Boletim Digital CIRP - Novembro

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Boletim digital novembro/2012

Centro de Informática de Ribeirão Preto

Nesta edição:

O cristal líquido Quando o celular cai na água Informações sobre lixo eletrônico


Expediente Universidade de São Paulo Reitor João Grandino Rodas Vice-Reitor Hélio Nogueira da Cruz Campus de Ribeirão Preto Prefeito do Campus Prof. Osvaldo Luiz Bezzon Superintendência de Tecnologia da Informação Superintendente Prof. Gil da Costa Marques Centro de Informática de Ribeirão Preto Diretor Prof. Oswaldo Baffa Filho Vice-Diretor Prof. Alexandre Souto Martinez Chefe da Seção Técnica Administrativa Carlos Eduardo Herculano Chefe do Serviço Técnico de Informática Cláudia H. B. Lencioni Chefe da Seção Técnica de Suporte Clélia Camargo Cardoso Chefe da Seção Técnica de Redes Rubens Rodrigo Diniz Chefe Seção Técnica de Manutenção em Informática Luiz Henrique Coletto Projeto Gráfico João H. Rafael Junior Apoio: Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto


Índice O cristal líquido - 4 Quando o celular cai na água - 8 Informações sobre lixo eletrônico - 10

Espaço do leitor

Envie sugestões do que você gostaria de ler no Boletim Digital do CIRP. Email para contato: boletim@cirp.usp.br


O cristal líquido Erroneamente se diz que a última válvula a se aposentar foi o TRC (Tubo de Raios Catódicos). Essa válvula nada mais é que o tubo que televisores menos recentes utilizam para mostrar a imagem gerada pelos circuitos eletrônicos. As tecnologias que utilizam válvulas ainda têm uma boa sobrevida. Particularmente em transmissores eletromagnéticos de grandes potências e com os magnetrons. Esses últimos utilizados nos fornos de microondas. Os monitores com tubo estão cada vez sendo menos fabricados, e, na maioria das vezes, o são para nichos bem específicos de utilização, como o de casos particulares em processamento de imagens para fins médicos e científicos. Fora os casos bastante específicos citados no parágrafro anterior, e talvez mais alguns, os monitores e televisores passaram a ser fabricados com tecnologias de Plasma, LCD Figura 1

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(acrossemia do inglês Liquid Cristal Display - Tela de Cristal Líquido) e OLED (do inglês Organic Light Emissor Diode - Diodo Orgânico Emissor de Luz). Nosso assunto desse mês gira em torno da tecnologia LCD. Não se tem a pretensão de esgotar o assunto e será utilizado, por razões práticas, a forma industrial e comercial de apresentar a tecnologia por trás do LCD. Antes da idade moderna, conheciamse 3 estados matéria, a saber: Sólido, Líquido e Gasoso. Com o tempo, descobriram-se outros estados: O de Cristal Líquido, o Plasmático. e o Condensado Fermiônico. Não parece concluído, no momento, se os estados definitivamente possíveis da matéria são apenas esses. Existe, porém, uma quebra de linearidade nos estados. Pelo fato de átomos diferentes terem diferentes propriedades, aliado ao fato de suas propriedades serem modificadas


Figura 2 quando em união com outros átomos (iguais ou não), são diferentes os comportamentos, tanto de resposta à temperatura, quanto de características eletromagnéticas. Os estados nos diversos materiais se modificam em temperaturas e tensões elétricas diferentes uns dos outros.

para anisotrópico, ou o efeito contrário, aliado à dopagem de materiais que deixam apenas uma frequência atravessar majoritariamente a substância, consegue-se criar as condições óticas necessárias para utilizarmos o produto.

É por isso que a água (H2O) é gasosa após 100º C em condições ambientais normais, ao passo que o sal de cozinha (NaCl), não. Ambos, entretanto, cristalizam.

O objetivo é controlar a passagem da luz, e o cristal líquido é uma substância com características entre a dos sólidos e dos líquidos. No estado sólido (anisotrópico) as moléculas são bem próximas e organizadas em estruturas.

Outro aspecto é que alguns materias se cristalizam de maneira bastante anisotrópica (com suas moléculas em uma única orientação). Para o nosso interesse em LCD, se tivermos, então, um material que, ao aplicarmos uma tensão elétrica, ele mude de isotrópico (com suas moléculas desorientadas)

Já no estado líquido (isotrópico) as moléculas são bem mais separadas e se movem em direções diferentes. No Cristal Líquido as moléculas são organizadas em estruturas, mas não tão próximas como nos sólidos. Com isso, consegue-se fazer com que a luz atravesse ou não a substância.


O cristal líquido Entre eles vai uma fonte de tensão que

Figura 3 Apesar desse princípio, para que o

pode ser ligada ou desligada como na

controle seja aproveitável de maneira

figura 3:

prática, é necessário, também, dois "Polarizadores Óticos", que são filtros

Dessa forma, consegue-se fazer com

de vidro formado por ranhuras que só

que a cor determinante, tipicamente,

deixam a luz passar numa direção.

como nos TRC, Ve r d e ,

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por

Azul, Vermelho ou princípios

óticos,

Os polarizadores são colocados nas

atravessem o polarizador posterior, e,

extremidades do cristal líquido com as

assim,

ranhuras a 90º um em relação ao outro.

observador.

são

visualizadas

pelo


LG, Manual de manutenção do produto, LG LCD TV RZ-23LZ41 Samsung, Manual de manutenção do produto, SAMSUNG 800TFT Páginas na Internet: FIGUEIREDO

NETO,

Antônio

M.

Os

Cristais Líquidos http://www.fep.if.usp.br/~gfcxhp/os_cri stais_liquidos.pdf

Autor: Wagner Adenilson Peripato. Bacharel em Ciências da Computação. Técnico em Manutenção Eletrônica do CIRP/USP – Ribeirão Preto Trabalhou como Analista de Suporte na empresa Meias Lupo S/A. Professor de Arquitetura e Organização de Computadores na UNIESP No próximo artigo, veremos como o TFT LCD (Thin Film Transistor Liquid Crystal Display

numa

tradução

livre,

Transistor de Película Fina de Tela de Cristal Líquido) torna isso possível Bibliografia: IBM, Manual de manutenção do produto, IBM TFT-LCD 9493-AW1


Quando o celular cai na água Pode acontecer com qualquer um, seja em um momento de distração ou de azar. O celular pode dar uma de César Cielo, mergulhando na piscina, cair na gandaia dentro do copo de cerveja ou, pior, “cometer suicídio” indo ao encontro da água do vaso sanitário. Mas nem tudo está perdido. Você pode prestar os primeiros socorros e evitar a destruição total do aparelho, segundo especialistas consultados pelo UOL Tecnologia. A dica número um é tirar o celular da água (tenha coragem: até mesmo aquele que caiu na privada) e imediatamente desligá-lo, retirando a bateria. “Deixá-lo ligado aumenta as chances de ele entrar em curto circuito. A água funcionará como condutora elétrica. Pode até sobrecarregar a bateria e fazer o aparelho superaquecer”, alerta Marcelo Zanateli, professor de Engenharia Elétrica do Centro Universitário FEI (Fundação Educacional Inaciana). Caso não faça isso, as chances de recuperação do celular caem bastante, diz Humberto de Mello, diretor comercial da Celsite, assistência técnica em São Paulo. “Raramente é possível fazer um celular voltar a funcionar se ele permaneceu ligado após contato com o líquido”, afirma.

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O segundo passo após a retirada da bateria, dizem os especialistas, é secar o excesso de água. Com um pano absorvente, tire o líquido entre as teclas e do compartimento da bateria. É importante também remover o chip e secá-lo (a bateria retirada anteriormente também deve ser secada com o pano). Há alguns truques populares que vão passando de boca em boca. Mas, além de não haver eficácia comprovada, eles podem acabar danificando ainda mais o celular, de acordo com Zanateli. “Usar o secador, só se for com jato frio.Também não recomendo deixar o aparelho em um recipiente com arroz,


em sua composição acaba reagindo com elementos de metal do celular e cria uma película de oxidação que impede o contato elétrico”, explica o professor da FEI. O usuário pode tentar recuperar o aparelho levando a uma assistência técnica, que vai desmontar o aparelho, tirar as peças principais e remover os resíduos de oxidação. “É como um portão enferrujado, que precisa ser lixado e pintado de novo”, compara Zanateli.

pois suas micropartículas podem acabar entrando nos orifícios do aparelho.” A terceira e última dica é, em hipótese alguma, tentar ligar o celular novamente sem ter certeza de que ele está completamente seco. “Se ainda houver água em alguma parte do celular, ele pode entrar em curto”, diz Mello. Oxidação Muitas vezes, mesmo depois de seco, o celular é ligado novamente, mas não funciona. Isso acontece, segundo os especialistas, devido ao acúmulo de resíduos de oxidação na placa principal do celular. “A água é um elemento extremamente agressivo para eletrônicos. O oxigênio

Mas, em vez de lixar, as assistências técnicas usam álcool isopropílico, semelhante ao álcool comum, porém praticamente sem água em sua composição. O processo todo, que inclui a secagem e remoção da oxidação, pode durar até quatro dias. O preço varia de R$ 40 a R$ 200, dependendo do modelo Segundo Mello, em geral é possível recuperar 90% dos aparelhos que caem na água, desde que seguidos os “primeiros socorros”. Autora Ana Ikeda Do UOL, em São Paulo Link para a matéria: http://tecnologia.uol.com.br/noticias/re dacao/2012/09/24/seu-celular-caiu-naagua-veja-dicas-para-tentar-salvar-oaparelho.htm


Informações sobre lixo eletrônico Em palestra realizada no Centro de Informática da USP Ribeirão Preto, Alexandre Magno Vieira, técnico em Te l e c o m u n i c a ç õ e s , a p r e s e n t o u importantes informações sobre o descarte correto e as leis que abordam o lixo eletrônico. Abaixo seguem os principais pontos abordados. CLASSIFICAÇÃO DO RESÍDUO E REJEITO SÓLIDO 1 - QUANTO À ORIGEM: - Domiciliar - Limpeza pública (varrição, rede de drenagem de àgua) - Comercial e de prestador de serviços - Serviço público - De saneamento básico (ete/eta/etl) - Industrial - Serviços de saúde - Construção civil - Agrossilvopastoris (ou rurais, inclusive originários de insumos) - Serviços de transportes (portos, aeroportos; 2 - quanto à periculosidade: A) resíduos perigosos: aqueles que, em ra z ã o d e s u a s c a ra c t e r í s t i c a s apresentam risco a saúde pública ou à 10

qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica; B) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”. DEFINIÇÃO DE CONCEITOS – ART. 3º DA LEI Nº 12.305 Acordo setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. Controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações e


em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: atribuições dos fabricantes, importadores, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental. INSTRUMENTOS DA LEI Nº 12.305 ART. 8º - Planos de resíduos sólidos; participação nos processos de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos. Gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável. Logística reversa: conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou

- Coleta seletiva; - Incentivo à criação e desenvolvimento de cooperativas;

ao

- Educação ambiental; - Órgãos destinados serviços;

colegiados municipais ao controle social dos

- Termos de compromisso e os Termos de ajustamento de conduta. Autor Alexandre Magno Vieira Técnioco em Telecomunicações do Centro de Informática da USP Ribeirão Preto (CIRP)



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