Olhares nº45

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junho de 2015 Publicação trimestral N.º 45 Coordenação: Ana Ribeiro Isabel Santos Teresa Delgado

Olhar(es) digital : www.aelourinha.pt

1ºPRÉMIO

No dia 5 de maio, durante a cerimónia de abertura do Festival Livros a Oeste, foram anunciados os vencedores da primeira edição do Concurso de Contos. O primeiro prémio do nível Secundário foi ganho pelo aluno do 12ºC, Rodrigo Umbelino, com uma narrativa intitulada O Dom. Parabéns, Rodrigo!

Nesta edição Bibliotecando

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Comenius

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Aprender lá fora

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Distinção ADL

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Ex-alunos de sucesso

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Prémio Empreendedorismo

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Desporto

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SUPLEMENTO CLIMA@EDUMEDIA

Secundária distinguida com o Selo de Escola Voluntária No passado dia 30 do mês de abril, a Escola Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado foi distinguida com o Selo de Escola Voluntária 2013/2014. Esta distinção visa reconhecer os estabelecimentos de ensino que, através de projetos educativos, promovem a inserção da escola na comunidade, a participação da comunidade escolar em ações de voluntariado e o desenvolvimento de laços sociais dentro e fora da mesma. Uma vez que a Escola Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado tinha já realizado diversos projetos baseados no princípio do voluntariado, que tinham como objetivos fundamentais a inserção e o envolvimento da escola na comunidade em que esta se encontra, a cooperação mútua entre estas duas rea-

lidades, valorizando a educação para a cidadania e para o voluntariado, fazia da escola uma forte candidata ao Selo de Escola Voluntária. Tendo em conta o potencial da escola e a grande mais-valia que seria receber esta mesma distinção, a Associação de Estudantes tomou a iniciativa de candidatar a escola ao Selo de Escola Voluntária. A candidatura para o projeto foi feita pela Associação de Estudantes em colaboração com a Coordenadora do GAPA (Gabinete de Apoio ao Aluno) e com a Direção do Agrupamento, que, de imediato, se disponibilizaram a fornecer todas as informações necessárias à realização da mesma. (cont. p. 6)

ESCOLA SECUNDÁRIA Dr. JOÃO MANUEL DA COSTA DELGADO


O Dia do AEL

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Para o fim, deixamos as notícias que nos são menos agradáveis. Uma delas tem a ver com a candidatura da nossa Biblioteca Escolar a requalificação pela RBE, no intuito de a dotar de equipamentos digitais para a aproximar mais das Bibliotecas do Século XXI. A nossa candidatura foi preterida em benefício de uma outra biblioteca do Oeste bastante carecida de intervenção. Outra triste notícia tem a ver com as consequências para a Biblioteca escolar da mudança da Escola Básica para Miragaia. Com esta alteração, o AEL perde os estabelecimentos de ensino de Atalaia e, com eles, a Biblioteca Escolar que criámos recentemente, com tanto esforço e tanto gosto.

BIBLIOTECANDO

O Agrupamento de Escolas da Lourinhã agradece à RCL - Rádio Clube da Lourinhã o apoio que tem dado na divulgação das suas atividades, em particular, do Dia do Agrupamento, e na concretização de algumas experiências em contexto real pelos nossos alunos do Curso Profissional de Comunicação.

Outro autor que nos visitou foi David Marçal, eminente Engenheiro Bioquímico, distinguido com vários prémios nessa área, autor e co-autor de obras várias sobre a Ciência e a pseudociência. Falou-nos de várias situações que tratou no seu livro Darwin aos Tiros e de algumas pseudoverdades vendidas com o selo de Ciência, que todos conhecemos bem. Na Biblioteca, poderão ser encontrados livros do autor como Toda a Ciência (menos as partes chatas) e Pipocas e Telemóvel.

BIBLIOTECANDO

O Diretor do AEL

para quem a recebesse. Também nesta fase final do ano letivo, teve lugar, uma vez mais, o festival anual Livros a Oeste. Para além do primeiro prémio no Concurso de Contos, que foi trazido pelo Rodrigo Umbelino, do 12ºC, vieram até à nossa escola alguns autores. O primeiro deles foi Miguel Real. A nossa Biblioteca já dispunha de algumas obras do autor, exclusivamente, romances históricos, mas o escritor veio falarnos sobre a felicidade, a propósito dos seus dois livros Nova Teoria do Mal e Nova Teoria da Felicidade, que agora também fazem parte do nosso espólio. Cerca de 170 alunos, muitos instalados um pouco desconfortavelmente, ouviram falar sobre o Mal e o Bem ao longo dos séculos e hoje em dia, uns com imensa atenção, mesmo já

não tendo a disciplina de Filosofia, outros nem tanto. No final, o escritor e filósofo falou com alguns alunos em particular sobre as mesmas questões e a conversa daria para muito mais, não fossem os compromissos com outras atividades do festival.

BIBLIOTECANDO

No final de mais um ano letivo, o Agrupamento propõe-se, pela primeira vez, a comemorar a escola, promovendo um dia aberto, em que sejam conciliadas diversas vertentes: por um lado, mostrar à comunidade escolar e extra-escolar os seus espaços e algum do trabalho desenvolvido a nível do Agrupamento, as suas atividades, os seus projetos; por outro, promover uma interação entre os vários elementos das comunidades, dinamizando um espaço que se espera de agradável convívio. A Direção gostaria, portanto, de contar com a presença de todos os que fazem as nossas escolas. Gostaria também que pais, encarregados de educação, famílias e outros elementos da comunidade se juntassem à escola nesta comemoração.

Embora o Natal já vá longe , não retirámos o sapatinho da chaminé e a verdade é que ele foi sendo recheado com algumas boas surpresas. A primeira delas foi um prémio atribuído à nossa Biblioteca Escolar pela Fundação EDP - trata-se de uma colecção para os primeiros anos de aprendizagem, com uma forte vertente multimédia e o código ColorADD, no valor aproximado de 1000 euros. A segunda oferta vem da Rede de Bibliotecas Escolares, que nos contempla com 750 Euros para atualização do fundo documental de primeiro ciclo, no âmbito da implementação das Metas Curriculares. Para além disso, temos a assinalar positivamente, neste terceiro período, a comemoração do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, numa parceria com Espanhol, e que ganhou a adesão dos alunos e da restante comunidade da secundária. A tradição espanhola de dar uma rosa em troca de um livro, neste dia, ganhou uma nova dimensão: as pequenas rosas coloridas distribuídas no bar da escola escondiam, muitas delas, um livro que estava reservado na Biblioteca


COMENIUS Comenius tem sido o programa europeu que tem permitido aos alunos envolvidos, da Escola Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado, contactar com jovens de outros países europeus, mais especificamente, Chipre, Espanha e Itália. Ao longo dos últimos dois anos, alunos e professores dos países integrantes do projeto desenvolveram várias iniciativas no sentido de refletir acerca dos efeitos da crise económica na vida dos cidadãos europeus e das possíveis formas de atenuar as assimetrias sociais observadas. O primeiro momento Comenius, de 22 a 27 de março de 2014, teve lugar em Chipre, a ilha que deslumbrou pelas suas belezas naturais, nomeadamente, The Rock of Aphrodite e The Baths of Aphrodite. Na escola secundária de Pafos, Lycée Agiou Charalambus Embas, os alunos das diversas delegações tiveram a oportunidade de dar a conhecer os trabalhos até então feitos. As alunas portuguesas, Mariana Lopes e Margarida Almeida, apresentaram a demografia, as atividades económicas e as atrações turísticas da vila da Lourinhã, a página web criada para divulgar o projeto, a campanha de solidariedade de recolha de roupa, livros, brinquedos e alimentos destinados a instituições da Lourinhã. Foi ainda apresentada a proposta de logótipo para o projeto, desenhado pela Sara Martins, logótipo esse que mereceu o 2º lugar. Na ilha da deusa Cípria, destacou-se a hospitalidade com que fomos recebidos pelas famílias de acolhimento e pelos professores e, na escola, pelos alunos que nos deram as boas vindas com um espetáculo de danças e músicas tradicionais do seu país. O segundo momento Comenius ocorreu já neste ano letivo, de 22 a 26 de outubro, em que os alunos cipriotas, italianos e portugueses viajaram até Alcalá de Henares – Espanha, para partilhar mais experiências e as pesquisas realizadas. Os alunos da Lourinhã António Carvalho, Abílio Costa, Daniel Matias, Gustavo Cópio, Maria Santos, Marta Cartageno, Sílvia Antunes e Viviana Ribeiro - apresentaram, mais uma vez, a vila da Lourinhã aos presentes no encontro e deram a conhecer as profissões antigas que eram exercidas na Lourinhã, mas que se foram extinguindo ao longo dos anos, com a evolução tecnológica. Na escola IES Cardenal Cisneros, a receção feita pelos alunos espanhóis ficou marcada por uma demonstração da famosa dança Capoeira. De entre os monumentos visitados, os mais apreciados foram os de Segóvia – o Aqueduto, a Catedral, o Alcázar e o Palácio Real de La Granja de San Ildefonso – e os de Madrid – o Museu do Prado, o Museu Rainha Sofia, o Caixa Fórum, Os Jerónimos, Parque de El Retiro e o Palácio Real de Madrid. A viagem a Espanha ficou marcada pela simpa-

tia e alegria características do povo espanhol. O terceiro momento Comenius, realizou-se de 16 a 20 de março de 2015, num colégio da capital italiana, o Liceo Classico Sperimentale Statale Bertrand Russell, onde os alunos Carolina Fernandes, Carolina Miguel, Diogo Faria, Gonçalo Marques, Luís Pires e Miguel Marques foram muito bem acolhidos. Nesta terceira sessão de trabalho, os alunos portugueses deram a conhecer aos seus anfitriões quatro empresas sediadas na Lourinhã que conseguem resistir à crise económica, especificamente: a Best Travel, a Biofrade, a Caixilour e a Louritex. Em Roma, os locais eleitos como os mais encantadores foram: o Fórum, o Coliseu, o Circo Máximo, a Praça de Veneza, a Praça Capitole, a Basílica de São Pedro, o Museu do Vaticano, a Praça de Espanha, o Panteão, a Praça Navona e a Fontana de Trevi. Para além dos grandiosos monumentos romanos, foi possível desfrutar dos deliciosos pratos italianos. No quarto e último momento Comenius, de 26 a 30 de abril, foi a nossa vez de recebermos os nossos parceiros, na Escola Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado, na Lourinhã, com a nossa tão elogiada hospitalidade e o nosso carinho. Foi aqui, na nossa vila, que se fez o balanço final do trabalho realizado nos últimos dois anos, foi aqui que relembrámos bons momentos e foi aqui que vivemos mais uns tantos instantes daqueles que se tornam inesquecíveis. Na nossa escola, recebemos 36 alunos e professores de Chipre, Espanha e Itália, que foram acolhidos com deliciosos doces e salgados tradicionais e com danças e jogos igualmente tradicionais de Portugal – momentos organizados pelos alunos dos Cursos Profissionais de Apoio à Infância e de Turismo. Nestes breves, mas extraordinários momentos, apreciámos o vento do Cabo Carvoeiro, percorremos a muralha da vila histórica de Óbidos, andámos pela cidade de Sintra, onde observámos minuciosamente os mistérios da Quinta da Regaleira, e visitámos o imponente Mosteiro dos Jerónimos, na nossa

capital. Todos ficaram encantados com as nossas praias e paisagens verdes. Foi então, depois de muita animação, no dia 30 de abril, que nos apercebemos que tudo isto estava a chegar ao fim e as emoções apoderaram-se de nós. Instalou-se a saudade e a tristeza normais de uma despedida, mas, ao mesmo tempo, uma grande satisfação por termos respondido à grande questão acerca da crise económica europeia “Que faire?” – cujas respostas procurámos encontrar nos últimos meses e que, na nossa opinião, podem ser: solidariedade, empreendedorismo e revitalização de antigas profissões. Acima de tudo, e mais importante, são as amizades sinceras que construímos e que não queremos esquecer. Por fim, agradecemos muito aos professores António Sérgio, Beatriz Pinheiro e Isabel Damião e ao nosso diretor, Bruno Santos, por nos proporcionarem e nos terem acompanhado nesta memorável experiência, nesta partilha de saberes, sabores, idiomas, costumes e culturas. A todos os que, de algum modo, nos ajudaram, o nosso “MUITO OBRIGADO”! Carolina Fernandes, Mariana Lopes, 11ºD

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“LISBOA: ESPAÇO URBANO E TRANSPORTES” No âmbito da disciplina de Geografia A, os alunos do 11º D,E e F realizaram, no passado dia 11 de março, uma visita de estudo a Lisboa, acompanhados pelos docentes Isabel Damião e Pedro Rodrigues. Esta saída de campo teve como principais objectivos: - Compreender a importância do porto de Lisboa nos impactos socioeconómicos da cidade e da região. - Identificar as características morfológicas e funcionais de diferentes áreas do CBD Central Business District. - Estimular nos alunos o interesse pela disciplina de Geografia. A primeira paragem do roteiro foi no Porto de Lisboa, onde os alunos puderam observar a dinâmica de carga e descarga de mercadorias, juntamente com uma apresentação do porto realizada pelo guia. A segunda e última paragem foi no Terreiro do Paço, em pleno CBD tradicional de Lisboa, onde foi possível observar os edifícios da Praça e a estátua de D. José I, no centro da mesma. De seguida, a subir a Rua Augusta, os olhares atentos observaram as fachadas dos edifícios e as atividades funcionais ali desenvolvidas. Almoçaram nos Armazéns do Chiado e, já no autocarro com destino à Lourinhã, numa breve passagem pelo Rossio e pela Avenida da Liberdade, foi possível observar o predomínio das atividades terciárias, nomeadamente, serviços de turismo, hotelaria e comércio de luxo. Tratou-se de uma visita muito interessante que muito contribuiu para a consolidação dos conteúdos estudados em sala de aula. Bruna Santos, Miguel Marques e Nadine Santos, 11ºE

TURISMO ESPANHOL DE EXTREMADURA NA ESCOLA A turma 11º F do Curso Profissional de Técnico de Turismo recebeu, no passado dia 5 de maio, a visita de Aroa Molano, que se encontra a realizar estágio na agência de viagens Booking Travel, em Torres Vedras, ao abrigo do Programa Erasmus Plus. A jovem espanhola frequenta um curso de turismo direcionado para formar profissionais na área do trabalho em agências de viagens e na organização de eventos, e optou por completar o seu estágio de três meses em Portugal, para poder também praticar o nosso idioma, uma vez que estuda português em Badajoz, no Instituto de Enseñanza Secundaria San Fernando. Mas foi em espanhol que apresentou à turma informações relevantes acerca da sua cidade e deu a conhecer os aspetos que definem o turismo espanhol da Extremadura, no âmbito da disciplina Comunicar em Espanhol. Deixou documentação especializada sobre esta matéria e dois vídeos, materiais oferecidos pelo Turismo de Extremadura, que integrarão o espólio da nossa Biblioteca, ficando assim disponíveis para consulta. Podemos considerar que se tratou de uma experiência de intercâmbio muito proveitosa para todos os envolvidos. 11ºF

O AEL na Expo Lourinhã 2015 O Agrupamento de Escolas da Lourinhã esteve representado na Expo Lourinhã 2015, iniciativa promovida pela Associação para o Desenvolvimento da Lourinhã (ADL), que decorreu entre os dias 30 de abril e 03 de maio de 2015. Nesta iniciativa o Agrupamento procurou mostrar um pouco do trabalho que se faz nas suas Escolas e Jardins de Infância, tanto a nível académico como dos múltiplos projetos e atividades. O público foi amavelmente recebido pelos alunos da Escola Secundária, tendo às crianças visitantes sido proporcionadas pinturas faciais e oferecidos balões modelados pelas alunas do Curso Profissional de Técnico de Apoio à Infância. No espaço exterior, uma das carrinhas do AEL proporcionava uma experiência do séc. XXI, o “Sonho Digital”, que oferecia a manipulação da própria imagem a cada visitante. Prof. Ricardo Monteiro

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Nos dias 17 e 18 de abril de 2015, sexta-feira e sábado, os alunos do Curso Profissional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural, turmas 10ºH e 12ºG1, e do Curso Profissional de Animador Sociocultural, 12ºG, da Escola Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado, realizaram uma visita de estudo ao concelho de Idanha-aNova. No âmbito da disciplina de Ambiente e Desenvolvimento Rural, a atividade teve como objetivos: despertar para a importância do património ecológico como essencial à vida e contribuir para a sua preservação e equilíbrio; alertar para os problemas da ocupação antrópica de ambientes naturais; despertar o interesse para a reconstituição de paleoambientes, tendo em conta os vestígios geológicos encontrados; reconhecer a importância do registo fóssil/ geológico para a reconstituição do passado do Planeta; relacionar a ocupação humana ao longo dos tempos com o aproveitamento dos materiais e relação com o ambiente; relacionar o valor ambiental com o desenvolvimento de uma região; fomentar o empreendedorismo, relacionando-o com o desenvolvimento rural sustentado; contribuir para o desenvolvimento de uma cidadania ativa e responsável. No dia 17 de abril, sexta-feira, após a partida da Lourinhã às 6h, os alunos visitaram Idanha-a-Velha, que se espraia por duas pequenas elevações, junto ao Rio

POR TERRAS DE IDANHA Ponsul, importante urbe na época romana estrategicamente situada na confluência das vias romanas que estabeleciam a ligação entre Mérida, Conímbriga e Viseu. Cidade da época romana (Civitas Igaeditanorum), Suevos e Visigodos davam-lhe o nome de Egitânia. Hoje, Idanha-a-Velha é uma aldeia com cerca de 50 moradores, longe da glória de tempos idos, mas destacando-se pela sua riqueza paisagística, arqueológica, monumental, histórica e ambiental. Na tarde do mesmo dia, a visita continuou em Penha Garcia, cujas origens se perdem no tempo, com o seu profundo recorte do vale do rio Ponsul, onde se encontram os moinhos de rodízios, trajeto feito pelos alunos, que percorreram a Rota dos Fósseis. Ao longo do percurso encontram-se inúmeros vestígios do que foi a vida neste lugar há milhões de anos, uma das principais razões da sua classificação e inclusão no Geopark Naturtejo, criado sob os auspícios da UNESCO. A história do Parque Icnológico de Penha Garcia remonta há 480 milhões de anos, quando a região era banhada por um oceano cheio de vida. Atualmente, é visível uma sucessão desses fundos oceânicos transformados em camadas quartzíticas verticais, pautadas por fantásticos vestígios da atividade das trilobites, as Cruziana e outros seres marinhos. Após a exigência dos percursos feitos durante o dia, a comitiva ficou alojada na Pousada da Juventude de Idanha-aNova, onde as forças foram retemperadas.

ça humana neste local remota ao paleolítico, tendo sido habitado pelos romanos e existindo também vestígios da passagem visigótica e árabe. A infinidade de ruelas e veredas povoadas de casas, palheiros e abrigos são as representantes de uma arquitetura popular implantada ao sabor do relevo. A utilização do granito nas construções confere ao conjunto uma grande uniformidade entre o natural e o edificado. Este equilíbrio é, ainda, mais evidente quando os acidentes graníticos dão origem a curiosas utilizações de grutas e penedos integralmente convertidos em peças de construção. Após a exigência da atividade, deu-se o inevitável regresso às origens, Lourinhã. A chegada ocorreu pelas 20h:30min de sábado. A atividade teve o apoio da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, que gentilmente destacou os seus técnicos de turismo que acompanharam o grupo em Idanha-a-Velha, Penha Garcia e Monsanto. Prof. Ricardo Monteiro

No dia seguinte, sábado, a visita continuou no Inselberg, ou “Monte-ilha” de Monsanto. A aldeia histórica de Monsanto é construída em pedra granítica. Monsanto avista-se na encosta de uma grande elevação escarpada, designada como Cabeço de Monsanto (Mons Sanctus). Situa-se a nordeste de Idanha-a-Nova e irrompe repentinamente do vale. No ponto mais alto, o seu pico atinge os 758 metros. A presen-

AEL premiado na categoria Educação nas “Distinções Pelo Desenvolvimento 2014” A A Gala das “Distinções Pelo Desenvolvimento 2014”, atribuídas pela Associação para o Desenvolvimento da Lourinhã (ADL), ocorreu no dia 01 de maio de 2015, integrada na programação da Expo Lourinhã 2015. O Agrupamento de Escolas da Lourinhã foi distinguido na categoria Educação, pelo seu projeto Hipoterapia. Além da categoria Educação, foram também distinguidas entidades nas categorias Ambiente, Associativismo e Voluntariado, Desporto, Empreendedorismo e Inovação, Música e Artes, Publicação, Responsabilidade Social e Turismo. Prof. Ricardo Monteiro

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UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA PREMEIA ALUNA DA SECUNDÁRIA Marta Nobre, estudante de Ciência Política e Relações Internacionais (CPRI) na Universidade Nova de Lisboa, foi uma das contempladas pela bolsa “Caloiros da Nova” que reconhece os melhores alunos do primeiro ano de licenciatura. Este é o primeiro ano em que se concretiza esta cerimónia e foi a lourinhanense Marta Nobre, ex-aluna da Escola Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado, a melhor aluna do curso que frequenta, no ano letivo 2013/2014. A jovem de 19 anos, atualmente no 2º ano de licenciatura, considera que a chave para o sucesso académico é essencialmente o “trabalho, dedicação, paixão, paciência e resiliência.”. O diretor da Escola Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado, Bruno Santos, e o Professor Jorge Moniz Ribeiro, também se juntaram a esta cerimónia da NOVA, que homenageou não só os caloiros de excelência mas também os professores do Ensino Secundário, as escolas secundárias, assim como os familiares dos estudantes premiados. A estudante do ensino superior deixou para trás o secundário, mas em retrospetiva foi lá que começou “a desenvolver espírito crítico, algo essencial em CPRI, como em todos os cursos de ciências sociais e humanas”, garante. A aluna acrescenta que tal ficou a dever-se “tanto ao ambiente familiar proporcionado pela escola como aos professores”. A lourinhanense destaca o professor Jorge Moniz Ribeiro, de Literatura Portuguesa e Português, que considera ser o professor que mais influenciou o seu percurso académico. Para além de valorizar o docente enquanto grande professor, afirma que o seu apoio ao longo dos 3 anos de ensino foi incondicional e que, mais que um professor, é também um amigo. Num curso em que o conhecimento da História é fulcral, Marta menciona ainda os seus professores da disciplina, António Figueiredo e Rui Reis, que aprofundaram o seu interesse pela mesma. Natural do Reguengo Grande, residente em Lisboa no presente momento, ainda não tem muitas perspetivas concretas acerca do futuro. “Todo o meu percurso escolar foi feito de forma tranquila, sem nunca ambicionar um trabalho ou profissão específica. Contudo, espero em breve poder encontrar algo que goste verdadeiramente de fazer e que me satisfaça a todos os níveis.”, afirma. Quando questionada sobre como concilia a vida pessoal e familiar com as exigências da faculdade, Marta declara que é “uma questão de saber gerir o tempo” e que, apesar de por vezes “desejar que um dia tivesse 48 horas”, não deixa de fazer tudo o que fazia antes de ingressar no ensino superior. “Muitas vezes surgem dilemas”, mas o mais importante é “sentirmo-nos bem connosco próprios, quer seja a estudar, quer seja a estar com as pessoas de quem gostamos”, alega. Esta bolsa homenageou 39 estudantes de diversas áreas do saber que representam uma pequena fração dos 2744 caloiros que entraram na NOVA em 2013. Para Marta, “ganhar esta bolsa foi o culminar de um ano de trabalho árduo, mas ao mesmo tempo muito gratificante.” Sem nunca pensar em poder vir a ter tal reconhecimento, a ex-aluna da Lourinhã remata que se empenhou “porque quis, por gosto e por amor à academia e ao desafio de se superar”. Inês Félix e Tomás Santos

Selo de Escola Voluntária (cont.) A cerimónia de atribuição das distinções teve lugar no Teatro Thalia, situado no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa, e contou com a presença de quatro representantes da nossa escola: o Sr. Diretor do Agrupamento de Escolas da Lourinhã, Professor Bruno Santos; a Coordenadora do GAPA, Professora Teresa Lopes; a Presidente e o Vicepresidente da Associação de Estudantes, Margarida Veloso e José Santos. A atribuição deste selo possibilitará e facilitará novas e mais abrangentes ações de voluntariado, a serem desenvolvidas por toda a comunidade escolar, contribuindo, assim, para uma escola mais solidária, amiga do ambiente e inserida na comunidade. A comunidade escolar vem, por este meio, agradecer a todos aqueles que estiveram envolvidos nos projetos solidários que tornaram esta distinção possível. Margarida Veloso, Presidente da AE da Secundária

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científicos e técnicos, consolidei aprendizagens importantes que me ajudaram a crescer e a alcançar todos os objetivos que tinha pré-definido no começo. Quando terminei o 12º ano, não tinha em mente ingressar na Universidade. Tinha como objetivos tornar-me independente e ingressar no mercado de trabalho. Ponderei várias áreas, mas aquela que me suscitou o interesse e se adequava à convicção de seguir a minha conduta foi a carreira militar. Um novo acaso que fez de mim a pessoa que sou hoje. Depois destes anos, como não tinha colocado a Universidade fora dos meus planos a longo prazo, estou matriculada na Universidade Europeia, no 1º ano da licenciatura de Secretariado e Comunicação Empresarial, sendo esta a área que sempre me fascinou durante os meus anos de estudante. Hoje em dia, sinto-me realizada por continuar a investir na minha formação académica, dar continuidade a toda a motivação e apoio que inúmeros professores do meu ensino secundário me facultaram. Sei que todos eles iriam ficar orgulhosos pelos alunos que seguiram os seus sonhos e não ficaram pelo caminho, quando o medo do fracasso e os receios ameaçam to-

A VOZ DOS EX-ALUNOS O tempo voa, nem reparamos como passa depressa e, quando damos por nós…, a nostalgia invade-nos, trazendo com ela inúmeras recordações de tempos vividos. Há precisamente nove anos atrás, entrei pela porta da Escola Secundária da Lourinhã, que para mim representava um novo começo. Na altura, pensei: “Uau, o que faço agora?”, “Estarei pronta para esta nova etapa?”, “E se não estiver à altura de enfrentar todas estas exigências?”… Os medos, os receios e as dúvidas foram imensos. Pensei em como seria importante esta fase para a minha vida académica e, de certa forma, para o desenvolvimento da minha pessoa. Então, decidi enfrentar tudo e todos e seguir em frente, embarcando nesta aventura que seria inesquecível, sem dúvida. Conheci pessoas fabulosas que atualmente fazem parte da minha vida. Com elas, aprendi a ser mais forte, dia após dia, a conquistar batalhas que julgava não conseguir, a realizar sonhos e expetativas depositadas por toda a minha família e, essencialmente, por mim. Durante o meu percurso na Escola Secundária da Lourinhã, adquiri imensos conhecimentos

mar posse das suas aspirações. Dirijo todas estas palavras aos alunos que se encontram nesta meta tão importante que é o ensino secundário: aproveitem todos os dias para dar o melhor de vós, adquiram com bom grado todos os conhecimentos transmitidos pelos vossos professores, de modo, a estarem preparados para enfrentar todas as exigências da atualidade e, sem hesitação, lutem pelos vossos sonhos e ambições. Bons estudos e felicidades! Carina Rafael

PRÉMIO EMPREENDEDORISMO NAS ESCOLAS - 2º LUGAR PARA A SECUNDÁRIA Catarina Paulo e Rui Vinagre, alunos da Escola Secundária premiados no concurso REO – Empreendedorismo nas Escolas Decorreu no dia 30 de maio de 2015, na sede da OesteCIM, nas Caldas da Rainha, a Cerimónia de entrega de prémios do Concurso “Empreendedorismo nas Escolas” 2015, no âmbito da ROE – Rede Oeste Empreendedor. O projeto Empreendedorismo nas Escolas, promovido pela Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCIM), com o apoio técnico da Associação Empresarial da Região Oeste (AIRO), tem como objetivo a implementação de ações suportadas em rede de parceria, na Região Oeste Portugal, com vista à promoção e implementação de ações no âmbito do Empreendedorismo. Pretende-se, assim, promover a criação de um ecossistema empreendedor, apoiado na estruturação e coordenação de uma rede regional que contribua para favorecer a criação de sinergias e de condições de eficácia e eficiência no domínio do apoio ao empreendedorismo de base local. Na cerimónia foram apresentados os projetos dos alunos finalistas, decorrentes das iniciativas realizadas nas instituições de ensino do Oeste, no âmbito da promoção do empreendedorismo, nomeadamente: Iniciativa 1º Ciclo; Iniciativa 2º Ciclo; Iniciativa 3º Ciclo; Iniciativa Ensino Secundário. Os alunos Catarina Paulo e Rui Vinagre, do 11º ano (Curso Profissional de Técnico de Comunicação: Marketing, Relações Públicas e Publicidade) da Escola Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado, Lourinhã, classificaram-se em 2º lugar na categoria do Ensino Secundário, com a sua excelente apresentação do projeto Mel São Macário. O concurso teve mais de 100 projetos participantes, individuais e de grupo, propostos por alunos das escolas da Região Oeste. Na edição do ano passado, 2014, a Escola Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado teve também um projeto vencedor, da autoria da aluna Luciana Dionísio, finalista em 2013-14 do Curso Profissional de Técnico de Turismo, que se classificou no 4º lugar na categoria do Ensino Secundário, com a apresentação do projeto Centro de Acolhimento da Aguardente DOC Lourinhã. Prof. Ricardo Monteiro ESCOLA SECUNDÁRIA Dr. JOÃO MANUEL DA COSTA DELGADO


06/2015

Suplemento Olhar(ES) Formação Relâmpago Nos dias 30 de abril e 7 de maio, decorreu na Escola Secundária Dr. João Manuel Costa Delgado, uma formação, dinamizada por formadoras da Universidade do Porto, no âmbito do projeto Clima@ EduMedia. Nesta formação, participaram alunos do 10º ano: duas turmas de Línguas e Humanidades, uma de Ciências Socioeconómicas e uma de Informática. A formação teve como objetivo a aprendizagem e a prática de metodologias de produção de conteúdos mediáticos, nomeadamente, a produção de uma notícia/reportagem/entrevista sobre as alterações climáticas, utilizando os media. No decorrer da primeira sessão, começámos por rece-

ber um alerta sobre a veracidade da informação que é divulgada em diferentes meios de comunicação (muitas vezes utilizamos informação que não é fidedigna). Melhorámos a nossa literacia mediática e científica através da análise de textos e conhecemos o processo de elaboração de uma peça jornalística. No desenrolar da segunda sessão, realizámos entrevistas via telefone/skype, ou presencialmente, a especialistas sobre diferentes temáticas relacionadas com as alterações climáticas, com o objetivo de

“Cada indivíduo deve procurar mais informação sobre a eficiência energética” Eng.ª Filipa Alves

equipamentos que consumem menos energia. Os principais benefícios da eficiência energética são a poupança na fatura da eletricidade e a melhoria do meio ambiente

elaborar reportagens ou entrevistas para o boletim “Olhar(ES)”, que serão posteriormente sujeitas a concurso com trabalhos de outras escolas e divulgadas no site do projecto Clima@EduMedia. Neste suplemento, poderão ser lidos os trabalhos jornalísticos resultantes desta primeira fase do projeto. Carlota Pina , Dayane Mouta , Madalena Carvalho,

Eficiência Energética Para percebermos algumas medidas relacionadas com a eficiência energética, entrevistámos Filipa Alves, Engenheira do Ambiente e uma das responsáveis pelo projeto EcoCasa. O projeto EcoCasa é uma iniciativa da Associação Ambientalista Quercus. A eficiência energética passa pela utilização da energia de forma mais racional (económica) possível, sem prejudicar o nível de conforto ou de qualidade de vida. Trata -se essencialmente de evitar o desperdício de energia e pode ser alcançada através da alteração de alguns comportamentos e da utilização de Suplemento p. 1

P1: Quais são os equipamentos que consomem mais eletricidade diariamente, numa habitação familiar? R: O equipamento que mais consome eletricidade e que, por norma, nos esquecemos é o frigorífico. Este equipamento está 24 horas por dia ligado. O consumo diário varia bastante, desde as máquinas de lavar (roupa e loiça), aos equipamentos de entretenimento, que são cada vez mais. Estes são responsáveis pelo consumo em “stand by”. Os equipamentos informáticos são responsáveis pelo consumo fantasma, consumo energético que não possui qualquer aviso. P2: Quais as vantagens e as desvantagens da eficiência energética? R: Não existem desvantagens, apenas vantagens. Vantagens a nível de orçamen-

to familiar, através da redução da conta de eletricidade e a nível do meio ambiente, por motivos óbvios. P3: Como é atribuída a classificação energética às habitações? R: Existem vários fatores associados à classificação energética de cada habitação, desde as características do isolamento das casas, ao tipo de sistema de aquecimento que cada habitação possui. P4: Que mensagem quer passar aos leitores desta entrevista? R: Qualquer consumidor deve adquirir equipamentos eficientes. Estes estão identificados com uma etiqueta, que identifica o nível de eficiência energética do equipamento. Cada indivíduo deve procurar mais informação sobre a eficiência energética, para posteriormente alterar as suas rotinas diárias, no sentido de melhorar o meio ambiente. Iúri Antunes, João Jesus, Leonardo Santos, Rafael Barros, 10.ºG


A Erosão das Arribas – um problema que ameaça a Lourinhã

REPORTAGENS / INVESTIGAR / APRENDER / DIVULGAR

A erosão costeira é um problema que afeta cada vez mais o litoral português. As alterações das dinâmicas naturais de erosão leva a um agravamento e aceleração da erosão costeira e das arribas, especialmente na Lourinhã, onde os efeitos são mais evidentes. A erosão costeira é o desgaste e consequente fragmentação dos materiais rochosos do litoral, condicionada por fatores naturais como: o vento, as diferenças de temperatura (sendo que no verão os materiais expandem-se e são mais propensos a soltarem-se), as correntes junto à costa, a subida do nível médio das águas do mar e o deslizamento de terrenos. A nível humano, a construção de edifícios, as intervenções de engenharia costeira, os aterros, a artificialização das bacias hidrográficas – como a construção de barragens –, as dragagens, a limpeza de vegetação e a extração de água e gás têm impactos na erosão. A erosão costeira afeta toda a orla costeira. De acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a costa da Lourinhã está sob máxima prioridade na defesa costeira e zonas de risco. Daniel Neves, Engenheiro da Câmara Municipal da Lourinhã, confirma ao Jornal Olhar (es) que a linha de costa do concelho é uma zona de risco e muito vulnerável.

Por último, a praia de Valmitão está extremamente condicionada com um nível de perigosidade elevado em que o acesso à praia não é aconselhável. A queda de arribas tem fortes impactos no ecossistema, na paisagem local e nas dinâmicas económicas, tais como o turismo. Com o aumento da erosão costeira, deparamo-nos com a perda de terrenos com elevado valor económico ou ecológico, destruição de ecossistemas, como é o caso dos sistemas dunares, que também deixam localidades de baixa altitude, como a Lourinhã, vulneráveis a inundações; e danos em edifícios e infraestruturas. A interdição do uso das praias durante o verão por perigo de queda das arribas é essencial, na medida em que esta ameaça, para além de colocar a vida dos veraneantes em risco, leva a quebras no turismo local.

Temos de ter em conta que a falta de intervenção por parte das entidades locais, afirma Daniel Neves, «não é de competência direta ou exclusiva das juntas de freguesia, mas sim da Administração Central do Estado.» Portanto, para mitigar estes problemas, a Câmara Municipal da Lourinhã, simultaneamente com a APA, desenvolveram vários projetos de prevenção como o desvio de linhas de água que desaguavam perto das arribas e a sinalização de zonas de risco. Ana Carolina Aguiar, Iara Maçarico, Maria Matos, Nuno Faustino,10ºE

Na Lourinhã, Paimogo é uma praia selvagem, muito procurada, condicionada do ponto de vista da segurança, estando sinalizada, mas na qual as pessoas se arriscam e se expõem aos riscos da sua utilização. Vale Frades tem condicionantes de acessibilidade, arribas abrutas, de materiais frágeis (margas e argilas) e com cristas muito fragmentadas e debilitadas, sendo que, no período de inverno, verifica-se desprendimento e deslizamento de materiais rochosos. Já em Porto das Barcas, verificam-se arribas de 60/70 metros com consolas muito fragmentadas e a praia está atualmente a ser infraestruturada.

Defesa Costeira e Zonas de Risco. Fonte: Adaptado do Plano de Ação de Proteção e Valorização do Litoral 2012-2015, da APA

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Energia Eólica: “O Vento da Mudança” “A energia eólica é hoje uma “O ano de 2014 terminou com uma pelas recentes alterações climáti-

Potência instalada em Portugal em Maio de 2015

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cas que o nosso planeta tem vindo a sofrer, a energia eólica em harmonia com as restantes energias renováveis, podem ser um ponto-chave para a mitigação e para a solução deste recente problema, pois prevê-se que, a nível mundial, se a exploração energética renovável chegar aos 80%, a curva de CO2 (dióxido de carbo-

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no) comece a diminuir. Presentemente, os combustíveis fósseis possuem como consequências, não só a libertação de uma grande quantidade de gases e de materiais tóxicos para a saúde humana, como também o agravamento das alterações climáticas, graças ao aumento do efeito de estufa. Apesar das inúmeras vantagens que este tipo de energia nos fornece, uma moeda tem sempre duas faces, não sendo esta excepção. A energia eólica, como qualquer outro sistema de produção eléctrica, possui desvantagens e impactos ambientais como: os impactos paisagísticos, a poluição sonora e a perturbação que pode causar na fauna (particularmente nas aves e nos morcegos). Se analisarmos as desvantagens das opções mais tradicionais, como as dos combustíveis fósseis, podemos ver que muitas delas são permanentes e muito mais prejudiciais, não só para o ambiente, mas também para todos os seres humanos. Bernardo Filipe, Filipe Mendes, João Martins, Manuel Alfaiate, , Yeven , 10ºF

Suplemento p. 3

INVESTIGAR / APRENDER / DIVULGAR

potência instalada eólica de 4 953 MW (megawatts), o que representa 42% de toda a potência instalada em Portugal”, palavras da engenheira Susana Serôdio, e, para o futuro, prevê-se a implementação de mais 700MW. Em 2020, estima-se uma potência eólica instalada offshore (no mar) de aproximadamente 27 MW, Susana Serôdio, Engenheira da que resulta de um programa de exintitulado Associação Portuguesa de Ener- pansão “Windfloat”. Este gias Renováveis, APREN projeto está a ser Segundo as palavras de Su- desenvolvido pela sana Serôdio, Engenheira da Asso- EDP Inovação e baciação Portuguesa de Energias seia-se na impleRenováveis, em declarações ao mentação de turbijornal Olhar(es), “atualmente a nas eólicas no mar. energia eólica é uma das energias O primeiro protótipo primárias em Portugal, o que possi- foi montado na costa bilita a redução do uso de combus- portuguesa, na Agutíveis fósseis no nosso país”. Na çadoura, na Póvoa atualidade, com os avanços tecno- do Varzim. lógicos que o ramo da energia eóliNa nossa regica sofreu, este tipo de aproveitaão, a zona oeste, mento está a tornar-se cada vez mais particularmente mais competitivo no mercado, graa Lourinhã, a energia eólica está a ças ao facto de este tipo de enerser cada vez mais explorada graças gia ser um dos menos dispendioàs condições únicas, ambientais que sos para implementar e manter, a nossa área pode oferecer, como o mesmo se o compararmos com as recurso contínuo ao vento sem granenergias fósseis mais utilizadas. des perturbações, devido à proximiCom o aumento da potência dade da costa, à aproximação de das turbinas e das torres eólicas, grandes áreas urbanas e das cargas esta energia, em conjunto com a (injecção de energia na rede), reduenergia hídrica, já abastece entre zindo o custo de investimento nas 50% a 60% da energia nacional redes, tornando este aproveitamento com estimativa para 2030 de um num dos mais procurados nesta zoaumento para 80% graças ao com- na. Atualmente, a Lourinhã possui promisso para o crescimento ver- dois parques eólicos que, em conjunde, estando cada vez mais a tornar to, possuem 18 aerogeradores e proo nosso país autónomo e indepen- duzem um total de 36 MW. dente em relação ao mercado inSe analisarmos este aproveitamento ternacional das energias fósseis.

fonte indispensável do mix elétrico nacional, a qual, em coordenação com as outras fontes, representa uma capacidade significativa do abastecimento nacional”


Erosão costeira: o que acontecerá a Portugal nos próximos 50/60 anos? Ultimamente, os sistemas dunares têm sofrido graves alterações, em grande parte, devido à erosão costeira. Estamos face a um grande problema: há falta de areia ao longo da nossa costa.

REPORTAGENS

José Antunes do Carmo, Professor na Universidade de Coimbra, afirmou que “como nos rios fizeram extrações ou fizeram barragens, a areia não chega ao mar, portanto, aquilo que devia ser uma alimentação natural das praias e das dunas, hoje em dia, já é difícil porque não há areia suficiente para alimentar as praias e as dunas”. Uma das zonas mais afetadas pela erosão costeira é a zona de Espinho, entre Aveiro e Porto, pois é uma zona de forte ondulação, favorecendo assim este fenómeno. Hoje em dia, este problema constitui um risco para as populações do litoral. O especialista ainda acrescentou que “é algo que se está a sentir desde o século passado, devido às construções em zonas fluviais, às represas dos rios, construção de pontes e devido a obras que foram feitas ao longo da costa”. Os molhes são um dos exemplos de obras de defesa

costeira que têm contribuído para o aumento da erosão a sul, porque mantêm as areias a norte da obra, impedindo assim que a nossa corrente transporte as areias de norte para sul. “Aquilo que está previsto é que haja um aumento exponencial dos efeitos da erosão, com maior incidência nos próximos 50/60 anos. Em meados do século, vai ser realmente mais importante o impacto das alterações climáti-

As alterações climáticas também têm contribuído negativamente para a erosão costeira. A erosão costeira afetará não só o nosso país a nível económico e social, mas também a nível ambiental. Devido às alterações climáticas, haverá um aumento da temperatura que se traduzirá no degelo das calotes polares e consecutivamente no aumento do nível do mar. Assim, a água do mar vai aquecer, o nível médio das águas do mar vai subir e o poder energético das ondas vai aumentar, o que provocará ainda mais erosões. Por outro lado, como o nível das águas do mar será mais alto, a água salgada entrará pelos estuários e pelos rios, contaminando assim as zonas de água doce. Também trará consequências

Trafaria – S. João da Caparica, Almada PAPVL 2012/2015

Fonte:

cas”, explica o especialista. Em vários pontos ao longo da nossa costa, como é o caso da Costa da Caparica, ocorrem alimentações artificiais anualmente, ou seja, compensar com mais areia aquela que tem sido retirada. Porém, constitui uma grande despesa para o nosso país, pois é um processo caro que tem que ser repetido todos os anos. Quanto à alimentação artificial, o especialista propõe uma “solução mista”, ou seja, “algumas obras são necessárias para evitar o avanço do mar mas há outras que vão permitir que a erosão seja contida através justamente da alimentação artificial de areias”. A zona costeira contribui com 85% para o PIB nacional, sendo o maior contribuinte, graças a atividades como o turismo. Se este problema se agravar, iremos perder costa, o que terá como consequências o desaparecimento das praias, das dunas e das proteções naturais. Por sua vez, se estas não forem compensadas, será inundada parte da zona costeira.

Foz do Ancora, Caminha Fonte: PAPVL 2012/2015

negativas para as águas subterrâneas, pois “pode haver contaminação dos aquíferos com a água salgada”, se esta se infiltrar no subsolo da zona costeira, o que “vai deteriorar a qualidade da água”. Para além de prejudicar a qualidade da água, também irá prejudicar os ecossistemas naturais. Por exemplo, se as zonas húmidas com água doce forem inundadas com água salgada, o ecossistema deixará de existir, pois deixará de ter as características que tinha até então, afetando os seres vivos que o habitam. Audrey Tschiffeli, 10ºF, Carlota Pina, Dayane Mouta e Madalena Carvalho, 10ºD

Praia de Quarteira, Loulé. Fonte: PAPVL 2012/2015

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TÉNIS

O grupo-equipa de Ténis do desporto escolar do Agrupamento de Escolas da Lourinhã é destinado a todos os alunos que apreciem a modalidade e gostem de praticar exercício físico independentemente da sua idade, género ou nível de jogo. É um grupoequipa aberto a todos e em que todos têm um lugar importante, já que o mais importante é competir com um bom espírito desportivo, emoção, fair-play e claro muita diversão. Até ao momento, já participámos em cinco convívios competitivos em que, para além do Agrupamento de Escolas da Lourinhã, participaram também a Escola Básica de Ribamar, o Agru-

DESPORTO ESCOLAR pamento de Escolas do Cadaval, a Escola Básica D. João II e a Escola Secundária Raúl Proença. Ainda nos falta participar no último convívio que se realizará no próximo dia 4 de junho, nas Caldas da Rainha, destinado aos escalões Infantis A e B. Entretanto, já arrecadamos quatro lugares no pódio, a saber: Juvenis Femininos – Carlota Pina 10ºD – 3º Lugar; Juniores Femininos – Margarida Santos 12ºF – 3º Lugar; Juniores Masculinos – Rudi Martins 10ºH – 1º Lugar; Juniores Masculinos – Marlon Kessler 10ºH – 2º Lugar. Se quiseres experimentar, já sabes que,

até ao final do ano letivo vamos continuar a treinar todas as terças e sextas, das 14h30 às 16h00, nos campos de ténis da Lourinhã, junto ao estádio. Aparece! Até lá, bons batimentos!!! Prof. Fernando Oliveira

VOLEIBOL No passado dia 13 de maio, realizou-se a Final do Campeonato de Voleibol Feminino do Desporto Escolar. A final decorreu na nossa Escola e contou com a participação das equipas das Esc. Sec. D. Inês de Castro, Rafael Bordalo Pinheiro e José Saramago, sendo que todas elas sem exceção demonstraram uma enorme qualidade de jogo e fair-play.

Como não poderia deixar de ser, a equipa da Lourinhã subiu ao 1º lugar do pódio através da sua enorme perseverança e frieza face à pressão desta finalíssima. Os jogos contaram com a presença de inúmeros alunos, bem como de funcionários e docentes. A posterior entrega das medalhas foi realizada pelo Sr. Diretor e por dois Encarregados de Educação presentes no momento do jogo. Deixamos desde já o apelo ao apoio para a Final do Campeonato de Voleibol Masculino do Desporto Escolar, que decorrerá dia 3 de Junho na Escola

Secundária José Saramago em Mafra. Esperamos que corra tão bem aos rapazes como correu às raparigas.

Força,

ES!! Prof.ª Carla Umbelino

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