Revista Informativo dos Portos ed 270

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EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DE CARNE SUÍNA CRESCE EM RECEITA E GANHA NOVOS MERCADOS

Com a abertura do mercado mexicano para a carne suína brasileira, o Brasil chega a 48 novos mercados abertos para produtos agropecuários em 2022

Novembro//2022 - Edição nº 270 - Ano XXII - Coronel Marcos Konder, 805 – 5º andar - sl 509 - Centro Empresarial Marcos Konder - Itajaí/SC
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A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA PORTUÁRIO PARA A ECONOMIA NACIONAL

MUITAS RODOVIAS, UM SÓ DESAFIO

A infraestrutura é um dos maiores desafios para o desenvolvimento da econo mia nacional. Um dos equipamentos que minimiza esse problema de infraes trutura é o sistema portuário catarinense. E nesse sentido, o Porto de Itapoá, que garante escoamento de diferentes produtos para o mundo, é motivo de orgulho para o estado, pois proporciona maior competitividade para as empre sas que atuam na região Sul.

O mais novo estudo divulgado pela Confederação Nacional de Transporte revela o dado assustador da necessidade de investimentos da ordem de R$ 94 bilhões para recuperar a pavimentação da malha rodoviária no país. No total, foram identificados 2,6 mil pontos críticos, aqueles trechos tidos como intrafegáveis, incluída a análise da sinalização e outros detalhes relevantes para a direção dos veículos em condições satisfatórias.

O fato é que graças à eficiência, Itapoá acaba de assumir o primeiro lugar en tre os portos movimentadores de contêineres de Santa Catarina e o terceiro do Brasil, conforme os dados estatísticos da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Os dados, como mostra reportagem de capa desta edi ção da revista Informativo dos Portos, refletem o crescimento do terminal nos últimos anos. Segundo a Antaq, o incremento em Itapoá foi o maior entre os seis maiores portos brasileiros, de 15,92%, com 735 mil TEUs movimentados em 2019. Desde o segundo semestre de 2019, apresentava uma retomada no crescimento do volume, especialmente com cargas de importação e trans bordo. No ano, o incremento foi de 25% e 46%, respectivamente, em relação a 2018, performando, somente nessas duas operações, mais de 217 mil uni dades.

O cenário de “estrada arrasada” é mais um desafio para o escoamento de riquezas em um país tão dependente do sistema rodoviário para transportar sua produção. A ineficiência pode ser identificada tanto nas rodovias públicas como privadas, embora estas estejam em melhor situação. São estas mesmas estradas por onde passam, por exemplo, as car gas de carne suínas que fizeram do país o quarto expositor do mundo, como mostra repor tagem de capa desta edição.

Essas condições inadequadas ocasionam, ainda, danos ambientais e à saúde, pois propi ciam o aumento de emissões de gases de efeito estufa. Além disso, representam um custo de, aproximadamente, R$ 4,89 bilhões para os transportadores de cargas e de passagei ros no Brasil, uma vez que se estima um consumo adicional e desnecessário de 1,072 bilhão de litros de diesel.

Outra notícia positiva que vem do sistema portuário catarinense é o anúncio de que um dos maiores entraves para a eficiência logística nos portos brasilei ros — a demora para a liberação de cargas que dependem de vistoria do Mi nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) — pode estar com os dias contados. O Ministério e a APM Terminals Itajaí acabam de lançar o novo Sistema Informatizado de Fiscalização – Suportes e Embalagens de Madeira, que pode reduzir a demora da liberação das cargas a índices nunca vistos no país.

Por mais que o Brasil esteja buscando alternativas ao modal rodoviário, com projetos de ferrovias e concessões de aeroportos, as estradas continuarão sendo as artérias do país por muito tempo. O Estado claramente não dispõe dos recursos necessários para recupe rar e modernizar tantas estradas.

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*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

Boa leitura!

Soma-se a isso o anúncio da reabertura do mercado estadunidense para a carne bovina brasileira, que deve representar um novo im pulso à economia nacional em 2020. Que venham os novos negócios!

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EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DE CARNE SUÍNA CRESCE EM RECEITA E GANHA NOVOS MERCADOS

DIÁRIO DE BORDO 06 Confira as novidades dos principais setores que movimentam o mercado

INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA.....................................................12 CCR Aeroportos investirá R$ 300 milhões para aumentar a pista de Navegantes

GIGANTE DOS MARES........................................................................13

Navio com 347 metros de comprimento atraca em Itapoá e Navegantes

LUCRO ALTA 16 Receita da Maersk aumenta 37% no terceiro trimestre de 2022

PORTO DE SUAPE............................................................................18

Dragagem parada desde 2013 tem prazo de cinco meSes para ser concluída

FARELO E GRAÕS.............................................................................19 Paranaguá registra alta de 102% nas exportações pelo Corredor Leste

SETOR PORTUÁRIO 22

Sem investimentos, Brasil pode perder competividade no setor portuário até 2030

TRANSPORTE RODOVIÁRIO.................................................................24

Mais de 60% dos usuários classificam rodovias como regular, ruim ou péssimo

RELACIONAMENTO

SUPLEMENTO

SUPLEMENTO

SUPLEMENTO

ARTIGO

Í N
08
D I C E
COM O MERCADO.....................................................26 Naval Show: Itajaí vai sediar nova feira do segmento marítimo em 2023
AGRO NEWS 28 Região do Vale do São Francisco conquista indicação geográfica de vinhos tropicais
AGRO NEWS.................................................................29 Vendas externas devem chegar a 2 milhões de toneladas em 2022
AGRO NEWS.................................................................30 Linha de equipamentos da AGI garante segurança da operação de carga
Congresso reunirá autoridades e executivos do setor portuário em Santos 14 Movimentação portuária brasileira cresce 2,1% no 3º trimestre de 2022
32 A eficiência que salva, por Osvaldo Inácio da Silva Junior

DIÁRIO DE BORDO

MANUTENÇÃO DE AERONAVES DE ASA FIXA

Honrar sua história na prestação de serviços aéreos, de olho nas oportunidades para o futuro. Foi assim que a Helisul Avia ção decidiu celebrar seus 50 anos em 2022 e está, atual mente, ampliando sua atuação. Agora, a base da empresa no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, opera um novo tipo de serviço: a manutenção de aeronaves de asa fixa. O objetivo, de acordo com o diretor de manutenção de asa fixa da Helisul, Roberto Fajardo, é atender um mercado que cresce a cada dia no país, mas que ainda tem poucas opções quando se trata de manu tenção.

RÚSSIA

A Wilson Sons, por meio do Tecon Salvador, deu início à operação de exportação de carne bovina para a Rússia. A carne bovina exportada foi produzida em Minas Gerais. Atualmente, o Brasil possui a liderança como maior exportador de carne bovina do mundo em 2022 e 2023, superando países como Austrália, Estados Unidos e Índia. Este ano, o país deverá responder por 22% das exportações globais de carne bovina, segundo dados do Relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, publicado em abril de 2022.

NOVO DIRETOR DE EXPORTAÇÃO

A União Química, farmacêutica multinacional com capital 100% nacional, anuncia a chegada de João Pedro Neves como o novo diretor de exportação da companhia. O executi vo chega com o objetivo de acelerar a estratégia de expansão e internacionalização da empresa, que já marca presença em mais de 30 países. Neves passa a integrar o time de executi vos da farmacêutica, trazendo na bagagem passagem pelas principais companhias do setor, sólida experiência em out-li cense, M&A e novos mercados.

INFORMATIVO DOS PORTOS / 6

DIÁRIO DE BORDO

FINANCIAMENTO PARA EXPORTAÇÃO DE AERONAVES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social aprovou financiamento à Embraer S.A. para a produção e ex portação de aeronaves comerciais fabricadas pela empresa. A operação, da ordem de R$ 2,2 bilhões, se dará por meio do BNDES Exim Pré-embarque, linha de crédito direto do Banco para produção de bens nacionais destinados à exportação. A operação do BNDES reforça a captação de crédito rotativo anunciado recentemente pela Embraer de US$ 650 milhões com um conjunto de instituições financeiras estrangeiras. A consumação do financiamento está sujeita ao cumprimento de condições prévias fixadas pelo BNDES e à assinatura do res pectivo contrato.

NOVO CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO

EM SC

A Localfrio está investindo cerca de R$ 50 milhões em um novo centro de distribuição em Itajaí (SC). O espaço contará com 7,4 mil metros quadrados dedicados à operação de armazenamento. Este será o segundo CD da companhia no município, que agora contabiliza mais de 10 mil metros quadrados disponíveis na região. A companhia acredita que o novo terminal atinja a capacidade total de armazenamento no primeiro semestre do próximo ano. O CD deve incrementar em 20% o faturamento da empresa em SC.

EMBRAPA AMPLIA PRESENÇA DIGITAL

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Liferay, em presa global desenvolvedora de uma plataforma de experiências digitais (DXP), fecharam parceria que vai contribuir para modernização dos canais digitais da instituição, ampliando sua presença na web e explorando no vas perspectivas na entrega de experiências para usuários. O projeto, que inclui intranet e portal corporativo da Embrapa, irá focar na obtenção de benefícios de performance, segurança e funcionalidades, além de viabilizar a evolução contínua dos produtos digitais da organização. O Portal Corpo rativo da Embrapa é, hoje, o principal ativo de presença digital da empresa.

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EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DE CARNE SUÍNA CRESCE EM RECEITA E GANHA NOVOS MERCADOS

Com a abertura do mercado mexicano para a carne suína brasileira, o Brasil chega a 48 novos mercados abertos para os produtos agropecuários em 2022

O Brasil é o quarto maior produtor e quarto maior exportador de carne suína do mundo. Seus dois principais modelos de produção foram responsáveis por produzir cerca de 4,7 milhões de toneladas de carne suína em 2021. Em outubro deste ano, por exemplo, as exportações brasileiras do produto (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) alcançaram 98,6 mil toneladas, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Embora, em volume, o número seja 0,5% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram embarcadas 99 mil toneladas, o produto cresceu em receita. As vendas do setor cresceram 8,8%, com US$ 237,1 milhões em outubro deste ano, contra US$ 217,9 milhões obtidos no décimo mês de 2021. No acumulado do ano, as exportações de carne suína totalizaram embarques de 924,2 mil toneladas entre janeiro

e outubro, volume 4,5% menor do que o registrado nos dez primeiros meses de 2021, com 967,9 mil toneladas.

Em receita, as vendas do setor chegaram a US$ 2,088 bilhões. Entre os principais destinos das exportações de carne suína, a China, maior importadora, incrementou suas compras em 23,2% em outubro na comparação com o ano anterior, alcançando 46 mil toneladas. Outros destaques foram o Chile e as Filipinas que, segundo o mesmo comparativo, elevaram as suas importações em, respectivamente, 74,8% (com 7,2 mil toneladas) e 0,3% (com 4,4 mil toneladas).

“A média do segundo semestre permanece superior a 100 mil toneladas, em patamares acima dos registrados tanto no primeiro semestre deste ano como na média de todo o ano de 2021. O

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resultado aponta a recuperação do desempenho do ano em relação ao registrado no ano passado e indica a mesma tendência para 2023”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

MÉXICO ABRE MERCADO

A Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SCRI-Mapa) comunicou no dia 14 de novembro a abertura do mercado do México para a carne suína brasileira. Fruto do trabalho conjunto do Mapa e do Ministerio das Relações Exteriores (MRE), essa abertura de mercado permitirá intensificar o comércio bilateral entre os dois países.

A carne suína do Brasil é reconhecida internacionalmente pela alta qualidade, inocuidade e competitividade. Com a abertura do mercado mexicano para a carne suína brasileira, o Brasil chega a 48 novos mercados abertos para os produtos agropecuários em 2022. Desde 2019, o número de mercados abertos chegou a 234.

A ABPA celebrou a abertura do novo mercado para a carne suína do Brasil. A publicação da autorização foi feita pelo Servicio Nacional de Sanidad Inocuidad y Calidad Agroalimentaria (Senasica), órgão equivalente ao Ministério da Agricultura brasileiro, responsável pelo controle da produção, importação e

exportação de alimentos no México. As habilitações são das plantas frigoríficas de Santa Catarina que, à época da solicitação de acesso às autoridades mexicanas, era a única região brasileira reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como livre de aftosa sem vacinação. A abertura, na visão do presidente da entidade, Ricardo Santin, representa uma das mais importantes conquistas para a cadeia exportadora de proteína animal do Brasil.

“O México é, historicamente, um dos três principais destinos das exportações globais de carne suína, com volumes próximos a 1 milhão de toneladas. Falamos de aproximadamente 10% do trade global. A abertura é parte das medidas tomadas pelo governo mexicano para o controle inflacionário e das ações do Mapa e do MRE brasileiro no sentido de ampliação dos acessos de nossa proteína. Neste contexto, o Brasil reforça a sua posição de apoio às nações para a segurança alimentar e para a oferta de alimentos”, ressalta.

De acordo com o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua, as exportações brasileiras deverão ser direcionadas aos processadores mexicanos, evitando concorrência com a produção local de suínos. “Vamos atuar em complementaridade à produção mexicana de suínos. Exatamente neste sentido, envidaremos esforços para ampliar a habilitação para plantas

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MINÉRIO DE FERRO

das novas áreas reconhecidas pela OMSA como livre de aftosa sem vacinação, como Rio Grande do Sul e Paraná, ampliando ao máximo a capacidade de fornecimento de produtos brasileiros à população daquele país”, completa.

SANTA CATARINA AMPLIA EXPORTAÇÕES DE CARNES

REVISÃO ADUANEIRA E CLASSIFICAÇÃO FISCAL

OPERAÇÃO NO PORTO DE IMBITUBA INAUGURA NOVA FASE DO SISTEMA PORTUÁRIO DE SC

Um dos institutos específicos do Direito Aduaneiro brasileiro consiste na revisão aduaneira, procedimento pelo qual a Aduana brasileira realiza a apuração da regu laridade dos pagamentos e a exatidão das informações prestadas pelo importador/ adquirente na declaração de importação, após o desembaraço, no prazo de cinco anos contados da data do registro da declaração de importação.

Referência internacional na produção de carnes, Santa Catarina segue batendo recordes nas exportações. De janeiro a outubro deste ano, o estado embarcou 1,41 milhão de toneladas de carnes, gerando receitas que passam de US$ 3,1 bilhões – uma alta de 11,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os números são divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).

Dentre os temas mais fiscalizados nas revisões aduaneiras está a classificação fiscal das mercadorias. A utilização da correta classificação fiscal da mercadoria é importante para determinar os tributos envolvidos nas operações de importação e exportação, e de saída de produtos industrializados, bem como, em especial no comércio exterior, para fins de controle estatístico e determinação do tratamento administrativo, o que inclui a necessidade ou não de licença de importação.

Navio RIK Oldendorff deixou o terminal catarinense com 104,9 mil toneladas de minério de ferro em direção ao Porto de Tianjin, na China

No caso das importações de mercadorias realizadas por pessoas físicas ou jurídi cas no Brasil, estas devem seguir à classificação fiscal de acordo com a Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, celebrada em Bruxelas.

“Esse excelente resultado é fruto de um árduo trabalho dos nossos produtores rurais, dos técnicos, cooperativas, agroindústrias e também do Estado, que tem como papel principal prover a defesa agropecuária e garantir a sanidade animal dos nossos rebanhos. Ficamos muito felizes, mas isso aumenta o nosso compromisso em continuar investindo e cuidando da sanidade animal aqui no nosso estado para que siga como grande fornecedor de proteína animal para todo o mundo”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto.

O Sistema Harmonizado (SH) é um método internacional de classificação de mer cadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições, o qual segue às Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado (RGI) e às Re gras Gerais Complementares (RGC), que também fazem parte da referida Conven ção Internacional. Devem ser observadas ainda as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH).

Os valores levam em conta os embarques de carne suína, frangos, perus, patos, marrecos e bovinos. Considerando apenas o mês de outubro, Santa Catarina exportou 139,8 mil toneladas de carnes com um faturamento de US$ 324,9 milhões, 7,2% a mais do que em 2021.

O maior embarque de granel sólido já realizado no Sul do Brasil, conforme dados estatísticos da Agência Nacional de Transpor tes Aquaviários (Antaq), inaugura uma nova era nas operações do Porto de Imbituba. O navio RIK Oldendorff deixou o terminal catarinense com 104,9 mil toneladas de minério de ferro em dire ção ao Porto de Tianjin, na China. É a segunda vez em 2020 que Imbituba atinge uma marca histórica. Em janeiro, um embarque de 89,5 mil toneladas se tornou o recorde local, até ser superado por este novo carregamento.

CARNE DE FRANGO

No Brasil, a classificação fiscal de mercadorias está vinculada à Nomenclatura Co mum do Mercosul (NCM), adotada no Mercosul desde a sua criação em 1995 e aprovada no Brasil em 1997. A estrutura da NCM é composta por um código de oito dígitos, dentre os quais, os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado,

Segundo maior produtor de carne de frango do país, Santa Catarina exportou 846,1 mil toneladas do produto em 2022, gerando US$ 1,8 bilhão em receitas. O faturamento é 20% maior do que no mesmo período do ano anterior.

O minério de ferro embarcado é de Imbituba, a partir de um pro cesso industrial de uma extinta indústria carboquímica da cidade. O produto é utilizado na produção de aço, tintas, entre outras apli cações. Este é o terceiro navio de um projeto de exportação que reiniciou em dezembro do ano passado. A embarcação RIK Olden dorff foi atendida pela agência marítima Friendship e a operação foi realizada pela empresa Imbituba Logística Portuária (ILP).

recebimento e envio de navios com maior capacidade de cargas. O governador Carlos Moisés considera o bom momento da ativi dade portuária uma demonstração do potencial que Santa Catari na tem para explorar esse modal. “Estamos qualificando a gestão dos portos catarinenses e os resultados já aparecem. Trabalha mos para marcas importantes como esse recorde de Imbituba e, principalmente, fazer dos terminais portuários um instrumento para o desenvolvimento local”, diz.

Importante ressaltar que o posicionamento do STJ se baseia em situações fáti cas anteriores à utilização do Siscomex, com base nas disposições do Decreto nº 91.030/85 - RA/85, no qual o prazo para conclusão do despacho aduaneiro era de cinco dias, em total descompasso com as realidades da fiscalização moderna do atual comércio exterior brasileiro.

perspectiva de alta em relação ao valor exportado no ano anterior. Esse cenário é resultante, principalmente, das dificuldades enfrentadas por outros importantes exportadores, como é o caso dos Estados Unidos e alguns países da União Europeia, principalmente em função de focos de gripe aviária, que restringem o comércio internacional dos mesmos. Além disso, o conflito entre Rússia e Ucrânia também tem afetado a oferta do produto, já que a Ucrânia é um relevante exportador, principalmente para o mercado europeu”, destaca Giehl.

Desse modo, observa-se ausência de um posicionamento sólido e pacífico adotado pelos Tribunais, que acompanhe a dinâmica do comércio exterior, para um tema extremamente importante para os importadores brasileiros.g

Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Asso ciados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.

FACILIDADE DE ACESSO

O bom desempenho é explicado pela alta nos embarques para os principais mercados compradores, com destaque para os Países Baixos (25,2%) e Arábia Saudita (25,1%). O analista da Epagri/ Cepa, Alexandre Giehl, ressalta ainda que a carne de frango apresenta forte valorização no mercado internacional, o que tem gerado sucessivas elevações no valor médio da tonelada.

Há oito anos, o Porto de Imbituba é administrado pelo governo catarinense, através da SCPAR Porto de Imbituba, estatal sub sidiária da holding SCPAR, braço empreendedor do estado. Ca racterísticas como a facilidade de acesso, com uma ampla bacia de manobras e a profundidade nos cais têm contribuído para o

“As exportações devem se manter estáveis ao longo do ano, com

CARNE SUÍNA

O diretor presidente da SCPAR Porto de Imbituba, Jamazi Alfre do Ziegler, diz que o terminal está alinhado para propiciar o de senvolvimento econômico sustentável, buscando constantemen te melhores condições comerciais para o mercado. “Diante de conquistas como estas que estamos registrando juntamente à comunidade portuária, vemos dia a dia o cumprimento de nossa missão enquanto estatal de qualificar o Porto de Imbituba para operações cada vez mais eficientes”, destaca.

De janeiro a outubro de 2022, Santa Catarina exportou 497,9 mil toneladas de carne suína, com um resultado financeiro de US$ 1,1 bilhão. O estado responde por 55% dos embarques brasileiros e é o maior produtor de carne suína do país. Em agosto, os catarinenses atingiram o recorde histórico nos embarques do produto com 62,2 mil toneladas embarcadas em um único mês – 40% a mais do que em 2021. n

Aflexibilidade operacional e o baixo tempo de espera para atra cação são alguns dos excelentes diferenciais de Imbituba no atendimento às necessidades do mercado. n

INFORMATIVO DOS PORTOS / 10 INFORMATIVO DOS PORTOS / 24 INFORMATIVO DOS PORTOS / 42
tese de reclassificação, efetuará o lançamento de ofício previsto no art. 149, do CTN.
ARTIGO
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CCR AEROPORTOS INVESTIRÁ R$ 300 MILHÕES PARA AUMENTAR A PISTA DE NAVEGANTES

Projeto prevê ampliar o tamanho da pista e a construção de um novo terminal de passageiros com 12 mil metros quadrados.

A CCR Aeroportos anunciou que investirá R$ 300 milhões para ampliação e modernização do Aeroporto de Navegantes, em Santa Catarina. O projeto prevê ampliar o tamanho da pista, que passará de 1.700 metros para 1.800 metros, além de áreas de segurança de fim de pista. O investimento prevê ainda a construção de um novo terminal de passageiros com 12 mil metros quadrados, com mais opções para alimentação e varejo e pontes de embarque de passageiros.

Navegantes contará também com a ampliação do pátio para até nove aeronaves simultâneas (50% a mais do que o pátio atual), expandindo o número de vagas para pernoites de aeronaves. Esta capacidade é essencial para aumentar os voos, em especial na alta temporada, quando Navegantes chega a receber 68 voos por dia e fica com o pátio de aviões lotado.

Uma pista mais longa, associada ao novo número de Classificação de Pavimento (PCN) de 51, já devidamente mensurado e em processo de aprovação pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), permitirá operações com aeronaves maiores, e, consequentemente, atrairá mais voos para a região. Outras melhorias serão no acesso ao aeroporto, com a criação de uma via exclusiva, aumento da calçada para embarque e desembarque de passageiros e bolsão para estacionamento de ônibus e vans de turismo. Além disso, o número de vagas para estacionamento subirá de 350 para 600, sendo ainda prevista uma área adicional caso o estacionamento precise ser ampliado no futuro.

INVESTIMENTOS NA ÁREA DE CARGAS

Outro foco da CCR Aeroportos é a expansão dos negócios de carga. Inaugurado em 24 de outubro de 2022, o novo Terminal de Cargas do Aeroporto de Navegantes conta com 100 mil m² de área total e 5 mil m² de área edificada na primeira fase, abrigando extensa área verticalizada para armazenamento de

cargas importadas, além de câmaras frias de última geração para produtos farmacêuticos.

Com este empreendimento, o Aeroporto de Navegantes, que tem o maior volume de carga aérea internacional de Santa Catarina, consolida-se como o principal centro logístico do estado, pronto para a conquista de novas rotas de voos cargueiros internacionais para a região de Navegantes e Joinville, onde o parque industrial está concentrado. A aviação geral também será contemplada no pacote de investimento, com a Cidade de Hangares de Navegantes, um projeto da CCR Aeroportos que oferecerá nove áreas para construção de hangares para aviação geral e aviação executiva.

A previsão é que as obras sejam concluídas até 2024, sem alterar o funcionamento do aeródromo, que seguirá com as operações cotidianas. “O terminal está em uma localização privilegiada e vai se tornar uma referência de transporte aéreo de passageiros e cargas. O investimento vai colocá-lo operando em sua plena capacidade, com mais conforto e segurança”, diz Fábio Russo, CEO da CCR Aeroportos.

Localizado estrategicamente na Foz do Rio Itajai-açu, o Aeroporto de Navegantes atende hoje a demanda de uma ampla região, incluindo os 54 municípios do Vale do Itajaí, responsáveis por aproximadamente 36% do Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina. Também é o aeroporto mais próximo das principais atrações do estado, como as praias de Balneário Camboriú, Porto Belo, Itapema, Bombinhas, e do parque Beto Carrero World, em Penha.

A concessionária não prevê, durante o prazo contratual, a construção de uma segunda pista em Navegantes, por ausência de demanda. Contudo, a CCR Aeroportos preservará a área para construção de uma segunda pista, caso ela venha a ser necessária no longo prazo. n

INFORMATIVO DOS PORTOS / 12 It jaí
INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA

NAVIO COM 347 METROS DE COMPRIMENTO ATRACA EM ITAPOÁ E NAVEGANTES

O Porto Itapoá e a Portonave receberam em novembro o navio mais longo de suas histórias. Com 347 metros de comprimento linear, a embarcação APL Yangshan opera com a bandeira de Singapura pelo armador American President Lines. O navio tem 45,20 metros de largura e capacidade para 10.960 TEUs.

Seu trajeto compreende diversos portos asiáticos e brasileiros, em uma linha chamada SSO (Sino South America), oferecida pelos armadores PIL (Pacific International Lines), CMA CGM e Cosco. Sua última parada antes de chegar ao Brasil é em Singapura, de onde vem para Santos.

Para se ter noção da grandeza, o comprimento da embarcação equivale a 73 Ferraris, três estádios do Maracanã ou nove estátuas do Cristo Redentor. Também possui o mesmo tamanho e capacidade do APL Paris, navio que atracou em 2020 em Navegantes. Na linha, são transportadas, na exportação, carne de frango, madeira, carne suína e tabaco, e na importação, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, plástico e suas obras, têxtil e borracha.

A chegada de navios cada vez maiores é uma realidade, de acordo com o gerente de operações do Porto Itapoá, Thiago Santos. “Do ponto de vista operacional, temos condições muito boas para receber essas embarcações, graças à nossa estrutura e organização, às excelentes condições de navegação da Baía da

Babitonga e também ao alto nível da praticagem portuária que nos atende”, explica. Situado no litoral norte de Santa Catarina, o Porto Itapoá está posicionado entre as regiões mais produtivas do Brasil, contemplando importadores e exportadores de diversos segmentos empresariais.

As embarcações acima de 300 metros de comprimento já correspondem a mais de 50% da operação do terminal catarinense, incluindo operações e manobras simultâneas no canal de acesso para essas embarcações. O maior navio a atracar no Porto Itapoá até então foi em maio de 2017. O Hyundai Loyalty, com 340 metros de comprimento e 45 de largura, com capacidade de armazenamento de 8.600 TEUs. A embarcação também navega com a bandeira de Singapura e opera pelo armador Eastern Pacific Shipping Pte. Ltd.

BACIA DE EVOLUÇÃO

Para a vinda de navios maiores para Navegantes, é necessário ampliar a capacidade da bacia de evolução do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes. Atualmente, podem ser realizadas manobras de navios de até 350 metros de comprimento e 51 metros de largura. O objetivo é que, no futuro, essa capacidade amplie para embarcações de até 400 metros de comprimento por 59 metros de largura. n

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GIGANTE DOS MARES
APL Yangshan opera com a bandeira de Singapura pelo armador American President Lines. Navio tem 45,20 m de largura e capacidade para 10.960 TEUs

CONGRESSO REUNIRÁ AUTORIDADES E EXECUTIVOS DO SETOR PORTUÁRIO EM SANTOS

Serão três dias de networking, rodadas de negócios e diálogos entre os setores público e privado, além de visitas técnicas ao complexo portuário

Mais de 500 participantes inscritos, 110 empresas expositoras, 60 portos e representantes de 25 países confirmados. Esse são alguns dos números da 30ª edição do Congresso LatinoAmericano de Portos (AAPA Latino), que acontecerá de 28 a 30 de novembro, em Santos, no litoral paulista. Serão três dias intensos de networking, rodadas de negócios, diálogos entre os setores público e privado, visitas técnicas ao complexo portuário mais importante da região e um programa com mais de 50 palestrantes dedicados a rever os temas que vão mover o futuro da indústria portuária.

O AAPA Latino é um encontro anual no qual importantes autoridades e executivos do setor expõem e debatem projetos atuais e futuros da indústria portuária. Conta com uma mostra exclusiva comercial, visitas técnicas e um programa social e de network para promover os melhores negócios do segmento. A última edição foi em 2021, em Cartagena das Índias, na Colômbia.

O programa acadêmico é uma das atrações mais importantes da edição Santos 2022. Nele, especialistas de nível mundial abordarão questões atuais e contingenciais para a indústria regional e seus

próximos desafios em matéria de recuperação pós-pandemia, transformação digital e investimentos em infraestrutura. Na terça-feira, 29, por exemplo, o painel “Cenários e Previsões para o Comércio, o Transporte Marítimo e os Portos” vai analisar as tensões geopolíticas recentes, o panorama atual e as perspectivas de recuperação dos mercados. Além disso, será reeditado o clássico espaço sobre “Investimentos e Projetos Portuários na América Latina”, durante o qual os presentes revisarão os planos de investimento em infraestrutura, equipamentos e tecnologia na região; e será realizado o colóquio “Transição Energética no Transporte Marítimo”, que abordará assuntos como descarbonização, sustentabilidade e experiências em questões ambientais no setor.

Em seguida, entrará o painel “Produtividade Portuária: Experiências e Recomendações para Melhorá-la”, com apresentação de estratégias para as novas demandas do comércio internacional. Será também aberto um debate sobre o tema “Portos Fluviais e Hidrovias” e as possibilidades de integração dos territórios latino-americanos, fechando o dia com uma apresentação do Porto de Barranquilla.

INFORMATIVO DOS PORTOS / 14 AAPA LATINO

A quarta-feira, 30, começará com a sessão “Transporte Marítimo 2030: Contagem regressiva para acabar com a exclusão digital”, quando serão debatidos a boa governança do setor, o envolvimento dos atores e o uso de tecnologias inteligentes em favor dos clientes. O painel “Portos em Alerta” abordará temas relacionados com cibersegurança, terrorismo e pirataria, entre outras ameaças. A manhã contará ainda com a mesa de diálogo “CharlasdePuerto: Debates Estratégicos: Diálogo entre Terminais, Empresas de Navegação e Autoridades Portuárias”.

“Uma Nova Era para o Transporte de Cruzeiros” será a sessão que continuará com o seminário e que fará um balanço sobre a situação atual e as perspectivas do setor marítimo-turístico. A tarde prosseguirá com um painel dedicado à discussão do “Financiamento Inteligente para o Crescimento Estratégico”, que tratará sobre as opções de financiamento e investimento para os atores envolvidos. Após isso, a conferência “Soluções para a Indústria Portuária” reunirá fornecedores estratégicos e continuará a aprofundar os assuntos do setor.

Pelo segundo ano, o toque final do evento será o prêmio à Excelência na Indústria Portuária, que é concedido em aliança estratégica entre a Comissão Interamericana de Portos da Organização dos Estados Americanos (CIP/OEA) e a AAPA, para reconhecer os portos que contribuem para a prosperidade econômica e social das comunidades onde atuam.

FAN FEST

O AAPA Latino 2022 contará, pela primeira vez, com o Fan Fest, espaço para relaxamento, onde os participantes poderão seguir as alternativas do AAPA Latino e sua agenda de conferências e também desfrutar de algumas partidas da Copa do Mundo no Qatar, que estará acontecendo durante o período. Esta edição também terá os business lounges – ambientes para as empresas se relacionarem com as partes interessadas – e o Networking Point1, espaço para reuniões de negócios com o apoio de uma APP que promoverá o matchmaking entre fornecedores de serviços e clientes potenciais.

OITO VISITAS SIMULTÂNEAS

A visita técnica – um tour para conhecer a infraestrutura portuária do anfitrião – contará com oito visitas simultâneas, no dia 28 de novembro. Os participantes poderão escolher, mediante inscrição, entre uma visita fluvial ao estuário do Porto, uma visita ao Brasil Terminal Portuário (carga geral), ao Terminal Exportador de Santos, TES (granéis sólidos vegetais), ou uma visita ao Terminal LDC Juice (sucos cítricos), entre outras alternativas.

Mais informações sobre o evento podem ser encontradas pelo www.aapalatino.com n

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TEM
PRA VOCÊ, PRA NÓS!

RECEITA DA MAERSK AUMENTA 37% NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2022

Valores dos fretes atingiram o pico e começam a se normalizar, impulsionados pela diminuição da demanda e pelo alívio na cadeia de suprimentos

A receita da A.P. Moller Maersk aumentou 37% no terceiro trimestre de 2022, enquanto o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e o EBIT (lucro antes de juros e Imposto de Renda) aumentaram cerca de 60% em comparação ao terceiro trimestre de 2021, com ganhos mais altos em seus três principais negócios: marítimo, logística e serviços e terminais. O impulso contínuo na transformação estratégica, o crescimento em logística e os valores dos contratos marítimos acima do ano anterior foram os principais impulsionadores da melhoria do desempenho.

O resultado do terceiro trimestre foi outro recorde. “Este foi o 16º trimestre consecutivo com crescimento de lucro ano a ano. As tarifas de frete marítimo, que impulsionaram os resultados excepcionais que entregamos em 2022, aumentaram novamente tanto na comparação anual quanto na comparação com o segundo trimestre deste ano”, explica Soren Skou, CEO Maersk.

No entanto, segundo ele, está claro que os valores dos fretes atingiram o pico e começaram a se normalizar durante este trimestre, impulsionadas tanto pela diminuição da demanda quanto pelo alívio

do congestionamento na cadeia de suprimentos. “Conforme previsto durante todo o ano, os ganhos no setor marítimo cairão nos próximos períodos. Nosso impulso geral de transformação permaneceu muito forte à medida que continuamos a crescer rapidamente nosso negócio de logística. Pela primeira vez, a receita neste setor ultrapassou US$ 4 bilhões em um trimestre, e esperamos continuar superando o mercado de logística com base na conquista de novos clientes”, citou.

A receita do terceiro trimestre aumentou para US$ 22,8 bilhões, o EBITDA aumentou para US$ 10,9 bilhões e o EBIT, para US$ 9,5 bilhões. O lucro foi de US$ 8,9 bilhões no terceiro trimestre e US$ 24,2 bilhões nos primeiros nove meses do ano. O retorno sobre o capital investido (ROIC) foi de 66,6%. nos últimos 12 meses.

NUVENS NO HORIZONTE

“Com a guerra na Ucrânia, uma crise energética na Europa, inflação alta e uma recessão global iminente, há muitas nuvens escuras no horizonte. Isso pesa no poder de compra do consumidor que, por sua vez, afeta a demanda global de transporte e logística. Embora esperemos que uma

INFORMATIVO DOS PORTOS / 16 LUCRO EM ALTA

desaceleração da economia global leve a um mercado mais suave no marítimo, continuaremos buscando oportunidades de crescimento em logística”, pontuou o CEO.

No modal marítimo, a receita aumentou ao longo do trimestre para US$ 18 bilhões e o EBIT subiu para US$ 8,7 bilhões, principalmente por conta de valores de frete significativamente mais altos em contratos e embarques nas rotas da Ásia para a Europa e para a América do Norte, parcialmente compensadas por uma diminuição nos volumes e por maiores custos relacionados ao bunker, movimentação de contêineres e rede logística global.

Em logística e serviços, a Maersk continuou investindo em seu portfólio e capacidades. A aquisição da LF Logistics foi concluída, a aquisição pretendida do Martin Bencher Group foi anunciada e o “footprint” dos armazéns, centros de distribuição e áreas de armazenamento frio foram significativamente expandidos com 21 instalações incrementais em mercados-chave como América Latina, Europa e Índia. A receita em logística cresceu 60%, saltando para US$ 4,2 bilhões, e o EBIT aumentou para US$ 258 milhões, principalmente em função da receita adicional de aquisições e volumes maiores, em particular entre os 200 principais clientes existentes da Maersk.

Em terminais, a receita cresceu para US$ 1,1 bilhão e o EBIT aumentou para US$ 357 milhões, principalmente por conta de maiores volumes e preços, bem como a conclusão do desinvestimento da participação do terminal na Global Ports Investments, na Rússia.

SITUAÇÃO DO MERCADO

A demanda por serviços de logística foi moderada nas cadeias de suprimentos globais no terceiro trimestre de 2022. Os gargalos do lado da oferta continuaram a representar desafios, mas há sinais de redução à medida que a demanda diminui e as restrições relacionadas à Covid-19 na China diminuem. Os valores dos fretes caíram no terceiro trimestre de 2022 em relação ao trimestre anterior, pois a normalização esperada ganhou impulso ao longo do trimestre.

Estima-se que os volumes globais de contêineres tenham caído -3% ano a ano no terceiro trimestre, enquanto os volumes globais de carga aérea, medidos em toneladas de carga por quilômetro (CTKs), caíram 9% em julho/agosto. Como resultado da desaceleração da atividade econômica, espera-se que a demanda global de contêineres se contraia entre -2 e -4% em 2022. n

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DRAGAGEM PARADA DESDE 2013 TEM PRAZO DE CINCO MESES PARA SER CONCLUÍDA

Empresa Royal Van Oord terá um prazo de cinco meses para realizar a obra nos seis quilômetros do canal principal do atracadouro do Porto de Suape

A obra de dragagem do Porto de Suape será reiniciada. A interven ção, paralisada desde 2013, contará com um investimento de R$ 480 milhões, sendo R$ 340 milhões para quitação de débitos e mais R$ 140 milhões para a finalização da obra. A dragagem deve começar ainda em novembro. A boa notícia vem depois da retomada da autonomia do atracadouro e do anúncio dos novos terminais de contêineres da gigante Maersk e de minério da Bemisa. A obra é fundamental para essas novas operações.

A empresa holandesa Royal Van Oord terá um prazo de cinco meses para realizar a dragagem de seis quilômetros do canal principal do atracadouro, para aprofundamento de 20 metros em toda sua ex tensão. A obra foi interrompida depois de 85% dos trabalhos reali zados, quando o então governador Eduardo Campos não conseguiu chegar a um acordo com o governo federal, por causa de um im bróglio jurídico com a companhia europeia vencedora do certame.

A condição para o firmar o acordo internacional foi a concordância da empresa em retirar as ações judiciais no exterior, enquanto o

estado se compromete a quitar o valor com deságio. O total a ser pago pelo governo de Pernambuco somava aproximadamente R$ 782 milhões, e o acordo extrajudicial reduziu o passivo histórico para R$ 480 milhões, sendo R$ 140 milhões para finalização da obra e R$ 340 milhões para quitação da dívida com os Países Bai xos (Holanda).

O governador afirma que o fim do impasse impulsionará a economia estadual. “Essa intervenção viabiliza projetos de grande porte, que são frutos dos negócios que estamos fechando para deixar o Porto de Suape no topo da competitividade. Essa é mais uma prova do desenvolvimento econômico de Pernambuco, destaque dentro da região Nordeste e do país e da confiabilidade dos empresários que cada vez mais escolhem o nosso estado para investir”, destacou Paulo Câmara, governador de Pernambuco.

O diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão, explicou que a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) já emitiu a licença am biental para realização dos trabalhos, que devem ser iniciados de imediato. Ele também afirma que a conclusão da dragagem dará posição de destaque ao porto, com potencial para receber grandes empreendimentos num futuro próximo. “Isso sem falar na amplia ção da Refinaria Abreu e Lima, cuja movimentação atual de granéis líquidos já nos coloca na liderança nacional”, acrescentou ele. n

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PORTO DE SUAPE

PARANAGUÁ

REGISTRA ALTA DE 102% NAS EXPORTAÇÕES PELO CORREDOR LESTE

O milho foi o produto que puxou a alta. Somente em outubro, 568.739 toneladas do cereal foram exportadas, 821% a mais que as embarcadas em 2021

A exportação de grãos e farelo pelo Corredor Leste de Exportação do Porto de Paranaguá (Corex) aumentou 102,6% em outubro. No ano passado, foram 765.700 toneladas de granéis sólidos vegetais embar cados pelo complexo no mesmo mês. Em 2022, subiu para 1.551.466 toneladas. “Apesar de quase 12 dias de paralisação por conta da chu va, a produtividade alcançada nos outros 19 dias de operação foi alta, o que fez com que tivéssemos esse crescimento”, explica o diretor-pre sidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

No acumulado de janeiro a outubro, a alta registrada foi de 7,4%. No ano passado, nos dez meses, foram 14.816.811 toneladas de granéis sólidos vegetais embarcados. Neste ano, subiu para 15.913.067 to neladas. Garcia lembra que em 2021 houve quebra significativa na safra brasileira de milho e diz que, neste ano, além de um resultado melhor na lavoura, os exportadores tiveram mais oportunidade frente à lacuna deixada pela Ucrânia (em guerra com a Rússia) no mercado

internacional.

Tanto no mês quanto no acumulado do ano, o milho foi o produto que puxou a alta. Somente em outubro, 568.739 toneladas do cereal fo ram exportadas, 821% a mais que as 61.709 toneladas embarcadas pelo Corex nos mesmos 31 dias em 2021. Neste ano, 3.714.053 to neladas de milho foram embarcadas. Em 2021, no período, o volume não passou de 714.464 toneladas. A variação positiva do produto, nessa comparação, foi de quase 420%.

Dos 12 terminais interligados ao Corredor Leste de Exportação do porto paranaense, nove armazenaram e carregaram o cereal no úl timo mês de outubro. Em volume, o que mais movimentou milho, no último mês, foi o terminal Rocha, que exportou 243.055 toneladas do produto nos 30 dias. Como explica Daniel Camargo, gerente co mercial e de logística da Rocha Terminais Portuários, os fatores que impulsionaram esse total exportado foram a estrutura e o mix de clientes. “Temos quatro armazéns, sendo dois deles com divisórias, ou seja, capazes de atender até dois produtos diferentes, simulta neamente, por armazém”, diz.

Na descarga rodoviária, segundo Camargo, a empresa também opera com dois produtos simultaneamente (soja e milho), recebendo até 400 caminhões/dia. Já no modal ferroviário, a descarga chega a 250 vagões/dia. “Para os próximos três meses, outubro, novembro e de zembro, nossa expectativa é movimentar algo em torno de mais 650 mil toneladas de milho”, afirma.

OUTROS PRODUTOS

Os embarques de soja em grão pelo Corex, neste ano, já somam 8.287.044 toneladas (em 2021 foram 10.225.327 toneladas). De fa relo de soja são 3.823.563 toneladas (no ano passado, 3.843.032 toneladas). De trigo, 32.895 toneladas (eram 33.989 toneladas em 2021). Neste ano, até agosto, houve embarque de 55.513 toneladas de farelo de milho (grãos secos de destilaria). O produto não passou pelo Corex no ano passado. n

EM COMÉRCIO EXTERIOR

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D E S E M B A R A Ç O A D U A N E I R O P A R A I M P O R T A Ç Õ E S E E X P O R T A Ç O E S A S S E S S O R I A E M C O M É R C I O E X T E R I O R E L O G Í S T I C A A v . M i n i s t r o V i c t o r K o n d e r , 1 0 6 4 F a z e n d a I t a j a í / S C C E P : 8 8 3 0 1 7 0 1 ( 4 7 ) 2 1 0 4 2 0 0 0
EXPERTISE
FARELO E GRÃOS

MOVIMENTAÇÃO PORTUÁRIA BRASILEIRA CRESCE 2,1% NO 3º TRIMESTRE

DE 2022

Portos públicos registraram variação positiva no período, com avanço de 8,9%, sendo responsáveis por 114,9 milhões de toneladas transportadas

A movimentação portuária brasileira registrou crescimento de 2,1% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo trimestre de 2021. Os portos públicos e privados movimentaram 323 milhões de toneladas no período. No acumulado do ano, 905,6 milhões de tonela das passaram pelas instalações portuárias brasileiras. O resultado é 1,4% menor que o registrado em 2021 – ano recorde de movimenta ção de carga no país.

Os portos públicos registraram variação positiva no trimestre, com avanço de 8,9%, sendo responsáveis por 114,9 milhões de toneladas transportadas. Santos (SP) teve crescimento de 22,7%, mas o desta que ficou com Santarém (PA), com alta de 89%, seguido de São Sebas tião (SP), 69,1% e Suape (PE), 30,7%.

Os Terminais de Uso Privado (TUP) tiveram queda de 1,3%, tendo mo vimentado 209 milhões de toneladas entre julho e setembro. Entre os principais, o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA) registrou

queda de 5,2%. Já os terminais de Tubarão (ES) e São Sebastião (SP) movimentaram, respectivamente, 8,2% e 12% a mais do que no mes mo período de 2021. Em relação aos tipos de navegação, a de longo curso apresentou varia ção positiva de 1,4% no trimestre. Porém, o destaque continua sendo a navegação interior (pelos rios), que registrou crescimento de 25,5%. A cabotagem decresceu 0,7% no comparativo com o último ano.

Mercadorias

No terceiro trimestre, a movimentação de produtos agrícolas nos portos foi de 79,4 milhões de toneladas, o que garantiu uma alta de 14,9%. Santos, Paranaguá (PR) e Itaqui (MA) são os principais portos brasileiros de entrada e saída dessas mercadorias. O milho apresen tou crescimento de 75,7%, totalizando 26,4 milhões de toneladas mo vimentadas. O açúcar (11,7%) e o arroz (183,2%) também tiveram alta no período. A soja e adubos (fertilizantes) tiveram queda de 13,8% e 19,7%.

Em relação aos combustíveis, a movimentação de petróleo e deri vados, carvão mineral e gás de petróleo variaram negativamente no trimestre. O etanol (combustível) teve alta de 29,4%, assim como os óleos de produtos minerais, 46,2%.

A movimentação de minerais foi de 121,2 milhões de toneladas nos três meses, com crescimento de 1%. O minério de ferro, principal pro duto, decresceu 1,1%, enquanto a bauxita (26%), ferro e aço (6%) tive ram saldo positivo no período, em comparação com o mesmo trimestre de 2021.

Outro grupo de mercadorias que apresentou crescimento foi o da in dústria (3,1%). A importação e exportação de automóveis, tratores e acessórios de veículos automotivos registraram alta de 9%, 8,9% e 21%, respectivamente. O transporte de semirreboque baú também aumentou, 2,6%.

No transporte de contêineres também houve crescimento de 4,3%, totalizando 3,1 milhões de TEUsno período de julho a setembro (ou 34,3 milhões de toneladas, com crescimento de 1,8%). O aumento foi registrado na navegação de longo curso (8,1%) e na navegação interior (18,3%). A cabotagem teve queda de 2,6%. n

INFORMATIVO DOS PORTOS / 20
MERCADO EXTERNO
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SEM INVESTIMENTOS, BRASIL PODE PERDER COMPETIVIDADE NO SETOR PORTUÁRIO ATÉ 2030

Temas importantes para o segmento foram debatidos durante o IX Congresso Internacional de Desempenho Portuário (Cidesport)

Sem investimentos suficientes para acelerar e dar competitividade à economia, o setor portuário do Brasil pode deixar de ser eficiente até 2030. A afirmação é do diretor de Investimentos em Terminais da Terminal Investiment Limited (TiL), Patrício Junior, durante a palestra “Setor Portuário Brasileiro na Visão do Investidor em Terminais de Contêineres”, no IX Congresso Internacional de Desempenho Portuário (Cidesport), em Florianópolis (SC).

Durante a palestra, Patrício Junior defendeu a verticalização da economia portuária brasileira. “Abrir os portos para os investimentos fortalece toda a cadeia econômica e traz divisas”, disse o executivo. A defesa da TiL é que a ampliação da capacidade dos terminais traz mais eficiência e reduz o custo final do transporte aos usuários. O diretor afirmou ainda que a TiL está pronta para investir, atender às demandas da infraestrutura logística do Brasil e ajudar a reduzir os gargalos portuários brasileiros.

Entre os investimentos previstos pela empresa estão melhorias no cais da Portonave, em Navegantes (SC), para que passe a operar com embarcações de até 400 metros. O projeto prevê recursos de cerca de R$ 200 milhões e dois anos de prazo para conclusão a partir do começo dos trabalhos, o que deve ocorrer na metade do próximo ano.

IMPACTO SOCIAL

Além de proporcionar o crescimento do setor, os portos e terminais brasileiros estão preocupados também com o impacto social e ambiental que causam nos seus públicos de interesse. Flávia Takafashi, diretora da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), disse que a sustentabilidade é um dos quatro pilares de atuação da agência regulatória, ao lado de qualidade dos serviços, segurança jurídica e competitividade.

Segundo o professor José Baltazar Guerra, especialista em governança ambiental, social e corporativa (ESG), não existe oposição entre crescimento econômico e desenvolvimento sustentável. Ao contrário, não há hoje espaço para a inação porque o risco ambiental é verdadeiro e urgente.

Nesse mesmo sentido, o professor Sérgio Cutrim, da Universidade Federal do Maranhão, comentou que é necessário trabalhar de forma colaborativa com o ecossistema portuário e desenvolver estratégias para a descarbonização. De forma prática, ele trouxe quatro motivos para a adoção da ESG no setor portuário: organizações sustentáveis são mais lucrativas, existe uma emergência climática, é necessária a regulação no setor, e a melhora na eficiência na relação porto-cidade.

INFORMATIVO DOS PORTOS / 22 SETOR PORTUÁRIO

junto à APM Terminals o desenvolvimento de um sistema mais eficiente para a vistoria das embalagens de madeira usadas na importação de cargas. Com a utilização dos novos procedimentos, o Mapa será informado com relação às unidades que contêm madeiras (pallets, entre outros tipos de embalagens), de cinco a sete dias antes da atracação do navio por meio de sistema totalmente informatizado.

A sustentabilidade requer inovação, diz o professor Newton Narciso Pereira, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Segundo ele, o principal desafio é reduzir as emissões, incluindo ações e medidas internas e externas, envolvendo os navios e o transporte terrestre. São necessárias diretrizes de melhores práticas para portos marítimos verdes inteligentes, mostrando, como exemplo, um projeto para substituição de bunker oil em navios atracados. “A questão ambiental vem aparecendo com maior relevância para os portos do Brasil”, concluiu Newton.

PRÊMIO CIDESPORT 2022

De posse dessas informações, o Mapa informará quais contêineres deverão ser vistoriados antes do desembarque e o terminal fará o posicionamento dos contêineres, facilitando a vistoria e agilizando os processos. O sistema utiliza do até então também limitava o agendamento a determinados dias da semana, fazendo com que as vistorias fossem adiadas para o próximo dia disponível. O novo processo vai eliminar essas limitações, visando à vistoria das unidades conforme a ordem de descarga no pátio do terminal. Isso fará com que o núme ro de dias entre a descarga da unidade e a vistoria seja reduzido.

Com troféus para os portos de interesse púbico e portos e terminais privados qSCParsuem o maior número de certificações internacionais (ISO e EcoPort), o Cidesport incluiu neste ano o Prêmio Cidesport. “Esse prêmio simboliza o esforço de toda a equipe da SCPAR Porto de São Francisco do Sul, de levar a gestão a um patamar de excelência. Ao mesmo tempo, reforça isse nossa responsabilidade de manter a qualidade de nossos procedimentos”, afirmou Vladimir Arthur Fey, presidente do Porto de São Francisco do Sul. O porto ficou em terceiro lugar na categoria portos públicos.

Luiz Gustavo explica que os portos do Paraná e São Paulo até utilizam um sistema informatizado de informação, mas é menos eficiente que o acaba de entrar em operação na APM Terminals Itajaí. Depois do período de testes e ajustes do novo sistema, a intenção do Mapa é começar a utilizar em todos os terminais do Complexo Portuário do Itajaí.

“Esta foi uma das melhores edições do Cidesport. Podemos destacar o público presente, que representa o setor portuário público e privado de todo o país, além de pesquisadores de importantes instituições de ensino, desde a FURG (Universidade Federal do Rio Grande) até pesquisadores da UEMA (Universidade Estadual do Amazonas)”, avaliou o professor Ademar Dutra, coordenador geral do Cidesport.

Ainda segundo Dutra, os palestrantes e painelistas representavam os maiores portos públicos e os portos privados do país, com destaque para Patricio Junior da TiL, que no Brasil possui os terminais BTP em Santos, Portonave em Navegantes, e MultiTerminais, no Rio de Janeiro. Também participaram executivos do Porto Sudeste, Porto Itapoá,Vale e Suzano, dentre outras. n

De acordo com diretor-superintendente da APM Terminals, Aristides Russi Ju nior, um dos maiores entraves do antigo sistema era a movimentação dos con têineres para fiscalização. Na maioria das vezes, a empresa precisava fazer vários movimentos com equipamentos pesados dentro do pátio para que o contêiner fosse fiscalizado. “Com este novo sistema nosso objetivo é melhorar a experiência do cliente da APM Terminals, a eficiência dos serviços anuentes e adequação da operação, facilitando a liberação da carga em um tempo me nor”, dz Aristides. A estimativa é de que o novo método reduza o custo de arma zenagem de 40% a 50% para o importador, além do ganho de ter a mercadoria mais cedo em sua planta industrial.

O Mapa atua direta ou indiretamente em 100% das cargas de importação. Somente no ano passado foram realizadas 59 interceptações de cargas com possível presença de embalagem e ou suportes de madeira que poderiam ter algum tipo de praga. Em alguns casos, conforme a legislação, o produto pode até mesmo ser devolvido para o país de origem. n

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RANKING DO PRÊMIO CIDESPORT 2022: Portos Públicos 1º - Porto do Itaqui (MA) 2º - Porto de Suape (PE) 3º - Porto de São Francisco do Sul (SC) Terminais Privados 1º - Portonave (SC) 2º - DP World (SP) 3º - Cattalini Terminais Marítimos (PR) 4º - Porto do Açu (RJ) 5º - TGPM - Terminal de Grãos Ponta da Montanha (PA)

EXPEDIENTE

A LOGÍSTICA DAS COISAS

MAIS DE 60% DOS USUÁRIOS CLASSIFICAM RODOVIAS COMO REGULAR, RUIM OU PÉSSIMO

PUBLICAÇÃO

Perfil Editora

DIRETORA

Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br

Mais de 75% da malha rodoviária sob gestão pública apresentam algum tipo de problema, sendo classificadas como regular, ruim ou péssimo

DIRETORA ADMINISTRATIVA

Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br

JORNALISTA RESPONSÁVEL

O estado geral da malha rodoviária brasileira piorou em 2022. Dos 110.333 quilômetros avaliados na 25ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, 66% foram classificados como regular, ruim ou péssimo. Em 2021, esse percentual era de 61,8%.

Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br

A indústria mundial tem passado por transformações ao longo dos últimos séculos. A cada grande mudança pela qual a indústria passa, a história denomina de Revolução Industrial. A Internet das Coisas, que viabiliza, cada vez mais, as trocas de informações em tempo real, é uma das grandes responsáveis por essa nova revolução. Mas vale a pena destacar aqui a evolução do conceito de “fábrica inteligente”, na qual a integração em tempo real com as demandas e a flexibilidade de responder de forma ágil e eficiente marcam mais esta revolução.

MONITORAMENTO DE NAVEGAÇÃO NO COMPLEXO DO ITAJAÍ: REVOLUÇÃO NA OBTENÇÃO DE DADOS METEOCEANOGRÁFICOS

REPORTAGEM

Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Érica Amores e Luciana Zonta

FOTOS Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem

Com o objetivo de colaborar para o desenvolvimento do transporte rodoviário de cargas e de passageiros, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) avalia 100% da malha rodoviária pavimentada federal e as principais rodovias estaduais. Durante 30 dias, 22 equipes percorreram as cinco regiões do Brasil de forma a compor os resultados da pesquisa de 2022, que passa a integrar a maior série histórica de informações rodoviárias do país, realizada pela CNT desde 1995.

REVISÃO

Estamos vivendo a era da indústria e a logística tecnológica, como bem evidência a reportagem de capa desta edição da revista Informativo dos Portos. A complexidade que muitos já não conseguem mais acompanhar, que inclui sistemas de otimização, monitoramento e simulação, ainda está limitada aos projetos ou às fábricas e armazéns, mas, no cenário da Indústria 4.0, esses limites serão ampliados para a cadeia de suprimentos e acontecerá provavelmente mais uma revolução: a integração total. Definitivamente, a tecnologia faz os negócios caminharem em um ritmo inédito.

Izabel Mendes

COMERCIAL

Após implantação do SIMPORT, Itajaí avalia positivamente operações, que contam com dados em tempo real sobre as condições de navegação

Thaísa Michelle Santos comercial@informativodosportos.com.br

PROJETO GRÁFICO

Elaine Mafra |Magic Arte

DIAGRAMAÇÃO E CAPA

Trata-se do maior e mais completo acompanhamento sobre o estado geral das rodovias brasileiras. Neste levantamento, foram analisados itens como pavimento, sinalização e geometria da via, como também a existência de pontos críticos. Tais características levam em conta, respectivamente, variáveis como condições da superfície, placas e faixas de sinalização e defensas, além de elementos da via, como curvas, acostamentos, pontes e viadutos. Esses aspectos recebem classificações que vão desde ótimo e bom a regular, ruim e péssimo.

No Brasil, o mercado de Internet Industrial das Coisas movimentou US$ 1,35 bilhão em 2016, sendo que a indústria automotiva e manufatura foram as mais relevantes, de acordo com um estudo da Frost & Sullivan. Com grande potencial de transformação, especialistas estimam que esse mercado movimentará cerca de US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos, promovendo ganhos consideráveis de eficiência e produtividade, atuando também na redução de custos, consumo energético e uso de materiais.

Elaine Mafra |Magic Arte - @magicartedigital elaine@informativodosportos.com.br

Ainda temos muito a evoluir, mas existe um ambiente favorável ao fortalecimento da economia para, quem sabe, finalmente o Brasil seja o país do futuro.

PERFIL EDITORA

Em 2019, o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes ganhou adequações e melhorias na sinalização náutica, que serviram de bases para a instalação de um moderno sistema de monitoramen to meteorológico e oceanográfico do canal de acesso aos portos. O propósito da licitação aberta pela Superintendência do Porto de Itajaí na ocasião era, entre outras perspectivas, o de modernizar suas operações, além de obter dados sobre os ecossistemas de seu entorno.

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*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

Em toda a malha pesquisada, foi observada uma piora significativa na característica pavimento em relação ao resultado de 2021. A CNT identificou que 55,5% (61.311 quilômetros) da extensão encontramse em estado regular, ruim ou péssimo, um acréscimo de 3,3 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Para a sinalização, 60,7% (66.985 quilômetros) foram considerados deficientes (regular, ruim ou péssimo), enquanto para geometria da via, este valor corresponde a 63,9% (70.445 quilômetros).

Boa leitura!

Portanto, 75,3% (65.566 quilômetros) da malha rodoviária sob gestão pública apresentam algum tipo de problema, sendo classificadas como regular, ruim ou péssimo. Já entre as características analisadas, o pavimento destas rodovias apresentou a maior queda de qualidade: o percentual da classificação regular, ruim e péssimo aumentou de 59,4%, no ano passado para 62,7%, este ano.

RODOVIAS SOB GESTÃO PÚBLICA

Na comparação com o ano passado, a piora dos trechos federais e estaduais sob gestão pública chama a atenção. O estado geral na classificação ótimo e bom caiu de 28,2% para 24,7%, em 2022 — sua segunda queda consecutiva. Em 2019, o percentual era de 32,5%. Em 2020, o levantamento não foi realizado por causa pandemia de Covid-19.

Quase um ano após a implantação do SIMPORT (Sistema de Ocea nografia Operacional em Áreas Portuárias), os resultados são con siderados positivos pelo Porto de Itajaí. “O sistema tem sido muito bem utilizado pela Autoridade Portuária, Marinha e Praticagem no gerenciamento das manobras. Essa transmissão dos dados em tempo real é um excelente instrumento gerenciador de risco, por que, juntamente com batimetrias, dragagens e sinalização náuti ca, é mais um braço que vem auxiliar na segurança da navegação”, explica o engenheiro Andre Luiz Pimentel Leite da Silva Junior, di retor técnico do Porto de Itajaí.

O SIMPORT já opera com sucesso na baía da Babitonga e no Porto de Imbituba, em Santa Catarina, no Terminal Portuário de Paranaguá (TCP), no Paraná, e no Complexo do Porto-Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. Ele monitora e informa os usuários em tempo real sobre as condições meteorológicas e oceanográficas que afetam di retamente a navegação. “Monitorar essas variações tem importância fundamental no planejamento e na execução das manobras portuárias (atracação, desatracação e navegabilidade), auxiliando a praticagem local na navegação e manobras de navios”, explica o oceanógrafo Emi lio Dolichney, sócio da Acquaplan, empresa responsável pelo sistema.

RODOVIAS SOB CONCESSÃO

aSegurançaemonitoramento24h aLocalizaçãoestratégiaa8kmdaPortonave aArmazenagemdecargassoltaseconteinerizadas

Segundo o engenheiro André, anteriormente à implantação do SIM PORT, a obtenção dos dados hoje dispostos pelo sistema era diferen te. “Tudo era muito empírico: ligava-se para o navio para saber como estava o tempo lá fora, a correnteza era medida pela praticagem, mas hoje gerenciamos a abertura e o fechamento de barra com dados téc nicos mais precisos e com maior agilidade, tendo certeza de que as condições ambientais estão propícias para a realização das manobras com segurança”.

Em contrapartida, os resultados da avaliação do estado geral das rodovias concedidas apontam que 69% dos 23.238 quilômetros pesquisados são classificados como ótimo ou bom, 25,8% (5.988 quilômetros), regular, e apenas 5,2% (1.209 quilômetros), ruim ou péssimo. O cenário é diferente porque, tradicionalmente, há maior investimento feito pelas concessionárias em relação às aplicações realizadas pelo setor público. Porém, assim como os trechos sob gestão

www.flarmazenagem.com.br - BR 470 - km 7 - Volta Grande - Navegantes/SC - (47) 3319-6400

INFORMATIVO DOS PORTOS / 24 INFORMATIVO DOS PORTOS / 26 INFORMATIVO DOS PORTOS /
NOVOS TEMPOS indústria logística tecnológica 20 18
SIMPORT TRANSPORTE RODOVIÁRIO

REFORÇO NA FROTA

Para batizar o “Aliança Levante”, a companhia escolheu Rosilene Carvalho de Sen na como madrinha. Rosi, como é carinhosamente chamada por todos, ingressou na Aliança em 1986 como programadora. Passou pelos departamentos Finan ceiro, Documentação e Controladoria, até chegar à gerência da área de Recursos Humanos, na qual atua desde 2012. Para celebrar o momento, ela foi à cerimônia acompanhada do marido, Luís, e dos filhos Lucas e Clara. g

pública, em 2022, as rodovias sob responsabilidade da iniciativa privada também não escaparam da piora. Em 2021, o estado geral ótimo ou bom destas rodovias era de 74,2% — ou seja, o índice apresentou queda de 5,2 pontos percentuais.

Estes resultados são desfavoráveis aos transportadores e aos demais usuários, visto que circular em rodovias em condições inadequadas pode trazer graves riscos à segurança, além de custos adicionais de operação, como manutenção frequente do veículo e aumento do tempo de viagem e do consumo de combustível. Empresas do transporte rodoviário de cargas podem ter um acréscimo de, em média, 33,1% no custo operacional que teriam caso as rodovias estivessem em estado ótimo.

Essas condições inadequadas ocasionam, ainda, danos ambientais e à saúde, pois propiciam o aumento de emissões de gases de efeito estufa. Além disso, representam um custo de, aproximadamente, R$ 4,89 bilhões para os transportadores de cargas e de passageiros no Brasil, uma vez que se estima um consumo adicional e desnecessário de 1,072 bilhão de litros de diesel. Assim, os resultados da Pesquisa CNT de Rodovias 2022 demonstram a urgência de estruturação de ações voltadas à melhoria das rodovias brasileiras.

RODOVIA DUPLICADA E LIBERADA

Um total de 11,3 quilômetros na BR-116/RS, entre os municípios de Barra do Ribeiro e Tapes (km 340,145 ao km 351,500), teve o tráfego liberado. Ao todo, o projeto, executado pelo Exército, já tem 147,8 quilômetros de rodovia duplicada, entre Guaíba e Pelotas. A liberação dos lotes 1 e 2 totalizam 78,3% dos serviços executados e as obras de duplicação da rodovia estão em operação desde agosto de 2019. Isso representa 70% dos 211,2 quilômetros em obra.

As obras da principal via de acesso ao sul do estado e ao Porto de Rio Grande, que é considerado corredor de escoamento de produção entre o Brasil e o Mercosul, trarão mais segurança, conforto e organização nas cidades da região. Além da duplicação, serão feitas melhorias como travessias urbanas, ruas laterais, retornos operacionais, viadutos, passarelas e pontes.

Já a BR-376/PR, conhecida como “Rodovia do Café”, teve os seis últimos viadutos do Contorno Norte de Maringá (CNM) concluídos e liberados ao

trânsito. Por meio de um investimento de R$ 24,9 milhões do governo federal, as estruturas agora acomodam duas faixas de tráfego e passagem para pedestres.

O NOME LEVANTE

Foram realizados serviços de terraplenagem dos encontros dos viadutos, drenagem, pavimentação, sinalização, dispositivos de segurança, instalação de sistemas de controle de tráfego sub-base e drenagem, além de proteção ao meio ambiente. Os viadutos irão possibilitar a duplicação de sete vias urbanas de transposição do contorno, oferecendo maior fluidez e segurança à população de Maringá no tráfego urbano local.

O “Levante é uma homenagem a um tipo de vento que sopra do leste, próprio das ilhas Baleares, um arquipélago do Mediterrâneo ocidental, e do sudeste da Península Ibérica. Caracteriza-se por ser úmido e suave. Além do “Aliança Levante, outros quatro rebocadores já foram batizados. São eles: “Aliança Minuano”, “Aliança Aracati”, “Aliança Pampeiro” e “Aliança Mistral”.

A BR-376/PR é a principal ligação rodoviária do Mato Grosso do Sul ao litoral paranaense e catarinense. É fundamental para o escoamento da produção agrícola – em especial o café –pecuária e indústria dos estados. Além disso, é uma importante rodovia para o turismo, já que liga a região norte e noroeste do Paraná à capital e ao litoral.n

www.informativodosportos.com.br 25 INFORMATIVO DOS PORTOS / 22 A MELHOR OPÇÃO EM LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS RODOVIÁRIOS 650 EQUIPAMENTOS EM QUATRO CATEGORIAS NA LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS RODOVIÁRIOS 40 ANOS DE TRADIÇÃO PORTA-CONTÊINERES FURGÕES BAÚS CARRETAS PRANCHAS REBAIXADAS MATRIZ SANTOS/SP: (13)3023-6161 - (13)99631-4327 FILIAL ITAJAÍ/SC: contato@mesquitaloc.com.br www.mesquitaloc.com.br
CONDIÇÕES INADEQUADAS DAS RODOVIAS TAMBÉM OCASIONAM DANOS AMBIENTAIS E À SAÚDE, POIS PROPICIAM O AUMENTO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA. ALÉM DISSO, REPRESENTAM UM CUSTO DE, APROXIMADAMENTE, R$ 4,89 BILHÕES PARA OS TRANSPORTADORES DE CARGAS E DE PASSAGEIROS NO BRASIL

EMPRESA DE LOGÍSTICA LANÇA BOLÃO DE PALPITES GRATUITO QUE LEVA A UM DOS PAÍSES DA COPA 2026

“Torcedor Allog” nasceu de um hábito bastante comum no Brasil entre amigos: o de dar palpites sobre os resultados dos jogos da Copa em bolões informais

Um divertido exercício de palpites em torno dos jogos da Copa do Catar irá premiar com duas viagens internacionais quem mais acertar resultados e placares do Mundial de 2022. Organizada pelo Grupo Allog – empresa de logística internacional com atuação em todo o país – a ação Torcedor Allog chega à sua terceira edição com o objetivo de engajar fãs do futebol e da seleção brasileira ao redor do mundo: os primeiros colocados nas duas categorias (clientes e ranking geral) ganharão uma viagem a um dos países da Copa de 2026 (Canadá, Estados Unidos ou México).

O formato de participação é simples, gratuito e aberto a qualquer pessoa acima de 10 anos de idade. Através da plataforma www. torcedorallog.com.br, basta dar palpites e tentar acertar o maior número de placares, cartões amarelos e vermelhos de cada uma das partidas do Mundial. Quem acumular o maior número de pon tos em cada categoria ganha a viagem.

Ao longo da competição, os participantes também concorrerão a janta res, kits de vinho, cervejas, entre outros brindes. Por meio dos pontos obtidos, o usuário ainda poderá trocar seus pontos por mais de 300 brindes, incluindo fones de ouvido, squeezes, bolsas térmicas e copos eco na loja resgate inserida o site da ação. Com a proposta de presti giar e valorizar o cliente Allog, a ação oportuniza duas chances para o cliente Allog ganhar: tanto no ranking cliente quanto no ranking geral, caso a pontuação se iguale a de algum participante geral.

COMO PARTICIPAR

Qualquer pessoa com idade acima de 10 anos já pode se inscre ver no site www.torcedorallog.br, onde é possível se cadastrar e conhecer o regulamento completo. No momento da inscrição é ne cessário informar se é cliente Allog ou público geral, de forma a identificar a categoria participante na ação. Os palpites sobre os jogos já estão abertos no site.

A ação ainda oportuniza uma forma alternativa de ganhar prêmios – o chance extra. Todos os dias, salvo exceções, o chance extra aparecerá atrelado a determinado jogo, sempre com uma pergun ta a ser respondida. Para garantir a participação, basta registrar o palpite do jogo e também responder à pergunta (que se encerra 10 minutos antes do início da partida).

Silvia Cantelli, coordenadora de Marketing do Grupo Allog, explica que o Torcedor Allog nasceu de um hábito bastante comum no Bra sil, entre amigos e famílias: o de dar palpites sobre os resultados dos jogos da Copa em bolões informais. “Queremos engajar o pú blico em uma divertida brincadeira envolvendo este momento tão especial que une nações dos quatro cantos do mundo em torno do esporte. Estes países possuem relação comercial com o Brasil e ajudam a movimentar o comércio internacional, que é o business da Allog”, destaca Silvia. n

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RELACIONAMENTO COM O MERCADO

Suplemento AGRO NEWS

Responsável por agregar valor ao produto originário do campo, a agroindústria é uma das parcelas mais importantes da economia brasileira. O crescimento do setor tem feito a diferença dentro e fora do Brasil, expandindo fronteiras e gerando negócios internacionais

Suplemento AGRO NEWS

Região do Vale do São Francisco conquista indicação geográfica de vinhos tropicais

Indicação foi concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI) e se baseia em requisitos equivalentes aos da União Europeia

A região produtora do Vale do São Francisco, no sertão nordestino, con quistou a Indicação Geográfica de Vinhos Tropicais. A certificação é fruto de um esforço de 20 anos e contempla os vinhos finos produzidos na loca lidade por sete vinícolas. A demora nessa conquista deve-se exatamente ao ineditismo de se produzir vinhos finos em zonas tropicais secas.

A indicação foi concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Intelec tual (INPI). Ela se baseia em requisitos equivalentes aos da União Europeia e resulta da demanda feita pelo Instituto do Vinho do Vale do São Francis co (Vinhovasf).

Com o selo, os produtores do Vale tendem a dar um saldo na valorização de seus produtos, atingindo novos mercados. “O consumidor terá garantia de que está consumindo um produto realmente diferente, bom e adequa do. E isso gera compromissos de nossos produtores com o cumprimento de normas e regras para lançar no mercado produtos que tenham as ca racterísticas conferidas à região”, destaca o presidente da associação de produtores de vinhos da região, a Vinhovasf, José Gualberto de Almeida.

Gualberto diz que o acompanhamento será rigoroso e será feito pelo Ins tituto do Vinho. “O fato de se ter uma Indicação Geográfica não implica que todo vinho produzido no Vale receberá o selo. Os vinhos precisam ser aprovados sob vários critérios”, sustenta o empresário.

DENOMINAÇÃO DE ORIGEM

Mais estudos devem ser feitos para se chegar à Denominação de Origem, que confere qualidades, características que só os vinhos da localidade possuem. O Vale dos Vinhedos levou 15 anos para conseguir dar esse se gundo passo “Temos muito a consolidar, como consolidamos a produção de uvas finas. É uma região que tem muito a dar. Mas é desconhecida, faltam pesquisas para entendê-la melhor. Não só acadêmicas, mas para o setor produtivo. Não há lugar igual no mundo que possamos copiar”, diz.

O empresário entende que o poder público precisa estar presente no su porte às pesquisas. “Estamos no Semiárido e dependemos de irrigação, que é um processo caro, exige recursos de longo prazo. O setor privado ainda é pequeno, a capacidade de investimentos é limitada”.

HISTÓRIA

O Polo Vitivinícola do Vale do São Francisco remonta à década de 1970. Com 3.100 horas de sol ao ano e graças à irrigação, é a única região no mundo a produzir três colheitas por ano e a elaborar vinhos de janeiro

a dezembro. Dali saem vinhos jovens, leves, frutados e aromáticos. Mas também são produzidos vinhos de guarda e mesmo vinhos nobres, com colheitas de uvas em períodos específicos do ano.

A vinícolas Adega Bianchetti Tedesco (Bianchetti), Vinum Sancti Be nedictus (VSB), Terranova (Miolo), Terroir do São Francisco (Garziera), Vinícola do Vale do São Francisco (Botticelli), Mandacarú (Cereus ja macaru), e as vitivinícolas Quintas de São Braz (São Braz) e Santa Ma ria/Global Wines (Rio Sol), todas na região do Vale do São Francisco, lançam no mercado anualmente 5 milhões de litros de vinhos finos. Muitos são exportados e obtiveram premiações em concursos nacio nais e internacionais, a exemplo da Grande Prova Vinhos do Brasil e do Concurso Mundial de Bruxelas. n

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Vendas externas devem chegar a 2 milhões de toneladas em 2022

Segundo dados da Abiarroz, somente em outubro deste ano, as vendas externas de arroz atingiram 388,7 mil toneladas, o maior volume mensal do ano

De janeiro a outubro deste ano as exportações brasileiras de arroz totalizaram 1,68 milhões de toneladas, com receita de US$ 516,3 milhões, segundo dados do Ministério da Economia. Em igual pe ríodo de 2021, as vendas externas do produto somaram 955,3 mil toneladas, com faturamento de US$ 306 milhões. A previsão da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) é de que até o final do ano as exportações do cereal alcancem 2 milhões de toneladas.

Ainda segundo a Abiarroz, somente em outubro deste ano, as ven das externas de arroz atingiram 388,7 mil toneladas, o maior volu me mensal do ano, com receita de US$ 122,5 milhões. No mesmo mês do ano passado, os embarques foram de 137,9 mil toneladas, representando US$ 43 milhões. “Se mantivermos o ritmo dos úl timos meses, as exportações de arroz seguramente chegarão a 2 milhões de toneladas no fechamento do ano”, reforça o diretor de Assuntos Internacionais da Abiarroz, Gustavo Trevisan.

“O bom desempenho das vendas externas neste ano mostra o reco nhecimento da qualidade do nosso arroz e da eficiência da nossa indústria arrozeira, uma das mais modernas do mundo”, pontua o dirigente da entidade. Entretanto, para o arroz beneficiado, ainda é necessário um esforço maior para abrir novos mercados, como é o caso do México, assinala.

Trevisan cita ainda outro impulsionador do protagonismo global do arroz nacional: o projeto Brazilian Rice, desenvolvido em parceria pela Abiarroz e a ApexBrasil. “As ações de promoção internacional do projeto têm trazido resultados muito positivos, além de capaci

EMBARQUES DO PRODUTO

Gerente de Exportação da Abiarroz, Carolina Matos destaca as vendas externas de arroz beneficiado, de maior valor agregado. De acordo com ela, os embarques do produto atingiram 448,3 mil toneladas, o equivalente a US$ 153,7 milhões, de janeiro a outu bro deste ano. Os principais destinos do produto foram Espanha, Portugal, Arábia Saudita, EUA, Peru, Bolívia, Venezuela, Trinidad e Tobago, Angola e Curaçao.

Em outubro, as importações de arroz (base casca) totalizaram 96,1 mil toneladas, representando US$ 28,2 milhões. De janeiro a ou tubro, as compras brasileiras do cereal alcançaram 1 milhão de toneladas, o equivalente a US$ 294,2 milhões. n

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tar novas indústrias e cooperativas para a exportação.”

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Linha de equipamentos da AGI garante segurança da operação de carga

Empresa tem parceria com unidades para fornecer sistema de monitoramento digital em toda a operação e para todos os tamanhos de instalações

Um novo momento de preocupação com a segurança nas unidades de recebimento e processamento de grãos e instalações de com modities a granel em todo o mundo tem reforçado a importância de equipamentos de qualidade na movimentação de produtos. Com a implementação de novas políticas, procedimentos e equipamentos de proteção, uma coisa é clara: a segurança da equipe é prioridade máxima.

A linha de equipamentos CMC da AGI se concentrou na segurança como sua missão fundadora em 1997 para proteger a vida huma na e o patrimônio. A AGI tem parceria com unidades e gerentes de instalações para fornecer um sistema de monitoramento digital em toda a operação e para todos os tamanhos de instalações, desde unidades nível fazenda até os principais terminais de exportação.

A rede de sensores intrinsecamente seguros (IS) da CMC da AGI é um recurso chave de design que diferencia e permite a operação segura de equipamentos elétricos em áreas perigosas, garantindo que a energia elétrica e térmica disponível no sistema seja sempre

baixa o suficiente para que a ignição da atmosfera perigosa não possa ocorrer. Um dos principais benefícios da rede IS é que os operadores de primeiro nível possam executar a manutenção bá sica no sistema sem a necessidade de habilidades ou ferramentas especializadas, o que, por sua vez, reduz bastante o custo de des pesas operacionais (Opex) da solução de monitoramento CMC.

A rede CMC da AGI se integra perfeitamente ao equipamento de manuseio de materiais, como elevadores e transportadores de cor reia. Ela monitora a temperatura dos mancais, o desalinhamento da correia e a velocidade do transportador, enviando atualizações em tempo real para o centro de controle.

MODELOS

O EZS128 é uma opção de controlador independente para instala ções de pequeno a médio porte e o WS2-HM é a solução ideal para integração com a automação da unidade existente, permitindo que

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Apoio da Federação

Em recente visita às instalações da Pasa, em Paranaguá, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Carlos Valter Mar tins Pedro, reafirmou seu apoio à indústria, destacando o apoio ao setor portuário.

até 256 sensores sejam monitorados em toda a sua instalação com uma única conexão de cabo ethernet. Esses controladores EZSentinel são totalmente compatíveis com praticamente qualquer equipamento encontrado em uma unidade de grãos. As interfaces intuitivas do operador fornecem um fluxo de informações em tempo real e alarmes de condição de falha. Os controles e o intertravamento dos equipamentos são totalmente programáveis.

“Não sabia que tínhamos índices de produtividade tão expressivos no Por to de Paranaguá. Acredito que temos a responsabilidade de disseminar es sas informações para a mentalização do industrial paranaense em relação ao valor do nosso porto. Eu fiquei pessoalmente impressionado com a sua eficácia. Isso nos motiva a valorar os investimentos que estão sendo feitos em relação à indústria do Paraná. A atividade portuária está na pauta da Fiep”, considerou o presidente da Federação.

Os sensores de temperatura de mancal CMC AGI são montados diretamente na caixa do mancal e detectam a temperatura da graxa para aviso prévio de um rolamento super aquecido. Os sensores de desalinhamento tipo placa de atrito rastreiam anomalias de alinhamento na correia e na polia para fornecer um aviso antecipado de um problema iminente de alinhamento da correia. Os sensores de velocidade são montados diretamente na polia traseira, e esses sensores alertam o operador fornecendo um alarme e desligamento do equi pamento com base na velocidade normal de operação da máquina. O sensor de embuchamento por diafragma alerta imediatamente quando um fluxo de produto está bloqueado, permitindo o corte de funcionamento do equipamento para evitar situações perigosas.

Segundo Paulo Meneguetti a expectativa é grande junto à atual gestão da Fiep porque houve uma dinâmica na Federação consoante à retomada de crescimento nacional. “Entre as forças de defesa da indústria, a Fiep é uma trincheira muito importante para o setor industrial do Paraná. Nos cabe apresentar as demandas e buscar apoio para nossas necessidades, seja nas reformas em andamento, como a trabalhista, a fiscal ou a tributá ria. O Brasil precisa ser passado à limpo e a Fiep tem poder para centrali zar esse debate no Paraná”, frisou Meneguetti. n

O sistema expansível também oferece recursos sem fio para quando o aplica tivo exige isso em equipamentos como trippers móveis e transportadores de carregamento de navios.

As soluções de monitoramento CMC da AGI não só protegem as pessoas e equipamentos, como também protegem a eficiência e os lucros do processo. Com a capacidade de monitoramento do desempenho operacional em um nível de componente, os centros de controle recebem aviso antecipado de falhas iminentes que podem desligar equipamentos vitais em momentos críticos. As soluções CMC da AGI permitem ainda um sistema prático para manutenção preditiva, permitindo a manutenção ou substituição de componentes durante períodos de inatividade programados, ou intervalos de manutenção.

Para mais informações sobre equipamentos e projetos, entre em contato pelo e-mail vendas@aggrowth.com ou no telefone (51) 993505599. Visite o site www.aggrowth.com/pt-br. n

A Pasa é especializada na movimentação e embarque de granéis sólidos. Nossa empresa encontra-se preparada para atender à crescente demanda da exportação de granéis sólidos, originados do Paraná, como também de outros estados, executando as atividades com a mais alta tecnologia de infraestrutura portuária, segurança e responsabilidade socioambiental.

Av. Bento Rocha, 67, Bairro D. Pedro II Paranaguá/PR - Fone: (41) 3420-5700

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AS SOLUÇÕES CMC DA AGI PERMITEM AINDA UM SISTEMA PRÁTICO PARA MANUTENÇÃO PREDITIVA, PERMITINDO A MANUTENÇÃO OU SUBSTITUIÇÃO DE COMPONENTES DURANTE PERÍODOS DE INATIVIDADE PROGRAMADOS, OU INTERVALOS DE MANUTENÇÃO.
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