FAKE NEWS sobre Emprego

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Empregabilidade#4

FAKE NEWS sobre Emprego E-Book

FICHA TÉCNICA

Título – Curriculum Vitae e Candidaturas

Promotor – CME

Editor – Forum Estudante

Coordenação Geral – Rui Marques

Gestão de Projeto – Gonçalo Gil

Coordenação Executiva – Cristina Carita

Autoria – Cristina Carita

Design Gráfico – Miguel Rocha

Data – abril 2022

#4 Exercícios
#2 Fake News #3 A reter #1 Introdução
Índice

#1 INTRODUÇÃO

Muito se fala sobre o emprego e o mercado de trabalho, com muitas opiniões a serem apresentadas e defendidas. Mas, nos tempos em que a informação é muita, dispersa e, por vezes, contraditória, existem muitos mitos e crenças que, em vez de ajudar, atrapalham quem está à procura de trabalho.

Neste ebook, pretende-se abordar os principais mitos em que os jovens, que iniciam a sua procura de emprego, acreditam, seja

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por causa de informações que circulam online, de opiniões de ditos “especialistas” ou de expectativas de familiares e amigos sobre o seu futuro profissional.

Este ebook pretende alertar-te para uma série de questões, não procurando negar ou desmentir nenhuma informação ou opinião, mas antes desmistificar algumas ideias pré-concebidas que te podem prejudicar neste novo caminho.

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#2 “FAKE NEWS”

SOBRE EMPREGO

Muitos jovens acreditam que, pelo facto da sua Instituição de Ensino (IE) ser conceituada e a taxa de empregabilidade estar acima dos 85%, vai ser fácil e rápido encontrar o “emprego de sonho”. O que acontece é que

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“Encontrar emprego vai ser ‘canja’”

existem muitos jovens nas mesmas circunstâncias, ou seja, muita procura, e pouca oferta, com poucas vagas nas organizações que estão a recrutar.

Por outro lado, as organizações procuram os melhores, os chamados talentos, que se destacam e diferenciam, o que implica um esforço de cada jovem em encontrar os seus elementos distintivos e saber valorizá-los.

Existem ainda áreas que estão a prosperar e a recrutar muitos jovens, mas outras que estão estagnadas ou em risco de desaparecer, tendo em conta as exigências do mercado sempre dinâmico.

Encontrar emprego pode não ser fácil, sendo sempre importante realizar muito trabalho prévio. Já tens a tua formação terminada, mas ela é apenas o ponto de partida. Agora tens que trabalhar outras competências e preparar-te para a entrada no mercado de trabalho.

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A aspiração de muitos jovens é vir a trabalhar numa grande empresa, como a Google, a Vodafone, a Accenture, a Sonae, entre outras. Estas empresas têm notoriedade, são conhecidas como inovadoras, têm muitos clientes, bem como métodos e normas de trabalho diferenciadoras.

Na realidade, estas empresas não têm uma capacidade de recrutamento tão grande

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“Vou conseguir emprego numa grande empresa”

como se pensa e, muitas delas, recrutam apenas jovens licenciados ou com mestrado muito antes deles terminarem os estudos. No nosso país mais de 90% das organizações são Pequenas e Médias Empresas (PME) que recrutam jovens com novos conhecimentos e competências específicas.

Isto de forma a permitir à sua organização desenvolver produtos e serviços inovadores que sejam uma verdadeira vantagem competitiva num mercado díspar.

Existem, portanto, muitas outras alternativas às grandes empresas que podem permitir o desenvolvimento e crescimento profissional de um jovem.

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Vou desempenhar funções super interessantes

O desejo de todos nós é que possamos desenvolver funções e tarefas diferentes, inovadoras, sempre desafiantes. Na realidade, todas as funções têm uma componente de rotina, algumas tarefas são desinteressantes ou mesmo “chatas”. Mas todas elas são super importantes para o desenvolvimento económico da organização.

É natural que, nos primeiros tempos, sejam os novos colaboradores a desempenhar as tarefas mais desinteressantes ou “de sapa”, como se costuma dizer. O importante é dar sempre o melhor em tudo o que fazemos: seja tirar fotocópias, fazer atas de reuniões ou conceber o plano para o desenvolvimento de um novo produto.

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Vou ter um cargo “XPTO”

Estudei com afinco, tive excelentes notas, por isso, vou ter um cargo que corresponda a este estatuto. Muitos jovens consideram que, por terem mestrado vão chegar ao mercado de trabalho em posições acima da média. Na verdade, teres estudos só te beneficia pelas competências e conhecimentos que adquiriste, mas não te garante um “lugar ao sol”, uma vez que ainda não provaste quão bom és. E teres sido um excelente estudante não é garantia de que serás um excelente profissional.

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No mesmo sentido, é habitual encontrar expectativas de promoção. “Ao fim de um ano tenho que ser promovido” é muitas vezes a expectativa de quem aceita um emprego que não é bem aquele que gostaria. Acontece que nem sempre isso acontece, até porque muitas organizações não têm a estrutura vertical e hierárquica de há uns anos.

Em qualquer emprego, terás que aprender a adaptar-te à forma de funcionamento da empresa, à equipa com que vais trabalhar e às funções que te serão atribuídas. Independentemente do cargo em que estejas: a aprendizagem é constante, assim como a necessidade de provar a tua mais-valia numa organização.

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O mercado de trabalho tem sofrido inúmeras alterações e os valores praticados também.

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meu ordenado mensal vai ser “X”

Os jovens têm uma expectativa salarial, regra geral, muito acima da realidade, comparando-se com profissionais que estão há mais tempo no mercado ou com os valores médios divulgados por diversas empresas de recrutamento multinacionais.

É bom ter uma ideia clara dos valores praticados no nosso mercado de trabalho (e não em outros países da União Europeia), mas mantendo uma expectativa realista. Uma vez mais, ter estudos (superiores ou outros), não garante automaticamente o acesso a um determinado nível salarial.

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Vou fazer a diferença no meu local de trabalho

Os jovens que terminam os estudos são jovens, com conhecimentos, novas ideias, capacidade e competências atualizadas. Por isso, querem poder utilizar tudo isto para fazer a diferença no seu local de trabalho. Ser ouvidos, ter liberdade e autonomia para tomar decisões que vão melhorar o funcionamento da sua organização, fazer parte de uma equipa inovadora e criativa que vai fazer diferente e melhor.

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Contudo, por outro lado, as organizações precisam de estabilidade, de normas claras de funcionamento, de processos e procedimentos previamente implementados e testados. Isto porque têm diversos colaboradores que necessitam de saber o que fazer, como o fazer, e porque não podem mudar constantemente, sempre que recebem um novo colaborador.

Há que ter a resiliência para dar sugestões que nem sempre são ouvidas, mas continuar a fazer parte dos que apresentam soluções em vez de problemas. Acredita, vai chegar a altura em que conheces tão bem a tua organização que vais conseguir implementar algumas mudanças.

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Este estágio vai garantir-me o emprego

“Eu sei que é só um estágio ou voluntariado, mas estão a gostar do meu trabalho e sei que, no fim, vou ficar”. Cuidado! Na maior parte das vezes, esta expectativa é gorada.

Muitas organizações aproveitam os benefícios dos estágios (sejam eles curriculares, profissionais ou outros) ou do voluntariado, mas no final do prazo estipulado não têm condições de manter o colaborador e de o integrar no seu quadro de colaboradores com contrato ou efetivos.

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Não criar expectativas é o que te vai permitir desempenhar um bom trabalho, aprender e desenvolver uma série de competências que te vão ser extremamente úteis, seja naquela organização ou noutra.

Foca-te no período de tempo que tens para te desenvolveres enquanto profissional, mas não te apegues unicamente a pensamentos otimistas sobre o futuro.

Acabaram-se os estudos.

Nunca mais pego num livro!

Quando se terminam as habilitações (sejam cursos técnico-profissionais, mestrados ou doutoramentos) o pensamento generalizado é o de que “nunca mais preciso de queimar as pestanas com os livros técnicos e o estudo de novas temáticas”.

Contudo, num mercado dinâmico e volátil, é necessário manter uma atitude curiosa e

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de permanente desenvolvimento. Seja em termos técnicos e de conhecimentos atualizados, como em termos de desenvolvimento de novas competências exigidas pelas organizações, para fazer face à concorrência e às alterações da economia.

Por isso, um profissional, para se manter empregável, deverá estar atento às alterações necessárias ao desempenho da sua função,

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procurando formações técnicas e profissionais complementares, numa aprendizagem constante ao longo da sua vida profissional ativa. A boa notícia é que as formações são mais práticas e aplicadas ao contexto profissional, permitindo uma abordagem mais desafiante devido à sua aplicabilidade ao contexto de cada colaborador.

Sou novo demais

“Acabei os estudos, mas sou muito novo e não tenho experiência. E agora?” Este é o pensamento de muitos jovens que permitem que esta crença os limite na sua abordagem ao mercado de trabalho.

É fundamental valorizar o seu percurso e história de vida, seja com achievements pessoais ou profissionais que demonstrem o potencial e as competências que desenvolveu além do percurso académico e das notas obtidas.

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Existem organizações que apostam na contratação de jovens para que os possam formar de acordo com as indicações organizacionais, uma vez que são pessoas “sem vícios” de trabalho.

Mas, antes de terminar os estudos, os jovens devem envolver-se em diversas atividades extra-curriculares que permitam desenvolver uma série de competências transversais, em especial, as competências transferíveis (que podem ser utilizadas em qualquer função), nomeadamente, associações, voluntariado, estágios,…

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Não percebo porque insistem que tenha perfil no LinkedIn

“Não conheço ninguém” ou “ainda não estou a trabalhar” são afirmações frequentes, no que diz respeito à criação de um perfil profissional na rede LinkedIn.´

O LinkedIn é uma rede profissional fundamental para gerir a rede de contactos pessoal e profissional e para manter relações de networking benéficas para todas as pessoas que estão no ativo.

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Toda e qualquer pessoa pode ter perfil no LinkedIn. Um estudante, mesmo não estando ainda no mercado de trabalho, conhece profissionais: família, amigos da família, professores, oradores em Workshops ou Seminários, outros estudantes (que um dia serão profissionais), entre outros.

Uma rede de contactos inicia-se o quanto antes e vai-se alimentando e gerindo ao longo do tempo. Não se trata de uma atividade que se efetua num único dia, mas antes uma atividade permanente. Portanto sim, deves criar o teu perfil no LinkedIn e ir atualizando a informação e o tipo de interação que desenvolves nesta rede. Para informação mais específica, consultar o ebook “LinkedIn e Rede de Contactos”.

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#3 A RETER

8 mensagens importantes sobre o tema deste ebook:

1.º Cuidado com as expectativas

2.º Prepara-te

3.º Não se consegue tudo de uma vez, a vida profissional, como outra qualquer faceta, vai evoluindo. Agarra o leme e aponta para a direção que queres seguir

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4.º Valoriza-te

5.º Não estudes somente. Está ativo social e associativamente

6.º Tem calma. A tua hora virá. Continua a batalhar para isso

7.º Atualiza-te sempre, com informação e formação

8.º Não sejas como Ícaro, que chegou perto do sol, mas queimou as asas

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#4 EXERCÍCIOS Exercício

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FAKE NEWS

“Encontrar emprego vai ser ‘canja’”

“Vou conseguir emprego numa grande empresa”

Vou desempenhar funções super interessantes

Vou ter um cargo “XPTO”

O meu ordenado mensal vai ser “X”

Vou fazer a diferença no meu local de trabalho

Este estágio vai garantir-me o emprego

Acabaram-se os estudos. Nunca mais pego num livro!

Sou novo demais

Não percebo porque insistem que tenha perfil no LinkedIn

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Seleciona duas das Fake News acima e explica porque te identificas com elas

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Acrescenta duas novas Fake News que não se encontram na lista abaixo e desconstrói-as.

FAKE NEWS

“Encontrar emprego vai ser ‘canja’”

“Vou conseguir emprego numa grande empresa”

Vou desempenhar funções super interessantes

Vou ter um cargo “XPTO”

O meu ordenado mensal vai ser “X”

Vou fazer a diferença no meu local de trabalho

Este estágio vai garantir-me o emprego

Acabaram-se os estudos. Nunca mais pego num livro!

Sou novo demais

Não percebo porque insistem que tenha perfil no LinkedIn

26 Exercício
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