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Itanhaém, 9 de fevereiro de 2019 • facebook.com/folhadacidadeitanhaem • Ano XXII • Nº 281

ALARMES ROMA

Luciano Netto

se consolida como a principal empresa do setor na cidade Página 7

CAVA SUBAQUÁTICA • Instalada em Cubatão, a barragem submersa tem gerado forte polêmica em toda a Baixada

Região vive novo temor de dano ambiental Divulgação

Verão no Clima realiza caminhada domingo O Projeto ‘Verão no Clima, além de desenvolver ações que conscientizam a população a preservar a vida marinha, também se preocupa com a saúde dos moradores, incentivando a prática de exercícios físicos. Para isso, neste domingo (10), a Praia do Centro será pista de uma corrida e caminhada. As atividades fazem parte do cronograma do projeto, com largada às 9 horas. Página 9.

Cadastro Biométrico obrigatório O cadastramento biométrico obrigatório começou a ser realizado, nesta semana, em quatro cidades da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, e 16 do Vale do Ribeira, no interior do Estado. Cada município terá um prazo para registrar a biometria dos eleitores. Em todo o Brasil, 478 municípios participarão desse novo ciclo da biometria obrigatória. Página 3.

operadora logística VLI no Porto de Santos, voltou à pauta de discussões. O temor é de que um eventual rompimento cause um grave desastre ambiental semelhante em toda a região. Matéria nas páginas 4 e 5.

Zona Azul fica mais fácil com aplicativo para o celular

CETESB e empresa VLI garantem que a barragem é totalmente segura. Ambientalistas discordam Luciano Netto

Até o fechamento da edição a cabeça da estátua ainda não havia sido encontrada Josy Inacio

RUTINALDO BASTOS Cuidado: Língua não tem osso Página 2

Artigo de José Renato Nalini, Desembargador Reitor da Uniregistral Página 2

Com o rompimento da barragem de Brumadinho, que deixou muitos mortos e desaparecidos em Minas Gerais, a cava subaquática construída pelo Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), instalação da

A BELA ITANHAÉM • Artigo de José Carlos Só, conta a história da Estátua de Anchieta. Pág. 8

Desde julho de 2012, o Estacionamento Digital opera em Itanhaém e junto com a modernização do sistema, que substituiu a antiga ‘raspadinha’ na Zona Azul pelo Ticket, a nova

versão permite a alocação de vagas de uma forma mais simples e ágil, feita pelo celular, via mensagem de textos (SMS), site ou aplicativo android/iOS. Matéria na página 8.

Vereadores estudam Projeto de Lei para coibir ações de vandalismo Os vereadores da Cãmara Municipal de Itanhaém, deverão apresentar na 76ª Sessão Ordinária desta segunda (11), um Projeto de Lei que dispõe sobre a punição contra atos de vandalismo ao Patrimônio Público Histórico e Cultural do Município. Neste final de semana a estátua Mulheres de

Areia, localizada na Praia dos Pescadores teve a sua cabeça arrancada. O Presidente da Câmara Municipal, Vereador Hugo Di Lallo, já contatou os outros nove vereadores e propôs a medida. “Não podemos e não vamos permitir que este tipo de atitude fique impune” afirma. Página 6.

Câmara cria Comissão visando fiscalização do Transporte Público Na 75ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal, realizada na ultima segunda, os vereadores aprovaram por unanimidade a criação de uma Comissão de Assuntos Relevantes (CAR), destinada a acompanhar os procedimentos realizados pelo Executivo no que diz respeito à fiscalização do cumprimento do contrato da Empresa Litoral Sul

Transportes Urbanos. A autoria é do Vereador Carlos Antonio Ribeiro. Os 10 vereadores da casa votaram a favor do propositura. A empresa Litoral Sul Transportes Urbanos foi vencedora da Licitação e a Concessão foi iniciada em 05 de julho de 2017, para um período de 15 anos. Mais informações na página 3.


Folha da Cidade • Itanhaém, 9 de fevereiro 2019 • Opinião

Cuidado: língua não tem osso! Rutinaldo Bastos Diretor: Jessé Santos

e-mail: folhadacidade@uol.com.br Tel.: (13) 99613 1917 As opiniões emitidas nas matérias assinadas não representam necessariamente a opinião do jornal, sendo de responsabilidade de seus autores.

Para Refletir • ISAIAS 55 : 6

Educação como Política de Estado José Renato Nalini Ninguém pode negar que a educação brasileira é deficitária e ostenta índices incompatíveis com o grau de desenvolvimento atingido em outros setores, dos quais o exemplo emblemático é o agronegócio. A situação não difere na escola pública e na escola privada ou confessional. Dificuldade no letramento, na compreensão e na interpretação de textos, fragilidade na matemática e pouco desenvolvimento em ciências. Insiste-se, todavia, em prosseguir nas mesmas práticas, embora à espera de resultado diverso. O governo precisa reconhecer que educação é questão muito séria e grave para ser preocupação exclusiva do Estado. Tanto é que o constituinte, no artigo 205 da Constituição da República, a erigiu em direito de todos, mas em dever do Estado e da família, em colaboração com a sociedade. Incumbe ao Governo investir na conscientização

Desembargador, reitor da Uniregistral, palestrante e conferencista de que todos são responsáveis por uma educação de qualidade. E educação de qualidade não é aferida pela capacidade mnemônica, mas alicerçada no desenvolvimento de competências sócio-emocionais. A educação brasileira não se apercebeu de que a 4ª Revolução Industrial afetou profundamente a vida de todos os seres humanos. Enquanto o conhecimento está inteiramente disponível e acessível a quem tiver curiosidade, o educando não está sendo treinado

para enfrentar o inesperado, a necessidade de sobreviver sem as profissões tradicionais, a lidar com a transformação estrutural que subverteu cultura, costumes e tradições. Urge reconhecer que as novas gerações, cuja circuitaria neuronal é digital, necessitam de um itinerário personalizado, de um projeto de futuro individualizado e que a padronização é própria de outros coletivos – v.g. abelhas, formigas – e não da sociedade humana. Esta é heterogênea, irrepetível, insuscetível de homogeneização. Daí prestigiar a diversidade, a convivência de múltiplas concepções pedagógicas, o pluralismo e a fórmula feliz do ensinar menos e aprender mais, do aprender fazendo e da autonomia das unidades educacionais para a escolha de opções que atendam à vocação individual, local, regional e passível de mudanças de rota, quando for o caso, sem que isso ocasione traumatismo, pois o sistema de aprendizado há de ser flexível e plástico.

Nossa história A edição número 119, de 4 de dezembro de 2004, com 8 páginas, trazia as seguintes reportagens: •Condephaat impede inauguração das Casas Bahia •Espaço Cultural Suarão era inaugurado em 11 de dezembro daquele ano •Prof Arthur se prepara para iniciar terceiro mandato •TELEFONIA: Chamadas já são cobradas como locais •Governador Geraldo Alckmin recebe prefeitos eleitos •Forssell buca alternatia para abrir Hospital Regional •Mais de 80 famílias sobrevivem da reciclagem •Itanhaém possui apenas um local paa depositar lixo •Prefeitos querem implantar Trem Turístico no Litoral •Sabesp anuncia início de obras a partir do 2º semestre

Persona

A empresária Cris Forssell tem apresentado o Programa Cidade Linda, que consiste em resgatar nossa história através de personagens que vivem em Itanhaém. Ela tem usado a rede social para transmitir suas gravações que tem emocionado os espectadores. Já foram realizadas 15 gravações e a idéia deve agora entrar na segunda fase. Parabéns Cris.

TEMPOS DIFÍCEIS I Sim paramos. Foi difícil, muito difícil. No momento em que o Jornal Folha da Cidade completaria 20 anos, em 4 de abril de 2018, problemas financeiros interromperam uma sequência de duas décadas de nossa publicação. TEMPOS DIFÍCEIS II Mas finalmente, a partir de agora, voltamos mais fortes e com mais vontade ainda de levar aos moradores de Itanhaém notícias importantes. Sei que não conseguiremos competir com as redes sociais, mas muitos leitores ainda gostam de ler o jornal impresso, aos sábados, retirado na banca perto da sua casa. TEMPOS DIFÍCEIS III Teremos novidades. Uma Folha da Cidade diferente dos ultimos anos. Mais atenta ao cotidiano. Com maior participação do leitor, mostrando os problemas enfrentados no dia a dia. Acompanhe!

Rita Cadillac agora é atriz de teatro – eis o mais novo baque que a ex-chacrete provoca nos incautos que juravam que ela havia terminado a carreira artística como personagem de filme adulto. Nua no palco, estreou interpretando ninguém menos que Luz del Fuego, uma bailarina da primeira metade do século passado que, vítima de uma sociedade de língua frouxa, pegou fama de devassa, tendo se mudado de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro, então capital do país, imaginando poder viver da sua arte e longe da maledicência que a fez sair praticamente fugida das Minas Gerais. Ledo engano. Tinha a língua do povo no meio do caminho... No meio do caminho, tinha a língua do povo! Ao longo dos séculos, muitos têm escrito sobre a devastação que a fofoca produz. Os maledicentes, covardes que se escondem na penumbra do sussurro, começam com a bisbilhotice e vão progredindo na ação vil de destruir reputações. Os motivos que levam os fofoqueiros à empreitada da fofoca são diversos: variam da simples falta do que fazer à deliberada e articulada tentativa de acabar com adversários políticos. Um fofoqueiro de carreira – como tantos, aliás – nunca diz algo despretensiosamente. Atrás do singelo “você soube o que aconteceu?” está o objetivo de realimentar-se do elixir da detração, contribuindo para que instituições e pessoas sejam inquinadas pelo mal que só a palavra ruim é capaz de produzir. A discórdia, sumo da fofoca, destrói povos, sepulta amizades, inviabiliza a paz. Em dezembro de 2014, o querido papa Francisco, em divina inspiração, na oportunidade da troca de votos de Natal com os cardeais da Cúria romana, fazendo uma crítica sobre a necessidade de evolução da própria Cúria, apontou o que chamou de “vícios que destroem a Igreja”, sendo um deles a fofoca. Segundo o papa, a fofoca é “a doença das bisbilhotices, das murmurações e

O Prefeito Marco Aurélio recebeu a Deputada Federal Rosana Valle, que colocou seu mandato à disposição do município para a obtenção de recursos e para atender as demandas da cidade. Rosana lembrou que recebeu expressiva votação na região da Baixada Santista mas que tem imenso carinho pelo Vale do Ribeira e que também trabalhará por aquela região.

COMEÇOU CEDO I 2020 já está batendo forte à porta de Itanhaém. Muita gente de olho na sucessão do Prefeito Marco Aurélio, que cumpre seu sétimo ano de mandato, trabalhando sem parar, enfrentando as dificuldades de uma crise nacional, que não poupou nenhum município. O Governo está bem, obrigado.

SABESP Como diria um amigo, ex-vereador, a cidade de Itanhaém é o único lugar do mundo que quando chove acaba a água. Sem energia o ser humano se vira, sem água fica difícil. Nesta semana, depois de forte chuva, muita reclamação nas redes sociais por falta d’água e péssima qualidade no fornecimento.

COMEÇOU CEDO II Dentro do grupo do atual Alcaide, pelo menos 2 nomes já começaram a construir a candidatura. Um deles o viceprefeito, Tiago Cervantes e o outro, o vereador Peterson Gonzaga Dias. Além deles outros nomes, de forma menos explícita também trabalham. Querem aparecer a todo custo e se utilizam do novo formato da política, a rede social.

SABESP II Mas em dezembro de 2013 a empresa inaugurou a ETA Mambu Branco, com investimento de R$ 413 milhões e prometia o fim dos problemas. Com este equipamento, o sistema ampliaria a oferta de água potável, beneficiando, além de Itanhaém, os municípios de Peruíbe, Mongaguá, Praia Grande, e ainda parte de São Vicente.

COMEÇOU CEDO III Mas e a oposição? Quem vai levantar essa bandeira? Ela ainda existe, ou dormiu eternamente? Essas perguntas serão respondidas com o tempo. Só aguardar.

SABESP III A empresa gastou outros milhões em publicidade pedindo economia de água, não apresenta os resultados e oferece um péssimo serviço.

Rutinaldo Bastos Conselheiro Secional da OAB/SP

das críticas. Desta doença, já falei muitas vezes, mas nunca é demais. Trata-se de uma doença grave, que começa de forma simples, talvez por duas bisbilhotices apenas, e acaba por se apoderar da pessoa fazendo dela uma semeadora de cizânia (como satanás) e, em muitos casos, homicida a sangue frio da fama dos próprios colegas e confrades. É a doença das pessoas velhacas que, não tendo a coragem de dizer directamente, falam pelas costas. São Paulo adverte-nos: ‘Fazei tudo sem murmurações nem discussões, para serdes irrepreensíveis e íntegros’ (Flp 2, 14-15). Irmãos, livremo-nos do terrorismo das fofocas!”. O fofoqueiro é o demônio da reputação alheia. No “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente, não por acaso, Brígida Vaz, a alcoviteira, foi para o inferno! Tudo bem que, além da língua maligna, Brígida também era tida por bruxa e prostituta, o que, na época, era o suprassumo do mal. O fato é que, nessa conhecida obra, a personagem em questão é apresentada primeiro como “alcoviteira” e, a partir daí, a ela se associa tudo o que, na época, era ruim. O fofoqueiro não tem perdão e, por isso, o inferno! É alguém que gosta do mal. As pessoas de valor se comportam segundo as três peneiras de Sócrates para que alguém lhe conte alguma coisa ou mesmo para você contar alguma coisa a alguém. “A primeira peneira é a

VERDADE. O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo. Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é uma coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?”. Arremata Sócrates: “- Se passou pelas três peneiras, conte! Tanto eu, como você e seu irmão iremos nos beneficiar.Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta”. Neste mundo de tanto diz que diz, o melhor é ficar bem longe do fofoqueiro. Eu sei que você vai me dizer que, no caso de Luz del Fuego, por exemplo, a distância não serviu paraque sua reputação fosse sendo desconstruída a ponto de ela morrer sem qualquer alarido, triste e decadente, em circunstâncias nebulosas, na sua comunidade de nudismo. O fato é que talvez os chineses tenham razão quando dizem “que o que é dito no ouvido de um homem frequentemente é ouvido a 100 km distância” – e foi o que aconteceu com aquela mulher que saiu de Belo Horizonte para preservar a reputação da família que a repudiou pelo falatório da sociedade de língua frouxa. Mas, como Luz del Fuego não era de brincadeira, voltou em Rita Cadillac, que vai ter de rebolar para provar que tem capacidade dramática e não é apenas um corpo nu caído no palco escuro de uma peça perversa, pois, como língua infelizmente não tem osso, o povo já começou a falar que é um absurdo que Rita Cadillac, por sua biografia, tenha teatro lotado e esteja exultante pelos aplausos à sua coragem de se reinventar aos 64 anos! Josy Inacio

SABESP • Na onda de danos ambientais graves, a Folha da Cidade também relembra que em 2011, a Cia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo instalou dezenas de caixas de inspeção na faixa de areia da praia, do Gaivota ao Suarão. Depois de longa batalha, essas peças foram removidas por determinação do SPU. A população na época ficou indignada. A obra fazia parte do Programa “Onda Limpa” da empresa, que previa a instalação de rede de esgoto em toda a cidade. Não se tem uma clara definição do que foi feito, nem de quantos bairros foram alcançados. Foto Luciano Netto.


Folha da Cidade • Itanhaém, 9 de fevereiro 2019 • Política/Cotidiano

TRANSPORTE PÚBLICO

BIOMETRIA

Cadastramento obrigatório começa a ser realizado O cadastramento biométrico obrigatório começou a ser realizado, nesta semana, em quatro cidades da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, e 16 do Vale do Ribeira, no interior do Estado. Cada município terá um prazo para registrar a biometria dos eleitores. Em todo o Brasil, 478 municípios participarão desse novo ciclo da biometria obrigatória. A meta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é concluir a operação em todo o País até 2022. Até o início de 2019, o cadastramento biométrico no Estado foi realizado por 15.261.556 eleitores, ou seja, 46% do eleitorado paulista, dos quais 4.416.373 (48% dos eleitores) estão na capital paulista. Até agora, 107 municípios estão com a biometria concluída. A biometria pode ser realizada no cartório em que o eleitor esteja inscrito ou em qualquer unidade do Poupa-

tempo com serviços eleitorais. O atendimento é realizado por agendamento. No caso dos cartórios, o eleitor deve agendar o seu atendimento pelosite do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Já nas unidades do Poupatempo o procedimento é feito no site do próprio órgão. Para fazer o cadastramento biométrico, o eleitor deve apresentar documento oficial de identificação com foto, comprovante de residência recente e título eleitoral, se tiver. Na Baixada Santista, Cubatão, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe participarão deste ciclo da biometria. Já no Vale do Ribeira serão as seguintes cidades: Eldorado, Iporanga, Miracatu, Iguape, Ilha Comprida, Apiaí, Barra do Chapéu, Barra do Turvo, Cajati, Itaóca, Jacupiranga, Pariquera-Açú, Pedro de Toledo, Registro, Ribeira e Sete Barras.

Baixada Santista MUNICÍPIO ZONA ELEITORAL

INÍCIO DA BIOMETRIA

FIM DA BIOMETRIA

Cubatão

119ª - Cubatão

04/02/2019

19/12/2019

Itanhaém

189ª - Itanhaém

04/02/2019

19/12/2019

Mongaguá

189ª - Itanhaém

04/02/2019

19/12/2019

Peruíbe

295ª - Peruíbe

04/02/2019

19/12/2019

Região é berço para a formação de novos policiais do 29º BPM Divulgação

“O mais importante foi concluído: uma formação sólida. Este é um momento que fica marcado na vida de cada um”, diz o tenente-coronel e comandante do 29º Batalhão da Polícia Militar do Interior, Argeo Rodrigues, sobre os tenentes Paes, Leopoldino e Algarra. Eles chegaram ao Município como aspirantes a oficiais e, na última quinta-feira (7), se despediram dos colegas do 29º BPM como tenentes, prontos para exercer tal função, agora, no interior. A cerimônia reuniu 20 profissionais do BPM para realizar a foto que se repetirá daqui há alguns anos com novos aspirantes se tornando tenentes. Denominada como “registro histórico”, a fotografia será impressa para um quadro que estampará a parede do batalhão até a próxima turma terminar a agenda de aspirante. “Foi uma experiência que me rendeu bons aprendizados. Pessoal e profissionalmente falando, me tornei outra pessoa. Como experiência de vida, levo meus amigos e os novos lugares

que conheci. Já minha vivência profissional foi muito importante no sentido da complexidade dos fatos que ocorrem aqui. No Litoral há muita ocorrência complicada, que no interior não é tão comum, e isso com certeza agrega muito na minha carreira”, explica o tenente Gilberto Algarra, que agora estará integrando a equipe da cidade de Americana. “Eles chegaram aqui em dezembro de 2017 como aspirantes a oficiais, ou seja, ‘estagiários’, em busca de aliar teoria a prática. Desta forma, designamos oficiais para ensiná-los a trabalhar, e mais tarde, eles foram declarados como segundo-tenente”, explica o tenente coronel Argeo. Ele completa dizendo que os tenentes foram avaliados a todo tempo e se revelaram bons oficiais, técnicos em polícia preventiva e bons cidadãos. “Eventualmente ainda nos encontraremos em eventos de outras cidades, a amizade continua. Desejo sucesso a todos”, finaliza o comandante.

Câmara cria CAR para acompanhar fiscalização do contrato de Concessão Propositura foi aprovada por unanimidade pelos 10 vereadores Na 75ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal, realizada na ultima segunda, os vereadores aprovaram por unanimidade a criação de uma Comissão de Assuntos Relevantes (CAR), destinada a acompanhar os procedimentos realizados pelo Executivo no que diz respeito à fiscalização do cumprimento do contrato da Empresa Litoral Sul Transportes Urbanos. A autoria é do Vereador Carlos Antonio Ribeiro, “A Comissão está sendo criada para acompanhar o distrato da empresa com a população. Sugiro a Rescisão Contratual. A empresa não tem condições de prestar um bom serviço para a cidade”, disse. Os 10 vereadores da casa votaram a favor do projeto. O Líder do Governo, Peterson Gonzaga Dias, disse que a culpa da paralisação dos serviços no dia de hoje (ontem) é de culpa exclusiva da empresa. “Queremos que a empresa apenas cumpra o contrato”, citou. Os vereadores Dr. Alder, Silvinho e o Presidente Hugo Di Lallo também fizeram uso da palavra. “Devemos convocar os proprietários da empresa para uma Audiência Pública para justificar o que está acontecendo”, cobrou o vereador Dr Alder. O vereador Silvinho lembrou que, quando Secretário de Trânsito e Segurança, acompanhou o início do Processo de Licitação para a Concessão do serviço, “A empresa tem pleno conhecimento do contrato e não tem cumprido sua parte. A Administração está tomando as medidas para rescindir o contrato”, afirmou. O Presidente Hugo Di Lallo, adverte que o históri-

co da empresa é totalmente negativo e lamentável: “A greve que afetou os moradores hoje e possivelmente amanhã era totalmente previsível, já que a empresa vem apresentando uma série de problemas. Vamos auxiliar o Executivo”, afirma. A empresa Litoral Sul Transportes Urbanos foi vencedora da Licitação e a Concessão foi iniciada em 05 de julho de 2017, para um período de 15 anos. A Comissão ficou composta da seguinte forma: Vereador Carlinhos (Presidente), Dr Alder (Relator) e Zequinha e Wilson (Membros). Ainda na mesma Sessão Ordinária, os vereadores promulgaram a Lei Municipal 4297, de autoria da Presidência e aprovaram veto total dos Projetos 07 e 08 de 2018. Também foram aprovadas as Moções de Aplauso a Odinei Ribeiro, de autoria do vereador Rodrigo Dias e a Moção de Apoio à PEC/SP 09/2018, em prol da Policia Civil do Estado de São Paulo, de autoria do vereador Peterson Gonzaga Dias. Prestando Contas • O Prefeito Marco Aurélio Gomes participou da abertura do Ano Legislativo e, por cerca de 1 hora e meia, apresentou um breve resumo dos resultados de seu mandato nos últimos dois anos e as perspectivas para o próximo biênio (2019/2020). O Prefeito também respondeu a perguntas feitas pelos 10 Parlamentares após a sua explanação. As Sessões Ordinárias acontecem às segundas-feiras, às 18 horas. A Câmara Municipal de Itanhaém, está localizada na Rua João Mariano Ferreira, 229, centro.

Fotos Luciano Netto

O Prefeito Marco Aurélio participou da abertura do Ano Legislativo com Prestação de Contas do mandato

Hugo: Histórico da empresa é totalmente negativo

Peterson: Culpa é exclusiva da empresa

O vereador Dr Carlinhos preside a Comissão

O Prefeito apresentou os avanços do município

“O maior parceiro do turismo é o meio ambiente”, diz Lummertz “Há uma discussão mundial que diz que o maior parceiro do turismo é o meio ambiente. A questão principal é saber qual é a vocação de quem mora nestas regiões e fazer a interface para que esta pessoa se desenvolva economicamente”, diz o secretário de estado de Turismo, Vinicius Lummertz, durante o seminário ‘Meio ambiente como alternativa de desenvolvido’, evento realizado na semana passada, na Câmara Municipal, ligado à hoteleira, produtores rurais e associações comerciais. “Devemos organizar formas sustentáveis de trabalhar o turismo. Vamos ver 8% do turismo crescer, porém o Brasil necessita trabalhar melhorar o ambiente de negócio para impulsionar a economia”, verbalizou Vinícius durante a palestra “Um novo olhar para o turismo paulista”. O secretário, que tem experiência na área, já ocupou o

cargo de Ministro do Turismo do Brasil. A presidente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Patrícia Iglecias, também esteve no local. Durante o seminário, ela externou sobre desastres e mineração em São Paulo, abordando a questão ambiental, atendo-se ao fortalecimento da governança do risco de desastres e gerenciá-los, investimentos e melhorias na preparação para desastres a fim de providenciar uma resposta eficaz que gere recuperação, reabilitação e reconstrução. “As palestras foram importantes para o desenvolvimento econômico e sustentável, regionalizando o turismo e fortalecendo os municípios e as políticas públicas de turismo e de meio ambiente, promovendo, assim, a geração de oportunidades às pessoas”, enfatiza o prefeito de Itanhaém, Marco Aurélio Gomes.

Fotos Luciano Netto

Vinicius Lummertz: Itanhaém é riquissima

Seminário aconteceu na Câmara Municipal de Itanhaém


Folha da Cidade • Itanhaém, 9 de fevereiro 2019 • Meio Ambiente Luciano Netto • Abril de 2018

Juréia-Itatins • Santuário Ecológico, escapou no início da década de 80 da instalação de Usina Nuclear. Ernesto Zwarg, foi o principal combatente contra essa idéia

Com CAVA SUBAQUÁTICA, região vive pela 4ª vez temor de dano ambiental grave Josy Inacio • 1999

Ernest Zwarg Morou a maior parte de sua vida em Itanhaém, onde faleceu aos 84 anos, em 25 de agosto de 2009 Nos últimos 30 anos, a Região do Litoral Sul passou por experiências adversas no quesito Meio Ambiente com sérios riscos de danos gravíssimos. Várias manifestações aconteceram ao longo desse tempo, incluindo CPI na Câmara de Vereadores de Itanhaém, que acabou arquivada. No início da decada de 80, mais precisamente em 5 de junho de 1980, exatamente no dia do Meio Ambiente, era anunciada a construção de uma Usina Nuclear na Juréia, que teve árdua luta contrária do ambientalista Ernesto Zwarg. A Usina seria construída nas proximidades da Ponta do Paranapuã-Guaçu, em uma das últimas reservas quase virgens do Litoral Paulista. Em janeiro de 1983 foi anunciada a suspensão da construção devido a dificuldades financeiras. A ordem veio diretamente do FMI. Com a abertura da democracia, a idéia foi abandonada. Em 2015, o Litoral Sul voltou ao tema com a possibilidade da construção do Projeto Verde Atlântico Energias no município de Peruíbe, mas a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) indeferiu o pedido de licenciamento. Com a decisão da diretoria do órgão, que concluiu pela inviabilidade ambiental, ficou proibida a construção do empreendimento, que era uma usina termelétrica altamente poluente no

município que tem mais de 70% do território em área de proteção. Esta foi a terceira grande vitória da população do Litoral Sul, acostumada a lutar contra ataques ao potencial turístico do município situado em santuário ecológico. Em 2008, todos se mobilizaram contra o projeto do então bilionário Eike Batista, e uma de suas empresas, a LLX, que queria construir ali o Porto Brasil, na divisa das cidades de Itanhaém e Peruíbe. Em agosto de 1990, por denúncia da população, do Condema e ecologistas, foi identificado pela Cetesb um depósito de resíduos da Rhodia. O “lixão tóxico” foi encontrado no sítio de um morador local, próximo ao Km 9 da estrada do Rio Preto. A pressão da sociedade exigiu pesquisas da Cetesb, sendo encontrados mais três “lixões”, nos quilômetros 6, 5 e 2 da mesma estrada. Por motivos jurídicos o material contaminado desses “lixões” não foi removido até 1993. Em 10 de junho deste mesmo ano o promotor de Justiça e curador do meio ambiente de Itanhaém, Marcelo Rovero, impetrou uma ação pública de responsabilidade por danos ao meio ambiente. Além da indenização ao município, a Rhodia ficou obrigada a remover os resíduos. A Cetesb foi citada, na mesma ação por se omitir da efetiva fiscalização da área.

O relato dos vizinhos da área é que a carga tóxica foi recebida em 1978, doada como adubo para as plantações. Não se sabe em que quantidade os resíduos foram aplicados. Até hoje não houve a remoção, nem a demarcação da área de contaminação, nem a avaliação da provável contaminação do lençol freático e nenhum levantamento e monitoramento de saúde dos moradores da região. Outro lado preocupante foi a ocorrência de 11,2 gramas de HCB (Hexaclorobenzeno) por quilo, conforme laudo da Cetesb. Sebastião Pinheiro, então assessor do Ministro do Meio Ambiente, considerou a quantidade assustadora.

Luciano Netto • Abril de 2008

Área onde seria construído o Porto Brasil(LLX), de Eike Batista, na divisa de Itanhaém e Peruíbe Luciano Netto • Março de 2008

Em Audiência Pública que discutiria o Porto Brasil, em Peruíbe, a ONG Ecosurfi se manifestou contrária ao empreendimento

Divulgação

Ainda em Peruíbe, mais recentemente, manifestantes contrários a instalação da Usina Termelétrica

BOA NOTÍCIA

Em 2010, quando foi criado o Instituto Ernesto Zwarg, a Prefeitura apresentou o Projeto do Parque Ecológico do mesmo nome, que seria instalado no terreno da CMTECE, no centro da cidade. O Prefeito Marco Aurélio anunciou esta semana, que voltará a discutir o assunto em breve.

Fotos: Luciano Netto • Setembro de 2010


Folha da Cidade • Itanhaém, 9 de fevereiro 2019 • Meio Ambiente Fotos: CETESB

CAVA Subaquática • Localizada em Cubatão, teve processo do EIA-RIMA iniciado em 2004 e aprovado pelo CONSEMA em 2005. Está programada para ser desativada em agosto de 2019, com material inerte Divulgação e Luciano Netto

CAVA SUBAQUÁTICA Com o rompimento da barragem de Brumadinho, que deixou muitos mortos e desaparecidos em Minas Gerais, a cava subaquática construída pelo Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), instalação da operadora logística VLI no Porto de Santos, voltou à pauta de discussões. O temor é de que um eventual rompimento cause um grave desastre ambiental semelhante em toda a região, mas a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que emitiu a licença ambiental da obra, descarta esse risco. A cava subaquática foi construída para a deposição de material dragado do Canal de Piaçaguera. Nesta região, os sedimentos são altamente contaminados por conta de anos de atividade industrial do polo de Cubatão. Esta dragagem foi necessária para que o Tiplam possa operar plenamente seus navios, cada vez maiores e com maior calado em sua instalação. A decisão de construir a cava foi tomada pela empresa e seus consultores para que esses sedimentos tenham uma destinação. Apesar de a VLI garantir que o empreendimento é seguro, ambientalistas apontam a insegurança da deposição de material tóxico, em cavas e o risco de poluição, além de uma ameaça à pesca artesanal. Para a Presidente da CETESB, que esteve em Itanhaém na última semana, esta possibilidade é nula. Segundo ela, modelos demonstram que 99,7% do material depositado fica retido no interior da cava, em processo de adensamento. A executiva da Cetesb também aponta que não há qualquer relação entre a construção da cava do Canal de Piaçaguera e a barragem de Brumadinho, por conta da utilização de tecnologias distintas para fins diferentes. “Não faz o menor sentido essa comparação”, afirmou.A cava, de 400 metros de diâmetro e 25 metros de profundidade , teve 2,6 milhões de metros cúbicos de material dragado depositado em 2017. “Hoje, temos uma cava bem melhor desenhada e estabelecida do que a proposta no EIA-Rima. Foi feito um deslocamento para o continente, para um local mais abrigado, livre da ação do vento, da maré e do movimento de embarcações”, disse. MONITORAMENTO • Segundo Patricia Iglecias, a Cetesb recebe boletins mensais e relatórios trimestrais da qualidade da água e de sedimentos no entorno da cava. O órgão ambiental também realiza sobrevoos para avaliar as condições da cava. Contudo, acredita-se que a Cava Subaquática não era a melhor destinação para o material dragado no Canal de Piaçaguera. Isto porque a obra

oferece risco de contaminação por metais pesados e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, que são cancerígenos. A cava construída pelo Tiplam encontra-se em uma zona sensível, como é o caso do estuário de Santos, a uma distância muito próxima dos manguezais, áreas que abrigam e protegem a procriação de diversos frutos do mar, peixes, siris, caranguejos, ostras e mariscos, todos largamente consumidos pela população em geral, em especial as ribeirinhas, pescadores artesanais que buscam nesses alimentos a base da subsistência. O rompimento ou o vazamento dessas substâncias, provocaria sérios danos à pesca de toda a região. Em contato com o jornal, Executivo da VLI, Alessandro Gama, esclareceu que a cava submersa do Canal de Piaçaguera não apresenta risco ao ecossistema aquático, comunidade, fauna e flora da região, como sempre foi reforçado pelo órgão aprovador e fiscalizador competente - Cetesb - e comprovado pelos estudos exigidos pelos órgãos ambientais, para aprovação do projeto, e realizados pela empresa. A escolha do método de dragagem foi amplamente discutida com a Cetesb durante o licenciamento do projeto, ao longo de mais de dez anos, e com base em avaliações dos maiores especialistas nacionais e internacionais sobre o tema. Além de todas as licenças operacionais e ambientais, a VLI mantém monitoramentos constantes, que são realizados por laboratórios especializados, para garantir a segurança das pessoas, das comunidades e do meio ambiente. Estas análises, compartilhadas com todos os órgãos competentes, não apresentam nenhuma anomalia. Ao longo de décadas, o Canal recebeu sedimentos e resíduos depositados por diferentes empresas que operavam na região à época. Esse material estava espalhado em uma área equivalente a 460 mil m2, em um ambiente inadequado, com riscos à população, à vida marinha e à flora. Ao assumir um compromisso em prol da eliminação desse passivo ambiental, já foram recolhidos do canal mais de 2,6 milhões de metros cúbicos de sedimentos e rejeitos que hoje estão confinados na cava executada pela VLI, sem qualquer ameaça ao meio ambiente e à saúde pública. A cava será selada com cobertura de 1,5m de espessura. Assim, o material que antes estava espalhado pelo canal está totalmente encapsulado e em ambiente controlado. A VLI investiu nos últimos anos R$9 bilhões em expansão de infraestrutura logística. Mais de um terço deste valor foi destinado ao Tiplam e à limpeza do Canal de Piaçaguera. Um outro benefício

importante do projeto consistiu em proporcionar aos órgãos ambientais e à sociedade um regular controle e o monitoramento transparente dos sedimentos, da fauna e da água, através de coletas e análises frequentes feitas por laboratórios credenciados, no âmbito da licença ambiental sob responsabilidade da VLI. Além do benefício trazido pela iniciativa, a VLI, em linha com o seu compromisso de promover o desenvolvimento econômico e social em todos os lugares em que atua, a VLI apoia projetos sociais por meio de cursos de capacitação e formação de pescadores do entorno.

Patricia Iglecias, Presidente da CETESB, falou sobre a CAVA em Itanhaém, ao lado do Secretário Estadual de Turismo, Vinicius Lummertz

Os riscos da cava Subaquática para a pesca na Baixada Santista A pesca e os pescadores vem sendo sistematicamente prejudicados pela falta de salvaguardas ambientais na exploração econômica da Baixada Santista. A Vila dos Pescadores, instalada em 1960 defronte à área da Cava, sequer foi avisada do perigo que está exposta continuando a pescar, especialmente no período de dragagem desses sedimentos contaminados. Os sedimentos armazenados na cava contem 13 poluentes banidos no mundo por sua periculosidade e persistência no ambiente (os POPS - Poluentes Orgânicos Persistentes) : dioxinas (composto usado para

envenenar o presidente da Ucrânia, , furanos, compostos fenólicos, metais pesados), com persistência no ambiente e capazes de passar de um animal à outro pela cadeia alimentar e acumular-se em índices perigosos tanto para os animais (ostras, mexilhões, caranguejos, peixes, camarões), como no ser humano que se alimentar desses frutos do mar. Entre eles há componentes do Agente Laranja, que é um herbicida e que causou muitos problemas á saúde quando usado na guerra do Vietnã. Esses poluentes são cancerígenos, mutagênicos (pode provo-

car deformação em fetos), problemas neuromotores. entre outros... Ao longo desses quase 60 anos de existência, os pescadores foram extremamente prejudicados por perda de áreas de pesca. Houve supressão de metade dos manguezais da região, muito em função da instalação das indústrias e da poluição que geraram. Ao longo desse tempo, os estoques pesqueiros, que garantiam a sobrevivência das famílias de pescadores, foram se perdendo. Empresas envolvidas com a falta de compromisso socioambiental desencadeiam acidentes prejudi-

ciais que não são tratados com o necessário rigor e agilidade da justiça nos processos de compensações. Hoje esses pescadores gastam mais combustível para pescar cada vez mais longe. Desconhecem os reais riscos no consumo do pescado e tem dificuldade para vender. Apesar de haver exigência legal de interlocução com os pescadores para obtenção da licença ambiental, a empresa não fez qualquer comunicação aos pescadores da Vila dos Pescadores. Sílvia Saror – Bióloga e Oceanógrafa – Mestre e Doutora pela USP

Cava da VLI preocupa ambientalistas O desastre mineiro, fez voltar às redes sociais compartilhamentos de ambientalistas e profissionais da área que criticam a decisão da VLI, empresa de logística criada pela Vale e que opera um terminal na Baixada Santista, de depositar em uma cava subaquática os sedimentos retirados pela dragagem no canal de Piaçaguera. De acordo com eles, caso ocorra um vazamento do material confinado, toda a região da Baixada Santista sofreria com a grave contaminação de metais pesados. Quando a área a ser dragada possui elementos de contaminação, como acontece no Canal de Piaçaguera, que por décadas recebeu poluentes vindos, principalmente, do Polo Industrial de Cubatão, são necessárias diversas análises ambientais e estudos para que a decisão sobre o processo escolhido de remoção e disposição dos sedimentos seja a mais segura. E é exatamente este o ponto de conflito entre os ambientalistas que fazem parte do movimento “Cava é

cova” e a empresa: eles questionam por que a VLI optou por manter em uma cratera dentro da água os sedimentos contaminados retirados pela dragagem, ao invés de depositarem as substâncias em um ambiente terrestre, controlado e com o tratamento e monitoramento adequados. Cintia A. Labes, formada em biologia marinha e uma das lideranças do movimento, explica. “É muito mais seguro fazer o monitoramento desses resíduos em terra do que em meio aquático porque temos a todo instante as correntes, a movimentação da maré, ventos, ou seja, efeitos externos que fogem ao controle do homem, principalmente na hora de conter um possível vazamento”. Quanto às comparações que começaram a surgir nas redes sociais entre a cava e o que ocorreu em Brumadinho, o consultor ambiental Élio Lopes e também representante do movimento, esclarece que o impacto, no caso de um vazamento, não pode ser comparado ao que houve em Minas Gerais. “A forma de dispersão das substâncias confinadas na cava

seria mais lenta e gradual, sem invasão de casas ou algo parecido. O prejuízo maior seria a contaminação do complexo manguezal por metais pesados e, consequentemente, à vida humana pelas doenças que um vazamento deste pode trazer”. A dragagem e disposição do material já foram concluídas. A próxima e última etapa, prevista até agosto deste ano, é o fechamento com material inerte, segundo relatou Patricia Iglecias, Presidente da CETESB, em Itanhaém. “A cava será coberta e a fauna e flora voltarão ao local, disse. Questionado sobre quais medidas seriam tomadas pela empresa caso acontecesse um vazamento do material confinado, Alessandro Gama, executivo da VLI afirma que este risco não existe porque ele está aprisionado no subsolo, abaixo do leito do canal. Breve histórico •EIA e RIMA em 2004 •Aprovação pelo CONSEMA em 2005 •Licença Ambiental Prévia n˚ 870 em 18/08/2005 •Licença de instalação da CAD

Líderes do Movimento já planejam a realização de audiência pública que ocorrerá em 15/02/2019 na Câmara Municipal de Santos, às 18h n˚ 2439 em 05/07/2016 •Licença de Operação n˚ 2385 para dragagem da Etapa II com disposição na CAD em 05/06/2017 •Volume disposto: 2,6 milhões de m3 •Estágio atual: etapa de adensamento •Etapa futura : fechamento com material inerte em agosto de 2019 (estimado)


Folha da Cidade • Itanhaém, 9 de fevereiro 2019 • Itanhaém

Aposentada se emociona ao entrar no mar com o Praia Acessível Sorrisos largos e brilho nos olhos estampam a felicidade de dona Antônia Maria, de 59 anos. Isso porque a costureira aposentada pôde aproveitar a praia como ela não curtia há 25 anos: com o bom e velho banho de mar. Ela é o exemplo de um público que, apesar de possuir mobilidade reduzida, pode aproveitar o mar com segurança graças ao programa estadual Praia Acessível, que está na Praia dos Pescadores, das 10 às 15 horas, até o dia 31 de março. O serviço oferece cadeiras anfíbias construídas com alumínio e pneus especiais, para que haja movimentação na areia e não afunde no mar. Antônia teve paralisia infantil e, mais tarde, um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Por isso, ela não possui o equilíbrio necessário para se manter em pé. A aposentada usa um aparelho que colabora com o equilíbrio, mas este não

pode ser usado na água do mar, principalmente por causa das ondas. Procurando uma maneira de voltar a curtir o mar, ela soube do programa Praia Acessível, mas a descoberta foi no último dia do programa em 2018. Por isso, traçou uma meta: “em 2019 eu iria estar logo no primeiro dia”. Desde então, Antônia aparece na Praia dos Pescadores para se refrescar e se divertir, e ao entrar na água, não teve receio: “não tive insegurança, a sensação foi maravilhosa. Este programa deveria existir em todas as praias”, diz sobre a experiência. Acompanhando sua mãe, Ana Menezes explica a importância que o programa teve em sua vida: “desde pequena, sou muito grudada na minha mãe, mas o dia que ela entrou no mar foi o dia que eu mais a vi feliz. Então, automaticamente, minha felicidade é maior ainda, sou grata por esta oportunidade”.

Câmara Municipal estuda Projeto de Lei para coibir ações de vandalismo Diante do lamentável episódio deste sábado(9), o Legislativo não ficará inerte Os vereadores deverão apresentar na 76ª Sessão Ordinária desta segunda (11), um Projeto de Lei que dispõe sobre a punição contra atos de vandalismo ao Patrimônio Público Histórico e Cultural do Município. Neste final de semana a estátua Mulheres de Areia, localizada na Praia dos Pescadores teve a sua cabeça arrancada. O Presidente da Câmara Municipal, Vereador Hugo Di Lallo, já contatou os outros nove vereadores e propôs a medida. “Trata-se de um patrimônio público, histórico e com valor artístico e cultural gigantesco. Não podemos e não vamos permitir que este tipo de atitude fique impune” afirma. A proposta prevê sérias e pesadas punições para o infrator dentre elas a restauração do dano causado e multas que poderão ser até dobradas, dependendo do bem público depredado. “Chega de impunidade, vamos juntos preservar o que temos de maior valor, nosso patrimônio", conclui. A Estátua de Mulheres de Areia, foi esculpida pelo ator e escultor Serafim Gonzaléz, em homenagem a novela homônima de Ivani

Luciano Netto

Ribeiro, transmitida pela TV Tupi na década de 70. A estátua original foi substituída pela atual, que é de fibra. Em 2013, ato semelhante também depredou o monumento, que foi restaurado pelo artista plástico, Ronaldo Lopes. A Praia dos Pescadores, onde a escultura está instalada, é um dos pontos mais visitados no município. "O patrimônio público não é meu, não é seu ele é nosso".

Prefeitura anuncia convênio com a Caixa Econômica para pavimentar 11,5 km de ruas A Prefeitura de Itanhaém firmou convênio com a Caixa Econômica Federal. Serão cerca de R$ 19 milhões destinados a obra de pavimentação asfáltica, microdrenagem, passeio e sinalização viária em 27 ruas de 7 bairros, totalizando 11,5km de extensão de obras. O anúncio contou com a participação de todos os vereadores da Câmara Municipal. Dentre os bairros estão: Jardim Sabaúna, Balneário São Jorge, Jardim São Fernando, Jardim Edel, Avenida

Marginal Norte II da Fepasa, Jardim Suarão, Jardim Corumbá, Chácaras Cibratel; além de 752,21m de ciclovia (pavimentação asfáltica) na Estrada Coronel Joaquim Branco, no Jardim Magalhães. Durante o processo pode ocorrer alteração de planejamento das ruas a serem pavimentadas. O prefeito Marco Aurélio destacou que há um ano o financiamento é aguardado. “Será um pacote grande de obras de pavimentação e fechamento de algumas

malhas. Já realizamos calçamento nos bairros mais populosos da Cidade, como Oásis, Cesp, Cabuçu, e tantos outros e a Caixa é sempre nossa parceira”. Sidney Soares Filho, superintendente da Caixa Econômica Federal, ressaltou que Itanhaém tem um potencial grande de crescimento: “a Cidade deve ser planejada para daqui a dez, vinte anos, e a transparência na gestão pública atrai financiamentos como este”.


Folha da Cidade • Itanhaém, 9 de fevereiro 2019 • Variedades INFORME PUBLICITÁRIO

ALARMES ROMA se consolida como a principal empresa do setor na cidade Com uma equipe de profissionais altamente qualificados, a empresa especializada em sistemas de segurança é referência no mercado Por anos consecutivos, a ALARMES ROMA recebeu o certificado de qualidade pela Nobre Pesquisa. A empresa foi a única de Itanhaém com destaque na categoria de Segurança Eletrônica e Portaria. Isso é resultado de oito anos de prestação de serviço de qualidade e excelência no atendimento. Com uma equipe de profissionais capacitados, a ROMA presta serviços de monitoramento de sistemas de alarmes, instalações, sistema de Circuito Fechado de Televisão (CFTV) e cerca elétrica. A empresa trabalha com os equipamentos mais modernos e requisitados no mercado, com marcas como Paradox e Intelbras. Além disso, as câmeras digitais são as que permitem ao cliente o acompanhamento das imagens pelo celular. Um dos diferenciais da ROMA é a agilidade nas instalações, que é feita pela equipe técnica que é toda própria, não terceirizada, com capacitação interna específica. A empresa conta com equipes técnicas e de manutenção. Outro destaque é a rapidez no atendimento, tanto no disparo de um alarme,

quanto nas ordens de serviços, que é feito em até 24 horas, o que mantém a satisfação do cliente. Além da sede, que é a central de monitoramento e recebe o sinal de todos os alarmes instalados, a ROMA conta com o Pronto Atendimento (PA). Que são pontos estratégicos em que as viaturas ficam para agilizar a solução de ocorrências. São 15 viaturas caracterizadas e cerca de 70 funcionários registrados, divididos nos setores de monitoramento, recursos humanos, comercial, administrativo, supervisor e setor técnico. Com tanta eficiência, a empresa passou a atender as cidades de Peruíbe e Mongaguá. Na área de portaria, já expandiu o trabalho para os municípios de Praia Grande e São Bernardo do Campo. A ROMA atende as mais exigentes empresas de pequeno e grande porte, residências, comércios e condomínios. A empresa coloca à disposição de seus clientes todos os recursos para evitar ocorrências de furtos e invasões. A implantação desses sistemas envolve a atuação de especialistas em segurança, que anali-

Fotos: Luciano Netto

Nova sede está localizada na Avenida Rui Barbosa, 2384, no Jadim Iberá. Telefone (13) 3427 8888 sam os riscos de cada local individualmente e sugerem soluções viáveis e tecnologicamente inovadoras, garantindo segurança inteligente 24 horas por dia. Com as iniciais do diretor geral, Roberto Martins, a ROMA é referência no mercado em que atua e apresenta já no logotipo

a meta da equipe. As figuras das chaves e a águia de duas cabeças simbolizam segurança e proteção. Roberto Martins atua na área há 15 anos e acompanhou o crescimento no mercado. Para chegar ao atual patamar, a empresa passou por muitos estágios e está em constante evolução. Re-

centemente, expandiu sua área física, que agora está localizada em sede própria, totalmente adaptada para bem atender aos clientes. Para este ano, a Roma também tem o projeto de expandir a empresa para Mongaguá. Pela credibilidade, a ALARMES ROMA já conquis-

tou a marca de mais de 1500 clientes e é considerada a melhor opção quando o assunto é segurança. Faça o seu orçamento sem compromisso. A Alarmes Roma já atende na nova sede, localizada na Avenida Rui Barbosa, 2384, no Jadim Iberá, ou pelo telefone (13) 3427 8888.


Folha da Cidade • Itanhaém, 9 de fevereiro 2019 • Itanhaém

Zona Azul fica mais fácil com aplicativo para celular O serviço de estacionamento rotativo de Itanhaém está muito mais fácil e rápido. As vagas podem ser alocadas pela web, android, iPhone ou um simples SMS Josy Inacio

Lançado projeto para a continuidade do milho guarani na alimentação Banco de Alimentos e FUNAI construirão o ‘prato Guarani’ e fazer disso uma rede de conservação e apoio dos produtos Lideranças indígenas e representantes da Funai, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) participaram no último sábado (2) do I Seminário de Soberania Alimentar M’Bya Guarani, que aconteceu em Itanhaém. Em pauta foi discutido a importância do produto indígena milho guarani. Na oportunidade, a Cidade lançou um projeto em parceria com a Funai e o Banco de Alimentos, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que vem em continuidade da inclusão do milho guarani. “Os dois órgãos irão construir o ‘prato Guarani’ e fazer disso uma rede de conservação e apoio dos produtos”, explicou Luciana Melo, gestora do Banco de Alimentos de Itanhaém.

Desde julho de 2012, o Estacionamento Digital opera em Itanhaém e junto com a modernização do sistema, que substituiu a antiga ‘raspadinha’ na Zona Azul pelo Ticket, a nova versão permite a alocação de vagas de uma forma mais simples e ágil, feita pelo celular, via mensagem de textos (SMS), site ou aplicativo android/iOS. Cerca de 3700 veículos estacionam na Zona Azul diariamente. O Estacionamento Digital atua no Centro da Cidade com 28 monitores escalados em dois turnos (manhã e tarde). O sistema de alocação pelo celular é mais rápido e elimina a necessidade de procurar sempre um monitor ou posto de venda (PDV) para adquirir o ticket de papel, mas mesmo assim o número de usuários é pequeno comparado a capacidade ilimitada de cadastro, que, comparada a totalidade de 100%, apenas 12% utilizam a ferramenta. Para usar o sistema SMS, é necessário fazer o pré-cadastro com o monitor, que registrará a placa do carro e o número do celular e irá validar a alocação durante a fiscalização. Assim, o usuário poderá carregar o saldo com quantas horas desejar. Para estacionar, basta enviar a palavra “vaga” para um dos telefones: TIM- (13) 98125-9908 VIVO-(13) 99755-8351. Já para ter as facilidades da Internet, basta completar o seu cadastro no site do Estacionamento Digital, clicando no botão “Comece já” na página inicial. Através da internet você poderá verificar o

saldo, monitorar suas notificações, adquirir créditos virtuais, incluir outras placas de carro para utilizar os créditos adquiridos entre outras facilidades. Não é obrigatório concluir o cadastro pela internet, uma vez confirmado seu celular pelo monitor, você está apto a utilizar o sistema. Também há a opção de registrar a alocação pelo site, acessando do navegador do celular o endereço: app.estacionamentodigital. com.br, ou pelos aplicativos para android, iPhone e Ipad disponíveis para download na página principal do site: www.estacionamentodigital.com.br. “É uma forma descomplicada de utilizar o estacionamento, é prático e muito mais rápido. Com uma simples mensagem, online ou pelo aplicativo o usuário aloca o carro ou moto”, ressalta o gerente administrativo do Estacionamento Digital de Itanhaém, Ronaldo Ferreira Leite de Lima. A usuária Maria da Silva Souza, que utiliza o serviço há quase um ano, afirma que “as maiores qualidades são a praticidade e agilidade de estacionar através do celular. Além disso, o sistema envia uma mensagem quinze minutos antes do tempo do estacionamento esgotar, isso facilita muito todo o processo”. A Zona Azul funciona de segunda a sexta-feira, das 9 às 19 horas, e sábados e feriados, das 9 às 13 horas, e é cobrado R$ 2,00 a hora. Mais informações estão disponíveis no site: www.estacionamentodigital.com.br, ou pelo telefone (13) 3426 9877.

Fotos: Divulgação

Ainda de acordo com Luciana, quando se pensa em agricultura familiar não se pode deixar de incluir a cultura guarani para que os municípios façam uma análise e comecem a enxergar a agricultura familiar, em especial, da agricultura guarani diferenciada para que possa dar continuidade ao processo de alimentação saudável e respeito às diversidades. As lideranças falaram sobre a importância de ações como a de Itanhaém, em trazer de volta a cultura e apoiar a produção da zona rural guarani e de certa forma toda a zona rural do município. “Itanhaém é um município que dá muito apoio às políticas públicas, e este exemplo de ações concretas é o que queremos passar e celebrar os sucessos das nossas ações neste sentido”, finaliza Luciana.

Complexo que abriga o CEMI, CMR e Fisioterapia Municipal foi inaugurado Lugar oferece assistência mais humanizada e conforto à população, com ambientes climatizados e espaços mais amplos e com acessibilidade O Centro de Especialidades Médicas de Itanhaém (CEMI) está funcionando em novo endereço. A Secretaria da Saúde inaugurou o novo espaço do CEMI, que também sedia o Centro Municipal de Reabilitação (CMR) e a Fisioterapia Municipal. O local também conta com o Centro de Especialidades, que tem por propósito ofertar uma melhor infraestrutura e mais conforto ao usuário. O endereço do novo complexo é na Rua Expedicionário Poitena, 21, Centro, próximo ao Fórum Municipal. Ênfase à estrutura do prédio que possibilita a união de outros serviços, o CMR e a Fisioterapia estarão atuando integrados. O CMR oferece atendimento especializado a pessoas com deficiência intelectual ou física, mobilidade reduzida, problemas neurológicos e doenças degenerativas do sistema nervoso. A Reabilitação possui ainda programa de órtese e prótese onde contempla os deficientes físicos e auditivos com bengalas, muletas, cadeiras de rodas, prótese de membros inferior e auditivo, e conta com equipe

formada por fisioterapeuta, fonoaudiólogos, assistente social, terapeuta ocupacional, psicólogo, pediatra e neurologista, e realiza atividades como atendimento individual, grupos terapêuticos e atividades externas. Já a Fisioterapia é o equipamento que oferece tratamento fisioterapêutico em ortopedia e traumatologia (fraturas, entorses, contusões, distensões), reumatologia (artroses, artrite, bursites), pneumologia (DPOC), e ginecologia (pós-operatório de períneo e incontinência urinaria). O CEMI oferta à população o atendimento em diversificadas áreas da medicina, realização de exames, entre outros procedimentos. Ressalva a questão de que, a partir do encaminhamento clínico feito em uma das Unidades de Saúde da Família (USFs) do Município, é possível obter o atendimento junto ao CEMI, ou seja, após passar pela consulta médica na USF, o médico encaminhará o paciente. O CEMI também faz a avaliação prévia para o encaminhamento dos casos de maior complexidade para os Centros de Referência em outros Municípios.

Comitê de Bacias fará eleições para o biênio 2019/2021 em março São nove vagas para titulares e suplentes; eleição ocorrerá no Fórum da Sociedade Civil, e as instituições cadastradas devem comparecer à votação A água é um recurso fundamental para a vida na terra, sendo essencial para a sobrevivência humana, pois não é possível ficar mais de quatro dias sem consumi-la. No entanto, a falta dela é uma realidade em várias regiões. Esta é uma das preocupações do Comitê de Bacias Hidrográficas da Baixada Santista (CBH-BS) que tem como missão cuidar e proteger os rios e nascentes, discutindo problemas relacionados ao uso, recuperação e prevenção das águas. No mês de março, a CBH-BS realizará as eleições para biênio 2019/2021. O Comitê é composto por integrantes dos governos estadual, municipal e socieda-

de civil. Os representantes do estado e do município serão escolhidos por intermédio de indicações. São nove vagas para titulares e nove para suplentes. As instituições da sociedade civil da Baixada Santista terão a oportunidade de se cadastrar para concorrer às vagas destinadas ao CBH – BS. A participação é fácil, basta entrar em contato com a secretaria executiva do Comitê para realizar um cadastro por meio dos telefones (13) 3422-1264 e (13) 3422-1265 ou pelo e-mail cbhbs@uol.com.br. A eleição ocorrerá no Fórum da Sociedade Civil, e as instituições cadastradas devem comparecer à votação.


Folha da Cidade • Itanhaém, 9 de fevereiro 2019 • Veriedades

A BELA ITANHAÉM © Historiador José Carlos Só jcso.escritor@gmail.com

Foto Josy Inacio

Monumento à Anchieta em Itanhaém

Todos os turistas ou visitantes de Itanhaém, ficam maravilhados com a bela estátua de Anchieta, (carregando sua inseparável bíblia), localizada na Praça Narciso de Andrade. Ela foi inaugurada em 19 de agosto de 1945 , na época do Prefeito Paulo Figueiras Júnior. Seu escultor foi Luiz Morrone, premiadíssimo artista de São Paulo que executou mais de 500 obras entre esculturas/bustos e medalhas (80% medalhas) das principais personalidades da história do Brasil. Itanhaém foi uma das primeiras cidades do Brasil “premiada” com uma obra sua. Numa entrevista ao jornal Folha da Tarde de 03/041978, lhe foi perguntado: Das centenas de obras suas, qual foi a mais importante, na sua opinião ? Ele respondeu: “A que me diz mais é a estátua do Padre Anchieta em Itanhaém, pois é muito bonita e forte! Eu pesquisei bastante a vida dele antes de realizá-la. Muitos queriam que eu a colocasse sobre um pedestal, eu, porém, sabendo de sua história, dizia: se ela for colocada num pedestal, morre, pois Anchieta era uma andarilho..., então, como colocá-lo num pedestal? Ele tem que ser colocado no chão, e assim foi feito” COMO TUDO ACONTECEU Segundo Luiz Marrone, “...ela, originalmente, foi encomendada pelo Advogado e escritor Cândido Motta Filho, (que, depois, foi Ministro do Supremo Tribunal Federal), para ser colocada numa propriedade sua, em Itanhaém...” Bem, quando a elite local soube, originou-se várias discussões a respeito, comandada por Geraldo Russomano, seguido por Manoel Jorge e Hugo Polastrini, com o objetivo de instalá-la na praça central da cidade. (essa parte foi-me transmitida pela filha de Manoel Jorge, Dona Zely, que está com 93 anos, muito lúcida e sabe tudo sobre Itanhaém. (Emigdio de Souza, Volpi, Anita Malfatti, antigos políticos, etc.) Imploro que a Secretaria de Cultura, vá entrevistá-la com urgência, antes que seja tarde!!) Continua Morrone: “Ao ficar pronta foi levada para aquela cidade, e o Prefeito ao vê-la ficou impressionado e quis de todo jeito instalá-la na praça central. Houve discussões e , no final , o Cândido cedeu e a estátua foi instalada na praça. Ela , depois, foi inaugurada solenemente pelo Governador de São Paulo, Fernando Costa. Como pagamento, recebi um terreno na cidade ...” Bem, Morrone nasceu no

bairro do Brás, em São Paulo, em 1906 e faleceu em 1998. Aos 11 anos frequentava o ateliê de seu vizinho Cantarelli, um artista cemiterial, e ali aprendeu a arte da escultura. Com 12 anos entrou na Escola de Belas Artes, onde se formou 3 anos após. Em seguida aperfeiçoou-se no ateliê de Ettore Ximenes que estava fazendo as esculturas do Monumento à Independência, no Ipiranga , e “contratou-o” como um dos ajudantes dele. Em 1943, recebeu a medalha de ouro no Salão Paulista de Belas Artes. Nos anos seguintes recebeu dezenas de prêmios e condecorações por suas belas esculturas tanto no Brasil quanto no exterior. Bem, resumindo, historiamos algumas de suas obras : •Estátua de Henry Ford , nos EUA; •Estátua aos Bandeirantes, em Portugal. E outras na França e Itália; •5 bustos no Largo do Arouche e 5 na Praça da República , em São Paulo, além do enorme Pedro Álvares Cabral no Ibirapuera, S.P. •13 bustos/monumentos nas várias Instituições da Universidade de São Paulo; O QUE É UM MONUMENTO? Desde a antiguidade, todo monumento tinha a função memorialista , ou seja, de relembrar/eternizar os “feitos heróicos ou extraordinários” realizados por alguma pessoa em determinadas comunidades. QUATRO CURIOSIDADES 1ª) No Museu do Pateo do Colégio, em São Paulo, há uma cópia fiel apenas da cabeça da estátua “Anchieta de Itanhaém”, formando, então um busto; 2ª) Conforme o jornalista Biapaba Martins do Diário de São Paulo de 11-10-78, Luiz Morrone era amigo de Santos Dumont; 3ª) Era procurado,mas não tinha tempo para dar aulas de escultura. Abria algumas exceções, como para um seu aluno surdo-mudo, “...que era um ótimo escultor ”; 4ª) Os mais antigos se lembram do programa de TV “Vila Sésamo”, devido seu personagem Garibaldo. Bem, o Garibaldo era interpretado pelo filho dele, Laerte Morrone, também falecido. FINAL: Certa vez, numa entrevista, disse: “ – Quando eu era mais jovem, vim visitar Itanhaém e não encontrei vaga alguma tanto nos hotéis quanto nas pensões, então o remédio foi eu arranjar uns papelões, forrar a pedra da “Cama de Anchieta” e ali dormir. Foi o que fiz, porque o tempo estava quente e o céu lindo.” ©José Carlos Só Fev/2019

Caminhada da Fortaleza de Itaipu tem inscrições abertas As inscrições podem ser feitas pelo site: www.ticketagora.com.br até o dia 31 de março ou até alcançar o limite de 3.000 pessoas Os apreciadores e apaixonados por pedestrianismo já podem garantir a participação no evento que se tornou tradicional pela Cidade: a Caminhada Ecológica da Fortaleza de Itaipu. Esta será a nona edição da prova, que a cada ano reúne mais pessoas que percorrem e conhecem um dos principais pontos turísticos da Cidade, além de incentivar a prática da atividade física. O evento será realizado no dia 7 de abril, com distância de 8 km. Para concluir o preenchimento da vaga é preciso pagar uma taxa no valor de R$ 30,00, mais a taxa de serviços do site. Pessoas maiores de 60 anos pagam meia entrada, isto é, R$ 15,00, além da taxa de serviços. Crianças a partir de 12 anos pagam normalmente e devem fazer a caminhada com a camiseta do evento. Já quem tem até 11 anos não precisam fazer a inscrição e poderá participar sem a camiseta. Ao se inscrever, o cami-

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nhante terá direito ao kit de participação, que contém uma camiseta de uso obrigatório no dia, sacola e material publicitário de patrocinadores e apoiadores. A largada será realizada na praça Duque de Caxias, no bairro Canto do Forte, próximo ao 2° Grupo de Artilharia Antiaérea (GAAAe), às 8h30. Os participantes seguirão pela rua Gaspar Viana, entrarão pelo portão da avenida Marechal Mallet, percorrerão as alamedas que dão acesso ao sítio histórico até o Forte Duque de Caxias, retornando deste ponto até o portão de entrada da avenida Marechal Mallet. Dúvidas podem ser tiradas pelo site www.2gaaae.eb.mil. br, ou pela equipe das relações públicas do 2° GAAAe, através do e-mail rp_fortalezaitaipu@ig.com.br e do telefone 3473-2511, ramal 3215. O evento é realizado sob a coordenação técnica e estrutural da Associação dos Amigos da Fortaleza de Itaipu (Assoafi) e do 2º GAAAe.

Verão no Clima realiza caminhada neste domingo As inscrições já estão encerradas, mas o público está convidado para acompanhar o trajeto dos participantes O Projeto ‘Verão no Clima, além de desenvolver ações que conscientizam a população a preservar a vida marinha, também se preocupa com a saúde dos moradores, incentivando a prática de exercícios físicos. Para isso, neste domingo (10), a Praia do Centro será pista de uma corrida e caminhada. As atividades fazem parte do cronograma do projeto, com largada às 9 horas. As inscrições já estão encerradas, mas o público está convidado para acompanhar o trajeto dos participantes. A corrida contará com um percurso de sete quilômetros, com largada na Praia do Centro. Ao todo, 564 pessoas se inscreveram na modalidade, sendo que os 400 primeiros receberão um kit, que conta com uma camiseta (entregue no dia da corrida). Para a caminhada, 49 pessoas se inscreveram no site e

irão percorrer um trajeto de 3 km, com largada também na Praia do Centro. Os inscritos receberão um e-mail de confirmação até três dias antes das provas. As atividades fazem parte do Verão no Clima, um projeto de educação ambiental que tem como objetivo incentivar a mudança de hábitos no descarte de lixo nas áreas de veraneio e lazer, contando com ações educacionais e mutirões de limpeza nas praias do litoral paulista, além das caminhadas e corridas. Ao todo, 16 cidades participam do cronograma do projeto Verão no Clima. Segundo o Ministério da Saúde (OMS), a prática de atividade física regularmente evita o desenvolvimento de doenças crônicas, como cardiovasculares, câncer e diabetes, além de melhorar a autoestima do praticante.

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EM OUTRAS CIDADES • Até agora, sete municípios já participaram das atividades e cinco ainda estão com as inscrições abertas para aqueles que desejarem participar em outros locais. Para se cadastrar, basta en-

trar no site do projeto, na guia ‘Inscrições’ e escolher a modalidade (caminhada ou corrida). Se a pessoa optar por participar de mais de um evento, é necessário repetir o processo de inscrição.

Biblioteca recebe exposição sobre Semana de Arte Moderna Para comemorar o mês da Semana de Arte Moderna, a Biblioteca Municipal Paulo Bomfim, na Rua Cunha Moreira, 71, Centro, preparou uma exposição que acontece até 28 de fevereiro, de segunda a sexta, das 8 às 17 horas. A exibição conta com uma seleção de livros sobre a Semana de 22 e também referentes aos artistas participantes. Além disso, a exposição também contará com alguns vinis com os maiores sucessos de Heitor Villa Lobos, LPs e uma vitrola vintage, para que a nova geração possa conhecer as músicas do compositor e experimentar um pouco da cultura do “bolachão”.


Folha da Cidade • Itanhaém, 9 de fevereiro 2019 • Especial

Projeto está com inscrições abertas para Curso de Libras e Braile Imagina ficar sem ouvir música, ruídos, pessoas falando, barulho do trânsito, som do mar… Este é o “silêncio” que muitas pessoas convivem há anos ou desde que nasceram e, para se comunicar, usam a Língua Brasileira de Sinais (Libras). A linguagem,

que está sendo bastante difundida devido à inclusão, cada vez mais atrai pessoas interessadas em aprendê-la. Em Itanhaém, o projeto Libras em Contexto com a Sociedade (LICS) está com inscrições abertas até o final deste mês para o Curso de Libras Básico.

Para participar é preciso ser alfabetizado e ter mais de 15 anos de idade. As inscrições devem ser feitas pela internet, por meio do link. O curso tem a duração de 160 horas e terá duas turmas de 25 alunos cada: às quartas-feiras, na Associação Nordestina e Nortista de Itanhaém (ANNI), no Sabaúna, e aos sábados, na E.E. Rosélia Braga Xavier, no Gaivota, das 8 às 11 horas para os dois dias. Haverá ainda curso de Libras e Braile, às sextas-feiras (das 9 às 12 e das 9 às 11 horas respectivamente), no pólo da Universidade Metropolitana de Santos

(Unimes) no Município. O valor é R$ 49,90 mensal, e as aulas iniciam dia 9 de março. O Projeto surgiu do sonho da docente da Rede Municipal de Ensino, Aretuza Midory Tuzuki, que é professora intérprete de libras na Escola Municipal Célia Marina Dal Pozzo Borges. O magistério sempre foi meta de vida e realização pessoal, mas viu a necessidade de alguns a importância de se aprimorar para ajudar os alunos surdos a entender a nossa língua. Desta forma, ela começou seus estudos sobre a língua

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brasileira de sinais. Aretuza não está sozinha neste sonho: outra professora da Rede, Sara Rufino Mazzei, também participa do

projeto e reforça o time de pessoas dispostas a tornar a libras uma língua difundida, onde os surdos possam cada vez mais serem atendidos.


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