Guia de História Natural do Rio de Janeiro | Amostra

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GUIA DE HISTÓRIA NATURAL DO RIO DE JANEIRO


GUIA DE HISTÓRIA NATURAL DO RIO DE JANEIRO ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO EDITORIAL MV SERRA MARIA TERESA F SERRA TEXTOS ANDRÉ LUIZ FERRARI CARLOS ROBERTO RABAÇA CLAUDIO BELMONTE DE ATHAYDE BOHRER FÁBIO DE FRANÇA MOREIRA FABRICIO ESCARLATE-TAVARES GUILHERME BORGES FERNANDEZ JORGE LUIZ FERNANDES DE OLIVEIRA MARIA TERESA F SERRA MV SERRA PATRÍCIA MOREIRA MENDONÇA E SILVA RAFAEL DA ROCHA FORTES VALÉRIA GOMES VELOSO REALIZAÇÃO INSTITUTO CULTURAL CIDADE VIVA EDITORA CIDADE VIVA DIREÇÃO EXECUTIVA FERNANDO PORTELLA PRODUÇÃO EXECUTIVA FRANCIS MISZPUTEN

FOTO RICARDO ZERRENNER / CORES DO RIO

INTRODUÇÃO Copacabana, Ipanema e Leblon, com as favelas Pavão, Pavãozinho e Cantagalo à direita e o Morro Dois Irmãos e a Pedra da Gávea ao fundo. FOTO RICARDO ZERRENNER / CORES DO RIO

PARTE 1: AMBIENTE FÍSICO O Pão de Acúcar e o Morro da Urca ao entardecer. FOTO RICARDO ZERRENNER / CORES DO RIO

SUPERVISÃO JOEL GHIVELDER ASSESSORIA DE PRODUÇÃO CAROL BANDEIRA PESQUISA ICONOGRÁFICA MICHELLE VIDAL REVISÃO DE TEXTO MICHAEL YORK ZUR NEDDEN

PARTE 2: ECOSSISTEMAS Baía de Sepetiba, com o costão da Ilha de Jaguanum (à direita) e a Ilha Bicho Grande ao fundo. FOTO RICARDO ZERRENNER / CORES DO RIO

PARTE 3: BIOTA Revoada de pássaros sobre a Ilha da Pombeba na Baía de Sepetiba.

COORDENAÇÃO GRÁFICA EG.DESIGN DIREÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁFICO EVELYN GRUMACH DIAGRAMAÇÃO E SUPERVISÃO DE PRODUÇÃO EVELYN GRUMACH TATIANA BURATTA ILUSTRAÇÕES GUSTAVO MARIGO E RENATO CARVALHO TRATAMENTO DE IMAGEM TRIOSTUDIO IMPRESSÃO IPSIS GRÁFICA E EDITORA SUPERVISÃO DO PROJETO – INSTITUTO LIGHT LUIZ OTÁVIO ZIZA MOTA VALADARES OSCAR GUERRA PAULO BICALHO KARINA HOWLETT MARTIN ROSALVA ALMEIDA RANTI MÁXIMO PATROCÍNIO LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A. JERSON KELMAN, PRESIDENTE GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO / SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA LEI ESTADUAL DE INCENTIVO À CULTURA MAIO 2012 REALIZAÇÃO

FALSO ROSTO Entrada da Baía de Guanabara, em destaque o Corcovado, Botafogo e Praia Vermelha e, ao fundo, a praia de Itaipu em Niterói.

PATROCÍNIO

FOTO RICARDO ZERRENNER / CORES DO RIO

PARTE 4: CONSERVAÇÃO DE ECOSSISTEMAS Manguezal protegido pela Reserva Biológica de Guaratiba. FOTO RICARDO ZERRENNER / CORES DO RIO

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS Costão rochoso da Ilha de Itacuruçá na Baía de Sepetiba. FOTO RICARDO ZERRENNER / CORES DO RIO

FECHAMENTO Enseada de Botafogo, com o Pão de Açúcar, a entrada da Baía de Guanabara e, ao fundo, as praias de Niterói. FOTO RICARDO ZERRENNER / CORES DO RIO


GUIA DE HISTÓRIA NATURAL DO RIO DE JANEIRO ORGANIZAÇÃO > MV SERRA E MARIA TERESA F SERRA

TEXTOS ANDRÉ LUIZ FERRARI CARLOS ROBERTO RABAÇA CLAUDIO BELMONTE DE ATHAYDE BOHRER FÁBIO DE FRANÇA MOREIRA FABRICIO ESCARLATE-TAVARES GUILHERME BORGES FERNANDEZ JORGE LUIZ FERNANDES DE OLIVEIRA MARIA TERESA F SERRA MV SERRA PATRÍCIA MOREIRA MENDONÇA E SILVA RAFAEL DA ROCHA FORTES VALÉRIA GOMES VELOSO DESIGN EVELYN GRUMACH


ABERTURA

Charles Darwin chegou ao Rio de Janeiro em 4 de abril de 1832, a bordo do Beagle. Tinha 23 anos de idade. Permaneceu na cidade por exatos três meses, ao longo dos quais fez interessantes anotações em seu diário. Algumas registram o deslumbramento do jovem Darwin com a paisagem do Rio de Janeiro1: “Fiz uma longa caminhada para observar a geologia de algumas montanhas que cercam a região. Após passar algum tempo em veredas sombreadas por cercas vivas de mimosas, peguei um desvio por uma trilha rumo à floresta... A uma altura de 500 ou 600 pés, pude admirar uma dessas vistas esplêndidas que talvez possam ser contempladas de cada canto do Rio. Nessa elevação, a paisagem atingiu seu tom mais brilhante. Não sei que epíteto tal cena merece: bonito é modesto demais. Cada forma, cada cor é um exagero completo do que já se viu antes.” Em outras passagens, Darwin descreve áreas de difícil ocupação urbana. Algumas das mazelas que ele viu atormentam ainda hoje os moradores e as autoridades: “Cavalguei até a capela de Nossa Senhora da Penha, uma das atrações da região. A estrada passava pela parte norte e de trás da cidade, que cobre um espaço muito maior do que eu havia imaginado. Os subúrbios são imundos e cercados por pântanos cobertos de mangue. A maré os invade ocasionalmente, e isso basta para causar uma putrefação contínua da matéria vegetal e animal, muito perceptível para o nariz.”

1 O DIÁRIO DO BEAGLE DE DARWIN (1831- 1836) HTTP://WWW. CASADACIENCIA.UFRJ.BR/CAMINHOSDEDARWIN/DOWNLOADS/ DIARIO_DARWIN_RIO.PDF


No geral, Darwin gostou de sua estadia no Rio: “No conjunto, estou razoavelmente contente com o que fiz no Rio em matéria de história natural. Vários ramos importantes foram descartados: a geologia daqui não é interessante, a botânica e a ornitologia já são muito bem conhecidas e o mar é totalmente improdutivo, com exceção de um lugar na enseada de Botafogo. Com isso, limitei-me às classes inferiores que habitam as terras secas ou a água doce. O número de espécies de aranhas que coletei é enorme. O tempo durante essas onze semanas passou tão deliciosamente que meus sentimentos ao sair de Botafogo são de tristeza e gratidão.” Passados 180 anos dessas anotações, a Light tem orgulho de patrocinar um livro que, ao estilo de Darwin, apresenta um retrato do Rio, com foco no meio ambiente. Diversos temas que o jovem Darwin julgou desinteressantes, sob o ponto de vista do avanço da ciência em sua época, são apresentados com um novo olhar, indiscutivelmente interessante. Particularmente para um universo eclético de leitores, formado por leigos e especialistas. Ao patrocinar projetos culturais, a Light acompanha e incentiva o conhecimento e o desenvolvimento econômico e social de sua área de concessão. É um compromisso com o passado, o presente e o futuro do Rio de Janeiro.

Jerson Kelman Diretor-Presidente da Light S.A.



SUMÁRIO Apresentação > MV Serra e Maria Teresa F Serra

8

INTRODUÇÃO

10 Região Metropolitana do Rio de Janeiro: expansão urbana e meio ambiente > MV Serra e Maria Teresa F Serra

PARTE 1 Ambiente físico 50 Geologia > André Luiz Ferrari 52 Geomorfologia > Guilherme Borges Fernandez Clima > Jorge Luiz Fernandes de Oliveira 84 Céu > Carlos Roberto Rabaça 98

12

76

PARTE 2 Ecossistemas 130 Conceitos > Claudio Belmonte de Athayde Bohrer 132 Mata Atlântica e formações associadas > Claudio Belmonte de Athayde Bohrer Rios, lagoas e lagos > Claudio Belmonte de Athayde Bohrer 158 Costa > Valéria Gomes Veloso e Rafael da Rocha Fortes 174 PARTE 3

Biota

138

204

Conceitos > Fabricio Escarlate-Tavares 206 Flora > Fábio de França Moreira 212 Fauna > Fabricio Escarlate-Tavares 228

PARTE 4

Conservação de ecossistemas 252 Conservação de ecossistemas > Claudio Belmonte de Athayde Bohrer e Patrícia Moreira 254 Mendonça e Silva Indicações bibliográficas > Autores > 280

274

PERIQUITO VERDE OU MARITACA (BROTOGERIS CHIRIRI). FOTO FABRICIO ESCARLATE-TAVARES


APRESENTAÇÃO Não há quem fique indiferente à natureza no Rio de Janeiro. Para moradores de longo prazo, a paisagem se oferece à fruição permanente. Para visitantes novos, aparece como fonte de surpresas. E, no entanto, a curiosidade quanto às razões, mecanismos e leis que fazem esta paisagem ser como é, e não de outra maneira, quando despertada no observador, provavelmente ficará sem resposta. As imensas escarpas que marcam a costa do Rio de Janeiro (o Pão de Açúcar sendo seu sentinela-mor), além de servir de referência da geografia carioca, guardam, por exemplo, a memória de lentíssimos e complexos processos geológicos. Igualmente, o mar e a costa, presenças envolventes na vida do carioca, apresentam uma complexa dinâmica, compartimentos distintos e uma notável diversidade de flora e fauna que escapam à observação passageira. A ideia que preside a elaboração deste Guia de História Natural é a de que o encantamento com a natureza do Rio de Janeiro, sua valorização e conservação, só têm a ganhar com uma compreensão mais aprofundada dos fatos e da lógica que a governam.

*** O Guia de História Natural do Rio de Janeiro resulta de uma longa colaboração entre os organizadores e os autores dos capítulos aqui apresentados. Tem sua origem na organização, pelo Instituto Light, de uma série de cursos para técnicos do setor elétrico. Levados a cabo ao longo de 2007 e 2008, os cursos consistiram em uma introdução às disciplinas abordadas, tendo como referência a Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Em sequência, deu-se inicio à preparação dos textos que constam deste Guia, estruturados em cinco partes. Na Introdução, faz-se uma apresentação da Região Metropolitana do Rio de Janeiro em termos de sua evolução demográfica, econômica e urbanística, destacando as principais repercussões ambientais destes processos e formando um pano de fundo para os capítulos subsequentes. A Parte 1, Ambiente físico, é composta de quatro ensaios cobrindo os temas: geologia, geomorfologia, clima e céu. A Parte 2, Ecossistemas, além de uma introdução em que se abordam conceitos gerais , apresenta três recortes: Mata Atlântica e formações associadas, o ambiente aquático continental (rios, lagoas e lagos), e o ambiente costeiro. Na Parte 3, Biota, apresentam-se conceitos gerais, tratando em seguida da flora


e da fauna da região. Por fim, a Parte 4 aborda a conservação de ecossistemas. Os autores são profissionais atuantes nos campos urbano e ambiental, e professores e pesquisadores, vinculados a centros acadêmicos e de gestão ambiental como a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e o Observatório Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

*** São importantes algumas ressalvas. Nenhum dos temas aqui abordados se esgota nos limites de um território definido por critérios político-administrativos. Os processos aqui tratados são, em sua maioria, muito mais amplos que o território da região metropolitana, alguns ocorrendo, até mesmo, em escala hemisférica ou global. No entanto, a intercessão do conjunto desses fenômenos no território do Rio de Janeiro adquire especificidade que, além do mais, é acentuada pelos impactos de uma forte presença humana na região ao longo do tempo. Igualmente, o uso do termo História Natural merece qualificação por seu sabor algo arcaico. A denominação hoje é utilizada apenas na designação de alguns grandes museus ou na de sociedades que reúnem estudiosos da natureza, geralmente aficionados não acadêmicos. Ora, este Guia se dirige exatamente a um público de não especialistas, mas curioso, bem informado e que, sobretudo, tem prazer em observar os fenômenos da natureza na sua complexidade. Os impactos da ação humana na Região Metropolitana do Rio de Janeiro são abordados, de maneira indicativa e seletiva, no capítulo introdutório. O Guia não trata das medidas preventivas, mitigadoras ou compensatórias que estes impactos requerem. A literatura de relatórios de impacto ambiental e as avaliações do estado do ambiente, preparados por proponentes de obras de infraestrutura, instalações industriais e outras, ou pelos órgãos de gestão ambiental, merece tratamento mais detalhado e exaustivo do que cabe aqui. Este Guia é dedicado a três pioneiros estudiosos do Rio de Janeiro: Alberto Ribeiro Lamego, Affonso Varzea e Armando Magalhães Corrêa.

MV Serra Maria Teresa F Serra MAIO DE 2012



INTRODUÇÃO


REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO: EXPANSÃO URBANA E MEIO AMBIENTE MV Serra e Maria Teresa F Serra

Varre-Sai Porciúncula Natividade Bom Jesus de Laje de Muriaé Itaperuna Itabapoana

Região Metropolitana Limite Municipal

Miracema

São José de Ubá

Sede do Município

Italva Santo Antônio de Pádua Aperibé

Com. Levy Gasparian Rio das Flores Valença Itatiaia

Quatis Porto Real Resende

Volta Redonda

Barra do Piraí

Paraíba do Sul

Três Rios

Areal

Paraty

São Sebastião Duas Cantagalo do Alto Santa Maria Macuco Barras Sumidouro Cordeiro Madalena São José do Bom Jardim Vale do Rio Preto Trajano Conceição de Morais de Macabu Nova Friburgo

Vassouras

Rio de Janeiro

Niterói

Maricá

Campos dos Goytacazes

FIGURA 1 > MAPA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, destacando-se a divisão político-administrativa e a Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Quissamã

Carapebus Macaé Casimiro de Abreu

Rio das Ostras

Iguaba Armação dos Búzios Grande Araruama São Pedro da Aldeia Saquarema Cabo Frio Arraial do Cabo

OCEANO ATLÂNTICO

São Francisco de Itabapoana

Itaocara

Carmo

Ilha Grande

ILUSTRAÇÃO RENATO CARVALHO

Cardoso São Fidélis Moreira

Sapucaia

Paty do Alferes Teresópolis Cachoeiras Miguel Barra Mansa Petrópolis Pinheiral Mendes de Macacu Engenheiro Pereira Guapimirim Piraí Paulo de Frontin Paracambi Japeri Rio Claro Belford Queimados Magé Silva Jardim Roxo Rio Seropédica Nova Iguaçu Duque de Caxias Bonito Itaboraí Mesquita S. J. de Meriti Itaguaí Nilópolis São Gonçalo Tanguá Mangaratiba

Angra dos Reis

Cambuci

São João da Barra


CONTEXTO > Configuração física e político-administrativa A Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), entidade política1 formada por 19 municípios, atingiu, em 2010, 11,8 milhões de habitantes (Figura 1 e Quadro 1). Tem o formato aproximado de um retângulo com área de 5293 km2 e densidade populacional de 2229 habitantes/km2. Os lados maiores deste retângulo (de cerca de 130 km cada) se estendem na direção leste-oeste, pouco acima do Trópico de Capricórnio, limitando-se ao sul com o Oceano Atlântico e ao norte com a Serra do Mar, um relevo jovem sobre substrato geológico antigo, cuja singularidade provoca surpresa nos estudiosos do tema (ver capítulo Geologia).

1 A Região Metropolitana do Rio de Janeiro foi instituída pela Lei Complementar no. 20, de 1 de julho de 1974. Regiões Metropolitanas são aglomerados de municípios cujas áreas urbanas são contiguas. A constituição federal brasileira deixa a cargo dos estados a instituição de regiões metropolitanas com o objetivo de promover a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Municípios são unidades territoriais que abrangem espaços rurais e urbanos, com competências e recursos próprios definidos na constituição.

QUADRO 1 > RMRJ: ÁREA E POPULAÇÃO DE MUNICÍPIOS, SEGUNDO EIXOS DE EXPANSÃO, 2000-10

MUNICÍPIO

ÁREA (KM²)

POPULAÇÃO (2000)

POPULAÇÃO (2010)

TAXA DE CRESCIMENTO (% A.A.)

RIO DE JANEIRO

1.182

5.857.904

6.323.037

0,77

272

82.003

109.163

2,90

PARACAMBI

179

40.745

47.074

1,45

JAPERI

83

83.278

95.391

1,37

EIXO LITORAL SUL ITAGUAÍ

SEROPÉDICA

284

65.260

78.183

1,82

QUEIMADOS

77

121.993

137.938 963.615* 795.212 168.376

1,24

NOVA IGUAÇU

524

920.599

MESQUITA

34

0,46

BELFORD ROXO

80

434.474

469.261

0,77

NILÓPOLIS

19

153.712

157.483

0,24

SÃO JOÃO DE MERITI

35

449.476

459.356

0,22

361

37.952

51.487

3,10

EIXO REGIÃO SERRANA GUAPIMIRIM MAGÉ

386

205.830

228.150

1,03

DUQUE DE CAXIAS

465

775.456

855.046

0,98

TANGUÁ

147

26.057

30.731

1,66

ITABORAÍ

424

187.479

218.090

1,52

SÃO GONÇALO

249

891.119

999.901

1,16

5,21

EIXO LITORAL NORTE

EIXO NITEROI E PRAIAS OCEÂNICAS MARICÁ

362

76.737

127.519

NITERÓI

129

459.451

487.327

0,59

TOTAL

5293

10.869.525

11.838.752

0,85

Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1991 e 2010 * Soma da população de Nova Iguaçu e Mesquita

13

EIXO SÃO PAULO


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