Capítulo 17 | A Borboleta Acidental

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Secretaria Municipal da Cultura de Novo Hamburgo, apresenta:

Pela Voz de um Gato Pardo de Maurício Fülber Parte III O Arsenal Mágico da Ilha de Pedra

Capítulo 17

A Borboleta Acidental

Capítulos completos disponíveis em:

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Capítulo 17

A Borboleta Acidental Curioso como a história contada e a história ocorrida tem seus mistérios tão bem guardados e atos de heroísmo por vezes não registrados. No capítulo 10 aconteceu algo que não recebeu muito alarde, pode talvez até ter passado completamente despercebido por grande parte de quem lê, visto ter sido apenas uma frase (e uma frases muitas vezes podem ser grandes frases!)! Voltemos no tempo narrativo para dar a ele a importância merecida e fazer-lhe jus em seu reflexo no desenrolar do capítulo 16, neste momento em que me retiro como narrador para dar lugar ao formato em primeira pessoa de uma pequenina borboleta amarelo-madeira que tem muito a dizer e ainda mais a contar - concluiu o narrador." Olá, meu nome é Pupah, e estou acompanhando a jornada desse bando de gatos desde o capítulo 9 na verdade, quando, acidentalmente, resolvi pousar e me aninhar em uma pequena árvore que estava por debaixo da cachoeira onde eu havia me alocado. Entretanto, não havia percebido eu, que aquilo não se tratava de uma arvorezinha, e sim de uma criatura arbórea que movia, andava, falava e saltava em portais cósmicos de transporte em direção a outros mundos muito diferentes do nosso aqui. A chegada foi um pouco conturbada, me senti um tanto tonta com a quantidade de balanço que o portal proporcionava, mas consegui me segurar com toda força das


minhas patinhas naquele ser que agora me dava uma carona não solicitada para esse novo lugar. - Ahhhhhhhhhh! - foram minha primeiras palavras durante o trajeto, inaudíveis ainda por qualquer um a volta, visto a frequência sonora da fala dos artrópodes, mas acredito que meu "Ahhhhhhhhhh!" não tenha feito falta como discurso a nenhum dos presentes. Ainda assim meu susto fora bastante real. Chegando no local, percebi que a festa de boas vindas não era a troco de nada! Eu estava na presença de heróis e heroínas de outra terra! Não havia notado que, além do ser que me carregava no momento, havia um bando de felinos muito importantes para aqueles animais ali. Apenas animais! Livres! Nenhum humano! Era inacreditável! Parecia um sonho do qual não se gostaria de acordar. Logo após a chegada, antes de aproveitar um pouco a festa, fomos levados até o sexto andar para encontrar a Rainha. A porta de entrada era protegida por um Guaxinim muito grosseiro e irritante. Nesse momento comecei a achar um pouco estranhas algumas atitudes das criaturas dali. Ouvi também algo sobre uma profecia felina e cada vez mais me parecia que algum grande perigo se aproximava daquela terra. Então conhecemos a Rainha Annabelle e tudo começou a fazer um pouco menos de sentido. Percebi a ingenuidade daquele grupo e o quão fácil foi pra que fossem enganados por aquela encenação festiva toda… Não, nada ali era o que parecia.

...continua…


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