Relatório pos flip 2015

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13a. Festa Literรกria Internacional de Paraty 1 a 5 de julho 2015

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Ministério da Cultura, Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

13a. Festa Literária Internacional de Paraty 1 a 5 de julho 2015


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índice

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A casa que hospeda a Flip A Flip do Mário

autor homenageado

programação principal

flipmais

flipinha

flipzona

8 Sessão de abertura 9 Mesas literárias 10 Exposição Mário e Paraty: vidas paralelas e fotos do programa 11 FlipMais 12 Musica Brasilis 13 Pílulas

16 17 18 19 20 21 22 23

25 26 27 28 29 30

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39 40 41

Uma Flip para todos Show de abertura Mesa zé kleber Quinta, 2 de julho Sexta, 3 de julho Sábado, 4 de julho Domingo, 5 de julho Programação principal

Quinta, 2 de julho Sexta, 3 de julho Sábado, 4 de julho Domingo, 5 de julho Programação FlipMais Oficina de Design de Livros

políticas públicas 43 44

Discussões sobre ações e políticas para formação de leitores Programação mesas de políticas públicas

Um evento que forma leitores Projetos educativos e culturais Programação flipinha

museu do território de paraty 46 O museu e a Flip 47 Atividades 48 Vídeos dos depoimentos de moradores

Literatura, cultura local e tecnologia Projetos educativos e culturais Programação FlipZona

comunicação 52 Mídia espontânea 55 Anúncios 57 Peças gráficas 60 Sinalização 61 Lista de autores 62 Flip em números 69 Ficha técnica 70 Parceiros

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A casa que hospeda a Flip

A Associação Casa Azul, organização da sociedade civil de interesse público que desenvolve projetos nas áreas de arquitetura, urbanismo, educação e cultura na região de Paraty – entre eles, a Flip –, acredita que a cultura e a educação são instrumentos capazes de potencializar grandes transformações no território. E esse é um dos objetivos da Flip.

Este relatório é uma forma de consolidar as realizações e resultados da Flip 2015, garantindo a transparência de nossas ações junto ao público e a nossos parceiros, que apoiam nosso trabalho e compartilham a missão de transformar o território de Paraty e contribuir para a preservação da identidade cultural da região.

Nesse desafio, que já se desenvolve por treze anos, contamos com o apoio de grandes atores do cenário cultural e econômico do Brasil, que acreditam na Flip e no seu potencial. Ano após ano, novas parcerias vêm sendo construídas – tanto em âmbito nacional quanto local – para aprimorar esse trabalho.

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A Flip do Mário

Mário de Andrade e Paraty seguiram por caminhos paralelos. E, ao que tudo indica, jamais se encontraram. Mas um sentimento comum de que o autor homenageado esteve presente foi relatado por muitas pessoas que participaram da 13a. Flip, edição que será lembrada por todos como a Flip do Mário. Como intelectual e gestor público, o escritor dedicou-se a questões como a educação pela cultura, a convivência entre erudito e popular e a preservação do patrimônio material e imaterial. Ainda hoje atuais, esses temas perpassaram as conversas entre os autores na tenda e reverberaram nas praças, no café e em outros espaços públicos onde a Flip aconteceu.

Celebrando o autor homenageado, que sempre valorizou as artes populares, a festa começou com o show do cantor e compositor Luís Perequê, importante defensor da diversidade cultural de Paraty, e o grupo de cirandeiros Os Caiçaras. Terminou com um cortejo do Maracatu Palmeira Imperial, representante em Paraty dessa manifestação cultural do Nordeste. Em 2015, a Flip buscou uma vez mais reforçar o vínculo entre a literatura e o espaço público, a festa e a cidade, os moradores e os visitantes. Para além da tenda, o público ocupou também a praça da Santa Casa, que se tornou um ponto de encontro de onde era possível assistir pelo telão às mesas da programação principal e aos vídeos realizados pelo Museu do Território de Paraty com depoimentos de moradores paratienses.

Na tenda, nas ruas e nas praças de Paraty – ou em qualquer lugar com acesso à internet –, a literatura fez-se presente. O diálogo entre as artes, um dos pilares da Flip, deu o tom da programação principal, que abordou, para além da literatura, aspectos de ciência, música, arquitetura, bem como políticas públicas para o livro e a leitura. Pela primeira vez, a programação da FlipMais foi inteiramente gratuita. Com a valiosa inspiração de Mário, buscamos fazer da 13a. Flip uma manifestação cultural ainda mais democrática e conectada com a cidade. Seguimos, assim, empenhados em nossa missão de preservar e dar visibilidade às raízes culturais do território paratiense. Mauro Munhoz direção-geral programação principal

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autor homenageado

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autor homenageado sessão de abertura

Mário em festa

Ao longo de cinco dias, o espírito aventureiro, audaz e articulador de Mário de Andrade invadiu as ruas de Paraty. O autor homenageado da 13a. Flip teve suas múltiplas facetas representadas na festa – poeta, romancista, crítico musical, gestor público, agitador cultural –, e novos olhares foram lançados sobre sua obra. Um painel com uma reprodução do retrato de Mário feito por Tarsila do Amaral em 1922 foi cenário do palco da Tenda dos Autores. O processo de trabalho dos artistas Rubens Barros e Naom Cruz está disponível em vídeo.

USP Eliane Robert Moraes e o pesquisador Eduardo Jardim. Sarlo procurou mapear as semelhanças e diferenças entre a geração de modernistas da década de 1920 no Brasil e na Argentina, e Eliane dedicou-se a apresentar a erótica de Mário, “tão inesperada quanto intensa”. Autor de Eu sou trezentos, primeira biografia do homenageado, Eduardo Jardim trouxe à Tenda dos Autores a multiplicidade do escritor, frisando sua atuação como agitador e gestor cultural. Uma performance surpresa do ator Pascoal da Conceição, vestido como o próprio Mário, encerrou o encontro.

Intitulada “As margens de Mário”, a Sessão de Abertura da programação principal promoveu o encontro entre a crítica argentina Beatriz Sarlo, a escritora e professora de literatura brasileira da 8


autor homenageado mesas literárias

A Pauliceia desvairada de Mário foi tema da mesa São Paulo! comoção de minha vida..., que reuniu o cineasta e ensaísta Carlos Augusto Calil e o jornalista Roberto Pompeu de Toledo. Outro marco na obra de Mário, o livro O turista aprendiz pautou o encontro entre Beatriz Sarlo e a jornalista portuguesa Alexandra Lucas Coelho sobre viagens, expedições, descobertas. Investigando o modo como as pesquisas do modernista influenciaram a música popular brasileira, a mesa Música, doce música colocou lado a lado o pesquisador musical José Ramos Tinhorão e o compositor e escritor Hermínio Bello de Carvalho. A conversa estendeu-se para um vasto debate em torno da Bossa Nova.

Responsável pela Conferência de encerramento: Mário de corpo inteiro, José Miguel Wisnik foi aplaudido de pé ao dizer que o Brasil não trata cultura e educação como se fossem “um luxo [acessível] para todos” e “faz de tudo para jogar a juventude pobre, negra e mestiça no esgoto das prisões”. Wisnik cantou o poema “Garoa do meu São Paulo” e mencionou o impacto de ouvir a voz do autor — descoberto recentemente, o áudio com Mário cantando foi reproduzido na Tenda. “A dualidade nesse homem é fundamental. Num jogo agônico, está sempre às voltas com as contradições dele mesmo, que se estampam nas contradições do Brasil.”

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autor homenageado exposição Mário e Paraty: vidas paralelas e fotos do programa

Flip 2015’s opening session draws a portrait of Mário de Andrade from three original viewpoints often overlooked in the many critical studies of his work. Leading Argentinean literary critic Beatriz Sarlo (b. Buenos Aires, 1942) examines Mário de Andrade from the perspective of certain Latin American vanguards, especially those that emerged in Buenos Aires in the 1920s and 1930s, which she discusses in her classic essay Una modernidad periférica: Buenos Aires, 1920 y 1930 (1988). The title of this panel alludes to the concept of orillas (‘margins’), used by Sarlo to refer to outlying working-class suburbs: marginal cultural spaces that, through literature, ‘contaminate the city centre and respectable parts of town’. Sarlo also participates in the panel Apprentice Tourists (see p. 78-81). Essayist Eliane Robert Moraes (b. São Paulo, 1951) explores the erotic currents in Andrade’s work, which permeate his novels, short stories, poems and even his research into folklore. Moraes also participates in the panel The Immoral Moraes (see p. 74-77). Eduardo Jardim (b. Rio de Janeiro, 1948) completes the line-up, to discuss his new book, the first biography of Mário de Andrade, Eu sou trezentos (2015). A funded researcher with the Brazilian National Library Foundation, Jardim has authored studies on Brazilian modernism, Mário de Andrade’s aesthetic theory and the last years of Andrade’s life, especially the period in which he lived in Rio, from 1938 to 1941.

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p. 48 – No mesmo dia, Mário “fota”, como escrevia, canoas a reboque de uma lancha que os levaria para ver as vitórias-régias, “a grande flor, é a flor mais perfeita do mundo”. p. 52 – The same day, Andrade ‘photoed’, as he liked to say, canoes towed by a launch that was taking them to see the Queen Victoria water lilies, ‘the most perfect flowers in the world’. p. 52 – Esta foto é considerada por Mário a sua obra-prima: “Pois é nessas lagoas que as vitórias-régias vivem, calmas, tão calmas, cumprindo o seu destino de flor”. p. 56 – Andrade considered this photograph his masterpiece: ‘For it is in these lakes that the giant water lilies reside, calm, so calm, living out their flower destinies’. p. 56 – Uma das companheiras de viagem de Mário é Dulce do Amaral Pinto, a “Dolur”, aqui fotografada no Alto Solimões (AM), “lançando setas peruanas”. p. 60 – One of Andrade’s travel companions was Dulce ‘Dolur’ do Amaral Pinto, shown here in Alto Solimões, ‘shooting Peruvian arrows’. p. 60 – A caminho do Peru, no rio Nanay, afluente do Amazonas, Mário clica o transporte das toras de mogno em 23 de junho e anota: “Vitrolas futuras”. p. 64 – En route to Peru, on the Nanay River, a tributary of the Amazon, Andrade photographed mahogany logs being transported on 23rd June and wrote: ‘future gramophones’. p. 64 – No dia seguinte, ao chegar em Iquitos, capital da Amazônia peruana, Mário registra “piás se banhando num igarapé”. p. 68 – The next day, when they reached Iquitos, the capital of the Peruvian Amazon, Andrade captured ‘boys bathing in a waterway’.

p. 68 – Ainda no Peru, onde ficou por quatro dias, Mário viaja pelo “trem-bonde” e, além dos registros que faz, se deixa fotografar duas vezes, sempre descontraído. p. 68 – While in Peru, where he stayed for four days, Andrade rode on a tram and, in addition to the photos he took himself, allowed himself to be photographed twice, looking relaxed.

Fora da Tenda dos Autores, o homenageado foi tema da exposição Mário e Paraty: vidas paralelas. A mostra reuniu na Casa da Cultura vídeos com depoimentos de moradores locais, fotografias antigas das famílias paratienses e fotos feitas por Mário de Andrade em suas viagens pelo Brasil, gentilmente cedidas pelo Arquivo do Instituto de Estudos Brasileiros – USP. Com pesquisa de Alexandre Pimentel e curadoria de Paulo Werneck, a exposição estabeleceu um diálogo entre as viagens e descobertas de Mário e a cultura paratiense. Uma iniciativa da Flip e do Museu do Território de Paraty que visa manter em constante atualização as ideias e obras de Mário de Andrade, o diálogo entre o presente e o passado e a preservação do patrimônio material e imaterial.

As viagens de Mário pelo Brasil também estiveram presente no projeto gráfico do programa. A peça reuniu uma seleção de 23 fotos feitas pelo escritor durante sua viagem etnográfica à Amazônia e ao Nordeste, realizada entre maio e agosto de 1927.

p. 72 – As galhofeiras Dolur (de preto) e Mag (Margarida Guedes Nogueira), identificadas por Mário como “Amor e Psiquê”. O clima descontraído deu o tom à viagem. p. 72 – Dolur (in black) and Mag (Margarida Guedes Nogueira), whom Andrade called ‘Love and Psyche’, clowning around. The atmosphere of the trip was laid-back.

p. 76 – Em 5 de julho, Mário fotografa uma vendinha depauperada que leva o nome da mais famosa loja de departamentos parisiense: o “Bon Marché de Manicoré”. “Viva a França!”, registra. p. 76 – On 5th July, Andrade photographed an impoverished grocery named after Paris’s most famous department store: ‘The Bon Marché of Manicoré’. ‘Viva France!’ he wrote.

p. 80 –Durante a longa viagem de nove dias pelo rio Madeira, Mário de Andrade faz uma “selfie” de sua sombra e anota: “Quedê o poeta? ”. p. 80 – During the nine-day journey along the Madeira River, Mário de Andrade took a ‘selfie’ of his shadow and wrote: ‘Where’s the poet? ’

p. 84 – Nas escalas que o Vitória faz nos povoados amazônicos, Mário registra o modo de vida ribeirinho. p. 84 – When the Vitória stopped off at Amazon villages, Andrade documented the local way of life.

p. 88 – Em Porto Velho, os turistas aprendizes pegam a estrada de ferro Madeira-Mamoré e voltam a Manaus. A viagem prossegue pelo Amazonas. Aqui, canoeiros fotografados em 23 de julho. p. 88 – From Porto Velho the apprentice tourists returned to Manaus on the Madeira-Mamoré Railroad, and continued their travels through the Amazon. Here, canoers photographed on 23rd July. p. 92 – Eles passam por Santarém e por Belém, e dali partem para a ilha de Marajó, “um paraíso”. No rio Arari, Mário fotografa o Duqueza, em 29 de julho. p. 92 – They passed through Santarém and Belém, and from there set out for the Island of Marajó: ‘paradise’. On 29th July Andrade photographed the Duqueza on the Arari River.

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autor homenageado flipmais

Dentro da programação FlipMais, a Capelinha recebeu as mesas “Caminhos de Mário: a dimensão antropológica na cultura”, com Alexandre Pimentel, diretor da Biblioteca Parque de Manguinhos (RJ), Manoel Vieira, diretor do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), e Maria Pereira, coordenadora do Projeto Turista Aprendiz, e “As gavetas de Mário”, em que Elisabete Marin Ribas, do IEB/USP, explicou a importância que o acervo do escritor modernista teve na formação do instituto.

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autor homenageado musica brasilis

Como parte do VI Circuito BNDES Musica Brasilis, Mário foi celebrado na Igreja da Matriz com duas apresentações do recital Mário de Andrade e a Música. No repertório, peças de Bach e Villa-Lobos, intercaladas com textos do escritor paulistano interpretados pelo ator Pascoal da Conceição.

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autor homenageado pílulas

Cada uma das 23 mesas literárias da programação principal teve como abertura uma “Pílula do autor homenageado” – pequenos vídeos coproduzidos com o canal Arte1. No espírito de diálogo entre as artes que marcou a homenagem a Mário de Andrade no festival, grandes leitores do escritor – artistas, professores, escritores e músicos – deram seu testemunho sobre o autor de Macunaíma e interpretaram seus textos em São Paulo, em locais importantes para sua vida e obra.

A edição e a direção de arte conferiram ao conjunto das pílulas uma estética original, experimental para os padrões da TV brasileira. As pílulas foram exibidas na transmissão por streaming, nos telões da Flip em Paraty e no canal Arte 1, que também produziu o programa “Sobremesa Flip”, uma série de entrevistas exclusivas feitas com alguns autores logo após o término da mesa.

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autor homenageado pílulas

Antonio Nóbrega Cida Moreira João Adolfo Hansen Yudith Rosenbaum Noemi Jaffe Maria Augusta Fonseca Nuno Ramos Fabrício Corsaletti Tania Macedo Priscila Figueiredo Telê Ancona Lopez Luiz Ruffato Carlos Augusto Camargo José Celso Martinez Corrêa Walnice Nogueira Galvão Bernardo Carvalho Jacó Guinsburg Pascoal da Conceição Alcides Villaça Luiz Tatit Ná Ozzetti Antonio Arnoni Prado Eduardo Escorel Marcos Antonio de Moraes

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programação principal

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programação principal

Uma Flip para todos

A programação da Flip 2015 buscou responder às múltiplas questões com que a obra e a vida de Mário de Andrade nos interrogam. Em meio à efeméride dos setenta anos de morte do escritor, num momento de renovação de seus leitores, discussão sobre sua atualidade no país e projeção de sua obra no século 21 brasileiro, a Flip se mostrou relevante, original e necessária ao interpelar a obra de um de nossos grandes autores. Ao menos uma vez por dia, uma das mesas literárias pôs Mário de Andrade em discussão ou recuperou debates iniciados por ele: o diálogo entre arquitetura, urbanismo e literatura; a poesia

erótica; a interlocução com as vanguardas latino-americanas; a biografia recém-publicada; a cidade de São Paulo e o projeto pioneiro no Departamento de Cultura; os ecos do racismo e das questões de gênero em sua vida e sua obra. Somando os autores convidados aos artistas e intelectuais entrevistados nas “Pílulas” (filmetes de abertura das mesas) e aos participantes do ciclo Em Busca de Mário de Andrade (realizado com o Sesc-SP), a Flip mobilizou cerca de sessenta intelectuais para compor um retrato vibrante de Mário em nossos dias.

plural, diferentes gerações, sensibilidades e experiências foram postas em diálogo, da roqueira e poeta Karina Buhr ao historiador da música José Ramos Tinhorão. Em seu compromisso com a bibliodiversidade, a programação principal da Flip reuniu 23 editoras em Paraty, algumas participando do festival pela primeira vez. A repercussão positiva na imprensa, pautada por um consistente trabalho de comunicação, permitiu jogar luz sobre cada convidado e cada eixo de debates. Paulo Werneck curador da programação principal da Flip 2015

Os 43 autores convidados promoveram discussões de alto nível, com excelente resposta do público, que manteve a Tenda dos Autores sempre cheia, bem como os telões externos e a audiência por streaming. Num espírito 16


programação principal show de abertura

Sons da terra, sons do mar

Conjugando canções tradicionais, ritmos dançantes e poemas, o Show de Abertura, Música na Praça, homenageou as tradições musicais populares, presentes nos estudos de Mário de Andrade, e colocou o público para cantar e dançar na Tenda da Flipinha. Quem abriu a noite foi o poeta e compositor caiçara Luís Perequê. Acompanhado por sua banda, ele entoou letras falando de mar, barcos, amores e outros temas presentes em seus quatro álbuns. Músicas como “Um Canto Caiçara” e “Aves e Evas” entusiasmaram a plateia.

Num momento especialmente marcante, Perequê ofereceu um poema às comunidades de Paraty pela luta travada na preservação da mata. O show seguiu com apresentação da cantora paulistana Dani Lasalvia, que interpretou algumas das canções coletadas por Mário, e também do grupo paratiense Os Caiçaras, que trouxe ao palco cirandas tradicionais, unindo música e ocupação do território.

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programação principal mesa zé kleber

O centro é aqui

Desde 2009, a Flip promove uma mesa especial e gratuita para discutir a cidade e suas políticas públicas, batizada em homenagem ao poeta, músico e importante ativista paratiense Zé Kleber. Procurando relativizar as distinções entre centro e periferia, a mesa Zé Kleber de 2015, intitulada Falando alemão, reuniu três autores que passaram pelo Laboratório Setor X, oficinas de poesia, fotografia e edição promovidas no Complexo do Alemão, na Rocinha e em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Com mediação do poeta e professor do projeto Carlito Azevedo, os autores Geovani Martins, Deocleciano Moura Faião e Katjusch Hœ con-

taram suas experiências no laboratório e leram textos recentes. Uma revista resultante do Setor X foi lançada na Flip, revelando nomes que percorrem temáticas e registros de linguagem muito plurais. “Minha cabeça é meio fora da caixinha. Eu sei que em algum momento da minha vida eu vou ter que controlar palavrões, mostrar menos minhas opções íntimas, me adaptar a padrões. Mas por enquanto, não”, salientou Deocleciano Moura Faião, que leu um poema em homenagem a Ogum. “A gente tem a intenção de continuar no projeto enquanto ele existir”, disse Geovani, que também leu um texto seu – um poema sobre a vida e morte de um rojão – e contou que os três pretendem realizar um livro conjunto.

Alemã vivendo no Rio de Janeiro desde 2013, Katjusch começou a escrever captando frases que ouvia no ônibus ou no bar. O texto resultante “não fala sobre o Rio de Janeiro mas faz o Rio falar”, nas palavras de Azevedo. “O que mais me impressionou nesse projeto foi inverter a noção de periferia. Quando você chega à Rocinha, ao Alemão, a Manguinhos, você chega ao centro. A cultura está lá borbulhando”, completou Anna Dantas, coordenadora da iniciativa, convidada a encerrar o encontro.

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programação principal quinta, 2 de julho

Poesia, arquitetura, performance

A ideia de ultrapassar os limites dos guetos e das clausuras nos grandes centros urbanos norteou a fala do antropólogo, poeta e ensaísta Antonio Risério na mesa A cidade e o território, da qual participou também o escritor Eucanaã Ferraz. Para Ferraz, nos versos do poema “Rua de São Bento”, de Mário de Andrade, está a metáfora do canto da sereia, da cidade que canta e seduz com uma promessa de amor que pode se traduzir em desgraça. No encontro De micróbios e soldados, o escritor bósnio radicado na Alemanha Saša Staniši´c e o argentino radicado na França Diego Vecchio mapearam pontos em comum: a vivência da guerra na infância, deslocamentos de vida e linguagem.

No fim de tarde, a Tenda dos Autores foi tomada pela poesia do carioca Mariano Marovatto e da lisboeta Matilde Campilho, numa pluralidade de sotaques que arrebatou a plateia. Durante a mesa Poesia em 2015, Campilho leu versos de Jóquei – com pausas, entonações e dissonâncias. “A poesia é uma coisa que a gente faz em casa, no restaurante. Mesmo que tenha muita gente em volta, não tem ninguém”, afirmou. Marovatto mencionou seu contato com a obra da escritora Ana Cristina Cesar e sua iniciação como poeta. A mesa Encontro com Colm Tóibín trouxe o romancista irlandês de volta à Flip onze anos depois. O autor leu trechos do recém-lançado Nora Webster e traçou considerações sobre a poeta Elizabeth Bishop. Tóibín falou da sua

rotina como escritor, garantiu que usa uma cadeira dura de madeira para a labuta e aconselhou seus pares a fugir do conforto e de muita comida. “Escrever olhando por uma janela bonita pode ajudar a sua alma, mas não vai ajudar a sua prosa”, aconselhou. Numa conversa contundente e bem-humorada sobre Brasil, neurociência, religião e literatura, Jorge Mautner e Marcelino Freire encerraram o segundo dia de Flip. Arrancando aplausos da plateia, o músico de “Maracatu Atômico” e o escritor idealizador do festival Balada Literária foram, sem receios, Do angu ao Kaos – título da mesa composta por eles.

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programação principal sexta, 3 de julho

Política brasileira, escravidão e literatura erótica

Reflexões sobre a morte, o ofício de historiador e a conjuntura política brasileira nortearam o Encontro com Boris Fausto. O historiador foi muito aplaudido ao criticar os caminhos do governo federal e citar os desafios da oposição. Na mesa São Paulo! comoção de minha vida…, Carlos Augusto Calil e Roberto Pompeu de Toledo deram uma aula sobre Mário de Andrade e a São Paulo dos tempos do escritor. Relembraram o começo do modernismo e frisaram a relevância do autor para a cultura brasileira. Aula mesmo coube a Heloisa M. Starling e Lilia M. Schwarcz. Na mesa bônus, intitulada Brasil: uma aula, elas discorreram sobre temas formadores da identidade

nacional. E, sobretudo, abordaram o papel estruturante da escravidão para a sociedade brasileira. Na mesa dedicada à ciência, As ilusões da mente, Eduardo Giannetti e Sidarta Ribeiro trataram das mais recentes descobertas em neurociência e de como a ética não tem acompanhado a evolução da ciência, provocando uma crise civilizatória. O queniano Ng˜ug˜l wa Thiong’o e o australiano Richard Flanagan comentaram, na mesa Escrever ao sul, o esforço para inserir o leitor na mente do opressor. Thiong’o relatou o que o fez começar a escrever em kikuyu, sua língua nativa. Já Flanagan compartilhou a experiência de conhecer o lugar em que seu pai foi mantido prisioneiro durante a Segunda Guerra Mundial.

Recorrer a memórias pessoais e familiares para escrever foi o tema da mesa Amar, verbo transitivo. A brasileira Ana Luisa Escorel e a americano-israelense Ayelet Waldman discorreram também sobre como lidar com as críticas quando se tem em casa cônjuges ou pais também envolvidos na criação literária. Na última mesa do dia, Os imoraes, a temperatura subiu. Reinaldo Moraes leu trechos da emenda apimentada a Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, “psicografada” por ele. Ele e Eliane Robert Moraes falaram sobre literatura erótica, pornografia e discutiram autores que dedicaram a vida a escrever contos libidinosos.

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programação principal sábado, 4 de julho

Humor, guerrilha e poesia

O penúltimo dia da Flip começou com uma conversa entre a argentina Beatriz Sarlo e a portuguesa Alexandra Lucas Coelho. Na mesa Turistas aprendizes, retrataram as viagens traduzidas em suas escritas e a relação de longa data que têm com o Brasil. O humor britânico deu o tom do Encontro com David Hare. O dramaturgo inglês tratou do legado de Margaret Thatcher e das particularidades de se fazer teatro na Inglaterra. Comentou também o fracasso do modelo neoliberal em seu país.

De balões a blasfêmias teve também o humor como tema. Os franceses Plantu e Riad Sattouf e o brasileiro Rafa Campos discutiram até que ponto os cartuns e histórias em quadrinhos têm de respeitar crenças. Plantu acredita que os cartunistas devem continuar na oposição ao poder político e religioso, mas sem menosprezar os direitos humanos e as diferentes crenças. A matemática guiou a mesa seguinte, Os homens que calculavam, com o brasileiro Artur Ávila e o russo Edward Frenkel. Ambos criticaram o tipo de matemática ensinado nas escolas e explicaram a conexão entre a sua área de estudo e outros campos do conhecimento.

O Jornalismo de guerrilha foi o tema debatido pelo mexicano Diego Osorno e o britânico Ioan Grillo. Os dois traçaram juntos um panorama do narcotráfico, considerando fatores como política, economia, saúde e sistema judiciário. Abordaram a violência e as discussões sobre descriminalização das drogas. O sábado terminou com poesia e música em Desperdiçando verso, mesa que uniu Arnaldo Antunes e Karina Buhr. A música e poeta tocou pandeiro, falou de feminismo e da dificuldade em dissociar o que vem à mente como música e o que vem como verso. Arnaldo emocionou o público ao cantar um poema de Alice Ruiz, com coro da plateia.

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programação principal domingo, 5 de julho

Música, romance policial e livros de cabeceira

O domingo começou com uma discussão acirrada sobre Bossa Nova na mesa Música, doce música. Para José Ramos Tinhorão, a bossa nova é uma imitação do jazz norte-americano. Hermínio Bello de Carvalho tomou a direção contrária e saiu em defesa de Tom Jobim e seus companheiros de ritmo, afirmando que o estilo é, sim, original e brasileiro. Dedicada aos romances policiais, De frente para o crime contou com a inglesa Sophie Hannah e o cubano Leonardo Padura. Os dois exploraram criação de enredo, composição do personagem assassino e como o gênero pode se livrar da pecha de inferior entre as outras expressões literárias.

A Conferência de encerramento: Mário de corpo inteiro, a cargo de José Miguel Wisnik, começou como uma aula sobre Mário de Andrade, em suas dualidades e ambivalências, e terminou com um discurso emocionado. Em alusão ao projeto de redução da maioridade penal, o ensaísta evocou a educação e a cultura como meios de fazer o Brasil renascer de si mesmo, em vez de jogar jovens pobres e negros na prisão. Aplaudido de pé, encerrou cantarolando um poema de Mário. A tradicional mesa Livro de cabeceira teve participantes da programação principal da Flip lendo trechos de suas obras favoritas. Ayelet Waldman leu Virginia Woolf, Colm Tóibín escolheu James Joyce, Ng˜ug˜l wa Thiong’o optou por George

Lamming. Diego Vecchio leu parágrafos de Flaubert, Carlos Augusto Calil trouxe Mário de Andrade, e Matilde Campilho elegeu Samuel Beckett. Marcelino Freire homenageou Noémia de Sousa e Richard Flanagan, por fim, recitou Guimarães Rosa. Coube ao italiano Roberto Saviano o encerramento da festa literária. Por vídeo, lamentou sua ausência e fez um panorama do narcotráfico no Brasil e no mundo. Em tom de maracatu, num cortejo pelas ruas de Paraty, o grupo Maracatu Palmeira Imperial encerrou a 13a. edição da Flip.

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programação principal flip

1 quarta

2 quinta

3 sexta

4 sábado

5 domingo

19h | sessão de abertura As margens de Mário Beatriz Sarlo Eliane Robert Moraes Eduardo Jardim

10h | mesa 1 A cidade e o território Antonio Risério Eucanaã Ferraz

10h | mesa 6 Encontro com Boris Fausto

10h | mesa 12 Turistas aprendizes Beatriz Sarlo Alexandra Lucas Coelho

10h | mesa 18 Música, doce música José Ramos Tinhorão Hermínio Bello de Carvalho

12h | mesa 13 Encontro com David Hare

12h | mesa 19 De frente para o crime Leonardo Padura Sophie Hannah

21h30 | show de abertura na tenda da flipinha Música na praça Luís Perequê Dani Lasalvia Os Caiçaras

12h | mesa zé kleber Falando alemão Geovani Martins Deocleciano Moura Faião Katjusch Hœ

12h | mesa 7 São Paulo! comoção de minha vida… Carlos Augusto Calil Roberto Pompeu de Toledo 13h30 | mesa bônus Brasil: uma aula Heloisa M. Starling Lilia M. Schwarcz

15h | mesa 14 De balões e blasfêmias Riad Sattouf Rafa Campos Plantu

15h | mesa 8 As ilusões da mente Eduardo Giannetti Sidarta Ribeiro

17h15 | mesa 15 Os homens que calculavam Artur Ávila Edward Frenkel

19h30 | mesa 4 Encontro com Colm Tóibín

17h15 | mesa 9 Escrever ao sul Ng˜ug˜I wa Thiong’o Richard Flanagan

19h30 | mesa 16 Jornalismo de guerrilha Ioan Grillo Diego Osorno

21h30 | mesa 5 Do angu ao Kaos Jorge Mautner Marcelino Freire

19h30 | mesa 10 Amar, verbo transitivo Ana Luisa Escorel Ayelet Waldman

21h30 | mesa 17 Desperdiçando verso Arnaldo Antunes Karina Buhr

15h | mesa 2 De micróbios e soldados Diego Vecchio Saša Staniši´cć 17h15 | mesa 3 A poesia em 2015 Matilde Campilho Mariano Marovatto

21h30 | mesa 11 Os imoraes Eliane Robert Moraes Reinaldo Moraes

14h | mesa 20 Conferência de encerramento: Mário de corpo inteiro José Miguel Wisnik 16h | mesa 21 Livro de cabeceira Ayelet Waldman Colm Tóibín Diego Vecchio Eduardo Giannetti Marcelino Freire Matilde Campilho Ng˜ug˜I wa Thiong’o Richard Flanagan

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flipmais

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flipmais quinta, 2 de julho

Discussão sobre o preço fixo do livro, espetáculos e exibição de filme O preço fixo do livro e a concorrência entre livrarias de diferentes portes e gigantes da venda online foram tema da mesa-redonda que abriu o primeiro dia da programação da FlipMais na Casa da Cultura. Participaram da conversa Jean-Guy Boin, presidente do Escritório Internacional da Edição Francesa; Luís Antonio Torelli, da Câmara Brasileira do Livro (CBL); Marcos da Veiga Pereira, do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL); e Richard Charkin, presidente da International Publishers Association (IPA).

Apesar da diminuição recente na produção de títulos, no número de livrarias e nos investimentos em ações de leitura, o presidente da CBL disse que os dados não devem ser motivo de desalento. “Isso mostra o tamanho do mercado que a gente pode conquistar”, sugeriu. O dia seguiu com a exibição de um episódio do Poesia em Movimento, com Cleonice Berardinelli. Na série do Philos TV, a maior lusitanista brasileira leu poemas de Mário de Sá-Carneiro, com trechos musicados por Adriana Calcanhotto. Dentro do projeto “Noites de Cinema”, iniciativa do Itaú Cultural, foi exibido o documentário A Paixão de JL, filme intimista ancorado no diário gravado pelo artista plástico José Leonilson (1957-1993).

Durante o espetáculo Criaturas de Papel, do Grupo Bricoleiros – parte da programação do Palco Giratório do Sesc – formas geométricas tomaram vida no decorrer da encenação. Objetos como pássaros de madeira e aviões de papel divertiram a plateia, repleta de crianças. O recital “Poesia a capela” ocupou a Capelinha de Paraty na última atividade do dia, realizada em parceria com o British Council, o recital “Poesia à capela” ocupou a Capelinha de Paraty. Uma sessão extra foi organizada para que o sarau com a poeta e cantora brasileira Elisa Lucinda e o autor britânico Lemn Sissay pudesse ser visto por um público ainda maior. “Sempre quis fazer um recital numa capela. Aqui é o meu lugar”, divertiu-se Elisa.

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flipmais sexta, 3 de julho

Poesia, teatro e debate sobre mediação de leitura Com uma programação que percorreu teatro, poesia, audiovisual e educação, a sexta-feira da FlipMais movimentou o ânimo do público no auditório da Casa da Cultura. No primeiro debate do dia, três mulheres engajadas em práticas de mediação de leitura reuniram-se para uma conversa sobre formação de educadores e incentivo ao exercício de ler. “Meu filho era um grande leitor e a escola quase estragou isso. O professor deveria ser muito mais um curador, dar opções em gêneros distintos, em vez de definir uma obra que deve ser lida por todos. Os alunos têm uma multipli-

cidade de experiências e de culturas distintas”, defendeu a especialista em políticas de comunicação, arte e cultura Marta Porto, que esteve ao lado da educadora Rona Haning e da psicóloga Vera Schroeder.

Um pintor de São Paulo começa a fazer desenhos que revelam o futuro. O argumento serviu como ponto de partida de A vida começa…, série dirigida por Tatiana Lohmann e exibida dentro do projeto “Noites de Cinema”.

Em episódio da série Poesia em Movimento, o poeta Eucanaã Ferraz conversou com Adriana Calcanhotto sobre João Cabral de Melo Neto: “Eu gosto muito dessa poesia que tem uma arquitetura mais densa e sobretudo mais tensa”. Destacou a obra de Drummond – que “cria certas estruturas e, quando você já se habituou com a estrutura, ele o surpreende” – e relembrou os telefonemas que Waly Salomão lhe dava às sete da manhã. Depois do filme, Eucanaã continuou as reflexões em debate mediado pelo editor Flavio Moura.

A noite terminou com o ator Otávio Fantinato aplaudido de pé, sob gritos de “bravo!”. Conjugando técnicas de dança e circo, especialmente malabarismo, o espetáculo O Descotidiano deixou crianças e adultos atônitos. Após a apresentação, o ator e outros integrantes da Cia do Relativo conversaram com o público sobre seu processo de criação.

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flipmais sábado, 4 de julho

Performance, história e mesas sobre Mário de Andrade Cheio de atividades, o sábado começou com a inglesa Hannah Silva trazendo à Casa da Cultura o espetáculo Schlock! – uma performance poética, aliando feminismo, linguagem corporal e experimentações sonoras. Autoras de Brasil: uma biografia, as historiadoras Heloisa M. Starling e Lilia M. Schwarcz fizeram, também na Casa da Cultura, uma síntese da aula dada na programação principal da Flip sobre quinhentos anos de país, agora voltada especialmente a professores. “O motor da História é a mudança, mas o que nos interessou foi a ideia de que existe muita continuidade na mudança”, disse Schwarcz.

A Capelinha recebeu “Caminhos de Mário: a dimensão antropológica na cultura”. Na mesa, Alexandre Pimentel, diretor da Biblioteca Parque de Manguinhos (RJ); Manoel Vieira, diretor-geral do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac); e Maria Pereira, coordenadora do Projeto Turista Aprendiz, falaram sobre o trabalho de pesquisa do patrimônio imaterial que o homenageado Mário de Andrade compilou ao longo de meses de viagem pelo Brasil. O espaço recebeu ainda “As gavetas de Mário”, em que Elisabete Marin Ribas, do IEB/ USP, mencionou a importância que o acervo do escritor modernista teve na formação do órgão.

A programação da Casa da Cultura prosseguiu com a exibição de um episódio da série da Philos TV Poesia em movimento, no qual a escritora e cantora Adriana Calcanhotto entrevistou o poeta, cantor e compositor Arnaldo Antunes. Ao final da exibição, Antunes subiu ao palco e recitou um poema do livro Agora aqui ninguém precisa de si. O auditório também abrigou a exibição do documentário Vilanova Artigas: o arquiteto e a luz, escrito por Laura Artigas, neta do arquiteto, e dirigido por ela e por Pedro Gorski. Coube à Cia dos Bondrés encerrar a programação do dia com Instantâneos, espetáculo de dança, música e teatro permeado por um toque de humor.

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flipmais domingo, 5 de julho

Prêmios literários em discussão

O último dia da programação FlipMais concentrou-se no papel fundamental desempenhado pelos prêmios literários para a descoberta, difusão e incentivo a novos escritores em todo o Brasil. Reunidos no auditório da Casa da Cultura, a gerente de cultura do Sesc, Marcia Costa Rodrigues, o presidente da CBL (Câmara Brasileira do

Livro), Luís Antônio Torelli, e Pierre André Ruprecht, da organização Prêmio São Paulo de Literatura, contaram casos de autores revelados em diferentes premiações, que, a partir de então, conseguiram ser publicados dentro e fora do Brasil e, em alguns casos, viver da própria escrita. “Acompanhamos a trajetória deles, como se fossem filhos”, disse Marcia, lembrando que “filhos a gente cria para o mundo”.

Ao final da conversa, os participantes do encontro – mediado pela jornalista Maria Fernanda Rodrigues – demonstraram preocupação com o corte de verbas públicas no setor cultural e mencionaram a fragilidade das iniciativas de premiação, constantemente assombradas pela incerteza de financiamento.

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flipmais programação

2 quinta

3 sexta

4 sábado

14h30 | casa da cultura Mesa-redonda: preço fixo do livro Jean-Guy Boin Luís Antonio Torelli Marcos da Veiga Pereira Richard Charkin mediação Maurício Meireles

14h30 | casa da cultura O que se entende por mediação de leitura? Marta Porto Rona Haning Vera Schroeder mediação Renata Costa

10h30 | casa da cultura Schlock!, uma performance poética Hannah Silva

16h | casa da cultura Poesia em movimento: Cleonice Berardinelli 17h30 | casa da cultura noites de cinema A Paixão de JL dir.: Carlos Nader, 82 min 20h30 | casa da cultura palco giratório Criaturas de papel Grupo Bricoleiros 21h | capelinha Poesia a capela Elisa Lucinda Lemn Sissay

16h | casa da cultura Poesia em movimento recebe Eucanaã Ferraz mediação Flavio Moura 18h | casa da cultura noites de cinema A vida começa… dir.: Tatiana Lohmann, 63 min 20h30 | casa da cultura palco giratório O Descotidiano Cia. do Relativo

14h30 | casa da cultura O Brasil na sala de aula Heloisa M. Starling Lilia M. Schwarcz 14h30 | capelinha Caminhos de Mário: a dimensão antropológica na cultura Alexandre Pimentel Manoel Vieira Maria Pereira mediação Vera Schroeder

5 domingo 18h | casa da cultura noites de cinema Vilanova Artigas: o arquiteto e a luz dir.: Laura Artigas e Pedro Gorski, 90 min 21h30 | casa da cultura Espetáculo: Instantâneos Cia. dos Bondrés

11h | casa da cultura Prêmios literários: incentivo e panorama Marcia Costa Rodrigues Marisa Lajolo Pierre André Ruprecht mediação Maria Fernanda Rodrigues

16h | casa da cultura Poesia em movimento recebe Arnaldo Antunes 17h | capelinha As gavetas de Mário Elisabete Marin Ribas mediação Guilherme Freitas

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flipmais oficina de design de livros

Design de livros em destaque

Em 2015, a tradicional Oficina Literária da Flip deu lugar a uma Oficina de Design de Livros, que promoveu um encontro entre duas designers destacadas por seus trabalhos experimentais. A holandesa Irma Boom e a brasileira Elaine Ramos compartilharam experiências técnicas com os selecionados para a oficina, durante dois dias, e Boom apresentou detalhadamente seus projetos. Os participantes pensaram e discutiram possíveis desdobramentos gráficos para um texto de Mário de Andrade.

Irma Boom é conhecida pela ousadia de seus trabalhos, e dezenas de obras suas compõem importantes acervos internacionais, como o do MoMA de Nova York. Elaine Ramos é diretora de arte da Cosac Naify, onde também supervisiona a linguagem visual e edita a linha de design gráfico.

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flipinha

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flipinha

O evento que forma leitores

A programação da Flip para as crianças é parte de um conjunto de ações educativas realizadas pela Associação Casa Azul ao longo do ano, envolvendo professores, alunos de magistério e os cerca de 13 mil alunos da rede pública de Paraty. Em 2015, a programação começou com uma oficina de perna de pau e brinquedos promovida pelo grupo A Carroça de Mamulengos, em uma parceria do Instituto Gandarela com a Petrobras. Na sequência, foram cinco dias dedicados às crianças, com atividades em vários locais – incluindo mais apresentações do grupo.

A Tenda da Flipinha, em frente à Praça da Matriz, foi o palco de encontros entre crianças e autores convidados, na Ciranda dos Autores – que teve algumas das mesas traduzidas em Libras –, e apresentações de teatro, música e dança elaboradas pelos alunos das escolas de Paraty com base nas experiências literárias vividas durante o ano. A Praça da Matriz recebeu os já tradicionais Pés de Livros, com mediação de leitura, e o Arte na Praça – conjunto de oficinas de saberes e fazeres tradicionais de Paraty que integra uma série de eventos de valorização da cultura local. No prédio do antigo cinema da praça, a Biblioteca Casa Azul foi levada à Flipinha, com parte do seu acervo transferida para lá durante o evento.

As crianças participaram das mediações de leitura e Rodas de Conversa, e também lançaram livros como autores estreantes. No esporte, a Regata INP Flipinha chegou ao décimo ano de vida com gás total. Em meio a tantas atividades, o destaque ficou com a Operação Flipinha, que realizou dezessete visitas de autores convidados às escolas da rede pública da região. As páginas seguintes apresentam alguns dos projetos educativos e culturais da Casa Azul.

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flipinha projetos educativos e culturais

Biblioteca Casa Azul Instalada no bairro Ilha das Cobras, um dos mais populosos e de maior vulnerabilidade social de Paraty, a Biblioteca Casa Azul funciona como um centro cultural, difusor e catalisador de cultura e conhecimento, aberto à população durante todo o ano. É ali que acontecem vários projetos educativos da Casa Azul, com ênfase na formação de novos leitores e na valorização da identidade e da cultura locais. Nos dias da Flip, parte do acervo de livros da biblioteca é transferida para o casarão do antigo cinema, na Praça da Matriz, onde acontecem Rodas de Conversa com os autores convidados, mediação de

leitura para as crianças e apresentações de livros por autores iniciantes – as próprias crianças. Entre os dias 2 e 4 de julho, passaram por lá nomes como Dilan Camargo, Stella Maris, Simone Matias, Tino Freitas, Alessandra Roscoe e Edmilson Santini. Um local de encontros e trocas de experiências, onde crianças, pais, professores e profissionais convidados entram no universo literário.

Pés de Livros

Operação Flipinha

A partir da fantasia de que as árvores dessem livros como frutos, foram criados os Pés de Livros – uma proposta simples, lúdica e funcional que leva a literatura até o público em geral que passa pela Praça da Matriz durante a Flip. Aproveitando as árvores do local, livros são pendurados nos galhos e mediadores de leitura fazem o trabalho de contar as histórias para os pequenos, que se divertem e aprendem da forma mais prazerosa possível.

Expandindo o alcance da Flipinha durante os dias da Flip e extrapolando os limites do Centro Histórico, a Casa Azul realizou com as crianças de Paraty um exercício de democratização do acesso à literatura e à cultura através da Operação Flipinha. Mais de dezessete autores convidados foram levados até as escolas da rede pública de ensino de Paraty, incluindo as das zonas costeira e rural (quase a totalidade das escolas da rede foi atendida). As crianças tiveram a chance de conhecer de perto os autores e apresentar trabalhos baseados em suas obras.

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flipinha projetos educativos e culturais

Ciclo do Autor Homenageado As homenagens a Mário de Andrade foram abertas com o Ciclo do Autor Homenageado. Em 2015, em parceria com a Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um programa de formação em torno da obra de Mário teve o objetivo de instrumentalizar os professores e alunos da rede escolar de Paraty, possibilitando uma leitura independente e crítica. As aulas e oficinas, divididas em três módulos, aconteceram em maio, exibindo filmes baseados na obra do autor e promovendo práticas de escrita e leitura.

Oficina de Ilustração

Arte na Praça

A Oficina de Ilustração da Flipinha propõe-se a aproximar as crianças das técnicas de desenho e pintura. Realizada em abril, na Escola Municipal da Ilha do Araújo, a atividade foi desenvolvida pelo artista plástico e ilustrador Alex Cerveny, que usou temáticas relacionadas a Mário de Andrade. O trabalho produzido pelas crianças foi utilizado no material gráfico da Flipinha.

Todos os anos, durante a Flip, acontece o Arte na Praça, programação da Flipinha realizada na Praça da Matriz, que é ocupada por mais de trinta oficinas simultâneas com os saberes e fazeres locais. Os alunos da rede escolar local e convidados da festa podem conhecer e produzir arte e cultura.

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flipinha programação

1 quarta

2 quinta

praça da paz

E. M. E. F. Ministro Sérgio Mota

8h Carroça de Mamulengos E. M. E. F. Ministro Sérgio Mota A Carroça de Mamulengos do Instituto Gandarela em parceria com a Petrobrás

8h Espetáculo Alecrim no olho da rua |oficina de brinquedos A Carroça de Mamulengos

14h Carroça de Mamulengos E. M. E. F. Ministro Sérgio Mota A Carroça de Mamulengos do Instituto Gandarela em parceria com a Petrobrás

14h Espetáculo Alecrim no olho da rua |oficina de brinquedos A Carroça de Mamulengos

9h | ciranda dos autores Memória e invenção Luciana Sandroni Stella Maris Rezende mediação Vivian Oliveira Campos

tenda da flipinha

10h | musical Musical do samba-enredo da Portela e Apresentação da banda formada por alunos do 1º ano Colégio Estadual Almirante Álvaro Alberto

8h | musical Dança viola quebrada E. M. E. F. Cilencina Rubem de O. Melo

10h30 | teatro Trançando histórias E. M. E. F. Diniz Marques de Souza

8h30 | teatro Dona Baratinha e seu casamento atrapalhado E. M. E. F. Profª Manoelina Rodrigues Barbosa

11h | teatro Ombela – A origem das chuvas e ABC da criançada Educandário Torres Pádua

11h30 | teatro Ontem, hoje e sempre, Macunaíma E. M. E. F. Coronel João Pedro de Almeida 12h Mediação de leitura 12h30 | musical Macunarap Instituto Terra e Mar 13h | musical Flipeando e Salve o som Centro Educacional Millenium 13h30 | declamação De repente, um desafio! E. M. E. F. Nova Perequê

14h | ciranda dos autores Quando ficção e realidade se misturam Luiz Ruffato Claudio Fragata mediação Verônica Lessa 15h | musical As meninas que não param de crescer... E. M. E. F. Guiomar Schimidt Marques 15h30 | ciranda dos autores A multiplicidade do olhar Dilea Frate João Carrascoza mediação Anna Cláudia Ramos 16h30 | musical O movimento e sua delicadeza de formação: reconhecimento que encoraja e transforma Instituto Trilha da Arte e Educação

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flipinha programação

3 sexta

17h | musical Encantando e cantando com Mário de Andrade – Macunaíma Colégio Plante 17h30 | musical Coral flor da idade Centro de Referência de Assistência Social 18h | musical Musical da ginástica rítmica Centro de Referência de Assistência Social 18h30 Cantoria A Carroça de Mamulengos do Instituto Gandarela em parceria com a Petrobrás

8h | musical Toca zumba E. M. E. F. Dr. Mair Pena

11h | teatro Guaynê derrota a cobra grande E. M. E. F. Dom Pedro I

8h30 | musical O lago e a lua E. M. E. F. Frei Bernardo

11h30 | musical O corpo vivo na infância maravilhosa E. M. E. F. Maria Jácome de Melo

9h | ciranda dos autores Canção, poesia e histórias Dilan Camargo Tino Freitas mediação Ninfa Parreiras 10h | musical Amigo Escola de Educação Infantil Algodão Doce 10h30 | teatro O homem que lia as pessoas CIEP Dom Pedro I 999

12h Mediação de leitura 13h Arte na Praça 14h Oficinas de arte A Carroça de Mamulengos do Instituto Gandarela em parceria com a Petrobrás 12h30 | teatro A princesinha boca suja E. M. E. F. Ministro Sérgio Mota

13h | musical Paz e amor no Cantinho Escola Cantinho do Pantanal e Instituto Colibri 13h30 | teatro A pescaria do curumim E. M. E. F. José Carlos Porto 14h | ciranda dos autores O poeta das águas e a menina das histórias Tiago Hakiy Rita Carelli mediação Bernadete Passos 15h | musical Laços do coração – Apaexonados Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE

15h30 | ciranda dos autores A literatura por vários ângulos Simone Matias Ondjaki mediação Volnei Canônica 16h30 | musical Dois corações e quatro segredos Colégio Paraty Objetivo 17h | musical Footloose, Cats, Hairspray, Up – or – down, Era um ensaio, Todos em mim e Uma noite de curtição Cia. Dança e Arte Paraty 17h30 | musical Poemas de balaios de bichos Casa da Árvore Maternal 18h | musical Orquestra sinfônica da Pequenina Calixto E. M. E. F. Pequenina Calixto

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flipinha programação

4 sábado

9h Espetáculo Alecrim no Olho da Rua A Carroça de Mamulengos 10h Espetáculo Felinda A Carroça de Mamulengos 12h Mediação de leitura 13h | teatro O auto do boi Escola Comunitária Cirandas 13h30 | musical Aula de samba E. M. E. F. Aureliano Portugal

5 domingo

14h | ciranda dos autores Contar, cantar e ilustrar Odilon Moraes Alessandra Roscoe Adriana Falcão mediação Leandro Leocadio 15h | musical Mário musical de Andrade Centro de Ensino Integrado 15h30 | ciranda dos autores Mesão: homenagem a Mário de Andrade 16h30 | musical O turista aprendiz – Uma viagem pelo Brasil Espaço Educativo Thomé e Hagel 17h | dança Mostra de dança Associação Cairuçu

17h30 | dança Mostra de dança Estúdio Yasmim Puchalski 18h | musical Cortejo: Império do Divino com as Caixeiras no Quintal Mágico Quintal Mágico 18h30 | teatro Monólogo de Mário de Andrade Laura Prado 18h45 | musical Grupo de canto jovem canta o encantado Casa da Cultura de Paraty 12h Regata da Flipinha

9h Cortejo com cantoria e pernas de pau A Carroça de Mamulengos 10h | capoeira Professor Astronauta

16h Encerramento com a trupe Biblioteca Casa Azul 16h30 Premiação Regata INP 2015

12h Mediação de leitura 13h Contação de histórias 14h Prêmio Plante de Literatura 15h | teatro Teatro e literatura Colégio Estadual Engenheiro Mário Moura Brasil do Amaral

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flipzona

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flipzona

Literatura, cultura local e tecnologia

Programação voltada aos jovens, a FlipZona chegou ao sexto ano com a proposta de mesclar literatura e novas mídias, convidando para suas mesas escritores, roteiristas, documentaristas e outros profissionais da narrativa. Em 2015, a maior parte da programação ocupou o auditório da Casa da Cultura, dessa vez com uma novidade: transmissão ao vivo das mesas pelo site do Canal Futura. As conversas com o público abordaram temas polêmicos, instigantes e atuais. Um dos destaques foi a mesa “Origem periferia: um encontro sobre literatura e arte”, com a participação do escritor Jessé Andarilho e do ator Nando Cunha.

O debate deixou clara a importância de projetos sociais e do incentivo à leitura para a construção de um futuro com melhores perspectivas para os jovens da periferia. “Quando eu comecei a ler um livro, eu lavava carros e hoje eu sou um dos autores convidados para participar da Flip, então olha como a minha vida mudou depois que eu peguei gosto pela leitura”, contou Jessé. Outra novidade foi a discussão sobre o empoderamento das mulheres no meio literário e editorial.

Apoiados por profissionais da comunicação, saíram às ruas para desenvolver matérias publicadas no blog da FlipZona e produzir material audiovisual para o CineZona. A projeção dos vídeos encerrou as atividades, logo depois de outro evento já consolidado: A Hora da estrela, onde jovens mostram seu talento em teatro, música e dança. Ação educativa permanente da Casa Azul, a FlipZona promove durante todo o ano oficinas de literatura, artes, audiovisual e filosofia.

Na Central FlipZona, os jovens de Paraty formaram uma verdadeira redação jornalística e protagonizaram a cobertura do evento.

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flipzona projetos educativos e culturais

Oficinas de Produção Audiovisual e Redação Jornalística

Realizadas na Biblioteca Casa Azul durante quatro meses, as Oficinas de Produção Audiovisual e de Redação Jornalística voltaram-se aos jovens do município e arredores. Nelas, o patrimônio cultural e também a obra do autor homenageado da Flip 2015 foram abordados. A Oficina de Redação Jornalística preparou os alunos para a cobertura da Flipinha e da FlipZona. O resultado pode ser visto no blog da FlipZona.

Oficina de Ilustração

Na Oficina de Produção Audiovisual, os jovens captaram e editaram imagens. Os vídeos produzidos foram apresentados no CineZona, atividade realizada no último dia da festa. Os vídeos estão disponíveis no canal do YouTube. Os projetos fazem com que os jovens estejam envolvidos em ações culturais e educativas não apenas durante a Flip, mas também no restante do ano.

A Oficina de Ilustração da FlipZona é uma ação para dar aos jovens acesso à literatura, por meio das artes visuais. A oficina – realizada em abril, na Biblioteca Casa Azul – teve a participação de vinte jovens e foi ministrada pelo artista plástico e ilustrador Alex Cerveny, que usou temáticas relacionadas a Mário de Andrade. Ilustrações produzidas na oficina foram utilizadas no material gráfico da Flipinha e da FlipZona.

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flipzona programação

1 quarta

2 quinta

3 sexta

4 sábado

5 domingo

10h30 Onde a literatura e o cinema se encontram Dilea Frate Alessandra Roscoe mediação Cristiano Reckziegel

8h30 A origem das histórias Luiz Ruffato João Carrascoza mediação Verônica Lessa

8h30 Origem periferia: um encontro sobre literatura e arte Jessé Andarilho Nando Cunha mediação Veronica Lessa

9h KD mulheres Karina Buhr Laura Folgueira Martha Lopes mediação Belita Cermelli

14h A hora da estrela Abertura com a atriz Bruna Linzmeyer

10h30 Letras e imagens Karina Buhr Rafa Campos mediação Cristiano Recksziegel

12h30 Juventude, cultura e território Jailson Souza e Silva Binho Cultura Adailton Medeiros mediação Rafael Dragaud

10h30 Literatura sem fronteiras Ondjaki Rita Carelli mediação Cristiano Recksziegel

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mesas de políticas públicas

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mesas de políticas públicas

Discussões sobre ações e políticas para formação de leitores As mesas de políticas públicas integram a programação da Flip como forma de implementar políticas de incentivo à leitura e proporcionar qualidade de vida à população de Paraty. “Diálogo sobre a Cultura Viva” foi o título da primeira mesa, que teve a participação de representantes do Ministério da Cultura, trazendo informações sobre os novos editais do MinC e sobre a Lei Cultura Viva. Na mesa sobre o Fundo Nacional Pró-Leitura, o deputado federal Rafael Motta ressaltou a importância de sua implementação para incentivar a prática da leitura no país: “A criação do Fundo Nacional Pró-Leitura vai garantir o

atendimento aos propósitos da Política Nacional do Livro e do Plano Nacional do Livro e da Leitura. Vai permitir que as políticas públicas de incentivo à leitura ultrapassem a marca atual e se tornem contínuas. Poderemos democratizar o acesso ao livro e estimular o hábito da leitura”, afirmou. As discussões, em parceria com o Instituto C&A, tiveram repercussão nacional, envolvendo gestores culturais e representantes de bibliotecas públicas e comunitárias.

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programação mesas de políticas públicas

2 quinta

3 sexta

4 sábado

12h30 | casa da cultura Diálogo sobre a Cultura Viva Maria Suzete Nunes José Castilho Neto Adair Rocha

13h | casa da cultura Mesa: Movimento por um Brasil Literário Luiz Ruffato Ninfa Parreiras Ovídio Poli Rafael Mussoline Volnei Canônica

12h30 | câmara municipal de paraty Eventos Literários: como contribuir para a construção de uma sociedade leitora Tania Rösing Belita Costa Cermelli Guiomar Grammont Suzana Vargas mediação Volnei Canônica

13h | casa da cultura Fundo Nacional Pró-Leitura: uma política pública necessária Rafael Motta José Castilho Neto Volnei Canônica Luís Antônio Torelli mediação Cida Fernandez

15h | câmara municipal de paraty Promoção da leitura e sustentabilidade de suas ações Christine Fontelles Pilar Lacerda Patrícia Lacerda Felipe José Lindoso mediação Claudia Santa Rosa

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museu do territ贸rio de paraty

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museu do território de paraty

O museu e a Flip

Realizado pela Casa Azul, o projeto do Museu do Território de Paraty tem como missão pesquisar, documentar, interpretar e comunicar o processo de transformação territorial da cidade de Paraty, construindo parcerias para levantar e sistematizar acervos de outras organizações, valorizando o protagonismo das instituições locais. Trata-se de um novo modelo de instituição, inserido num movimento mais amplo de mudança no pensamento museológico, que difere do tradicional em alguns aspec-

tos, como a ênfase no território (não no prédio institucional), no patrimônio (não na coleção) e na comunidade (não nos visitantes). Assim, o Museu não conta com sede expositiva, mas apenas administrativa e de pesquisa, no Bairro da Mangueira, em Paraty. O acervo pode ser consultado no site do Museu e nas instituições locais. O Museu e a Flip são entendidos como ações integradas e complementares, com o objetivo de iluminar as raízes culturais do território paratiense – que é a própria missão da Casa Azul. Por isso, eventos relacionados ao trabalho desenvolvido pelo Museu este ano também fizeram parte da programação da Flip: vídeos e exposições, mesas literárias, música e teatro.

Uma das linhas de pesquisa do Museu é a história oral, que registra, em audiovisual, depoimentos de moradores da cidade. O programa deu origem, em dezembro de 2014, à exposição Histórias e ofícios do território, em que os depoimentos foram exibidos ao público pela primeira vez. Na Flip 2015, esses vídeos integraram a exposição multimídia Mário e Paraty: vidas paralelas, na Casa da Cultura, e foram apresentados nos intervalos da programação principal.

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museu do território de paraty atividades

Exposições e vídeos

Mesas literárias

Música e teatro

Registros audiovisuais de depoimentos da velha guarda de Paraty foram veiculados nos intervalos das mesas literárias, na Tenda dos Autores, no Espaço BNDES e no telão na Praça da Santa Casa – locais onde ocorreu a transmissão gratuita, em tempo real, das mesas da Flip.

Na programação principal, a discussão sobre o território – em sua dimensão social, cultural e geográfica –, foi abordada na mesa “A cidade e o território”, com Antonio Risério e Eucanaã Ferraz, e na tradicional mesa Zé Kleber, com poetas do Complexo do Alemão. Na programação FlipMais, a dimensão antropológica das atuações do autor homenageado foi discutida na mesa “Caminhos de Mário”, com Alexandre Pimentel, Manoel Vieira e Maria Pereira. O acervo do escritor foi o tema da mesa “As gavetas de Mário”, com Elisabete Marin Ribas – desde 2010 responsável pelo expressivo e requisitado conjunto de documentos.

No show de abertura, Luís Perequê, Dani Lasalvia e o grupo de cirandeiros Os Caiçaras levaram à Tenda da Flipinha a música popular, que sempre fez parte dos estudos de Mário.

Os vídeos integraram também, no pátio da Casa da Cultura, a exposição Mário e Paraty: vidas paralelas, que reuniu fotos produzidas por Mário de Andrade em suas viagens, acervos fotográficos das famílias da cidade e depoimentos de moradores paratienses.

Peças de Bach e Villa-Lobos, intercaladas com textos do escritor – interpretados pelo ator Pascoal da Conceição –, foram apresentadas na Igreja da Matriz, como parte do Circuito Musica Brasilis.

Em diversos espaços públicos de Paraty, performances da Companhia Carroça de Mamulengos – trupe formada por uma família de brincantes, atores, músicos, bonequeiros, contadores de histórias e palhaços – evocaram o lúdico e o popular. Um cortejo do grupo Maracatu Palmeira Imperial, representante em Paraty dessa manifestação cultural do Nordeste, encerrou a 13a. edição da Flip.

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museu do território de paraty vídeos dos depoimentos de moradores

Zezito Freire Maria Rameck Toninho Pinto Orlando Callegario Saporem Mané Rita Ditinho e Maria Celestina Antonio Conti Clélia Ramos Magdalena e Valentim Téo Rameck Bruno Gueiros e Augusto Menezes Geisa Ramiro Maria da Baiaia Dona Irma Ivanilde Genilson

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comunicação

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comunicação

Flip Online

Mídias sociais

Não foi só em Paraty que a integração e a ampliação do acesso ao conteúdo marcaram a 13a. Flip. Diversos conteúdos multimídia foram pensados e desenvolvidos especialmente para ampliar em escala global os horizontes da festa, atendendo tanto a quem esteve em Paraty como quem acompanhou de longe. Ativada em março, a cobertura da Flip apresentou ao público informações detalhadas sobre a edição da festa e seus autores convidados.

As redes sociais têm papel de destaque nas ações de comunicação, representando um importante canal de interação com o público. A página da Flip no Facebook ultrapassou a marca de 80 mil seguidores neste ano, número que era de 60 mil em 2014 e 17 mil em 2013. O conteúdo abordou os 43 autores da programação principal, o homenageado Mário de Andrade, a cidade de Paraty, o Museu do Território de Paraty e as programações da FlipMais, além de informações gerais sobre a festa.

Relatos das mesas

Durante a Flip, período no qual a atuação se intensificou, sobretudo com fotos e frases das mesas, a página foi vista por um 1,5 milhão de pessoas. Antes da festa, o Twitter seguiu a linha editorial do Facebook. Durante o evento, operou como uma central de informações, trazendo vídeos com trechos das mesas e informações práticas sobre a programação. O Instagram, ativado pouco antes do começo da Flip, contou com registros fotográficos da festa e ilustrações de Alexandre Benoit.

A hashtag #flip2015 foi utilizada quase 150 mil vezes durante a festa. A cobertura fotográfica oficial da Flip mais uma vez esteve acessível no Flickr e abordou todas as mesas da programação principal e da FlipMais, uma seleção de atividades da Flipinha e da FlipZona, além de registros dos diferentes espaços da festa e da cidade de Paraty.

Durante a festa, o Blog da Flip foi abastecido com textos detalhados sobre todas as mesas literárias da programação principal e da FlipMais, além de cartuns dotados de humor e olhar crítico feitos pelo ilustrador Alexandre Benoit. Diariamente, um resumo do dia anterior era enviado para a imprensa e disparado via newsletter para as mais de 24 mil pessoas que se cadastraram no site da Flip, onde o texto também foi disponibilizado.

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comunicação

Transmissão ao vivo

Audiovisual

Cobertura Flipinha e FlipZona

Além de um telão e quatro telas, situados nas proximidades da Tenda dos Autores, a transmissão em tempo real de todas as mesas da programação principal – com a opção de exibição em áudio original ou tradução simultânea – esteve acessível a internautas do mundo todo pelos sites da Flip, do canal Arte 1 e do Itaú Cultural. Ao todo, foram mais de 33 mil visualizações nos cinco dias de festa.

Como nas edições anteriores, a cobertura contemplou trechos em vídeo dos melhores momentos das mesas, o Sobremesa Flip, uma série de entrevistas exclusivas feitas logo após a participação de alguns dos convidados, e o Pílula do autor homenageado, material exibido antes de cada mesa da programação principal. O canal do YouTube teve acesso de mais de 15 mil pessoas na semana da Flip, contando mais de 800 horas de material assistido.

Uma redação jornalística foi montada dentro do prédio do antigo cinema de Paraty, em frente à Praça da Matriz, no Centro Histórico. Pelo sexto ano, a Central FlipZona reuniu cerca de sessenta jovens que protagonizaram a cobertura da FlipZona e da Flipinha.

Além disso, após o término do evento, a íntegra das mesas foi disponibilizada em áudio no YouTube.

Com o apoio e orientação de profissionais, como Paulo Saldaña, do jornal O Estado de São Paulo, os jovens foram pautados e saíram às ruas em busca de diferentes perspectivas sobre a festa literária e sobre as várias atividades que tomaram conta da cidade nos dias do evento.

Com bloco de notas na mão e câmera fotográfica a tiracolo, eles reuniram material e prepararam textos sobre o evento. A equipe de profissionais teve a preocupação de manter a linguagem e a abordagem dos jovens. Parte desses repórteres aprendizes produziu vídeos apresentados no CineZona, mostra audiovisual que encerrou as atividades da FlipZona. Para não perder nenhum detalhe da Operação Flipinha, que levou autores convidados às escolas da rede pública de ensino de Paraty, foi montada uma grade completa de cobertura, sempre com um redator e um fotógrafo a bordo, onde quer que fosse o encontro.

O blog da FlipZona e o site da Flipinha reuniram todo o resultado desse intenso trabalho, divulgado simultaneamente pelas páginas no Facebook e em outras redes sociais, como Instagram, Twitter e Flickr. As mesas foram transmitidas ao vivo pelo site do Canal Futura.

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mídia espontânea impressos

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mídia espontânea online

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Ministério da Cultura, Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

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#flip2015 vem aí a festa também acontece online

13a. Festa Literária Internacional de Paraty

13a. Festa Literária Internacional de Paraty

13a. Festa Literária Internacional de Paraty

Fique por dentro do dia a dia da Flip flip.paraty flip_se flip_se

1 a 5 de julho 2015

Acompanhe as mesas literárias em tempo real flip.org.br Trechos da programação e entrevistas exclusivas com os autores no youtube flipfestaliteraria

1 a 5 de julho 2015

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autor homenageado Mário de Andrade

Alexandra Lucas Coelho Ana Luisa Escorel Antonio Risério Arnaldo Antunes Artur Ávila Ayelet Waldman Beatriz Sarlo Boris Fausto Carlos Augusto Calil Colm Tóibín David Hare Deocleciano Moura Faião Diego Vecchio Eduardo Giannetti Eduardo Jardim Edward Frenkel Eliane Robert Moraes Eucanaã Ferraz Geovani Martins Hermínio Bello de Carvalho Jorge Mautner

José Miguel Wisnik José Ramos Tinhorão Karina Buhr Katjusch Hœ Leonardo Padura Marcelino Freire Mariano Marovatto Matilde Campilho Ng˜ug˜I wa Thiong’o Rafa Campos Reinaldo Moraes Riad Sattouf Richard Flanagan Roberto Pompeu de Toledo Roberto Saviano Saša Staniši´c Sidarta Ribeiro Sophie Hannah

Ministério da Cultura, Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

#flip2015 começa hoje a festa também acontece online

Ingressos A partir das 11h de 1º de junho em ticketsforfun.com.br nos pontos de venda da Tickets for Fun e pelo telefone 4003-5588

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1 quarta

2 quinta

3 sexta

4 sábado

5 domingo

19h | sessão de abertura As margens de Mário Beatriz Sarlo Eliane Robert Moraes Eduardo Jardim

10h | mesa 1 A cidade e o território Antonio Risério Eucanaã Ferraz

10h | mesa 6 Encontro com Boris Fausto

10h | mesa 12 Turistas aprendizes Beatriz Sarlo Alexandra Lucas Coelho

10h | mesa 18 Música, doce música José Ramos Tinhorão Hermínio Bello de Carvalho

12h | mesa 13 Encontro com David Hare

12h | mesa 19 De frente para o crime Leonardo Padura Sophie Hannah

mais informações flip.org.br

flip.org.br facebook.com/flip.paraty

12h | mesa zé kleber Falando alemão Geovani Martins Deocleciano Moura Faião Katjusch Hœ 15h | mesa 2 De micróbios e soldados Diego Vecchio Saša Staniši´cć 17h15 | mesa 3 A poesia em 2015 Matilde Campilho Mariano Marovatto

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12h | mesa 7 São Paulo! comoção de minha vida… Carlos Augusto Calil Roberto Pompeu de Toledo 15h | mesa 8 As ilusões da mente Eduardo Giannetti Sidarta Ribeiro 17h15 | mesa 9 Escrever ao sul Ng˜ug˜I wa Thiong’o Richard Flanagan

19h30 | mesa 4 Encontro com Colm Tóibín

19h30 | mesa 10 Amar, verbo transitivo Ana Luisa Escorel Ayelet Waldman

21h30 | mesa 5 Do angu ao Kaos Jorge Mautner Marcelino Freire

21h30 | mesa 11 Os imoraes Eliane Robert Moraes Reinaldo Moraes

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17h15 | mesa 15 Os homens que calculavam Artur Ávila Edward Frenkel

14h | mesa 20 Conferência de encerramento José Miguel Wisnik 16h | mesa 21 Livro de cabeceira

Acompanhe a transmissão online gratuita das mesas literárias em tempo real e a cobertura da festa

1 a 5 de julho 2015

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19h30 | mesa 16 Encontro com Roberto Saviano 21h30 | mesa 17 Desperdiçando verso Arnaldo Antunes Karina Buhr

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15h | mesa 14 De balões e blasfêmias Riad Sattouf Rafa Campos Plantu

13a. Festa Literária Internacional de Paraty

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Ministério da Cultura, Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

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“O importante não é ficar, é viver. Eu vivo”

13a. Festa Literária Internacional de Paraty

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Mário de Andrade, homenageado da Flip 2015, em carta a Drummond, de 1924

a festa também acontece online

Veja a cobertura flip.paraty flip_se Confira trechos das mesas, áudios das conversas na íntegra e entrevistas exclusivas com os autores no youtube flipfestaliteraria

“No furo de Barcarena (Manaus) Atirando a tarrafa. Tarrafeando.” Mário de Andrade, 1927 Acervo IEB-USP

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Os ingressos já estão à venda em ticketsforfun.com.br e pelo telefone 4003-5588

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1 quarta

2 quinta

3 sexta

4 sábado

5 domingo

19h | sessão de abertura As margens de Mário Beatriz Sarlo Eliane Robert Moraes Eduardo Jardim

10h | mesa 1 A cidade e o território Antonio Risério Eucanaã Ferraz

10h | mesa 6 Encontro com Boris Fausto

10h | mesa 12 Turistas aprendizes Beatriz Sarlo Alexandra Lucas Coelho

10h | mesa 18 Música, doce música José Ramos Tinhorão Hermínio Bello de Carvalho

12h | mesa 13 Encontro com David Hare

12h | mesa 19 De frente para o crime Leonardo Padura Sophie Hannah

12h | mesa zé kleber Falando alemão Geovani Martins Deocleciano Moura Faião Katjusch Hœ 15h | mesa 2 De micróbios e soldados Diego Vecchio Saša Staniši´c 17h15 | mesa 3 A poesia em 2015 Matilde Campilho Mariano Marovatto 19h30 | mesa 4 Encontro com Colm Tóibín 21h30 | mesa 5 Do angu ao Kaos Jorge Mautner Marcelino Freire

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12h | mesa 7 São Paulo! comoção de minha vida… Carlos Augusto Calil Roberto Pompeu de Toledo 15h | mesa 8 As ilusões da mente Eduardo Giannetti Sidarta Ribeiro 17h15 | mesa 9 Escrever ao sul Ng˜ug˜I wa Thiong’o Richard Flanagan 19h30 | mesa 10 Amar, verbo transitivo Ana Luisa Escorel Ayelet Waldman 21h30 | mesa 11 Os imoraes Eliane Robert Moraes Reinaldo Moraes

15h | mesa 14 De balões e blasfêmias Riad Sattouf Rafa Campos 17h15 | mesa 15 Os homens que calculavam Artur Ávila Edward Frenkel

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Ministério da Cultura, Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

13a. Festa Literária Internacional de Paraty

14h | mesa 20 Conferência de encerramento José Miguel Wisnik 16h | mesa 21 Livro de cabeceira

1 a 5 de julho 2015

19h30 | mesa 16 Encontro com Roberto Saviano 21h30 | mesa 17 Desperdiçando verso Arnaldo Antunes Karina Buhr

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peças gráficas

Ministério da Cultura, Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

Alexandra Lucas Coelho Ana Luisa Escorel Antonio Risério Arnaldo Antunes Artur Ávila Ayelet Waldman Beatriz Sarlo Boris Fausto Carlos Augusto Calil Colm Tóibín David Hare Deocleciano Moura Faião Diego Vecchio Eduardo Giannetti Eduardo Jardim Edward Frenkel Eliane Robert Moraes Eucanaã Ferraz Geovani Martins Heloisa M. Starling Hermínio Bello de Carvalho Jorge Mautner

José Miguel Wisnik José Ramos Tinhorão Karina Buhr Katjusch Hœ Leonardo Padura Lilia M. Schwarcz Marcelino Freire Mariano Marovatto Matilde Campilho Ng˜ug˜I wa Thiong’o Plantu Rafa Campos Reinaldo Moraes Riad Sattouf Richard Flanagan Roberto Pompeu de Toledo Roberto Saviano Saša Staniši´c Sidarta Ribeiro Sophie Hannah

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peças gráficas

1 quarta

Ministério da Cultura, Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

tenda dos autores

flip de bolso

programa programme

casa da cultura

praça d

Onde a literatura e o cinema se encontram Dilea Frate Alessandra Roscoe

10h30

Flip - programação principal FlipMais Flipinha Flipzona

flipmais

parceiros

19h

sessão de abertura As margens de Mário Beatriz Sarlo Eliane Robert Moraes Eduardo Jardim

Passaporte Verde O município de Paraty foi selecionado como destino piloto da campanha Passaporte Verde no Brasil, projeto que visa estimular o turista a adotar um comportamento de consumo responsável, dando a sua contribuição para a conservação da natureza e a valorização da cultura dos destinos visitados. Confira algumas dicas no site www.passaporteverde.gov.br

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Mário de Andrade na Ilha de Marajó, em 1927

21h30

tenda Show Música Luis Pe Dani L


peças gráficas

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realização

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Como contribuir para a Biblioteca Casa Azul autonomia e sustentabilidade de projetos que garantem13h30 o acesso ao livro e a leitura Escritores estreantes em um contexto social e mediação econômico tão diverso. Glaucia Mollo Parceria com o Instituto C&A 16h30 Oficina de cordel Edmilson Santini

16h Encerramento Trupe Biblioteca Casa Azul 16h30 Regata da Flipinha 2015 Premiação

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4 sábado

Ministério da Cultura, Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

Paço Municipal Salão Nobre da Câmara

13.a Festa Literária Internacional de Paraty 1 a 5 julho

12h30 Eventos Literários: como contribuir para a construção de uma sociedade leitora O papel dos eventos literários para agregar e fortalecer atores de promoção da leitura no território e incidir nas políticas públicas locais. Parceria com o Instituto C&A

programação 2015

Governo do Rio de Janeiro Casa da Cultura e Associação Casa Azul apresentam 13h Movimento por um Brasil 13.a Festa Literária Literário - MBL Internacional de Paraty Luiz 1 a 5Ruffato, julho Ninfa Parreiras, Ovídio Poli Junior, Raphael Mussoline e Volnei Canônica Parceria com o Instituto C&A

Encontros com o intuito de discutir o panorama da leitura literária no país e a formulação de políticas públicas. A Flip é um espaço fundamental para esse tipo de discussão, uma vez que possui um programa permanente de formação de leitores ao longo do ano e que, nos cinco dias do evento, reúne muitos convidados envolvidos com a questão. Transmissão ao vivo no canal FlipZona Youtube em parceria com o Canal Futura e Instituto C&A.

Juan Pablo oficina de ilustração Alex Cerveny 2015

4 sábado

políticas públicas de incentivo à leitura

biblioteca casa azul

3 sexta

1 a 5 julho 2015

Juan Pablo oficina de ilustração Alex Cerveny 2015

3Ministério sexta da Cultura,

2 quinta

programação 2015

2 quinta

Adailton Medeiros Alessandra Roscoe Casa da Cultura Binho Cultura 15h Biblioteca Casa Azul Bruna Linzmeyer 12h30 Roda de conversa Diléa Frate Diálogo sobre a CulturaDilan VivaCamargo Jailson Souza e Silva Ministério da Cultura - MinC Stella Maris Jesse Andarilho João Carrascoza 13h Karina Fundo Buhr Nacional Luiz Ruffato Pró-Leitura: uma política Ondjaki pública necessária Nos cinco dias da Flip, a Biblioteca 10h Rafa seu Campos Casa Azul monta espaço na Biblioteca Casa Azul importante avanço para Rafael Dragaud Praça da Matriz. OsUm leitores iniciantes Roda de conversa investimento e aqueles que, pela oprimeira vez, em políticas Simone Matias Thiago Martins na promoção da estão tendo contatopúblicas com livros é a criação do Fundo poderão se deliciar leitura com suas 10h30 Nacional com Pró-Leitura (FNPL). histórias, além de encontrar os Igreja da Matriz Projeto Lei nº 1321/2011 autores da Flipinha,Oque ficamdebem Musical Brasílis está em tramitação na Câmara pertinho de seus leitores. Haverá parceria com BNDES também um espaçodos paraDeputados escritoresFederais. Parceria o Instituto 15h C&A iniciantes, que desde cedo jácom estão no mundo da literatura. A Biblioteca Biblioteca Casa Azul Paço eMunicipal é um local de encontros troca de Roda de conversa Salão Nobre da Câmara Tino Freitas experiências, onde crianças e adultos podem viver momentos especiais. Alessandra Roscoe 15h Promoção da leitura e sustentabilidade de suas ações

Arquivo IEB/USP Fundo Mário de Andrade 1936

1 a 5 julho 2015

domingo 5 5domingo

este homem é brasileiro que nem eu.

8h -10h e 14h-15h Espetáculo Alecrim no olho da rua e oficina de brinquedo A Carroça de Mamulengos do Instituto Gandarela Parceria com a Petrobras

4 sábado

Paço| Municipal Casa Cultura 17h30 dança Tenda da da Flipinha Salão de Nobre da Câmara Mostra dança Estúdio Yasmim Puchalski 9h 14h 9h A hora da estrela Ministério da CulturaCortejo com cantoria KD| musical mulheres Abertura com 18h e pernas pau a atriz Governo e de Lara Folgueira e dodo Rio de Janeiro Bruna Linzmeyer Cortejo: Império A Carroça de Mamulengos Associação Casa Azul Martha Lopes Divino com as Caixeiras do Instituto Gandarela apresentam 17h com a Petrobras nomediação Quintal Mágico parceria Belita Mágico Cermelli CineZona Quintal 13.a Festa Literária 10hAudiovisual | capoeira e bate-papo Casa| da Cultura Internacional de Paraty 18h30 teatro Roda literária com mestre Tendae da Flipinha Monólogo de Mário Camisa integrantes de12h30 Andrade da Abadá-Capoeira Juventude, 18h | musical Laura Prado cultura e território fozleitura 12hNascente | mediaçãoe de Jailson Souza e Silva, Parceria com o Sesc 18h45 | musical Binhode Cultura Grupo cantoejovem 13h Adailton Medeiros canta o encantado Estação brincadeira mediação Rafael Escola de música daDragaud Casa Rádio MEC de Cultura de Paraty EBC Jujuba e Ana Nogueira Tenda da Flipinha 14h 21h30 | musical Prêmio Plante de Literatura Nascente e foz Parceria com o Sesc 15h | teatro Teatro e literatura Colégio Estadual Eng.o Mário Moura Brasil Amaral

não vê que me lembrei que lá no norte, meu deus! muito longe de mim na escuridão ativa da noite que caiu um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos, depois de fazer uma pele com a borracha do dia, faz pouco se deitou, está dormindo.

EMEF Ministro Sérgio Mota

sexta 43sábado

abancado à minha escrivaninha em são paulo na minha casa da rua lopes chaves de supetão senti um friúme por dentro. fiquei trêmulo, muito comovido com o livro palerma olhando pra mim.

2 quinta

2 quinta

Adriana Falcão Biblioteca Casa Azul Alessandra Roscoe CasadadaFlipinha Cultura Casa da Cultura Tenda da Flipinha Tenda Praça da Matriz 14h | ciranda dos autores Quando ficção e Claudio Fragata 8h às 8h30 8h30| arte na praça 8h18h | musical 10h realidade se misturam 13h Dilan Camargo - encontro Origem periferia: A origem das histórias Toca zumba de jovens Felinda Luiz Ruffato e Claudio FragataPapus Diléa Frate Luiz Ruffato e João Carrascoza Espetáculo Parceria Globo Educação encontro sobre EMEFcom Dr Mair Pena A um Carroça de Mamulengos 14h | oficina de arte mediação Verônica Lessa João Carrascoza e arte doliteratura Instituto Gandarela Amediação Carroça de Mamulengos Luciana Sandroni as inscrições para o encontro Jesse Andarilho e Veronica Lessa 8h30 | musical Parceria com a Petrobras 15h | musical do Instituto Gandarela Luiz RuffatoParceria com a Petrobras já estão encerradas Thiago Martins O lago e a lua As meninas que não 8h30 | teatro mediação 10h30 EMEF Frei Bernardo Odilon Moraes 12h | mediação de leitura param de crescer... Dona Baratinha e seu Casa da Cultura Veronica Lessa Literatura sem fronteiras Ondjaki Ministério da Cultura Tenda da Flipinha EMEF Guiomar casamento atrapalhado Rita Carelli Ondjaki e Rita Carelli de Janeiro e 9h | ciranda dos autores 13h Schimidt Marques EMEF Prof.a ManoelinaGoverno do Rio 10h30 10h30da Flipinha mediação Canção, poesia e histórias Regata Simone Matias 13h30 | teatro Rodrigues Barbosa Associação Casa Azul a literatura Letras e imagens Dilan Camargo ee o Stella Maris ACristiano saída do Instituto Náutico pescariaRecksziegel do curumim apresentam 15h30 | ciranda dos autores Onde encontram Tiago Hakiy EMEF José Carlos Porto e Tino se Freitas deKarina ParatyBuhr no Pontal A multiplicidade do olhar cinema 9h | ciranda dos autores Dileamediação Frate e Rafa Campos Central FlipZona Dilea Frate Memória e invenção13.a Festa Literária Tino Freitas Alessandra Roscoe mediação Ninfa Parreiras 13h | teatro 14h | ciranda dos autores Carrascoza Luciana Sandroni InternacionalJoão de Paraty mediação Recksziegel O Cristiano auto do boi O15h poeta das águas e a mediação Stella Maris Rezende Cristiano Reckziegel Oficina das Repórter Multiuso 10h | musical Escola Comunitária Cirandas menina histórias Anna Claudia Ramos mediação Tenda da Flipinha EquipeHakiy de jornalistas Amigo Tiago e Rita Carelli Vivian Oliveira Campos Globo News Escola de Educação 13h30 | musical mediação Bernadete Passos 16h30 | musical 21h30 | musical Infantil Algodão Doce Aula de samba O movimento e sua 10h | musical Nascente e foz as inscrições EMEF Aureliano Portugal 15h | musical para o encontro delicadeza de formação: Samba enredo da Portela Parceria com o Sesc já estão 10h30 | teatro Laços doencerradas coração reconhecimento que Banda dos alunos do 1º ano O homem que lia 14h | ciranda dos autores encoraja e transforma – Apaexonados CE Almirante Álvaro Alberto Tenda da Flipinha as pessoas Contar, cantar e ilustrar Instituto Trilha da Associação de Pais e Amigos CIEP Dom Pedro I 999 Odilon Moraes Arte e Educação dos Excepcionais – APAE 10h30 | teatro 21h30 | musical Alessandra Roscoe e Trançando histórias Nascente e fozdos autores 11h | teatro Adriana Falcão 15h30 | ciranda 17h | musical EMEF Diniz Marques de Souza compor o Sesc Guaynê derrota a mediação Encantando e cantando AParceria literatura Anna Claudia Ramos cobra grande vários ângulos com Mário de Andrade 11h | teatro EMEF D Pedro I – Macunaíma Simone Matias e Ondjaki Ombela – A origem das 15h | musical Colégio Plante mediação Volnei Canônica chuvas e ABC da criançada Mário musical de Andrade 11h30 | musical Educandário Torres Pádua O corpo vivo na Centro de Ensino Integrado 16h30 | musical 17h30 | musical infância maravilhosa Dois corações e Coral flor da idade 11h30 | teatro EMEF Maria Jácome de Melo quatro segredos 15h30 | ciranda dos autores Centro de Referência Ontem, hoje e sempre, Mesão: homenagem a Colégio Paraty Objetivo de Assistência Social Macunaíma Mário de Andrade 12h | mediação de leitura EMEF Coronel João mediação 17h | musical 18h | musical Pedro de Almeida Anna Claudia Ramos e 12h30 | teatro Musical ginástica rítmica Footloose, Cats, Hairspray, A princesinha boca suja Gabriela Gibrail Up - or -imagens down, Era um Centro de Referência 12h | mediação de leitura flipinha mare 2015 EMEF Ministro Sérgio Mota ensaio, Todos emdo mim de Assistência Social oficina de ilustração Alex 16h30 Cerveny | musical Uma noite de curtição 12h30 | musical O turista aprendiz – 13h | musical Cia. Dança Paraty 18h30 | cantoria Macunarap Ilhae Arte do Araújo Paz e amor no Cantinho Uma viagem pelo Brasil A Carroça de Mamulengos Instituto Terra e Mar Espaço Educativo Escola Cantinho do Pantanal 17h30 | musical do Instituto Gandarela Thomé e Hagel e Instituto Colibri Parceria com a Petrobrás Poemas de balaios 13h | musical de bichos Flipeando e Salve o som 17h | dança Casa da Árvore Maternal Centro Educacional Millenium Mostra de dança Casa da Cultura Associação Cairuçu 18h | musical 13h30 | declamação Transmissão ao vivo no canal Orquestra sinfônica da De repente, um desafio! FlipZona Youtube em parceria Pequenina Calixto EMEF Nova Perequê com o Canal Futura. EMEF Pequenina Calixto 8h | musical Dança viola quebrada EMEF Cilencina Rubem de O Melo

descobrimento

1 3quarta sexta

2 quinta

Tenda da Flipinha

8h -10h e 15h-16h30 Pano de roda Oficina de perna de pau e brinquedos A Carroça de Mamulengos do Instituto Gandarela Parceria com a Petrobras

programação flipzona 2015

programação flipinha 2015

1 quarta Praça da Paz

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realização

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sinalização

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lista de autores

Flip Alexandra Lucas Coelho Ana Luisa Escorel Antonio Risério Arnaldo Antunes Artur Ávila Ayelet Waldman Beatriz Sarlo Boris Fausto Carlos Augusto Calil Colm Tóibín David Hare Deocleciano Moura Faião Diego Osorno Diego Vecchio Eduardo Giannetti Eduardo Jardim Edward Frenkel Eliane Robert Moraes

Eucanaã Ferraz Geovani Martins Heloisa M. Starling Hermínio Bello de Carvalho Ioan Grillo Jorge Mautner José Miguel Wisnik José Ramos Tinhorão Karina Buhr Katjusch Hœ Leonardo Padura Lilia M. Schwarcz Marcelino Freire Mariano Marovatto Matilde Campilho Ng˜ug˜l wa Thiong’o Plantu Rafa Campos Reinaldo Moraes Riad Sattouf Richard Flanagan Roberto Pompeu de Toledo Saša Staniši´c Sidarta Ribeiro Sophie Hannah

FlipMais

Flipinha

Alexandre Pimentel Arnaldo Antunes Cia. do Relativo Cia. dos Bondrés Elisa Lucinda Elisabete Marin Ribas Eucanaã Ferraz Grupo Bricoleiros Hannah Silva Heloisa M. Starling Jean-Guy Boin Lemn Sissay Lilia M. Schwarcz Luís Antonio Torelli Manoel Vieira Marcia Costa Rodrigues Marcos da Veiga Pereira Maria Pereira Marisa Lajolo Marta Porto Pierre André Ruprecht Richard Charkin Rona Haning Vera Schroeder

Adriana Falcão Alessandra Roscoe Claudio Fragata Dilan Camargo Dilea Frate João Carrascoza Luciana Sandroni Luiz Ruffato Odilon Moraes Ondjaki Rita Carelli Simone Matias Stella Maris Tiago Hakiy Tino Freitas FlipZona Adailton Medeiros Alessandra Roscoe Binho Cultura Bruna Linzmeyer Dilea Frate Jailson Souza e Silva Jessé Andarilho

João Carrascoza Karina Buhr Laura Folgueira Luiz Ruffato Martha Lopes Nando Cunha Ondjaki Rafa Campos Rita Carelli Políticas Públicas Belita Costa Cermelli Christine Fontelles Felipe José Lindoso Guiomar de Grammont José Castilho Neto Luís Antônio Torelli Luiz Ruffato Maria Suzete Nunes Ninfa Parreiras Ovídio Poli Patrícia Lacerda Pilar Lacerda Rafael Motta Rafael Mussolini Suzana Vargas Tania Rösing Volnei Canônica 61


flip em números

Eventos

Flip Programação principal nº de eventos (mesas, show e conferência de abertura) 25 nº de convidados 43 nº de convidados brasileiros 25 nº de convidados estrangeiros 18 nº de mediadores 15 nº de países 13 países Alemanha, Argentina, Austrália, Bósnia, Brasil, Cuba, França, Inglaterra, Israel, Irlanda, Portugal, Quênia e Rússia

FlipMais 17 24 20 4 6 2 França e Inglaterra

62


flip em números

Eventos

Flipinha nº de eventos mesas Ciranda dos Autores apresentações de escolas oficinas arte-educação “Arte na praça” operações flipinha outras apresentações / eventos nº de convidados nº de convidados brasileiros nº de convidados estrangeiros nº de mediadores nº de escolas participantes e instituições educacionais

110 8 37 25 17 23 15 14 1 7

livros do acervo da Biblioteca Casa Azul na Flipinha livros do acervo disponibilizado nos pés de livros livros doados na Operação Flipinha nº de livros doados pelas editoras parceiras nº de editoras parceiras

Biblioteca Casa Azul na Flipinha

3.000 450 2.572 500 23

40

Biblioteca Casa Azul

acessos de janeiro a agosto livros do acervo número de emprestimos de janeiro a agosto cadastros (total até agosto de 2015)

7.980 13.432 4.334 1.498

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flip em números

Eventos

FlipZona nº de eventos nº de convidados nº de convidados brasileiros nº de convidados estrangeiros nº de mediadores nº de oficinas jovens monitores na central flipzona jovens aprendizes na central flipzona

15 16 15 1 4 2 5 60

total todas as programações nº de eventos nº de convidados* nº de convidados brasileiros* nº de convidados estrangeiros* nº de mediadores* nº de países

172 103 80 23 33 13 *autores que participaram de mais de uma programação foram contabilizados apenas uma vez

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flip em números

Público

Impacto na cidade

Flip - Programação principal

tenda dos autores 16.853 praça do telão e telão da quadra 11.237 subtotal 28.090 FlipMais

Equipe equipe total 556 equipe não remunerada (voluntários) 71

Geração de renda para a cidade

R$ 15.245.000* *Estimativa da Associação Casa Azul com base em pesquisa Datafolha de 2011

subtotal 2.340 Flipinha tenda da Flipinha

7.800

FlipZona subtotal 1.080 total 48.060 oficinas oficina literária 26

público geral estimado entre 20 e 27 mil pessoas

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Comunicação

flip em números

Valoração mídia espontânea

mídia impresso online rádio tv total Flip até 15 de agosto

inserções valor 561 R$ 77.933.553,83 1.480 R$ 5.148.447,68 131 R$ 9.985.905,07 117 R$ 157.829.731,53 2.289 R$ 250.897.638,11

Principais inserções na mídia impressa

Acessos ao site da Flip* durante mês da Flip 181.000 durante o evento 161.000 média por dia durante o evento 23.000 *fonte: google analytics

veículo inserções centimetragem inserções em reais centimetragem em % % em reais O Globo 112 14.737,5 R$ 23.137.875,00 26,67 29,69 Folha de S.Paulo 85 8.201 R$ 18.517.858,00 14,84 23,76 O Estado de S. Paulo 62 4.915,5 R$ 11.276.157,00 8,90 14,47 Revista Época 6 1.754 R$ 7.388.190,24 3,17 9,48 Correio Braziliense 6 764 R$ 424.784,00 1,38 0,55 Jornal do Commércio-PE 14 197,5 R$ 56.880,00 0,36 0,07 Zero Hora 6 262 R$ 115.804,00 0,47 0,15 Revista Veja 2 181 R$ 154.954,10 0,33 0,20 Estado de Minas 4 218 R$ 114.668,00 0,39 0,15 Outros 264 24.028,5 R$ 16.746.383,49 43,48 21,49

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flip em números

Peças gráficas

Tiragem

Tiragem

adesivo parceiros cartaz Flip cartaz FlipZona cartaz Flipinha clipping pós-evento comunicado aos moradores folder lançamento coletiva manual de equipe relatório pós-Flip impresso voucher convidados voucher equipe 1 voucher equipe 2

kit completo programa Flip flip de bolso programa FlipMais programa Parceiros flip de bolso

200 500 150 150 30 600 150 450 100 1.000 4.500 4.800

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Sinalização

flip em números

Local de exposição

painel painel painel painel painel painel painel painel painel painel painel bandeiras ponte bandeiras casas adesivos placas

Tenda dos Autores externo Tendas dos Autores palco Tenda dos Autores foyer Tenda da Flipinha externo Tenda da Flipinha palco Praça da Matriz Casa da Cultura externo Tenda dos Autógrafos externo Tenda dos Autógrafos foyer Praça do Telão externo Praça do Telão transmissão Ponte do Pontal Casas parceiras Pousadas e Restaurantes Parceiros Pousadas Oficiais

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Associação Casa Azul

Flip

Flip programação principal

Mauro Munhoz diretor-presidente Izabel Costa Cermelli (Belita) diretora-superintendente

conselho diretor Liz Calder presidente Esther Hamburger Izabel Costa Cermelli (Belita) Louis Baum Mauro Munhoz

conselho consultivo Giorgio Della Seta presidente Carlos Augusto Calil Eduardo Giannetti Fernão Bracher João Moreira Salles Jorge Caldeira Jorge da Cunha Lima José Kalil Filho Margarida Cintra Gordinho Paulo Bilyk Roberto Teixeira da Costa Rubens Barbosa Mauro Munhoz direção geral Pauline Hartmann assessoria executiva Joana Fernandes coordenação geral Paulo Werneck curadoria Guilherme Tauil assistência

arquitetura e design Mauro Munhoz direção arquitetura Marco Olivieri Juliana Antunes Cecília Cabañas Gabriel O. Garcia João A. Cassaro Jr. design Marcela Souza Beatriz Falleiros Juliana Bucaretchi Luísa Amoroso ilustração Jeff Fisher tratamento de imagem Motivo

parcerias, comunicação e relacionamento institucional Martine Birnbaum Ana Melo Christopher Mathi Luciana Benatti Bernadete Passos Elison da Silva Luana Moreira Luara Marques comunicação Letícia Costa Bruna Wagner cobertura Alexandre Benoit Alexandre Matias Gabriela Longman Janaina Fidalgo revisão Marcelo Maraninchi tradução Alison Entrekin Sophie Lewis assessoria de imprensa A4 comunicação relacionamento com autores Sandrine Ghys Galiléia Estrela Leão Ian Klink Rodrigo Pinaud intérpretes Christopher Peterson Alicia Asseo Anna Vianna Branca Vianna Eleonora de Barros Raffaella Quental

produção Sueleni de Freitas Mariza Cermelli Beatriz Cyrineo Juliana Pinheiro Paulo Kastrup Rebeca Damian Roberta Val Kadu Rocha

consultoria administrativa e orçamentária Wellington Leal assessoria consultoria jurídica Cesnik, Quintino e Salinas Advogados impressão eskenazi

direção técnica Audiobizz colaboração de produção Og Torres Adão Balbino José Roberto de Oliveira Ronaldo da Conceição serviços gerais Marli Prado monitores de tenda Paulo Cezar Marques Pedro Coelho Raphaela Torres Yara Ercolin Lízia Pádua administrativo financeiro Felipe de Feo Clelia Perez Adriana Lima Luciene da Silva Ricardo Antunes Andresa Prado Ana Marcela de Jesus João Carlos Alvarenga Fernanda Andrade

relatório pós flip setembro de 2015

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