Álvaro Cabral
Inês Sofia Reis, nº10, 8ºA
A sua História Imagem Nº1: A Samaritana
Álvaro Augusto Cabral da Cunha Godolfim de Maia Figueiredo, conhecido no mundo artístico como Álvaro Cabral, foi um ator que atuou nos melhores Palcos de Portugal e do Brasil através de companhias Teatrais,foi diretor de cena, autor de revista e um secretário. O seu nome ficou conhecido por ter sido o autor e compositor do fado-canção chamada de“Samaritana”.
Nascimento e Vida Pessoal •
Álvaro nasceu e foi criado na Rua da Bandeira (Mafamude, no dia 22 de Junho de 1865.
• Era filho de Álvaro Caetano Cabral e de Maria Carlota Cabral, naturais de Lisboa, que se terão fixado em Vila Nova de Gaia pouco antes do seu nascimento. • Álvaro casou aos 21 anos, em Lisboa, na freguesia de Santos O Velho, com D. Margarida Emília de Paiva.
A vida Artística
Imagem Nº2: Teatro Rua do Condes
Imagem Nº3: Revista “Tim-Tim por TimTim”
Álvaro Cabral era mais conhecido pela sua vida Artística. Estreou-se como ator no famoso Teatro “Rua dos Condes” (Lisboa), na noite do dia 18 de Março de 1890, através da revista “Tim-Tim por Tim-Tim”, de Sousa Bastos, sendo esta considerada a revista mais popular nos finais do séc. XIX.
A vida Artística Ano de 1852 • Entrada na Companhia da empresa “Rosas & Brasão”, situado no teatro D.Maria II. Imagem Nº4: Teatro D. Maria II
Ano de 1898 • “Rosas & Brasão” foi obrigada pelo governo a deixar esse Teatro, tendo se mudado para o Teatro D. Amélia, teatro este criado à pouco tempo¹.
Imagem Nº5: Teatro D. Amélia
Info:
1.Álvaro Cabral acompanhou a sua companhia e manteve-se nesse teatro até 1905.
Ano de 1905 • Álvaro mudou-se para a companhia “Teatro da Avenida”, companhia que desde esse ano em então, permaneceu durante vários anos como ator.
Aparições em jornais e revistas • Na edição de 21 de Junho do ano de 1911, o jornal “ O Século” referiu uma festa em benefício do ator Álvaro Cabral. Nesse artigo refere que “ a esta representação teatral assistem todos os intelectuais e artistas, isto é, a camada que mais aprecia o muito valor e talento de Álvaro Cabral.” • No ano de 1913, Àlvaro foi participante na revista “O 31”, sendo ele um dos 8 atores que representou o papel de 31. A peça esteve em cena durante 4 anos, com um total de 2000 representações, feitas em 12 teatros de Lisboa, Porto, etc.
A sua vida teatral Álvaro foi ator e diretor de várias companhias teatrais enquanto na sua digressão pelo Porto.
“Peço a Palavra”, foi uma peça teatral escrita em colaboração com João Bastos e estreada no ano de 1911. Esta peça trata-se de uma revista em 2 atos e 6 quadros, tendo sido Tomás DelNegro o compositor das músicas ouvidas ao longo da peça.
Peças Teatrais e “Santo António de Lisboa” foi uma peça teatral escrita em colaboração com Penha Comédia Coutinho, musicada também por Tomás Del-Negro, conservando a fonoteca da Câmara Municipal de Lisboa o respetivo registo áudio. s “Uma teima” e “O Pai da Criança” foram duas comédias integradas num ato, escritas em 1890 e 1911, respetivamente. Álvaro Cabral foi um escritor “gracioso, correto e cheio de verve”, de acordo com Sousa Bastos
A sua vida como músico “ A Samaritana”
Imagem Nº6: A Samaritana e Jesus
A “Samaritana” foi uma música que ganhou grande popularidade e até chegou a ser adotada pela academia coimbrã. Esta música conta o episódio bíblico da mulher samaritana a quem Jesus Cristo pediu água para beber, junto ao poço de Jacob.
A sua vida como músico (2) “ A Samaritana”
A composição desta foi feita em 1914. “Samaritana” tem uma grande referência à de Edmundo Bettencourt (um poeta e cantor que renovou a canção de Coimbra e pertenceu ao grupo “Presença”).
Esta versão foi gravada em 1928, no Porto, tendo esta acompanhamento instrumental de Artur Paredes. Até hoje existem três versões deste fado-canção, a última das quais de 1922.
Imagem Nº7: Capa da “Samaritana”
Imagem Nº8: Partituta da “Samaritana”
“A Samaritana” Dos amores do Redentor Não reza a História Sagrada Mas diz uma lenda encantada Sofreu consigo e calou Que o Bom Jesus sofreu d’amor Sua paixão divinal, Assim como qualquer mortal Que um dia d’amor
Samaritana, Plebeia de Sicar, Alguém espreitando Te viu Jesus beijar De tarde quando Foste encontrá-lo só, Morto de sede Junto à fonte de “A Samaritana”Jacob Interpretada Pelo grupo Canto d’alma, Grupo de Fados de Coimbra
O Adeus
Álvaro Augusto Cabral faleceu no Porto, no hospital do Bonfim, no dia 18 de Março de 1918, paciente de pneumonia, em pleno labor. Álvaro ficou admirado por ser o primeiro ator e diretor de cena da companhia de Luís Ruas, representando a revista “Papagaio Real”.
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