Revista Informativo dos Portos 215

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Agosto 2017 - Edição nº 215 - Ano XVII - Av. Coronel Marcos Konder, 1207 – 6º andar - sl 68 - Centro Empresarial Embraed - Centro - Itajaí/SC - 88301-303

ALTA TEMPORADA DE FRETE EXIGE PLANEJAMENTO EXTRA DO MERCADO Empresas enfrentam o que o mercado chama de “peak season”, resultando em falta de espaço nos navios e exigindo uma manobra extra para cumprir prazos

Rota de contêineres para Ásia é divisor de águas para Porto de Imbituba

Exportações brasileiras crescem 12,5%


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EDITORIAL

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EXPEDIENTE

A FAVOR DO COMÉRCIO EXTERIOR

PUBLICAÇÃO Perfil Editora DIRETORA Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br DIRETORA ADMINISTRATIVA Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br

Balanço divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que, em um ano, as exportações brasileiras registraram aumento de 12,5%. No entanto, os preços dos produtos exportados só cresceram 0,7% no período. A importação, na comparação entre julho de 2016 e julho de 2017, teve alta de 10,8%. Neste contexto, merece destaque as exportações catarinenses que, de janeiro a julho, totalizaram US$ 4,915 bilhões, avanço de 15,2% frente ao mesmo período de 2016. Os números totais do país refletem uma retomada econômica e geram mais confiança no empresariado, mesmo com as dificuldades enfrentadas pelo setor na infraestrutura logística do país.

JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br REPORTAGEM Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Érica Amores e Luciana Zonta

Naturalmente que, para exportar mais, o Brasil precisa rever suas políticas para o setor. Também falta, à maioria do empresariado brasileiro, know-how para lidar com vendas externas e ainda vigora certa mentalidade de que exportações são para grandes empresas, não para as médias e pequenas.

FOTOS Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem REVISÃO Izabel Mendes

Um dos exemplos das dificuldades logísticas que se tornou rotina anual para importadores e exportadores, como mostra reportagem de capa desta edição do Informativo dos Portos, é que, com a intensificação das importações da Ásia e a saída de serviços marítimos que atendem a rota, as empresas enfrentam no segundo semestre o que o mercado chama de “peak season” – período em que aumentam os volumes de importação da Ásia para o Brasil –, resultando em falta de espaço nos navios e exigindo uma manobra extra quando o assunto é cumprir prazos e demandas.

COMERCIAL Thaísa Michelle Santos comercial@informativodosportos.com.br PROJETO GRÁFICO Elaine Mafra

A se manter estes gargalos logísticos, não haverá grandes resultados para a economia, principalmente se a estrutura interna não for convenientemente adequada e não passar realmente a operar a favor das exportações, e não contra como hoje acontece.

DIAGRAMAÇÃO E CAPA Elaine Mafra (serviço terceirizado) elaine@informativodosportos.com.br PERFIL EDITORA Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br

Boa leitura!

*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

Agosto 2017 - Edição nº 215 - Ano XVII - Av. Coronel Marcos Konder, 1207 – 6º andar - sl 68 - Centro Empresarial Embraed - Centro - Itajaí/SC - 88301-303

ALTA TEMPORADA DE FRETE EXIGE PLANEJAMENTO EXTRA DO MERCADO Empresas enfrentam o que o mercado chama de “peak season”, resultando em falta de espaço nos navios e exigindo uma manobra extra para cumprir prazos

Rota de contêineres para Ásia é divisor de águas para Porto de Imbituba

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Exportações brasileiras crescem 12,5%



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ÍNDICE ESPECIAL Alta temporada de frete exige planejamento extra do mercado

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EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS

Crescimento no setor atinge aumento de 12,5% em 12 meses

FOZ DO RIO ITAJAÍ-AÇU Livro apresenta inédita cronologia das dragagens 8

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DIÁRIO DE BORDO................................................................10 Falta de espaço no transporte marítimo: hora de rever o planejamento! INVESTIMENTO INTERNACIONAL...............................................24 Porto do Açu assina contrato de parceria com Porto de Antuérpia EXPORTAÇÕES DE SC.............................................................26 Vendas de produtos catarinenses ao exterior avançam 15,2% em 2017 LOGÍSTICA RODOVIÁRIA..........................................................28 Estudo sobre inclusão de rodovias estaduais nas concessões federais TURISMO NÁUTICO.................................................................31 Costa amplia oferta de minicruzeiros com escalas inéditas em Balneário GENERAL MOTORS.................................................................34 General Motors investe R$ 13 bilhões no Brasil MULTILOG...........................................................................36 Centro Logístico de Itajaí é certificado como Operador Econômico Autorizado PREVENÇÃO E SEGURANÇA......................................................40 Acidente de trabalho cai 56% na área portuária

PORTO DE IMBITUBA Rota de contêineres para Ásia é divisor de águas

OCEANO PACÍFICO..................................................................41 Expedição tenta encontrar rota alternativa para exportações brasileiras COLUNA DE TECNOLOGIA........................................................42 Tudo sobre o mercado tecnológico TECNOLOGIA & INTERAÇÃO......................................................42 Bysoft lança plataforma EAD para clientes SUPLEMENTO ITAJAÍ..............................................................46 Tudo sobre os terminais e a logística do Complexo Portuário COMPLEXO DO ITAJAÍ.............................................................46 Draga holandesa ajuda a recuperar profundidade do canal de acesso BACIA DE EVOLUÇÃO..............................................................48 Complexo portuário busca alternativas para comunidade pesqueira RECURSOS FINANCEIROS.........................................................49 Leilão arrecada R$ 246 mil aos cofres do Porto de Itajaí MEETING COMEX..................................................................47 Encontro reúne empresários, executivos e profissionais do setor em Joinville ARTIGO..............................................................................50 BL extraviado e agora?, por Wagner Coelho

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AGENDA DE EVENTOS.............................................................52 Informações sobre as principais feiras, congressos e palestras

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DIÁRIO DE BORDO

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PÃO DE QUEIJO PARA O MUNDO O pão de queijo deu mais um importante passo para se tornar um produto global. Há pouco mais de um ano, no Peru, o produto começou a ser comercializado na maior cadeia de cafeterias do mundo e, agora, parte para outros países. No final de julho, o primeiro pedido de pão de queijo Forno de Minas embarcou para Starbucks da Guatemala. No mês de agosto, pedidos para El Salvador, Panamá e Costa Rica devem ser recebidos. A marca espera incrementar 50% em toneladas de produtos enviados para outros países. Atualmente, são exportadas mais de 1.200 toneladas para os EUA, Canadá, Portugal, Inglaterra, Chile, Peru, Uruguai, Emirados Árabes e Japão. O objetivo é fechar 2020 exportando 15% da produção de pão de queijo.

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MELHORES FORNECEDORES

GRUPO TPC NEGOCIA COLUMBIA S.A.

A Aliança Navegação e Logística e a Hamburg Süd acabam de lançar seu 1º Vendor Award Program, que irá premiar os melhores fornecedores das empresas. O programa busca reconhecer o trabalho de excelência realizado por cada empresa participante em três categorias: Terminais Portuários, Depot (Terminal de contêineres vazios) e Transportadores Rodoviários. As empresas estão sendo avaliadas desde o mês de janeiro, considerando fatores comerciais, operacionais e financeiros. Para realizar as avaliações, foi selecionada uma equipe de profissionais dedicados com vasto conhecimento em todas as categorias. A solenidade de entrega do Vendor Award Program acontece em dezembro, em São Paulo, com a presença dos finalistas de cada categoria.

O Grupo TPC — um dos maiores grupos de logística do país com operações em 23 estados — está negociando acordo para aquisição de 100% da Columbia S.A., empresa com cerca de 75 anos no segmento de comércio exterior e logística. O negócio ainda deve ser aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica antes de ser consumado, mas quando confirmado, o Grupo TPC terá um crescimento de cerca de 20% em receita, e ainda em 2017, ampliará o faturamento para aproximadamente R$ 650 milhões. Para 2018, um dos objetivos do Grupo TPC é chegar ao final do ano com o faturamento da ordem de R$ 1 bilhão.

SISTEMA INÉDITO EM VITÓRIA Os portos de Vitória e Tubarão, no Espírito Santo, implantaram um sistema exclusivo de previsão meteorológica de navegação. O novo programa integra o Sistema de Gerenciamento e Informação do Tráfego de Embarcações (VTMIS - sigla em inglês). Com o sistema, Vitória se iguala a portos internacionais, podendo atrair mais navios. O serviço é inédito no país e ainda precisa ser homologado pela Marinha, o que deve ocorrer no início de setembro. A previsão é feita diariamente e aponta as condições climáticas de dois dias. O serviço vai oferecer mais segurança e eficiência para os navios que chegam ao Porto de Vitória.

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DIÁRIO DE BORDO A Portonave atendeu 60 navios em julho e movimentou 87.547 TEUs, recordes históricos de movimentação mensal para um terminal de contêineres da região Sul do Brasil. A exportação de contêineres refrigerados (reefer) também atingiu uma marca inédita em julho, 5.666 embarques. Foi ainda o melhor mês do ano em importações, com 11.633 descargas. Os números reforçam a liderança estadual da Portonave em movimentação de contêineres, posição que ocupa desde 2010. Além disso, a empresa é detentora do recorde sul-americano de produtividade, com 270,4 movimentos por hora (mph).

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RECORDE NO SUL 1

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RECORDE NO SUL 2 A Portonave ocupa ainda, desde o início do ano, a primeira posição em movimentação de contêineres no Sul do Brasil em 2017, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Ainda em agosto, a Portonave deve alcançar a marca de seis milhões de TEUs movimentados desde o início das suas operações, em outubro de 2007. Até julho, o número registrado foi 5.927.271 TEUs. Com a modernização do terminal em 2016, foi possível alcançar uma redução anual de até 87% das emissões dos gases de efeito estufa (GEE) relativas e em torno de 32% das emissões absolutas.

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COMÉRCIO INTERNACIONAL ALTA TEMPORADA DE FRETE EXIGE PLANEJAMENTO EXTRA PARA IMPORTAÇÃO DA ÁSIA

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Empresas enfrentam no segundo semestre o que o mercado chama de “peak seasonâ€?, resultando em falta de espaço nos navios e exigindo uma manobra extra para cumprir prazos e demandas 15


O

comércio exterior brasileiro vive um drama que se tornou praticamente uma rotina anual para importadores e exportadores. Com a intensificação das importações da Ásia e a saída de serviços marítimos que atendem a rota, as empresas enfrentam no segundo semestre o que o mercado chama de “peak season” — período em que aumentam os volumes de importação da Ásia para o Brasil —, resultando em falta de espaço nos navios e exigindo uma manobra extra quando o assunto é cumprir prazos e demandas.

Tradicionalmente registrada de maio a setembro, a peak season começou mais cedo neste ano. Em abril, alguns dos principais agentes de carga nacionais já sentiam o efeito da falta de espaço nas rotas que ligam os países asiáticos ao Brasil, em uma espécie de “overbooking” marítimo. De acordo com Maiara Cordova, coordenadora de produto de importação marítima da Allog International Transport, ainda que o país esteja passando por um período de ajustes na economia, não há estimativas de mudanças no cenário no que diz respeito ao peak season. Em 2016, o volume importado de janeiro a abril, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), teve média mensal de 2,3 milhões de toneladas. Já no período de peak season, a

TRADICIONALMENTE REGISTRADA DE MAIO A SETEMBRO, A PEAK SEASON COMEÇOU MAIS CEDO NESTE ANO. EM ABRIL, ALGUNS DOS PRINCIPAIS AGENTES DE CARGA JÁ SENTIAM O EFEITO DA FALTA DE ESPAÇO NAS ROTAS QUE LIGAM OS PAÍSES ASIÁTICOS AO BRASIL, EM UMA ESPÉCIE DE “OVERBOOKING” MARÍTIMO média mensal foi de 2,6 milhões de toneladas, chegando ao pico de 2,8 milhões de toneladas, uma alta de 22,5% em relação à média mensal dos quatro primeiros meses do ano. “Sabe-se que em anos economicamente aquecidos é possível registrar um fluxo alto de importações até a primeira quinzena de outubro, último período para embarque das cargas destinadas ao Natal”, reforça Maiara.

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Ela explica que, com o aumento do volume de importações, as companhias marítimas passam a restringir o espaço nos navios e determinar o tipo de carga para ter a bordo. O alvo do momento são cargas leves e contêineres de 40’DRY (carga geral), 40’HC (maior que o contêiner dry) e de 40’Reefer (cargas frigorificadas) ou NOR (“Non Operating Reefer). Além disso, como a relação entre carga e espaço continua desequilibrada, com mais carga do que espaço, os armadores falam em overbooking médio de 20% por semana nas linhas que atendem a região asiática. O reflexo do momento é sentido em diferentes etapas da cadeia logística. A alta temporada dos fretes é observada, por exemplo, por empresas que realizam transações de câmbio no comércio exterior. Segundo o diretor comercial da Advanced Corretora, Leandro Marchioretto, a média mensal de movimentações financeiras por conta do mercado internacional cresceu 53,5% em 2016 e 2017 no período de peak season em comparação aos quatro primeiros meses do ano. No caso da Advanced, 90% da carteira de clientes é de empresas que trabalham com o comércio exterior. EFEITOS O primeiro efeito imediato da falta de espaço é o preço dos espaços nos navios. Segundo o professor da disciplina de Sistemáticas de Exportação e Importação do curso de Comércio Exterior da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Bruno Meurer de Souza, o valor do frete acaba gerando um efeito cascata na cadeia logística, já que influencia o valor do seguro da carga a e dos impostos no país de destino. “E, consequentemente, no preço que o produto chega ao consumidor final”, avalia o especialista.

A saída para driblar a peak season e evitar a alta temporada dos fretes é realizar um planejamento sólido e antecipar as compras, evitando perdas e complicações com relação ao recebimento das mercadorias. Meurer explica que, se determinada mercadoria precisa chegar às lojas no início de novembro, por exemplo, o pedido deve ser feito com, no mínimo, 60 dias de antecedência. “Isso se o fornecedor tiver a carga a pronta entrega. Senão, este planejamento precisa ser ainda maior, com o objetivo de evitar atrasos e contratempos”, acentua. Outro detalhe importante na hora de importar cargas da Ásia durante esse período é a escolha do agente de carga. Segundo Bruno Meurer, é fundamental escolher empresas que mantenham um bom relacionamento com os armadores. “Em um momento crítico, de mais demanda do que espaço nos navios, um bom agente consegue negociar a carga do cliente na hora de embarque”, comenta. PRODUTOS A lista de produtos importados da Ásia continua bastante diversificada, com destaque para o mercado têxtil, químicos, artigos domésticos, eletrônicos e pneus. A previsão é que, a partir deste mês de agosto, ocorra um aumento na demanda de brinquedos, artigos de R$ 1,99 e decoração para atender o Natal. Maiara Cordova reforça que, para evitar prejuízos nesta época do ano, o importador deve atuar de maneira estratégica, focando na data de chegada e analisando a necessidade do cliente final. “Assim é possível programar os embarques com mais antecedência e evitar prejuízos”, diz.

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ARTIGO

FALTA DE ESPAÇO NO TRANSPORTE

MARÍTIMO: HORA DE REVER O PLANEJAMENTO! por Rodrigo Viti

As crises econômicas no sistema capitalista são cíclicas e trazem consequências nos mais diferentes segmentos econômicos. No transporte marítimo internacional o impacto é imediato e com consequências duradouras, pois, além de afetar no volume transportado no presente, compromete o plano de investimento das companhias de transporte para o futuro, trazendo graves consequências de caráter estrutural na renovação de frota e de equipamentos. A retomada na confiança e discreta recuperação na economia brasileira têm pressionado a oferta de transporte marítimo e muitas empresas começam a enfrentar problemas que há tempos não víamos no Brasil. Overbooking é uma palavra bastante conhecida no transporte aéreo de passageiros e teve um grande impacto no transporte marítimo internacional no início do século XXI com as exportações brasileiras para os EUA, quando a oferta de espaço estava muito abaixo da demanda. Desde a grande crise em 2008, o fluxo de carga mundial apresentou significativas reduções e os investimentos das companhias de transporte foram cancelados, iniciando um ciclo de crise na indústria da navegação que culminou com a falência de grandes empresas e megafusões de outras. Neste período de crise, o overbooking ficou completamente esquecido, mas tem ganhado força desde o final de 2016 com a retomada do volume de importação e o aquecimento nas exportações brasileiras. Mesmo com o agendamento antecipado de embarques, muitos exportadores não conseguem espaço nos navios e precisam esperar um novo agendamento para movimentar mercadorias, gerando perdas e atrasos. Na importação, a falta de espaço se intensificou com o reaquecimento no final de 2016 e com consequências mais profundas percebidas a partir de fevereiro deste ano, com o incremento dos volumes embarcados pré-feriado chinês. Uma das alternativas para evitar a falta de espaço na importação tem sido embarcar em rotas via Europa, atendendo as demandas logísticas dos importadores brasileiros com um custo mais competitivo, porém com um tempo de trânsito maior que as rotas diretas da Ásia. Na exportação, a situação tem se agravado nas operações destinadas ao Golfo do México (Houston/New Orleans), Caribe e Costa Leste dos EUA. A verdade é que a atual crise de escassez de espaço e de contêineres é mundial e não se resolve no curto prazo. Neste desafio de controle e gestão do transporte internacional é crescente a utilização do agente de carga, pois, desta maneira, a empresa exportadora ou importadora terceiriza uma etapa do processo, reduzindo o custo fixo e ganhando no exper20

tise, uma vez que este possibilita um ganho na qualidade da informação (existem agentes que oferecem 3º turno para superar o desafio do fuso horário), na gestão da cadeia logística e na redução do custo operacional em função dos volumes negociados com os vários armadores. De forma estratégica, a utilização do agente de carga assegura a participação de profissionais especializados na gestão do transporte marítimo, propiciando excelência e qualidade na condução dos embarques de modo a superar os desafios que a logística apresenta aos exportadores e importadores brasileiros.


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EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS

CRESCIMENTO DO SETOR ATINGE AUMENTO DE 12,5% EM 12 MESES Tanto nas exportações como nas importações, o aumento do volume na comparação mensal foi liderado pela indústria extrativa

Em um ano, as exportações brasileiras registraram aumento 12,5%. Em junho, a alta havia sido de 15,6%. No entanto, os preços dos produtos exportados só cresceram 0,7% no período. Os dados pertencem aos Indicadores de Comércio Exterior e foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A importação, na comparação entre julho de 2016 e julho de 2017, teve alta de 10,8%. Tanto nas exportações como nas importações, o aumento do volume na comparação mensal foi liderado pela indústria extrativa, com crescimento de 49,7% nas exportações e 40,6% nas importações. O índice de volume importado dos bens de capital na FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) caiu 31%, o de bens intermediários (BI) utilizados pela indústria de transformação cresceu 8,3% e os BI no setor agropecuário, 91,2%. Os preços das commodities exportadas recuaram 3,3% entre os meses de julho (2017/2016), confirmando a tendência de queda nos termos de troca iniciada em março de 2017. 22

OS PREÇOS DAS COMMODITIES EXPORTADAS RECUARAM 3,3% ENTRE OS MESES DE JULHO (2017/2016), CONFIRMANDO A TENDÊNCIA DE QUEDA NOS TERMOS DE TROCA INICIADA EM MARÇO DE 2017.


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O desempenho favorável da balança comercial, que deverá atingir o maior superávit da sua série histórica, está associado principalmente às vendas de commodities. Em termos de tendência, a variação mensal do volume das exportações, em relação ao ano de 2016, continua crescente. Ressalta-se a importância das commodities: a variação julho 2016/2017 no volume exportado das commodities foi de 19,6% e das não commodities, de 5,7%. Na comparação mensal entre julho de 2016 e 2017, as maiores variações no volume exportado e importado foram na indústria extrativa, 49,7% e 40,6%, respectivamente. Nas exportações, além da extrativa, o setor agropecuário registrou variação de dois dígitos: 26%. Na variação do acumulado do ano das exportações até julho, porém, apenas o setor extrativo se destacou, com aumento de 36,2%, seguido da agropecuária (+8,2%), e da indústria de transformação (+5,9%). Na análise por categoria de uso na indústria de transformação, entre julho de 2016 e 2017, as importações de bens de consumo semiduráveis aumentaram 34,9%, seguidas da de bens intermediários (10,2%). No primeiro grupo, as maiores contribuições para o aumento do volume importado nesse grupo foram de artefatos de couro, exceto calçados (18%), vestuário (17%) e produtos de metal, inclusive máquinas e equipamentos (10%). No acumulado até julho, as maiores variações são dos mesmos grupos: semiduráveis (+21%) e intermediários, (+22%). Observa-se, porém, que a participação das importações de bens de consumo semiduráveis é baixa, 2,5% do total importado (janeiro a julho de 2017), enquanto a dos bens intermediários é de 73%. No caso dos bens de capital, a participação foi de 11,8% nas importações totais, e a categoria registrou recuo (-31,1%) na comparação mensal (julho de 2016/17) como em relação ao acumulado do ano até julho (-16,2%). A relevância das importações de bens de capital e dos bens intermediários como indicadores do desempenho da economia levou à construção do índice de importação de bens de capital que compõem a FBCF da economia e dos BI utilizados na indústria de transformação e na agropecuária. Apesar da leve recuperação sugerida pelo último resultado, as importações recuaram na comparação mensal julho 2017/2017 e no acumulado do ano até julho, em 31% e 16,6%, respectivamente.

Em relação às importações de bens intermediários da indústria de transformação, o aumento entre 2016 e 2017, seja mensal ou no acumulado do ano, é explicada pela demanda do setor agropecuário. O índice do volume importado de BI para o setor agropecuário cresceu 91,2% (mensal) e 77% (acumulado no ano). Para a indústria de transformação os resultados do volume importado de BI foram: 8,3% (mensal) e 17,9% (acumulado até julho).

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INVESTIMENTO INTERNACIONAL

PORTO DO AÇU ASSINA CONTRATO DE PARCERIA COM PORTO DE ANTUÉRPIA Pelo investimento, empresa irá deter 1,176% do capital social da Porto do Açu, além de contar com um assento no conselho de administração da subsidiária

A Prumo Logística, empresa que opera e desenvolve o Porto do Açu, acaba de assinar contrato com o Porto de Antuérpia Internacional (PAI), subsidiária da autoridade portuária da Antuérpia e segundo maior porto da Europa. De acordo com o contrato, o PAI irá investir US$ 10 milhões na Porto do Açu SA, subsidiária da Prumo e responsável pela operação do Terminal Multicargas (T-Mult) e aluguel de áreas no complexo portuário. Pelo investimento, a empresa irá deter 1,176% do capital social da Porto do Açu, além de contar com um assento no conselho de administração da subsidiária. O documento também prevê a opção de investimento de outros US$ 10 milhões, em até 18 meses, ampliando a participação do PAI para 2,352%. Para José Magela, CEO da Prumo, a parceria confirma a grande atratividade do Porto do Açu. “É a união da experiência e do conhecimento na operação e no desenvolvimento de um complexo porto Industrial com a eficiência e as oportunidades oferecidas pelo Porto do Açu”, disse o executivo. Segundo Jacques Vandermeiren, CEO do Porto da Antuérpia, a escolha por investir no Porto do Açu é devido à sua localização estratégica, perto de campos de petróleo e gás, além de estar na região Sudeste – principal área econômica do país. “Além disso, o 24

Açu é um exemplo de porto privado de sucesso e já operacional, desenvolvido por um parceiro confiável e com foco na sustentabilidade”, disse. O PAI é uma subsidiária da autoridade portuária da Antuérpia e foi criada para participar e investir em portos no exterior e projetos relacionados a portos em regiões estratégicas como o Brasil. O Porto da Antuérpia está entre os maiores do mundo. Movimenta 210 milhões de toneladas no transporte marítimo internacional e possui área total de 120 km². Atualmente, o Brasil é o 6º maior parceiro comercial do Porto da Antuérpia, com cerca de 6,4 milhões de toneladas de frete trocadas anualmente. Localizado em São João da Barra (RJ), o Porto do Açu conta com 90 km², divididos em dois terminais: o Terminal 1 (T1 – terminal offshore) e o Terminal 2 (T2 – terminal onshore), além de área para a instalação de unidades de empresas dos setores marítimo e industrial. Em 2016, o Porto do Açu foi o oitavo terminal privado em movimentação de cargas do país (dados Antaq). O número representa um marco para o empreendimento que, em 2015, estava na 15º posição. O T1 é dedicado à movimentação de minério de ferro e petróleo, enquanto o T2 é operado por empresas como TechnipFMC, NOV, InterMoor, Wartsila, Edison Chouest e BP Prumo.


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EXPORTAÇÕES DE SC

VENDAS DE PRODUTOS CATARINENSES AO EXTERIOR AVANÇAM 15,2% EM 2017 Somente no mês de julho, as exportações de Santa Catarina somaram US$ 740,7 milhões, o maior valor dos últimos três anos

As vendas dos produtos catarinenses ao exterior mantiveram em julho o ritmo de crescimento apresentado desde o começo do ano. De janeiro a julho, as exportações catarinenses totalizaram US$ 4,915 bilhões, avanço de 15,2% frente ao mesmo período de 2016. O desempenho no acumulado do ano foi puxado pelo crescimento de 12,6% nos embarques de carne de aves, de 18,7% nas exportações de soja, de 35,1% nas vendas internacionais de carne suína e de 23,7% nas exportações de partes para motor. Segundo informações divulgadas pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), considerando a participação na pauta de exportações, os destaques ficaram para os Estados Unidos, com crescimento de 16,7%, puxado pelas vendas de veículos; China, com avanço de 12,8%, influenciado pelos embarques de soja, e Argentina, com alta de 12%. Somente no mês de julho, as exportações catarinenses somaram US$ 740,7 milhões, o maior valor dos últimos três anos. O resultado é 12,5% maior que o registrado no mesmo período em 2016. As exportações brasileiras, por sua vez, cresceram 14,9% em relação a julho do ano passado, alcançando o patamar de US$ 18,769 bilhões, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), valor este que, associado às importações, deu origem ao maior superávit da balança comercial para o mês desde o início da série histórica em 1989. No acumulado do ano até julho, as importações catarinenses cresceram 23,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando quase US$ 7 bilhões. O resultado, embora acima do observado em 2016, está abaixo da média dos últimos sete anos. As importações brasileiras também avançaram, mas de forma menos expressiva, com aumento de 7,2% frente a 2016. 26



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LOGÍSTICA RODOVIÁRIA

GOVERNO DE SC APRESENTA ESTUDO SOBRE INCLUSÃO DE RODOVIAS ESTADUAIS NAS CONCESSÕES FEDERAIS Estudos das BRs 280 e 470 devem ser concluídos até o final do ano e a previsão de lançamento de edital é para o primeiro semestre de 2018

O governo de Santa Catarina e o Ministério dos Transportes estão estudando a inclusão de parte das rodovias estaduais no pacote de concessão de trechos federais que cortam o estado. Os estudos preliminares do plano de concessão de rodovias estaduais catarinenses foram apresentados pelo secretário de Estado do Planejamento, Murilo Flores, durante reunião da Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis. Flores lembrou que fazer concessão de rodovia não é algo simples, pois precisa contemplar estudo do fluxo atual e futuro e definir onde é prioridade fazer os investimentos e o prazo. “Tudo isso impacta na tarifa do pedágio. Quanto mais investimento e mais no curto prazo, maior a tarifa. Então, tem que estudar para que a necessidade de investimento seja atendida, mas que a tarifa seja algo aceitável pela sociedade”, declarou. Segundo ele, a BR-280 vai incorporar a Dona Francisca e a rodovia do Arroz. A rodovia Jorge Lacerda, que liga Gaspar e Blumenau à BR-101, entrará no pacote da BR-470. Conforme o secretário, os estudos das BRs 280 e 470 devem ser concluídos até o final do ano e a previsão de lançamento de edital é para o primeiro semestre de 2018. Ainda segundo Flores, a estimativa inicial é que a tarifa seja de R$ 6 a R$ 7 para cada 60 quilômetros no caso de automóveis. O presidente da Câmara, Mário Cézar de Aguiar, destacou a importância de melhorar as rodovias catarinenses. “Com a modernidade da engenharia não é possível admitir operações “tapa-buracos”. Sempre defendemos a manutenção e a prevenção. Queremos ser um parceiro do estado e do

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governo federal”, disse. O secretário do Planejamento explicou ainda que nos últimos três anos e meio o governo catarinense aportou cerca de R$ 5 bilhões em recuperação e revitalização de trechos estaduais, mas não há recursos para garantir a manutenção deles. Ainda durante a reunião da Câmara, representantes dos aeroportos de Joinville e Navegantes abordaram os projetos de concessão dos complexos logísticos dos respectivos aeroportos. “Santa Catarina é um estado industrial e tem uma movimentação no comércio internacional bastante importante. A carga aérea é importante e para isso precisamos dotar nossos aeroportos de condições de absorver essa carga. A concessão é uma boa opção para que possamos agilizar a entrega dessas estruturas aeroportuárias para Santa Catarina”, concluiu Aguiar.


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HISTORIA & CONHECIMENTO

FOZ DO RIO ITAJAÍ-AÇU LIVRO APRESENTA INÉDITA CRONOLOGIA DAS DRAGAGENS Das primeiras referências ao Porto de Itajaí às mais recentes operações de dragagens, tudo está detalhado no “Atlas Ambiental da Foz do Rio Itajaí-Açu” Desde as primeiras referências à atividade portuária na foz do rio Itajaí, em 1816, e todos os passos para os processos de implementação dos portos de Itajaí e Navegantes, além de todas as operações de dragagens realizadas no canal de acesso entre 1958 e 2017, estão detalhadas no novo “Atlas Ambiental da Foz do Rio Itajaí-Açu”, lançado no dia 18 de agosto. A publicação é resultado da reunião de documentos históricos das cidades de Itajaí e Navegantes e de estudos recentes de aspectos socioambientais e econômicos das duas cidades, desenvolvidos em mais de 10 anos para diversos projetos pelas empresas do Grupo Acquaplan, de Balneário Camboriú. Pesquisadores e colaboradores de universidades, institutos de pesquisa e órgãos públicos também assinam os textos, dispostos em pouco mais de 300 páginas dinamicamente ilustradas e com densa informação técnico-científica, entre fotos e gráficos. Os dados da implantação do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes, assim como o detalhado histórico de dragagens, constam no capítulo “Setor Portuário”, que trata sobre a economia na foz do rio Itajaí-Açu e demais aspectos socioambientais da região. Com riqueza de detalhes, o leitor tem acesso a informações inéditas sobre a principal região portuária de Santa Catarina. “Nossos colaboradores debruçaram-se sobre documentos históricos para detalhar, em uma linha do tempo, a forma e passos como a foz do rio Itajaí-Açu transformou-se neste importante polo portuário”, explica o coordenador editorial do Atlas, oceanógrafo Fernando Luiz Diehl. Segundo ele, o mesmo empenho foi dado à obtenção dos dados de dragagens. “Buscamos informações detalhadas das dragagens realizadas desde 1958 e agora tornamos pública a informação de que um volume de mais de 62 milhões de metros cúbicos de sedimentos já foi dragado do canal de acesso ao Complexo Portuário até este ano de 2017”, ressalta Diehl. O histórico de dragagem do Saco da Fazenda e o futuro da foz, com dados sobre as obras recentes da nova bacia de evolução, também compõem o capítulo ”Setor Portuário”, que apresenta um panorama

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completo e importante para conhecimento de toda uma geração de itajaienses e navegantinos direta ou indiretamente ligados à economia portuária há mais de 100 anos. O “Atlas Ambiental da Foz do Rio Itajaí-Açu” é uma realização da produtora Chilicom Vídeo & Design, com produção e coordenação editorial da direção do Grupo Acquaplan. A obra foi possível graças ao patrocínio da empresa Estaleiro Itajaí S/A, em atendimento ao processo de compensação ambiental do empreendimento, pelo uso de Área de Preservação Permanente (APP). O Atlas conta ainda com apoio do Governo do Estado de Santa Catarina e da Fundação de Meio Ambiente (Fatma) e está sendo distribuído para todas as bibliotecas e escolas públicas e particulares da região da foz do rio Itajaí.


TURISMO NÁUTICO

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COSTA AMPLIA OFERTA DE MINICRUZEIROS COM ESCALAS INÉDITAS EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ Esta é a primeira vez na história que a cidade será rota de cruzeiros marítimos. Já estão confirmadas 17 escalas para a temporada no município

Ideais para quem quer experimentar a modalidade pela primeira vez, os minicruzeiros costumam ser uma porta de entrada para o turismo em alto mar. Com duração que varia de três a cinco noites, é uma boa alternativa para quem nunca viajou em navio, além de ter um grande apelo para grupos de empresas que procuram a modalidade para viagens corporativas. Durante a temporada de verão 2017/2018, a Costa Cruzeiros anunciou a ampliação de sua oferta de roteiros de três e quarto noites para a temporada 2017/2018 na América do Sul. A companhia marítima realizará seis minicruzeiros pela costa brasileira entre os meses de dezembro deste ano e fevereiro de 2018. Desse total, três farão escalas inéditas pela cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Esta é a primeira vez na história que a cidade será rota de cruzeiros marítimos. Já estão confirmadas 17 escalas para a temporada no município. Os minicruzeiros serão realizados a bordo do mega navio Costa Favolosa, um dos mais modernos e tecnológicos da frota, com embarques do Porto de Santos. Além de Balneário Camboriú, os roteiros incluem passagens pelo Rio de Janeiro, Ilhabela, Porto Belo e Angra dos Reis. Inspirado no universo fantástico de um conto de fadas, o Costa Favolosa lembra um castelo encantado e as obras de arte reproduzem os grandes palácios do mundo. Em sua quarta temporada na América do Sul e com capacidade para 3.800 passageiros, o navio reúne o centro de bem-estar Samsara Spa (com academia, termas, piscinas e talassoterapia, salas de tratamento, sauna, banho turco, solarium de raios UVA, cabines e suítes), cinema 4D, simulador Grand Prix, quatro piscinas, cinco restaurantes, 13 bares, teatro, toboágua, cassino, quadra poliesportiva e espaço para crianças. 31


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NOVO SERVIÇO

PORTO DE IMBITUBA ROTA DE CONTÊINERES PARA ÁSIA É DIVISOR DE ÁGUAS Previsão inicial é de pelo menos dobrar a movimentação de contêineres do porto já neste ano e chegar a pelo menos 80 mil TEUs em 2018

O novo serviço de navios de contêineres - o ASAS, recentemente conquistado pelo Porto de Imbituba, em Santa Catarina, representa um novo momento para a economia local. A previsão inicial é de pelo menos dobrar a movimentação de contêineres do porto já neste ano e chegar a pelo menos 80 mil TEUs em 2018. A nova rota também representa a abertura de novos postos de trabalho, pois novas vagas estão sendo abertas em função da nova linha. Em termos de movimentação geral, a previsão é fechar o ano com um crescimento que varia entre 10% e 15% na comparação com o ano de 2016. O porto trabalha com a estimativa de movimentar, já este ano, 800 contêineres por escala, o que elevaria a movimentação do porto para aproximadamente 60 mil contêineres em 2017. “Além do aumento da movimentação, o serviço Ásia significa chegar efetivamente ao mercado que importa e exporta”, explica o diretor-presidente do Porto de Imbituba, Luís Rogério Pupo Gonçalves. “Significa que estamos entrando no roteiro onde efetivamente a carga está transitando”, acrescenta. 32

Diretor-presidente do Porto de Imbituba, Luís Rogério Pupo Gonçalves


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Para Pupo, o novo serviço é também um divisor de águas para o Porto de Imbituba, porque permite acessar o mercado asiático e estimula também todas as empresas produtoras da região a terem mais um canal de escoamento perto das plantas industriais. As negociações para atrair as companhias que atendem a Ásia levaram dois anos. A conquista garante a credibilidade necessária para que os olhares de todo mercado internacional estejam atentos ao Porto de Imbituba. Entre os fatores que foram determinantes para Imbituba receber o serviço Ásia estão a infraestrutura portuária, a profundidade dos berços, os acessos e a participação da Santos Brasil para consolidar o negócio. O novo serviço que passa a escalar o terminal conta com 13 embarcações. Dentre elas está o Hyundai Loyalt, maior porta-contêineres a frequentar a costa brasileira atualmente. O navio possui capacidade para até 8,6 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), 340 metros de comprimento, 45,6 metros de boca e calado máximo de 14,5 metros. SOBRE O SERVIÇO A joint venture, formada por cinco armadores, fará escala semanal em Imbituba, que se apresenta como a melhor opção para atender os mercados de importação e exportação do Sul do país. “Nosso terminal se destaca no cenário portuário por oferecer vantagens competitivas aos nossos clientes, como a capacidade de receber grandes navios, sem limitações para manobras e sem restrições meteorológicas”, destaca o diretor comercial da Santos Brasil, Marcos Tourinho. Privilegiado por estar em uma enseada de mar aberto, o berço de atracação dos navios porta-contêineres é capaz de receber embarcações com até 14,5m de calado. O terminal oferece serviços de Depot dentro da operação e apoio logístico para importadores e exportadores. Administrado desde 2008 pela Santos Brasil, o Tecon Imbituba possui capacidade para movimentar anualmente 450 mil TEUs, 207 mil metros quadrados de área total e conta com 660 metros de cais acostável. Somente o berço 2, onde é realizada a movimentação de contêineres, tem 410 metros. No mesmo complexo portuário, a Santos Brasil opera o Terminal de Carga Geral (TCG), que vem se consolidando no Sul como uma importante instalação concentradora de cargas de projeto diferenciadas e de grandes proporções. Desde 2008, a companhia já investiu mais de R$ 520 milhões em obras de expansão, aquisição de equipamentos e treinamento.

O novo serviço que passa a escalar o terminal conta com 13 embarcações. Dentre elas está o Hyundai Loyalt, maior porta-contêineres a frequentar a costa brasileira atualmente, com 340 metros de comprimento. 33


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GENERAL MOTORS

GENERAL MOTORS INVESTE R$ 13 BILHÕES NO BRASIL Fábrica do Rio Grande do Sul vai receber R$ 1,4 bilhão para modernizar a fábrica e introduzir conceitos inovadores de manufatura para produção de veículos

A General Motors vai investir cerca de R$ 1,4 bilhão para modernizar a fábrica da empresa em Gravataí, no Rio Grande do Sul. O montante é parte do plano de investimentos de R$ 13 bilhões no Brasil entre 2014 e 2019. Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a medida da empresa é resultado da aprovação da modernização trabalhista, sancionada em julho. “O governo tomou uma decisão corajosa e acertada ao abraçar as reformas que irão colocar o país novamente nos trilhos. Os trabalhadores já começam a sentir os resultados”, afirmou. O aporte, de R$ 1,4 bilhão, tem como objetivo fortalecer o negócio da GM através do desenvolvimento de novas tecnologias e introdução de conceitos inovadores de manufatura para a produção de novos veículos, em adição aos já produzidos na fábrica. Os investimentos que vão fortalecer ainda mais a presença da GM no Rio Grande do Sul já estão atraindo cinco novos fornecedores para o estado e criarão novos postos de trabalho. O novo aporte às operações no Rio Grande do Sul vai permitir ampliar a linha de produtos da Chevrolet, com foco em conectividade total, segurança e eficiência energética, disse Carlos Zarlenga, presidente da GM Mercosul. Fundada em 1911, em Detroit (EUA), a Chevrolet é uma das maiores marcas de veículos do mundo, com negócios em mais de 100 países e vendas anuais de mais de 4 milhões de veículos. Em 2017, as operações na Argentina e Brasil foram integradas na GM Mercosul. Em 2016 a Chevrolet

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vendeu, nos dois mercados, 445.616 mil veículos, sendo 345.916 mil no Brasil e 99.700 mil na Argentina. A GM Mercosul tem quatro complexos industriais que produzem veículos, motores e componentes em São Caetano do Sul, São José dos Campos e Gravataí, no Brasil, e em Rosário, na Argentina. Conta ainda com unidades em Joinville (produção de motores e cabeçotes de alumínio), Mogi das Cruzes (produção de componentes estampados) e Indaiatuba (Campo de Provas), além de Centros Tecnológicos em São Caetano do Sul e Rosário e Centros Logísticos em Sorocaba e General Rodriguez, na Argentina.

FUNDADA EM 1911, EM DETROIT (EUA), A CHEVROLET É UMA DAS MAIORES MARCAS DE VEÍCULOS DO MUNDO, COM NEGÓCIOS EM MAIS DE 100 PAÍSES E VENDAS ANUAIS DE MAIS DE 4 MILHÕES DE VEÍCULOS.


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MULTILOG

CENTRO LOGÍSTICO DE ITAJAÍ É CERTIFICADO COMO OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADO Conquista foi na modalidade OEA-Segurança como Depositário de Mercadoria sob Controle Aduaneiro, considerada um importante diferencial

O Centro Logístico Industrial e Aduaneiro (CLIA) da Multilog Itajaí acaba de ser certificado como Operador Econômico Autorizado (OEA). A conquista foi na modalidade OEA-Segurança como Depositário de Mercadoria sob Controle Aduaneiro. O reconhecimento OEA existe desde 2014 e é considerado um importante diferencial. Segundo dados do site da Receita Federal do Brasil, apenas 33 empresas no Brasil possuem a modalidade Segurança. “Passamos a fazer parte de um seleto grupo de empresas compromissadas com a melhoria contínua de seus processos, focadas na segurança e atendendo a uma série de requisitos pertinentes ao nosso segmento”, pontua Djalma Vilela, presidente da Multilog. Ele complementa que a Multilog está buscando também a certificação para sua unidade de transportes e, posteriormente, para suas demais unidades presentes nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. O Programa Brasileiro de OEA consiste na certificação dos intervenientes da cadeia logística que representam baixo grau de risco em suas operações, tanto em termos de segurança física da carga quanto ao cumprimento de suas obrigações aduaneiras. Além de contribuir para aprimorar os controles aduaneiros por meio da gestão de risco, as empresas certifica-

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das como OEA ajudam a melhorar a imagem do país e atrair investimentos. No Brasil, o OEA faz parte de um Programa Internacional, AEO - Authorised Economic Operator. Surgiu em 2005, durante uma convenção da OMA, Organização Mundial Aduaneira, que aconteceu em Bruxelas, na Bélgica, com a proposta de integrar as aduanas e todos os operadores envolvidos na cadeia do comércio internacional. Presente em todo o Sul do país, com estruturas diferenciadas e um portfólio completo de serviços para atender toda a cadeia logística de seus clientes, a Multilog é referência em logística. São 15 unidades, sendo quatro Centros Logísticos e Industriais Aduaneiros (CLIAs), cinco portos secos, cinco centros de distribuição e um Terminal de Carga Aérea (Teca). A empresa iniciou suas atividade em Santa Catarina em 1984 e, em 1996, obteve a autorização da primeira Estação Aduaneira do Interior (Eadi). Em 2007 passou a operar como porto seco, desde 2013 atua como CLIA em Itajaí e, desde 2014, como CLIA em Joinville. Em 2016, a Multilog ampliou sua atuação com a compra de uma empresa do mesmo segmento e está presente agora também no Paraná e no Rio Grande do Sul.


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XXIII Fórum

INSCRIÇÕES

Supply Chain

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Internacional

Expo.Logística 2017 19 a 21 setembro | Tivoli Mofarrej, SP

(11) 3847-1909

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Valdoberto Vidal

Diclei Remorini

Head of Supply Network Operations

Diretor

forum.ilos.com.br

Souza Cruz

Via Varejo

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Rodrigo Alponti

Prof. Dr.

Diretor de Supply Chain

Universidade Tecnológica de Berlim

Sanofi Brazil

Carlos Soncin

Ricardo Porto

Diretor de Compras

Diretor de Suprimentos Logística e TI

Cielo

Votorantim

Maurício Lima

Dale Rogers

Sócio-Diretor

Head SCM Department

ILOS

Arizona State University

André Luis Maiochi

Fabio Yoshitome

Diretor de Planejamento Integrado

Principal

EMS

A.T. Kearney Brasil

Walter Zinn

Thomas Derry

Professor catedrático

CEO

Ohio State University

Inst. for Supply Management

Apoio Realização

Realização

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PORTO DE PARANAGUÁ

Ivan Bueno/Divulgação

MOVIMENTAÇÃO TEM O MELHOR JULHO DE TODOS OS TEMPOS No total, mais de 1 milhão de toneladas de soja foram embarcadas, o que representa quase três vezes mais que a quantidade registrada no mesmo mês de 2016 A movimentação no Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá registrou em 2017 o melhor julho de todos os tempos. A quantidade de produtos agrícolas, na comparação com o ano passado, mais que dobrou, saltando de 801.071 toneladas registradas em 2016 para 1,8 milhão de toneladas neste ano. Em percentagem, o volume representa uma alta de 129% na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre os itens exportados, a soja desponta como o principal. No total, mais de 1 milhão de toneladas foram embarcadas, o que representa quase três vezes mais que a quantidade registrada no mesmo mês de 2016, quando 375.245 toneladas foram escoadas. Em segundo lugar, aparece o milho, cuja quantidade exportada foi de 358 mil toneladas. Esse volume representa mais que o dobro do registrado no ano passado, quando 177 mil toneladas foram embarcadas. “O aumento na produtividade aponta que a agricultura do Paraná está em um excelente momento e que o porto está conseguindo atender mais e melhor os seus clientes”, afirma o secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. De acordo com informações da Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná), as duas principais razões para o aumento das exportações no mês passado são o grande volume de soja produzido no primeiro semestre e o começo da segunda safra do ano, chamada de safrinha, que ocorre entre julho e agosto. Nessa etapa, o principal produto colhido é o milho. No Paraná, além das duas primeiras etapas, existe mais uma safra, que tem como destaque o trigo. A colheita ocorre entre os meses de setembro e novembro. Em 2017, o estado deverá produzir aproximadamente 42 milhões

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de toneladas de soja, milho e trigo, expectativa que tem sido confirmada pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). “Depois da exportação histórica de soja, esses dados preliminares do segundo semestre apontam que essa produtividade deve continuar”, diz o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino. Outro fator que contribuiu muito para o recorde alcançado no Corredor de Exportação foi a confiança do produtor na capacidade de escoamento da produção pelo Porto de Paranaguá, ampliada com novas obras de infraestrutura. “Os picos de escoamento determinados, que aconteciam anos atrás, já não existem mais. A safra agora está se distribuindo ao longo da cadeia e, confiando que o porto vai exportar e atender o mercado, o produtor acaba retendo a mercadoria para exportar nos momentos de alta do preço”, explica.

A QUANTIDADE DE PRODUTOS AGRÍCOLAS, NA COMPARAÇÃO COM O ANO PASSADO, MAIS QUE DOBROU, SALTANDO DE 801.071 TONELADAS REGISTRADAS EM 2016 PARA 1,8 MILHÃO DE TONELADAS NESTE ANO.


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APPA

PREVENÇÃO E SEGURANÇA ACIDENTE DE TRABALHO CAI 56% NA ÁREA PORTUÁRIA Dados indicam que as ações têm cumprido o propósito e devem ser contínuas e permanentes no dia a dia das atividades portuárias

Os Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) reduziram em 56% o número de ocorrências na área portuária. A estatística é fruto de ações contínuas de prevenção e fiscalização que foram padronizadas e intensificadas desde 2015 junto a terminais, empregados, empregadores, operadores e visitantes. “Atualmente, todo o trabalho é executado com base no Regulamento de Gestão Integrada, documento criado por meio da Ordem de Serviço 133/2016, que estabelece condutas adequadas para a segurança das pessoas e a proteção do meio ambiente”, explicou o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino.

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Além disso, quem executa tarefas no cais precisa ter um kit de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) composto por capacete, botas especiais, luvas, máscara, protetores de ouvido e óculos, entre outros itens, dependendo da natureza do serviço e do local onde é executado.

Os dados indicam que as ações têm cumprido o propósito e devem ser contínuas e permanentes no dia a dia das atividades portuárias. “O objetivo da Appa é envolver cada vez mais pessoas na conscientização sobre ações de segurança no trabalho, não apenas nesta semana, mas em todos os dias do ano”, acrescentou.

O acesso a essa área também é monitorado e autorizado apenas com registro biométrico. Sinalizações padronizadas indicam locais de risco e normas a serem seguidas, entre elas o limite de 30 quilômetros por hora para veículos que transitam na faixa. Para o gerente operacional do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), Manoel Rubens de Magalhães Filho, a segurança no trabalho tem sido cada vez mais reforçada e isso influencia diretamente na qualidade dos serviços prestados. “Essas ações mostram que, quando as condições de trabalho melhoram, os resultados positivos vêm. E quanto mais segura é uma atividade mais qualidade ela tem”, disse.

Todas as atividades na área portuária são fiscalizadas e acompanhadas por uma equipe formada por oito técnicos e um engenheiro de segurança do trabalho. Em vários pontos da faixa portuária, placas sobre condutas seguras alertam os motoristas para ações necessárias à sua segurança.

Funcionários que trabalham a dois metros de altura ou mais recebem uma atenção especial. Uma plataforma elevada, com itens que envolvem cinto e corda, garante a execução do trabalho de forma tranquila e segura, de acordo com as normas brasileiras.


OCEANO PACIFICO

EXPEDIÇÃO TENTA ENCONTRAR ROTA ALTERNATIVA PARA EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS Comercialização internacional de grãos poderá atingir 135 milhões de toneladas e a saída pelo Pacífico reduziria em 11 mil quilômetros o percurso feito atualmente Trinta grupos formados por técnicos, empresários e autoridades estão em busca de uma rota alternativa para exportar produtos brasileiros pelo Oceano Pacifico. Com a utilização rota, a comercialização internacional de grãos poderá atingir 135 milhões de toneladas e a saída pelo Oceano Pacífico reduzirá em cerca de 11 mil quilômetros de rota marítima o percurso feito atualmente. O trajeto de 2.220 quilômetros foi definido após estudos técnicos que compreendem as cidades de Porto Murtinho (Mato Grosso do Sul), Loma Plata, Mariscal Estigarribia (Paraguai), Tartagal (Argentina), San Salvador de Jujuy, San Pedro do Atacama e Antofogasta (Chile).

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Informações em tempo real sobre as condições meteorológicas e oceanográficas dos ambientes aquáticos e costeiros. Conheça o

Sistema de Monitoramento e Previsões Oceanográficas Aplicação em complexos portuários, hidrovias, hidrelétricas e marinas.

Agilidade e confiabilidade para sistemas de gestão e de monitoramento ambiental. Solução tecnológica completa e de ótimo custo-benefício. Redução de custos, otimização de processos, neutralização de riscos ambientais e certeza na tomada de decisões.

Nos últimos três anos, sete expedições coletivas e individuais já foram feitas para escolher uma rota alternativa para a exportação de produtos brasileiros. O governo e o setor produtivo afirmam que estão empenhados para tirar o projeto do papel, mas para isso é preciso vencer desafios, como reduzir os entraves alfandegários, melhorar as condições das estradas e construir uma ponte binacional no rio Paraguai. A expedição partiu de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, em direção a Porto Murtinho, e depois segue para o Pacífico passando por cidades do Paraguai, Argentina e do Chile. À frente da organização da viagem, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul (Setlog/ MS), Cláudio Cavol, explica que esta segunda expedição prova que o corredor sul é perfeitamente viável para escoar a produção agropecuária e industrial brasileira. Segundo ele, nas incursões realizadas anteriormente foi identificada a viabilidade tanto comercial quanto de logística. “Os portos chilenos do norte estão sendo subtilizados, enquanto os portos brasileiros estão superlotados de mercadoria”, resume Cavol. A primeira expedição aconteceu em setembro de 2013 e, desde então, o Setlog-MS realizou outras três viagens de prospecção nas quais foram mapeadas as possíveis rotas, até chegar a esta última por Porto Murtinho. O projeto tem apoio do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty).

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TECNOLOGIA BYSOFT

LANÇA PLATAFORMA EAD PARA CLIENTES Com o objetivo de educar e prover conhecimento aos clientes, a “Academia Bysoft” oferece interação e conteúdo a qualquer usuário de seus sistemas Atualizada no que há de mais moderno no mercado, a Bysoft acaba de lançar um ambiente moderno, arrojado e diferenciado de ensino a distância (EAD). Intitulado “Academia Bysoft”, a plataforma acopla vantagens de modo totalmente virtual. De acordo com dados do Censo de Educação Superior, 14,7% já utilizam o método de aprendizado a distância no Brasil. Diante dessa realidade, a empresa encontrou uma forma de contribuir com a disseminação desta cultura também na segmentação do comércio exterior. Como principal objetivo, a academia oferece interação e conteúdo sobre os sistemas Bysoft, aos alunos (usuários), sejam eles das células operacionais ou executivos da companhia. A flexibilidade de horário de estudo facilita o aprendizado e contribui para o objetivo fim, que é promover a correta compreensão dos sistemas para a aplicação deles ao fluxo de processos estabelecido em cada um dos clientes. Vídeo-aulas, gabaritos e acessos aos simuladores de produtos já têm contribuído para a formação de profissionais por meio da parcerias, tal como a da Abracomex (Associação Brasileira de Consultoria e Assessoria em Comércio Exterior). “Sabemos que a disseminação de informação e conteúdo não depende apenas de aulas presenciais e o grande responsável por tal mudança é a educação a distância. Por isso, apostamos na criação deste recurso importante para o mercado, independentemente de ser usuário ou não, dos nossos produtos”, explica Edneia Moura Chebabi, CEO da companhia. Por meio de um rápido cadastro de login e senha, o usuário é direcionado à área comum da academia e, a partir de então, terá acesso ao mundo Bysoft

de interatividade. A empresa é especializada em soluções para o gerenciamento de processos de comércio exterior. Desenvolve, aplica e oferece soluções inovadoras que auxiliam empresas ligadas ao comércio exterior a agilizar processos, reduzir custos e melhorar os resultados para mais de 40.000 usuários. Com um modelo de entrega SaaS (software como serviço) e com sua marca registrada I-Global®, a Bysoft ajuda diariamente na otimização e operação das comissárias de despachos, agentes de carga, importadores, exportadores, tradings companies, transportadoras, armazéns, entre outros intervenientes da cadeia logística.

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AUMENTAMOS A NOSSA PRODUTIVIDADE. E A LUCRATIVIDADE DE NOSSOS CLIENTES. Maior terminal de contêineres do Sul do país, e o único com integração ferroviária, o TCP é responsável por um dos maiores programas de investimentos no setor portuário privado do Brasil. Com a ampliação do cais de atracação e dispondo dos mais avançados equipamentos voltados à movimentação de cargas, o TCP ampliou a capacidade do terminal e está preparado para receber os maiores navios porta-contêineres que atuam na América Latina. Na prática, isso significa muito mais agilidade e lucratividade para os negócios de nossos clientes.

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TECNOLOGIA

A WCA eCommerce sediou sua mais nova conferência – a eCommerce Logistics - na primeira quinzena de julho, quando atraiu mais de 150 prestadores de serviços, logística e varejistas virtuais para discutir o futuro do agenciamento de cargas e da logística na era digital. A conferência incluiu um dia inteiro de workshops apresentados por palestrantes convidados e líderes em logística. A WCA eCommerce também acabou de lançar sua própria ferramenta de inteligencia artificial para proporcionar, aos seus membros, acesso exclusivo às suas taxas alfandegárias e de exportação. O projeto inclui tecnologia de ponta que irá simplificar a logística entre fronteiras.

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A DHL Global Forwarding, especialista em fretes aéreo e marítimo do Deutsche Post DHL Group, acaba de lançar um novo serviço de valor agregado para seus clientes. O Ocean View é plataforma online que possibilita o rastreamento de carga marítima com o intuito de otimizar o planejamento da cadeia de suprimentos de ponta a ponta. A ferramenta consolida informações do Sistema de Gestão de Transportes da DHL, do armador e da própria embarcação para fornecer visibilidade em tempo real do transporte marítimo. Fornece também uma previsão dos marcos futuros e um recurso de notificação no caso de alterações de rota ou atrasos. Além disso, não precisa de nenhum dispositivo para ser instalado no contêiner, o que o torna uma solução muito simples de ser implementada.


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SUPLEMENTO ITAJAÍ

DRAGA HOLANDESA AJUDA A RECUPERAR PROFUNDIDADE DO CANAL DE ACESSO Obras vão beneficiar a operação de navios que já operam no complexo portuário ao possibilitar que transportem maior volume de carga As obras de dragagem e manutenção do canal de acesso aquaviário do Complexo Portuário do Itajaí já conta com o reforço da draga holandesa Elbe – uma embarcação do tipo “Hopper Dredger”. Desde que a embarcação chinesa Xin Hai Niu chegou ao complexo portuário, em 24 de abril, as operações de dragagem vêm sendo realizadas diariamente. Com a entrada em operação da Elbe, o objetivo é fazer dragagens nos berços de atracação e em outros pontos onde a chinesa não consegue proximidade devido ao seu tamanho. As obras vão beneficiar a operação de navios que já operam no complexo portuário ao possibilitar que transportem maior volume de carga. Segundo estimativas, nos navios de contêineres, a cada centímetro de redução de calado, deixa-se de carregar de sete a oito contêineres. A obra também beneficia na prevenção de cheias, já que o Rio Itajaí-Açu é o responsável pela vazão das águas em toda a bacia. As duas dragas estão sendo utilizadas para recompor a profundidade de 14 metros do canal do Rio Itajaí-Açu, assoreado pelas chuvas que atingiram a região nos meses de setembro e outubro de 2015. A dragagem está orçada em R$ 38.811.334,37, recursos liberados em janeiro deste ano pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, mediante compromisso assumido pelo ministro Maurício Quintella Lessa em visita ao Porto de Itajaí. As dragas chinesa e holandesa são propriedades da companhia chinesa CCCC Shangai Dredging Co. Ltda e no Brasil são representadas pela SDC do

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Brasil Serviços Marítimos Ltda. A empresa proprietária dos equipamentos foi contratada pela DTA Engenharia, vencedora do processo licitatório para os trabalhos operacionais do restabelecimento da cota de 14 metros de profundidade, realizado pelo governo federal. “Faz parte do contrato entre a DTA Engenharia, Secretaria Nacional de Portos (SNP) e Superintendência do Porto de Itajaí, a mobilização deste segundo equipamento para a realização dos trabalhos de dragagem e, consequentemente, restabelecer os 14 metros de profundidade em todo o canal”, destaca o diretor técnico da Superintendência do Porto de Itajaí, André Pimentel. Com a dragagem em andamento, cerca de 4 milhões de metros cúbicos de sedimentos serão retirados dos canais externo e interno e despejados a uma distância de 5 milhas náuticas, equivalente a 10 quilômetros de distância do canal da barra, em área considerada como bota-fora.

A draga Fabricada na Holanda, em 2010, a Elbe pesa 2472 toneladas e tem capacidade para suportar 3341 de tonelagem bruta. Possui 77,15 metros de comprimento por 15 metros de largura e capacidade de transportar (cisterna) até 2.800 metros cúbicos, com potência instalada de 4.480 Quilowatt (KW). A draga Elbe está em atividade há sete anos e recentemente estava sendo utilizada no Porto de Paranaguá (PR).


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SUPLEMENTO ITAJAÍ

COMPLEXO PORTUÁRIO BUSCA ALTERNATIVAS PARA COMUNIDADE PESQUEIRA Em encontro realizado em Navegantes, uma das alternativas avaliadas foi dragar uma nova área para os pescadores fundearem suas embarcações O Porto de Itajaí está buscando alternativas para atender os pescadores do bairro São Pedro, em Navegantes, que serão atingidos diretamente pelas obras da nova bacia de evolução do complexo portuário. Em encontro realizado com a presença do superintendente Marcelo Werner Salles, do secretário de Estado do Planejamento, Murilo Flores, e do então prefeito em exercício de Navegantes, Donizete José da Silva, uma das alternativas avaliadas foi dragar uma nova área para os pescadores fundearem suas embarcações. Marcelo Salles explica que as obras estão sendo acompanhadas diariamente pelo porto e que há um compromisso de compatibilização com as atividades do setor da pesca. “Nesse momento estamos em parceria com o governo do estado e prefeitura de Navegantes, tentando achar uma melhor forma de acomodar todos os interesses de modo que fique bom para todos”, lembra o superintendente. “A bacia de evolução é uma obra de grande porte e por isso causa impacto e um destes está voltado à comunidade dos pescadores. Precisamos encontrar uma solução imediata”, afirma o secretário Murilo Flores. Com previsão para ser concluída em abril de 2018, as obras da

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nova bacia de evolução estão orçadas em R$ 105 milhões, dinheiro custeado pelo governo do estado através Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIE). Com a construção, o Complexo Portuário de Itajaí poderá operar navios de até 366 metros de comprimentos e 51 metros de boca (largura). Para o giro de manobra dos navios, sua capacidade é de 530 metros de diâmetro e profundidade de 13 metros. Depois de realocado o molhe norte (Navegantes), o canal da barra ficará com a largura de 170 metros. O volume estimado de pedras a ser removido é de 463.140,39 metros cúbicos. A obra da bacia de evolução é uma infraestrutura de grande porte e impacta em diversos segmentos e, entre eles, no próprio canal de navegação, principalmente no que diz respeito à sua sinalização. “São exigências internacionais de navegação que temos que cumprir. Os faróis que hoje se encontram no canal são da década de 1960 e com o tempo tornaram-se obsoletos em qualidade e funcionalidade. Estamos projetando, até o final da obra, estudos e treinos para as equipes de praticagem em conjunto com a Delegacia da Capitania dos Portos para que seja implantado em definitivo um novo sistema de sinalização”, reforça Marcello Salles.


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LEILÃO ARRECADA R$ 246 MIL AOS COFRES DO PORTO DE ITAJAÍ Lances foram anunciados presencialmente pelo método “maior lance” sob a alienação por venda de bens inservíveis descritos em edital publicado em julho O Porto de Itajaí arrecadou R$ 246.700,00 com o leilão de cinco dos seis lotes de bens alienados, organizado pela gerência de licitação e compras. O lote que não foi vendido é de fios de fibras sintéticas avaliados em R$ 170.816,50. Este foi o segundo leilão realizado em 2017. Os compradores são de Blumenau, Itajaí e São Paulo. “Pelo fato de ser um único lote, o item que não foi vendido será oferecido no próximo leilão a ser realizado em até 60 dias e conduzido por um leiloeiro próprio da superintendência ou um pregoeiro”, informa o gerente de licitações e contratos, Carlos Paulo Pfeilsticker Neto. Os lances foram anunciados presencialmente pelo método “maior lance” sob a alienação por venda de bens inservíveis descritos em edital publicado em julho. Entre os itens vendidos estão três veículos de passeio com ano de fabricação de 1997, 2006 e 2011, 24 mil quilos de fibras de poliéster e 289 toneladas em sucatas de aço. Os cinco itens arrematados eram de propriedade da superintendência do porto e foram devidamente avaliados em comum acordo por uma comissão constituída para o leilão e informados à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). De acordo com informações da gerência de licitação e compras da Autoridade Portuária, os recursos provenientes da venda dos cinco lotes serão aplicados na área primária do porto, como aqui-

sição de equipamentos de iluminação, sinalização, câmeras de segurança, defensas que serão fixadas nas paredes do cais, entre outros serviços e equipamentos de manutenção.

OS RECURSOS PROVENIENTES DA VENDA DOS CINCO LOTES SERÃO APLICADOS NA ÁREA PRIMÁRIA DO PORTO, COMO AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE ILUMINAÇÃO, SINALIZAÇÃO, CÂMERAS DE SEGURANÇA E DEFENSAS QUE SERÃO FIXADAS NAS PAREDES DO CAIS

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ARTIGO

BL EXTRAVIADO E AGORA? por Wagner Antônio Coelho

As breves linhas desta edição têm o objetivo de destacar uma questão bastante complexa relacionada aos dispositivos legais vigentes no ordenamento jurídico brasileiro, referentes ao conhecimento de embarque marítimo, denominado B/L (Bill of lading). O Direito Comercial Marítimo foi incluído na Parte II do Código Comercial Brasileiro, Lei 556/1850, a qual esteve inteiramente vigente até 2002, quando o Código Civil Brasileiro foi estabelecido, revogando a Parte I do Código Comercial, responsável por disciplinar o comércio em geral, mantendo-se em vigor, dentre outras disposições, a Parte II da mencionada Lei. Desse modo, embora existam normas esparsas, o principal regramento sobre o comércio marítimo no Brasil é disposto pelo Código Comercial/Lei 556/1850, em sua Parte II. Por sua vez, as disposições sobre o conhecimento de embarque marítimo (B/L) estão contidas no Código Comercial Brasileiro. O B/L é um dos documentos mais importantes do comércio internacional, pois, além de evidenciar o contrato de transporte marítimo, possui função de recibo de entrega da mercadoria e de título de crédito, inclusive com possibilidade de endosso para transferência da propriedade da mercadoria. Por outro lado, em que pesem às raízes costumeiras do direito marítimo e a importância do documento original com a função de evitar fraudes, em virtude dos avanços tecnológicos no aspecto da navegação e no campo do armazenamento e fluxo de informações, verificam-se algumas inconsistências e questões a serem mais bem debatidas e que, muitas vezes, demandariam uma análise com razoabilidade por parte das partes envolvidas.

Dentre essas questões, surgem verdadeiros dilemas sobre a aplicação do regramento comercial previsto no Código Comercial Brasileiro, datado de 1850, como, por exemplo, em questões relacionadas ao extravio do BL original, por perda, furto, roubo, antes da retirada da carga junto ao fiel depositário da mercadoria. Nesses casos, além de proceder com o Boletim de Ocorrência junto à autoridade policial e, por vezes, dependendo do estágio da negociação, junto à autoridade aduaneira, surge a necessidade de solicitar, ao armador ou NVOCC, o cancelamento e expedição de um novo jogo do documento. No entanto, tamanha a importância e responsabilidade desse ato faz com que a análise realizada pela companhia de navegação ou NVOCC muitas vezes exija prestação de caução pelo valor da carga nele declarada, nos termos previstos pelo art. 580 do Código Comercial Brasileiro. Essa exigência muitas vezes é criticada, diante da sua onerosidade excessiva, pois no século XIX, talvez fizesse sentido esse dispositivo legal, diante da dificuldade de realização de outros controles, em razão da ausência de comunicação e problemas na difusão das informações, mas, atualmente, por um comando realizado no sistema informatizado, poderia se impor restrições a determinando B/L, cancelando-o ou até informando que fora substituído, ou, mediante outras precauções adotadas pelas partes interessadas, sem a necessidade da exigência de caução. Inobstante a necessidade de modernização da legislação brasileira, sob o aspecto da estrita legalidade vigente no Estado Democrático de Direito, a exigência de caução pelo responsável pela emissão do novo jogo de B/L encontra amparo legal, pois o dispositivo está vigente e, por tal motivo, deve ser respeitado.

Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.

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Evento: A Hora da Cabotagem Data: 14 de Setembro Local: Meliá Business Hotel - São Paulo/SP Mais informações: www.guiamaritimo.com.br Email: suzy@guiamaritimo.com.br Evento: XXIII Fórum Internacional Supply Chain - Expo. Logística 2017 Data: 19 a 21 de setembro Local: Tivoli Mofarrej - São Paulo/SP Mais informações: www.forum.ilos.com.br Evento: IV CIDESPORT Data: 25 a 27 outubro Local: Majestic Palace Hotel - Florianópolis/SC Mais informações: www.cidesport.com.br

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