Flash Vip 102

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PAREM AS MÁQUINAS?

O avanço desregulado das IAs preocupa cientistas, empresários e governos

ENVELHESCENTES

Uma reflexão sobre etarismo e os preconceitos sofridos por conta da idade

PARA VER E OUVIR

As dicas culturais da redação FV

ANO 19 • Nº 102 • R$15 • MAI/2023

Em algum momento da sua vida, você já se sentiu julgado pela sua idade, como se ela devesse determinar certo comportamento ou escolha? "Este corte de cabelo te rejuvenesceu", "essa roupa faz você parecer mais nova" ou "você parece bem para a sua idade" são algumas das tantas frases comumente ouvidas – e até proferidas – para se referir como a sociedade nos enquadra em uma caixa estabelecida do que espera-se da nossa performance conforme avançamos os anos. E o pior, todas essas frases são consideradas elogios. Entra, então, a questão a ser abordada, que todos nós perpetuamos a ideia que envelhecer não é uma coisa boa, mas sim algo a ser evitado, pelo menos na aparência, uma vez que para envelhecer basta apenas estar vivo.

É esta a reflexão que trazemos na nossa reportagem Especial de capa desta edição da FV, o etarismo. Também conhecido como idadismo e ageísmo, é o preconceito que se tem contra as pessoas com base nas suas idades. Podemos detectar esse tipo de discriminação facilmente nos mais diversos meios sociais, com comentários, suposições ou ações que limitam o acesso a oportunidades pelo quão avançada é a faixa etária. O quanto as pessoas acabam limitando as suas experiências e vivências por medo ou receio de não se encaixar no padrão esperado.

Conforme a pesquisa que integra o Relatório Mundial do Idadismo, feita pela Organização Mundial da Saúde em 2022, ser idoso é ser considerado caloroso e aprazível na mesma proporção que é visto como rígido, solitário e sexualmente inativo. É comum também ouvir expressões como "jovem de espírito" para se referir a pessoas cujo RG informa a experiência dos anos, mas não querem se considerar "velhas". O que também nos leva a pensar como esse preconceito pode ser autodirigido e como devemos ressignificar o processo de envelhecimento.

Com essas questões citadas, convidamos a ler as próximas páginas da FV com o coração e mente abertos, talvez você reconheça a sua mãe, seu avô, sua tia, seu vizinho ou a si mesmo. Mas permita que a sabedoria já adquirida nos seus anos vividos não te impeça de aprender ainda mais, de ousar mais algumas vezes, de tentar de novo, de recomeçar. Divirta-se e aventure-se. Para isso – e para nada mais – certamente não existe idade certa.

Um forte abraço e ótima leitura!

Dos sócios da FV

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E FREEPIK falaFV!
ELIZANDRO GIACOMINI
Carol,CarlaeNando
9 ÍNDICE PAREM AS MÁQUINAS? 12 TECNOLOGIA OS FLASHES DA EDIÇÃO 42 SOCIAL O COMETA48 LITERATURA ENVELHESCENTES 30 ESPECIAL DICAS DA REDAÇÃO 38 FVHITS/FVPIPOCA MODA E TECH 40 COLUNAS ESPECIAL BANDAS 46 BADALANDO NAS ANTIGAS FIQUE POR DENTRO 18 PUBLIEDITORIAL

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10 UM TIME DESSES, BICHO

PAREM AS MÁQUINAS?

ELAS JÁ DECIDEM O QUE VOCÊ CONSOME E ASSISTE. AGORA, O AVANÇO DESREGULADO DE TECNOLOGIAS QUE APRENDEM SOZINHAS É UMA PREOCUPAÇÃO DE CIENTISTAS, EMPRESÁRIOS E GOVERNOS.

Tarefas que antes requiriam exclusivamente da inteligência humana, como reconhecimento de padrões, aprendizado e tomada de decisões, já podem ser feitas de forma completamente automática, por robôs. As tecnologias de Inteligência Artificial (IA) são um conjunto de técnicas que permitem às máquinas analisar padrões de dados, utilizando algoritmos complexos que aprendem e se adaptam a novas informações. Nos últimos anos, a IA tem evoluído de forma surpreendente e está cada dia mais presente em nosso cotidiano em áreas como saúde, finanças, educação, transporte, segurança e comunicação.

reportagem

FERNANDO BORTOLUZZI arte DENIS CARDOSO

O parágrafo acima, por exemplo, foi escrito parcialmente de forma automática por uma IA que ganhou grande destaque em 2023: o ChatGPT. Com simples comandos em uma caixa de mensagens, a tecnologia é capaz de otimizar diversas tarefas, como responder perguntas sobre infinitos tópicos, gerar textos, organizar planilhas e até mesmo fazê-las “adotando a personalidade” de um expert conhecido da área, se assim você desejar. Tudo isso analisando um massivo banco de dados de sites, redes sociais e até mesmo a forma como você utiliza a aplicação ao longo do tempo. Esta é justamente a especialidade desta inteligência: compreender e gerar resultados em linguagem natural para a conversação humana.

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Entretanto, uma nova versão muito mais potente desta ferramenta – o GPT-4 – passou a despertar a preocupação de cientistas, empresários, juristas e governantes ao redor do mundo, principalmente por estas tecnologias estarem avançando em larga escala praticamente em uma terra sem lei. "Uma corrida descontrolada para desenvolver e implantar cérebros digitais cada vez mais potentes que ninguém, nem mesmo seus criadores, podem entender, prever ou controlar, de forma confiável”. Assim descreve uma carta do Instituto Future of Life, assinada por quase 30 mil pessoas, que pede uma pausa de seis meses nas pesquisas de desenvolvimento de inteligências mais poderosas que essa.

Para Felipe Grando, doutor em Ciências da Computação na linha de pesquisa de Inteligência Artificial com Redes Neurais Artificiais e professor na área de Ciências de Dados e Inteligência Artificial na Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, esta preocupação é um exagero no momento e a carta pode esconder interesses comerciais. Entretanto, ele admite que estes algoritmos ainda são uma caixa-preta. “Essas redes neurais transformam tudo em números e funções matemáticas, e a coisa fica tão complexa lá dentro que não tem como você analisar exatamente todas as contas e que informações elas estão relacionando com quais”. Grando explica que essas técnicas não são grande novidade no campo da tecnologia, mas que com o avanço do poder computacional e o amplo acesso a dados coletados de usuários, elas têm capacidade de desempenhar mais e mais tarefas que antes dependiam de inteligência humana.

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CRIADAS À IMAGEM E SEMELHANÇA

Como explica o professor, essas redes neurais artificiais fazem um paralelo com o funcionamento do cérebro humano. As empresas de desenvolvimento de tecnologias fornecem dados de teste para serem reconhecidos e, a partir do chamado machine learning (aprendizado de máquina), elas são capazes de compreender e relacionar essas informações, podendo assim oferecer uma resposta ao usuário. “Quanto maior a rede neural, maior o poder de encontrar relações distantes de dados e conceitos mais complexos e, portanto, mais fácil é a probabilidade de um resultado compatível com o que está sendo solicitado a esta inteligência. Um dos problemas do estilo de treinamento utilizado no ChatGPT, assim como em carros autônomos, IAs em áreas da medicina e até mais sensíveis, é que esses dados influenciam muito o comportamento dos algoritmos e podem estar enviesados de alguma forma”, afirma Grando.

Imagine que uma empresa decide utilizar uma IA que automatiza a seleção de candidatos para recrutamento. A base de dados é composta por informações de colaboradores que trabalharam na empresa nos últimos anos e a maioria deles são homens, brancos, de idades entre 25 e 40 anos. Desta forma, a inteligência ensinou para si que qualquer candidato fora destes padrões seria considerado menos adequado para a vaga. Isso de fato aconteceu na multinacional de tecnologia Amazon em 2015, cujo sistema de recrutamento rebaixou currículos que incluíam a palavra “mulheres”. Este exemplo é trazido pela advogada Ana Claudia Bonassi Machado, certificada na área de privacidade e proteção de dados pela Associação Internacional de Profissionais de Privacidade – IAPP e pós-graduanda em Direito Digital, Proteção de Dados e Cibersegurança.

“Temos estados que estão estudando utilizar IAs para fins de segurança pública, como o uso de tecnologias para reconhecimento facial. E aí temos todo um debate e estudos sobre discriminações com relação a raça e gênero que podem ocorrer com bases de dados enviesadas. A grande massa carcerária do nosso país é composta por homens pretos. Eu diria que a necessidade de regulação das IAs é urgente para trazer respostas para esses dilemas jurídicos e éticos”, afirma Machado. Grande parte dos dados utilizados para treinar essas novas tecnologias provém de informações geradas atualmente e nos últimos anos, o que representa um reflexo da nossa contemporaneidade. Podemos garantir que há uma aplicação justa dessas tecnologias, quando são baseadas inicialmente em dados fornecidos em maioria pela elite que detém o poder tecnológico para desenvolvê-las e pela parcela da população que domina o ambiente digital? Sem a devida atenção das big techs e bons dispositivos legais que definam seu aperfeiçoamento ético, corremos o risco de utilizar informações racistas e misóginas para construir máquinas que reproduzem estigmas e desigualdades existentes na nossa sociedade.

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A internet se surpreendeu com uma imagem do Papa Francisco vestindo uma estilosa jaqueta branca, que na realidade foi gerada pela ferramenta Midjourney. Há dilemas sobre o uso de IAs para desinformação e violação de direitos autorais de imagens utilizadas como base para redes neurais.
FOTO REPRODUÇÃO/TWITTER

PODEMOS GARANTIR QUE HÁ

UMA APLICAÇÃO JUSTA DESSAS

TECNOLOGIAS, QUANDO SÃO BASEADAS

INICIALMENTE EM DADOS FORNECIDOS

EM MAIORIA PELA ELITE QUE DETÉM O PODER TECNOLÓGICO PARA DESENVOLVÊ-LAS E PELA PARCELA DA POPULAÇÃO QUE DOMINA O AMBIENTE DIGITAL?

O FUTURO ESTÁ AQUI; O RESTANTE, EM DEBATE

Atualmente, nenhum país dispõe de um Marco Regulatório que defina as regras do jogo para o desenvolvimento e aplicação das IAs. Há mais de um ano, a União Europeia trabalha na elaboração de uma regulação, enquanto Estados Unidos e China – sedes das principais desenvolvedoras – delegam as disposições a setores responsáveis pela administração de dados e internet. Uma comissão de 18 juristas foi encarregada de debater e elaborar uma proposta de regulação para o Brasil. Um relatório de 900 páginas foi entregue à presidência do Congresso em dezembro de 2022, e segue em tramitação. Além dos algoritmos parciais, as preocupações em torno do avanço irreversível dos cérebros digitais diz respeito à transparência e finalidade das informações utilizadas, uma vez que as empresas não tornam públicas as decisões tomadas dentro delas, quais dados são usados e onde são coletados.

“O fato é que quanto maior a criticidade e a quantidade de dados, maior o risco à privacidade e aos direitos fundamentais dos indivíduos. Como vamos assegurar o direito de acesso ao crédito quando quem decide conceder ou não um empréstimo é uma máquina? Ou garantir direitos coletivos, como à democracia – tendo em vista o uso para desinformação –, à livre concorrência entre mercados e à segurança jurídica? Estes pontos são muito relevantes e precisam ser debatidos e analisados com muito critério”, afirma a advogada, que ressalta a importância da criação de leis bem definidas, mas que não sejam engessadas a ponto de barrar o avanço dessas pesquisas ou que se tornem rapidamente obsoletas e inefetivas.

Felipe Grando segue a linha da Agência Brasileira de Inteligência Artificial –ABRIA, que afirma: a solução não é barrar as pesquisas. “É preciso ter critérios mínimos de responsabilização da empresa, como temos com qualquer produto com o Inmetro, por exemplo. E também para o mau uso dessas tecnologias, afinal você pode comprar uma faca e usá-la para cozinhar, como para matar alguém, e não é culpa da empresa que a fabricou se você a usou para cometer um crime. Eu acho que as IAs tendem a trazer muitos benefícios. Por mais que estejamos enxergando muitos lados potencialmente negativos e prejudiciais, temos que enxergar que o que se está ganhando é mais do que se está perdendo”, afirma o cientista da computação.

Ana Machado finaliza concordando que não se deve impedir a inovação e o desenvolvimento econômico. “Nós precisamos de uma regulação para mitigar estes riscos, não apenas pensando em punições. É necessário que essa inovação aconteça de forma apropriada para poder pavimentar nosso caminho para o futuro sem violar direitos e liberdades fundamentais. O Brasil está atrasado em muitos aspectos, então é importante regularmos justamente para fomentar esse ecossistema de inovação de maneira sustentável”.

Os próximos capítulos do futuro estão sendo, neste momento, projetados pelas máquinas. As IAs têm potencial para tornar o mundo mais justo, seguro e ético. Mas para que isso ocorra, é preciso que estes valores sejam delimitados e colocados no papel para definir os próximos rumos de uma tecnologia que, de certa forma, já define grande parte das tomadas de decisões em nossas vidas – o que pode impactar no futuro dos avanços em questões de igualdade, direitos e liberdade conquistados globalmente nas últimas décadas.

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Básicos com Bossa

PARA MULHERES DINÂMICAS

A Básico Brasil está há mais de duas décadas vestindo mulheres dinâmicas, com soluções que potencializam o seu estilo nas mais diversas ocasiões. A coleção de inverno 2023 representa a herança cultural e a construção cuidadosa dos produtos, que são raízes que nos mantêm conectados com nossas origens. Os clássicos da marca, como alfaiataria nobre com padronagens tradicionais, lãs e tweeds são destaques na coleção. Em busca de conforto, são selecionados materiais diferenciados, entre eles as malhas com novas texturas e os tricôs, macios e aconchegantes. A marca desenvolveu uma cartela convidativa para trazer sensações de bem-estar para os dias frios da temporada. Conheça um inverno autêntico, versátil e urbano da Básico Brasil, que você encontra na loja Manias, em Chapecó.

50 anos de uma história que ultrapassa o esporte

CINCO DÉCADAS DE UNIÃO DE ESFORÇOS

Firmar parcerias com organizações e empresas de alto impacto na indústria tecnológica é um passo fundamental para impulsionar a inovação. Pensando em profissionais capacitados para o desenvolvimento de soluções tecnológicas avançadas, os cursos de Sistemas de Informação e de Ciência da Computação da Unochapecó celebraram uma parceria histórica com a Huawei ICT Academy. Trata-se de uma iniciativa mundialmente reconhecida da Huawei Technologies, que oferece treinamentos em tecnologia da informação e comunicação para instituições educacionais. O objetivo da plataforma é promover habilidades digitais, capacitar talentos e fortalecer a conexão entre a indústria e a academia, preparando os estudantes para as demandas do mercado de trabalho na era digital.

Meio século de sentimentos de união e orgulho que ajudaram a forjar a história e a cultura de Chapecó. História esta construída por incontáveis mãos que vibram, pés que goleiam e corações que saltam pela boca a cada grito de guerra da torcida apaixonada: “Vamos, vamos, Chape!”. Nas vitórias ou nas dificuldades, o Verdão do Oeste representa a superação, a determinação e a lealdade do povo chapecoense. Valores compartilhados desde a classe empresarial que une esforços em prol do clube, até o vendedor ambulante que trabalha para munir a torcida de bandeiras, apitos e adereços alviverdes. A Associação Chapecoense de Futebol é patrimônio do espírito de seu povo trabalhador e representa a autoestima da nossa cidade, cujo nome já foi ouvido ao redor do mundo, junto às conquistas do clube. E que nestes próximos 50 anos, seja ouvido ainda mais e cada vez mais alto. A Flash Vip se orgulha de compartilhar desta história com o nosso time de coração. Parabéns Chapecoense! Para sempre Chape!

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FOTO DIVULGAÇÃO; SIRLI FREITAS; PEXELS; LETICIA SECHINI/UNOCHAPECÓ; NOVA COMUNICAÇÃO
QUE TRANSCENDEM UM TIME DE FUTEBOL EM CAMPO
CURSOS DA UNOCHAPECÓ FIRMAM CONVÊNIO COM ESCOLA DA HUAWEI
ICT Academy

Implantes dentários de zircônia

ENTENDA PORQUE ESTA É UMA BOA ALTERNATIVA AO IMPLANTE DE TITÂNIO

O titânio é o material mais utilizado para fabricação de implantes dentários, porém, alguns pacientes apresentam reações indesejáveis relacionadas à estética e hipersensibilidade ao material, uma vez que ele é um metal. Conforme explica o cirurgião-dentista, especialista em Periodontia e Implantodontia, Lenoir Giachim, por estes motivos, alguns materiais vêm sendo utilizados como alternativa ao implante de titânio, com finalidade de substituição a dentes perdidos. "A zircônia, devido à biocompatibilidade, excelentes propriedades mecânicas e estéticas, por ser um material considerado cerâmico na cor branca, faz

excelente adaptação estética aos tecidos periodontais", afirma Giachim.

De acordo com o profissional, para dar maior estabilidade e resistência, a zircônia é associada a outros materiais. "Estudos atuais indicam que o implante de zircônia proporciona menor formação de biofilme sobre sua superfície, portanto, menor possibilidade de processos inflamatórios ao redor de implantes. Estudos clínicos que avaliaram esses materiais indicam longevidade e segurança na sua utilização, além de apresentarem osseointegração, formação óssea e manutenção do osso alveolar semelhantes aos feitos em titânio", finaliza.

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Ortognática como tratamento para Apneia do Sono

ASíndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma condição que acontece quando as vias aéreas são obstruídas durante o sono e a respiração não é suficiente para oxigenar o cérebro durante um período de tempo, podendo em alguns casos levar à redução da expectativa de vida. Por conta disso, alguns pacientes necessitam de uma intervenção cirúrgica para corrigir o problema.

Em abril de 2023, foi realizada a primeira edição do Encontro de Cirurgia Ortognática do Hospital Santa Catarina de Blumenau, dedicado aos campos da cirurgia maxilofacial e da ortodontia e que contou com grandes nomes da especialidade, inclusive internacionais, que trouxeram à tona temas voltados a uma nova perspectiva para tratamento da Apneia do Sono. A cirurgiã-dentista especialista em Sedação, Angela Aiolfi, participou do evento e conta que a cirurgia ortognática tem sido revolucionária no tratamento do ronco e da SAOS, pois auxilia na maior passagem do fluxo de ar. Ela respondeu a algumas perguntas recorrentes que podem ajudar o paciente a entender este tratamento. Confira:

Distúrbio atinge cerca de 50 milhões de pessoas somente no Brasil. Que impactos na saúde podem ser desencadeados pela SAOS?

Pessoas que sofrem de Apneia do Sono têm muita dificuldade em dormir, pois a barulheira noturna dos roncos é entrecortada por engasgos. Quando não conseguimos dormir, podemos ter problemas graves no nosso corpo, por isso é importante que você se preocupe com sua qualidade de vida. Outros efeitos da Apneia são intensa sonolência durante o dia, déficit de memória, dificuldade de atenção e raciocínio, maior risco para ganho de peso e depressão, além de ser um incômodo para o parceiro que dorme junto.

Quais são os benefícios de uma cirurgia ortognática para o tratamento da SAOS?

Em especial, ela favorece a passagem de ar pelas vias aéreas através de um procedimento cirúrgico. Além de efetivo, ele é duradouro, pois após a movimentação esqueletal realizada no procedimento, o paciente não retorna à condição inicial de ronco e Apneia.

Quais os resultados esperados de uma cirurgia ortognática no tratamento da SAOS?

O objetivo principal desta cirurgia é melhorar a qualidade de vida dos pacientes, pois reduz as complicações relacionadas ao sono. Além disso, ela também pode diminuir a necessidade de oxigenação artificial no corpo. É possível encontrar uma alternativa segura e eficaz, embasada em estudos para prevenir consequências graves provocadas por casos prolongados de Apneia, além de garantir um sono mais tranquilo e melhorar a qualidade de vida a longo prazo.

ANGELA AIOLFI CIRURGIÃ-DENTISTA | CRO/SC 15921 @angelaaiolfi / (49) 99912.7995 Il Centenario, Sala 1101, Av. Fernando Machado, 141 E. Centro | Chapecó/SC fvcomunica.com.br 18
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Cirurgia
Angela com o Prof. Dr. G. William Arnett, presidente do Instituto Internacional de Cirurgias Ortognáticas Arnett-Gunson (Califórnia, EUA).

Vamos falar sobre psiquiatria?

Especialidade médica ainda é cercada por mitos e preconceitos, mas diferente do que “dizem por aí”, a prática é baseada em ciência e muito estudo.

Antes de se tornar psiquiatra, o profissional precisa concluir os seis anos de Medicina e, então, outros três anos de dedicação específica à especialidade. Ao longo da história, tivemos relatos de diversos personagens vítimas de transtornos mentais. Desde os tempos de Hipócrates, não se relacionava a ação de doenças da mente com cunho religioso. Psiquiatria, como ciência propriamente, começa no final do século XVIII, com Philippe Pinel, que iniciou a classificação dos transtornos. O neurologista Sigmund Freud traria as bases dos estudos do funcionamento da mente, criando a psicanálise. Mas daí até os tratamentos atuais foi um longo percurso, como lembra a médica psiquiatra Rafaela Pavan, "afinal, ainda não compreendemos o cérebro – esse nobre e insubstituível órgão – na sua totalidade".

Conforme Rafaela, no Brasil, na década de 1940, com a psiquiatra Nise da Silveira, tivemos uma importante mudança de abordagem, buscando compreender o sofrimento e ferramentas para auxílio e tratamento daqueles que eram acometidos pelos transtornos. "E, juntamente com a evolução da psicofarmacologia nos anos seguintes, a regulação dos neurotransmissores trouxe a possibilidade de cura e estabilidade, quando possível, mas principalmente alívio", explica.

O Brasil é um dos países mais acometidos por doenças mentais no mundo, acredita-se que cerca de 63% da população apresenta sintomas de ansiedade e 59% de depressão. Mas no total, cerca de 86% da população sofre com algum transtorno psiquiátrico. Por isso sempre é importante lembrar: não existe saúde sem saúde mental! Como você está cuidando da sua?

PSIQUIATRA
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Rafaela Pavan Médica Psiquiatra

Envelhecendo com saúde

Processo natural e inevitável da vida pode acontecer com qualidade e independência.

Aimportância do envelhecimento saudável está diretamente ligada ao bem-estar físico, mental e social e é fundamental para garantir o bem-estar na terceira idade.

Primeiramente, é importante entender que o envelhecimento saudável não é apenas viver mais tempo, mas sim viver mais tempo com qualidade. Isso significa ter capacidade de realizar as atividades diárias sem dificuldades, manter relações sociais, ter um propósito na vida e desfrutar dos momentos de lazer.

A atividade física é um dos aspectos mais importantes para o envelhecimento saudável. Na terceira idade, é comum a redução da massa muscular, perda de flexibilidade e diminuição da capacidade cardiovascular. A prática regular de atividade física pode ajudar a manter a saúde cardiovascular, aumentar a força muscular e a flexibilidade, prevenir lesões e quedas, e ainda, ajudar a reverter doenças como diabetes e hipertensão.

É importante lembrar que antes de iniciar qualquer atividade física, é necessário fazer uma avaliação médica e escolher uma modalidade que esteja de acordo com as condições físicas e limitações individuais.

Além da atividade física, a qualidade nutricional é outro fator importante no envelhecimento saudável. Devido a industrialização dos alimentos e o excesso de produtos alimentícios, cada vez é mais comum ingerirmos menos micronutrientes necessários para o funcionamento do organismo, o que pode levar a uma deficiência de nutrientes importantes, como vitaminas, minerais e proteínas. Uma dieta equilibrada é fundamental para manter a saúde física e mental, principalmente nesse momento da vida, prevenindo doenças e melhorando a disposição.

A alimentação deve contar com quantidades ideais de boas

gorduras, proteínas e carboidratos. Sempre devemos priorizar os carboidratos que vêm das frutas e vegetais do que os refinados. A água também é um nutriente importante e deve ser consumida em quantidade adequada para manter a hidratação do corpo.

Cuidar da mente também é fundamental para o envelhecimento saudável. Isto inclui manter-se ativo mentalmente, como ler, fazer palavras cruzadas, praticar jogos de memória, aprender coisas novas e manter um estilo de vida socialmente engajado para ajudar a manter o cérebro ativo. Além disso, é importante manter a saúde emocional, gerenciando o estresse e buscando ajuda de um profissional quando necessário.

Por fim, o envelhecimento saudável também envolve encontrar um propósito e significado na vida. Isso pode incluir hobbies, atividades voluntárias, prática de espiritualidade, tempo de qualidade com a família e amigos, ou explorar novas paixões e interesses. Ter um senso de propósito pode ajudar a melhorar a autoestima e a saúde emocional.

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O valor da educação bilíngue

Metodologia de ensino Maple Bear traz práticas canadenses de educação bilíngue a Chapecó.

No mundo de hoje, o valor de uma educação bilíngue é bem conhecido. Contudo, antes do avanço nas pesquisas sobre o desenvolvimento do cérebro até os 25 anos de idade, muitos acreditavam que a educação deveria ser monolíngue e que introduzir um segundo idioma teria custo para o sucesso da criança na escola.

Enquanto vamos entendendo mais sobre como o cérebro aprende, sabemos que a estimulação precoce com dois idiomas traz muitos benefícios para a criança, e sem prejuízo. As ligações dos neurônios do cérebro se tornam cada vez mais sofisticadas quando os pequenos são expostos a experiências em um contexto bilíngue e essa complexidade vem com muitos benefícios.

O primeiro deles é ter a habilidade de pensar em múltiplos idiomas. Que presente incrível ser capaz de se comunicar e entender outra língua e cultura. E essas vantagens vão muito além da fluência.

A lista de benefícios indiretos identificados em pesquisas mundiais continua a crescer. Atualmente, inclui: funcionamento executivo aumentado; maior percepção metalinguística; conquistas escolares mais altas; e a longo prazo, o cérebro bilíngue parece ser menos suscetível à demência relacionada à idade.

Os estudantes que aprendem a ler em outra língua não lutam com a leitura. Pelo contrário, desenvolvem uma compreensão mais profunda de como o idioma funciona. Este entendimento metalinguístico ajuda a ter uma percepção maior da estrutura que compõe um idioma tanto na forma falada quanto na escrita. Provavelmente, tal compreensão explica em parte porque estudantes bilíngues (com frequência) se saem melhor em testes de solução de problemas em matemática. Mesmo em sua língua materna, estudantes bilíngues tendem a ter melhor desempenho. Então, não é o conhecimento do segundo idioma que ajuda, mas antes os efeitos de aprendê-lo. Isso resultou em maior atenção à linguagem da questão matemática.

FOTOS ELIZANDRO GIACOMINI #PUBLI/EDUCAÇÃO

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Por isso o bilinguismo presente na metodologia canadense – criada há mais de meio século – ainda é tão inovador. Ele propõe que o aprendizado dos dois idiomas seja feito ao mesmo tempo, de maneira imersiva: os alunos precisam literalmente mergulhar em cada língua para poderem aprendê-la e compreendê-la. É essa conexão entre a expressão e o contexto que faz o bilinguismo canadense especial.

O aprendizado da língua não é feito sem objetivo ou estratégia. Ele acontece não apenas como uma função, mas também como uma maneira de conectar o aluno àquilo que ele vive: seu lugar no mundo, suas emoções, suas necessidades e desejos. É por isso que a Maple Bear usa essa premissa em todas as suas escolas espalhadas pelo mundo.

"Na Maple Bear, amamos nosso modelo de educação. Amamos porque nossos alunos, seus filhos, não somente se tornam fluentes em pelo menos dois idiomas, mas porque aqui colhem os benefícios de uma educação verdadeiramente bilíngue", expressa a diretora acadêmica da Maple Bear Chapecó, Natalya Maruiama.

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MAPLE BEAR CANADIAN SCHOOL CHAPECÓ mb.chapeco@maplebear.com.br (49) 3312.1000 @maplebearchapeco Rua Pio XII, 237 D, Centro | Chapecó/SC
Maior senso de autoestima e identidade Capacidade de viver no exterior e de aprender outras línguas estrangeiras Desenvolvimento de habilidades socioemocionais Perspectiva global Exposição a outras culturas Melhor concentração, habilidades analíticas e capacidades multitarefas /////////////// ////////// ////////// //////////
BENEFÍCIOS DO BILINGUISMO

Sofisticação em cada detalhe

Móveis exclusivos valorizam os apartamentos decorados de construtoras.

Na jornada de transformar vazio em um lar aconchegante, a escolha dos móveis certos desempenha papel crucial. A composição cuidadosa dos móveis em um projeto de interiores é a chave para criar uma atmosfera acolhedora e transmitir a sensação de conforto e elegância. Nesse contexto, a Escal Interiores destaca-se por oferecer opções excepcionais que se encaixam perfeitamente nos projetos de decoração dos apartamentos decorados das construtoras Santa Maria Imóveis, Fiorini e Nostra Casa.

Ao adentrar em um apartamento decorado, é possível vislumbrar como os móveis compõem o espaço de forma harmônica, proporcionando uma experiência visualmente deslumbrante. A disposição estratégica dos móveis não apenas evidencia o potencial do apartamento, mas também permite aos clientes das construtoras visualizarem como o espaço pode ser otimizado e personalizado para atender às suas necessidades e preferências individuais.

A Escal Interiores, reconhecida por sua excelência em móveis de alto padrão, oferece ampla variedade de opções de personalização para atender às demandas específicas de cada projeto de interiores. Com uma equipe de profissionais qualificados e especializados em design de interiores, a loja é capaz de colaborar estreitamente com os arquitetos responsáveis pelos projetos, garantindo que os móveis sejam personalizados de acordo com cada visão e estilo. A personalização é uma característica distintiva da Escal Interiores, permitindo que os móveis se tornem verdadeiras obras de arte funcionais.

Desde a escolha dos materiais nobres até a seleção de acabamentos requintados, cada detalhe é cuidadosamente trabalhado para atender aos mais altos padrões de qualidade e estética. Ao optar pelos móveis da Escal, tem-se a certeza de que os projetos de interiores contarão com peças exclusivas, que elevam o conceito de luxo e conforto.

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ESCAL INTERIORES @escalinteriores (49) 99116.5246 Rua Euclídes Prade, 212, Santa Maria | Chapecó/SC fvcomunica.com.br 26
#PUBLI/DECORAÇÃO FOTOS @ESTUDIO.TAU / ARQUIVO PESSOAL
Proprietários da Escal, Altemir e Mauria Ansolin; os proprietários da Santa Maria, Milton, Janete e Pedro Sordi; e os proprietários da Capa Estofados, Joana e Alisson Ansolin. Decorado do empreendimento La Maesttà, da construtora Fiorini, com projeto realizado pela arquiteta Ananda Gemelli Schreiner. Decorado do empreendimento Milano, da construtora Nostra Casa, com projeto realizado pela arquiteta Maria Eduarda Beck.

Uma noite para elas

Pensado especialmente para as mães e organizado exclusivamente por mulheres, foi realizada com sucesso a segunda edição do Vale Nigth das Mães em Xaxim, no dia seis de maio. Foram oito horas de diversão com direito a jantar, desfile de moda com as lojas parceiras, escolha da Miss Mãe - Noely Conte Rosina - eleita pelo público e pelas juradas Valéria Corrêa, Branca Rubas e Gladis Aparecida. As speakers Jocelaine Rufatto, Fabíola Balsanelo e Tainara Cassol comandaram os pitch shows e a noite ainda contou com atrações musicais locais e show nacional de Guilherme e Santiago. “Criar um evento para mulheres é algo desafiador, mas através de cada relato, depoimento e sorriso delas estampando a alegria por viver um dia único, é gratificante”, expressa a idealizadora, Jéssica Sachet da Silva. Ela vibra com os aprendizados desta edição e a organização já pensa em novos planos para o próximo Vale Night.

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2º VALE NIGHT DAS MÃES REUNIU MAIS DE 1.000 MULHERES EM XAXIM Samara Tecchio, Cristine Maraga, Charla Wrubel, Guilherme, Francielle Zanetti, Idania Welter, Santiago, Jessica Sachet, Neidiane Lima, Lorrayne Golmini e Karina Canton
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FOTO CLAUDIA CASTANHO
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Você, o Pátio Shopping e muitas ideias

O PÁTIO SHOPPING TEM MUITAS NOVIDADES E IDEIAS PARA O ANO DE 2023

Uma delas tem a ver com a comunicação, que foi toda pensada e desenvolvida com um planejamento de produção, onde as campanhas do ano todo foram gravadas juntas. Com a ideia de criar essa conexão única e especial entre os mais diferentes momentos, reforçando as características presentes, mas também evidenciando esse ano de novidades do Pátio Shopping.

O conceito é sempre relacionar as muitas possibilidades que existem num só lugar, sempre apresentando o novo como sugestão de consumo. Ideias de estilo, de bem-estar, lazer e entretenimento, de novos sabores ou ideias das mais variadas possíveis. O Pátio sempre teve essa essência de apresentar o novo e ter atenção, cuidado e carinho com o seu público. Novas ideias vão surgir o tempo todo. Aguarde que tem muito mais novidades vindo aí.

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FOTO ALEXANDRE FACHIN

ENVELHESCENTES

reportagem MIRELLA SCHUCH arte DENIS CARDOSO O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO INICIA A PARTIR DO MOMENTO QUE NASCEMOS. COMO SUAS CRENÇAS PESSOAIS TÊM REFLETIDO NA FORMA QUE VOCÊ SE VÊ AO LONGO DOS ANOS? E DE QUE MANEIRA TEM OLHADO PARA O MODO COMO O OUTRO VIVE CADA ETAPA DA VIDA?

Você já deve ter percebido que nossa população está ficando mais velha. Isso porque a expectativa de vida atual do brasileiro é de 77 anos. Mas nem sempre foi assim. Por muito tempo, a média de vida do ser humano esteve abaixo dos 30. Com a transformação dos padrões de alimentação, higiene, saneamento básico e avanços na medicina e tecnologia, nossa espécie, em um século, mais que dobrou a esperança de vida, chegando aos 66,3 anos em 2000. Se, por um lado, temos o privilégio de vivenciar o dobro de experiências que nossos antecessores, também precisamos lidar com o fato de que vamos – e estamos – envelhecendo desde o dia que nascemos. Aliás, a velhice é um tabu para você? Quão natural lhe soa a palavra "velho"?

A busca constante pela juventude, a pressão da sociedade para nos manter "jovens" e os estereótipos que temos em relação à terceira idade vêm trazendo reflexões, com maior ênfase nas mídias sociais, sobre o que chamamos de etarismo (também conhecido como idadismo ou ageísmo), que é o preconceito que se tem contra as pessoas com base na idade delas. A discussão sobre este tipo de discriminação veio à tona recentemente, quando um vídeo de universitárias do interior de São Paulo debochando da colega com mais de 40 anos viralizou e gerou indignação nas redes. Na gravação, julgavam que na idade dela, deveria estar aposentada, não frequentando uma sala de aula.

Diferente da forma como a mulher do caso citado acima foi recebida pelas estudantes, Lucia Lunardi, de 57 anos, foi acolhida de maneira empática e calorosa. A cozinheira

ESTEREÓTIPOS IDENTIFICADOS EM

RELAÇÃO À SAÚDE DOS JOVENS:

SAUDÁVEIS, FISICAMENTE ATIVOS, FORTES E ENÉRGICOS

PESSOAS QUE GOSTAM DE ASSUMIR RISCOS, USUÁRIOS DE DROGAS, ESTRESSADOS E ANSIOSOS

cursa o terceiro período de Gastronomia na Universidade Comunitária da Região de Chapecó – Unochapecó e conta que, embora não tenha sofrido discriminação por parte dos colegas e da comunidade acadêmica, fora dela, passou por situações em que foi desmerecida por conta da idade. “Antes de entrar na faculdade, fazia um curso para me tornar chefe de cozinha em uma escola de formação aqui na cidade e o chefe lá falou que eu já estava muito velha para fazer um curso assim e que esse era um mundo muito masculino ainda, que iria sofrer. E quando eu queria começar a faculdade, me diziam ‘o que você vai fazer com um diploma?’. Algumas vezes já tive dificuldade em conseguir emprego, porque tenho um pouco mais de idade. Na universidade, encontrei pessoas maravilhosas, que compreenderam minha dificuldade em usar o aplicativo da instituição, de fazer alguns trabalhos, eles me ajudam, me dão suporte quando preciso mexer no notebook. O mais jovem da turma tem 21 anos, eu sou a mais velha. Se por um lado tenho certas dificuldades com a tecnologia, por outro, posso compartilhar minhas experiências na área com os colegas”.

Os preconceitos sofridos por conta da idade podem se manifestar de forma institucional, interpessoal e autodirigida, como descreve o Relatório Mundial sobre o Idadismo (2022), desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde. Quando as normas sociais, leis, regras, políticas e práticas institucionais restringem injustamente as oportunidades e prejudicam os indivíduos em função da idade, ocorre o idadismo institucional. Já quando surge em interações entre duas ou mais pessoas, é compreendido como interpessoal. E ainda temos o idadismo autodirigido, que está internalizado por alguém e é usado contra si mesmo (a própria pessoa se coloca numa posição inferior).

JÁ AS PESSOAS IDOSAS SÃO…

CALOROSAS E APRAZÍVEIS

RÍGIDAS, IRRITANTES, SOLITÁRIAS, FRÁGEIS, SEXUALMENTE INATIVAS, FACILMENTE CONFUSAS, DEPRIMIDAS E EXIGENTES DE MUITA ATENÇÃO

31 ESPECIAL
Estes dados foram retirados da pesquisa que integra o Relatório Mundial do Idadismo (OMS, 2022)

O idadismo pode se dar em três diferentes dimensões, através dos estereótipos (o que pensamos sobre o outro), do preconceito (como nos sentimos na presença do outro) e da discriminação (a forma que agimos em relação a isso). Embora seja muito atrelado ao idoso – isso porque quanto mais velha a pessoa for, maior a tendência dela sofrer idadismo – , a psicóloga Renata Scartezini Martins explica que ele afeta também os jovens. “Na verdade, quando acontece, significa que se está categorizando as pessoas, causando com isso algum tipo de injustiça, desvantagem, negando a elas o direito de se desenvolver de modo geral. Pode acontecer com crianças e jovens, independente da idade. O que temos é menos estudos voltados aos novos, embora o relatório traga muitas notificações em relação a isso”.

Para entender melhor como o idadismo afeta quem vive a etapa da infância, por exemplo, a psicóloga Renata Martins cita situações em que as crianças são excluídas, como em espaços que, mesmo sem uma justificativa plausível, acabam não sendo bem-vindos. Quanto aos adolescentes, lembra de quando são recusados em um emprego por não ter experiência – aliás, como ser experiente em algo sem oportunidades de desenvolver tais habilidades? – ou são "jovens demais" para entenderem e fazerem determinadas ações.

E como todo tipo de preconceito, Renata afirma que o idadismo também afeta diretamente a qualidade de vida de quem o sofre. O bem-estar é atingido, a pessoa se sente um incômodo perante a sociedade, acaba se isolando e não quer mais estar nos lugares, porque tem medo do que os outros vão pensar, ou eles não têm paciência. E com esse isolamento, vai internalizando que não tem mais idade para usar certas roupas ou agir de alguma maneira, nem capacidade para assumir espaços e expressar suas próprias opiniões. O desrespeito com a idade pode, inclusive, restringir os direitos humanos. “Já trabalhei em um local que tinha fila prioritária e o pessoal dizia ‘esses velhos que tão aí têm tempo, estão aposentados, e a gente que tem que trabalhar, precisa ficar esperando’. Meu avô, de tanto que as pessoas se incomodavam por causa da fila preferencial, deixou de usá-la. Isso acabou afetando um direito dele”, relembra a psicóloga.

O avô paterno de Renata, Pedro Granzotto, colando grau em História, com seus mais de 80 anos. Psicóloga Renata Scartezini e o avô materno, Otaci Scartezini. FOTOS ARQUIVO PESSOAL E IONARA VIRMES/UNOCHAPECÓ

CRENÇAS ATRAVESSAMPESSOAISGERAÇÕES

Foi o contato com os avôs que instigou Renata a aprofundar os conhecimentos sobre o processo de desenvolvimento da nossa espécie. Doutoranda em Ciências da Saúde na Unochapecó, seu projeto de tese é voltado ao envelhecimento humano. Recentemente, realizou uma formação em Psicoterapia do Idoso e atende pessoas da faixa etária em seu consultório, através da abordagem cognitivo-comportamental.

Ela expõe que o avô materno Otaci, de 77 anos, tem concepções sobre as fases da vida muito diferentes das que tinha o avô paterno Pedro, que faleceu aos 99. Pedro queria aprender muitas coisas – ele mesmo escreveu esse desejo em um diário, ao qual a família teve conhecimento depois do seu falecimento. Com seus 80 e alguns anos, cursou História em uma universidade de Xanxerê/SC e compartilhava com os colegas e professores momentos históricos que tinha vivido. Fez aulas de espanhol, pintura e violino, fazia caminhadas e se alimentava muito bem, hábitos que o mantinha sempre ativo.

Entretanto, ela diz que o avô por parte de mãe tem crenças de total incapacidade, porque acabou não estudando e acredita que não é ninguém para entender algo ou dar opinião. “Olha só o quanto o preconceito autodirigido está presente na nossa cultura e achamos que é só entre as relações, mas às vezes nós mesmos vamos nos limitando e deixando de nos desenvolver. Nossas crenças pessoais, que estão diretamente ligadas às nossas escolhas ao longo da vida, interferem em como envelhecemos e chegaremos à terceira idade”.

Seu Otaci passou recentemente por uma cirurgia no coração, que lhe deu mais autono-

ESTEREÓTIPOS IDENTIFICADOS EM RELAÇÃO

AOS JOVENS NO AMBIENTE DE TRABALHO:

ENÉRGICOS, AMBICIOSOS, CONHECEDORES DAS TECNOLOGIAS E TRABALHAM DURO (MEIA-IDADE)

NARCISISTAS, DESLEAIS, ACHAM QUE TÊM DIREITO A TUDO, PREGUIÇOSOS, DESMOTIVADOS E FACILMENTE DISTRAÍDOS

JÁ AS PESSOAS IDOSAS SÃO…

CONFIÁVEIS, DEDICADAS, EXPERIENTES, TRABALHADORAS, SOCIALMENTE HÁBEIS, BONS MENTORES E LÍDERES, CAPAZES DE LIDAR COM MUDANÇAS

IMPRODUTIVAS, DESMOTIVADAS, RESISTENTES A MUDANÇAS, DIFÍCEIS DE TREINAR, INCAPAZES DE APRENDER, INFLEXÍVEIS E TECNOLOGICAMENTE INCOMPETENTES

mia para fazer as tarefas do dia a dia. Antes do procedimento, a família foi seu suporte nos momentos de dificuldade. Além da idade avançada, outro fator de risco para o idadismo é a necessidade de cuidados. Neste sentido, Renata analisa que culturalmente não temos paciência para lidar com as limitações do outro e lembra que na fase pré-operatória do avô, buscou oferecer condições para que ele não deixasse de realizar as atividades que fazia, como uma simples ida ao supermercado. “A gente poderia dizer ‘me dá a lista, que eu vou no mercado’, mas prezamos pela garantia da autonomia, para que ele pudesse decidir o que iria comprar e a marca desejada. O que a gente fazia em 30 minutos, talvez demorasse uma hora e meia, e para quem tem uma rotina maluca, é difícil, mas vai da gente perceber isso e encontrar a melhor forma de fazer. Não podemos dizer o que o idoso pode ou não fazer, temos que oferecer as condições e entender que existem limitações sim, mas não temos o direito de dizer ‘faça’ ou ‘não faça’”.

33 ESPECIAL
Estes dados foram retirados da pesquisa que integra o Relatório Mundial do Idadismo (OMS, 2022)

E se tem uma pessoa que quebra padrões relacionados à terceira idade é Ieda Battiston, de 71 anos. Vaidosa e divertida, ela frequenta baladas, adora um bom drink, vinho e espumante, e participa de grupos de jogos e de jantares. Desde 2018 reside em Balneário Camboriú/SC, mas conta que no tempo em que morava em Chapecó – cidade na qual viveu durante 40 anos – ia em muitas festas com o amigo jornalista, Thiago Freitas. A antiga Premier Bier era o principal point de divertimento da dupla e madrugavam curtindo os eventos. “Me sinto como se tivesse 25 anos. A idade é muito subjetiva, depende da pessoa. Cada um sabe da sua idade cronológica e espiritual. E de espírito, minha querida, eu sou muito jovem. Podemos nos divertir em qualquer idade, basta ter disposição”, expressa Ieda.

Autêntica e dona de si, está sempre bem arrumada e não sai de casa sem hidratante e base no rosto, nem que seja apenas para dar uma caminhada à beira-mar, atividade que realiza todos os dias. Ir ao supermercado, para ela, é um passatempo, e faz suas compras com tranquilidade. Apesar do direito adquirido pela idade em usufruir das vagas de estacionamento e filas prioritárias, este não é o hábito de Ieda, que diz não ter pressa e prefere deixar para quem precisa mais.

Por mais que hoje as companhias de Ieda sejam mais jovens, estão na faixa dos 30, ela conta que enquanto seu marido era vivo, faziam parte de grupos de pessoas com a mesma idade ou mais velhas que eles. Cuidou dele, que era cardíaco e lutava contra um câncer, até o final de sua vida, e ele desejava que a esposa vivesse, viajasse e fosse feliz. E como ela afirma, “feliz é quem vive bem consigo mesmo”. Viúva há 13 anos, optou por não casar novamente, mas experimentou novos relacionamentos. Não abre mão de um convite para um café, um jantar, uma baladinha. “Tendo uma turminha legal, sou companheira”. Atualmente, seu maior desejo é que a família tenha saúde, que ela continue tendo a energia e vida que tem no presente. “Sou uma pessoa que teve todas as suas etapas muito bem vividas, uma mulher que chegou à terceira idade feliz, realizada e desprovida de preconceitos. É um privilégio chegar aos 70 e poucos anos. E deixo uma mensagem para os mais novos: jovens, cultuem a alegria!”.

ESTEREÓTIPOS IDENTIFICADOS EM RELAÇÃO AOS JOVENS NA MÍDIA:

ATRAENTES CAUSADORES DE PROBLEMAS E CRIMINOSOS VIOLENTOS

“A IDADE É MUITO SUBJETIVA. PODEMOS NOS DIVERTIR EM QUALQUER IDADE, BASTA TER DISPOSIÇÃO”IEDA BATTISTON, 71 ANOS

JÁ AS PESSOAS IDOSAS SÃO… ENGAJADAS COM A VIDA SAUDÁVEL, PRODUTIVAS E INDEPENDENTES

POUCO ATRAENTES, INFELIZES, SENIS, MAL VESTIDAS, INATIVAS, DEPENDENTES, INSALUBRES, POBRES, VULNERÁVEIS, DIABÓLICAS

Estes dados foram retirados da pesquisa que integra o Relatório Mundial do Idadismo (OMS, 2022)

Já a Lucia, apresentada no início desta reportagem, tem o sonho de se especializar fora do País, fazer mestrado, tornar-se uma cake designer e ensinar técnicas de cozinha para mulheres vítimas de violência doméstica, para que possam ter uma renda extra. “Acredito que todo mundo deveria ter o brilho no olhar, amor, não ter medo de alçar novos voos e mudar o conceito de que a gente tem idade para fazer isso ou aquilo, porque a gente pode tudo. A idade não nos limita, o que nos limita é a forma como olhamos para ela”.

UM MUNDO PARA TODAS AS IDADES

Ninguém gosta de ser julgado pela idade que tem, independente de qual seja ela. O envelhecimento é algo natural, inerente à vida. Acompanhadas dos anos, as doenças tendem a surgir e, em alguns casos, as limitações também. E como reforça a psicóloga Renata, precisamos olhar para o processo de desenvolvimento humano, entender quais são as necessidades e direitos de cada faixa etária, e analisar o que podemos fazer pela garantia deles.

O Relatório Mundial do Idadismo sugere estratégias a serem adotadas por governos, organizações da sociedade civil, instituições acadêmicas e de pesquisa e empresas, para que as políticas e legislações sejam cumpridas, beneficiando pessoas de todas as idades. São elas: fortalecimento de políticas e leis que abordam a discriminação, a desigualdade por idade e direitos humanos; intervenções educacionais em todos os níveis e tipos de formação, do primário à universidade, e em contextos de educação formais e informais, que desenvolvam pessoas que se cuidam e cuidam das que estão envelhecendo ao seu redor; e promoção do contato intergeracional (entre pessoas de diferentes gerações), possibilitando que os jovens compartilhem experiências da sua fase com os mais velhos e vice-versa.

É hora de construir um movimento para mudar o discurso em torno da idade e do envelhecimento. Todos nós precisamos fazer parte dessas transformações. O fato de ter conhecimento sobre o que é o idadismo e as consequências dele na qualidade de vida das pessoas nos sensibiliza à mudança. É necessário primeiro assumir que, em algum momento, todos já estereotipamos e categorizamos o outro com base na idade, e perceber o quanto nos limitamos também. Com essa consciência, estudar sobre o desenvolvimento humano, rever os conceitos que temos sobre o que é ser criança, adolescente, jovem e idoso, tornando o nosso envelhecimento e o do próximo um processo saudável, seguro e prazeroso.

Renata completa que hoje estamos minimamente modificando algumas questões na forma de ser e envelhecer por conta do acesso ao conhecimento. “Transformar uma cultura leva muitos anos, não é um processo fácil, mas acho que já começamos a plantar uma sementinha. Se pelo menos uma parcela da população estiver se aprofundando sobre o processo de envelhecimento humano, vamos aos poucos melhorando”, finaliza.

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“A IDADE NÃO NOS LIMITA, O QUE NOS LIMITA É A FORMA COMO OLHAMOS PARA ELA”LUCIA LUNARDI, 57 ANOS

Conheça a Cipó Escalada

PRIMEIRA ACADEMIA DE ESCALADA INDOOR DE CHAPECÓ E REGIÃO

Apesar da prática ser milenar, enquanto esporte, a escalada teve suas primeiras competições indoor nos anos 1980 e fez sua estreia olímpica há pouco tempo, em Tóquio 2020. Utilizando técnicas de montanhismo, a escalada indoor é uma atividade realizada através de ginásios e centros esportivos, construídos com uma estrutura artificial que simula formações rochosas naturais. Essas estruturas artificiais são denominadas agarras e módulos, os quais proporcionam diversos níveis de dificuldade, gerando muitos benefícios, como: a melhora da concentração, foco, controle cardiovascular através do processo respiratório, flexibilidade, força e resistência.

"A escalada é um esporte dinâmico e desafiador, que oferece um formato seguro ao praticante de modo que possam ser trabalhadas diversas habilidades físicas e psicomotoras, podendo beneficiar crianças e adultos através de um processo lúdico-educativo", explicam Douglas Girardi e Dionathan Biazus, sócios-administradores da Cipó Escalada

Na Cipó, o objetivo é trabalhar as habilidades e desenvolver a técnica tanto na modalidade indoor quanto na escalada em rocha. O lugar certo para pessoas que gostam de se desafiar e se aventurar. Conheça mais sobre o espaço através do Instagram @cipoescalada ou agende uma visita pelo WhatsApp (49) 93618-7132. Aberto de segunda a sexta-feira, na Rua Condá, 1393-E, no bair-

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FOTO @DUOLUXPHOTO
Luis Henrique e Kaliu Lazarotto

Conheça mais sobre Endolifting

O Endolift é uma técnica muito realizada nos EUA e que está vindo com tudo para o Brasil, por conta dos resultados incríveis que ele proporciona. O procedimento é feito com um laser de alta frequência com fibra óptica, capaz de realizar lipólise efetiva (quebra de gordura), retração de pele e estímulo de colágeno.

A especialista em Harmonização Facial, Samantha Busnello, é pioneira em Endolift no Oeste catarinense. “Minha forma de trabalho sempre foi em procedimentos que unem resultado com segurança, além de uma harmonização focada no rejuvenescimento. Por isso sou apaixonada pelo resultado desta técnica, afinal, com ela vamos ter uma face mais leve e firme. Sem grandes volumizações. Pois isso sim é harmonizar”, afirma.

Samantha está em constante atualização sobre a técnica e ministrando cursos em Chapecó e região para profissionais que desejam proporcionar um procedimento que apresente resultado de forma não invasiva aos seus pacientes. Acompanhe o Instagram @drasamanthabusnello para ficar por dentro das novidades e marque uma avaliação através do (49) 3520-9900, no consultório localizado na sala 704 do Edifício Il Centenario, na Avenida Fernando Machado, 141, no centro de Chapecó.

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TÉCNICA MINIMAMENTE INVASIVA COM LASER DE ALTA POTÊNCIA É TRAZIDA PARA A REGIÃO DE FORMA PIONEIRA POR SAMANTHA BUSNELLO
FOTO @ARONREAL

Para tocar a seguir

Expanda a sua playlist com as dicas da nossa redação.

TUDO SOBRE MIM: A MÃE! | PODCAST

TEMP.02 EP.09 – MAYA EINGENMANN: COMO

EDUCAR NOSSAS CRIANÇAS PELA CALMA dica de @mirellacomdoiselles

No nono episódio da segunda temporada do podcast Tudo Sobre Mim: A Mãe! , as apresentadoras Shana Müller e Tatiana Roesler conversam com a pedagoga e educadora parental Maya Eigenmann sobre Como educar nossas crianças pela calma . Em mais de uma hora e meia de conversa, elas discorrem sobre os desafios de se educar crianças em uma sociedade adultocêntrica, a importância do apego seguro e o impacto dos traumas vividos na infância no decorrer da vida. A educação respeitosa e consciente é estudada há muito tempo e vem sendo debatida com maior intensidade nos últimos anos dentro e fora das mídias sociais. Eu mesma gostaria de ter entrado em contato com estes temas antes, porque são reflexões urgentes. Precisamos nos conectar com os pequenos e ter um olhar diferente para a infância, a fim de educar seres humanos com saúde emocional. Episódio disponível no Spotify. Não deixe para dar o play depois!

RACHEL REIS – MEU ESQUEMA (2022) | ÁLBUM dica de @alessandraad2

Ganhadora do Prêmio APCA na categoria Artista Revelação, a baiana Rachel Reis lançou em 2022 seu álbum de estreia Meu Esquema . Com produção de Barro e Guilherme Assis, o disco possui 12 faixas que falam sobre afetos e paixões. Com uma vibe bem tropical, o álbum transita por

vários ritmos como arrocha, pagodão, ijexá, pop e MPB. Os produtores Cuper e Zamba, com quem a cantora lançou Maresia , participam de três faixas do disco, além de ter a participação especial da cantora Céu na música Brasa. Meu Esquema vem para mostrar com autenticidade o que há de melhor na música brasileira contemporânea. Bora botar o álbum e curtir um Lovezinho ?

RITA LEE & TUTTI FRUTTI – FRUTO PROIBIDO (1975) | ÁLBUM dica de @nandosbruzzi

Na semana de fechamento desta edição, perdemos Rita Lee, a nossa Rainha do Rock ou, como ela mesma dizia o quanto esse título era brega, Padroeira da Liberdade. E para deixar uma singela homenagem no FVhits, destaco o álbum de 1975, Fruto Proibido , que ganhou uma reedição esse ano, em vinil rosa, pela Universal Music. Clássicos atemporais como Ovelha negra , Esse tal de roque enrow , Agora só falta você, Dançar pra não dançar e Luz de Fuego estão neste disco memorável de uma artista que deixou uma discografia que será lembrada por muitos e muitos anos.

FVHITS
38 fvcomunica.com.br IMAGENS UNSPLASH E DIVULGAÇÃO

Escolha a sua tela

Selecione o seu dispositivo – celular, computador ou TV – e aproveite as sugestões audiovisuais da equipe FV.

O MUNDO POR PHILOMENA CUNK | SÉRIE DOCUMENTAL dica de @fernandobrtlzz

Se você busca um documentário sério que aborda questões profundas sobre a história da humanidade, desde os primórdios até o surgimento da internet, O Mundo por Philomena Cunk (Cunk on Earth) definitivamente não é o ideal. Mas se você topa revisitar esta história por um ponto de vista extremamente cômico e guiado por uma repórter completamente despreparada, este mockumentary preenche o requisito sem escrúpulos. A personagem da humorista Diane Morgan remonta cada fase da nossa civilização com piadas certeiras, apontamentos curiosos e analogias surpreendentes, sempre destacando o marco histórico que foi o lançamento do hino techno belga Pump Up The Jam. A sátira não deixa de fora as análises críticas sobre nós mesmos enquanto civilização, mas consegue fazer com que você as interprete com muitas gargalhadas e fique tão desconfortável quanto os entrevistados, renomados especialistas, com as perguntas estapafúrdias de Philomena Cunk. Misturar educação e entretenimento é uma marca registrada da britânica BBC, responsável pela produção em parceria com a Netflix, e este documentário fictício de cinco episódios de menos de meia hora cada está disponível na plataforma de streaming.

A MULHER REI | FILME dica de @jaine_f.r

Neste filme, o arquétipo da mulher guerreira no contexto sócio-histórico de guerra, comércio de escravos e invasões em terras africanas é representado por mulheres fortes, ágeis e corajosas. Elas evidenciam a possibilidade de quebrar o padrão machista de competição entre mulheres ao vivenciar a potência da união na defesa do Reino de Daomé.

No enredo, destaca-se a comandante do exército das Agojie, Nanisca (interpretada por Viola Davis). Estuprada quando jovem, engravidou e, ao reencontrar sua filha, reflete sobre a retirada das armaduras para olhar para as dores existentes e, desta forma, compreender a sensibilidade interna. A obra torna visível a cultura feminina que, segundo a diretora Prince-Bythewood, era contada de maneira incoerente, através do olhar colonizador. Disponível no Prime Video.

DAISY JONES & THE SIX | SÉRIE dica de @eluisepauline

Sem dúvidas uma série linda! Não tenho como começar a falar de Daisy Jones & The Six sem dar no mínimo uma forte suspirada. A começar pelo elenco muito bem escolhido, a fotografia com que ela se apresenta, tudo realmente foi pensado com muito cuidado para te envolver e te levar àquele momento. Tudo nesse romance é intenso e mostra uma história de amor e música cheia de altos e baixos, uma trilha sonora com um rock 'n roll incrível, brigas desastrosas, drogas ao extremo e assuntos polêmicos. Tudo isso em apenas uma temporada até o momento, disponível no Amazon Prime Video. A série baseada em livro homônimo de Taylor Jenkins Reid, conta a trajetória de uma banda de garagem, que enfrenta vários desafios para viver o seu sonho, enquanto uma talentosa e ignorada menina rica enfrenta também os seus, tudo isso para que todos se encontrem em um certo momento da história, e depois de viver muita coisa boa e ruim juntos, possam chegar ao topo do sucesso – levantando também algumas críticas ao cenário musical vivido na década de 1970. Essa é uma trama que te fará amar e odiar ao mesmo tempo, vai fazer com que você eleja seus personagens favoritos e os defenda até o fim, mas que vai te ensinar que ainda não existe nada mais forte que o amor quando ele é verdadeiro, independente do tipo que for. Assistam!

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A DIVERSIDADE POSTA DE LADO

Comumente na moda existe o que chamamos de 20 year cycle (ciclo de 20 anos, em português). Nesse ciclo, revivemos algumas tendências marcantes num período de 20 anos atrás. Atualmente, a febre pelos anos 2000 acabou se tornando uma tendência chamada Y2K, que nada mais é do que uma abreviação de year 2000 ou ano 2000. E entre as principais marcas da moda do início do segundo milênio está a minissaia e a cintura baixa. Pernas e barrigas à mostra. É uma moda para todos? Quem "pode" usar e qual o contexto por trás dessa tendência?

Uma coisa que devemos deixar bem claro é que a “moda é a transmissão da civilização”, como já dizia Pierre Cardin. Em outras palavras, a moda reflete a sociedade e assim acontece por anos e anos. No período pós-pandemia a moda levantou a bandeira da diversidade e a autoaceitação. Nunca esteve tão na moda ser você mesmo e 2021 realmente foi o maior exemplo disso, refletindo nas roupas e principalmente nas passarelas.

Ao que tudo indica, a moda retoma suas raízes mais sórdidas e volta a evidenciar e cultuar a beleza inacessível, corpos sem curvas e ossos aparentes. O relatório da Vogue Business aponta que de 10 mil looks apresentados na temporada de fall/winter 2023, apenas 0,6% foram plus size. Nos anos 90 surgiu o termo heroin chic, que representava a estética da magreza extrema, associada ao uso de heroína ou outras drogas. E esse padrão perdurou por muito tempo, sendo até hoje muito explorado.

Desde 2019, os holofotes do Victoria's Secret Fashion Show foram desligados, uma vez que a grife se recusava a abrir espaço para corpos volumosos e curvilíneos advindos do debate por representatividade e inclusão na moda. O desfile volta a ser realizado em 2023 e a expectativa pelo seu posicionamento é grande.

Apesar da moda ser cíclica, será que realmente vale a pena retroceder e resgatar padrões tóxicos que afetam não apenas a maneira que vestimos, mas também a maneira que vivemos e nos comportamos? De fato, espero que essa busca pela aceitação nunca acabe e seja reforçada de tempos em tempos. Que possamos viver em uma sociedade livre de padrões e cérebros adoecidos.

por BRUNO GERHARDT *
PEXELS
IMAGEM
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*Bruno Gerhardt – Designer, Criador de Conteúdo e Especialista em Moda
COLUNA/MODA
A relação da moda com a magreza.

NÃO, SEU CELULAR NÃO ESTÁ TE OUVINDO

Tenho certeza de que você já passou pela seguinte situação: um familiar ou amigo seu comenta que comprou algum item – pode ser um utensílio de cozinha, um celular novo ou mesmo um novo sabor de chá – e vocês conversam um pouco sobre o assunto. Nos dias seguintes, sua vida digital é inundada por propagandas que têm muito a ver com a conversa que vocês tiveram. Anúncios no Instagram, resultados das pesquisas, banners em todos os sites que você visita. Todos falando sobre o produto mencionado ou produtos muito similares.

É nessa hora que surge aquela pulguinha atrás da orelha. “Será que meu celular está me espionando? Devo desligar a Alexa da tomada? Coloco fita na câmera do meu notebook?”.

Calma, vim aqui para te tranquilizar. Ou não.

Primeiro, a boa notícia: é muito provável que não, seu celular, Alexa e notebook não ouçam todas as suas conversas sem a sua autorização.

Embora existam ocasiões em que alguém possa estar te espionando, essas situações são mais frequentes em casos de ataques por hackers ou programas maliciosos instalados nos dispositivos.

As grandes empresas da internet – como a Google, a Amazon e a Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp – seguem rigorosas legislações e códigos de conduta que as proíbem de acessar seus microfones e câmeras sem o seu consentimento. Além disso, o próprio sistema operacional possui limitações de segurança que impedem que aplicativos acessem essas funções quando estão fechados.

“Então, como as propagandas são tão precisas?”

É aqui que entra a má notícia. Essas companhias nem precisam ouvir suas conversas para saber quais são seus interesses nessa semana. Nossos celulares, computadores e smartwatches coletam milhares de dados sobre nós durante a utilização. Onde vamos, com que frequên-

cia nos deslocamos, quais são nossos horários mais ativos no dia e até de quais outras pessoas – com seus dispositivos – estamos perto.

Além disso, nossos navegadores e redes sociais sabem de tudo o que fazemos neles. De que tipo de humor gostamos, quais influencers seguimos, quais estabelecimentos frequentamos e o nosso histórico de compras.

Juntando todas essas informações, é possível traçar um perfil demográfico surpreendentemente preciso. Assim, fica bem fácil deduzir qual tipo de anúncio mostrar para você. Se a sua amiga está experimentando um shampoo novo, e vocês têm gostos parecidos, existe uma grande chance de você ter interesse também.

Com essa quantidade gigantesca de informações, os algoritmos conseguem saber o que te chama a atenção antes mesmo de você saber disso. E depois que o anúncio é exibido, é só observar se ele foi efetivo – e você clicou nele – para centenas de outros anúncios do mesmo tipo passarem a te ver como público alvo.

*Rodrigo Cavichiolli – Entusiasta de inovação e experimentação, busca fazer a ponte entre a alta tecnologia e as relações humanas

por RODRIGO CAVICHIOLLI* IMAGEM UNSPLASH 41 fvcomunica.com.br
COLUNA/TECH
Ele apenas te entende melhor do que você imagina.

ELES DISSERAM SIM!

No dia 11 de março, aconteceu o casamento de Marieli de Oliveira e Luís Henrique Generali, em cerimônia na catedral Santo Antônio, de Chapecó, e recepção no Clube CDL. A decoração libanesa inspirou o vestido da noiva, que foi um espetáculo à parte, com 110 metros de tecido, seis metros de cauda e 10 mil cristais bordados à mão, feito sob medida por Dayana Von Müller. Glamour e requinte marcaram a comemoração do casal, junto a amigos e familiares.

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FOTOS PIETRO KERKHOFF
Os noivos, Marieli de Oliveira e Luís Henrique Generali Os pais da noiva, Gelso de Oliveira e Solange de Oliveira Os noivos, Luís Henrique Generali e Marieli de Oliveira, e seus padrinhos Marieli de Oliveira e a cerimonialista Elis Vargas, da Flor de Lis Os noivos Marieli e Luís com seus padrinhos e madrinhas Os pais do noivo, Luiz Generali e Nerly Generali
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LUANA ZANANDREA publicitária, formada pela Unochapecó, trabalha com comunicação há mais de 12 anos / @luanazanandrea 1. Luiz Felipe Dittadi, Raquel Batirolla e Mário Augusto curtiram uma viagem ao Rio de Janeiro, no mês de abril. O trio aproveitou para degustar da boa gastronomia carioca e ainda visitar muitos pontos turísticos. Um lugar que eles gostaram muito foi o Bar da Lage, no Morro do Vidigal. 2. A diretora comercial da Feira Super Casa, Maristela Aparecida dos Santos, aproveitou para curtir as férias em Buenos Aires, na Argentina. O registro foi feito em Puerto Madero. FOTOS: 1. 2. E
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4. ARQUIVO PESSOAL
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3. KAREN RAQUEL 3. A empresária Francieli Kosczinski fez da paixão pelos cachorrinhos o seu trabalho. Ela tem um amor incondicional pelos animais, cuida com muito carinho de tantos diariamente, se dedicando em tempo integral a isso. 4. A repórter do Globo Esporte SC, Fernanda Moro, mostrou aos catarinenses a largada dos veleiros da regata The Ocean Race, que saíram da Cidade do Cabo, na África do Sul, rumo ao Brasil. A jornalista fez cobertura multiplataforma para a NSC TV.

DECORARE ITAPEMA 2023

O cantor Zezé Di Camargo e sua esposa, Graciele Lacerda, visitaram a Decorare Itapema 2023 no início de maio. A presença do casal reforça ainda mais a importância e a grandiosidade deste evento, que conta com a participação de renomados profissionais do setor, apresentando modernas tendências e inovações no mundo da decoração e arquitetura.

Zezé Di Camargo, um dos maiores nomes da música sertaneja brasileira, é também reconhecido por seu bom gosto e estilo refinado. Já Graciele, além de influenciadora digital de sucesso, é formada em Design de Interiores, o que evidencia ainda mais o interesse do casal por este universo.

FOTOS: CARLOS ALVES
THIAGO FREITAS jornalista (MTB/SC 3063), colunista social do Diário do Iguaçu e CEO da THF Marketing e Eventos / @thiagofreitasjor Thay Santana assinou o espaço Sleepless City, onde foi realizada a recepção do cantor
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Zezé Di Camargo e Graciele com o casal Odail e Telma Santana Zezé Di Camargo e Graciele
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A embaixadora da Decorare, Carmem, juntamente com Thay Santana, que assina alguns dos espaços da mostra, com o casal Zezé Di Camargo e Graciele O influencer Gui Melo, juntamente com o casal Zezé Di Camargo e Graciele

BANDA MERRY MAKER (1998) EM APRESENTAÇÃO NO ANTIGO COLÉGIO EXPONENCIAL. JUNIOR CONCATTO (VOCAL), ROGÉRIO PRADO (CONTRABAIXO), ANTONIO MARCOS (GUITARRA) E MARCELO CARRARO (BATERIA).

BANDA CORCEL II, NO CRC, EM 2003. EWERTON TROJAN (BATERIA), GIOVANNI SANTA CATARINA (GUITARRA), LUIZ CARLOS DA COSTA (VOCAL) E TCHULE (BAIXO).

BANDA JACK LOUIS, NA CASA DE SHOWS ESTAÇÃO BRASIL, EM 2007. GIL CADAVAL (BAIXO), RONEI BERNARDO (TECLADO), LUIZ CARLOS DA COSTA (VOCAL E VIOLÃO), GIOVANNI SANTA CATARINA (GUITARRA) E EWERTON TROJAN (BATERIA).

BANDA MISTER MAGOO, EM APRESENTAÇÃO EM 2003. ZEBU KNIGHT RIDER (GUITARRA), PAULO FRANZMANN (BAIXO), ANDERSON "ALEMÃO" (VOZ) E ANDRÉ MORANDINI (BATERIA).

fvcomunica.com.br BADALANDO NAS ANTIGAS | ESPECIAL BANDAS
PARTICIPE: REDACAO@FVCOMUNICA.COM.BR

BANDA CALIBRE 40. EVENTO "DEMÔNIOS ROCK GRUPO", REALIZADO EM 2002 POR ALUNOS DO COLÉGIO MARECHAL BORMANN. LUIZ CARLOS DA COSTA (VOCAL), FÁBIO TASCA (GUITARRA), GLEISSON LORASCHE (BAIXO) E RAFAEL “FINHA” (BATERIA).

BANDA VARIANTES, EM 2005. ANDRÉ L. MORANDINI NICARETTA (BATERIA), WILLIAN LUERSEN DO NASCIMENTO (GUITARRA) E GUSTAVO FACCIO (VOCAL E BAIXO).

BANDA VITROLA A VAPOR, PRIMEIRA FORMAÇÃO, EM SHOW NO ACÚSTICO PUB EM 2003. JÚNIOR CONCATTO (VOCAL), NETO CONCATTO (GUITARRA), ROGÉRIO PRADO (CONTRABAIXO) E RICIERI CECCHIN (BATERIA).

OS IRMÃOS PANAROTTO, DEMÉTRIO E ROBERTO, DA BANDA REPOLHO, EM APRESENTAÇÃO COM TOM ZÉ, NO CRC, EM 1998.

47 FOTOS: ACERVO: JUNIOR CONCATTO; ROBERTO PANAROTTO, COM FOTO DE NEO; NETO CONCATTO; ANDRÉ MORANDINI; JACK LOUIS E ZEBU KNIGHT RIDER

O Cometa de W.E.B. Du Bois

Ese a passagem de um cometa pelo nosso planeta deixasse um rastro de mortos, de tal modo que, à princípio, o único sobrevivente fosse Jim, um homem negro, um trabalhador faz-tudo de um grande banco no coração de Manhattan? Se depois de vasculhar entre milhares de corpos espalhados pela rua, esse homem encontrasse uma única mulher, rica e branca, que tipo de relação se estabeleceria? Esse mundo deixaria de ser dividido entre a subalternidade negra e a dominação branca? Esse casal teria condições de criar uma nova linhagem humana em que as diferenças fenotípicas não fossem definidoras de privilégios e exclusões? Existirá um mundo em que a supremacia branca chegará ao seu fim? Provavelmente, foram perguntas como essas que fizeram Du Bois imaginar a história distópica de O Cometa. Ainda que ele fizesse parte da minoria de afro-americanos que no final do século XIX chegaram a acessar os bancos universitários, ainda que ele tivesse sido o primeiro homem negro a concluir o doutorado em Harvard, ainda assim, Du Bois só conseguiu imaginar a chance de existir uma sociedade em que um homem negro pudesse ser considerado humano como outros homens, através da destruição do próprio mundo. Por conta disso, O Cometa, publicado originalmente na coletânea de textos DarkWater em 1920, foi tido como precursor do que mais tarde chamaríamos de Afropessimismo e Afrofuturismo.

No ano em que escreveu o conto, os Estados Unidos tinham acabado de passar por dois acontecimentos avassaladores: a pandemia de Influenza, que apesar de conhecida como gripe espanhola, não só teve seus primeiros casos, como foi avassaladora nos EUA; e o Verão Vermelho, uma série de atentados de supremacistas brancos que resultaram em centenas de mortos, homens e mulheres negros, em grande parte vítimas de linchamentos, cujos bairros em

que viviam foram inteiramente destruídos pelo ódio racial. A intelectual norte-americana Saidiya Hartman – autora do artigo que acompanha a tradução brasileira publicada pela editora Fósforo – informa que, para Du Bois, dos dois acontecimentos, o mais marcante foi o Verão Vermelho, pois impactou profundamente na comunidade negra, sendo decisivo na escrita de O Cometa. Para ele, a terrível gripe era incomparável com os efeitos da necropolítica racista, fazendo com que os moradores negros experimentassem taxas de mortalidade equivalente ao número de pessoas brancas mortas pelo vírus. Aqueles homens e mulheres tiveram que enfrentar as duas epidemias, sendo que a racial, seus efeitos foram e continuam sendo arrasadores. Daí o pessimismo de

Du Bois. O jugo da supremacia branca parecia tão invencível que só teria sua derrota garantida no fim do mundo, com a morte definitiva de grande parte da espécie humana. Ainda assim, durante algumas páginas, Jim experimentou um estado de liberdade que jamais havia desfrutado. Como a arca de Noé, o cometa daria à humanidade uma segunda chance, um novo recomeço. O protagonista da trama e nós, os leitores, acreditamos que isso realmente seria possível. Só então descobrimos que nem mesmo essa possibilidade estava garantida.

LITERATURA
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RICARDO MACHADO é Doutor em História pela UFSC e professor na UFFS. Seus interesses estão relacionados à Teoria da História e à História da Arte. Atualmente é curador da Livraria Humana em Chapecó.
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