Boletim Epidemiologia

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boletim Epi

HOSPITAL DE CLÍNICAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

lógico HC-UFPR Informativo do SEPIH, SCIH e Hospital Sentinela do HC-UFPR julho de 2015 - nº19

Arboviroses Página 2

PREVENINDO Segurança do paciente: desafios relacionados à terapêutica medicamentosa. Página 4

Portarias & Notificações Conteúdo das notificações registradas pelo SEPIH-UFPR. Página 13

Sob controle 05 de Maio. Dia da Higiene das Mãos Página 6

SURTO DE CORONAVÍRUS ASSOCIADO AO MERS-CoV NA CORÉIA DO SUL

Acompanhe a vigilância na página 9


localização, podem ser transmitidos pelo Aedes aegypti (figura 1), preferencialmente em áreas urbanas, ou Aedes albopictus, preferencialmente em áreas rurais. A figura 1 mostra as regiões onde se localizam os mosquitos transmissores (figura 2). O Dengue ocorre em todas as regiões do país, enquanto que a Chikungunya possui casos autóctones na Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Roraima e Amapá (figura 5). O Zika vírus foi identificado na Bahia, estado em que possui circulação das três arboviroses. Não há vacinas para essas doenças e o tratamento baseia-se em hidratação e sintomáticos. A medida de prevenção mais importante se dá através do controle do vetor, que se reproduz em água parada. Apesar de ocorrer sobreposição nos sintomas clínicos, há algumas particularidades que podem ajudar na diferenciação (tabelas 1, 2, 3). A tabela 4 apresenta as diferenças entre as sintomatologias do Dengue e Chikungunya. O diagnóstico definitivo pode ser feito com PCR nas fases precoces de viremia ou sorologia após a primeira semana. O Paraná possui casos autóctones de Dengue e já notificou 52475 casos, sendo 12828 confirmados entre a semana 31/2014 e 16/2015. Os casos se concentram no oeste, norte e noroeste, que também são locais propícios para o desenvolvimento do mosquito devido ao clima (figura 3).

Arboviroses

Figura 1 - Aedes sp: mosquito transmissor de arboviroses

Novo contexto epidemiológico que estamos vivenciando no Brasil. Pela primeira vez ocorre co-circulação de três arbovírus com clínica e características de transmissão muito semelhantes, dificultando o diagnóstico diferencial. Estamos falando do vírus da Dengue (DENV), vírus Chikungunya (CHIKV) e Zika vírus (ZIKV). São da família flaviviridae, gênero flavivírus e são

transmitidas pela picada da fêmea do Aedes sp. Dependendo da localização, podem ser transmitidos pelo Aedes aegypti, preferencialmente em áreas urbanas, ou Aedes albopictus, preferencialmente em áreas rurais. A figura 1 mostra as regiões onde se localizam os mosquitos transmissores (figura 1).

Figura 2 – Distribuição do Aedes sp nas américas Figura 1– Distribuição do Aedes sp nas Américas

Aedes aegypti

Aedes albopictus

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abeça leve, erupção cutânea maculopapular, febre, mal-estar, diarreia, conjuntivite, e artralgia. Os sintomas são autolimitados, com duração de 3-6 dias

Tabela 2 – ZIKV

Tabela 1 - CHIKV Chikungunya

Tabela 3 - DENV Dengue

Tabela 3 - DENV

Zika

Dengue

Período de incubação - de 3 a 10 dias

Período incubação Período de incubação Período dor de incubação de 3 a 7leucopenia, dias tralgia, cefaleia, retro-orbitária, náuseas e/ou de vômitos, exantema, fenômenos hemorrágicos, de 3 a 6 dias de 3 a 10 dias (podendo variar de 1 a 12 dias) choque

Clínica –hepatomegalia mialgia, artralgia, cefaleia, Clínica - dor de cabeça postural leve, erupção Dor abdominal e contínua, vômitose persistentes, hipotensão e/ou lipotimia, Clínica intensa - febre alta, cefaleia, mialgia dor retro-orbitária, leucopenia, náucutânea maculopapular, febre, malartralgiasonolência (predominantemente nas diminuição da diurese, queda abrupta da temperatura, aumento as importantes, ou irritabilidade, seas e/ou vômitos, exantema, fenô-estar, diarreia, conjuntivite, e artralextremidades e nas grandes articulado hematócrito, queda abrupta das plaquetas e desconforto respiratório menos hemorrágicos, choque gia ções) e artrite

al é um achado importante pode anteceder o choque constitui um doscom principaisSinais sinaisdedealarme alarme- Dor abdominal Também é frequenteque a ocorrência de Os sintomasesão autolimitados, intensa e contínua, vômitos persisexantema maculopapular duração de 3-6 dias tentes, hipotensão postural e/ou 4 – diferençasclínicas clínicas entre DENV e CHIKV Tabela 4Tabela – diferenças entre DENV e CHIKV lipotimia, hepatomegalia dolorosa, hemorragias importantes, sonolência ou irritabilidade, diminuição da diurese, queda abrupta da temperatura, aumento do hematócrito, queda abrupta das plaquetas e desconforto respiratório A dor abdominal é um achado importante que pode anteceder o choque e constitui um dos principais sinais de alarme

Fonte: Tabela modificada a partir de Staples; Breiman; Power, 2009. *Frequência médica dos sintomas de estudos, onde as duas doenças foram diretamente comparadas entre pacientes que procuravam ajuda, +++ = 70%-100% dos pacientes;

desenvolvimento do Aedes sp no Paraná (período de 19/04 a 25/04/2015) Figura 4 – Risco climático para o desenvolvimento do Aedes sp no Paraná (período de 19/04 a 25/04/2015)

++ =40-69%; += 10%-39%; +/- = < 10%; 0%. Geralmente retor-orbital. Figura 4 –- =Risco climático para

Figura 3 - Distribuição dos casos de Dengue no Paraná

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Figura 3 - Distribuição dos casos dedos Dengue no Paraná Figura 3 - Distribuição casos de Dengue no Paraná

Figura 5 - Distribuição dos casos de Febre Chikungunya nas Am

5 - Distribuição casos de Chikungunya nas Américas ra 5 -Figura Distribuição dosdos casos deFebre Febre Chikungunya nas Américas

Figura 6 - Exemplo de exantema causado pelo Zika vírus

Figura 6 - Exemplo de exantema causado pelo Zika víru

Figura 6 - Exemplo de exantema causado pelo Zika vírus

3

SEPIH - Serviço de Epidemiologia do HC-UFPR (41) 3360.1003 - (41)3360.1035 epidemiohcufpr@gmail.com Chefe do Serviço: enfª Adeli R. P. de Medeiros; médicas: Bernardo Montesanti Machado de Almeida, Célia R. T. Pinto; enfª: Fabiana C. de S. Ávila Farias; tec. enf.: Cristina G. B. Batista e Lili A. Gonçalves; enfª coord. Registro Hospitalar de Câncer: Rosa Helena S. Souza; reg. das notificações de câncer: Mônica K. Fernandes; tec. em gestão pública: Juçara M. de Oliveira. http://www.hc.ufpr.br/?q=content/epidemiologia-hospitalar Boletim Epidemiológico HC- UFPR - julho de 2015


Segurança do paciente: desafios relacionados à terapêutica medicamentosa A problemática dos erros de medicação e do seu impacto é bem expressa desde a publicação do relatório To Err is human: building a safer health system, que indica a ocorrência de cerca de 7 mil mortes, em cada ano, nos Estados Unidos, como consequência de erros de medicação ocorridos em ambulatório ou nos hospitais (Kohn; Corrigan; Donaldson, 2000 aput Mendes; Sousa, 2014). Os processos de prescrição, dispensação e administração de medicamentos a pacientes são complexos e abrangem várias etapas que contemplam uma série de decisões e ações inter-relacionadas, envolvendo diferentes profissionais de saúde, tais como o médico, o farmacêutico, o técnico de farmácia, o enfermeiro e o técnico de enfermagem, e o próprio paciente. Vários estudos demonstram que, um ou mais erros ocorrem em 49% das práticas de preparação e administração de medicamentos endovenosos (Tromp, et al, 2009); os erros mais comuns foram a “inadequada diluição” durante a preparação do medicamento (15,66%) e a seleção errada do paciente na

fase da administração do medicamento (63,01%) (Paixão, et al, 2013). Estes tipos de erros demonstram falhas na utilização de mecanismos de segurança, como a falta de certificação da dose certa e a confirmação da identidade do paciente. As notificações dos incidentes que acometem a terapêutica medicamentosa são extremamente importantes, pois oportunizam a identificação do perfil epidemiológico da instituição de saúde, possíveis falhas e desvios dos processos e possibilitam o desenvolvimento de estratégias que procuram mitigar estes incidentes. No entanto, os pesquisadores da área de saúde pública têm demonstrado que apenas 10 a 20% dos incidentes são relatados, e, desses, 90 a 95% não causam qualquer dano aos pacientes (Griffin; Resar, 2009 aput Mendes; Sousa, 2014). No Complexo do Hospital de Clínicas, as notificações são estimuladas desde 2011, e já em 2012 as falhas relacionadas à medicações/fluídos endovenosos se apresentaram como o segundo incidente de maior prevalência (AGQ, 2012).

PERCENTUAL DE INCIDENTES CLASSIFICAÇÃO ICPS 2012

Administração/Procedimento Clínico Medicação/Fluidos Intravenosos

1%

1% 1% 2% 2%

31%

3%

Dispositivo/Insumo/Equipamento médico Documentação Comportamento da Equipe Aciedente do Paciente/Queda

6%

Dieta/Alimentação Recursos/Gestão Organizacional Comportamento do Paciente

15%

Sangue/Hemoderivados Infraestrutura/Instalações

17%

21%

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Em 2013 e até o primeiro semestre de 2014, identificou-se que Para este ano as principais metas do grupo consistem em alios incidentes relacionados à Medicações/fluídos endoveno- nhar os processos internos ao Protocolo do Ministério da SaúPERCENTUAL DE INCIDENTES CLASSIFICAÇÃO ICPS de sensibilização/capacitação sosos tornaram-se os mais prevalentes dentre os incidentes no- de, desenvolver campanha 2012 tificados. bre os diferentes desafios para a terapêutica medicamentosa PERCENTUAL DE INCIDENTES CLASSIFICAÇÃO ICPS segura e de qualidade. Administração/Procedimento Estes dados motivaram a criação de um Grupo2012 de Trabalho 1% 1% Clínico Medicação/Fluidos Intravenosos multidisciplinar que tem como objetivo avaliar1%o“Caminho do O envolvimento de equipes multidisciplinares revela-se parAdministração/Procedimento Dispositivo/Insumo/Equipamento 2% 1% 1% Medicamento”e os desafios para manter a qualidade em todo ticularmente importante no processo de gestão do risco relaClínico médico Medicação/Fluidos Intravenosos Documentação 2%1% o processo. cionado à utilização do medicamento para o desenvolvimen31% Dispositivo/Insumo/Equipamento Comportamento da Equipe 2% 3% médico to e implementação de procedimentos dirigidos à segurança Documentação Aciedente do Paciente/Queda 2% 31% Dentre as atividades realizadas por este grupo estão: do medicamento, bem Comportamento da Equipe Dieta/Alimentação como na sua monitorização, numa 6% 3% do Paciente/Queda • Estudo do Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Ad- perspectivaAciedente deRecursos/Gestão melhoria contínua (Mendes; Sousa, 2014). Organizacional Dieta/Alimentação 6% Comportamento do Paciente ministração de Medicamentos (Ministério da Saúde, 2013) e 15% Recursos/Gestão Organizacional Sangue/Hemoderivados alinhamento com as atividades realizadas no hospital; Admitir a possibilidade de ocorrência de erros de medicação Comportamento do Paciente Infraestrutura/Instalações 15%Controle de Psicotrópicos; • Implantação do formulário e fluxo em todas as fases do processo de utilização do medicamento Sangue/Hemoderivados • Normatização e manutenção dos carrinhos de emergência; é o primeiro passo a seguir pelos profissionais de saúde no caInfraestrutura/Instalações •Análise e retirada de medicamentos de sub17% – estoques. minho para a melhoria da segurança do paciente. 21%

17%

Otília B. M. Silva, Denise J. M. Rocha, Marilise B. Brandão e Gerson Soares Júnior

21%

(Núcleo Permanente da Assessoria de Gestão da Qualidade) CLASSIFICAÇÃO DOS INCIDENTES 2013 CLASSIFICAÇÃO DOS INCIDENTES 2013 1.4%

5.7% 3.4% 5.7%

1.8%1.4% 1.9% 1.8% 1.9% 2.2%

0.0%

PROC/PROC.CLÍNICO MEDICAÇÃO/FLUIDOS ADM.CLINICA PROC/PROC.CLÍNICO DOCUMENTAÇÃO ADM.CLINICA COMP.EQUIPE DOCUMENTAÇÃO

0.0%

DISP/EQUIPAM COMP.EQUIPE

20.5%

2.2%

OUTROS DISP/EQUIPAM RECURSOS ORGANIZ. OUTROS

20.5%

3.4%

SANGUE/HEMODER RECURSOS ORGANIZ.

7.3%

INFRA/INSTALAÇÕES SANGUE/HEMODER

7.3%

ACID.PCTE INFRA/INSTALAÇÕES

6.1%

DIETA/ALIM. ACID.PCTE

6.1%

20.2%

8.5%

20.2%

8.5%

10.2%

10.8%

CLASSIFICAÇÃO DOS INCIDENTES 1º Semestre - 2014 CLASSIFICAÇÃO DOS INCIDENTES 1º Semestre - 2014

1.4%

5.7% 5.7% 3.4%

1.4% 1.8% 1.9% 1.8%

ACID.EQUIPE COMPORT.PCTE ACID.EQUIPE

MEDICAÇÃO/FLUIDOS MEDICAÇÃO/FLUIDOS PROC/PROC.CLÍNICO PROC/PROC.CLÍNICO ADM.CLINICA

0.0%

ADM.CLINICA DOCUMENTAÇÃO

0.0%

DOCUMENTAÇÃO COMP.EQUIPE COMP.EQUIPE DISP/EQUIPAM

1.9% 2.2%

2.2%

3.4%

COMPORT.PCTE DIETA/ALIM.

10.2%

10.8%

20.5% 20.5%

DISP/EQUIPAM OUTROS OUTROS RECURSOS ORGANIZ. RECURSOS ORGANIZ. SANGUE/HEMODER

7.3% 7.3%

SANGUE/HEMODER INFRA/INSTALAÇÕES INFRA/INSTALAÇÕES ACID.PCTE

6.1% 6.1%

ACID.PCTE DIETA/ALIM.

20.2% 20.2%

8.5% 8.5%

5

MEDICAÇÃO/FLUIDOS

10.8% 10.8%

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DIETA/ALIM. COMPORT.PCTE COMPORT.PCTE ACID.EQUIPE ACID.EQUIPE

10.2% 10.2%

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05 de maio – Dia Mundial da Higiene de Mãos O dia 5 de maio foi definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como Dia Mundial da Higiene de Mãos para que os Serviços de Saúde possam desenvolver, localmente, ações que reforcem este procedimento. A Higiene de Mãos é considerada uma medida primordial para a Prevenção e Controle das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), promovendo a segurança de pacientes e profissionais dos serviços de saúde.

8. A incorporação de momentos específicos para a higiene de mãos no fluxo de trabalho dos profissionais de saúde faz com que seja mais fácil fazer a coisa certa a cada minuto, a cada hora e a cada dia;

Em 2015, o Programa “Salve Vidas: Higienize Suas Mãos”, da OMS, apoiado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), está completando 10 anos e ressalta 10 razões pelas quais você deve fazer parte dele:

9. A prevenção da infecção deve ser a principal preocupação a ser reforçada nos sistemas de saúde. A prática da higiene de mãos é fundamental em todas as intervenções, tais como, a inserção de um dispositivo invasivo, a manipulação de ferida cirúrgica ou a aplicação de uma injeção;

1. A higiene de mãos nos momentos certos pode salvar vidas;

10. Essa epidemia social já começou a se espalhar com a inicia2. A higiene de mãos em Serviços de Saúde já salvou milhões tiva “Salve Vidas: Higienize Suas Mãos”, uma campanha global de vidas nos últimos anos; de sucesso que promove as ações de higiene das mãos no ponto de assistência. 3. A higiene de mãos é um indicador da qualidade dos sistemas de saúde seguros; No Complexo do Hospital de Clínicas-UFPR (CHC-UFPR), o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), com o apoio da 4. Problemas relacionados aos cuidados de saúde, tais como Direção e da Assessoria de Marketing têm desenvolvido, ao as IRAS, que muitas vezes não são mencionados, mas, no en- longo dos anos, ações para comemorar o dia 05 de maio, com tanto, ainda ocorrem, consistem em desafios políticos e sociais objetivo de promover a Higiene de Mãos nos setores e unidaque devemos enfrentar agora; des assistenciais. 5. As IRAS podem ser evitadas por meio de uma correta higie- Em 2015, a Campanha no CHC-UFPR contou com a participane de mãos, sendo que danos aos pacientes e profissionais de ção do superintendente, das gerências, de médicos, de enfersaúde podem ser prevenidos com baixo custo; meiros, de técnicos em enfermagem entre outras categorias profissionais e também de professores, que foram fotografa6. O acesso à tecnologia capaz de salvar vidas está disponível! dos praticando a higiene de mãos, utilizando álcool 70%. As foO uso de preparações alcoólicas para a fricção antisséptica das tos juntamente com frases de impacto se transformaram em mãos pode impedir a ocorrência de IRAS e de milhões de mor- filme apresentado no hall dos elevadores do prédio central, tes a cada ano; entre 05 e 08 de Maio, e como carrossel no site do CHC-UFPR. 7. O tema higiene de mãos está cotidianamente presente na mídia, o que significa que consiste em um tópico importante devido às IRAS ou surtos de doenças graves e de alta mortalidade como o Ebola;

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Outra ação realizada foi a visita as unidades críticas com “A Trupe da Saúde” chamando os profissionais para a Higienização de Mãos, com entrega de adesivo“Higienizar as Mãos Salva Vidas”.

Ações alusivas ao dia 5 de maio são importantes para lembrar a todos da importância da higienização de mãos, entretanto estas isoladamente não são suficientes para garantir a segurança do paciente.

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Para saber mais sobre ações propostas pela OMS acesse os endereços abaixo: http://www.anvisa.gov.br http://www.who.int Fonte: Organização Mundial da Saúde MUITO MAIS PODE E DEVE SER FEITO POR CADA PROFISSIONAL DE SAÚDE: - Lembre seus colegas a respeito dos cinco momentos de higienização de mãos; - O USO DE ÁLCOOL 70% É ESTRATÉGIA FÁCIL, SEGURA E AO ALCANCE DE TODOS! - Oriente paciente, familiares, visitantes e acompanhantes sobre a correta higienização de mãos; - Busque estratégias para melhorar a adesão à Higiene de Mãos no seu Setor, incorporando-a em seu processo de trabalho.

O SCIH tem desenvolvido outras estratégias para sensibilizar as equipes visando aumentar a adesão à Higiene de Mãos, tais como: treinamentos, folders explicativos com a técnica correta, cartazes dos 5 momentos de Higiene de Mãos, auditoria das oportunidades de Higiene de Mãos nas UTI’s com feedback às equipes, auditoria da estrutura para Higiene de Mãos, para as ORÉM, QUEM VERDADEIRAMENTE adequações necessárias. TEM O PODER PARA FAZER A DIFERENÇA É VOCÊ QUE ESTÁ NA ASSISTÊNCIA DIRETA AO PACIENTE!

PORÉM, QUEM VERDADEIRAMENTE TEM O PODER PARA FAZER A DIFERENÇA É VOCÊCONTROLADOR QUE ESTÁ NA ASSISTÊNCIA DIRETA AO PACIENTE! SEJA UM VERDADEIRO DE INFECÇÃO! PREVINA INFECÇÕES POR MEIO DA HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS! PORÉM, QUEM VERDADEIRAMENTE TEM O PODER PARA FAZER A DIFERENÇA É VOCÊ

SEJA UM VERDADEIRO CONTROLADOR DE INFECÇÃO! QUE ESTÁ NA ASSISTÊNCIA DIRETA AO PACIENTE! PREVINA INFECÇÕES POR MEIO DA HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS!

8

Equipe SCIH - Serviço de Controle Infecção do HC CONTROLADOR (41) 3360 18 42 scih@hc..ufpr.br SEJA UM VERDADEIRO DE INFECÇÃO! Farmacêutica: Izelândia Veroneze. Médicos: Célia Inês Burgardt e Hugo Manuel Paz Morales. Enfermeiras: Christiane J. Niebel POR MEIO DA HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS! Stier, ChristianePREVINA Natal SouzaINFECÇÕES Niszcak, Cristiane Cristoff, Janislei Giseli Dorociaki, Maria Cristina Paganini, Karin Lohmann Bragagnolo e Maria Edutania S. Castro. Boletim Epidemiológico HC- UFPR - julho de 2015 http://www.hc.ufpr.br/?q=content/epidemiologia-hospitalar


- O QUE É O MERS-CoV? ALERTA - SURTO DE CORONAVÍRUS ASSOCIADO AO MERS-CoV NA CORÉIA MERS-CoV é a Síndrome Respiratória do Oriente médio, causado de coronavírus, identificado pela primeira vez em 2012 na Arábia Saudit - O QUE É O MERS-CoV? faz parte da família que podem causar desde MERS-CoV é aCoronaviridae, Síndrome Respiratória do Oriente médio,infecções causado ass po infecção respiratória alta até uma Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRA de coronavírus, identificado pela primeira vez em 2012 na Arábia Saudita.

Alerta

fazde parte da família Coronaviridae, queMERS-CoV podem causar infecções assint Surto Coronavírus Associado ao nadesde Coréria do Sul

- POR QUE ESSE VÍRUS IMPORTANTE? infecção respiratória altaÉ até uma Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) - O QUE É O MERS-CoV?O MERS-CoV está associado bia Saudita, Árabes Unidos, Iê - 85 a umaEmirados letalidade de 37%. Mais de MERS-CoV é a Síndrome Respiratória do men. Na África: Argélia e Tunísia. Na Euna um Arábia com 1227 França, casos confirmados e 449 ób POR QUE por ESSE VÍRUS É Saudita, IMPORTANTE? Oriente médio, -ocorreram causado tipo de ropa: Áustria, Alemanha, Grécia, notificados casos em 25 países 1 de e e2). Entre estã coronavírus, identificado pela primeira Itália, Turquia Inglaterra. O MERS-CoV estáoutros associado aHolanda, uma (figuras letalidade 37%. Maiseles de Na 85% vez em 2012 naocorreram Arábia Saudita. EsseSaudita, ví-Omã, Ásia: China, Coréia do Sul,Emirados Malásiae eÁrabes FilipiJordânia, Kuwait, Líbano, Catar, Arábia Saudita, Un na Arábia com 1227 casos confirmados 449 óbito rus faz par te da família Coronaviridae, nas. Na América do Nor te: Estados Unidos Na desde África: infecções Argéliaem eassinTunísia.da Europa: Áustria, notificados casos outros 25Na países (figuras 1 e França, 2). EntreAlemanha, eles estão G que podem causar América. Holanda, TurquiaLíbano, ealta Inglaterra. Na Ásia: China, Coréia do Sul,Árabes Malásia e Jordânia, Kuwait, Omã, Catar, Arábia Saudita, Emirados Unido tomáticas, infecção respiratória até uma Síndrome Na Respiratória Agudae Grave Na EmEuropa: 20 América. de maio deste ano ocorreu o pri-Gré América Norte: Estados Unidos da África:doArgélia Tunísia. Áustria, França, Alemanha, (SRAG). meiro caso da doença na Coréia do Sul Holanda, e Inglaterra. Na Ásia: China, Coréia caso do Sul, Malásiana e Fil EmTurquia 20 de maio deste eano ocorreu o primeiro da doença Co em menos de 30 dias já são 149 casos Norte: da casos América. em menos de 30 Estados dias já Unidos são 149 confirmados com 15deóbitos. - POR QUE ESSEAmérica VÍRUS É do IMPORTANTE? confirmados com 15 óbitos. Mais 2000 M O MERS-CoV pessoas está associado a uma le - ano pessoas que entraram emdacontato com Emque 20 de maio deste ocorreu o primeiro caso doença na Coréi entraram em contato com casos suspeitos ou confirmad talidade de 37%. Mais de 85% dos casos casos suspeitos ou confirmados estão em em menos deEstudos 30 diasestão já são casos confirmados com 15 óbitos. Mais quarentena. em149 andamento sobre a possibilidade de muta ocorreram na Arábia Saudita, com 1227 quarentena. Estudos estão em andamenpessoas que entraram em contato com casos suspeitosdeoumutação confirmados que pode conferir maior transmissibilidade. casos confirmados e 449 óbitos. Foram to sobre a possibilidade do quarentena. Estudos estão em andamento sobre a possibilidade de mutaçã notificados casos em outros 25 países (fi- vírus que pode conferir maior transmissiguras 1 e 2). Entre eles estão Egito, bilidade. que pode maior Irã, transmissibilidade. Figura 1 conferir Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Catar, AráFigura Figura 1 01

Figura 2 Figura 02

Figura 2

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- COMO É A TRANSMISSÃO DO MERS-CoV? Há duas vias de transmissão: 1) Animal-humano: A principal hipótese é que o MERS-CoV seja uma zoonose. Ainda não está definido o ciclo epidemiológico da doença. Estudos mostram a presença do vírus em dromedários na região do Oriente Médio, fazendo com que sejam as prováveis fontes de transmissão zoonótica nessa região. Porém é possível que existam outras fontes. 2) Inter-humano: Da mesma forma que outros vírus respiratórios, através de gotículas. Por tanto, é necessário contato próximo para ocorrer transmissão, já que gotículas não ficam em suspensão no ar. Porém, pode ocorrer de forma indireta, pois o vírus pode se manter no ambiente e em fômites. Por isso a impor tância da etiqueta respiratória e higienização das mãos. Os ser viços de saúde são espe cialmente impor tantes na transmissão da doença, tendo em vista que muitos casos possuem transmissão intra-hospitalar, incluindo casos em profissionais de saúde.

cazes, facilitando a disseminação globa.l - QUAIS SÃO OS SINTOMAS? Pode ocorrer desde infecção assintomática até SRAG com sepsis grave e disfunção orgânica. A média de idade é 49 anos e predomina em homens. É comum febre, tosse, coriza, mialgia e dispneia. Pode ocorrer também diarreia. Os fatores de risco para evolução grave são: idade avançada, imunossupressão e comorbidades como diabetes, câncer e pneumopatias crônicas. Devido a apresentação clínica inespecífica, principalmente no início do quadro, é de suma impor tância que o manejo seja iniciado a par tir da identificação da SRAG (ver abaixo). - PROFISSIONAIS DA SAÚDE ESTÃO EM RISCO? SIM! Há relatos de vários sur tos em profissionais de saúde no Oriente Médio e em outros países, provavelmente por falhas nas medidas de precaução dentro do ambiente hospitalar.

1) Precaução padrão - Deve ser implemen- HÁ POSSIBILIDADE DE CHEGAR NO BRA- tada para TODOS os pacientes através de SIL? higienização das mãos antes e depois de SIM! Tendo em vista a dinâmica de dis- contato com paciente e ambiente. seminação do vírus, já com casos notificados em 25 países, incluindo as Améri- 2) Precaução por gotículas - Deve ser imcas, além do novo sur to recente em uma plementada para TODOS os pacientes nova localidade (Coréia de Sul) com pos- com Síndrome Respiratória Aguda Grave sível adaptação do vírus com aumento na (SRAG) transmissibilidade, todos os países devem estar atentos e preparados para identifi- 3) Precauções de contato - Deve ser imcar e manejar casos de MERS-CoV. plementada para casos suspeitos de MERS-CoV O período de incubação varia de 2 a 14 dias (mediana de 5 dias), por tanto medi1) Precauções de contato  Deve ser implementada para casos suspeitos de das de controle em fronteiras não são efi-

MERS-CoV

SRAG = Síndrome Gripal + dispneia OU dessaturação OU desconforto respiratório Síndrome gripal = FEBRE + tosse OU dor de garganta - O QUE DEVE SER FEITO PARA EVITAR A TRANSMISSÃO DA DOENÇA? Primeiramente a alta suspeição. As formas graves se manifestam como uma SRAG. Por isso deve ser reforçado a identificação dessa Síndrome bem como otimizar a 10 de material respiratório (swab de oro e nasofaringe OU aspirado de nasofaringe coleta http://www.hc.ufpr.br/?q=content/epidemiologia-hospitalar Boletim Epidemiológico HC- UFPR - julho de 2015


1) Precauções de contato  Deve ser implementada para casos suspeitos de MERS-CoV - O QUE DEVE SER FEITO PARA EVITAR A ram para áreas onde há casos da doença TRANSMISSÃO DA DOENÇA? ou que tiveram contato com sintomáticos = SíndromeAsGripal + dispneia OU dessaturação OU desconforto Primeiramente aSRAG alta suspeição. formas respiratórios oriundos dessas regiões de graves se manifestam como uma SRAG. vem ser investigados quanto a possibilirespiratório Por isso deve ser reforçado a identifica- dade de MERS-CoV e acrescentar precauSíndrome gripal =aFEBRE tosse OU dor de garganta ção dessa Síndrome bem como otimizar ções +de contato. coleta de material respiratório (swab de oro e nasofaringe OU aspirado de naso- Com essas medidas implementadas, a - O QUE DEVE SER FEITO PARA EVITAR A TRANSMISSÃO DA DOENÇA? faringe OU aspirado traqueal OU lavado disseminação inter-hospitalar e em proPrimeiramente a alta suspeição. Asfissionais formas graves se manifestam comominiuma broncoalveolar). de saúde cer tamente será mizada. SRAG. Por isso deve ser reforçado a identificação dessa Síndrome bem como otimizar a Casos em respiratório pacientes que viajacoletadedeSRAG material (swab de oro e nasofaringe OU aspirado de nasofaringe

OU aspirado traqueal OU lavado broncoalveolar).

Para todos os casos de SRAG devem ser implementadas precauções por gotículas, ou seja, uso de máscara cirúrgica e isolamento ou coorte de casos suspeitos com distância de mais de 1 metro entre os leitos. Casos de SRAG em pacientes que viajaram para áreas onde há casos da doença Elaborado pelooriundos Serviço dedessas Epidemiologia Hospitalar ou que tiveram contato com sintomáticos respiratórios regiões devem (SEPIH) do Hospital de Clínicas ser investigados quanto a possibilidade de MERS-CoV e acrescentar precauções de contato. Com essas medidas implementadas, a disseminação inter-hospitalar e em profissionais de saúde certamente será minimizada.

Elaborado pelo Serviço de Epidemiologia Hospitalar (SEPIH) do Hospital de Clínicas

11 Boletim Epidemiológico HC- UFPR - julho de 2015

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Eventos >> 11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA Data: 28/07/2015 a 01/08/2015 Local: Goiânia, GO Informações http://www.saudecoletiva. org.br/inscricoes/index.php?consulta_ retornada=1#topo

>> I CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR DO ESTADO DO PARANÁ Data: 03 a 07/08/2015 Informações: vehpr@sesa.pr.gov.br

>> XIX CONGRESSO BRASILEIRO DE INFECTOLOGIA (Infecto2015) Data: 26 a 29/08/2015 Local: Gramado, RS Informações: http://www.infecto2015. com.br/

12 Boletim Epidemiológico HC- UFPR - julho de 2015

http://www.hc.ufpr.br/?q=content/epidemiologia-hospitalar


Agravos de Notificação Compulsória, 2015, no HC-UFPR Dados Referente 2015 Nº Pessoas Fixas na Equipe do NHE Nº Pessoas Temporárias na Equipe do NHE Nº Pessoas Estagiários PET Vigilância Nº Total de Notificações e Investigações Acid. Animal Peçonhento Acid.Ttrabalho com Exposição Mat. Biologico Atendimento Anti-Rábico Cisticercose Coqueluche Dengue Dermatose Ocupacionais Doenças Exantemáticas Doenças Priônica Eventos Adversos pós Vacinação Febre Amarela Hanseníase Hantavirose Hepatite Viral HIV/AIDS HIV/Criança Exposta HIV Gestante Intoxicação Exogena Leishmaniose Tegumentar Americana Leishmaniose Visceral LER/DORT Leptospirose Malária Meningites Meningocócicas Meningites Pneumocócicas Meningites Virais Meningites Bacterianas Meningites Outras Paralisia Flácida Aguda Paracoccidioidomicose Pneumoconiose Rotavirus Sífilis Congênita Sífilis Gestante Sífilis não Especificada Síndrome Respiratória Aguda Grave Tétano Acidental Toxoplasmose Gestante e Criança Exposta Tuberculose Varicela Violencia Doméstica, Sexual e/ou Outras Violências Total Registro de Casos do RHC Investigação Pacientes Internados Investigação Ambulatorial Investigação Pronto-Atendimentos Investigação em Declaração de Óbito Morte Materna Óbitos Infantis (< 1 ano) Número de Internações Número de Atendimentos em Pronto-Atendimentos Nº publicações ou Divulgações de Dados Produzidos *ND não disponível

Jan 9 1 8

Fev 9 1 8

Mar 9 1 8

Abr 9 1 8

Mai 9 1 0

Total/2015

Total/2014 8 2 8

0 1 0 0 1 0 0 0 0 2 0 0 0 14 15 5 5 2 1 0 0 5 0 0 0 3 3 2 0 0 0 0 7 7 12 16 0 4 7 1 46 159 71 405 37 25 44 0 3 1214 2107 4

0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 14 14 14 3 8 1 0 0 3 0 0 0 4 4 0 1 0 0 0 0 1 12 21 0 2 5 1 37 147 146 359 42 46 34 0 4 1129 1916 4

2 11 0 0 1 1 0 0 0 1 0 1 1 15 21 11 10 3 1 0 0 9 0 0 0 1 3 2 0 0 0 3 8 6 23 29 0 5 7 2 42 219 153 403 43 46 56 1 4 1448 2420 5

1 0 0 0 5 1 1 0 0 0 0 0 1 7 13 8 4 4 1 0 0 3 0 0 0 2 2 3 0 0 0 1 2 5 12 23 0 6 6 1 39 151 117 328 39 29 40 0 4 1295 2307 4

0 4 0 0 0 0 0 1 0 2 0 0 0 9 7 12 5 1 0 0 0 2 0 0 0 5 2 2 0 0 0 0 6 3 15 46 0 4 5 0 31 162 100 381 51 63 56 0 3 ND ND 4

3 16 0 0 7 2 1 1 0 6 0 2 2 59 70 50 27 18 4 0 0 22 0 0 0 15 14 9 1 0 0 4 23 22 74 135 0 21 30 5 195 838 587 1876 212 209 230 1 18 5086 8750 21

5 29 1 2 31 5 7 4 2 3 1 8 1 157 134 72 53 19 7 1 2 24 1 2 2 27 29 21 4 3 1 7 49 74 116 282 1 36 61 27 485 1764 1372 3966 290 821 505 0 42 12024 27556 53

Expediente Redação: SEPIH-HC, SCIH, Hspital Sentinela e Secretaria Municipal da Saúde Curitiba | Revisão: SEPIH-UFPR | Projeto gráfico e edição: Evelyn T. Almeida


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