Navegando Juntos 14 (outubro)

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Juntos Navegando

Pinheiro Filho, Pintor industrial da Enseada

Ano 2 • Edição n.º 14 • outubro/2014

Boletim informativo da Enseada Indústria Naval S.A. e do Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP) Plano Básico Ambiental (PBA) – Programa de Comunicação Social

Enseada impulsiona novos negócios no Recôncavo 3

Foto MALANY TAVARES

Programa do Estaleiro acompanha produção do pescado 2 Raimundo Guedes

Governo inicia construção de atracadouro em Saubara 4

Escola Mergulho no Conhecimento forma segunda turma no Estaleiro

Foto JULIUS SÁ

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m um ano de aulas, ele nunca faltou um dia sequer. Aos 58 anos e com muita determinação, Paulo César Bispo, pedreiro do Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP), foi um dos 29 integrantes que concluíram o curso do Ensino Fundamental I da Escola Mergulho no Conhecimento. A formatura da segunda turma, realizada em setembro, foi marcada pela emoção dos alunos, professoras e representantes do CEP e da Enseada. Todos comemorando a vitória da superação nessas 29 vidas. “Mudou muita coisa em minha vida. Depois de 30 anos, voltar para uma sala de aula me permite hoje ler placas, tirar dinheiro em banco. Antes era minha esposa quem fazia isso para mim”, revelou, emocio-

nado, Paulo César. Para ele, o primeiro dia de aula foi mais complicado. “Depois que se quebra a barreira, é mais fácil. A professora e Itamar [setor de Educação Profissional] nos incentivaram muito”, falou o integrante ao garantir que vai dar continuidade aos estudos. Morador de São Roque, Jacson dos Santos Neves trabalha no CEP como ajudante de produção e foi um grande motivador dos colegas nos momentos de dificuldade durante as aulas. “Sou cristão e buscava mostrar que, antes de algo dar errado, era preciso tentar primeiro. O pouco que sabemos, procuramos passar adiante”, enfatizou Jacson. Segundo ele, uma das coisas boas proporcionadas com a volta aos estudos foi a possibilidade de ler a bíblia.

“Passei a entender melhor as mensagens, pois antes não sabia diferenciar algumas letras. Agora consigo ler panfleto, outdoor e tudo mais que vejo na minha frente”, comemorou o ajudante, que até já arrisca postagens nas redes sociais. Um dos incentivadores da Escola é o site manager do empreendimento Henrique Marchesi, que sempre passava na sala de aula levando palavras de admiração para os alunos. “A iniciativa deles de retomar os estudos é louvável, pois vemos que são pessoas que estão procurando melhorar, não estão paradas no tempo. A empresa forneceu essa oportunidade e eles sabiamente se agarraram a ela. Não só para a formação profissional, como também para o seio familiar,

como exemplos para a família, os vizinhos”, declarou o gestor. “Sede por conhecimento” A Mergulho no Conhecimento faz parte da Escola Formando Pessoas, iniciativa da Fundação OAS que já alfabetizou 3.184 profissionais pelo país, sendo 44 do CEP. Márcia Lapa, gerente de Educação Profissional da Enseada, falou do orgulho de estar dividindo aquele espaço com guerreiros que não desistiram do sonho de buscar o conhecimento. “A partir de agora, as oportunidades irão aumentar em suas vidas e muitas coisas boas virão. Vocês perceberão a importância do sacrifício que fizeram. Com muita determinação, vocês conseguiram”, elogiou a gerente. Os integrantes que participaram da escola são das localida-

des de Maragojipe, São Roque, Salinas da Margarida e Enseada e possuem idade entre 35 a 40 anos. A prova de que não existe idade para a busca por novos aprendizados! Nos próximos dias, a Enseada lançará no seu canal no Youtube um documentário sobre a formatura da segunda turma. Não perca! Leitura consciente Este jornal foi criado para divulgar, entre integrantes e comunidades, as ações e oportunidades oferecidas pela Enseada. Leia, fique bem informado e depois descarte o jornal no local adequado. Lembre-se que você pode contribuir para um mundo menos poluído e manter uma boa relação com o meio ambiente. Vamos levar isso adiante!

Alunos comemoram a formatura no Ensino Fundamental I

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Programa acompanha produção do pescado em 30 comunidades

Técnico da BMA acompanha chegada de pescador em Salinas da Margarida

pesqueiro do dia. Entre abril de 2012 e março de 2013, nas comunidades pesqueiras onde foi realizado o monitoramento dos desembarques, foi capturado e desembarcado um total de 554,5 toneladas de pescado e marisco (moluscos, camarões e siris). Nos mesmos me-

Fotos JOSÉ AMORIM

Cruzar o Rio Paraguaçu é ver saveiros, barcos e canoas. A típica paisagem do Recôncavo, seja nos rios ou mares, tem um personagem pra lá de especial: o pescador, aquele que depende da vida das águas para tirar o seu sustento. A construção da Unidade Paraguaçu da Enseada implicou em um processo de dragagem que aconteceu em dezembro de 2012 até março de 2013. Os impactos previstos foram identificados, estudados e mitigados pelo empreendimento por meio do atendimento às normas de órgãos ambientais, como o Instituto de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Isso promoveu a criação de 14 programas de monitoramentos ambientais, dentre eles alguns que merecem destaque, como o do desembarque pesqueiro.

Características do pescado são monitoradas diariamente

O programa consiste no acompanhamento diário da produção pesqueira em toda a Área de Influência do Estaleiro, como Maragojipe, Salinas da Margarida, Saubara, Cachoeira e São Félix. Para conseguir cumprir essa missão, cerca de 30 comunidades pesqueiras são monitoradas nos vários pontos aonde chegam seus barcos com pescados. Em cada um desses pontos, é feita a identificação e pesagem de todo o produto

ses, equivalente aos anos de 2013/2014, a pesagem total chegou a 542 toneladas. “Esses dados são tabulados, para que seja possível enxergar como a produção da pesca está se comportando nas diversas áreas analisadas, bem como as possíveis interferências do empreendimento nessa produção. Já estamos no terceiro ano de monitoramento, que foi iniciado antes do início das obras do Estaleiro, pois é importante

termos pelos menos 1 ano de dados antes da interferência do empreendimento. Criamos essa linha de base que serve como uma fotografia da situação da pesca antes da chegada do empreendimento. Esse programa acontece com o trabalho de técnicos habilitados e 11 pessoas da comunidade contratadas pelo Estaleiro. Temos uma equipe experiente, que gera informações confiáveis que são apresentadas continuamente ao Ibama”, disse Pablo Cotsifis, sócio-diretor e biólogo da BMA Ltda. Segundo ele, esse monitoramento foi ainda mais importante durante o período da dragagem, quando era afirmado que a quantidade do pescado estaria diminuindo. “Trabalhamos com dados reais que estávamos coletando diariamente. A pesca se manteve com a mesma dinâmica anterior. Com os dados que tínhamos antes e depois da construção do empreendimento, conseguimos fazer uma comparação que não mostrou impactos significativos à pesca”, revelou o biólogo. Pescar pensando no futuro O programa tem a importância de garantir o padrão da pesca ao longo do tempo, além de aproximar a comunidade pesqueira e o Estaleiro. “Conseguimos dialogar com as co-

munidades e associações sobre qualquer tipo de variações na pesca, que não necessariamente tem relação direta com impactos causados pelo empreendimento. É importante lembrar que juntamente com a existência de um grande empreendimento como o nosso, existem ações predatórias como pesca com explosivos ou com redes de malhas finas, além do desrespeito ao período do defeso. Temos no nosso Centro de Referência, na comunidade de Enseada, dados relevantes para compartilhar com o pescador

que o ajudará a entender a dinâmica da produção pesqueira da sua região”, explicou Caroline Azevedo, gerente de Sustentabilidade da Enseada. Para ela, programas deste tipo são esclarecedores de uma realidade difícil de ser analisada, pois existem diversos fatores que reconhecidamente impactam o ambiente pesqueiro em diferentes graus. “No caso do Recôncavo Sul, podemos citar a existência de empreendimentos como o Estaleiro e a barragem de Pedra do Cavalo somados às ações predatórias de autoria, muitas vezes, da própria comunidade pesqueira”, afirmou a gerente. João Genésio, pescador de Saubara, conta que não percebeu grandes alterações no pescado após o início da implantação do Estaleiro. “Para mim continua a mesma coisa. Mas as pessoas precisam respeitar os limites da natureza, como o período do defeso”, alertou João. Consciente, ele diz que é maravilhoso quem pesca pensando no futuro. “Todos nós ganhamos com isso, inclusive nossos filhos e as próximas gerações”, pontuou o pescador.

Pescador mostra a qualidade do pescado de Santiago do Iguape


Um grande projeto, como o da Enseada Indústria Naval, não leva apenas aumento na receita tributária e milhares de empregos para a região onde é implantado. Movimenta toda a economia local e, principalmente, desperta nos mais empreendedores a vontade de apostar em negócios que possuem grandes chances de darem certo. Em Nazaré das Farinhas, município do Recôncavo Baiano, é possível encontrar um desses investidores. Cristian Lujan, da construtora G3 Empreendimentos, grupo espanhol, faz parte de uma empresa que viu na implantação do Estaleiro a chance de investir em um negócio diferenciado: um condomínio Grupo espanhol viu no Recôncavo a oportunidade para implantar um empreendimento residencial

fechado de grande porte e estrutura de lazer completa, com 1.128 casas. “Nosso empreendimento se diferencia dos demais, pois somos os únicos a entregar as residências já prontas. Os outros são apenas com lotes”, conta. Segundo ele, a demanda de interessados em morar na região tem crescido. “Muitas pessoas que vieram para trabalhar na Enseada se mudaram com a família. Elas estão à procura de moradias novas e de qualidade, portanto buscamos atender a essa demanda”, contou o gerente de compras. Região valorizada Ainda mais perto do Estaleiro, no distrito de Cairu, em Salinas da Margarida, Irlanda Dantas resolveu apostar todas as fichas

Foto MALANY TAVARES

Implantação da Enseada atrai investimentos para a região do Recôncavo

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Irlanda comemora aposta em restaurante. Maior parte dos clientes é de integrantes do Estaleiro

na abertura do seu próprio negócio, um restaurante ecológico. “Eu abri meu restaurante visando o Estaleiro. Sei que depois de pronto, o empreendimento vai atrair muitas oportunidades. Hoje a maioria dos meus clientes já é de lá. A esperança do lucro veio justamente de onde eu imaginei”, disse a empreendedora. Hoje, sete pessoas da região trabalham com Irlanda. “Tive esse cuidado para valorizar quem é daqui. Sem falar nos meus fornecedores de alimentos que são de Nazaré, Santo Antônio de Jesus, Conceição do Jacuípe, Encarnação de Salinas e outras localidades próximas”, revelou. Com o sucesso que o restaurante tem feito, ela

já pensa em fazer investimentos futuros para manter os clientes. Para Márcio Cruz, gerente de Relações Institucionais da Enseada, o desenvolvimento desses negócios fomenta ainda mais a economia local, trazendo resultados financeiros para os empreendedores e oportunidades de emprego e renda para seus funcionários. “A região também recebe melhor qualidade na moradia, nos serviços prestados à comunidade, fazendo com que mais pessoas desejem se estabelecer e morar nessa localidade do entorno do Estaleiro”, afirmou o gerente. Novas oportunidades estão surgindo e transformando positivamente a história do Recôncavo. Para os interessados em fazer parte dessa realidade, fica a dica: seriedade, capacitação, aperfeiçoamento e perseverança.

Quer trabalhar na Enseada? Com o objetivo de oferecer igualdade nas oportunidades de trabalho, os integrantes da Enseada estão orientados a não receber currículos, seja pessoalmente ou por e-mail. Para garantir a transparência no processo de contratação da mão de obra local, todas as admissões de integrantes da Enseada na Bahia são realizadas pelo cadastro no SineBahia. Caso tenha interesse em trabalhar conosco, se inscreva e aguarde uma oportunidade compatível com o seu perfil profissional. Lembre-se: o número de vagas dentro do Estaleiro é limitado, mas as oportunidades fora dele são amplas e permanentes. Boa sorte!

Navegando Juntos Boletim informativo da Enseada Indústria Naval S.A. e do Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP). www.enseada.com.br informes@consorcioep.com.br Presidente: Fernando Barbosa Vice-presidente de Operações: Guilherme Guaragna Diretor de Relações Institucionais e de Sustentabilidade: Humberto Rangel Diretor de Pessoas e Organização: Ricardo Lyra Diretor de Execução: José Luis Coutinho de Faria Gerente de Comunicação Externa e Editor: Marcelo Gentil (Conrerp 7ª/nº 233) Redação: Malany Tavares Fotografia: Julius Sá Apoio: Bruno Pinto, Roque Peixoto, Thaise Muniz, Pedro de Luna, Ronaldo Souza, Marli Santos e Caíque Fróis Projeto gráfico e editoração: Solisluna Design Revisão: Maria José Bacelar Guimarães Pré-impressão e impressão: Rocha Impressões Tiragem: 20.000 exemplares A Enseada é uma empresa associada à Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje). www.navegandojuntos.com.br


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“Vamos falar sobre o atracadouro que vai ser construído? Ótimo. Gosto de conversar sobre tudo o que traz desenvolvimento”. Foi assim que o senhor Carlos Alberto, proprietário da Sorveteria e Lanchonete Bom Jesus dos Pobres, recebeu a equipe de reportagem do Navegando Juntos que esteve em Saubara para conferir os impactos positivos que chegarão ao município após a construção do Atracadouro Bica de Monte Cristo. Com a ordem de serviço assinada pelo Governo do Estado, as obras já têm previsão para começar: na primeira quinzena de novembro, segundo informações do Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba). Após a finalização das obras do cais, prevista para acontecer em 6 meses, a Enseada Indústria Naval e Saubara ficarão bem mais próximos. O deslocamento entre o Estaleiro e o município, hoje feito de carro em 2 horas e 30 minutos, será reduzido para apenas 15 minutos de lancha rápida. Isso vai permitir que a comunidade tenha mais oportunidades no empreendimento, seja por Prefeito de Saubara, vereadores e representantes da Enseada e do Governo visitam local que abrigará atracadouro

Foto MALANY TAVARES

Atracadouro vai levar mais oportunidades e desenvolvimento para Saubara

Carlos Alberto prevê aumento nas vendas com a construção do cais

meio de emprego, seja fazendo parte da cadeia de fornecedores locais. Futuro próspero Segundo Humberto Rangel, diretor de Relações Institucionais e de Sustentabilidade, a construção do equipamento vai propiciar uma melhor integração entre o estaleiro e a cidade vizinha. “É uma aproximação no sentido da mão de obra, do prestador de serviço, da ativação do comércio local e do turismo”, revelou o executivo da Enseada. Um valor de aproximadamente R$ 3 milhões será des-

tinado para a construção do píer, que terá como responsável a Tecnocret Engenharia Ltda., empresa vencedora da concorrência pública. Com a conclusão do atracadouro, novos investimentos são esperados, promovendo o desenvolvimento econômico e social do local, gerando emprego e renda. É o caso de Carlos Alberto, que já vê pela frente um próspero futuro para a sua sorveteria localizada na praça de Bom Jesus, a poucos metros do píer. “Com certeza o movimento aqui vai melhorar. Muitos turistas não param aqui, pois

não tem como descer, e acabam indo para as praias de outros municípios. Depois que o atracadouro estiver pronto, esse ponto vai virar passagem de muita gente, proporcionando o desenvolvimento econômico do local”, disse empolgado o microempreendedor. Quem também tem boas expectativas para o futuro do município é o prefeito, Capitão Joelson. “Com esse terminal marítimo acredito que a principal mudança acontecerá no comércio, que vai aumentar muito. Vamos passar a receber barcos de turismo, escunas e

lanchas que antes não paravam em nossa costa porque não tinham onde atracar”, afirmou o líder municipal. Segundo ele, por Saubara ser o local mais próximo ao Estaleiro, muitas pessoas que precisarem ir até o empreendimento deixarão seus carros na Praia da Bica e atravessarão nas embarcações. “Esse fluxo vai trazer desenvolvimento para a região”, completou. A construção do atracadouro faz parte do projeto Circuito Náutico do Paraguaçu, em execução pelo Governo do Estado – Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba).

Segurança é prioridade Para evitar acidentes, a Enseada Indústria Naval e o Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP) alertam os condutores de barcos que fazem a travessia de passageiros da praia de São Roque para a praia de Enseada, sobre os limites de distância das embarcações maiores e do Cais I. Aproximações entre canoas e rebocadores podem causar perigosos acidentes, devido ao risco de colisão. Vamos fazer da segurança uma prioridade!

Foto FELICIANO BARRETO DE MATOS

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