Boletim Epidemiologia setembro 2015 Nº 21

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boletim Epi

HOSPITAL DE CLÍNICAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

lógico HC-UFPR Informativo do SEPIH, SCIH e Hospital Sentinela do HC-UFPR jullho a setembro de 2015 - nº20

Revisitando Meningites Análise dos casos no Hospital de Clínicas e indicação de vacinas Página 2

Prevenindo Sobre análise de causa raiz: mais uma nova ferramenta para a melhoria continua da segurança do paciente Página 12

Eventos Outubro Rosa. Página 17

Sob controle Ações relativas ao atendimento de pacientes portadores de bactérias multirresistentes no complexo do Hospital De Clínicas/UFPR Página 7

Panorama atual da Rede Estadual de VEH Estado do Paraná

Acompanhe a vigilância na página 16


Como a celularidade do líquor ajuda no diagnóstico etiológico Quando se trabalha em um Núcleo de Epidemiologia dentro de um grande hospital, como o Complexo Hospital de Clínicas (CHC), é prática quase diária lidar com as meningites. Dentre os agravos de notificação compulsória, as meningites possuem grande importância. Primeiro devido à alta letalidade, incluindo em crianças menores de 1 ano, segundo devido ao temor de surto e terceiro devido à possibilidade de profilaxia oportuna na meningite meningocócica e por Haemophilus influenzae.

Revisitando Meningites Análise dos casos no Hospital de Clínicas e indicação de vacinas Quando se trabalha em um Núcleo de Epidemiologia importância do conhecimento epidemiológico local. Não dentro de um grande hospital, como o Complexo Hos- basta ter dados, se esses não forem avaliados, estudados, Líquor alterado pital de Clínicas (CHC), é prática quase diária lidar com as esmiuçados e discutidos para melhorar o conhecimento O que quando detecta um compulsólíquor alterado?do EmNúcleo muitas ocasiões, diretos são meningites. Dentre osfazer agravos desenotificação e de todaosaexames comunidade hospitalar. “Meninginegativos e não se tem um diagnóstico etiológico no início do quadro. Aí vem a importância do ria, as meningites possuem grande importância. Primeiro te neutrofílica! É bacteriana!” É mesmo? Qual a probabiliconhecimento epidemiológico local. Não basta ter dados, se esses não forem avaliados, devido à alta letalidade, incluindo em crianças menores dade de ser? Qual a probabilidade de não ser? O mesmo estudados, esmiuçados e discutidos para melhorar o conhecimento do Núcleo e de toda a de 1 ano, segundo devido ao temor de surto e terceiro de- vale para meningites linfocíticas e aquelas que ficam em comunidade hospitalar. “Meningite neutrofílica! É bacteriana!” É mesmo? Qual a vido à possibilidade de profilaxia oportuna na meningite cima do muro. Esses dados são de suma importância para probabilidade de ser? Qual a probabilidade de não ser? O mesmo vale para meningites meningocócicalinfocíticas e por Haemophilus influenzae. clínico. para e aquelas que ficam em cima do muro.complementar Esses dados são o deraciocínio suma importância Os dados apresentados a seguir são referentes a casos de complementar o raciocínio clínico. Líquor alterado 2010 até junho de 2015 e totalizam 504 casos de meninOs dados apresentados seguiralterado? são referentes até 8 junho depor 2015mês e totalizam O que fazer quando se detecta um alíquor Em a casos gite. de São2010 quase casos ou praticamente 2 casos 504 casos de meningite. São quase 8 casos por mês ou praticamente 2 casos por semana. muitas ocasiões, os exames diretos são negativos, sem por semana. um diagnósticográfico etiológico no início do quadro. Aí vem a 1 Meningites notificadas (n=504)

gráfico 1

120 100 80 60 40 20 0 2010

2011

2012

2013

2014

2015 *

Agentes etiológicos

* estimativa baseada na média de casos até a metade do ano

* estimativa baseada na média de casos até a metade do ano

O gráfico 2 apresenta todas as causas etiológicas, que variam desde uma meningite Agentes etiológicosinflamatória pós-procedimento neurocirúrgico mento até uma meningite até umaneurocirúrgico meningite meningocócica. Abaixo a meningocóciO gráfico 2 apresenta todas etiológica as causas que ca. Abaixo a classificação etiológica das meningites noticlassificação dasetiológicas, meningites notificadas.

variam desde uma meningite inflamatória pós-procedi- ficadas. gráfico 2

gráfico 2

Etiologia 250 200 150 100 50 0

2

http://www.hc.ufpr.br/?q=content/epidemiologia-hospitalar Abaixo um quadro explicativo as diferentes de meningite: Boletim Epidemiológico HC- UFPR - julho sobre a setembro de 2015formas


Abaixo um quadro explicativo sobre as diferentes formas de meningite: quadro 1 Tipo de meningite Asséptica

Outra etiologia Não especificada Outras bactérias

Definição

Exemplos

Enterovírus; Herpes Caxumba; Sarampo

Causa viral ou provavelmente viral

Outra etiologia definida Sem definição etiológica Outras bactérias que não Haemophilus sp, pneumococo e meningococo. Geralmente associadas a infecções hospitalares

vírus;

Criptococo; Cisticercose

S. aureus; Estafilococo não produtor de coagulase; Streptococcus sp

Portanto, a principal etiologia das meningites no a meningite tuberculosa, porém em 40% desse CHC desde 2010 são as meningites assépticas. tipo de meningite não há imunossupressão. Dentre os vírus isolados (n=51), os enterovírus As meningites bacterianas, representadas pelo são a maioria, seguido pelo Herpes simples e var- Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis icela zoster. As meningites por outras bactérias (meningococo) e Streptococcus pneumoniae incluem os casos de meningite associadas a de- (pneumococo) são a causa de 8,7% das meninrivações ou pós procedimento cirúrgico. O princi- gites no CHC e quase metade dos casos ocorrem pal agente etiológico é o S. aureus, porém outros em crianças até 5 anos. germes hospitalares possuem representatividade importante. Em relação às meningites de outra Diferencial de celularidade no líquor etiologia, o principal representante é o Crypto- A maioria das meningites possui predomínio de coccus neoformans, agente importante no pa- linfócitos (68%), enquanto 1/3 são neutrofílicos ciente imunossuprimido, principalmente comnoalíquor (gráfico 3). Diferencial de celularidade Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA). A maioria dasimportante meningites para possui predomínio de linfócitos (68%), enquanto 1/3 são A SIDA também é fator de risco neutrofílicos (gráfico 3).

gráfico 3

gráfico 3

Faixa neutrófilos <25%

entre 25 e 50% 0%

entre 50 e 75%

>75%

20% 12% 61%

7%

Dentre tantas possíveis causas é difícil avaliar a etiologia baseado na citologia do líquor. Uma análisecausas estratificada ajuda nessa ainterpretação. Dentre tantas possíveis é difícil avaliar análise estratificada ajuda nessa interpretação.

etiologia baseado na citologia do líquor. Uma gráfico 4

3

Etiologia de acordo com faixa de neutrófilos Boletim Epidemiológico HC- UFPR - julho a setembro de 2015 80%

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Dentre tantas possíveis causas é difícil avaliar a etiologia baseado na citologia do líquor. Uma análise estratificada ajuda nessa interpretação.

gráfico 4 gráfico 4

Etiologia de acordo com faixa de neutrófilos 80%

meningite bacteriana (Haemophilus sp; meningococo; pneumococo) meningite asséptica

70% 60% 50%

meningite de outra etiologia

40%

meningite não especificada

30% 20%

meningite por outras bactérias

10%

meningite tuberculosa

0%

>75%

(n=100)

entre 50 e 75% (n=59)

entre 25 e 50%

<25%

(n=36)

(n=296)

No gráfico 4, fica evidente a curva descendente das meningites por outras bactérias e No gráfico 4, fica evidente a curva descendente facilmente identificáveis. Quando se ascendente das meningites assépticas na medidafatores em queesses se reduz a quantidade de neutrófilos. das meningites por outras ascendente exclui essa condição é possível verifiPorém, quase que a bactérias totalidadeedas meningites por outras bactérias são (gráfico infecções5) hospitalares, das meningites assépticas na medida em que se car a predominância das meningites bacterianas relacionadas à derivação ou a procedimentos neurocirúrgicos, fatores esses facilmente reduz a quantidade de neutrófilos. Porém, quase (>50%) nas amostras com contagem de neutrófiidentificáveis. Quando se exclui essa condição (gráfico 5) é possível verificar a predominância que a totalidade das meningites por outras bac- los acima de 75% e uma queda progressiva de sua dasinfecções meningiteshospitalares, bacterianas (>50%) nas amostras com contagem de neutrófilos acima de 75% térias são relacionadas à representatividade nas outras faixas maise baixas também uma queda progressiva de sua representatividade derivação ou a com procedimentos neurocirúrgicos, de neutrófilos. nas outras faixas mais baixas de neutrófilos. gráfico 5 gráfico 5

Etiologia de acordo com faixa de neutrófilos (excluído etiologia "outras bactérias")

80%

meningite bacteriana (Haemophilus sp; meningococo; pneumococo) meningite asséptica

70% 60% 50% 40%

meningite de outra etiologia

30% meningite não especificada

20% 10%

meningite tuberculosa

0%

>75%

(n=30)

entre 50 e 75% entre 25 e 50% (n=21)

<25%

(n=272)

(n=22)

Atençãográfico deve6 ser dada à meningite por tuber- neutrofílica (excluindo as “meningites por outras culose, que apesar de predominar na faixa lin- bactérias”, associadas à infecção hospitalar) focítica, é a terceira principal causa de meningites meningite -bacterianas gráfico 6. (meningococo; pneumococo; Haemophilus)

(n=44)

menor de 1a

entre 1 e 5a

entre 5 e 18a

entre 18 e 50a

maior de 50a

9% 30%

4

26% Boletim Epidemiológico HC- UFPR - julho a setembro de 2015

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meningite tuberculosa

0%

>75%

gráfico 6

(n=30)

entre 50 e 75% entre 25 e 50% (n=21)

(n=22)

<25%

(n=272)

gráfico 6

meningites bacterianas

(meningococo; pneumococo; Haemophilus)

(n=44)

menor de 1a

entre 1 e 5a

entre 5 e 18a

entre 18 e 50a

maior de 50a

9% 30% 26%

16%

19%

meningite meningocócica (n=27)

pneumococo (n=15)

15% 37%

20%

27%

menor de 1a entre 1 e 5a

entre 1 e 5a

7%

entre 5 e 18a

30%

menor de 1a

0%

entre 18 e 50a

18%

46%

entre 5 e 18a entre 18 e 50a maior de 50a

Meningites bacterianas Meningites bacterianas Em relação às meningites bacterianas (gráfico 7), a maioria dos casos se concentra em menores de 1 ano. Quando se estratifica a etiologia, é possível verificar a diferença entre menigococo, que afeta crianças até 5 anos em 56% dos casos, do pneumococo, que predomina em adultos e idosos (73% dos casos). Dos 27 casos de doença meningicócica, apenas 22% foram sorotipados e desses a maioria é do sorogrupo B.

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Os principais sintomas nas meningites bacterianas são febre, vômito, cefaleia e petéquias. A presença de petéquias, ou sufusões hemorrágicas é altamente específica de doença meningocócica, estando indicada profilaxia nessa situação mesmo numa meningite sem confirmação etiológica de meningococo.

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Os principais sintomas nas meningites bacterianas são febre, vômito, cefaleia e petéquias. A presença de petéquias, ou sufusões hemorrágicas é altamente específica de doença meningocócica, estando indicada profilaxia nessa situação mesmo numa meningite sem gráfico 7confirmação etiológica de meningococo.

Sintomas

(meningococo; pneumococo; Haemophilus)

100% 80% 60% 40% 20% 0% cefaléia

febre

vômito

convulsão

rigidez nuca

kernig

coma

petéquias

Considerações Considerações melhor a realidade local de um hospital terciário, O Complexo Hospital de Clínicas é referência em pediatria, procedimentos neurocirúrgicos, O Complexo Hospital de Clínicas é referência em com suas semelhanças e diferenças em relação hematologia, infectologia e possui unidade de terapia intensiva. Isso faz com que o espectro pediatria, procedimentos neurocirúrgicos, hema- às outras instituições. O conhecimento epidemidas meningites seja bastante amplo. Porém, frente a um líquor alterado, com o conhecimento tologia, infectologia e possui unidade de terapia ológico local dá subsídio para o raciocínio clínico de alguns dados diferencialdas da citologia faixa etária, é possível prever a etiologia intensiva. Isso faz comclínicos, que o espectro men- eepermite a tomada de decisões com maior precom certa precisão. Com esse estudo, passamos a entender melhor a realidade local de um ingites seja bastante amplo. Porém, frente a um cisão e segurança. suas semelhanças e diferenças em relação às outras instituições. O líquor hospital alterado,terciário, com o com conhecimento de alguns epidemiológico local dá subsídio dados conhecimento clínicos, diferencial da citologia e faixa para o raciocínio clínico e permite a tomada de etária, decisões é possível a etiologia com certa com prever maior precisão e segurança. precisão. Com esse estudo, passamos a entender

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SEPIH - Serviço de Epidemiologia do HC-UFPR (41) 3360.1003 - (41)3360.1035 epidemiohcufpr@gmail.com Chefe do Serviço: enfª Adeli R. P. de Medeiros; médicos: Bernardo Montesanti Machado de Almeida, Célia R. T. Pinto; enfª: Fabiana C. de S. Ávila Farias; tec. enf.: Cristina G. B. Batista e Lili A. Gonçalves; enfª coord. Registro Hospitalar de Câncer: Rosa Helena S. Souza; reg. das notificações de câncer: Mônica K. Fernandes; tec. em gestão pública: Juçara M. de Oliveira. Boletim Epidemiológico HC- UFPR - julho a setembro de 2015

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Ações relativas ao atendimento de pacientes portadores de bactérias multirresistentes no complexo do Hospital De Clínicas/UFPR Entre as ações globais da OMS está a divulgação de estratégias para conter a resistência microbiana. Este tema tem mobilizado os órgãos de Saúde Pública, assim como as Instituições de Saúde, uma vez que, quanto maior a incidência de pacientes portadores de bactérias multirresistentes (BMR) maior a incidência de infecções, com consequente aumento de custos assistenciais. Assim, o manejo de pacientes portadores de BMR e o uso racional de antimicrobianos estão entre as principais ações para prevenção de infecções hospitalares. O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Complexo do Hospital de Clinicas (CHC)/UFPR, tem trabalhado ao longo dos anos no gerenciamento de pacientes portadores de BMR, com o objetivo de prevenir a transmissão cruzada destes germes e, consequentemente, diminuir a incidência de infecções. Além disto, o SCIH tem por objetivo reduzir gastos com aventais de contágio e

luvas de procedimento, bem como o tempo dispendido pela equipe de assistência com paramentação e desparamentação, além do gasto e tempo necessários para a desinfecção ambiental. Entre as medidas propostas está a adoção de Medidas de Precaução de Contato para BMR. No CHC/UFPR (ver placas na próxima página), pacientes portadores de Staphylococcus aureus resistente a oxacilina (MRSA) e enterobactérias produtoras de beta lactamase de espectro estendido (ESBL) permanecem em Precauções de Contato no leito (placa amarela). Pacientes com as demais BMR devem permanecer em quarto único (placa vermelha) e, pacientes vindos de outros Serviços com fatores de risco para BMR, permanecem em Precauções Preventivas no leito (placa rosa).

7 http://www.hc.ufpr.br/?q=content/epidemiologia-hospitalar Boletim Epidemiológico Em HC2015 12 UFPR de maio -dejulho 2015, a foi setembro implementado ode alerta de bactéria multirresistente


Em 12 de maio de 2015, foi implementado o alerta de bactéria multirresistente (BMR) no Sistema de Informação Hospitalar (SIH). Desta forma, a planilha de pacientes portadores de BMR, que estava disponível na Intranet do CHC/UFPR foi desativada. Com este novo alerta, a informação chega muito mais rapidamente às Equipes Assistenciais, uma vez que o próprio Laboratório de Bacteriologia informa este resultado diretamente no SIH. Anteriormente este resultado era informado ao SCIH que repassava às respectivas equipes.

- Somente pacientes do Transplante de Medula Óssea (TMO), da Quimioterapia de Ato Risco (QT-AR), das Unidades Pediátricas, da UTI-Neonatal e seus respectivos ambulatórios continuam em Precauções de Contato para ESBL. - Recém-nato da UTI-Neonatal portador de ESBL quando transferido para o Alojamento Conjunto, deverá permanecer em Precauções de Contato.

- Pacientes portadores de outras bactérias multirresistentes (MRSA, VRE, A. baumannii MR, Pseudomonas aerugiDesta forma, atualmente o gerenciamento de pacientes nosa MR e enterobactérias produtoras de KPC) deverão portadores de BMR é feito com base no alerta de BMR do continuar sendo atendidos em Precauções de Contato, SIH, no formulário de notificação de BMR que é anexado conforme rotina já estabelecida. ao prontuário e na etiqueta de notificação de BMR: Atenção “Obrigatório Precauções de Contato”, que é colocada Sob a perspectiva de Segurança do Paciente, o paciente nos envelopes do prontuário do paciente. e seus familiares/cuidadores participam ativamente no processo do cuidado, ou seja, o cuidado está centrado no O SCIH orienta que, sempre que for substituído algum paciente com a sua participação ativa. Com vistas a atenenvelope de prontuários que contém a etiqueta de BMR: der esta nova demanda, o SCIH elaborou o Folder“BactéAtenção “Obrigatório Precauções de Contato”, sejam soli- rias Multirresistentes (BMR) Orientações para pacientes, citadas novas etiquetas diretamente ao SCIH e que estas familiares, acompanhantes e visitantes”, que será disponisejam colocadas nos respectivos envelopes. Todos os en- bilizado aos pacientes portadores de BMR. velopes do prontuário deverão conter a referida etiqueta. Em 08 de Julho de 2015 foram definidas novas condutas relativas aos pacientes portadores de ESBL para o CHC/ UFPR:

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A prevenção e o controle de transmissão cruzada de bactérias multirresistentes acontece, prioritariamente, pela higienização de mãos, pela higienização do ambiente e pela adesão as Precauções de Contato (avental de contágio e luvas de procedimento), sendo que a prevenção para o desenvolvimento de resistência bacteriana acontece pelo uso adequado de antimicrobianos.

http://www.cdc.gov/hicpac/pdf/isolation/Isolation2007. pdf http://www.cdc.gov/hicpac/pdf/guidelines/MDROGuideline2006.pdf

http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs194/en/ http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/90975/1/ Para maiores informações relativas ao gerenciamento de WHO_HSE_PED_2013.10358_eng.pdf bactérias multirresistentes sugerimos os links abaixo: http://www.who.int/features/2013/amr_conserving_ http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/SVS/ medicines/en/ Eventos/22Fev2011/Resolucao_SESA_0674_2010.pdf SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO, 09 DE SETEMBRO http://por tal.anvisa.gov.br/wps/wcm/con- DE 2015. nect/ea4d4c004f4ec3b98925d9d785749fbd/ Microsoft+Word+-+NOTA+T%C3%89CNICA+ENTEROB ACTERIAS+17+04+2013(1).pdf?MOD=AJPERES http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/b659c20 04f8f0958835ff79a71dcc661/Comunica%C3%A7%C3% A3o+de+Risco+n+1+2013+sobre+NDM-1%5B1%5D. pdf?MOD=AJPERES

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Equipe SCIH - Serviço de Controle Infecção do HC (41) 3360 18 42 scih@hc.ufpr.br Farmacêutica: Izelândia Veroneze. Médicos: Célia Inês Burgardt e Hugo Manuel Paz Morales. Enfermeiras: Christiane J. Niebel Stier, Christiane Natal Souza Niszcak, Cristiane Cristoff, Janislei Giseli Dorociaki, Maria Cristina Paganini, Karin Lohmann Bragagnolo e Maria Edutania S. Castro. Boletim Epidemiológico HC- UFPR - julho a setembro de 2015 http://www.hc.ufpr.br/?q=content/epidemiologia-hospitalar


Errata - Segurança do paciente: desafios relacionados à terapêutica medicamentosa Segue abaixo o gráfico que demonstra as unidades que o gráfico publicado no boletim Epidemiológico 19 edimais notificaram no primeiro semestre de 2014, bem ção, foi publicado com gráficos incorretos. como, os incidentes mais notificados. Esclarecemos que Unidades/serviços notificadores UUEA UHHO UFH UAMB UNIMULT UMRN UCC UNICLIN UCIR UCP UNIPED UND UAD UNIR UNP UHH UNORL UAB UINF UIE SCIH UNOFT UCF UAP Serviço de Voluntários Ouvidoria Central de Agendamento

Total de eventos notificados pela unidade 311 219

TOTAL DE INCIDENTES POR UNIDADE Janeiro à Junho/2014 350

168 94 90 52 50 42 38 32 32 26 17 10 10 8 6 4 2 2 2 1 0 0

311

300 250

219

200 150 100

168 94 90 52 50

50

42 38 32 32 26 17 10 10 8 6 4 2 2 2

0

0 0 0

Tipo de evento Processo/procedimento clínico Medicação/fluidos endovenosos Administração clínica Documentação

Total

Comportamento da equipe

85

Dispositivo/insumo/equipa mento médico Recursos/gestão organizacional Sangue/hemodrivados Dieta/alimentação Infraestrutura/Instalações Acidente do paciente Comportamento do paciente Outros Acidente da Equipe

INCIDENTES POR CLASSIFICAÇÃO Processo/procedimento 1º Semestre - 2014

302 226 137 128

64 64 62 31 24 21 14 0 0

2.1% 1.8% 2.7% 5.4%

1.2%

clínico Medicação/fluidos endovenosos Administração clínica

26.1%

5.5% 5.5%

Documentação Comportamento da equipe Dispositivo/insumo/equipam ento médico Recursos/gestão organizacional Sangue/hemodrivados

7.3%

Dieta/alimentação

19.5%

11.1% 11.8%

Infraestrutura/Instalações Acidente do paciente

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Sobre análise de causa raiz: mais uma nova ferramenta para a melhoria contínua da segurança do paciente O Programa de Segurança do Paciente estabelecido no CHC-UFPR, a partir de março de 2010, encontra-se embasado nos conceitos da “Estrutura Conceitual da Classificação Internacional sobre Segurança do Paciente” - ICPS – Organização Mundial da Saúde, 2009; na portaria N° 529 de 1° de abril de 2013, do Ministério da Saúde do Brasil e na RDC N° 36 de 25 de julho de 2013 da ANVISA. O modelo adotado no hospital estabelece o uso de metodologia de REUNIÃO DE ANÁLISE DE CAUSA RAIZ, que busca compreender os “porquês” das falhas até que se esgotem as respostas, ou seja, as causas raízes ou condições latentes que fragilizam o processo assistencial. Esta metodologia é aplicada quando os incidentes resultam em grau de dano ao paciente grave, óbito ou aqueles que apresentam risco de desfecho catastrófico, caso atinjam o paciente, conforme classificação da OMS. O objetivo da reunião com as pessoas que diretamente atenderam o paciente ou participaram do processo que gerou o incidente é descobrir o que aconteceu, porque aconteceu e o que será feito para que a fragilidade do processo seja corrigida ou minimizada ao máximo, de modo que o incidente não se repita, ou seja, proteger o futuro. São utilizadas as ferramentas da qualidade: linha do tempo, diagrama de Ishikawa e plano de ação 5W2H.

da percepção de fragilidades sistêmicas de segurança do paciente pela equipe do hospital, como no caso de altas por evasão e a partir de informações das Comissões Técnicas do hospital, como a Comissão de Revisão de Óbitos. Ao início de cada reunião, coordenada pela equipe da gestão da qualidade do hospital, é esclarecido o seu caráter educativo e não punitivo, confidencial, construtivo, participativo e elucidativo. Também são informados os objetivos de: levantamento dos fatores contribuintes para a ocorrência do incidente com o paciente, que envolvem o ambiente de trabalho, o próprio paciente, a equipe assistencial, as questões organizacionais, ou mesmo o ambiente externo ao hospital; a aplicação da ICPS para classificar o incidente; a avaliação das consequências ao paciente e a necessidade de construir o plano de ação, definindo as responsabilidades de cada um com a sua execução. Em 2014 foram 29 reuniões de análise de causa raiz, porém, em uma reunião concluiu-se que não houve evento adverso, porque o desfecho para o paciente foi uma complicação rara, inerente ao tratamento indicado e o atendimento a todas as situações foi realizado de maneira adequada.

Foram realizadas no ano de 2014 um total de 32 reuniões As fontes de informação para detecção de incidentes de- de análise causa raiz, sendo que 4 eram de casos relativos finidos com necessidade de análise de causa raiz, são as a 2013. notificações confidenciais encaminhadas à Assessoria de Gestão da Qualidade - AGQ-HC, representações de pa- Sobre análise de causa raiz: mais uma nova ferramenta cientes ou familiares junto a Ouvidoria do hospital, aná- para a melhoria continua da segurança do paciente. lises de Relatórios de Resumo de Alta por Óbito, a partir

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Sobre análise de causa raiz: mais uma nova ferramenta para a melhoria continua da

segurança do paciente.

Sobre análise de causa raiz: maisReuniões uma nova para a melhoria continua da de ferramenta ACR

segurança do paciente. Fonte de notificação

Quantidade ACR de ACR Notificação confidencial Reuniões de 25 de reuniões SobreFonte análise de causa raiz: mais uma nova ferramenta para a melhoria continua da de notificação Quantidade incidente segurança do paciente. Notificação confidencial Representação na ouvidoria de 25 02reuniões reuniõesde deACR ACR de ACR incidente Avaliação do resumo de alta Reuniões e 05 reuniões de ACR Fonte dedo notificação Representação na ouvidoria 02 Quantidade reuniões de ACR prontuário pacientes Notificação confidencial reuniões ACR Avaliação do resumo de alta e de05 25 reuniões de de ACR incidente prontuário do pacientes Representação na ouvidoria 02 reuniões de ACR Profissionais Quantidade Avaliação do resumo de alta e 05 reuniões de ACR Enfermeiros 72 prontuário do pacientes Profissionais Quantidade Médicos 61* (10 residentes)

Enfermeiros 72 Auxiliares de Enfermagem 21 Médicos 61* Administradores 12 (10 residentes) Profissionais Quantidade Auxiliares de Enfermagem 21 Bioquímicos farmacêuticos 10 Enfermeiros 72 Administradores 12 Tecnólogos em Gestão Pública 6 Médicos 61* (10 residentes) Bioquímicos 10 Técnicos defarmacêuticos Enfermagem 2 Auxiliares de Enfermagem Tecnólogos emlaboratório Gestão Pública 62 21 Técnicos em Administradores Técnicos de Enfermagem 22 12 Fisioterapeutas Bioquímicos farmacêuticos Técnicos em laboratório 22 10 Engenheiros Tecnólogos em Gestão Pública Fisioterapeutas 21 6 Técnico em eletrônica Técnicos de Enfermagem Engenheiros 21 2 Psicólogo Técnicos em laboratório Técnico em eletrônica 11 2 Pedagogo Fisioterapeutas Psicólogo 11 2 Tecnólogo em assuntos educacionais Engenheiros Pedagogo 1 2 Técnico em assuntos eletrônica Tecnólogo em 1 1 Baseados na ICPS da OMS,educacionais classificamos os incidentes como: Psicólogo 1 Porcentagem Tipo de incidente Pedagogo 1 Baseados na ICPS da OMS, classificamos os incidentes como: Processo/procedimento clínico 64,28% Tecnólogo em 1 Porcentagem Comportamento doassuntos paciente educacionais 10,71% Tipo de incidente Administração clínica 7,14% Processo/procedimento clínico 64,28% Recursos/gestão organizacional 7,14% Comportamento do paciente Baseados na ICPS da OMS, classificamos os incidentes como: 10,71% Medicação/fluidos endovenosos 3,57% Administração clínica 7,14% Tipo de incidente Porcentagem Acidente do paciente 3,57% Recursos/gestão organizacional 7,14% Processo/procedimento clínico 64,28% Infraestrutura/instalações 3,57% Medicação/fluidos endovenosos 3,57% Comportamento do paciente 10,71% Dispositivos/equipamentos médicos 3,57% Acidente do paciente 3,57% Administração clínica 7,14% Infraestrutura/instalações 3,57% Recursos/gestão organizacional 7,14% Dispositivos/equipamentos médicos Conclui-se que as reuniões de Análise de Causa Raiz constituem3,57% importante ferramenta para Medicação/fluidos endovenosos 3,57% conhecimento daAcidente realidadedoinstitucional, geram os incidentes de paciente em especial das condições latentes que 3,57% Conclui-se que as reuniões de Análise de Causa Raiz constituem importante ferramenta para Infraestrutura/instalações 3,57% as segurança ao paciente. Observa-se o amadurecimento das equipes que coordenam reuniões e dos conhecimento da realidade institucional, em especialpodem das condições que3,57% geram incidentes de Dispositivos/equipamentos médicos participantes, que compreendendo o processo, contribuirlatentes fortemente para aosdescoberta das segurança ao paciente. Observa-se o amadurecimento das que coordenam as reuniões e dos causas raízes, o que oportuniza a elaboração de planos deequipes ação coerentes e possibilita a melhoria dos queao aspaciente. reuniões de Análisepodem de Causa Raiz constituem ferramentadas para participantes, compreendendo o processo, contribuir fortemente importante para a descoberta processos Conclui-se de que assistência conhecimento institucional, em de especial latentes que geramaos incidentes causas raízes, o da querealidade oportuniza a elaboração planosdas de condições ação coerentes e possibilita melhoria dos de segurança ao Marilise paciente.ao Observa-se o amadurecimento equipes que da coordenam as reuniões Otilia e dos processos depor: assistência paciente. Elaborado Borges Brandão (Médica), Denisedas Jorge Munhoz Rocha (Enfermeira), participantes, queSilva compreendendo processo, podem contribuir para a- Assessoria descoberta de das Beatriz Maciel da (Enfermeira), oGerson Soares de Lara Júniorfortemente (Administrador) causasdaraízes, o quedoBorges oportuniza adoelaboração planos Jorge ação coerentes e possibilita a melhoria Elaborado por: Marilise Brandão (Médica), Denise Munhoz da Rocha (Enfermeira), Otiliados Gestão Qualidade Complexo Hospital dedeClínicas -de UFPR. processos assistência ao paciente.Gerson Soares de Lara Júnior (Administrador) - Assessoria de Beatriz Macieldeda Silva (Enfermeira), Gestão Qualidade do Complexo do Hospital de Clínicas - UFPR. Curitibada09/09/2015 Elaborado por: Marilise Borges Brandão (Médica), Denise Jorge Munhoz da Rocha (Enfermeira), Otilia Beatriz Maciel da Silva (Enfermeira), Gerson Soares de Lara Júnior (Administrador) - Assessoria de Curitiba 09/09/2015 Gestão da Qualidade do Complexo do Hospital de Clínicas - UFPR.

Conclui-se que as reuniões de Análise de Causa Raiz constituem importante ferramenta para conhecimento da realidade institucional, em especial das condições latentes que geram os incidentes de segurança ao paciente. Observa-se o amadurecimento das equipes que coordenam as reuniõesCuritiba e dos 09/09/2015 participantes, que compreendendo o processo, podem contribuir fortemente para a descoberta das causas raízes, o que oportuniza a elaboração de planos de ação coerentes e possibilita a melhoria dos processos de assistência ao paciente.

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Elaborado por: Marilise Borges Brandão (Médica), Denise Jorge Munhoz da Rocha (Enfermeira), Otilia Beatriz Maciel da Silva (Enfermeira), Gerson Soares de Lara Júnior (Administrador) - Assessoria de Gestão da Qualidade do Complexo do Hospital de Clínicas - UFPR.

Boletim Epidemiológico HC- UFPR - julho a setembro de 2015

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Alerta

Vacinas para meningite. Quais e quando? Vacinas para meningite. Quais e quando?

As vacinas são fundamentais dentre as estratégias em dúvidas sobre as indicações e momentos de aplicação de saúde pública, pois são altamente custo-efetivas, com novas vacinas. Vamos revisar o calendário vacinal de acorenorme impacto na redução de morbimortalidade de do com os principais órgãos e sociedades. Dentre as estratégias de saúde pública, as vacinas se colocam como umas das mais algumas doença, inclusive com potencial de cessar a custo-efetivas, com enorme impacto na redução de morbimortalidade de algumas circulação de outras como a varíola. Há vacinas que são Portanto, antes de definir sobre quais vacinas indicar, é e inclusive com potencial de cessar a circulação de outras como a varíola por contempladas pelodoenças sistema público de saúde, disponíveis importante avaliar comorbidades, situação epidemiolóexemplo. Há vacinas que são contempladas pelo sistema público de saúde, disponíveis para toda população, outras disponíveis para populações gica local e condições econômicas (no caso de vacinas para toda população, outras disponíveis para populações mais vulneráveis como mais vulneráveis como portadores de doenças crônicas. somente disponíveis na rede privada) para racionalização portadores de doenças crônicas. Outras são disponíveis na rede privada incluindo Outras estão disponíveis na rede privada, incluindo a da decisão nos diferentes contextos. algumas novastipo opções como para nova vacina para meningococo B. É comum havera vacina para meningococo tipo B. Nesses momentos é comum haver dúvidas sobre as indicações e momentos de aplicação. Vamos revisar o calendário vacinal de acordo com os principais órgãos e sociedades.

INDICAÇÃO VACINA BCG Hepatite B DTP/DTPa dT/dTpa Hib VIP/VOP Pneumocócica conjugada Meningicócica C e ACWY conjugadas Meningocócica B recombinante

SBP

SBIM

PNI

Ao nascer 0, 2m, 4m, 6m 2m, 4m, 6m, 15m, 4-6a 14-16a

Ao nascer 0, 2m, 6m 2m, 4m, 6m, 15-18m, 5a

Ao nascer 0, 2m, 4m, 6m 2m, 4m, 6m, 15m, 4a

A cada 7-10a

A cada 10a

2m, 4m, 6m, 15-18m 2m, 4m, 6m, 15-18m, 4-5a 2m, 4m, 6m, 12-15m 3m, 5m, 12-15m, 5-6a 3m, 5m, 7m, 12-15m 2 ou 3 doses

2m, 4m, 6m, 15m, 4a 2m, 4m, 6m, 15m, 4-6a 2m, 4m, 6m, 12m

(repete a cada 10 anos)

2m, 4m, 6m, 15m 2m, 4m, 6m, 15m, 4-6a 2m, 4m, 6m, 12-15m 2m, 4m, 6m, 12-15m, 4-6a, 11a 3m, 5m, 7m, 12-15m

Rotavírus

2m, 4m, 6m

Influenza

6m, 7m

SCR/varicela/SCRV Hepatite A

12m, 15m 12m, 18m

Febre Amarela

A partir de 9m

HPV

A partir de 9a

(depende do fabricante)

3m, 5m, 15m 2m, 4m

antes de 9a - 2 doses avaliar recomendações específicas após 9a – dose anual 12m, 15-18m 15m 12m, 18m 12m A partir de 9m A partir de 9m Após, a cada 10a Após, a cada 10a (para áreas onde há recomendação)

(para áreas onde há recomendação)

a partir de 9a (0, 1-2m, 6m)

Entre 11 e 13 anos (3 doses)

SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria SBI – Sociedade Brasileira de Imunizações PNI – Programa Nacional de Imunização

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Para maiores detalhes, é necessário avaliar as observações disponíveis pelos sites dos

Para maiores detalhes, é necessário avaliar as ob- meningo B são encontradas em clínicas privadas. respectivos órgãos (endereço abaixo). Há opções de vacinas que são compostas de servações disponíveis pelos sites dos respectivos A vacina para meningo B está aprovada para criassociações, como a pentavalente, que possui em sua constituição a DTP, Hib e órgãos (endereço abaixo). Há opções de vacinas anças a partir de 2 meses e adultos até 50 anos. hepatite B. que são compostas de associações, como a pen- Após a introdução da vacina para meningo C no tavalente, que em sua constituição DTP, PNI, aamenigo B passou a ser o principal agente Em possui relação às vacinas para meningite ameningocócica, única disponível no PNI é para Hib e hepatite B. etiológico emBmenores de 5 anos, meningococo tipo C. A ACWY e mais recentemente a meningo são encontradas em sendo responpor 60% dos casos em menores de 1 ano no clínicas privadas. A vacina para meningo B estásável aprovada para crianças a partir de 2 Em relação meses às vacinas para meningite meninBrasil. Abaixo as indicações das diferentes vacinas e adultos até 50 anos. Após a introdução da vacina para meningo C no PNI, a gocócica, a única é para meninpara meningococo acordo com a SBIM. menigodisponível B passou ano serPNI o principal agente etiológico em menores dede 5 anos, sendo gococo tiporesponsável C. A ACWY mais a de 1 ano no Brasil. Abaixo as indicações por e60% dos recentemente casos em menores das diferentes vacinas para meningococo de acordo com a SBIM. 3 meses: Meningocócica C conjugada e Meningocócica B; 5 meses: Meningocócica C conjugada e Meningocócica B; 7 meses: Meningocócica B; 12 a 15 meses: Meningocócica conjugada ACWY (ou Meningocócica C conjugada) e Meningocócica B. Portanto, antes de decidir sobre quais vacinas indicar, é importante avaliar as diferentes opções, comorbidades, situação epidemiológica local e disponibilidade de Portanto, antes decidirpara sobre quais vacinas Brasileira de Imunização (SBIM) recursode financieiro racionalização da decisãoSociedade nos diferentes contextos.

indicar, é importante avaliar as diferentes op- http://w w w.sbim.org.br/wp - content/up ções, comorbidades, situação epidemiológica lo- loads/2015/08/calend-sbim-crianca-0-10-anoscal e disponibilidade de recurso financieiro para 2015-16-150804b-spread.pdf Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) racionalização da decisão nos diferentes contextos. Programa Nacional de Imunização (PNI) http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-ohttp://portalsaude.saude.gov.br/index.php/oministerio/197-secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de-vacinacao Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM) http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/osecretaria-svs/13600-calendario-nacional-deministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197vacinacao http://www.sbim.org.br/wp-content/uploads/2015/08/calend-sbim-crianca-0-10secretaria-svs/13600-calendario-nacional-deanos-2015-16-150804b-spread.pdf vacinacao Programa Nacional de Imunização (PNI)

Panorama atual da Rede Estadual de VEH Estado do Paraná

http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-oministerio/197-secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de-vacinacao Dentre as estratégias de saúde pública, as vacinas se co- Outras são disponíveis na rede privada incluindo algumas

locam como umas das mais custo-efetivas, com enorme impacto na redução de morbimortalidade de algumas doenças e inclusive com potencial de cessar a circulação de outras como a varíola por exemplo. Há vacinas que são contempladas pelo sistema público de saúde, disponíveis para toda população, outras disponíveis para populações mais vulneráveis como portadores de doenças crônicas.

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novas opções como para a vacina para meningococo tipo B. Nesses momentos é comum haver dúvidas sobre as indicações e momentos de aplicação. Vamos revisar o calendário vacinal de acordo com os principais órgãos e sociedades.

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Eventos

Outubro Rosa

Outubro já é conhecido como o mês da luta contra o câncer de mama. Criado no início da década de 90 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, várias entidades no mundo integram as comemorações do Outubro Rosa, realizando ações de mobilização para o diagnóstico precoce da doença. Desde 2010 o governo brasileiro, por meio do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), passou a integrar essa mobilização.

Além de estarem atentas ao próprio corpo, também é recomendado que as mulheres entre 50 e 69 anos façam mamografia a cada dois anos. A mamografia pode ajudar a identificar o câncer antes de a pessoa ter sintomas. Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde Matéria competa: fonte: http://www. blog.saude.gov.br/entenda- o -sus/50226-outubro-rosa-informa-e -chama-atencao -para-o-cancer-de -mama

O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos, e representa cerca de 25% de todos os tipos de câncer diagnosticados nas mulheres. Este é câncer mais comum entre as brasileiras, com exceção do câncer de pele não melanoma. Para o Brasil, em 2015, são esperados 57.120 casos novos de câncer de mama, com um risco estimado de 56,09 casos a cada 100 mil mulheres. É impor tante que as mulheres, independentemente da idade, conheçam seu corpo para saber o que não é normal em suas mamas. Ao identificarem alterações suspeitas, devem procurar imediatamente um ser viço de saúde para avaliação profissional.

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Aconteceu

Profissionais de saúde são capacitados em Vigilância Epidemiológica Hospitalar

Fonte: SESA

os de vigilância epidemiológica de três hospitais da capital: Hospital de Clínicas, Evangélico e Pequeno Príncipe. Esse contato foi impor tante para que pudessem conhecer na prática os processos de trabalho desenvolvidos”, explica a coordenadora do depar tamento de Vigilância Epidemiológica Hospitalar da Secretaria de Estado da Saúde, Suzana Dal-Ri Moreira.

Cerca de 60 profissionais de oito Regionais de Saúde, 10 municípios e dos 19 hospitais estaduais par ticiparam nesta semana (3 a 7) do II Curso em Vigilância Epidemiológica Hospitalar oferecido pela Secretaria de Estado da Saúde. O objetivo do encontro foi atualizar as equipes de vigilância epidemiológica do Estado com relação às doenças transmissíveis e Veja a matéria completa no link: http:// os agravos de impor tância nacional e in- w w w. s a u d e. p r. g ov. b r / m o d u l e s / n o t i c i a s / ternacional. ar ticle.php?stor yid=4253&tit=Profissiona is- de -saude -sao - capacitados- em-Vigilan“Além da atualização conceitual, os pro- cia-Epidemiologica-Hospitalar fissionais puderam conhecer os núcle -

fonte:SESA

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Aconteceu

SEPIH recebe visita de núcleos hospitalares

A equipe do Núcleo de Epidemiologia do HC-UFPR apresentou as as rotinas em vigilância epidemiológica hospitalar desenvolvidas no HC, referência na área, graças ao pioneirismo da Dra Suzana Dal Ri que implantou e foi a responsável pelo serviço até o início deste ano. Na visita ressaltou-se a experiência com a vigilância epidemiológica em pacientes internados e ambulatórios, registros em bancos de dados, suporte a pesquisas realizadas na instituição, vigilância de nascidos vivos e através das declarações de óbito, bem como a importante interface do

HC UFPR com a Atenção Básica que o Serviço de Epidemiologia proporciona. Os núcleos hospitalares de epidemiologia, entre os quais o HC UFPR se insere, respondem por mais de 30% das notificações de doenças, agravos e eventos de interesse epidemiológico no Estado. A experiência dos profissionais que aqui estão têm motivado a formação de pessoas para a área, ao mesmo tempo em que tem colocado o nome do HC UFPR em destaque no cenário nacional.

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Agravos de Notificação Compulsória, 2015, no HC-UFPR Dados Referentes 2015 Nº Pessoas Fixas na Equipe do NHE Nº Pessoas Temporárias na Equipe do NHE Nº Pessoas Estagiários PET Vigilância Notificações e Investigações Acid. Animal Peçonhento Acid.Ttrabalho com Exposição Mat. Biologico Atendimento Anti-Rábico Botulismo Cisticercose Coqueluche Dengue Dermatose Ocupacionais Doenças Exantemáticas Doenças Priônica

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Jullho

Agosto

Setembro

9

9

9

9

9

9

9

9

9

1

1

1

1

1

1

1

1

1

8

8

8

8

0

0

0

0

0

Total/2014 Total

8 Total Óbitos

Casos

Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos 0 0 0 0 2 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0

2 8

5

0

5

1

0

0

0

13

0

1

0

5

0

3

0

3

0

1

0

0

0

27

0

29

0 0 0 1 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 1 1 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 5 1 1 0 0

0 0 0 1 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 1 0

0 0 0 1 0 0 0 0

0 0 0 2 0 2 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0

1 0 0 0 1 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 1 0

0 0 0 0 0 0 0 0

0 1 0 0 1 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0

1

0

1

0 9 4 3 2 0

0 2 0 0 0 0

2 31 5 7 4 2

Eventos Adversos pós Vacinação

2

0

1

0

1

0

0

0

2

0

0

0

0

0

0

0

1

0

7

0

3

Febre Amarela Hanseníase Hantavirose Hepatite Viral HIV/AIDS HIV/Criança Exposta HIV Gestante Intoxicação Exógena Leishmaniose Tegumentar Americana Leishmaniose Visceral LER/DORT Leptospirose Malária Meningites Meningocócicas Meningites Pneumocócicas Meningites Virais Meningites Bacterianas Meningites Outras Paralisia Flácida Aguda Paracoccidioidomicose Pneumoconiose Rotavirus Sífilis Congênita Sífilis Gestante Sífilis não Especificada Síndrome Respiratória Aguda Grave Tétano Acidental Toxoplasmose Gestante e Criança Exposta Tuberculose Varicela Violencia Doméstica, Sexual e/ou Outras Violências Total

0 0 0 14 13 5 5 2

0 0 0 2 5 0 0 1

0 1 0 13 14 14 3 8

0 0 0 3 3 0 0 0

0 1 1 13 19 11 11 3

0 0 0 1 6 0 0 0

0 0 1 6 12 8 4 4

0 0 0 4 6 0 0 0

0 0 0 9 10 12 4 1

0 0 0 2 4 0 0 0

0 0 0 10 7 12 9 2

0 0 0 2 1 0 0 0

1 0 0 27 18 3 3 7

0 0 0 3 2 0 0 0

0 1 0 18 18 7 4 5

0 0 0 3 3 0 0 0

0 0 0 12 9

0 0 0 2 2 0 0 1

1 3 2 122 120 72 46 37

0 0 0 22 32 0 0 2

1 8 1 157 134 72 53 19

3 5

1

0

1

0

1

0

1

0

0

0

0

0

0

0

2

0

1

0

7

0

7

0 0 3 0 0 0 3 3 2 0 0 0 0 7 3 12

0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0

0 0 3 0 0 0 4 4 0 1 0 0 0 0 1 11

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0

0 0 9 0 0 0 1 3 3 0 0 0 3 7 4 23

0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3

0 0 3 0 0 0 2 2 3 0 0 0 1 2 4 11

0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1

0 0 1 0 0 1 5 2 2 1 0 0 0 5 2 16

0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2

0 0 1 0 0 1 2 0 1 0 0 0 0 3 2 13

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 4 0 0 0 0 3 1 0 1 0 0 2 2 19

0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2

0 0 2 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 3 1 10

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

0 1 2 0 1 1 2 1 0 1 0 0 0 9 12 14

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 1 28 0 1 3 20 18 13 3 2 0 4 38 31 129

0 0 1 0 0 0 0 2 4 0 1 1 0 0 0 9

1 2 24 1 2 2 27 29 21 4 3 1 7 49 74 116

16

6

21

3

29

3

23

1

46

3

37

3

29

1

34

1

19

3

254

24

282

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

1

4

0

2

0

5

0

6

0

4

0

6

0

2

0

0

0

0

0

29

0

36

4 2

3 0

5 1

3 0

9 2

2 0

5 1

2 0

6 0

1 1

3 0

1 1

6 2

2 0

4 4

0 0

2 1

0 0

44 13

14 2

61 27

46

0

39

0

42

0

39

0

41

0

28

0

37

0

44

0

24

0

340

0

149 19 Janeiro

147 14 Fevereiro

218 16 Março

147 17 Abril

176 15 Maio

144 8 Junho

173 11 Julho

162 Agosto

124 8 Setembro

1440 116 Total

485 1764 Total

Registro Hospitalar de Câncer ( RHC)

71

146

153

117

100

133

93

97

158

1068

1372

Investigação Pacientes Internados

405

359

403

328

381

361

386

341

325

3289

3966

Investigação Ambulatorial

37

42

43

39

51

41

110

25

58

446

290

Investigação Pronto-Atendimentos

25

46

46

29

63

42

24

53

43

371

821

Investigação de Óbito em Mulher em Idade Fértil (MIF) Investigação em Declaração de Óbito Morte Materna Óbitos Infantis (< 1 ano) Número de Internações Número de Atendimentos em Pronto-Atendimentos Nº publicações ou Divulgações de Dados Produzidos *ND não disponível *Aguarda dados da SMS

8

0

7

6

6

6

2

4

8

47

44

34

56

40

56

47

44

40

47

408

505

0 3 1214

0 4 1129

1 4 1448

0 4 1295

0 3 1351

0 4 1110

1 5 1005

0 1 1152

0 5 ND

3 33 9704

0 42 12024

2107

1916

2420

2307

2454

1998

2155

2403

ND

17760

27556

4

4

5

4

4

5

4

4

4

38

53

Expediente Redação: SEPIH-HC, SCIH, Hspital Sentinela e Secretaria Municipal da Saúde Curitiba | Revisão: SEPIH-UFPR | Projeto gráfico e edição: Evelyn T. Almeida


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