ID: 78015100
06-12-2018
Meio: Imprensa
Pág: 29
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 12,53 x 30,00 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
PROTAGONISTA
O cirurgião que se dedica à luta contra o cancro José Guimarães dos Santos foi distinguido péla Liga Portuguesa com o prémio Artur Santos Silva •
NTRA ANCRO DOS
José Guimarães dos Santos foi o primeiro presidente do IPO do Porto Aos 84 anos, José Guimarães dos Santos conta várias décadas dedicadas à luta contra o cancro. No seu currículo constam 19 anos como presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto. Foi, aliás, o primeiro a assumir o cargo. Licenciou-se na Universidade de Coimbra e, aos 20 anos, partiu para os Estados Unidos da América. Na bagagem levou o saber académico da profissão que abraçou toda a vida: a medicina. Saiu em busca de mais conhecimentos e experiência na área da oncologia. Por lá ficou 11 anos e viu nascer dois dos três filhos. Ontem, no Dia Internacional do Voluntariado, foi distinguido, pela Liga Portuguesa contra o Cancro com o prémio Artur Santos Silva. PORTO
cv • Nome: José Guimarães dos Santos • Idade: 84 anos • Concelho: Porto
"É uma grande honra [receber o prémio]. Não esperava. Sinto-me muito orgulhoso por ser reconhecido pelos meus amigos e companheiros de trabalho", disse José Guimarães dos Santos, recordando os primeiros anos de carreira. "Na altura, quem quisesse trabalhar na América fazia um exame e, se passasse, podia concorrer a qualquer hospital americano. Foi lá que fiz o meu internato geral e de cirurgia", explicou.
José Guimarães do Santos regressou a Portugal nos anos 60. Trouxe os ensinamentos americanos sobre oncologia que aplicou em Portugal. O IPO do Porto nasceu pouco depois. "O cancro era sobretudo um tratamento cirúrgico. A taxa de sobrevivência era baixa, entre 30 a 60%. A junção da quimioterapia à cirurgia é que veio aumentar a percentagem da cura do cancro", sublinhou o médico que assistiu à implementação da quimioterapia no IPO. Para José Guimarães dos Santos, em Portugal, a oncologia está "bem servida". "O trabalho dos voluntários é muito importante porque as pessoas ganham confiança. É preciso transmitir isso aos doentes para não desanimarem", concluiu o médico.*MARLSAS"