Abílio Beça

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AB�LIO BEÇA e a linha do Tua uma narrativa em banda desenhada

J. R. da Fonte Hugo Pereira


Abílio Beça e a linha do Tua Uma narrativa em banda desenhada José Rodrigues (da Fonte) é o pseudónimo de José Alberto Nogueira Rodrigues. Pintor, escultor, cartoonista, formou-se em Artes Visuais e Design pelo IPB Instituto Politécnico de Bragança. Autor de “A vida e a obra do Abade de Baçal em banda desenhada”, uma obra de 132 páginas, em banda desenhada, sobre a vida e a obra do Abade de Baçal (1865-1945), uma grande figura da vida cultural e social de Bragança e de Trás os Montes. O principal museu de Bragança tem o seu nome e apresenta muitas das fabulosas coleções que ele reuniu durante a sua vida. Hugo Silveira Pereira nasceu no Porto em 1979. Em 2005, licenciou-se em História na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Aqui obteve, três anos depois, o grau de mestre em História Contemporânea com uma tese sobre a relação entre a câmara baixa do parlamento português e a construção ferroviária no período compreendido entre 1845 e 1860. Concluiu o seu doutoramento em 2012 com uma tese sobre a politica ferroviária nacional na segunda metade do século XIX. Publicou vários artigos sobre a História dos caminhos-de-ferro portugueses. “Em 1887, a linha do Tua chegava finalmente a Mirandela, no coração de Trás-os-Montes. Entre mercadorias e passageiros, os comboios transportavam também a esperança de progresso e desenvolvimento para a região. No entanto, aquele caminho-de-ferro de via estreita deixara um amargo de boca entre os transmontanos, pois não se ligara a Bragança, a principal cidade da província. Nos anos seguintes, muitos homens tentaram convencer tanto o governo como capitalistas privados a construir a continuação da linha até Bragança, mas todos acabariam por falhar. No início do século XX, um homem seria bem sucedido. Esse homem foi Abílio Beça. Usando a sua influência pessoal em Bragança e a sua influência política - como membro do Partido Regenerador - em Lisboa, ele conseguiu persuadir o governo a financiar a construção da via-férrea com uma garantia de juro. Em Bragança, conseguiu arranjar um empreiteiro - João Lopes da Cruz - para tomar conta da obra. Em 1906, o caminho-de-ferro era finalmente inaugurado. No dia da inauguração, Abílio Beça foi carregado em ombros pelos bragantinos, como um grande defensor dos interesses transmontanos. Nesta banda desenhada pretendemos contar a história deste homem, nascido e criado em Trás-os-Montes e que durante a sua vida foi responsável por muitos melhoramentos na região. Não quisemos escrever um artigo de índole académica ou científica, antes preferimos preparar um trabalho interessante e didáctico sobre um homem que dedicou grande parte da sua vida a Trás-os-Montes e Bragança e que viria a morrer às mãos dos seus próprios conseguimentos...” Esta história foi uma encomenda para a terceira Conferência Internacional em Foz Tua, de 11 a 13 de outubro de 2013, onde foi apresentada em versões em língua portuguesa e inglesa.

Projecto FOZTUA FOZTUA é um projeto interdisciplinar, apoiado pela EDP, para estudar, preservar e disseminar a memória do vale do Tua e da linha do Tua. O projeto pretende interpelar a comunidade académica para estudar os mais de cem anos de história do caminho de ferro entre Foz Tua, Mirandela e Bragança, e o desenvolvimento de uma região periférica (o vale do Tua) num país periférico (Portugal, fins do século XIX e primeira metade do século XX), com o objetivo de dar a conhecer a memória e as “histórias” da linha, assim como discutir o seu impacto na região. O projeto pretende reunir académicos interessados em diferentes aspectos da história dos caminhos de ferro e partilhar investigações sobre outras linhas, considerando as questões associadas aos respetivos processos de decisão, a gestão da obra e do trabalho, as dificuldades técnicas e os impactos social e económico. Coordenadores: Anne Mccants Eduardo Beira José M. Lopes Cordeiro Paulo B. Lourenço

www.foztua.com














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