o Maria Aldina de Albuquerque Henrique, 79 anos, viúva. Natural e re- cemitério de Oliveira de Frades. sidente em Parada. O funeral realizou-se no dia 30 de Janeiro, pelas Amélia Maria, 93 anos, viúva. Natural e residente em Oliveira de Fra10.00 horas, para o cemitério local. des. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro, pelas 16.00 horas, Elvira Fernandes, 88 anos, viúva. Natural e residente em Lageosa. para o cemitério local. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro, pelas 10.30 horas, para Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda. o cemitério local. Oliveira de Frades Tel. 232 761 252 Otília Marques Lourosa, 89 anos, viúva. Natural de Molelos e residente em Papízios. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro, pelas António de Oliveira Araújo, 89 anos, casado. Natural e residente em 16.00 horas, para o cemitério de Papízios. Silvã de Cima, Sátão. O funeral realizou-se no dia 29 de Janeiro, peMaria de Figueiredo Novo, 82 anos, viúva. Natural de Beijós, Carregal las 16.00 horas, para o cemitério de Silvã de Cima. do Sal e residente em Teomil. O funeral realizou-se no dia 1 de FeveAgência Funerária Sátão reiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Lageosa. Sátão Tel. 232 981 503 Agência Funerária São Brás Carregal do Sal Tel. 232 671 415 Jesuina da Ascensão, 82 anos, viúva. Natural de São João de Tarouca e residente em Tarouca. O funeral realizou-se no dia 27 de Janeiro, Júlio de Almeida, 76 anos, viúvo. Natural e residente em Alva, Castro pelas 16.00 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca. Daire. O funeral realizou-se no dia 30 de Janeiro, pelas 16.00 horas, Rosa dos Santos, 97 anos, viúva. Natural e residente em Dalvares, para o cemitério de Alva. Tarouca. O funeral realizou-se no dia 28 de Janeiro, pelas 16.00 hoAntónio Pereira Cardoso, 78 anos, casado. Natural e residente em ras, para o cemitério de Dalvares. Codeçais, Ermida, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 31 de Agência Funerária Maria O. Borges Duarte Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Codeçais. Tarouca Tel. 254 679 721 Manuel da Fonseca, 92 anos, viúvo. Natural e residente em Gralheira, Cinfães. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro, pelas 16.00 Ângelo Ferreira, 90 anos, casado. Natural e residente em Lageosa, horas, para o cemitério de Gralheira. Lordosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro para o Manuel da Silva Monteiro, 88 anos, viúvo. Natural e residente em Cujó, cemitério de Lordosa. Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 1 de Fevereiro, pelas 16.00 Agência Horácio Carmo & Santos, Lda. horas, para o cemitério de Cujó. Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251 Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda. Castro Daire Tel. 232 382 238 Maria Fernanda Duarte Alves, 56 anos, divorciada. Natural de Montijo e residente em Moselos, Campo, Viseu. O funeral realizouMaria Augusta Ribeiro, 90 anos, viúva. Natural e residente em Vila se no dia 26 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o crematório da FiCova do Covêlo, Penalva do Castelo. O funeral realizou-se no dia 26 de gueira da Foz. Janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Vila Cova do Covêlo. Dioguina Fernandes Rodrigues da Silva, 80 anos, viúva. Natural de Maria José Ferreira, 79 anos, solteira. Natural e residente em Vidago, Chaves e residente no Brasil. O funeral realizou-se no dia 29 Mangualde. O funeral realizou-se no dia 30 de Janeiro, pelas 15.00 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Campo, Viseu. horas, para o cemitério local. Agência Funerária Abílio Silvia Marques de Almeida, 94 anos, viúva. Natural e residente em Viseu Tel. 232 437 542 Abrunhosa do Mato, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Abrunhosa do Mato.

Agência Funerária D. Duarte Viseu Tel. 232 421 952 Manuel Justino, 86 anos, casado. Natural e residente em São Cipriano, Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de Janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de São Cipriano. Maria Pires Pereira da Carvalha, 85 anos, viúva. Natural de Queirã, Vouzela e residente em Vasconha, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 27 de Janeiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Queirã. João Cardoso de Almeida, 82 anos, viúvo. Natural de São Salvador e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério novo de Viseu. Agência Funerária de Figueiró Viseu Tel. 232 415 578 Maria das Dores, 87 anos, viúva. Natural e residente em Pascoal. O funeral realizou-se no dia 28 de Janeiro, pelas 8.30 horas, para o cemitério velho de Abraveses. Maria de Jesus e Sousa, 85 anos, viúva. Natural de Sátão e residente em Jugueiros. O funeral realizou-se no dia 30 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Repeses. Joaquim Rodrigues Lopes, 84 anos, viúvo. Natural e residente em Rio de Loba. O funeral realizou-se no dia 30 de Janeiro, pelas 16.30 horas, para o cemitério novo de Rio de Loba. Belmira de Jesus Pina, 81 anos, casada. Natural de Pindo, Penalva do Castelo e residente em Póvoa de Sobrinhos. O funeral realizouse no dia 31 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Armando Rodrigues dos Santos, 66 anos, casado. Natural de Campo e residente em Moselos. O funeral realizou-se no dia 31 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Campo. Emília da Silva Neves, 89 anos, viúva. Natural de Povolide e residente em Nesperide. O funeral realizou-se no dia 1 de Fevereiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Povolide. Olinda da Conceição Sousa, 86 anos, viúva. Natural de Lamego e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 1 de Fevereiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu. Marta da Ascensão Sousa, 99 anos, viúva. Natural de Ranhados e residente em Repeses. O funeral realizou-se no dia 2 de Fevereiro, pelas 11.00 horas, para o cemitério de Repeses. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda. Viseu Tel. 232 423 131


Jornal do Centro 03 | Fevereiro | 2012

clubedoleitor

DEscreva-nos para:

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Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: redacao@jornaldocentro.pt As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

FOTOS DA SEMANA

Em plena Rua da Vitória, este esventrado prédio, além da inclemência das chamas sofre agora a dureza do tempo, apresentando uma imagem de degradação e ruína que não é aquela que temos da cidade de Viseu... Luís Pires

Esta noção de “conforto” só pode mesmo advir da forma de viajar deitado. Quanto à justeza da onomástica, achamos que, de facto, nada há a contrariar a eternidade do referido. Armando Costa

Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para redaccao@jornaldocentro.pt

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Semanário de 2011 04 de Fevereiro

UM JORNAL COMPLETO

Sexta-feira Ano 9 N.º 464

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SEMANÁRIO

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REGIÃO DE VISEU

| www.jornaldocentro.pt rnaldocentro.pt· Viseu·redaccao@jo Lt10,r/c.3500-187 TorresVasconcelos, RuaDonaMariaGracinda ·BairroS.JoãodaCarreira, 461·Fax:232431225 |Telefone:232437

Incêndios Dinheiro da venda da lenha cedido para centro social

página 11

Nuno Ferreira

Loja do Cidadão Contribuintes desesperam com falha informática nas Finanças

ca Peregrinação políti à Escola Grão Vasco vai dar frutos? sexta-feira, da Educação, esta ∑ Secretário de Estado res | página 5 visitas parlamenta

página 8

À conversa

“Arranjei um grande problema ao dr. Fernando Ruas”

utivo José Moreira, gestor-exec da Expovis 6e7 | páginas

Bombeiros Marcha contra nova lei do pagamento de transporte de doentes

no estabelecimento

tarde Três mortos numa tractores em acidentes com

de ensino, após várias

∑ Conselho de Segurança com Distrital preocupado os números sete ∑ 47 acidentes com mortos em 2010 | página 10

última

“Viseupédia” Colecção de cromos das figuras e património da região

página 14

Valentim

| página 23

| páginas 6 e 7

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dia de S. Sugestões para o

Nuno Ferreira

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> PRAÇA PÚBLICA pág. 02 > ABERTURA pág. 05 > À CONVERSA pág. 06 > REGIÃO pág. 08 > NEGÓCIOS pág. 12 > DESPORTO pág. 13 > CULTURAS pág. 14 > SAÚDE pág. 16 > RESTAURANTES pág. 19 > CLASSIFICADOS pág. 20 > NECROLOGIA pág. 22 > CLUBE DO LEITOR pág. 23

EDIÇÃO Ã 464 | 4 DE FEVERIRO DE 2011

∑ Três mortos numa tarde em acidentes com tratores. ∑ Dinheiro da venda da lenha cedido para centro social. ∑ Marcha contra nova lei do pagamento de transportes de doentes.

∑ Secretário de Estado da Educação visita Escola Grão Vasco.

∑ “Viseupédia” lança cromos colecionáveis.


tempo: limpo

JORNAL DO CENTRO 03 | FEVEREIRO | 2012

Hoje, dia 3 de fevereiro, tempo limpo. Temperatura máxima de 6 e mínima de -5ºC. Amanhã, 4 de fevereiro, tempo limpo. Temperatura máxima de 7ºC e mínima de -5ºC. Domingo, 5 de fevereiro, tempo limpo. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de -2ºC. Segunda, 6 de fevereiro, pouco nublado. Temperatura máxima de 14ºC e mínima de 1ºC.

Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

∑agenda Sexta, 3

Viseu ∑ Lançamento do livro “Marketing Interno e Comunicação” de Jorge remondes, editado pela Psicosoma, às 21h00, na FNAC. Viseu ∑ Dia da Motricidade Humana, às 16h00, no Campus Universitário do Instituto Piaget.

Sábado, 4

Viseu ∑ espectáculo com a peça “Tristeza e Alegria na vida das Girafas” de Tiago Rodrigues, às 21h30, no Teatro Viriato. Tabuaço ∑ Tomada de posse dos orgãos sociais da Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu, que continua a ser dirigida por Rebelo Marinho, às 15h00, no quartel dos Bombeiros Voluntários de Tabuaço. Mangualde ∑ Conferência “Recursos e Economia” com o objetivo de partilhar recursos e experiências que possam abrir perspetivas de desenvolvimento local, às 10h00, na Quinta da Cerca, em Guimarães de Tavares.

Feira do Queijo de Penalva arranca hoje Novidade ∑ Visitas guidas a queijaria para elucidar visitantes Realiza-se hoje, a partir das 9h00, a “Feira/Festa do Pastor e do Queijo”, de Penalva do Castelo. Esta iniciativa, organizada pelo município, em conjunto com a Associação de Trabalhadores, conta já 21 edições. Ao longo dos anos, a feira vem-se afirmando como um eco da importância sócio-económica que o queijo tem no concelho. A produção artesanal do Queijo Serra da Estrela é uma das potencialidades endógenas das terras de Penalva, uma vez que, todos os anos, são produzidas dezenas de toneladas deste produto. “O Queijo Serra da Estrela é o ex-libris da região e, apesar de se ter registado um decréscimo de produtores, há um aumento de qualidade naqueles que se mantêm”, disse Leonídio Monteiro, presidente da autarquia. Inserido no certame, irá decorrer, nos dias 4 e 5, a iniciativa “Sabores de Penalva”, que consiste em ofertas de provas de Queijo Serra da Estrela, aos clientes dos restaurantes aderentes. A grande novidade desta 21º edição decorre duran-

te o fim-de-semana, com visitas guiadas a uma queijaria licenciada. A concentração está marcada para as 14h30, junto ao antigo edifício dos Paços do Concelho. O objetivo passa por proporcionar o contacto directo dos visitantes com o processo de produção do Queijo da Serra, contribuindo também como uma forma de divulgação e promoção integrada das potencialidades deste pro-

duto. O Largo do Pelourinho irá receber uma exposição e venda de produtos regionais e de artesanto e, no domingo, os Bombeiros Voluntários de Penalva do Castelo promovem um passeio de BTT, denominado “Rota do Queijo”, com partida no quartel dos Bombeiros Voluntários, a partir das 8h30.

Olho de Gato

http://twitter.com/olhodegato http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

O prós e prós Joaquim Alexandre Rodrigues joaquim.alexandre.rodrigues@netvisao.pt

1. Durante o debate do orçamento, o PS propôs que se taxasse em IRS o uso particular dos carros oficiais. A proposta não queria proibir o uso privado dos carros do estado, queria só onerar esse uso. Ora, por definição, carro oficial é para uso oficial. A malta dos tachos não tem que levar taxa, tem é que passar a usar o seu carrinho particular quando precisa de ir às compras ou levar os meninos ao colégio. A melhor maneira para evitar abusos é só uma: recuperar um antigo costume e obrigar a que todos os carros oficiais tenham identificação. Se o bêéme escuro tiver uma placa bem visível a dizer “Estado” ou “Câmara Municipal de ...”, o boy que o usa não o leva para o parque de estacionamento da discoteca. 2. O programa “Prós e Prós” da RTP foi a Luanda fazer um dos seus costumeiros “felatios” políticos. A seguir, Pedro Rosa Mendes, numa crónica na “rádio pública”, bateu forte naquele programa da “televisão pública” e foi despedido. Este lamentável caso comprova o que já se sabia: o chamado “serviço público” está sempre às ordens do poder do momento. O problema é que a RTP leva por dia um milhão de euros dos nossos impostos para fazer o mesmo que fazem as privadas. É preciso que o “serviço público de rádio e televisão” passe a viver só da taxa audiovisual que pagamos na conta da luz todo os meses, e sem publicidade nem transferências do orçamento de estado. Ministro Relvas, faça o que tem a fazer.

Tiago Virgílio Pereira

“Sabores de Penalva” Restaurantes aderentes

∑ Dia 4 de Fevereiro: “Churrasqueira”, “O Telheiro”, “O Templo”, e o “Hotel Portas do Dão”. Dia 5 de Fevereiro: “Carneiro”, “Conquista Talentosa”, “Familiar”, “Hotel de Charme – Casa da Ínsua”, “Parque de Santiago”, “Santo Ildefonso” e “Snack Bar 259”.

3. José Junqueiro, em nome do PS, veio defender que a limitação de mandatos autárquicos é só geográfica e não funcional. Este politiquês quer dizer o seguinte: em 2013, Carlos Marta vai poder ser, se quiser, candidato à câmara de Viseu. Isso gela os laranjas locais que já não pensam no dr. Ruas e só pensam na herança do dr. Ruas. A vida anda a correr bem ao incansável Junqueiro. Redigido sem observação do novo acordo ortográfico

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