Car Magazine #49

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CHEVROLET ONIX • FORD FUSION 2013 • HONDA CIVIC SI

HyUNDAI VELOSTER TURBO Agora com motor 1.6 de 184 cv

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EDIÇÃO Nº49 R$ 12,90

Preparado pela empresa italiana, ele chega aos 305 km/h








confira mais em www.carmagazine.com.br

Nesse mês O Salão do Automóvel de São Paulo deste ano deixou muitas lições. Primeiro, ficou bem claro que o parque do Anhembi, onde é realizada a exposição, ficou pequeno demais, não tem infraestrutura suficiente para receber mais expositores e não consegue oferecer um mínimo de conforto aos visitantes. Esta talvez tenha sido a razão de ter recebido 750 mil pessoas durante a mostra, número que cresceu um pouco em relação ao último Salão, mas bem abaixo da expectativa. E é fácil saber o porquê. Não existe transporte público eficiente e quem vai de carro é obrigado a ficar de três a quatro horas preso no congestionamento que se forma em volta do Anhembi e pagar R$ 30 por uma vaga de estacionamento que não existe. É bem possível que mantido o local de exposição para o ano de 2014, a frequência de visitantes seja ainda menor. Mas o Salão teve também seu lado positivo. Tornou-se definitivamente internacional tanto que diversos dirigentes da indústria automotiva de outros países, e até mesmo das matrizes das montadoras aqui instaladas vieram ver de perto o Salão brasileiro, corroborando assim sua importância no cenário mundial. Vimos também a aparição de novos importadores, sobretudo chineses, e até mesmo o anúncio oficial da BMW que irá montar uma fábrica no estado

Heymar Lopes Nunes Diretor de redação

de Santa Catarina. A matéria completa sobre o Salão de São Paulo você acompanha a partir da página 70. E nesta edição ainda tem muito mais. Tem a apresentação do Chevrolet Onix, o compacto que quer ser uma nova referência no segmento; o Hyundai I30 com pequena reestilização e a novidade do motor Flex; a nova geração do Ford Fusion que se tornou mais sofisticado e tecnológico, e uma aventura pelo deserto do Marrocos, no norte da África à bordo do ícone dos 4x4 de luxo, o Range Rover em sua versão top de linha. Mas não para por aí, você ainda verá a avaliação do Aston Martin V12 especialmente preparado pelo estúdio Zagato que será produzido em série limitada de 101 unidades e equipado com motor de 510 cv de potência. Logo a seguir, vem o comparativo exclusivo entre os hatches premium Audi A3 quattro, BMW 125i e o novo integrante do segmento, o totalmente novo Mercedes-Benz Classe A. E que tal aventurar-se pela montanhas do Himalia com um Mini Cooper Conversível? É realmente uma expedição única, arriscada mas que proporciona um visual incrivelmente especial. Realmente esta edição da sua CAR Magazine está maravilhosa.

Tenham uma boa leitura.



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NOVIDADES 18 I HYUnDai velozter tUrbo Ainda longe daqui, modelo recebe motor turbo de 184 cv de potência 24 I cHrYSler 300 c Nova geração do enorme 300 C tem forte influência italiana

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28 I HonDa civc Si Ele vai voltar ao Brasil, mais ainda vai demorar 20 I mitSUbiSHi lancer evolUtion x Modelo ganha série limitada Carbon Series 34 I liFeStYle As dicas para você presentear com elegância 36 I car aWarDS 2013 Conheça quem são os finalistas do mais importante prêmio da indústria automotiva brasileira

MATÉRIAS DE CAPA

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40 I cHevrolet onix O compacto da GM que quer se tornar a nova referência do segmento 46 I HYUnDai i30 Modelo foi reestilizado e passa a oferecer versão com motor 1.6 Flex 52 I ForD FUSion 2013 Segunda geração do sedã chega ainda mais requintado e tecnológico

70

60 I range rover vogUe 2013 O 4x4 de luxo enfrenta as areias do deserto do Marrocos sem qualquer dificuldade 70 I SalÃo Do aUtomÓvel De SÃo PaUlo A cobertura completa de tudo que aconteceu na edição deste ano do Salão do Automóvel de São Paulo 90 I aSton martin v12 Série limitada a 101 unidades é personalizada pelo estúdio Zagato. São 510 cv de muito emoção

106

98 I comParativo A nova geração do Mercedes-Benz Classe A enfrenta os apimentados Audi A3 e BMW 125i 106 I aventUra no Himalaia Dirigimos um Mini Cooper pelas montanhas do Himalaia, o topo do mundo 118 I giorgetto giUgiaro Entrevista exclusiva com o maior designer de todos os tempos 124 I SHoW De imagenS As mais belas fotos da temporada completa da Copa Linea

AUTo MARKET EdiToRA lTdA.

PUbliSHerS José Fernando bastos S. alves luiz Fernando chuairi Diretor De reDaÇÃo Heymar lopes nunes heymar@carmagazine.com.br Diretor aDJUnto luca bassani eDiÇÃo e traDUÇÃo alan magalhães Diretor De arte edgard Santos Jr. aSSiStenteS De arte Fabio S. De luca Jr. eric iwamoto tratamento De imagem andressa Silvério execUtivo De contaS SÊnior vicente Felicetti (vicente@carmagazine.com.br) execUtiva De contaS Kellany verardi (kellany@carmagazine.com.br) rePreSentante comercial rio de Janeiro e brasília Sucesso mídia (barroncas@sucessototal.com.br) gerente aDminiStrativo márcio magalhães de oliveira aSSiStente Financeira mary costa reis aSSiStente De ProDUÇÃo oelcio Francisco da Silva Filho atenDimento vanessa Pinheiro araújo conSUltoria marina de lima Draib JornaliSta reSPonSÁvel Heymar lopes nunes (mtb 19.245) aSSeSSoria JUrÍDica Queiroz lautenschläger advogados imPreSSÃo

DiStribUiÇÃo Fc comercial e Distribuidora S/a CAR Magazine é uma publicação mensal da Auto Market Editora ltda. reDaÇÃo e PUbliciDaDe Praça Dr.Sales Junior, 73 – 05451-160 São Paulo – SP – tel. (11) 3022 9490 car@carmagazine.com.br car internacional Editores internacionais: Simon greves e Henry rimmer aSSinatUraS tel. (11) 3038 1466 car@carmagazine.com.br

as opiniões e os artigos contidos nesta edição não expressam, necessariamente, a opinião dos editores. É proibida a reprodução em qualquer meio de comunicação das fotos e matérias publicadas sem a autorização do editor.

Sob licença da bauer consumer media limited, inglaterra



Primeiras imPressões

Finalmente teremos o sucessor do 205 GTi?

A Peugeot revelou o novo 208 GTi. Será que sua antiga fórmula dos hothatch ainda funciona?tim Pollard HOTHATCH ‘HOT’ MESMO

NOVA CARA

Motor 1.6 turbo compartilhado com o Mini: 197 cv, tração dianteira, 0 a 100 km/h em menos de 7,0 s, 145 g CO2/km

Novidade no GTi é a iluminação diurna em LED, grade quadriculada com efeito 3D e detalhes em preto brilhante

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erá Que eSte carro conseguirá ressuscitar a mística do 205 GTi? Esta é uma das perguntas sem resposta feitas no Salão de Paris, onde foi apresentado o 208 GTi. Este já é o modelo de produção, que teve pequenas mudanças em relação ao conceito mostrado no início do ano. Seu motor 1.6 l turbo – mesmo do Mini Cooper S – manda seus 197 cv para as rodas dianteiras e a Peugeot afi rma que o torque de 28 kgfm será capaz de levá-lo aos 100 km/h em menos de sete segundos. O que não faltou também pelos 12

corredores do salão foi céticos afi rmando que ele deverá ser apenas mais um hatch insosso que não faria falta. Mas os presságios não mostram isso: com 1.160 kg, ele está quase 100 kg mais leve que um Clio Renaultsport e suas molas e amortecedores foram recalibrados para garantir seu caráter esportivo. Não podemos nos esquecer de que ele vem dos mesmos caras que fabricam o Citroën DS3 Racing. Se a excelência do primo for transferida para ele, temos que reconhecer que o 208 GTi tem potencial suficiente para brigar forte no segmento.

carmagazine.com.br I NOVEMBRO 2012

ComPosiÇÃo 5% 15% 40% 40% PeuGeot 208 Gti 40% 208 40% Hothatch 15% 205 5% Herança

A carroceria do 208 é colocada sobre enormes rodas de 17 pol., grandes discos de freio ventilados e bitola 20 mm maior. Somos fãs de suas linhas limpas e esguias já vistas no modelo standard; o kit GTi deu ar de esportividade ao três portas. Os detalhes em vermelho estão espalhados por todos os cantos, na soleira, aerofólio traseiro e dianteiro, passando pelo emblema GTi na coluna C, detalhe herdado do 205, mas também pelas pinças de freio, cintos de segurança e... tudo o que você imaginar. É como uma volta a 1984. Tomara que ao volante a experiência também seja igual aquela.


O interior é bem espartano. Mas se quando você apertar o acelerador e sua cabeça colar no encosto, pouco importará seu painel

BASE SÓLIDA

Rodas 17 pol. e discos de 302 mm ventilados na frente e 249 mm atrás. Maravilhoso!

ESMAGADO

Altura do solo menor, a carroceria do 208 está 10 mm mais larga na frente e 20 mm na traseira

AGUARDAMOS ANSIOSOS!

À venda na Europa em maio de 2013 por R$ 62 mil. Versão ‘R’ esportiva do RCZ coupé também virá no ano que vem. Estaria a Peugeot resgatando sua esportividade?

Ponto De vista

Ele pode ajudar muito a Peugeot Os tempos são difíceis. Depois de várias tentativas não tão bem sucedidas, finalmente estamos diante de um ótimo hothatch Peugeot. O 106 Rallye, 205 GTi e 306 GTi-6 ainda estão vivos em nossa memória e sempre esperamos que algum sucessor reproduza suas sensações. Assim como a Ford e VW perceberam, um hatch esportivo pode oxigenar uma marca. Phil McNamara /// Editor

Detalhes em vermelho são para evocar as memórias dos anos 80, apesar de que deixam os mostradores estranhos

Pinças de freio vermelhas também. Será que a Peugeot pretende resgatar sua tradicional esportividade?

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Primeiras imPressões

Não é apenas um novo Golf

Ele pode ser parecido, mas é tudo novo por baixo. Por tim Pollard

34%

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ealmeNte gOStei do novo Golf”, escreveu Ian Callum, designer da Jaguar eu sua conta no Twitter. “O VW Golf Mk7 dará início a mais uma era”, afirmou Ben Pulman, da CAR. “As vendas anuais do Golf subirão dos 500 mil para quase 700 mil

até 2017”, resultou a pesquisa da IHS Automotive. Nesses tempos de informação instantânea, onde uma notícia é postada e minutos depois já foi acessada por milhões de pessoas, o novo Golf se transformou num sucesso viral, mesmo parecendo ser apenas mais do mesmo.

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leMbranças do Mk4? É na traseira que o novo Golf é mais ‘retrô’: Grande coluna C, linhas de caráter e tampa do tanque, tudo herdado do Golf 4ª geração

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ele CresCeu Espaço extra na frente e traseira. O novo Golf é 56 mm mais longo e 13 mm mais largo que o anterior. É também 28 mm mais baixo, aerodinâmica de 0,27 cx garante silêncio e eficiência

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estÁ Mais PrÁtiCo O Golf conta com 380 l de porta-malas, 30 l a mais que o modelo atual. Rebata o banco dianteiro e ganhe uma baia de 2.412 mm de comprimento. Dá para dormir ali.

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ComPosiÇÃo

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vW Golf Mk7 33% Herança 33% Evolução tecnológica 34% Mercado

Como seus críticos conseguirão desconstruir seu design conservador? A Volkswagen sabe disso e reconhece essa característica gerada desde o primeiro desenho feito por Giugiaro. Mark Lichte, designer do projeto, se esforça para mostrar evolução, por uma boa razão, pois a VW está investindo alto na nova plataforma MQB. Ele é barato para produzir, ganhará novas variantes, é 100 kg mais leve e trará freio de estacionamento automático, sensores de fadiga e de colisão, tudo o que a classe média cliente do Golf deseja.


Nem precisava do emblema Golf para identificar, concorda?

Traços do Vw Group. O interior segue a tendência dos carros da marca

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NÚMEROS DO GOLF O Golf continua sendo um dos mais populares carros de toda a história. Mais de 29 milhões foram montados desde 1974. Mais recordes são esperados para o Mk7

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Motores Escolha entre quatro opções: • 1.2 TSI 84 cv, 24 km/l, 113 g CO2/km • 1.4 TSI 138 cv, 24,5 km/l, 112g CO2/km • 1.6 TDI 104 cv, 31 km/l, 99g CO2/km • 2.0 TDI 148 cv, 29 km/l, 106 g CO2/km O 1.4 TSI passa de 4 para 2 cil. em baixas rotações para economia

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PeChinCha O novo Golf chegará às concessionárias europeias em janeiro. Os preços ainda não foram confirmados, mas devem começar em R$ 52 mil por lá nas versões três e quatro portas

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versÕes Gti, leves Apesar de estar maior, mais espaçoso e com mais equipamentos, o novo Golf está 100 kg mais leve que antes. Combinado com as opções de motor, a Vw promete 23% de melhoria na eficiência. O baixo peso ajudará a versão GTI de 217 cv, em maio de 2013 e o Golf R de 290 cv que virá depois, no final do ano

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Primeiras imagens

Fiat Uno Série Itália A Fiat expande o conceito da Série Especial Itália para o Novo Uno Vivace 4 portas

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série especial itália do Novo Uno Vivace é composta por vários itens desejados pelo cliente, que valorizam o carro, o deixam ainda mais confortável e com um visual diferenciado e exclusivo. O carro será caracterizado pelas novas rodas de liga leve aro 14’’ com pintura exclusiva, faróis com máscara negra, lanterna fumê, spoiler na tampa traseira, maçanetas e retrovisores externos na cor do veículo, anéis estéticos no para-choque dianteiro e sigla Uno com tema Itália, mais badge Itália aplicado na coluna C. Já o interior da Série Especial Itália tem moldura central do painel de instrumentos na cor preto brilhante, quadro de instrumentos com econômetro e contagiros, novo tecido exclusivo com bordado Itália nos bancos dianteiros, painéis de

porta revestidos parcialmente em tecido, volante bi-textura, detalhes internos na cor cinza, como os comandos do arcondicionado, e outros itens internos que oferecem mais praticidade e conforto aos clientes. Entre os equipamentos, os passageiros contam com arcondicionado, direção hidráulica, travas e vidros dianteiros elétricos, faróis de neblina, volante com regulagem de altura, pré-disposição para rádio, desembaçador, lavador e limpador do vidro traseiro, entre outros. Para deixar a Série Especial Itália ainda mais exclusiva, ela será disponibilizada apenas em cinco cores: Prata Bari, Preto Vesúvio, Vermelho Alpine, Branco Bachisa e Cinza Scandium.

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Vantagem da série especial é a maior quantidade de equipamentos por preço razoável



Primeiras impress천es

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Hyundai Veloster Turbo Ele é controverso, efervescente, lindo, sempre surpreende. Por: Ben Pulman

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exta-feira, 9:15 da manhã, muita gente aqui na CAR está atrasada para bater o ponto, inclusive eu. Mas não estou atrasado, o culpado disso é o Hyundai Veloster Turbo cinza fosco que acabo de estacionar lá fora. O editor-chefe – também atrasado passa rapidamente por mim, enquanto outro parceiro da redação, na mesma situação, para a meu lado e diz: “Aquele Hyundai é lindo, nunca vi uma pintura dessas desde que testei o Lamborghini Reventon”. Tim Pollard é o próximo, dando desculpas esfarrapadas, antes de fazer seu comentário sobre o Veloster: “Eles conseguiram de alguma forma entregar um caráter único e especial a esta bola disforme coreana. Ele tem muita atitude, transpira diversão em tom ameaçador. Pensem bem, quando foi a última vez que falamos isso de um Hyundai”? O próximo é Ben Whitworth, que em breve substituirá seu Mini Coupe em teste de longa quilometragem por este Veloster Turbo, cujas chaves ele acaba de levar. Na volta do estacionamento, aproveitamos para colocar sobre ele a culpa por nosso atraso. “Acho que os designers da Hyundai fizeram um excelente trabalho dando a ele uma dose extra de atitude. E aquela pintura fosca valoriza cada linha, cada detalhe de seu desenho, valorizando ainda mais seu nome”. O pessoal vai fazendo fila e agora é a vez de nossa produtora de

internet, Sarah-Jane Harrison que para na minha frente, não para discutirmos sobre algum material que estou devendo para ela ou para alguma sugestão sobre um concurso para os leitores. Ela vai direto ao assunto Veloster Turbo. É um carro bem impressionante. Gostamos do Veloster, até da sua versão ‘pelada’ Sport, mas ele não parece ter nascido para ser espartano. Diferente da grade fina abaixo do emblema frontal Hyundai, a versão Turbo ganhou uma grade enorme, estilo Audi, formando um conjunto dianteiro que enaltece a presença dos faróis, algo que lembra o Aston Martin One-77. O restante da dianteira é bem agressivo também, com um pequeno spoiler central na parte inferior e superfície côncava que acomoda os faróis de neblina. Olhando-o por um retrovisor, a iluminação diurna em LED dará a impressão de que você está sendo seguido por um Nissan GT-R. Na traseira seu olhar irá direto para as duas ponteiras centrais do escapamento, para as duas lanternas encaixadas em duas reentrâncias e ao novo difusor, que faz conjunto com o corte feito no para-choque traseiro. A traseira toda passa a impressão de rebaixar o carro. Há um emblema vermelho Turbo na lateral da tampa identificando o modelo, as rodas são de 18 pol. e a nova opção Cinza Fosco tem acabamento primoroso. Se quiser algo semelhante num BMW M3, 4

stuart collins

Ele ganhou uma grade enorme, estilo Audi. Olhando-o por um retrovisor, a iluminação diurna em LED dará a impressão de ser seguido por um Nissan GT-R

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Primeiras impressões

Detalhes exuberantes também no interior. O painel estilo Predador central, o enorme botão de partida e os descansa braço são lindos

Não se esqueça de trocar a marcha antes daquela faixa vermelha

Pensaram que a história do adesivo era brincadeira?

Os escapamentos centrais garantem esportividade na linda traseira

O emblema vermelho vai colado na tampa do porta-malas 20 carmagazine.com.br I NOVEMBRO 2012

O banco elétrico é muito alto e o teto panorâmico reduz o espaço

por exemplo, pagará R$ 6 mil extras, num Mercedes SL63 AMG: R$ 4 mil. No Veloster este opcional custa R$ 1,7 mil. Você pode optar também pelo branco, sem custo extra nenhum, ou pelo preto perolizado, a R$ 1,4 mil (preços na Europa). Eu sinceramente investiria no Cinza Fosco. Deixando as lindas pinturas de lado, o Turbo custa R$ 72 mil, R$ 5 mil a mais que o Sport, diferença cobrada pelo novo ‘kit’ de carroceria, banco do motorista elétrico, câmera traseira, sistema de som bem melhor e GPS com tela sensível ao toque, além do revestimento em couro, piloto automático, Bluetooth, bancos dianteiros aquecidos, sensores de estacionamento e cinco anos de garantia, presentes na versão Sport. Porém, a grande diferença entre o Veloster Sport e o Veloster Turbo é a adição de... Adivinhe, uma turbina! A peça de geometria variável aumenta os números do motor 1.6 l de 138 cv e 17 kgfm para 184 cv e 26,9 kgfm de torque. O tempo para ir de 0 a 100 km/h diminui em 1,3 s, dando a impressão de ser ainda melhor, devido os 59% de incremento no torque, que está lá, entre 1.500 e 4.500 rpm, ao invés dos 4.850 rpm de pico da unidade aspirada. Ele poderia contar com mais potência – a versão para os EUA do Turbo tem 201 cv – porém, a engenharia da Hyundai na Europa mudou os valores do motor para ganhar mais fôlego em ultrapassagens feitas em médias rotações. Ele não é super-rápido – pelo mesmo preço você pode comprar um Focus ST com 63 cv a mais – mas é bem mais


rápido que um Veloster regular. No modelo de entrada você aperta o acelerador toda hora e chega aos 6.000 rpm, mas não vê grandes progressos; no Turbo você percebe uma grande quantidade de torque desde os 3.000 até os 5.000 rpm; troque de marcha antes da faixa vermelha e sua condução será relaxada, mas sem deixar de ser rápida. Há uma pequena, porém notável, distribuição de força fluindo pelas rodas dianteiras em primeira e segunda marchas, a direção oscila para direita e esquerda, mas não chega a ser uma ‘pancada’ de torque como a de um Mini Cooper S, por exemplo, mas sem deixar de entregar a mesma dose de prazer presente no pequeno ‘inglês’ da BMW. O Turbo vem com amortecedores mais firmes que os do Veloster Sport, que poderiam ser um pouco mais, apesar de que assim ele lida bem com estradas irregulares. No restante a versão Turbo parece muito boa. A direção eletroassistida é bem calibrada e enquanto ela facilita as manobras, é mais consistente em altas velocidades em relação ao modelo anterior. O câmbio é correto também, e mesmo o Turbo não tendo a mesma aderência de um Astra GTC, que calça rodas 19 ou 20 pol., não deixa de ser menos excitante. Nas estradas pequenas e sinuosas que circundam o quartel general da CAR Magazine em

Peterborough, Inglaterra, ele mostrou um ótimo ritmo e gerou muita diversão. Seus pecados? O teto panorâmico rouba 45 mm de espaço para a cabeça e as tecnologias no banco significam que você se senta mais alto que no Veloster standard. Arraste a tampa do teto panorâmico para trás e você ganha algum espaço extra, porém, mesmo o pessoal mais baixo aqui da CAR citou certa claustrofobia lá dentro. Se você for alto e estiver sentado atrás, cuide para que o vidro traseiro não bata na sua cabeça, há até um adesivo prevenindo, sério. E por falar em viajar atrás, não se esqueçam da arquitetura assimétrica ‘1+2’ portas do Veloster, uma do lado do motorista e duas do lado direito. A princípio eu detestei a falta da porta traseira do lado esquerdo, antes de ir até o outro lado, o lado que estaciona perto das calçadas, local correto para entrada e saída de passageiros. Além disso, a Hyundai, ao contrário da Mini com o Clubman, muda esta disposição de acordo com o lado que está instalado o volante, respeitando as diferentes regiões do mundo. Portanto, não tem como chamá-lo de

hyundai veloster turbo Preço R$ 72 mil (na Europa) Motor 4 cil. turbo 1.591 cc 16V Potência 184 cv @ 5.500 rpml Torque 26,9 kgfm @ 1.500-4.500 rpm Transmissão Seis marchas manual, tração dianteira 0 a 100 km/h em 8,4 s Máxima 215 km/h Comprimento/ largura/altura 4.250/1.850/1.399 mm Peso/material 1.313 kg/aço À venda Disponível na Europa

coupé duas portas. Para resumir: adoramos o carro. Ele supera por pouco o Suzuki Swift Sport e é superado por pequena margem por hatches como o VW Golf GTI. E se andar rápido com ele, extraindo ao máximo o que suas capacidades podem oferecer, perceberá que a diversão está no mesmo nível de todos eles. Ele é bem equipado, bem acabado, composto e confortável como um mini GT, além de rápido o suficiente para satisfazer-lhe. Com este novo kit, é muito bonito também. No final das contas, Ben Whitworth é quem se dará bem aqui, pois vai ficar com ele por um bom tempo. O resto da fila será composto apenas por invejosos.

Direto ao ponto ADORAMOS Pintura estilo caça supersônico e praticamente tudo nele ODIAMOS Não há nada para odiar, mas o banco é muito alto PARAA HYUNDAI Parabéns, abraço, CAR Magazine PARA MIM MESMO Certifique-se que o emblema Turbo está lá atrás

NOVEMBRO 2012 I carmagazine.com.br 21



Primeiras imagens

Nissan Frontier Série 10 anos Série Especial Frontier 10 Anos terá duas versões de acabamento e dois tipos de tração, e custará a partir de R$ 95.990 A linha da picape Frontier ganhou a série especial ‘10 anos’, que celebra uma década de produção do modelo e da marca no Brasil. A novidade traz um design diferenciado e vários equipamentos inéditos para o modelo. A Frontier ‘10 anos’ terá duas versões - SV Attack (com trações 4x2 e 4x4) e SL AT (4x4) -, com preços a partir de R$ 95.990. Na dianteira, a Nissan Frontier 10 Anos se diferencia pelos novos design do para-choque, mais encorpado, dos farois de neblina e da grade. Com as modificações no estilo, a picape forte de verdade ficou com visual ainda mais robusto. Outra novidade é o acabamento na cor ‘titanium’ no centro do parachoque, abaixo da placa de licença nas versões Attack, oferecendo um toque de esportividade ao modelo. A série especial conta com novo desenho das rodas de liga leve aro 16 - na versão SL o jogo é de 18 polegadas -, com visual mais esportivo, além de frisos na cor da

carroceria e a logomarca “10 anos” que identifica a série no tapete e nas laterais. As lanternas traseiras ganham máscara negra (SV). Por dentro diversos detalhes cromados e equipamentos diferenciados para a linha da picape, como novos desenhos da direção, do painel de instrumentos e do painel central, onde fica o ar-condicionado, além de bancos de couro com o logotipo ‘Frontier’; computador de bordo; ar-condicionado de duas zonas, que permite cada ocupante do banco dianteiro escolher a temperatura individualmente, e a chave presencial inteligente I-Key, comodidade também encontrada nas linhas Tiida, Sentra e Livina. A SL 4x4 AT tem ainda câmera de ré com visualização no console central, na mesma tela do novo sistema de áudio 2 DIN, que conta com Cd player, entrada auxiliar, USB, mp3 e comando de áudio e piloto automático no volante.

Versão top de linha tem tração integral e motor de 190 cv de potência

A linha Nissan Frontier é equipada com o motor 2.5 16V turbodiesel. As opções com tração integral são programadas para gerar potência de 190 cv a 3.600 rpm com torque máximo de 45,8 kgfm a 2 mil rpm, enquanto as 4x2 entregam 163 cv a 3.600 rpm a 41,09 kgfm a 2 mil rpm.

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Primeiras impressões

Chrysler 300C Sob forte influência italiana, esta limusine americana musculosa é divertida, mas longe de incomodar os Classe S. Por: Phil McNamara

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banda ‘new wave’ The B-52s já cantava em seu hit Love Shack: “Hop in my Chrysler, it´s big as a ‘ whale and it´s about to set sail”! Algo como: “Dentro do meu Chrysler, grande como uma baleia prestes a navegar”. A música é de 1989, mas parecia a ata de uma reunião dos engenheiros que desenharam a segunda geração do 300C. Mas eles merecem crédito, deram linhas bem mais fluidas à nova limusine com estatura de Moby Dick, agilidade de um encouraçado de guerra e a discrição de um discurso de Mitt Romney nos bastidores. O 300C tem sua legião de admiradores e o mercado de grandes sedãs também comemora sua volta. A Chrysler está com sérios planos de

invadir o mercado britânico com seus produtos norte-americanos: muitos modelos a preços convidativos. O 300C é mais largo e alto que um Mercedes Classe S e quase tão longo quanto. Seu único motor é o V6 3.0 l Turbodiesel e suas duas únicas opções de acabamento começam em R$ 118 mil. Não parece pouco, mas é menos da metade do preço de um Mercedes S350. A empresa também aposta nas grandes proporções herdadas da primeira geração do 300C. As linhas ficaram mais suaves e as janelas laterais ganharam um pouco de tamanho. A frente pobre de faróis sem graça se foi, dando lugar a unidades mais encorpadas e uma grade agressiva, que lembra

24 carmagazine.com.br I NOVEMBRO 2012

Hannibal Lecter no filme O Silêncio dos Inocentes, extravagância que jamais seria permitida num grande sedã alemão. E como ele é grande. Sente-se na confortável poltrona do motorista com seu suporte enorme para o braço e sinta-se no comando de uma nave. Abrir a porta é um exercício que exige que você se estique para alcançar a maçaneta. O 300C parece precisar de um motor só para fechar a porta. Sob administração do Fiat Group, já se nota algum DNA italiano no 300C, como a posição dos pedais, por exemplo, que não parece em perfeita sintonia com o assoalho. Outra coisa chata nele é o enorme freio de estacionamento acionado pelo pé, precisamente instalado num local que sempre provocará uma bela canelada, além de atrapalhar o que seria o espaço para

A madeira parece sintética, lembra aqueles pratos laqueados da cozinha chinesa


A cabine é linda e a tela sensível ao toque se destaca no centro do painel

Suas linhas originais foram mantidas, mas com muito mais charme e fluidez, o resultado é ótimo e atual

descanso do pé esquerdo. Em todos os parágrafos de seu material de imprensa encontra-se a frase “grande melhora na qualidade”. Sua cabine certamente passa a impressão de robustez e ótimo acabamento, mas essa qualidade se confronta com redução de custos aparentes, longe do padrão MercedesBenz. Apesar de a Chrysler afirmar que não, a madeira empregada parece artificial e os suportes plásticos dos descansa braço são desagradáveis. Porém, há muita coisa boa nele: a tela Uconnect sensível ao toque é muito mais intuitiva e rápida que a do Jaguar e traz interface Apple para escolha de músicas. A versão Executive traz algumas coisas além da já bem equipada básica, como piloto automático adaptativo, sensor de ponto morto no retrovisor, teto solar duplo, freio de emergência e painel revestido em couro. E, como era de se esperar num 300C, o espaço interno para os ocupantes é abundante, suficiente para esticar as pernas no banco traseiro, apesar de que o espaço para cabeça começa a ficar escasso

para quem tem mais de 1,82 m. Em movimento o 300C é refinamento puro. Revestimento triplo nas portas, arcos de roda com coberturas especiais, vidros acústicos e painéis fono absorventes em baixo do carro contribuem para uma isolação perfeita, sem interferência de ruídos do vento ou dos pneus. Porém, irregularidades no piso acabam causando um efeito indesejado através do chassi. Se não se preocupar tanto com isso, de resto suas viagens serão prazerosas. Ele é grande e pesado (160 kg a mais que um S350) para se comportar bem em curvas, com uma frente que reluta para manter a trajetória, além de que sua direção eletrohidráulica é muito leve e parece ter vontade própria em alguns momentos, ao comandar as rodas de 20 pol. O V6 Turbodiesel traz a nova injeção MultiJet da Fiat que otimiza potência e economia. O consumo combinado é de 16,5 km/l com emissão de 191 g CO2/km. O torque máximo é de 55,1 kgfm e

O câmbio automático de cinco marchas dá a opção de trocas nas lindas borboletas

Os instrumentos trazem iluminação azul nos mostradores analógicos

Direto ao ponto ADORAMOS Seu charme exclusivo ODIAMOS Um interior que lembra o do Fiat Panda PARA Chrysler Couro vem das vacas PARA MIM MESMO Pense por si, não pelos outros Chrysler 300C Executive PREÇO R$ 118 mil (na Europa) MOTOR V6 2.987cc 24V turbodiesel, 236 cv @ 4.000 rpm, 55,1 kgfm @ 1.600-2.800 rpm TRANSMISSÃO Cinco marchas automático, tração traseira DESEMPENHO 0 a 100 km/h em 7,4 s, 230 km/h, 16,5 km/l, 191 g CO2/km PESO/MATERIAL 2.117 kg/aço COMPRIMENTO/ LARGURA/ALTURA 5.066/1.902/1.488 mm À VENDA Disponível na Europa

aparece já aos 1.600 rpm, garantindo acelerações muito boas. Da imobilidade aos 100 km/h ele precisa de 7,4 s; as acelerações são acompanhadas de um ronco grave do V6 através das cinco marchas do câmbio automático. Os freios são ótimos, efetivos e progressivos na medida certa. O 300C nunca será uma escolha racional, na verdade a Chrysler espera vender apenas 750 carros por ano. É um carro muito mais brilhante do que aparenta ser. Seu preço é tentador e o 300C tem um charme norte-americano único. Os amantes de automóveis não vão fazer cara feia se você comprar um desses, afinal gosto e paixão não se discute.

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Primeiras impressões

Mazda MX-5 GT Piada conosco por causa deste carrinho. Que será lançado se o aprovarmos. Aprovado! Por: BenBarry

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e você imaginarnos dias de hoje um esportivo compacto com tração traseira, os nomes que virão à cabeça são: Toyota GT86 e Subaru BRZ. Mas há uma terceira via: o Mazda MX-5. Diferente destes rivais, ele oferece teto retrátil e seu preço começa em R$ 60 mil na Europa, R$ 23 mil a menos que os concorrentes, mesmo com sua arquitetura e conjunto mecânico serem muito semelhantes aos rivais também japoneses, apesar dos quase 40 cv a menos, gerados por seu bom motor de 158 cv. A Mazda se entusiasmou e pretende lançá-lo na Inglaterra para encarar o mercado, sob a alcunha de MX-5 GT. Tudo isso começou quando o MX-5 topo de linha, completo, com teto retrátil, motor 2.0 l e ótimo diferencial autoblocante

chegou à Jota Sport, equipe inglesa de automobilismo que já inscreveu o MX-5 em várias corridas de Endurance e sabe bem como transformá-lo num carro muito excitante. O motor do MX-5 originalmente é muito forte e sofre um processo de ‘amansamento’ de fábrica, assim, a Jota Sport usou o campo disponível para melhorá-lo, com corpo de borboleta e comandos de válvulas diferentes – que o deixou mais próximo de um GTI bravo do que um MX-5 – coletores de admissão e escapamentos novos, além de um remapeamento do módulo eletrônico. A potência subiu dos 158 cv e 19 kgfm de torque do modelo original, para mais de 200 cv, como informa a Mazda e torque

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Mazda MX-5 GT PREÇO R$ 100 mil (na Europa) MOTOR 4 cil. 1.999 cc 16V, ‘acima de 200 cv’ @ 6.500 rpm, 20 kgfm @ 4.800 rpm TRANSMISSÃO Seis marchas manual, tração traseira SUSPENSÃO Triângulos duplos dianteira, Multi-Link traseira DESEMPENHO n/a PESO/MATERIAL 1.173 kg/aço COMPRIMENTO/ LARGURA/ALTURA 4.020/1.720/1.245 mm

de 20 kgfm, números muito próximos dos 197 cv e 20,8 kgfm dos GT86 e BRZ, que pesam bem mais. E não se engane, tudo foi desenvolvido para ser utilizado no dia a dia, com torque disponível em rotações médias, ao contrário do que aconteceria numa busca insana por potências mais altas. Mas tudo isso não seria interessante sem alterações no chassi, principalmente porque o MX-5 standard rola muito a carroceria, por isso a Jota o rebaixou 35 mm e alterou a carga de molas e amortecedores, além de calçá-lo com pneus Federal RSR mais largos e aderentes. Na estrada a primeira coisa que se nota, infelizmente, é um pedal muito ‘pegajoso’

Direto ao ponto ADORAMOS As sensações que este chassi sempre entregou ODIAMOS A indecisão em fabricá-lo PARA a mazda Façam a coisa certa PARA MIM MESMO Este ou um GT86? Alguém tem uma moeda?


Aqui dentro não há praticamente nada de novo, afinal, o pessoal da Jota Sport estava ocupado com outros setores do carro

Para a maioria, o MX-5 sempre deveria ter sido assim: mais bravo, baixo, ‘mais macho’ e, finalmente, muito bacana, com certeza

Jaguar XJ 3.0 S/C Com seu novo V6 supercharged a Jaguar mostra que o downsizing funciona – mesmo numa limusine. Por Jesse Crosse

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nos primeiros milímetros, induzindo-o a acelerar mais do que deveria, prejudicando a ação de tirar o carro da imobilidade. Mas quando você começa a ouvir o ronco do motor, algo parecido com um Caterham, percebe que se trata de um lugar muito mais divertido do que o cockpit de um GT86 ou BRZ. Como sempre, as trocas rápidas do câmbio curto do MX-5 são uma delícia, e com a potência extra, fazem delas ainda mais prazerosas ao se levar o motor até o final da faixa vermelha do conta-giros, engatar outra marcha e repetir isso tantas vezes for possível. Fazendo isso você percebe claramente que as alterações realmente transformaram o MX-5, deixando-o mais rápido em linha reta e claro, em traçados sinuosos também. Há mais aderência na frente e menos rolagem da carroceria e isso o faz sentir-se mais conectado ao MX-5, encorajando-o a explorar seu chassi. Acelere fundo numa curva e você o sente trabalhando, apontando sua frente para dentro da curva de forma viva. Não se

trata de um ‘drifting’, mas sim de uma pilotagem típica de tração traseira, o que é muito bom e gera satisfação inigualável. A suspensão firme não arruinou o conforto e sua direção não se compara aos GT86/BRZ em termos de carga e relação. Tirando isso e aquela sensibilidade extrema do acelerador, não há muito mais o que criticar na experiência de conduzi-lo. Quando você poderá encomendar o seu? Tecnicamente o GT é um carro conceito no momento e a Mazda inglesa informa que ainda quer avaliar o quanto este carro seria positivamente recebido pelo mercado antes de decidir. Caso a resposta seja positiva, seu preço deverá subir dos R$ 75 mil da versão Roadster Coupe 2.0 l para algo em torno dos R$ 100 mil, superando os GT86/BRZ. Mas se você já tem um MX-5 e gostaria de trocá-lo por outro com mais atitude, vai ser dominado pela ansiedade. E se a Mazda decidir não lançá-lo? Bem, nada que uma visita à Jota Sport não resolva.

esmo a Jaguar, mestra em fabricar carros Premium de alto desempenho por décadas, teve que aceitar que os motores menores vieram para ficar. O truque, claro, não é lutar contra eles, mas propor-lhes um bom pacto. E aqui está o resultado. O novo XJ 3.0 V6 S/C é o primeiro Jaguar a utilizar o novíssimo motor V6 3.0 l de 335 cv supercharged com sistema stop/start, derivado do V8. Também destinado ao XF e F-type (que terá uma versão de 378 cv), ele substitui o V8 aspirado no XJ, cortando as emissões de 269 g para 224 g CO2/km. Em todas as suas várias formas, o XJ teve sempre uma mistura de habilidades esportivas e luxo, e esta mais nova encarnação talvez seja a melhor tradução disso. A Jaguar preferiu dar a seu V6 um ronco marcante, diferente dos outros fabricantes Premium que optam pelo silêncio hoje em dia. Mesmo em marcha lenta o motor emite um som agradável. Assim como no resto da linha, o V6 vem com câmbio ZF automático de oito marchas, com quem faz um dueto afinado. Mesmo perdendo 40 cv em relação ao V8 anterior, seu desempenho é muito bom, com curva de torque bem extensa. As respostas são instantâneas, desde regimes médios, até os 5.000 rpm. Conforme a potência vai fluindo, o V6 vai ganhando sonoridade, discreta, porém marcante, convincente, mas nunca cansativa, com apenas uma lembrança do chiado do compressor ao fundo. As respostas da direção, suspensão e equilíbrio são impressionantes no XJ. Ele é muito fácil de conduzir, completamente composto, confiante, inspirador e com mecânica maravilhosa. A suspensão foi recalibrada para o menor peso do V6 e continua entregando os conhecidos valores da Jaguar que combinam conforto, rolagem macia e controle total da carroceria. Uma das novidades é o sistema de som Meridian de 825W, standard nos dois modelos topo de linha. Mas a estrela aqui é mesmo o motor V6.

Jaguar XJ 3.0 S/C Premium Luxury PREÇO R$ 215 mil (na Europa) MOTOR V6 2.995 cc supercharged 24V, 335 cv @ 6.500 rpm, 45,9 kgfm @ 3.500-5.000 rpm TRANSMISSÃO Oito marchas automático, tração traseira DESEMPENHO 0 a 100 km/h em 5,9 s, 250 km/h (limitada), 12 km/l, 224 g CO2/km PESO/MATERIAL 1.776 kg/alumínio

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Primeiras imagens

Honda Civic Si Honda Civic Si demora, mas vai voltar. Chega em 2014 ainda mais potente e na versão coupé

A

honda é conhecida mundialmente por criar produtos que aliam tecnologia e alta performance. E não vai ser diferente quando a nova versão do esportivo Si voltar ao Brasil em 2014. Ele estará equipado com motor i-VTEC 2.4L de 201 cv, quatro cilindros, 16 válvulas e câmbio de 6 marchas. Com 23,5 kgfm de torque a 4400rpm com pico de 7000rpm, proporciona uma direção de alto desempenho. A combinação de uma série de características inovadoras auxiliam esse novo motor a garantir um alto desempenho, com eficiência na economia de combustível e baixa emissão de poluentes. Com o inteligente

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sistema i-VTEC, as válvulas de controle e a tecnologia de redução de atrito, o Civic Si possui uma aceleração emocionante. Prova disso é o som diferenciado que provém do sistema de admissão e exaustão, especialmente criado para o automóvel. O Civic Si conta com duto e coletor de admissão exclusivos e um escapamento único capaz de produzir um som inconfundível. O Civic Si está disponível exclusivamente na opção de transmissão manual de 6 velocidades, um diferencial no modelo esportivo. Projetado para ser compacto e leve, o modelo também não deixa de ser robusto. O veículo possui um sistema de embreagem com

mecanismo de torção, o que aumenta a sensação de engajamento e refinamento na direção. O Civic Si revela características estilosas e muito próprias do esportivo. O veículo é equipado com faróis multirrefletores de halogêneo e conta com um recurso adicional de desligamento automático. O recurso é ativado imediatamente, assim que o motorista retira as chaves da ignição. Os feixes halogêneos de luz oferecem mais confiança na condução noturna, pois emitem feixes luminosos, nítidos e focados. O esportivo conta ainda com lembrete de faróis acesos e faróis de neblina, localizados abaixo do para-choque


Aerofólio é integrado ao porta-malas.

Bancos são do tipo esportivo com costuras vermelhas

dianteiro. O display de informações do Civic Si conta com central inteligente i-Mid, um computador de bordo em tela de LCD de 5 polegadas, que apresenta uma grande variedade de informações como nível de economia do combustível e alertas de manutenção, com base em condições de condução real. Esse recurso pode ser personalizado pelo condutor de acordo com suas necessidades. Também é possível verificar em tempo real informações sobre a potência do motor. A iluminação interna também é um show à parte. Assim que o motorista entra no veículo, a iluminação vermelha backlight se acende progressivamente, chegando a 100% no momento em que a chave é inserida na ignição. O modelo Civic Si pode acomodar até cinco passageiros. Os dois bancos dianteiros foram completamente redesenhados, com a construção de assento mais confortável com apoio lateral.

Direto ao ponto ADORAMOS Estava na hora de voltar ODIAMOS Vai demorar DICA PARA A HONDA Que tenha preço razoável DICA PARA MIM Vou esperar ansioso

Conta ainda com a tecnologia Bluetooth, que permite ao motorista atender chamadas sem a necessidade de manuseio do celular e até mesmo sem tirar as mãos do volante. O Civic Si também conta com os sistemas VSA (Vehicle Stability Assist), equipamento que auxilia no controle da estabilidade, e de direção eletricamente assistida EPS (Electric Power Steering), tornando-a mais leve em baixas velocidades e precisa em altas. Sua suspensão dianteira é MacPherson e traseira é Multi Link. Os freios contam com sistema ABS (Anti-lock Braking System), que evita o travamento das rodas, e EBD (Electronic Brake Distribution), útil para evitar desvios de trajetória em freadas mais exigentes. Suas rodas de liga leve têm 17’’, com cinco raios duplos e pneus 215 / 45 R1. Item de série, todos os lugares laterais possuem o sistema de airbag cortina. Em caso de impacto lateral significativo, são acionados e protegem a cabeça dos ocupantes do impacto com as janelas. Tal como os outros sistemas de airbag do veículo, são utilizados sensores que determinam o tempo apropriado para a ativação dos airbags. O modelo a ser comercializado no mercado brasileiro a partir de 2014 poderá sofrer adaptações em relação à versão norte-americana, exposta no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo. O preço ainda não foi definido.

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Primeiras imagens

Mitsubishi Lancer Evolution Carbon Series SĂŠrie especial ĂŠ limitada a 40 unidades

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detalhes Rodas especiais e detalhes em fibra de carbono diferenciam a versão

A Mitsubishi apresentou durante o Salão do Automóvel de São Paulo mais uma grande novidade para os milhares de apaixonados por esta lenda do automobilismo mundial. O Lancer Evolution Carbon Series chega em uma série limitada, com muito requinte e sofisticação, mas sem perder o DNA campeão das pistas. O preço do modelo é de R$ 218.990. O novo Lancer Evolution Carbon Series é equipado com rodas na cor grafite, lanternas fumê e um novo spoiler traseiro com acabamento em fibra de carbono. As tomadas e saídas de ar do capô, espelhos retrovisores, extrator de ar na traseira, spoiler dianteiro e suporte da placa ficaram ainda mais modernos e agora são com fibra de carbono. Acabamentos em fibra de carbono também estão presentes na parte interna nos bancos, volante, colunas, detalhes das portas, console central e a cobertura do painel de instrumentos. O Evolution é mais do que uma lenda e reúne uma legião de fãs pelos quatro cantos do mundo. E sua fama não é por acaso. São quatro títulos no WRC (World Rally Championship), o mais importante campeonato de rali do mundo, e outros 10 títulos no P-WRC, categoria destinada aos carros de produção. A evolução ao longo dos anos agregou a esse super esportivo todo o DNA 4x4 da marca e fez com que o Lancer Evolution se tornasse referência em tecnologia, potência, conforto, sofisticação e, claro, vitórias. Basta uma voltinha pelas ruas para ver e entender o que o Evolution causa nas pessoas. Olhares atentos por todos os cantos e sussurros admirados pelas suas linhas modernas e a sua frente imponente com a grade jet fighter, característica do modelo e que deu origem a outros modelos da marca. O visual dianteiro se completa com o conjunto óptico moderno e funcional, equipado com faróis

bi-xênon com lavador e regulagem automática de altura, faróis de neblina e sistema AFS (Active Front Light), que melhoram a visibilidade em curvas. Entrar no Evolution Carbon Series é sentir-se em uma verdadeira máquina. A começar pelos bancos esportivos Recaro em couro e com formato concha com aquecimento. Detalhes com fibra de carbono na parte superior dão um charme especial. No painel de instrumentos, onde predomina luz prateada, chamam a atenção os detalhes que realçam esportividade, como os ponteiros em ângulos retos e o computador de bordo que oferece 19 funções diferentes: indicador de marchas, temperatura do motor, combustível, posição de tração, posição de transmissão, advertências diversas, temperatura externa, idiomas disponíveis, rest reminder, menu setup, autonomia, momento de manutenção, odômetro parcial, velocidade média, média de consumo, S-AWC, abastecimento e aviso de portas abertas. Por baixo do capô, o Lancer Evolution impressiona. O motor MIVEC 2.0L turbo é feito em alumínio e tem 16 válvulas com intercooler, que garante uma potência de 295 cv e 37,3 kgf.m de torque. É o motor 2.0 mais potente do mundo. A transmissão é automática de seis marchas com dupla embreagem O motorista tem à disposição três modos de operação: Normal, Sport e Super Sport. O modo Normal é para ser usado no dia a dia, na cidade, onde as trocas são feitas no tempo certo, sem exigir muito do motor. A Sport é para ser usada em situações de velocidade um pouco maior, em estradas, por exemplo, já que as trocas de marcha são feitas com rotações mais altas. A Super Sport é para situações de alta velocidade, em autódromos e pistas próprias para competição. Nesse modo, o motorista poderá experimentar ao extremo tudo o que o Evolution proporciona, já que as trocas de marcha são feitas em altíssima rotação.

Mitsubishi Lancer Evolution Carbon Series preço R$ 218.990 motor 1.998 cc, 16V, turbo e intercooler, 295 @ 6.000 rpm, 37,3 @ 3500 rpm Transmissão Automatizada, seis marchas Comprimento/largura/altura 4.505 mm /1.810 mm/1.480 mm Desempenho 0 a 100 km/h em 6,3 s, 242 km/h

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Lexus CT200h Primeiro hatchback híbrido de luxo da Lexus, o CT200h também esteve no Salão

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otado da consagrada tecnología híbrida da Toyota, pioneira no Prius, o CT 200h apresenta consumo de combustível extremamente baixo, de 19 km/l. Além disso, o veículo CT 200h pode ser operado sob certas condições no modo elétrico, gerando emissão zero de carbono. O CT 200h utiliza dois motores: um a gasolina e outro elétrico, gerando potência combinada de 138cv. Ajudam a carregar o motor elétrico a energia sobressalente do motor a combustão e também o sistema de freios regenerativos, que acumulam energia a cada frenagem do veículo. São quatro modos de condução à disposição do motorista, que podem ser selecionados no painel: normal,

Eco (que privilegia o motor elétrico), Sport (com ênfase no motor a combustão) e EV (exclusivamente utilizando o motor elétrico). Em todos os modos, o CT200h tem aceleração linear que responde às necessidades do condutor e é auxiliado pela utilização do câmbio do tipo E-CVT, com relação de marchas continuamente variável. Para garantir a estabilidade, o CT200h é dotado de suspensão dianteira do tipo MacPherson e traseira do tipo independente, composta por braços triangulares sobrepostos. Os amortecedores do modelo foram projetados para minimizar as vibração oriundas dos pisos irregulares, elevando o

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Modelo esteve exposto em São Paulo apenas para demonstração

conforto ao dirigir. Rodas de liga de alumínio de 17 polegadas, envoltas em pneus 215/45 R17 contribuem com o belo visual e também para a exclente performance do CT200h. O design do CT200h reúne modernidade e sofisticação, com destaque, na dianteira, para a grade tipo Spindle, que marca a identidade visual dos modelos da


Primeiras impressões

Motorista pode escolher a forma em que quer dirigir, esportivo ou econômico

Interior é luxuoso e muito bem acabado

Lexus, e, na traseira, para as lanternas de formato fluído horizontal em LED, que mesclam lentes de policarbonado nas cores branca e vermelha. Por dentro, o CT200h se revela um verdadeiro Lexus. O luxuoso painel é dividido em duas partes distintas: a primeira zona, localizada à frente do motorista, reúne as informações de condução e do computador de bordo, como velocidade máxima, consumo de combustível e nível de carga da bateria híbrida. A segunda zona, colocada no centro do cockpit, concentra uma tela de navegação do GPS, que pode estar aberta ou recolhida com o carro em movimento, controle do ar-condicionado e do sistema multimídia. Ainda em seu interior, o CT200h traz bancos que abraçam motorista e passageiros, minimizando o deslocamento provocado pela força G em curvas. Os bancos dianteiros têm ajuste elétrico, sendo 10 opções préprogramadas para o motorista e quatro

potência combinada de 138 cv permite que o consumo seja de apenas 19 km/l para o passageiro, e ainda possuem sistema de aquecimento. Acabamentos metálicos e materiais suaves ao toque reforçam a qualidade superior da cabine. O sistema de entretenimento do CT200h inclui áudio de última geração, com seis alto-falantes, reconhecimento de voz, tecnologia Bluetooth e entradas auxiliar e USB, para conexão de smartphones. Com relação à segurança, estão disponíveis oito airbags de duplo estágio, sendo duplo dianteiro, duplo

laterais dianteiros montados nos assentos, duplo laterais do tipo cortina e duplo dianteiro para a proteção dos joelhos. O CT200h ainda é dotado de freios ABS, com distribuição eletrônica de frenagem. Com relação à sustentabilidade, o CT200h utliza no painel central e no painel das portas plásticos ecológicos, com 30% de polietilenio. E, além disso, a reciclabilidade do modelo é superior a 80%. NOVEMBRO 2012 I carmagazine.com.br 33


lifestyle

Car Magazine

A forma elegante de presentear

Exclusividades para quem é exclusivo Victorinox Night Vision O principal diferencial deste modelo é um LED, incorporado na caixa do relógio, que ilumina mais de um quilômetro. Sua caixa é de aço inoxidável e vidro cristal de safira resistente a riscos e com tratamento antirreflexo. Seu bezel possui 42 mm de diâmetro e os ponteiros e marcadores de hora são luminescentes. Além disso, o relógio é resistente à água até 50 metros. Preço: R$ R$ 2.365 Mais Informações: www.victorinox.com.br Tel.: 11 5584-8188

Breitling montbrillant A Breitling dá um novo impulso ao cronógrafo Montbrillant, propondo o primeiro modelo de série equipado com o Calibre 01. Inspirado nos anos 40 e 50, o é uma homenagem à Rua de Montbrillant, no alto de la Chaux-de-Fonds, que abrigou de 1892 a 1979 os ateliers da Breitling. Ele possui cronógrafo ¼ segundo, 30 minutos, 12 horas, caixa de aço e vidro de safira, antirreflexo dupla face. Preço: sob consulta Mais Informações: www.breitling.com

pioneer TS-G172CI o TS-G172CI é um kit 2 vias com áudio extraordinário e potente. Ele permite fácil instalação nos automóveis devido à sua pouca profundidade e conta ainda com suporte para tweeter, oferecendo mais possibilidades para que o consumidor encontre o local ideal dentro do veículo para colocá-lo. Preço sugerido: sob consulta Mais Informações: www.pioneer.com.br SAC: 0800-600-5725

Panasonic BDT220 O BDT220 converte imagens 2D para 3D, garantindo bons momentos ao deixar em três dimensões as lembranças especiais e conta, ainda, com a funcionalidade Smartphone Remote, que consiste em controlar o aparelho por meio do smartphone dos sistemas Android, iOS e Blackberry. Basta baixar o aplicativo da Panasonic na loja de apps desses sistemas e conectar na mesma rede wi-fi do blu-ray. Preço: 599 Mais Informações: : www.panasonic.com.br

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Wine-Fresh W-Bar 3 O Wine-Fresh mantém estável a temperatura do vinho tinto durante a degustação. Com design moderno e elegante, o acessório é também uma ótima opção de presente. Preço: R$ 391 Mais Informações: contato@w-fresh.com Tel.: 11 98147-7002

Rolex Day-Date II Everose gold Fabricado em ouro rose com pulseira presidente. Preço: sob consulta Mais Informações: Joalheria Corsage Tel.: 11 3812-5900

Internet Player Sony Este dispositivo permite ao usuário acessar uma ilimitada quantidade de conteúdos e aplicativos powered by Google por meio de seu televisor. Além disso, o Internet Player da Sony suporta acessórios com Bluetooth e USB, oferecendo mais conveniência na utilização de teclados, mouses, caixas de som, etc. E ainda é possível deixar o Internet Player da Sony dentro de armários ou gabinetes já que o aparelho pode conectar-se via IR Blaster, funcionando com raios infravermelhos. Preço: R$ 899 Mais Informações: www.sony.com.br/store

pioneer DVH-7580AV o DVH-7580AV é o novo DVD player Pioneer com tela integrada de 3 polegadas, entrada USB, frente flip down e iluminação vermelha dos botões. Ele possui saída de vídeo para ligação de telas adicionais, além de permitir diversas possibilidades para assistir filmes e shows utilizando as entradas USB, auxiliar ou então o leitor de CD/DVD do modelo. Preço sugerido: R$ 449 Mais Informações: www.pioneer.com.br SAC: 0800-600-5725

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36  evento i car awards 2010

o mais cobiçado prêmio da indústria automobilística nacional Chegou a hora de você ajudar a CAR Magazine a escolher os melhores do ano da indústria automobilística. No site www.carmagazine.com. br/car-awards você encontra o regulamento completo do concurso e também os carros, dirigentes, empresas e campanhas publicitárias que estão concorrendo nas mais diversas categorias. São dez categorias que vão desde o Melhor Carro Compacto até o de Melhor Performance, além de pick-ups e SUV. Você também pode escolher o Melhor Empresário do setor e a Melhor Empresa. Basicamente o regulamento do CAR Awards prevê que apenas carros, dentro das suas categorias, que foram lançados ou tiveram mudança substancial no último ano que podem concorrer. Já nas categorias

carmagazine.com.br I novembro 2010

Empresa do Ano e Executivo do Ano, os critérios são os que tiveram maior crescimento percentual ou anunciaram maior número de lançamentos e investimentos. Para completar, na categoria Campanha Publicitária do Ano estão concorrendo as melhores peças impressas obrigatoriamente veiculadas na CAR Magazine. Basta acessar o site da CAR Magazine e clicar na opção CAR Awards. A votação é aberta ao público e poderá ser acessada até o próximo dia 15 de novembro. Filtros eletrônicos serão aplicados para evitar e-mails inválidos ou duplicados. Conheça desde já os pré-selecionados em cada uma das categorias e nos ajude a escolher quem deve receber o título de CAR Awards.


CAR AWARDS 2010 I evento 37

emPreSa dO aNO • Hyundai Brasil

• Ford

• Toyota

• General Motors

• Fiat

• Mitsubishi

• Volkswagen

• Nissan

melHOr Suv • Dodge Journey • Range Rover Evoque • Audi Q3 • Honda CR-V • Lexus RX 350 • Mercedes-Benz ML 350 • Ford Ecosport

executivO dO aNO • Flavio Padovan Filho (Jaguar/Land Rover) • José Luiz Gandini (Kia) • Grace Lieblen (GM) • C. Belini (Fiat)

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38 evento I CAR AWARDS 2010

melHOr carrO NaciONal • Chevrolet Cobalt • Chevrolet Spin • Peugeot 308 • Peugeot 408 • Fiat Grand Siena •Fiat Punto

carrO meiO ambieNte • Honda Civic • Volkswagen Bluemotion

melHOr camPaNHa Publicitária • Volkswagen Gol

• Range Rover Evoque

• Honda Fit

• Renault Duster

• BMW Série 3

• Audi A4

• Chevrolet S-10

melHOr PicK-uP • Nissan Frontier • Chevrolet S-10 • Dodge Ram • Mitsubishi L-200 Triton • Ford Ranger

carmagazine.com.br I NOVEMBRO 2010


car awards 2010 i evento  39 aa

melhor carro importado • Mistubishi Lancer • Hyundai Azera • Jac J5 • BMW Série 1 • BMW Série 3 • Kia Optima • Mercedes-Benz SLK 250 • Audi A4 • Citroën DS3

• Chrysler 300 C • Peugeot 508 • Hyundai Equus • Porsche Boxster • Jac J6 • Chevrolet Sonic • BMW 528 • Nissan Versa • Volvo V60

melhor carro compacto • Fiat Palio

• Hyundai HB20

• Toyota Etios

• Citroën C3

Carro performance • Mercedes-Benz C63 AMG • Porsche Carrera S • AUdi RS5

Design • Fiat 500 Cabrio • Audi A7 Sportback • BMW 650 Coupe

novembro 2010 I carmagazine.com.br


Chevrolet Onix

Com o Onix a Chevrolet mostra um novo conceito em carro compacto Fotografia: Luca Bassani

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test drive

Chevrolet Onix

novembro 2012 I carmagazine.com.br 41


test drive

Chevrolet Onix

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Chevrolet Onix 2013 chega ao mercado com itens inéditos de personalização e conectividade no seu segmento e que permitem a cada indivíduo ter seu próprio Onix, o novo integrante da família Chevrolet trilha seu próprio caminho para escrever um capítulo a parte na já consagrada história da marca centenária no mundo. Concebido e desenvolvido no Brasil, o Onix é resultado direto do trabalho realizado pelas principais áreas estruturais da empresa, um dos cinco centros globais da GM para o desenvolvimento de novos produtos. Oferecido nas versões LS, LT e LTZ com preços que partem de R$ 29.990 no segmento mais competitivo e podem passar de R$ 41.990, o novo Chevrolet entrega um design diferenciado em qualquer uma das suas possibilidades, além de uma nova categoria de motorização especialmente desenvolvida para o produto em versões 1.0 e 1.4 litro. Na dianteira, os faróis afilados acompanham o contorno da lateral, onde encontra linhas fluídas que se desenrolam por toda a extensão da lateral do carro. A tradicional grade bipartida com barra central ostentando a gravata dourada não deixa dúvidas da identidade de um legítimo Chevrolet de identidade global. O capô curto confere um quê de elegância ao Onix, deixando o vidro dianteiro do para-brisas em um ângulo mais agudo que o apresentado em carros do segmento, privilegiando, assim, o espaço interno do motorista. Nas laterais, linhas fluídas inferiores reforçam a robustez do hatchback, que apresenta ainda uma traseira arqueada e levemente arredondada, com aerofólio integrado e para-lamas e para-choques salientes e arrojados. “Não há quem não goste do seu desenho. Ele tem muita presença e carisma. É um carro que faz bater forte o coração e cada detalhe e ângulo entregará ao consumidor mais do que ele espera”, garante Barba. E se por fora o Onix surpreende e impressiona por suas linhas, por dentro a experiência é igualmente sem precedentes. O interior do carro naturalmente desperta um sentimento de conforto com um espaço interno generoso e com fluidez de linhas que envolvem os ocupantes em um ambiente agradável e cômodo, sem espaço – literalmente – para conservadorismos. Por dentro, o Onix esbanja jovialidade. O porta-malas de 280 litros de capacidade é adequado ao porte do hatchback, ainda com certa folga frente aos concorrentes. Já o tanque de combustível tem capacidade de 54 litros, garantindo boa autonomia de rodagem. O entreeixos de 2.528mm não somente é o maior da categoria como é, inclusive, comparável ao de um sedã de médio porte (o Cruze, por exemplo, possui um entre-eixos de 2.685 mm), sendo sinônimo de conforto para todos os ocupantes. Dentro do carro, pernas, braços e ombros podem ser dispostos com tranquilidade em espaços generosos e confortáveis, inclusive na segunda fileira de bancos. Além disso, o tamanho avantajado do entre-eixos tem incidência direta no conforto da suspensão do veículo. Ou seja, o conforto em se dirigir o carro, 42 carmagazine.com.br I novembro 2012

independente da condição do terreno, também é garantido. Apresentado com versões 1.0 e 1.4 litro, ambos Flex Fuel, o “SPE/4” (Smart Performance Economy 4 cylinders) integra a nova categoria de motores 100% desenvolvida pela GM do Brasil. O novo propulsor funciona por meio de um sistema de injeção sequencial com ignição independente por cilindro. São quatro no total, cada qual alimentado por uma bobina individual da mesma classe das utilizadas no Chevrolet Camaro, o que resulta em menos trabalho ao motor e redução no desperdício da energia por ele gerado. E os números comprovam isso. A versão 1.0 do Chevrolet Onix rende 80 cv quando abastecido a etanol e 78 cv com gasolina, ambas a 6.400 rpm. O torque máximo, com etanol, é de 9,8 kgfm a partir de 5.200 rpm, e 9.5 kgfm quando alimentado a gasolina, na mesma faixa de rotação. O Onix vai de 0 a 100km/h em 13,3s (etanol) e 13,7s (gasolina), atingindo a velocidade máxima de 167 km/h e 162 km/h, respectivamente. Já a versão 1.4 entrega 106 cv quando abastecido a etanol e 98 cv a gasolina, ambas a 6000 rpm. O torque máximo, com etanol, é de 13,9 kgfm a partir de 4800 rpm e 12,9 quando alimentado a gasolina, com mesma rotação. Abastecido com etanol, o Onix vai de 0 a 100 km/h em 10,1s podendo atingir até 180 km/h. 4


Rodar macio e confortável é uma das características do novo modelo compacto da GM Mesmo na versão mais básica, o acabamento interno cuidadoso e com vários itens de conforto e conveniência de série

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Chevrolet Onix Design chama a atenção por sua modernidade e linhas bem definidas

Rodas de liga leve e faróis auxiliares de neblina somente estão disponíveis na versão top de linha, a LTZ

Para consumidores antenados e que buscam tecnologias exclusivas, o Chevrolet Onix é um prato cheio. O compacto traz de forma pioneira no Brasil o sistema multimídia MyLink – “Bring Your Own Media”, que permite ao usuário trazer suas músicas, fotos, vídeos e aplicativos do celular para dentro do veículo, além de fazer ligações telefônicas via Bluetooth por meio da tecnologia HFT (Hands Free Telephone), e permitir ao usuário configurar algumas funções do veículo de acordo com as suas preferências. É a primeira vez no mercado brasileiro que um veículo deste segmento oferece essa inovadora tecnologia. O MyLink se destaca por sua interface intuitiva e de fácil navegação, a qual faz uso de uma tela LCD touch screen de sete polegadas. Por meio do sistema, é possível controlar algumas configurações funcionais do carro, como avisos sonoros de faróis ligados, acionamento do limpador traseiro, travamento automático das portas, entre outros. Outra comodidade viabilizada pelo sistema está na possibilidade de o usuário distribuir o som ambiente do rádio de forma independente em cada uma das caixas de som das quatro portas, além da importação de demais informações tradicionais do celular como, agenda de contatos e histórico de chamadas. À parte de todas estas funcionalidades, o sistema executa funções tradicionais de rádio AM/FM com leitor de áudio para arquivos MP3/WMA. O Stitcher SmartRadio, o qual permite que o usuário acesse podcasts e noticiários sem sair do veículo. Ele permite acessar conteúdo de canais importantes como CBN, CNN, Fox News, ESPN e vários outros canais do mundo. Para utilizar o serviço do Stitcher SmartRadio é necessário que o usuário faça primeiro o download do aplicativo em seu smartphone através da Apple iTunes Store (para usuários de iPhone) ou Play Store (para usuários de Android). O MyLink é oferecido de série na versão LTZ e como opcional na LT e inicialmente estará disponível com o aplicativo Stitcher. Futuramente outros aplicativos serão disponibilizados para o sistema. A versão intermediária, a LT, oferece todos os itens presentes na LS e ainda dispõe de pneus 185/65 R15, alavanca de transmissão cromada, abertura elétrica do porta-malas pela chave, acionamento elétrico das travas das portas, acionamento elétrico dos vidros dianteiros, alarme anti-furto, antena, banco do motorista com regulagem de altura, banco traseiro bi-partido (60/40), chave do tipo canivete com fechamento de portas e vidros, controle de luminosidade do painel de instrumentos e controles de ventilação cromados. Conta também com direção hidráulica, luz de cortesia no portaluvas e porta-malas, maçanetas das portas na cor do veículo, moldura da grade do radiador e das saídas de ar cromadas, painel das portas com acabamento em tecido, para-choques na cor preta, protetor de cárter, puxadores internos das portas cromados, e volante com regulagem de altura e acabamento de pintura metalizada. Ainda na versão LT são oferecidos faróis dianteiros com máscara negra e lente decorativa Ice Blue, lanternas traseiras com lentes escurecidas e saia lateral com acabamento em preto para as versões com motor 1.4. A versão LTZ do Chevrolet Onix, a topo de linha, além de oferecer os itens encontrados na versão LT, oferece ainda pneus 185/70 R14, 44 carmagazine.com.br I novembro 2012

são duasversões de motorização e três de acabamento acionamento elétrico dos vidros traseiros, ar-condicionado de série, computador de bordo, conexão Bluetooth para celulares, conjunto de alto-falantes (2 dianteiros e 2 traseiros), entrada USB, espelhos retrovisores com controle elétrico, faróis de neblina, rodas de alumínio com acabamento diamantado e sistema multimídia MyLynk, este último opcional na versão LT. Em termos de acabamento externo, o Onix é oferecido nas cores sólidas “Branco Summit” , “Vermelho Pepper” e “Preto”; além das metálicas “Laranja Flame” e “Prata Switchblade”. A garantia é de 3 anos sem limite de quilometragem.


chevrolet onix preço R$ 21.990 (LT) a R$ 41.990 (LTZ) motor 1.0 de 80 cv ou 1.4 de 106 cv Transmissão Manual, 5 marchas, tração dianteira Comprimento/largura/altura 3.930mm / 1.705 mm / 1.484 mm Desempenho 0 a 100 km/h em 10 s, 180 km/h máxima (1.4 etanol)

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Hyundai i30

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hyundai i30 Modelo ganha motor 1.6 flex e câmbio automático sequencial de seis marchas. Fotografia: Luca Bassani

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Hyundai i30

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Hyundai CAOA Montadora lançou a nova geração do modelo que chega para dar continuidade ao sucesso do veículo, graças ao desenvolvimento de seu design, qualidade, desempenho e eficiência. Embora o preço do novo modelo não tenha sido anunciado, estima-se que ele deve ficar entre R$ 70.000 e R$ 80.000. Projetado no Centro Técnico da Hyundai Motor Europa, em Rüsselsheim, na Alemanha, esta geração do i30 representa uma nova evolução da exclusiva linguagem de design da Hyundai e oferece uma nova opção de motorização para o modelo no Brasil, o conceituado Gamma 1.6 FFV Flex que foi desenvolvido exclusivamente para o mercado brasileiro. O i30 desafiou as normas da indústria nacional ao registrar vendas crescentes a cada ano. Desde seu lançamento, em 2009, o modelo registrou mais de 105.000 unidades vendidas no Brasil, sendo o carro líder de vendas de seu segmento desde o lançamento. Ao projetar o novo i30, os designers da Hyundai adotaram linhas fortes e fluidas para esculpir um carro com aparência atlética, que transmite uma sensação de movimento constante mesmo quando parado. O carro tem um desenho ousado, que gera uma sensação de confiança por meio de suas características esportivas e proporções dinâmicas. O novo i30 também traz o detalhe principal da assinatura frontal da Hyundai - a grade com formato hexagonal. A aparência hexagonal é típica da Hyundai e define o i30 como membro da família. Os faróis facetados que flanqueiam a grade dão uma personalidade forte ao veículo, assim como uma sensação de refinamento e luxo. O i30 da nova geração estará disponível com o novo motor Gamma 1.6 FFV Flex, de 4 cilindros, DOHC, 16 válvulas, CVVT, com potência máxima de 128 cv a 6.000 rpm. O novo motor bicombustível aumenta ainda mais a competitividade do modelo, além de oferecer ótimo equilíbrio entre desempenho e economia. A construção otimizada deste motor garante força, rigidez e redução de ruído. A transmissão é conectada à estrutura cônica e às nervuras externas, numa configuração que aumenta a rigidez. O deslocamento dos cilindros em relação ao centro do virabrequim reduz o atrito dos pistões, diminuindo as perdas e melhorando o aproveitamento do combustível. Em conjunto com o eficiente motor Gamma 1.6 Flex está a nova transmissão automática de seis velocidades com trocas sequenciais que oferece uma agradável experiência de rodagem e alta eficiência na economia de combustível. É a primeira caixa automática com seis velocidades utilizada num veículo compacto.

Mais compacta e mais leve, ela pode ser operada manualmente para uma condução mais esportiva e econômica. O design mais compacto e leve economiza combustível. O travamento eletrônico da alavanca eleva a segurança. O novo i30 tem suspensão dianteira totalmente independente, montada em subchassi, com torres MacPherson, molas helicoidais, amortecedores a gás e barra estabilizadora antirolagem. Na traseira, eixo de torção, com molas helicoidais e amortecedores a gás. No sistema de freios, os dianteiros são discos ventilados com 15 polegadas e traseiros discos sólidos com 14 polegadas. O refinamento do interior e as especificações do novo i30 foram inspirados nos altos padrões da Hyundai. Ao volante, por exemplo, o motorista conta com direção assistida elétrica 4

além do novo design o i30 passa a oferecer a opção de motor 1.6 flex

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O ar-condicionado passa a ser agora bi-zone Câmbio automåtico agora Ê de 6 marchas sequenciais

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Hyundai i30

Quadro de instrumentos também ganhou novo design

Na traseira a identificação do novo motor e a indicação Flex

Rodas de liga leve são exclusivas para o modelo

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com opção Flex Steer. Com três modos de operação - Comfort, Normal e Sport - o sistema altera o nível de assistência e sensibilidade para se adequar às condições de direção, tornando a viagem mais agradável. O grande painel de instrumentos TFT Supervision oferece a mesma qualidade encontrada em outros modelos da Hyundai, fornecendo um grande nível de informações essenciais para o motorista com a clareza da alta definição. Localizado no console central, o sistema de navegação conta com uma tela sensível ao toque. Os generosos níveis de equipamento do i30 também vão incrementar o conforto dos passageiros. O sistema de climatização com duas zonas garante um ambiente confortável para todos os ocupantes durante viagens longas e o teto solar panorâmico incrementa a iluminação natural dentro do carro. O teto solar panorâmico foi criado para abrir totalmente ou por inclinação,


oferecendo aos passageiros flexibilidade e funcionalidade. Entre os itens de série destaque para faróis HID (xenon), freio de estacionamento eletrônico, câmera de ré embutida no logo traseiro, sensor de chuva, sistema anti embaçamento, piloto automático, botão Start/Stop e chave inteligente, além de espelhos externos rebatíveis. O novo i30 apresenta diversas tecnologias de segurança ativa e passiva para assegurar máxima proteção aos seus ocupantes. A segurança ativa inclui ESC (programa eletrônico de estabilidade), ABS (sistema de freios antibloqueio), VSM (gerenciamento de estabilidade do veículo). Em termos de segurança passiva, a nova geração do i30 é equipada com airbags - frontais laterais e de cortina, oferecendo ainda airbag para os joelhos do motorista como opcional. O novo i30, assim como toda a linha de veículos da Hyundai, conta com cinco anos de garantia sem limite de quilometragem.

Hyundai i30 Preço: R$ 80.000 (estimado) Motor: 1.6 Flex, 4 cil., 16V, DOHC, 128 cv Transmissão: Manual de cinco marchas, tração dianteira Suspensão: McPherson na dianteira, eixo de torção na traseira desempenho: não informado pelo fabricante

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Ford Fusion 2013

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ford fusion 2013 Novo Ford Fusion chega muito mais reďŹ nado e com motor EcoBoost 2.0 turbo. Fotografia: Guilber Hidaka

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Ford Fusion 2013

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otalmente novo, o sedã de luxo da Ford estará disponível no Brasil inicialmente na versão Titanium, equipada com a nova geração de motores EcoBoost 2.0, com potência de 240 cv e nível superior de economia. Seu preço é de R$ 112.990. O novo Fusion foi inspirado no conceito Evos, revelado no Salão de Frankfurt de 2011. Elogiado mundialmente pela sua interpretação esportiva do sedã clássico, o novo Ford Fusion esbanja criatividade, junto com um trabalho meticuloso de engenharia que permitiu captar e transformar em realidade essa proposta, sem comprometer os valores essenciais de desempenho, refinamento e dirigibilidade. Todos os ângulos do novo Fusion foram aprimorados para aumentar a eficiência aerodinâmica. Essa abordagem integral garante um fluxo suave do ar nas superfícies da carroceria. Na frente, o ângulo formado pelo capô e o para-brisa foi altamente otimizado. A grade ampla mostra a nova identidade visual da marca Ford. O para-choque envolvente oferece maior cobertura para os pneus. Mesclando ciência e arte, a aerodinâmica do Ford Fusion 2013 foi trabalhada dentro de uma abordagem integral que permite o fluxo suave do ar em toda a carroceria. O controle ativo de fechamento da grade frontal é uma inovação que ajuda a diminuir o arrasto, desviando o fluxo de ar quando ele não é exigido pelo sistema de refrigeração do motor, e aumenta a economia de combustível. O sistema abre ou fecha automaticamente a grade frontal de acordo com as condições de operação e temperatura dos fluídos do motor. Quando fechada, a grade reduz o arrasto do ar e melhora a aerodinâmica em aproximadamente 6%. No interior, o Fusion Titanium oferece luxo e acabamento impecáveis, com o uso de materiais de qualidade superior, tanto no aspecto tátil como na aparência. O seu interior surpreende pela elegância e pelo design de arquitetura forte e harmônica, criando um ambiente de alta classe que combina o movimento de elementos horizontais do painel com as linhas verticais do console central. O modelo tem bancos de couro macio e com acabamento de luxo. Todas as superfícies do painel, das portas e dos bancos são revestidas com materiais suaves ao toque. O uso de detalhes em metal produz um contraste de acabamento marcante. Os mostradores duplos do painel, alojados em um compartimento de formas curvas, aumentam a sensação de qualidade e esportividade. O Fusion 2013 também é o único carro de volume do segmento a contar com tração integral. Ele vem equipado com a versão mais recente do sistema inteligente AWD, que garante excelente desempenho em diferentes tipos de terreno. O sistema oferece prazer ao volante e confiança mesmo em condições de pista molhada e escorregadia, com grande segurança, reduzindo a necessidade de intervenções do controle de estabilidade. O motor Ford EcoBoost de 2.0 representa a tecnologia mais avançada do mundo em propulsores de alta eficiência a gasolina. Ele combina um turbo de última geração com injeção direta de combustível e duplo comando de válvulas variável, independente na admissão e escapamento, para oferecer dirigibilidade excepcional com economia de combustível. Gerando a mesma potência de um bloco de seis cilindros, com desempenho e economia de combustível impressionantes. No Ford Fusion 2013, ele gera 240 cv com torque de 34,7 kgfm. Ele faz 8,1 km/l na cidade e 10,9 km/l na estrada, o que dá um consumo combinado de 9,1 km/l, em medições feitas de acordo com o padrão do Inmetro. 54

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Para a perfeita sintonia com o veículo, o motor EcoBoost 2.0 é acoplado à moderna transmissão automática SelectShift de 6 velocidades, reconhecida pela excelente relação entre conforto e rapidez. Reforçando a vocação esportiva do novo Fusion, as trocas de marchas podem ser realizadas também de forma manual, através dos dispositivos “Paddle-Shift” localizados no volante. O novo Fusion é líder em itens de tecnologia de segurança no segmento, com uma série de componentes ativos e passivos para proteção dos ocupantes. Os airbags dianteiros ajustam sua atuação de acordo com o tamanho dos ocupantes, usando uma nova tecnologia adaptativa de acionamento. Os cintos de segurança trazem limitador de força e pré-tensionadores nos pontos de ancoragem. Seu pacote tecnológico de segurança supera o dos concorrentes da categoria e iguala o padrão de carros muito mais caros. Ele é o primeiro no segmento a oferecer itens como sistema de estacionamento automático, auxiliar de manutenção na faixa e abertura das portas por código, além de Sync Media System com MyFord Touch. A assistência ativa de estacionamento de última geração do novo Fusion é um de seus grandes destaques tecnológicos. Usando um sofisticado conjunto de sensores, o sistema avalia o tamanho da vaga, 4


modelo serĂĄ comercializado inicialmente na versĂŁo de titanium. o hĂ­bridovem depois

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informa o motorista se o espaço é adequado e atua na direção automaticamente durante a manobra. Esse sistema é capaz de estacionar o veículo mesmo em situações desafiadoras como vagas apertadas (com somente 1,2 vezes o comprimento do carro), vagas em subidas e descidas e também detecta eventuais obstáculos do lado oposto da vaga. Ele tem ainda chave programável MyKey, piloto automático adaptativo com alerta de colisão e acionamento dos freios, sistema de monitoramento de pontos cegos com alerta de tráfego cruzado, além de monitoramento da pressão dos pneus e espelhos retrovisores interno e externos eletrocrômicos. O auxiliar de manutenção na faixa produz uma vibração na direção para avisar o motorista quando o carro apresenta um comportamento irregular na pista. O controle é feito por uma câmera instalada na frente do carro que monitora a estrada e incorpora também o “Driver Alert”, para identificar se o motorista está sonolento. O piloto automático adaptativo com alerta de colisão e suporte de frenagem emergencial permite ao motorista definir a velocidade do veículo sem a necessidade de uso do acelerador. O sistema utiliza radares para detectar veículos se movimentando à frente e alerta sobre potenciais riscos de colisão. Se o radar detecta veículos mais lentos, reduz automaticamente a velocidade para manter uma distância segura. Assim que a pista está livre, ele retorna à velocidade programada. O sistema de monitoramento de pontos cegos com alerta de tráfego cruzado facilita a mudança de faixa e a saída de vagas de estacionamento. Dois radares posicionados nas laterais traseiras acionam uma luz nos retrovisores ao detectar a aproximação de um veículo nos pontos cegos. O alerta de tráfego cruzado atua da mesma forma quando o veículo está em marcha a ré, saindo de uma vaga de estacionamento. A chave MyKey é uma tecnologia que permite limitar o uso do veículo, com a configuração de várias funções de segurança: limitação de velocidade a 130 km/h; aviso sonoro quando atinge as velocidades de 75, 90 e 105 km/h; limitação do volume do áudio a 45% da capacidade máxima; aviso para o uso de cinto de segurança; e alerta de nível de combustível baixo quando a autonomia chega a 120 km. Outra inovação no novo Fusion no segmento é o sistema de farol alto automático, que acende ou apaga as luzes conforme a necessidade. Quando o carro entra em um túnel escuro, por exemplo, ele acende automaticamente os faróis. E também funciona 4

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Ford Fusion 2013

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Acabamento interno foi melhorado e ganhou diversos itens de tecnologia e conectividade Teto solar elétrico é opcional para o modelo

de modo inverso: quando detecta um carro vindo em direção contrária, ele baixa a luz para evitar o ofuscamento. O coração do sistema de conectividade do Ford Fusion 2013 é a tela de LCD de 8 polegadas (203 milímetros), com display de alta definição, gráficos nítidos e simples e menu intuitivo multifuncional. Na mesma tela, funciona o sistema de navegação (GPS) com mapas do Brasil. A conectividade é um dos pontos fortes do novo Fusion. Ele conta com Sync Media System com comandos de voz em português do Brasil para funções de áudio, ar-condicionado, navegador e telefone, com conexão Bluetooth, além de duas entradas USB, leitor de cartão de memória (SD card) e entrada de vídeo/áudio RCA. Além disso, o novo Fusion tem o MyFord Touch – duas telas coloridas de 4,2 polegadas com comandos configuráveis no quadro de instrumentos. 58 carmagazine.com.br I novembro 2012

ford fusion 2013 Preço R$ 112.990 Motor 1.999 cc, Ecoboost, 4 cil., 240 cv, 34,7 kgfm Transmissão Automática, sequencial, seis marchas Peso/material 1.689 kg/aço Comprimento/largura/altura 4.871/1.911/1.484 mm Desempenho não informado pelo fabricante


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RANGE ROVER VOGUE SUV de luxo não teme uma forte aventura. Seja ela onde for Fotografia: luca Bassani / divulgação

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Ícone dos SUV de luxo, o Range Rover Vogue está sempre preparado para superar qualquer obstáculo mas sempre com muito conforto e requinte. Para o Range Rover pode ser um barranco íngrime, lama, cascalho ou até mesmo as temivéis areias do deserto do Marrocos, no norte da África. E foi isso que fomos conferir num percurso de 500 km entre as cidades de Essaouira e Marrakesh. Primeiro, vamos conhecer a quarta geração do Range Rover Vogue em sua versão Autobiography. Mais leve, este Land Rover está ainda mais sofisticado e tecnologicamente atualizado com a introdução do sistema Terrain Response2. O novo modelo foi desenvolvido do zero para chegar ao melhor SUV de luxo, seguindo o espírito inovador do design original criado há mais de 40 anos. O primeiro SUV do mundo com estrutura fabricada totalmente em alumínio, o novo Range Rover Vogue leva as qualidades da bandeira da marca a um novo patamar, com ainda mais luxo e sofisticação, melhor desempenho e dirigibilidade em todos os terrenos e significativos avanços em termos de sustentabilidade. Com projeto e engenharia realizados nos centros de desenvolvimento da Land Rover no Reino Unido, o novo Range Rover Vogue será produzido na fábrica de última geração com baixo consumo de energia, em Solihull, Reino Unido. O novo Range Rover Vogue tem uma forma clean e elegante derivada de uma interpretação totalmente nova das linhas de design do Range Rover. Além de ser imediatamente reconhecido como um legítimo Range Rover, o modelo dá um passo importante em direção à audaciosa evolução da linguagem de design icônica do modelo. Com pouco menos de 5m de comprimento, o novo Range Rover Vogue tem uma atitude muito similar à do modelo anterior, mas com um perfil mais suave e fluido - o Range Rover mais aerodinâmico de todos os tempos; com coeficiente de arrasto de 0,34 - a linha do teto fica 20mm mais baixa em modo de acesso.

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O interior luxuoso tem um caráter moderno e puro, incorporando as linhas distintivas do Range Rover, mas com um tratamento novo e muito contemporâneo. O interior mantém as formas fortes de arquitetura características que são enfatizadas por superfícies extremamente clean e elegantes, executadas impecavelmente utilizando os melhores couros e madeiras disponíveis. Com mais de 118 mm de espaço adicional para as pernas, a parte traseira oferece aos passageiros muito mais espaço e conforto, se o cliente optar pelo novo pacote Executive Class com dois assentos para o máximo luxo na parte traseira. Para permitir que os clientes criem seu veículo customizado perfeito, a ambiência luxuosa única desse novo Range Rover Vogue pode ser amplamente personalizada com uma grande variedade de cores, acabamentos e detalhes especiais, desde interiores com ornamentos coloridos da exclusiva série Autobiography até a variedade de rodas estilizadas de liga leve de até 22 polegadas de diâmetro. Entre as inovações que lideram o setor está uma versão revolucionária da próxima geração do sistema Terrain Response da Land Rover, que analisa as atuais condições de direção e automaticamente escolhe a configuração mais apropriada para o veículo naquele momento. Tração extraordinária e estabilidade dinâmica são propiciadas pelo comprovado sistema 4WD inteligente integral do Range Rover, com uma caixa de transferência de duas velocidades, trabalhando paralelamente com os sofisticados sistemas de controle de tração eletrônica. A amplitude de capacidade sem comparação do novo Range Rover Vogue também se reflete em sua estrutura extremamente forte com geometria de carroceria melhorada para todas as condições de terreno, a submersão máxima que foi melhorada de 200 mm para 900 mm, e sua posição como melhor veículo de 4


Versão Autobiography é a top de linha do ícone dos SUV de luxo

Segunda geração do sistema Terrain Response dá ainda mais capacidade off-road ao modelo Não é só o motorista e passageiro da frente que merecem conforto e mimos. Aqui o do banco traseiro também tem

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nos 500 km que rodamos pelas dunas do marrocos, a range rovervogue comportava-se como se estivesse dando umavoltinha na esquina. ela não liga para terreno ruim reboque em sua classe, com capacidade para 3,5 kg. Os Range Rovers são reconhecidos por fornecer aos seus ocupantes a sensação de sereno isolamento do mundo caótico lá fora, e o novo modelo teve sua engenharia realizada para atender aos padrões mais altos de sofisticação para carros de luxo. Com suas aclamadas linhas de motores de excelente torque, o novo Range Rover Vogue fornece desempenho rápido e sem esforços. Os clientes têm a escolha de dois motores, um a gasolina (375 cv LR-V8 de 5.0 litros e 510 cv LR-V8 Supercharged) e dois a Diesel (258 cv TDV6 de 3.0 litros e 339 cv SDV8 de 4.4 litros), e todos vêm com uma suave transmissão automática de oito velocidades. O novo Range Rover Vogue vem com uma revolucionária estrutura toda em alumínio, 39% mais leve que a carroceria de aço do modelo anterior. Dando continuidade à liderança da Jaguar Land Rover em estruturas inspiradas em engenharia aeroespacial, leves e com alto desempenho, a carroceria toda em alumínio permite que o novo veículo melhore significativamente tanto o desempenho quanto a eficiência. Essa economia de peso melhora a característica sensação do Range Rover de desempenho sem esforços, mas também melhora sua eficiência. Por exemplo, o modelo 510 cv LR-V8 Supercharged agora pode acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 5,1 segundos, uma redução 64 carmagazine.com.br I novembro 2012

de 0,8 segundos em relação ao modelo anterior. O consumo de combustível, contudo, é reduzido em 9%. A estrutura mais leve também possibilita introduzir o sofisticado motor TDV6 de 3.0 litros na linha do modelo (sem previsão para o mercado brasileiro). Este motor menor traz uma economia total de peso de até 420kg, e propicia uma drástica redução de 22% no consumo de combustível e emissões de CO2, atingindo números de 37,7mgg (7,5 litros/100km) e 196g/km. As credenciais ambientais do novo Range Rover serão ainda mais melhoradas pela introdução de um modelo híbrido a diesel de última geração em termos de eficiência o mais tardar em 2013 (alvo de emissão de CO2 de 169g/km). O interior mantém as características formas fortes de arquitetura que são enfatizadas por superfícies extremamente clean e elegantes, executadas impecavelmente utilizando os melhores couros e madeiras disponíveis. Construído com a assinatura da arquitetura de interiores do Range Rover, a peça de centro da cabine é a ousada inserção entre os fortes elementos horizontais do painel de instrumentos e as linhas verticais da parte central. Pelo centro da cabine, foi criado um novo e poderoso desenho pelo amplo console central, que vai desde o motorista até o passageiro da


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parte dianteira. O console possui uma linda superfície de madeira esculpida que parece flutuar sobre o alto do suporte, e chama a atenção pela qualidade absoluta dos materiais à mostra. Os projetistas deram atenção especial ao conforto dos assentos traseiros, e o novo Range Rover oferece significativo espaço adicional para as pernas na parte traseira, além da opção dos luxuosos assentos Executive Class com dois assentos individuais totalmente ajustáveis. Ao verdadeiro estilo Range Rover, três tipos de couro de primeira qualidade foram generosamente aplicados no interior cobrindo praticamente toda a superfície desde os assentos e painel de instrumentos até as portas e destaque. Modelos de séries superiores vêm com o mais sofisticado couro semianilina, com lindas partes em alto relevo trabalhadas a mão por serem excepcionalmente maleáveis e terem aparência natural. Cada elemento da costura é precisamente especificado pelos peritos da Range Rover, desde o tamanho e direção da costura até a espessura e material das linhas. Até mesmo o tamanho e forma da agulha são definidos para garantir que haja um consistente acabamento da mais alta qualidade. Construído com a lendária herança da Land Rover em veículos capazes de superar os mais difíceis climas e superfícies, o novo Range Rover Vogue foi desenvolvido para atingir eficiência líder de categoria

em todos os tipos de terreno, com suprema compostura em todas as condições. Com sua avançada carroceria de baixo peso, suspensão de última geração e exclusivas tecnologias Terrain Response 2, o novo modelo novamente elevou seus padrões, tanto em termos de capacidade na estrada quanto em desempenho fora da estrada. Garantindo que o veículo seja sempre dirigido utilizando o modo ideal, o novo sistema também consegue mudar completamente entre os cinco tipos de configurações: Geral; Grama/Cascalho/Neve; Lama/ Raízes; Areia; e Pedras Soltas. Como todos os sistemas Terrain Response 2, cada configuração otimiza a dirigibilidade e tração adaptando as respostas do motor, câmbio, diferencial central e sistemas de chassi do carro para atender às exigências do terreno. Ao passo que funciona de forma completamente automática, o Terrain Response 2 Auto também fornece ao motorista uma função adicional, como informar quando o motorista deve selecionar perfil baixo ou altura para condições fora de estrada, quando o sistema calcula ser necessário. O novo sistema de suspensão propicia direção em alto nível - com 260 mm de movimento na dianteira e 310 mm na traseira quando comparado a menos de 200 mm para a maioria dos veículos concorrentes - fornecendo excepcional articulação do volante e 4 novembro 2012 I carmagazine.com.br 65


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Range Rover Vogue

o marrocos ĂŠ um paĂ­s encantador que sabe receber muito bem os turistas 66 carmagazine.com.br I novembro 2012


compostura para lidar com as condições mais difíceis. Como em Range Rovers anteriores, a arquitetura da suspensão de baixo peso é combinada com molas a ar de quatro pontas para otimizar a versatilidade do veículo tanto em estrada quanto fora dela. As molas a ar oferecem altura variável de direção e são cruzadas para máxima articulação do eixo. O desempenho dos sistemas de suspensão do novo Range Rover Vogue é ainda mais melhorado pelo uso de avançadas tecnologias de chassi para otimizar a dinâmica do veículo. Pela primeira vez no Range Rover está disponível o sistema de controle de inclinação ativa Resposta Dinâmica da Land Rover. Reduzindo drasticamente o volume de inclinação da carroceria nas curvas, a Resposta Dinâmica transforma a dirigibilidade do veículo e conforto dos ocupantes. O mais novo sistema de dois canais é capaz de controlar os eixos dianteiros e traseiros independentemente, permitindo que seja ajustado para fornecer agilidade a baixas velocidades e ainda melhor controle e estabilidade em altas velocidades. Como nos anteriores sistemas de controle de inclinação ativos da Land Rover, a capacidade fora da estrada é efetivamente melhorada quando o sistema é adaptado. Se o sistema detecta condições fora de estrada, o módulo de controle isola a barra estabilizadora e reduz o nível de compensação de rodagem, permitindo assim maior articulação do volante e aumentando a área de contato com o terreno.

A Dinâmica Adaptativa que apresenta amortecedores continuamente variáveis é uma característica de série em todos os Range Rovers e fornece balanceamento ideal de direção e controle oferecendo configurações infinitamente variáveis de amortecedor entre extremamente macias e duras. O sistema Dinâmica Adaptativa monitora os movimentos do veículo pelo menos 500 vezes por segundo, reagindo às ações do motorista ou do terreno instantaneamente para fornecer maior controle e minimizar movimentos do corpo dos ocupantes, o que propicia uma viagem suave e com compostura. O sistema ainda identifica condições fora de estrada e otimiza os amortecedores de forma correspondente. Os Range Rovers são reconhecidos por sua capacidade de superar as superfícies mais desafiadoras em termos de baixa aderência, e o último modelo traz essa experiência apresentando o sistema 4WD inteligente integral do Range Rover, com uma caixa de transferência de duas velocidades que fornece opção de baixo alcance para condições difíceis fora da estrada ou na utilização de reboque. O coração do sistema 4WD é a caixa de transferência que fornece acionamento permanente nas quatro rodas por meio de um diferencial central com divisão 50/50 do torque. Extraordinária tração e estabilidade dinâmica são mantidas por embreagem multidisco controlada eletronicamente que fornece uma trava do diferencial central e função de balanceamento de torque. 4 novembro 2012 I carmagazine.com.br 67


aventura

Range Rover Vogue Nas cidades o trânsito não é bem organizado, o que exige sempre a atenção do motorista

Utilizando informação de deslize de direção a partir de vários sensores do veículo, a unidade de controle utiliza a embreagem multidisco para distribuir o torque entre as rodas de forma ideal, trabalhando paralelamente com os sofisticados sistemas eletrônicos de controle de tração. A caixa de transferência oferece faixas altas e baixas, utilizando um sistema totalmente sincronizado de duas velocidades de “mudança de acordo com o movimento” que permite que o motorista altere a faixa em velocidades de até 60km/h sem ter de parar o veículo, o que propicia excepcional flexibilidade em condições desafiadoras. condições de terreno, e fornece 17 mm adicionais de altura do chão, ficando em 303 mm (medidos em altura de direção fora de estrada) e melhor abordagem e ângulos de saída. O assoalho do veículo foi especialmente projetado para fornecer uma superfície suave, com suave transição entre os componentes da suspensão, para reduzir a suscetibilidade a danos ou interferências. A submersão máxima também melhorou significativamente para 900 mm, um aumento de 200 mm. Isso é possível em parte devido a um inovador sistema de entrada de ar, que retira o ar entre os painéis internos e externos do capô nas laterais do veículo antes de fluir para o sistema de coleta nas laterais do compartimento do motor. O sistema de suspensão a ar que teve sua engenharia totalmente refeita também melhorou significativamente a capacidade fora da estrada introduzindo um sistema automático que varia entre duas alturas de direção (+40 mm, +75 mm) quando a configuração fora da estrada é selecionada, em vez de uma posição única de +55 mm. 68 carmagazine.com.br I novembro 2012

Todos os motores a gasolina e diesel do novo Range Rover Vogue são equipados com uma avançada caixa de câmbio automática ZF 8HP70 de oito velocidades controlada eletronicamente. A transmissão foi adaptada pelos engenheiros para combinar troca suave com resposta extremamente rápida e consumo otimizado de combustível. Os controles incluem de série, borboletas montadas na parte traseira do volante, que permitem que o motorista assuma o controle da mudança de marchas manualmente – a transmissão também aceitará múltiplas descidas de marcha, mantendo uma transição absolutamente suave entre os coeficientes. A leve transmissão otimizada de oito velocidades é a parceira perfeita para os motores a gasolina O novo Range Rover Vogue é o primeiro SUV do mundo com avançada estrutura de carroceria totalmente em alumínio, o que proporciona significante redução de peso, melhor desempenho e mais sustentabilidade. Essa arquitetura com baixo peso totalmente nova sustentará a próxima geração de SUVs Range Rover e é o resultado de um programa que recebeu investimentos de £1 bilhão. Seu design dá continuidade à liderança da Jaguar Land Rover em estruturas em alumínio de baixo peso de alto desempenho inspiradas no setor aeroespacial. A empresa é pioneira na abordagem de produção em massa, iniciada em 2003. A estrutura totalmente em alumínio do novo Range Rover Vogue é 39% mais leve que a carroceria de aço do atual modelo, representando uma redução de peso de mais de 180kg somente em carroceria.


Não apenas a leveza em sua categoria por uma margem significativa, a estrutura de alumínio é também incrivelmente forte. Ela teve sua engenharia projetada para suportar os mesmos grandes impactos fora de estrada de todos os Land Rovers. As articulações da carroceria são rebitadas e unidas utilizando técnicas originalmente desenvolvidas para o setor aeroespacial e adaptadas para uso automotivo pela Jaguar Land Rover. Essa estrutura significa que os métodos de construção intensivos tradicionais, tais como solda local, não são mais necessários, e o novo Range Rover Vogue é produzido em uma instalação de carrocerias de última geração totalmente nova. Para melhorar ainda mais sua impressionante gama de qualidades, o novo Range Rover Vogue teve sua engenharia realizada com as últimas tecnologias em carros e segurança, desde funções avançadas para auxiliar na direção, como o último sistema Controle de Cruzeiro Adaptativo, até uma grande variedade de tecnologias ativas e passivas de segurança. O novo Range Rover Vogue vem com significantes tecnologias inteligentes para garantir que os motoristas tenham uma experiência relaxada e sem estresse ao volante. As últimas características de assistência ao motorista disponíveis para melhorar o conforto e segurança incluem um melhorado Controle de Cruzeiro Adaptativo (ACC) que opera mesmo quando o veículo estiver em baixa velocidade ou parado. Além da funcionalidade ACC de série, que mantém um espaço de tempo pré-definido em relação ao veículo da frente a velocidades baixas ou trânsito pesado, as novas características Assistente de Fila

melhora a função ACC para permitir que o veículo pare totalmente quando encontrar trânsito pesado. Quando o carro à frente sair, o motorista pode retomar a operação do ACC simplesmente pisando no acelerador. O carro então acelera novamente até a velocidade pré-definida, mantendo o espaço de tempo em relação aos veículos à frente. O novo Range Rover Vogue adota a última tecnologia em direção elétrica assistida (EPAS), que tem melhor potencial para extraordinária sensação na direção e ajuda a reduzir as emissões de CO2 gerais do veículo. A nova tecnologia também permite que os clientes se beneficiem da função Assistente de Estacionamento, que ajuda a identificar uma vaga de estacionamento paralela e então automaticamente conduzir o veículo à vaga. lAND ROVER VOGUE autobiography Preço R$ 500.000 (estimado) À venda 2013 Motor 4.999 cc, V8, 32V, supercharged, 510 cv @ 6.000 a 6.500 rpm, 62 kgfm @ entre 2.500 e 5.500 rpm Transmissão Automática, 8 marchas, tração integral Suspensão Molas pneumáticas, amortecimento adaptativo de altura variável e controle ativo da inclinação Dynamic Response na dianteira e traseira Peso/material 2.330 kg/alumínio Comprimento/altura/largura 4.999/1.835/1.983 mm Desempenho 0 a 100 km/h em 5,4 s, 225 km/h de máxima, 322 g CO2/km

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Salão de São Paulo O Brasil está, definitivamente, na mira do mercado automotivo global. A presença de presidentes mundiais das montadoras e a escolha do evento para fazer a avant première de modelos ainda inéditos no mercado internacional eleva o status do 27º Salão Internacional do Automóvel de São Paulo. O evento sintetizou a conjuntura favorável do mercado nacional e as boas perspectivas nos10 dias do evento. Ao todo 500 veículos, de 49 marcas distintas – entre lançamentos, modelos com upgrade e carros-conceito, estiveram em exposição. Por: Marcelo Sáes - Fotografia: Luca Bassani / Divulgação

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especial

Sal達o de S達o Paulo

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especial

Salão de São Paulo

ACura

conceito híbrido NSX a acura, fabricante de veículos de luxo controlada pela Honda, esteve no evento paulistano e apresentou três modelos refinados, com propostas diferentes, e ainda aproveitou para anunciar sua vinda ao mercado brasileiro, programada para 2015. Com mais de 20 anos de atuação no segmento de luxo, a marca é conhecida pelos veículos com altos níveis de conforto, segurança e alta performance. Em seu estande, a marca exibiu o conceito híbrido NSX, um superesportivo com design agressivo,

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linhas fluídas e muito requinte. A próxima geração do modelo será equipada com um motor V6 a gasolina, dois motores elétricos, uma transmissão com dupla embreagem e tração integral. Outro destaque foi o sedan de luxo ILX, na versão 2.0L com transmissão automática de cinco velocidades. O carro tem um design exclusivo, com linhas modernas e aerodinâmicas, além de muita tecnologia embarcada. Apesar de ser considerado um compacto, o carro pode acomodar, com muito conforto, até cinco passageiros.

Para completar, a Acura mostrou o SUV RDX, que oferece um belo design com alta qualidade de acabamento, além do pacote de equipamentos tecnológicos de última geração. Segundo a marca, o carro proporciona conforto e luxo de um SUV de grande porte, com desempenho e economia de um veículo compacto. Esta versão tem motor V6 de 3.5 litros com controle otimizado de uso dos cilindros, transmissão automática de seis velocidades, tração 4X4 e suspensão independente nas quatro rodas.


Aston Martin

rapide

a fabricante britânica Aston Martin trouxe três modelos, num total de cinco versões, para compor seu espaço no Salão de São Paulo deste ano. Entre eles estavam a linha 2013 do Vantage V8, nas versões coupé e roadster, o Vantage S, derivado da versão V8, o lendário DBS e o Rapide, luxuoso coupé de quatro portas da marca inglesa. O grande destaque foi o Vantage V8 2013, que ganhou mudanças significativas no desempenho, no visual, além de oferecer novos equipamentos. As alterações incluem melhorias no chassi, no sistema de direção, no conjunto de freios e ainda ganhou pneus mais largos. O carro tem motor V8 de 4.7 litros com 420 cv e 48,4 kgfm de torque e como novidade, o modelo oferece agora a transmissão automatizada de sete marchas Sportshift II, mantendo a opção de câmbio manual de seis velocidades. Ainda na linha Vantage a marca exibiu o modelo S, uma versão derivada do Vantage V8, com mais potência e desempenho. Seu motor é o mesmo 4.7 litros, porém, com 430 cv e 50,5 kgfm de torque, oferecido pela primeira vez com câmbio manual de seis velocidades. Como exclusividade, o modelo tem sistema de exaustão próprio, mais esportivo, e pacote aerodinâmico com detalhes em fibra de carbono. Para completar a exposição estava o famoso DBS, um dos modelos mais rápidos da marca, equipado com um poderoso motor V12 de 6.0 litros com 510 cv com aceleração de 0 a 100 km/h em 4,3 segundos. Ao lado dele estava o Rapide, o coupé de quatro portas equipado com motor V12 de 6.0 litros com 470 cv, que além do alto desempenho, oferece um generoso e sofisticado espaço interno.

jac

J2

A JAC MOTORS, próxima marca chinesa a se instalar no Brasil, apresentou três novidades para o Brasil, o subcompacto J2, a versão Sport do hatchback J3 e o caminhão leve T140, que marca o ingresso da marca chinesa no segmento de comerciais leves no mercado brasileiro. O J2 foi o principal lançamento da marca no evento. Com pouco mais de 3,5 metros de comprimento e 915 kg de peso, o subcompacto chega como uma proposta interessante de veículo para uso urbano. O modelo é oferecido em uma única versão, trazendo uma lista completa de equipamentos de série que inclui ar-condicionado, direção com assistência elétrica, airbag duplo,

freios ABS, e muitos outros. O motor é o mesmo 1.4 litro de 108 cv da linha J3, que pode levar o modelo de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos, com velocidade máxima de 187 km/h. Seu preço é de R$ 33.900. Outra importante novidade é o hatch J3 Sport, equipado com o motor Flex de 1.5 litro com potência máxima de até 127 cv, quando abastecido com etanol. Este propulsor é o mesmo do modelo J5, que foi modificado para receber a nova tecnologia JetFlex, criada pela JAC Motors em parceria com a Delphi, e que não utiliza o famoso “tanquinho” de gasolina. O carro também oferece uma completa lista de equipamentos de série.

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LAND ROVER

Range Rover Vogue cONTROLADA AGORA PELA Jaguar/ Land Rover para a América Latina e Caribe, a marca britânica trouxe para a exposição toda a sua gama de veículos comercializados no Brasil. Como principal atração estava a nova e belíssima geração do Range Rover Vogue, que tem agora uma estrutura produzida totalmente em alumínio, oferecendo um design elegante e sofisticado, com alto padrão de acabamento e elevado nível de luxo e conforto. O belíssimo utilitário, recém-lançado no mercado mundial, oferece duas opções de motores, um V8 a gasolina de 5.0 litros sobrealimentado com 510 cv e um turbo diesel de 4.4 litros com 339 cv, ambos com transmissão automática de oito velocidades. No interior, uma sofisticada e atual geração de equipamentos eletrônicos para oferecer o máximo em conveniência e entretenimento para todos os ocupantes. O conforto, uma das mais importantes características do modelo, foi ampliado com uma nova gama de materiais de alta qualidade que revestem todo o habitáculo. O novo Range Rover Vogue estará disponível no mercado brasileiro no começo de 2013.

RENAULT

Duster dcross com mUITA DESCONTRAÇÃO e interatividade, a Renault mostrou aos visitantes da mostra paulistana os novos modelos que em breve estarão rodando pelas ruas do Brasil. Entre os destaques estava o Novo Clio, que passou por uma renovação visual, inspirada na nova geração do modelo europeu, e ficou com a aparência mais agressiva, evidenciando a esportividade do modelo. O novo Clio também poderá ser personalizado com os kits exclusivos de adereços e acessórios oferecidos pela Renault. Outra importante novidade é a chegada da versão GT do sedã Fluence, que traz a assinatura da Renault Sport, a divisão esportiva da marca. No estilo, o carro ganhou rodas exclusivas de 17 polegadas, um kit com elementos aerodinâmicos, bancos esportivos, pedaleiras de alumínio, painel digital e muitos detalhes diferenciados. Esta versão esportiva é equipada com motor turbo de 2.0 litros com 180 cv de potência e 30,6 kgfm de torque. Segundo a marca, o carro acelera de 0 a 100 km/h em 8 segundos e tem velocidade máxima de 220 km/h. Para atrair o público do evento, a Renault exibiu um “showcar” inspirado no utilitário Duster chamado de DCross. Outro exercício de criatividade é o carro-conceito Captur, um versátil crossover de amplas dimensões e desenho esportivo. A Renault também levou os modelos elétricos Fluence Z.E. e o urbano Twizy.

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especial

Salão de São Paulo

audi

A1 quattro a audi foi uma das marcas que mais trouxe novidades para a edição deste ano do Salão de São Paulo. Em seu estande, além dos modelos já disponíveis no mercado brasileiro, a Audi apresentou seis novos modelos, sendo duas versões exclusivas e limitadas, e quatro que vão compor o seu portfólio de produtos no país. Para abrilhantar o espaço, um exemplar do novo Audi A3 Sportback, revelado no Salão de Paris, estava exposto em um lugar de destaque no estande. Como exclusividade chegam os modelos A1 quattro e R8 GT Spyder, com apenas duas unidades de cada versão disponíveis para o mercado brasileiro, das 333 unidades que serão produzidas de cada um. O compacto A1 quattro está equipado com um motor 2.0 TFSI de 256 cv e 35,6 kgfm de torque, câmbio manual de seis velocidades e tração integral quattro. O carro acelera de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos, podendo chegar a velocidade máxima de 256 km/h.

Seu preço para o Brasil ainda não está definido. Já o poderoso R8 GT Spyder tem motor V10 de 5.2 litros FSI com 560 cv e 55 kgfm de torque, acoplado ao câmbio automatizado R Tronic de seis marchas e tração integral quattro. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 3,8 segundos e pode avançar até a velocidade máxima de 317 km/h. O poderoso conversível custa no Brasil R$ 1,2 milhão. Entre as novidades estão os modelos S6, nas versões Sedan e Avant, S7 e S8. Os dois primeiros são equipados com motor V8 4.0 TFSI de 420 cv com sistema Start/Stop, transmissão S Tronic de sete velocidades e tração integral quattro, porém, oferecem diferentes estilos e acabamentos. O S8 é o topo de linha da família S, considerado um esportivo de fraque, e está equipado com uma versão mais potente, com 520 cv, do motor 4.0 dos modelos anteriores. Sua transmissão é a Tiptronic de oito velocidades. Seu desempenho permite sair do 0 e chegar aos 100 km/h em 4,2 segundos, até

atingir a velocidade máxima de 250 km/h, limitada eletronicamente. Alguns componentes estéticos exclusivos o diferencia da versão original. A grande estrela da marca foi o novo A3 Sport, a versão de três portas do hatchback alemão, que deve chegar ao mercado em fevereiro de 2013. Este modelo foi desenvolvido sob o conceito Audi Ultra, de construção de baixo peso, com uso de alumínio em algumas partes do carro, como capô e para-choques. O conjunto mecânico é composto pelo motor 1.8 TFSI de 180 cv com sistema Start/ Stop e transmissão S Tronic de sete marchas, que proporciona uma aceleração de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos. O carro incorpora a atual identidade visual da marca e está recheado de alta tecnologia. Sistemas de segurança ativa e passiva e equipamentos de entretenimento e conforto fazem parte da lista de equipamentos de série do modelo, que também tem a sua disposição uma vasta quantidade de itens opcionais.

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especial

Salão de São Paulo

bmw

série 6 e fabricação nacional a bmw marcou sua presença na edição deste ano do Salão de São Paulo com novidades em produtos, destacando a chegada de um novo modelo da Série 6 e revelando oficialmente alguns detalhes do seu plano de investimentos para o Brasil, com a instalação de uma fábrica de veículos no sul do país. Em um espaço de 800m², a marca bávara criou um espaço destinado a sub-marca BMW i e ainda exibiu um pouco da história da divisão esportiva BMW M, junto com os novos modelos M5 e M6, além de outros modelos da marca. A estrela do estande da BMW foi novo modelo 650i Gran Coupé, o primeiro modelo da categoria coupé de quatro portas da BMW, que chegará ao mercado brasileiro no ano que vem pelo preço estimado de R$ 577.200. O novo modelo também é o primeiro veículo equipado com um motor V8 de 4.4 litros biturbo com 450 cv de potência e 66,2 kgfm de torque. Junto ao motor esta a transmissão automática de oito

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velocidades. Sua velocidade máxima é de 250 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 4,6 segundos. O novo BMW 650i Gran Coupé tem estilo próprio, com design elegante e interior exclusivo com níveis elevados de conforto e tecnologia. O carro foi projetado para acomodar quatro passageiros com o máximo de conforto, porém, ele oferece um assento adicional para um terceiro ocupante no banco traseiro. O carro é equipado com uma grande variedade de sistemas avançados de segurança e de auxilio ao motorista, além de um sofisticado sistema de entretenimento. Durante a apresentação da marca, o presidente do BMW Group Brasil, Henning Dornbusch, anunciou a confirmação da intenção de construir uma fábrica de veículos no Estado de Santa Catarina, no munícipio de Joinville, com início de produção previsto para 2014. O investimento estimado será de aproximadamente 200 milhões de euros e o volume inicial de

produção será de até 30 mil veículos por ano. Também estavam no estande da BMW o conceito 335i ActiveHybrid e um dos quatro veículos produzidos da edição especial Pure Impulse do BMW Z4. A divisão esportiva BMW M trouxe os novos M5, M6 Coupé e o modelo Z4 GT3, utilizado pela equipe BMW Team Brasil no Campeonato Brasileiro de Turismo. Pela primeira vez no país, a BMW colocou a disposição dos visitantes os acessórios M Performance, que poderiam ser vistos instalados em BMW 320i, além de outros veículos equipados com os pacotes da linha esportiva. A marca alemã ainda mostrou um pouco da sua divisão de motocicletas, a BMW Motorrad, representada pelos modelos BMW S 1000 RR, BMW K 1600 GT e BMW F 800 GS. Para completar, uma loja com artigos exclusivos da marca oferecia mais de 550 produtos, com destaque para os modelos de bicicletas BMW e os acessórios da linha M.


mini

paceman em um espaço de 384 m², a marca inglesa colocou toda a família dos divertidos e charmosos MINI Cooper, desde a versão de entrada MINI One, passando pelas esportivas versões John Cooper Works, até chegar ao vencedor das famosas competições Rally Dakar e Rally dos Sertões, o MINI Countryman All 4 Racing. Entre as novidades estava a versão especial “Highgate”, disponível para o modelo MINI Cooper S Cabrio, com estilo refinado, discreto e acabamento interno exclusivo. O carro também tem equipamentos de série sofisticados, como bancos em couro, ar-condicionado automático, GPS, volante multifunções, e muitos outros. Sob o capô o motor 1.6 turbo, com função overboost, de 186 cv e transmissão automática de seis velocidades. A grande estrela da marca foi o MINI Paceman, o sétimo integrante da família de compactos britânicos e o primeiro Sport Activity Coupé no segmento compacto premium. Muitos itens de segurança ativa e passiva, além de equipamentos de informação e entretenimento fazendo parte do pacote de série. O carro é oferecido nas versões Cooper, com 123 cv e na Cooper S, com 186 cv. Assim como seu modelo de origem, o Countryman, o Paceman também tem a versão com tração integral (ALL4) e chegará ao mercado brasileiro em 2013.

porsche

911 carrera 4s a alemã porsche apresentou em seu estande três novidades para os exclusivos consumidores de veículos esportivos de luxo da América Latina, além dos demais modelos da marca. O grande destaque foi o novo 911 Carrera 4S, nas versões coupé e cabriolet, que têm como principais diferenças, em relação a versão convencional, a tração integral ativa e os paralamas e pneus traseiros mais largos. O motor da versão coupé é um Boxer de 3.8 litros com 400 cv, que pode trabalhar com transmissão manual de sete velocidades ou a automática PDK. O cabriolet é equipado com motor Boxer de 3.4 litros com 350 cv, com as mesmas opções de transmissão. Outro importante lançamento foi o do novo Cayenne GTS, que oferece mais potência e melhor comportamento dinâmico, principalmente em função do chassi reforçado, da carroceria rebaixada e dos finos ajustes da suspensão. Na aparência, detalhes estéticos exclusivos para garantir a sua própria identidade. Ele é equipado o motor V8 de 4.8 litros com 420 cv, tração integral ativa e transmissão Tiptronic S de oito velocidades. O modelo acelera de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos e tem velocidade máxima de 261 km/h. Para completar, a Porsche apresentou o novo Panamera GTS, com a mesma proposta de desempenho e comportamento do Cayenne GTS, inclusive com os mesmos tipos de alterações físicas, nas devidas proporções, inclusive com detalhes estéticos diferenciados. O modelo utiliza a mesma versão de motorização do SUV, porém, com 430 cv. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 4,5 segundos, podendo chegar a velocidade máxima de 288 km/h.

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especial

Salão de São Paulo

Citroën

survolt elétrico

Volvo

v40 e v60 A fabricante escandinava de veículos de luxo exibiu no Salão de São Paulo toda a sua linha atual de veículos. A grande estrela da marca no evento foi o novo hatchback V40, considerado o automóvel mais seguro do planeta. O modelo é o primeiro veículo equipado com airbag externo para proteção de pedestres. Seu inovador sistema de segurança pode minimizar as consequências de um atropelamento quando um airbag externo é ativado em caso de impacto frontal, em velocidades entre 35 e 50 km/h. Abaixo disso, um outro sistema pode parar completamente o veículo se o motorista não esboçar qualquer reação quando detectada a presença de um pedestre. O carro ainda tem um dispositivo de aviso de mudança de faixa, assistente de estacionamento, sistema anticolisão e dispositivo de monitoramento de placas de velocidades. O novo Volvo V40 chegará ao mercado brasileiro em 2013. Como atração, a marca levou a versão V60 Racing, um carro de corrida feito para homenagear o Volvo 850, que disputou duas temporadas do Campeonato Britânico de Turismo, em 1993 e 1994. Outra proposta é apresentada pelo modelo C30 Electric, um veículo 100% elétrico com autonomia de 150 km e que tem velocidade máxima de 130 km/h, tudo sem poluir o meio ambiente.

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a família da linha DS da marca francesa será ampliada no primeiro trimestre de 2013, período em que vão desembarcar no país os novos DS4 e DS5, as estrelas do estande da Citroën. Os dois modelos seguem a mesma filosofia de design do caçula DS3, lançado este ano no Brasil, com estilo marcante e formas robustas, além de muita sofisticação. Mesmo com tanta riqueza de detalhes, a esportividade é uma característica explícita na personalidade desta família. No interior, muito requinte e materiais de alta qualidade, com acabamento de alto nível que transmitem a sensação de muito conforto. Os dois novos modelos, assim como o DS3, são equipados com o motor 1.6 turbo THP de 165 cv e 24,5 kgfm de torque e transmissão automática de seis velocidades. Além da linha DS, outra presença notável no estande da Citroën foi o extravagante conceito elétrico Survolt, um modelo com estilo agressivo e características aerodinâmicas bastante acentuadas. O carro é equipado com dois motores elétricos com potência combinada de 300 cv, que em apenas 5 segundos podem levar o carro da inércia aos 100 km/h. Sua velocidade máxima é de 260 km/h.


fiat

500 cabrio em um amplo espaço de quase 3.000 m², a grande estrela do estande da Fiat foi o pequeno e charmoso Fiat 500 Cabrio, o primeiro conversível da marca lançado no Brasil. O compacto italiano é equipado com um teto de lona com acionamento elétrico, que pode abrir ou fechar em velocidades de até 80 km/h. O Fiat 500C é equipado com motor MultiAir de 1.4 litro 16V com 105 cv e 13,6 kgfm de torque, transmissão automática de seis marchas e uma grande variedade de itens de segurança, conforto e conveniência. A Fiat também oferece dois kits de acessórios e onze possibilidades de personalização. O modelo já está disponível para comercialização, com

preço a partir de R$ 57.900. Junto ao novo conversível estava a sofisticada e exclusiva versão Gucci do Fiat 500, pintado na cor branca perolizada, com impecável qualidade de acabamento e equipamentos de série de alto nível. Nos detalhes, o duplo “G” da famosa grife desenhado no centro das exclusivas rodas de 16 polegadas, elementos cromados acetinados no interior, faixa na lateral da carroceria em verde-vermelho-verde, as tradicionais cores da Gucci, também aplicadas nos bancos e em outros componentes do interior. Esta série limitada será vendida no Brasil pelo preço inicial de R$ 60.800. A Fiat também promoveu a pré-estreia de

duas séries especiais: A Sublime, para os sedãs Grand Siena e Linea, com itens de acabamento exclusivos e mais requintados, e a Interlagos, derivada das versões Sporting dos modelos Palio e Uno, que será comercializada a partir do final de novembro, na ocasião do GP do Brasil de Fórmula 1. Os carros são pintados com a nova cor Amarelo Interlagos e agregam itens que ampliam seu caráter esportivo. Para atrair os visitantes do evento, a Fiat reservou um espaço estratégico em seu estande para exibir duas poderosas máquinas italianas, uma Ferrari 458 Spider e uma Maserati Gran Cabrio Sport, o primeiro conversível de quatro lugares da marca.

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SsangYong

chairman w os novos tempos da SsangYong, representada no Brasil pela importadora Districar, também trouxe novidades para o evento, entre elas dois novos modelos que serão lançados no país no início de 2013, o renovado utilitário Rexton W, que está mais moderno, com um novo motor e ainda ganhou melhorias no interior, e o elegante sedã de luxo Chairman W, com mais de 5 metros de comprimento, motor de 3.2 litros com 225 cv e muito bem equipado. Além deles, a marca apresentou o protótipo XIV-2, um veículo com design arrojado e que servirá de inspiração para os futuros utilitários esportivos da marca. A principal aposta da SsangYong está na terceira geração da picape Actyon Sports, que está com novo visual, moderno e muito mais atraente, assinado pelo renomado designer italiano Giorgetto Giugiaro. Seu interior também mudou e promete oferecer níveis de conforto mais elevados e com um bom pacote de equipamentos de série. Outra novidade do modelo é o motor e-XDi a diesel de 2.0 litros com 155 cv de potência, que está em conformidade com as normas de emissões do Proconve L6. A marca garante que o novo motor oferece melhor desempenho e maior economia de combustível. A nova Action Sports já está disponível e é oferecida em três versões, com preço inicial de R$ 89.900. A SsangYong também esta nos planos de investimentos da Districar, que pretende instalar uma fábrica em Linhares (ES), onde pretende produzir veículos das marcas Changan, Haima, também representadas pela importadora, junto com a SsangYong. O início das operações está previsto para 2014.

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smart

fortwo a smart que dividiu espaço com os belos modelos da Mercedes-Benz, trouxe para o evento a nova linha 2013 do pequeno e divertido Fortwo, em diferentes versões, que recebeu mudanças no visual, limitadas a poucos detalhes estéticos, como a nova posição da logormarca na grade frontal, unificação das entradas de ar dianteiras,

e alguns detalhes exclusivos para cada versão. Os modelos turbo ganharam um novo sistema multimídia de série, com tela de toque de 6,5 polegadas com reprodutor de CD, MP3 e DVD, conexão Bluetooth, streaming de áudio e navegador GPS em português. O novo equipamento ainda oferece entradas auxiliares, USB e SD Card.


especial

Salão de São Paulo

chevrolet

onix e trailblazer a general motors do Brasil reservou grandes novidades para a edição deste ano do Salão de São Paulo, entre elas dois grandes lançamentos nacionais. O primeiro a ser revelado foi o novo Chevrolet Trailblazer, um utilitário derivado da nova geração da S-10, que será comercializado em uma única versão, com tração 4x2 ou 4x4 e duas opções de motores, um novo V6 a gasolina de 3.6 litros com 239cv e o já conhecido 2.8 Turbodiesel CTDI de 180cv, ambos acoplados a uma transmissão automática de seis velocidades. O novo Trailblazer possui acabamento de boa qualidade e um generoso espaço interno, que pode acomodar até sete passageiros. O modelo já

está disponível nas concessionárias da marca. O segundo lançamento foi o novo Chevrolet Onix, um hatchback compacto bastante atraente, bem equipado e com preços muito competitivos, que será oferecido em três versões e dez configurações pré-definidas. O carro pode ser equipado com novos motores Flex 1.0 e 1.4 litro, denominados SPE/4 (Smart Performance Economy 4 Cylinders). Como inovação no segmento, a GM oferece a transmissão automática de seis velocidades GF6, a mesma que equipa com as versões do modelo Cruze e o compacto Sonic. Outro destaque do modelo é o sistema multimídia MyLink, que permite ao usuário

importar conteúdos de aparelhos móveis como fotos, vídeos, músicas e aplicativos, além de fazer ligações via Bluetooth. Os preços iniciais começam em R$ 29.990 na versão de entrada 1.0 e de R$ 41.990 para a topo de linha LTZ 1.4. Completando as novidades, a Chevrolet apresentou a edição conceito “Effect”, com características visuais customizadas dos modelos Celta e Classic, que receberam pintura especial, iluminação em LED, sistema de áudio com alta potência, faróis reestilizados, rodas de 17 polegadas e outras modificações estéticas bem interessantes. O Celta Effect ainda recebeu uma central multimídia com o novo Nexus 7 da Google.

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toyotA

iimo concept a TOYOTA APRESENTOU suas novidades no evento sob a perspectiva do início de uma nova Era para a marca. Entre os modelos comerciais, a Toyota destacou a presença do novo Etios, o primeiro veículo da marca que veio para disputar posições no segmento de veículos compactos, lançado recentemente no Brasil. Outra grande novidade para o mercado brasileiro é a chegada do modelo Prius, um veículo híbrido que está em sua terceira geração e que começa a ser vendido no país no início de 2013. Atualmente, o Toyota Prius é o modelo híbrido mais vendido no mundo, com mais de 3 milhões de unidades comercializadas. Para demonstrar os projetos de tecnologia que a Toyota está desenvolvendo, e que devem servir de inspiração para futuros modelos, a marca exibiu três protótipos com propostas distintas: O exótico iiMo, que oferece várias funções de personalização e interatividade, com carroceria que funciona como um grande display, onde é possível projetar imagens e conteúdos de um tablet ou smartphone, por meio de conexão sem fio; O conceito i-Real, um veículo com três rodas desenvolvido para uso urbano, com formato semelhante ao de uma poltrona; e o híbrido NS4, um modelo com características convencionais, equipado com tecnologia de comunicação que pode se conectar com pessoas, carros e com a infraestrutura viária. Para abrilhantar os olhos dos visitantes, a Toyota exibiu o modelo 86, um belo veículo produzido em parceria com a Subaru, e que divide características e tecnologias com o Subaru BRZ

SUZUKI

g70 concept MESMO SEM APRESENTAR nenhum produto novo, a Suzuki marcou sua presença no evento com o anúncio da chegada do novo Jimny, que a partir de 2013 será comercializado no Brasil como o primeiro modelo da marca a ser fabricado no país. Com visual renovado e aparência mais robusta, o valente SUV compacto vai mostrar a sua versatilidade em quatro versões distintas, Jimny 4ALL , Jimny 4WORK, Jimny 4SPORT e Jimny 4SUN, com teto solar panorâmico. O utilitário é equipado com um motor 1.3 16V a gasolina, feito em alumínio, com 85 cv e torque de 11,2 kgfm. A transmissão é manual de cinco marchas, com tração 4x4 que oferece três modos de operação. Outra novidade da marca é a versão 2013 do utilitário esportivo Grand Vitara, que chega com o visual atualizado trazendo novos equipamentos de série, nova padronagem de tecido e a opção de um sistema de áudio multimídia. Há também versões com teto solar e uma série especial Limited Edition, com a exclusiva cor bronze e acabamento interno em tecido e couro bege. A Suzuki também exibiu o conceito G70, um subcompacto de aparência incomum e cativante, recheado com alta tecnologia, aplicada principalmente na chamada “interface flutuante”, que liga o console central ao painel, que é comandada por toques para operar os sistemas de navegação, áudio e informações do veículo.

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especial

Salão de São Paulo

volkswagen

taigun

dentro do maior estande do evento, com 5.050 m2, a Volkswagen presenteou o público presente com 13 veículos inéditos, seis protótipos e sete lançamentos nacionais, que entre o fim de 2012 e o início de 2013, estarão disponíveis nas concessionárias da marca em todo o país. Com os principais lançamentos, novidades para diversos segmentos do mercado brasileiro, como o popular Gol com duas portas, já disponível nas concessionárias da marca, nas versões 1.0 Flex com câmbio manual e 1.6 Flex, com câmbio manual ou automatizado ASG. Em seguida vem o renovado e saudoso Fusca, que desta vez não será tão “popular” quanto foi no passado. O modelo vem equipado com motor 2.0 TSI, com injeção direta e 200 cv, e transmissão automática de seis marchas DSG com dupla embreagem. Este é o Fusca mais rápido de todos os tempos, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e alcançar a marca de 210 km/h. Em

um segmento superior está o novo CC, um coupê de quatro portas com aparência e acabamento sofisticados, revestimentos de qualidade superior e com muitos equipamentos de série. Sob o capô, um motor V6 de 300 cv acoplado a transmissão automática de seis velocidades DSG e tração integral 4MOTION. Finalizando a série de lançamentos, a Volkswagen apresentou quatro novos integrantes da linha R-line para o Brasil. O recém-lançado Touareg R-line terá a companhia dos modelos Fusca R-line, Passat R-line, CC R-line e o irmão menor Tiguan R-line, todos equipamentos com detalhes exclusivos, trazendo mais esportividade para a marca. Entre os protótipos a diversidade também era grande. Mas o grande destaque foi a apresentação do conceito mundial Taigun, um SUV de proporções compactas com características da atual identidade visual da marca, muito semelhantes

as dos modelos Touareg e Tiguan. O modelo é equipado com um novo motor TSI 1.0 de três cilindros, com turbocompressor e injeção direta de combustível, de 110 cv e 17,8 kgfm de torque. Pesando 985 kg, o conceito pode acelerar de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos e tem velocidade máxima de 186 km/h. Segundo a Volkswagen, seu consumo médio combinado é de 21,2 km/ litro. Com ele estavam os conceitos Cross Coupé, um SUV de tamanho superior, o simpático up!, na versão GT e o praiano buggy up!, o E-bugster, um roadster elétrico baseado no atual Beetle e a Amarok Canyon, desenvolvida especificamente para os praticantes de esportes radicais. Para completar, a Volkswagen ainda trouxe uma versão híbrida do modelo Jetta, equipada com motor a gasolina de 1,4 litro TSI com 150 cv e um motor elétrico de 27 cv, que acelera de 0 a 100 km/h em 9 segundos e tem consumo combinado de 19 km/litro.

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especial

Salão de São Paulo

KIA

quoris NO ANO EM que completa 20 anos de participação no mercado brasileiro, a Kia lançou no Salão de São Paulo duas grandes novidades para o país: a nova geração do sedã médio Cerato, que foi completamente reestilizado, e o novo e luxuoso Quoris, um sedã de grande porte que vai integrar o segmento de veículos de luxo. Os dois modelos estarão disponíveis no primeiro trimestre de 2013. Além deles, outro destaque foi o Optima Híbrido, que está em fase de homologação e será lançado em breve no país. O Kia Cerato está totalmente renovado, com estilo mais contemporâneo e qualidade de acabamento melhorada. Suas dimensões foram alteradas e a nova geração tem a distância entre-eixos maior,

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além de ganhar uma nova estrutura da carroceria. Por dentro, os equipamentos são mais atuais e o espaço interno foi ampliado. O porta-malas passa a oferecer agora 421 litros de capacidade. Seu conjunto propulsor também foi atualizado e conta agora com um novo motor Flex de 1.6 litro de 128 cv e 16,5 kgfm de torque, quando abastecido com etanol. A transmissão pode ser manual ou automática, ambas de seis velocidades. O luxuoso Quoris faz sua estreia no mercado brasileiro e oferece uma combinação sedutora de design e alta tecnologia, com a promessa de níveis elevados de desempenho. O carro traz uma série de itens de conforto, conveniência e entretenimento com alto padrão de qualidade,

além de um generoso e sofisticado espaço interno. Ele é equipado com um motor V6 de 3.8 litros MPI de 290 cv, transmissão automática de oito velocidades e tração traseira, utilizada pela primeira vez em veículos da marca. Eficientes equipamentos de segurança e de auxilio ao motorista também estão incluídos na vasta lista de itens de série do modelo. A outra novidade da marca sul-coreana, o sedã Optima Híbrido, é equipado com um motor elétrico de 40 cv e um motor a gasolina de 2.0 litros com 150 cv. A transmissão é automática de seis velocidades. A autonomia estimada do veículo é de 10 a 14 km/l na cidade e de 14 a 16 km/l na estrada.


FORD

fusion LANÇADO SIMULTANEAMENTE NO no Brasil e nos Estados Unidos, o novo Ford Fusion foi uma das principais atrações do estande da Ford. A nova geração do sedan tem design inspirado no conceito Evos, também presente no evento, com linhas refinadas, acabamento superior e alta qualidade de materiais. Ele traz sob o capô o eficiente motor turbo EcoBoost 2.0 com 240 cv e 34,7 kgfm de torque. A transmissão é automática de seis marchas com opção de trocas no volante e tração integral. O carro tem equipamentos de série de alto nível, como sistema de estacionamento automático, 8 airbags, auxiliar de manutenção na faixa, assistência de partida em rampa, Sync Media System com comandos de voz em português, GPS e som premium com 12 alto-falantes. O novo Ford Fusion 2013 será oferecido apenas na versão Titanium pelo preço de R$ 112.990. Na linha Ecosport a Ford apresentou as versões Powershift, com câmbio automático, e 4WD com tração nas quatro rodas, da nova geração do SUV compacto. As novas versões, que serão lançadas em breve no país, serão equipadas com motor 2.0 litros. Como demonstração, a Ford trouxe a nova geração do Focus na carroceria sedan, o novo Fusion na versão híbrida, os conceitos Fiesta ST e Evos e o poderoso Mustang Boss 302 Laguna Seca, equipado com motor de 450 cv, sistema de suspensão ajustável e freios Brembo de quatro pistões.

Chery

Celler orgulhosa por ser a primeira montadora chinesa a se instalar no Brasil, a Chery promoveu a pré-estreia do compacto Celler, modelo que será lançado em novembro, com início de comercialização marcado para dezembro de 2012. O Celler também será o primeiro modelo da marca a ser fabricado no país, a partir do final de 2013. O compacto estará disponível nas versões hatch e sedan, ambos equipados com motor Flex de 1.5 litro. Além do visual jovem e moderno, o compacto sairá de fábrica com um bom pacote de equipamentos, incluindo airbag duplo frontal, freios ABS, ar-condicionado, travas e vidros com comandos elétricos e sistema de som.

Outros destaques da marca incluem os modelos Tiggo FL, uma versão atualizada e com visual mais moderno do SUV chinês, que chegará ao mercado no primeiro semestre de 2013, o S-18 REEV, um modelo elétrico de autonomia estendida que pode ser carregado em uma tomada de 220 V e o conceito TX, um veículo que evidencia a nova linha de design que será adotada nos próximos SUVs da marca. Este protótipo está equipado com um motor turbo de 2.0 litros com injeção direta e câmbio CVT, capaz de produzir 196 cv de potência. A Chery estima que sua produção será iniciada dentro dos próximos três anos.

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Hyundai

veloster turbo OUTRA MARCA QUE também trouxe bastante novidade para o mercado nacional foi a sul-coreana Hyundai, que apresentou o novo crossover HB20X, o segundo modelo da família HB que será fabricado no país, desenvolvido exclusivamente para o mercado brasileiro. Em relação ao modelo de origem, o HB20X tem como principais diferenças a suspensão elevada, molduras em torno da carroceria, para-choques redesenhados, rack de teto e detalhes exclusivos. O carro será comercializado com o mesmo motor 1.6 Flex de 128 cv, com as opções de câmbio manual ou automático. Entre os modelos importados, destaque para a terceira geração do utilitário Santa Fe, que foi

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completamente renovada em estilo, equipamentos e motorização, assim como o novo hatchback i30, que chega à segunda geração. Os dois modelos incorporaram a filosofia de design “Escultura Fluída” adotada em outros modelos da marca. O Santa Fé traz agora o novo motor V6 de 3.3 litros com 270 cv e transmissão automática de seis velocidades, que deverá chegar ao mercado até o final do primeiro semestre de 2013. O i30 ganhou o motor 1.6 Flex de 128 cv e a nova transmissão automática de seis marchas. Sua comercialização começa em janeiro do ano que vem. Ainda como destaques estavam os modelos Tucson e Elantra, agora com motorização Flex. O SUV recebe agora o motor 2.0 16V

CVVT com potência máxima entre 142 e 146 cv (gasolina/etanol), com opções de câmbio manual de cinco marchas ou automático de quatro velocidades. Já o sedan Elantra Flex é equipado com o motor de alumínio 2.0 MPFI 16V CVVT com potência de até 174 cv e transmissão automática de seis velocidades. Para demonstração estava o interessante conceito HDN-7, também chamado de Hexa Space. Com características de minivan, o carro oferece muita versatilidade e grande espaço interno para até oito ocupantes, com acesso facilitado pelas portas corrediças. Ele é equipado com motor 1.2 turbo GDI e transmissão automática de seis velocidades.


especial

Salão de São Paulo

MITSUBISHI

lancer gt A MITSUBISHI TAMBÉM apresentou novidades importantes para o mercado brasileiro. Em seu estande, com todos os modelos da marca reunidos, foi lançado o novo Lancer GT AWD, a versão mais segura do sedã médio da Mitsubishi, equipado com a tecnologia de tração herdada do Lancer Evolution X, com três modos de operação: 2WD com tração dianteira, 4WD com tração nas quatro rodas sob demanda e 4WD Lock, tração permanente nas quatro rodas. Ainda sobre segurança, o carro tem controles de tração e de estabilidade, freios com ABS, EDB e BAS e nove airbags. Seu motor é feito em alumínio, com 2.0 litros 16V com comando variável de 160 cv e 20 kgfm de torque. No interior, materiais de qualidade com excelente acabamento, bom espaço interno e uma vasta relação de equipamentos de série. Outro destaque da marca foi a série especial e limitada do Lancer Evolution X, denominada “Lancer Evo Carbon Series”. Apenas 40 unidades serão produzidas, com elementos estéticos e aerodinâmicos feitos em fibra de carbono, além de diversos itens exclusivos. Esta versão é equipada com o motor MIVEC de 2.0 litros, feito em alumínio, com 16 válvulas, turbo e intercooler, capaz de gerar 295 cv e 37,3 kgfm de torque. A transmissão é automática de seis marchas com dupla embreagem.

Peugeot

208 premier estreando no salão da Peugeot também trouxe para o evento um importante lançamento mundial da marca, o compacto 208, que fará sua estreia no mercado brasileiro em abril de 2013. O modelo será produzido na fábrica da Peugeot em Porto Real, no Rio de Janeiro, sobre uma plataforma nova e mais moderna do Grupo PSA, além de trazer novas opções de motorização. No estilo, a nova identidade visual da marca, com linhas dinâmicas e elegantes, além de um elevado nível de segurança. No interior, destaque para a nova distribuição do painel, com quadro de instrumentos em posição mais elevada em relação ao volante. A marca aproveitou a ocasião para apresentar o 208 Premier, uma versão exclusiva e limitada a 208 unidades numeradas, mais requintada, com pintura especial em tom fosco, bancos em couro e tecido, entre outras exclusividades. A versão 208 GTi, ainda como um conceito, também foi exibida aos visitantes. O carro tem motor de 200 cv e poderá vir para o Brasil em 2014. Outro lançamento importante foi o do modelo 308 Feline THP, equipado com o novo motor Turbo High Pressure de 165 cv e transmissão automática de seis velocidades com opção de trocas manuais. Entre os principais equipamentos exclusivos de série estão a central multimídia com GPS, rodas com pintura fosca de 17 polegadas e volante esportivo com base achatada.

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nissan

extrem concept uma das estrelas da presença da Nissan no Salão do Automóvel de São Paulo foi marcada por um importante acontecimento, o lançamento do Nissan Extrem, um carro conceito compacto projetado e desenvolvido no Brasil, para o Brasil. A criação do protótipo teve o apoio do Centro de Design da Nissan América, nos Estados Unidos, e demonstra um novo estilo para compactos urbanos, que poderão servir de inspirações para os futuros modelos da marca, para o mundo. O carro tem um desenho exótico, com linhas atraentes, formas robustas e aspecto esportivo bastante acentuado. Sua plataforma é a mesma utilizada no compacto March, com suspensão elevada. Ele tem motor 1.6 turbocharger de injeção direta (DIG-T) e pode ser equipado com tração dianteira ou integral. Outra novidade da marca é a quinta geração do sedã Altima, que chegará ao mercado brasileiro em 2013. O modelo, que foi completamente renovado, é o carro mais vendido da marca nos Estados Unidos, oferece um generoso espaço interno com alta qualidade de acabamento, elevado nível de conforto e muitos equipamentos avançados de segurança e de série. O Altima é equipado com motor 2.5 16V de quatro cilindros, com duplo comando de válvulas e a última geração da transmissão XTRONIC CVT de oito velocidades. A Nissan também apresentou oficialmente ao público do evento duas novas edições especiais, a Frontier “10 anos”, em comemoração a primeira década de produção do modelo no Brasil, e a série limitada do March denominada “Rio 2016”, em alusão aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos que vai acontecer no Rio de Janeiro em 2016.

honda

fit twist a presença da Honda no Salão de São Paulo foi marcada por grandes novidades para o mercado nacional e a comemoração de 15 anos de produção no Brasil. Entre os veículos exibidos estavam o novo Fit Twist, uma versão desenvolvida exclusivamente para o consumidor brasileiro, o Civic com novo motor 2.0, a nova geração do belo sedan Accord e a versão Flex do utilitário CR-V, que serão comercializados em 2013, e o inesperado Civic Si coupé, que chegará ao país em 2014. Além desses, a marca ainda apresentou uma versão especial do sedan City, ainda como um conceito, que oferece características esportivas mais acentuadas. Em seu estande, dividindo espaço com a

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especial

Salão de São Paulo

mercedes-benz

sls amg gt3

marca de veículos de luxo Acura, a Honda destacou a chegada do novo Fit Twist, a versão aventureira do monovolume. Apesar do visual, o veículo é puramente urbano e está equipado com motor 1.5 de 115 cv, com as opções de câmbio manual ou automático, ambos de cinco marchas. Os preços começam em R$ 57.900. Por fora, o modelo tem faróis com máscara negra, lanternas translúcidas e para-choques remodelados, rack de teto, grade frontal cromada e molduras nos para-lamas. O interior ganhou detalhes prateados e o portamalas foi revestido com tecido impermeável. A Honda oferece ainda vários acessórios, como suporte para bicicletas, faixas decorativas, entre outros.

a marca que apresentou grandes novidades para o mercado brasileiro foi a Mercedes-Benz, incluindo o lançamento mundial da edição exclusiva SLS AMG GT3 “45th ANNIVERSARY”, com apenas cinco exemplares construídos artesanalmente, dedicados a colecionadores. O modelo tem uma pintura especial em cinza fosco e é equipado com um poderoso motor V8 aspirado de 6.3 litros montado a mão pelo ex-piloto Bernd Schneider. Representando a consolidada Classe C estava o novo C 180 Turbo Sport, equipado com o novo motor 1.6 de 156 cv, com a eficiente transmissão 7G-TRONIC PLUS de sete marchas e função start/stop> Além do conjunto mecânico, o carro também teve a aparência melhorada com um kit visual da AMG. Em seguida foi a vez do belíssimo SUV GLK 300, equipado com um novo motor V6 de 3.5 litros de 252 cv, que segundo a marca é 18% mais econômico que o seu antecessor. O modelo teve o interior renovado combinando revestimento em couro com detalhes em alumínio, teto solar panorâmico e central multimida com acesso a internet e GPS.

A divisão AMG também se destacou com três novos modelos, tendo como principal lançamento a nova geração do roadster SL 63 AMG, que está 125 kg mais leve, graças a nova carroceria de alumínio com partes em fibra de carbono. O motor é um V8 biturbo de 5.5 litros com 564 cv. Os outros dois modelos são os utilitários ML 63 AMG e G 63 AMG. A marca aproveitou a oportunidade para anunciar que pretende lançar oito novos modelos AMG no Brasil, nos próximos cinco anos. Completando os destaques, o público pode conhecer a renovada e recém-lançada Classe B, apresentada pelo novo B 200, disponível no mercado brasileiro em duas versões, Turbo e Turbo Sport, ambas equipadas com o mesmo motor do C 180 Turbo Sport. Como demonstração do que pode vir no futuro, a Mercedes-Benz mostrou o protótipo Concept Style Coupé, com aparência provocadora e muita tecnologia empregada, por fora e por dentro. Este modelo é equipado com a versão de dois litros da nova geração de motores a gasolina, que entrega 211 cv e que utiliza a transmissão automática de dupla embreagem 7G-DCT.

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n贸s dirigimos!

Aston Martin V12 Zagato

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um aston martin, COM Z O customizador italiano Zagato mostra sua paix찾o pelo Aston Martin com este novo Vantage. N처s o dirigimos Por: Georg Kacher

I Fotografia: J체rgen Skarwan

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É

necessário muito dinheiro e muita coragem para encarar este supercarro angloitaliano. Se você for rico o suficiente e um preço de R$ 1 milhão (na Europa) não lhe incomodar, o primeiro problema estará resolvido. O segundo é a lista de espera – se você for o último dela, terá 100 pessoas à sua frente. Tudo isso pelo mais extrovertido Aston Martin jamais construído. Mais que um simples carro, ele é um bem precioso e raro; se você tiver coragem para comprá-lo, será que vai ter para tirá-lo da garagem? Acho que não. Do jeito que as coisas estão ficando no exótico segmento dos carros exclusivos, a edição limitada, dois lugares do Zagato V12 se depreciará bem menos que o Vantage V12 no qual é baseado. Mais, o Zagato é uma experiência de conduzir muito mais rara e exótica. Por que não usá-lo então? Dá para recuperar seu investimento mais tarde. Ele pode não ser maravilhoso, tomando-se em conta fatores convencionais, mas é de tirar o fôlego: sua frente agressiva e radical chama sua atenção mais rápido que um raio laser, a traseira esculpida em forma de prancha de surfe, o extrator nada discreto, suas lanternas traseiras exóticas denunciam que ele nasceu nas pistas. E seu ronco, meu Deus... Não dá para se esconder com esse carro, todo mundo vai ouvi-lo antes que apareça. Mamães agarrarão seus filhos, homens aprontarão suas câmeras, senhores ficarão com o queixo caído e adolescentes tirarão os fones de ouvido. Enquanto estiverem tentando identificar estas formas com frente de carro de corrida com traseira de avião a jato, o cheiro dos Pirelli P Zero e do carbono quente dos freios tomarão conta do ar. Todos perceberão que ele é especial, mas não sabem o quanto... A parceria entre a Aston Martin e a Zagato vem desde os anos 60. O primeiro produto feito em conjunto foi o DB4GT, desenhado por Ercole Spada. Aquele coupé de lindas linhas 4

O Zagato V12 se depreciará bem menos que o Vantage V12 no qual é baseado 92 carmagazine.com.br I novembro 2012


n贸s dirigimos

Aston Martin V12 Zagato

Um aerof贸lio do tamanho de uma prancha de surfe ficou feio num carro lindo como este, mas a 320 km/h voc锚 precisar谩 dele

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Há um V12 de 510 cv brutal aqui embaixo. Você perceberá ao ouvi-lo

foi derivado do Bristol 406 S de 1959, uma criação da Zagato.O leve DB4 GT de carroceria de alumínio, sem para-choques e janelas laterais de plexiglass era movido por um motor 6 cil. em linha de 3.7 l e 314 cv. Entre os 19 exemplares construídos, havia o que disputou Le Mans em 1962 com os pilotos Roy Salvatori e Jim Clark. Em 1988 a Aston e a Zagato decidiram montar mais quatro DB4 GT, chamados de Sanction II. Oito anos depois, mais dois Sanction II nasceram, mesmo com os parceiros anunciando em 1984 o projeto de um novo esportivo que viria a ser o Zagato V8. O 2+2 era baseado no Vantage. Enquanto o chassi era desenvolvido e montado em Newport Pagnell, Inglaterra, a carroceria era feita a mão em Milão, aonde a montagem final seria feita. Um total de 89 coupés e 25 conversíveis Volante deixaram a ‘carozzeria’ entre 1986 e 1991. Em 2002, a fase III da colaboração gerou o Aston Martin DB7 Zagato, disponível nas versões coupé e roadster. A produção foi limitada a 99 unidades de cada. O solitário roadster Zagato, derivado do Vanquish apareceu no Salão de Genebra em 2004, mas nunca passou da condição 94 carmagazine.com.br I novembro 2012

Sim, ele gasta bastante. 80 litros a cada 430 km, ou 190 l se a estrada estiver vazia!

de protótipo. Diferente de Aston Zagato anteriores, que eram desenhados e montados na Itália, o mais novo ‘Z’ teve muito menos influência do customizador italiano. Mesmo com diversos detalhes, como o teto dividido em duas bolhas, a grade e o caráter do design, o carro foi desenhado na Inglaterra por Marek Reichman e seu time, que já tinham desenhado seu carro-base, o Vantage V12. Desde que a Zagato dividiu a linha de montagem com o supercarro One77, totalmente vendido, ele se transformou num verdadeiro Aston. Mas este carro raro, que demanda 100 horas de trabalho apenas na seção de pintura, onde recebe uma de suas cinco cores exclusivas, realmente vale o equivalente a 2,5 vezes o valor de um Vantage V12? Pergunta inapropriada. Carros como este não levam em consideração o valor pago por eles; eles giram em torno de excitação, exclusividade e prazer a cada quilômetro percorrido. E nesse caso, o Zagato não decepciona. A porta abre-se através de uma alça estilo competição, deslocando-se graciosamente para frente e para cima.

Apesar de seu desenho compacto e da linha do teto, o espaço interior é suficiente para uma pessoa grande, que desliza para dentro dele ao encontro do banco de fibra de carbono. Com ele totalmente para trás e para baixo, o Zagato oferece mais espaço para as pernas do que o Vantage. O painel é familiar, mas o restante da cabine recebeu transformação total. Há três tons de couro revestindo as portas, assentos, apoio central e a parede de fogo traseira. Mais couro pode ser encontrado no painel e console. O centro do painel é de fibra de carbono. Pela primeira vez na história moderna, a Aston fez instrumentos que não são apenas lindos, mas de fácil leitura. Apesar de ver a logomarca Z aplicada por todos os cantos, o carro parece e transpira como um autêntico esportivo inglês. A divisão Works Tailored oferece uma enorme gama de opções de forrações, acabamentos e cores, sendo que a lista de opcionais de fábrica é pequena. Num carro puro e afiado como este, você certamente escolherá os bancos tipo concha de fibra de carbono, em lugar dos esportivos com apoios laterais integrados. Em teoria, o sistema de


nós dirigimos

Aston Martin V12 Zagato

Ele é angloitaliano, mas o interior é totalmente inglês; muito mais James Bond do que Dolce & Gabana

O pedal vai até o fundo e é consideravelmente pesado, forte indicativo de que foi feito para lidar com muito torque som Bang & Olufsen de 1000 watts seria a única escolha mandatória, mas na prática, qualquer outro gerador de som estará sempre em batalha com o ronco de dar calafrios e frio na espinha gerado pelo motor e escapamento, enquanto você comprime a embreagem. O pedal vai até o fundo e é consideravelmente pesado, forte indicativo de que foi feito para lidar com muito torque. Mesmo em marcha lenta, o motor V12 de 6.0 l ‘respira’ com vigor, antes de gritar, e quando isso ocorre, parece uma sinfonia. Por baixo disso tudo o Zagato é um Vantage V12, com todos seus prós e contras. Seu motor V12 é dinamite pura, mas pesa bem mais sobre o eixo dianteiro do que o V8. As rodas traseiras patinam com facilidade ao menor impulso, exigindo tração dos Pirelli.

O câmbio é manual de seis marchas, o que significa um envolvimento maior, porém menos comodidade que a transmissão Touchtronic dos Aston anteriores entrega. O carro é firme sobre piso perfeito e incômodo sobre irregulares; não há opção de ajuste de amortecedores nem de programas de suspensão. A Aston demorou, mas começou a entender a interatividade de automóveis e ‘gadjets’ eletrônicos, mas a tela minúscula de seu GPS é impossível de ser vista, ainda mais no ângulo em que foi colocada. Talvez devêssemos atentar para o conjunto todo analisado. Talvez seja hora de liberarmos os 510 cv e lidarmos com os 58 kgfm de torque através das mudanças de marcha. Apenas pessoas com três olhos

conseguirão olhar para o velocímetro para perceber que o Zagato chega aos 100 km/h em 4 s e 200 km/h em menos de 10 s ainda em quarta marcha e com 1.000 rpm de sobra. Nas Autobahns você tem que andar além dos 200 km/h para acompanhar os E350 CDI e 530d que circulam por lá. O Aston faz isso com facilidade surpreendente e com fôlego de sobra que só um V12 pode proporcionar. Este carro faz da diferença entre 250 e 290 km/h ficar tão pequena quanto num Bugatti Veyron, mas como a aerodinâmica não é seu ponto forte, os 16 km/h finais são mais difíceis de alcançar. Vi o velocímetro indicar 325 km/h num trecho longo em descida e nessas velocidades você definitivamente precisa de pressão aerodinâmica extra gerada pelos apêndices aerodinâmicos do carro. O que falar de recuperação de energia das freadas e sistema stop/start? Desculpe, nada disso será encontrado por aqui, talvez no seu outro carro, mais utilizado no dia a dia. Mesmo admitindo que o último Vantage S é um divertido brinquedo maravilhosamente equilibrado, o Zagato se mostra um pouco mais bruto, radical. Afinal, um Z é muito mais focado em 4 novembro 2012 I carmagazine.com.br 95


Ele está com apenas 480 km rodados. Seu dono ganhará umas pedrinhas de nosso teste de brinde

atitude do que em facilidades. Na verdade, sua transmissão foi ajustada, a direção aprendeu a se comunicar e os freios estão bem progressivos. Mas as trocas de marcha não são precisas e precisam ser feitas com cuidado, senão você as perderá. A transferência de peso em freadas é grande e sua rigidez mostra-se abrupta em altas velocidades. Enquanto seus freios de carbono/cerâmica são poderosos, eles precisam estar na temperatura correta para serem efetivos e acabar com aquela chiadeira horrível. No seco, os pneus colam no chão como chiclete, pois são especificação Corsa, mas fogem da água como o diabo da cruz. Com o controle de estabilidade regulado no modo Track você experimentará escapadas de traseira maiores do que em muitos carros com o controle desligado. Isto serve para deixar seu cérebro alerta antes de pensar em andar rápido com o Zagato. Tente não pensar em seu preço, raridade e possível constrangimento. Ajuste seu alarme para as cinco da manhã, abasteça-o, calibre seus pneus para uma condução esportiva e torça para que o tempo esteja seco. Na manhã seguinte você será o dono da estrada e usará o carro com mais responsabilidade. Apesar da arquitetura transversal da transmissão, que garante ótima distribuição de peso e do diferencial blocante limitado, o Zagato adora escapadas sutis em pistas sinuosas, principalmente em marchas mais curtas. Mas há uma faixa que exige respeito, e respeito aqui significa muito. Com o controle de estabilidade desligado, freadas pânicas podem ser problemáticas e fazer curvas no limite envolve uma traseira realmente solta. O Zagato faria bonito numa competição 96

carmagazine.com.br I NOVEMBRO 2012

O velocímetro indica 325 km/h; nessas velocidades você precisa de pressão aerodinâmica extra

de drifting e ele provou seu valor nas 24 Horas de Nürburgring em 2011, quando dois modelos pré-produção receberam a quadriculada. Mas seu ‘habitat’ perfeito não é nem uma pista de derrapagens ou um autódromo. Na verdade ele deve estar nas mãos de algum aficionado que tenha coragem de explorar seus dotes dinâmicos ao limite, escutar seu ronco gutural e valorizar seu design na estrada, não na garagem.

Zagato: carros sensacionais

ASTON MARTIN V12 ZAGATO

Preço R$ 1 milhão (na Europa) À venda Disponível (limitado a 101 exemplares) Motor V12 5.935 cc 48V, 510 cv @ 6.500 rpm, 58 kgfm @ 5.750 rpm Transmissão Seis marchas manual, tração traseira Suspensão Triângulos duplos nas quatro rodas Peso/material 1.680 kg/alumínio/fibra de carbono Comprimento/largura/altura 4.385/1.865/1.250 mm Desempenho 0 a 100 k/h em 4,0 s, 305 km/h, 7 km/l, 388 g CO2/km

ASTON DB4 GT (1960) A primeira colaboração com a Zagato era derivada de um Zagato – o Bristol 406 S de 1959. Muito leve, carroceria em liga, sem para-choques e janelas laterais em plexiglass, disputou Le Mans em 1962.


nós dirigimos

Aston Martin V12 Zagato

Lindas rodas forjadas de alumínio de 19 pol. com freios enormes de carbono

Seis marchas manual é bem conservador, mas cai bem aqui

A marca é italiana, mas as costuras feitas na Inglaterra

com visuais exóticos

rover 2000 tcz (1967) Os designers automotivos devem ter ficado chocados no Salão de Turim de 1962 com a aberração de Ercole Spada baseada num Rover, completado com faróis e grade do P6.

cadillac NART (1970) Nascido da cabeça de Luigi Chinetti, importador de Ferrari nos EUA. Era um conjunto mecânico do Eldorado tração dianteira numa carroceria Zagato. Apenas um construído, e foi muito.

alfa romeo rz (1991) Versão conversível da Zagato para a Alfa 75 SZ coupé, o RZ tinha praticamente todos os painéis de carroceria modificados. A Zagato entrou em concordata, mas mesmo assim 284 foram montados.

lamborghini canto (1997) Conceito baseado no Diablo era parte do processo para sucessão do Diablo. Mas quando a Audi comprou a Lambo, o chefe Ferdinand Piëch odiou aquelas entradas de ar. E ele estava certo.

novembro 2012 I carmagazine.com.br 97


comparativo

Novo Classe A versus A3 e SĂŠrie 1

98 carmagazine.com.br I novembro 2012


A t e n ç ã o :

Equilíbrio à vista No segmento de hatches premium liderado pela BMW e Audi, surge um novo Classe A completamente redesenhado. Pequeno, mas de presença enorme... Por: Georg Kacher

I

Fotografia: John Wycherley

novembro 2012 I carmagazine.com.br 99


C

om o novo integrante do terceiro fabricante alemão no segmento de hatches premium, a competição ficou ainda mais acirrada. Os novos A3, Série 1 e Classe A renovam completamente suas participações nesse competitivo mercado, deixando-o parecido com uma corrida de Fórmula1. A Mercedes promoveu um choque cultural ao relançar o Classe A, abandonando sua arquitetura original em forma de sanduíche, que talvez tenha chegado antes da hora, pois proporcionava boa acomodação para um ‘pack’ de baterias de uma versão híbrida ainda distante. Em seu lugar, chega um chassi convencional com tração dianteira, completamente diferente em apelo e aparência. Ao mesmo tempo, o novo A3 é mais leve, ágil e econômico, com sistema de informação e entretenimento a bordo mais desenvolvido e um interior com mais classe, limpo. A BMW, por sua vez, redesenhou o Classe 1, que agora traz câmbio automático de oito velocidades e uma linha de novos e mais econômicos motores, com opção de tração integral. Portanto, o cenário denota uma batalha acirrada e equilibrada neste comparativo, onde a liderança pode mudar a cada volta, ou melhor, cada parágrafo. O A3 testado aqui é o 1.8 TFSI S-line Quattro, o que significa tração integral, motor turbo a gasolina de 177 cv e câmbio S-tronic de seis marchas e dupla embreagem. Ele custa R$ 92 mil na Europa. O A250 AMG Sport custa R$ 88 mil, enquanto o 125i topo de linha sai por R$ 91 mil. Portanto, em matéria de preço, eles estão bem próximos. O que pode influenciar sua escolha aqui é a preferência por tração dianteira, integral ou traseira, o que seria determinante em carros na faixa dos 250 cv e 40 kgfm de torque. No território do A3/Série 1/Classe A, falamos de 177/215/208 cv respectivamente, portanto, o número e a localização de rodas motrizes talvez influenciem um pouco no inverno, sobre neve. Mesmo a BMW, defensora feroz da tração traseira, oferece seu sistema xDrive de tração integral na maioria de seus modelos oferecidos na Europa. O BMW mantém a tradição de ser o mais divertido em curvas fechadas e no molhado, onde seu motor 4 cil. gera força

Rodas de 18 pol. fazem parte do pacote AMG

Alô Mercedes, relógios maiores, por favor

Detalhe ‘emocional’ do novo Classe A

Difícil imaginar que você seguiria de perto este aí na frente com o Classe A anterior... Sinta-se dentro de um SLS…

O volante do Mercedes tem ótima empunhadura e a direção é ótima

100 carmagazine.com.br I novembro 2012


comparativo

Novo Classe A versus A3 e Série 1

O Mercedes é mais envolvente que o Audi quando se dirige rápido

Três carros muito equilibrados nesse comparativo

suficiente para escorregadas e derrapagens controladas cheias de atitude. Ele tem muita estabilidade e passa confiança, mesmo com sua direção que passa artificialidade antes que as rodas realmente lidem com o piso. Com o programa SportPlus acionado, que deixa o controle de estabilidade nem para céu nem para inferno, você não conviverá com escapadas e se elas começarem, serão rapidamente anuladas. Mas com o controle de estabilidade eletrônico desligado, curvas feitas em segunda marcha são sinônimo de sobresterços. Se você gosta disso, o BMW é para você. O novo A3 tem a palavra ‘progresso’ tatuada dos pés à cabeça. Não apenas no interior totalmente novo, mas a experiência de conduzi-lo é radicalmente diferente da anterior. Tudo parece mais limpo e leve – direção, acelerador, pedal de freio – o carro está realmente mais leve, entre 62 e 105 kg, dependendo da versão escolhida. E essa leveza é muito percebida nas reduções de marcha radicais, quando o carro precisa de aderência. O Audi é certamente o rei da aderência – muito por causa do sistema Quattro – e recusa-se a sair de frente, por mais que você provoque. E se você provocar ainda mais, os freios sensacionais entregarão o

controle de volta. O problema é, o A3 não é tão envolvente dentro de sua genialidade como o BMW – no Mercedes, longe disso. Sua direção leve é um pouco sem vida e o desempenho do carro no limite é tão perfeito que você se surpreenderá tentando provocá-lo de alguma forma. A compostura perfeita do A3 é ocasionalmente interrompida por alguma pequena escapada do eixo traseiro. Se você gosta de Audi, adorará a funcionalidade rápida e descontraída do novo A3 – só não espere que sua dinâmica acelere demais seu coração. O BMW também traz suspensão traseira reativa, que não é excelente apenas para absorver ondulações transversais e juntas desniveladas entre pisos, especialmente quando a cabine e o porta-malas do carro estão lotados. Com o SportPlus acionado, motor e câmbio se comunicam com velocidade telepática, a direção é muito rápida (alguns diriam nervosa) e os amortecedores ganham carga, ficando perfeitos para pisos perfeitos, mas incômodos em estradas secundárias. “Flutuar num tapete voador” não é exagero para descrever o A250. Ele tem a mesma suspensão firme dos dois concorrentes e comportamento semelhante. O lado bom é que esta versão4 novembro 2012 I carmagazine.com.br 101


comparativo

Novo Classe A versus A3 e Série 1 Um grande carro o novo A3, porém muito conservador. A Audi perdeu uma ótima oportunidade

O ‘mouse touchpad’ estreia no A3

Controles de ar-condicionado bem conhecidos

Carro pequeno, tela grande. A Audi e seus ótimos interiores

Os freios do A3 são épicos

Em termos de acabamento interior, o novo Classe A não tem nada em comum com os antigos Mercedes

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AMG Sport com rodas maiores proporciona um alto nível de aderência, o que faz dele um modelo excelente, até em estradas menores e não tão perfeitas. O Mercedes o envolverá mais que o Audi quando estiver andando rápido. A resposta da direção é mais rápida e precisa, há mais procura por tração, maior intervenção do controle de estabilidade e mais barulho de pneu cantando. Ele é rápido, divertido e encorajador para aventuras com os pedais do acelerador e freio a cada curva. É um verdadeiro Mercedes? Talvez, mas certamente é um carro que coloca um sorriso no seu rosto. Desempenho puro não será a tônica deste comparativo, até porque os números são muito semelhantes. O BMW é o mais rápido de 0 a 100 km/h (6,5 s), seguido do Mercedes (6,6 s) e Audi (6,7 s). É também o mais rápido de final (245 km/h), batendo por pouco o A250 (240 km/h) e o A3 (230 km/h). Tanto Mercedes quanto BMW fazem 18,5 km/l, pouco melhores que o A3, que faz 18 km/l. Os outros números não ajudam muito numa tomada de decisão. O A250 é o mais pesado deles com 1.370 kg, apenas 20 kg a mais que o A3, que é o mais leve. Apesar de o Audi ter o maior porta-malas, com 365 litros, não leva grande vantagem sobre os 360 l do 125i e os 341 l do A250. Os três têm diferentes personalidades, o que também se torna subjetivo quando a questão é comparar prós e contras. Tomem como exemplo os motores – todos 4 cil. 16V turbo com injeção direta. Porém, o mais silencioso e suave é o 1.8 TFSI de 177 cv do Audi que gira até 6.400 rpm e gera 28,6 kgfm de torque entre 1.350 e 4.500 rpm. Com faixa do contagiros terminando em 6.200 rpm, o 2.0 l do Mercedes de 208 cv entrega interessantes 35,6 kgfm de torque, disponíveis entre 1.200 e 4.000 rpm. Ele é relativamente rouco e grosseiro, mas cheio de saúde para garantir desempenhos muito bons, principalmente acima dos 120 km/h. O 2.0 l de 215 cv do 125i gera 31,6 kgfm, entre 1.350-4.800 rpm. O conta-giros do BMW fica amarelo a 6.500 rpm e vermelho acima dos 7.000 rpm. E como a potência máxima aparece a meros 5.000 rpm, aqueles 2.000 rpm extras só servem para que você explore o território dos ruídos, vibrações e atritos. O câmbio automático de oito velocidades parece longo, mas nunca pré-seleciona a marcha errada como ocorre em caixas de dupla embreagem. Nos três carros o sistema start/stop standard não se comportou com a perfeição esperada. E quanto ao estilo? O novo A3 não é uma grande novidade ou diferente o suficiente de outros Audi e o Série 1 com certeza não foi criado no mesmo dia do maravilhoso Série 6 Gran Coupe ou a linda Série 5 Touring. A Mercedes se superou nesse quesito. O carro substituiu o alto e estreito Classe A antigo com um design radicalmente moderno e tão baixo e inusitado que parece até uma caricatura, com suas janelas estreitas em forma de flecha e grade dianteira pronunciada e faminta. Se estilo conta – e como conta nesse segmento de mercado – o Classe A se sai muito bem. Verdade que o 125i tem os melhores bancos esportivos, o maior mostrador no painel e um sistema iDrive Infotainment muito mais desenvolvido, mas seu interior é sombrio e os materiais não causam entusiasmo. O sistema de entretenimento de bordo do Audi é mais amigável – os materiais parecem ser mais caros, a tela simplificada sensível ao toque MMI (MultiMedia Interface) mostra evolução e a iluminação interna proporciona um ambiente de classe a noite. As duas saídas de ar redondas cromadas de duplo estágio são muito efetivas e4

Classe A: Imitação de fibra de carbono e saídas de ar do SLS e nada bege no interior. Seu pai não acreditaria que é um Mercedes

A3: Acabamento impecável, ergonomia perfeita e ‘mouse touchpad’. Como tudo isso é bom!

Série 1: Os melhores bancos, maior para-brisa, mas é sombrio aqui dentro. Luz, por favor!

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fáceis de usar. Mesmo assim encontramos alguns pecadinhos: o alerta do piloto automático ativo apita duas vezes sem motivo, o detector de limite de velocidade precisa urgente ir ao oculista e o iPod, que trabalha bem no 125i e no A250, recusa-se a conectar-se ao A3. Na frente o Classe A é tão espaçoso que daria para dançar um bolero ali. Mesmo um motorista com 1,98 m como eu, não precisa colocar o banco totalmente para trás, o que é impressionante. Já na fileira de trás não é bem assim. Espaço para pernas não é problema, mas as portas e janelas curvadas causam um efeito no teto que restringe o espaço para a cabeça, causando uma atmosfera claustrofóbica. Entrar e sair, no entanto, é mais fácil do que no Audi, que realmente precisa das quatro portas que serão oferecidas no ano que vem na versão Sportback. Em termos de design de interiores, o novo Classe A não tem nada que lembre seus parentes mais velhos da Mercedes. Ele é diferente até do renovado Classe B (destinado a uma faixa etária acima dos 50 anos), banindo totalmente qualquer acabamento em madeira e limitando o couro e acabamentos cromados. Em substituição, você tem um grande painel imitando fibra de carbono, saídas de ar redondas inspiradas no SLS, pedais com tachas metálicas incrustadas na borracha, um enorme monitor colorido e conexão com Smartphones que supera até a do 125i. Diferente de seus rivais, o A250 traz sensor de fadiga e alerta de colisão como equipamentos standard, o último acendendo um triângulo vermelho ao sentir a proximidade excessiva com o carro que vai à frente. Defeitos? Ele merecia bancos melhores com almofadas maiores e mais firmes, instrumentos mais fáceis de ler e controles do ar-condicionado mais acessíveis. Enquanto Mercedes e Audi apresentam velocímetros grandes, no BMW ele é muito pequeno. Este comparativo está incrivelmente equilibrado, porém, o BMW leva vantagem mínima sobre seus concorrentes. O 125i traz um câmbio ZF espetacular, assim como motor e um chassi que realmente se destaca em condições favoráveis –

Série 1: Os melhores bancos, maior para-brisa, mas é sombrio aqui dentro. Luz, por favor!

Mercedes A250 AMG Sport

Preço R$ 88 mil (na Europa) À venda Disponível Motor 4 cil. turbo 1.991 cc 16V, 208 cv @ 5.500.rpm, 35,6 kgfm @1.200-4.000 rpm Transmissão Sete marchas dupla embreagem, tração dianteira Suspensão McPherson dianteira, Multi-Link traseira Peso/material 1.370 kg/aço Comprimento/largura/altura 4.355/1.780/1.430mm Desempenho 0 a 100 km/h em 6,6 s, 240 km/h, 18,5 km/l, 148 g CO2/km

mas não o suficiente para sair vitorioso aqui. O estilo desaponta, tanto dentro como fora, enquanto sua dinâmica acaba prejudicada por uma infindável possibilidade de escolhas, no geral você espera um pouco mais de seu conjunto. O Audi quase vence esta disputa apertada – apesar do bônus que é o sistema Quattro, que não significa muita vantagem num domingo de sol com a família. Mas o A3 reivindica o título de melhor interior e a ergonomia mais intuitiva, uma dirigibilidade muito semelhante à do BMW e excelentes freios. No lado oposto, tem direção sem vida, muito leve, desempenho bom, mas não espetacular, que não envolve nem no limite e um design que já cansou e clama por uma reconstrução. Talvez falemos a mesma coisa sobre o Classe A daqui a alguns anos, mas nesse momento o novo visual do ‘baby Benz’ leva uma vantagem enorme. Apesar de ser um estranho que chega a um território desconhecido, ele faz bonito. Numa estrada vazia e livre de radares ele bate seus rivais A3 e 125i por pequena margem, por ser mais envolvente, imediato e inspirador. Quem poderia imaginar que nesse segmento a melhor experiência de conduzir seria aquela com uma estrela de três pontas na grade? 104 carmagazine.com.br I novembro 2012


comparativo

Novo Classe A versus A3 e Série 1

BMW 125i

Preço R$ 91 mil (na Europa) À venda Disponível Motor 4 cil. turbo 1.997 cc 16V, 215 cv @ 5.000 rpm, 31,6 kgfm @1.350-4.800 rpm Transmissão Oito marchas automático, tração traseira Suspensão McPherson dianteira, Multi-Link traseira Peso/material 1.365 kg/aço Comprimento/largura/altura 4.324/1.765/1.421 mm Desempenho 0 a 100 km/h em 6,5 s, 245 km/h, 18,5 km/l, 149 g CO2/km

Georg Kacher e Ben Pulman em Munique. Nossos pilotos conversam sobre os alemães

Audi A3 1.8 TFSI Quattro

Preço R$ 92 mil (na Europa) À venda Disponível Motor 4 cil. turbo 1.798 cc 16V, 177 cv @ 5.100-6.200 rpm, 28,6 kgfm @ 1.350-4.500 rpm Transmissão Seis marchas embreagem dupla, tração integral Suspensão McPherson dianteira, Multi-Link traseira Peso/material 1.350 kg/aço Comprimento/largura/altura 4.237/1.777/1.421 mm Desempenho 0 a 100 km/h em 6,7 s, 230 km/h, 18 km/l, 152 g CO2/km

BMW Série 1: a feia verdade bTRAGAM O Chris Bangle de volta! Seus Série 5 podem ter causado controvérsia quando foram lançados, mas hoje sabemos que eram lindos. Talvez falemos o mesmo em relação ao Série 1 no futuro, porque hoje ele não agrada. Olhe-o pela traseira, no escuro. Mas, para mim é o melhor dos três, graças a seu magnífico câmbio automático, motor potente e chassi equilibrado. O interior pode não ostentar alta qualidade, mas sua ergonomia é a melhor. O Audi não é feio, mas está longe de excitar, se esforçando para agradar, quando o Classe

A faz isso sem nenhum esforço. No entanto, seu interior é algo especial: limpo, moderno, leve e com tecnologia como o touchpad MMI jamais visto em outro Audi. E ele não é ruim de conduzir, longe disso. Porém, o Classe A preenche o maior número de lacunas. É lindo, anda bem e tem interior ótimo. Pode ter demorado 15 anos, demorado três gerações, custado uma nova plataforma, para finalmente ser o vencedor. Ben Pulman Editor de testes

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mini no himalaia

Carro pequeno, grande aventura

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UM MINI NO TOPO DO MUNDO

Dirigindo sem teto pelo teto do mundo: Uma aventura inigualรกvel Por: Ben oliver I Fotografia: Charlie Magee

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O piso da estrada não está tão ruim, o problema são os 15 metros de ribanceira sem nenhuma proteção ao lado dela

A

estrada vai passando – nossa única opção de estrada – e aos poucos vai se estreitando ao lado do rio feroz abaixo, que corre a uns 15 metros. Parte dela ruiu com a enchente e a metade que sobrou é parte do penhasco, e está sem nenhuma sustentação. A parte interna parece suficientemente firme, por enquanto, mas o apetite do rio é infindável e todo mundo sabe que ela não demorará muito para sumir, portanto, a cada veículo que cruzamos, temos que nos espremer entre a parede e o precipício, enquanto uma nova não é construída. O tempo conspira contra. Nosso plano de conduzir um Mini Cooper de Nova Déli até o topo do mundo poderá acabar no terceiro dia. O que podemos fazer para evitar isso? Apertar o acelerador e torcer para que o rio não engula o que restou da estrada? O mais interessante é que ao analisarmos nossa jornada de dez dias e 3.200 km, é que ela não era para ser uma viagem perigosa. Dirigindo até Khardung La, passaremos por aquela que é considerada a mais alta rodovia do mundo, a 108 carmagazine.com.br I novembro 2012

5.602 metros, ou 200 m acima do campo base do Everest, ou, a metade da altitude que um avião a jato viaja, não deve ser fácil, além de que não imaginávamos as diversas formas com que esta viagem tentaria de nos matar. Sempre tivemos notícias sobre o alto índice de mortes nas estradas indianas, assim como os perigos de se dirigir em altitudes extremas: náuseas, vômitos, confusão mental são coisas desagradáveis apenas, em comparação com edema cerebral e pulmonar. Tomamos medicação preventiva para nos ajudar na adaptação; qualquer condução que requeira medicação deve ser uma coisa bem interessante, não é mesmo? E há também os guerrilheiros separatistas da Caxemira. O consulado alerta que viagens para o norte, para a região de Khardung La, devem ser feitas apenas em caso de real necessidade e através da faixa onde impera o cessar-fogo entre Índia e Paquistão. Dirigir um Mini conversível certamente não é uma real necessidade. Assim como os remédios ingeridos, a garantia de que sua viagem será excitante é ver no mapa as linhas de cessar-fogo por onde se pode trafegar entre os territórios marcados. Índia, Paquistão e China disputam o domínio da região do Himalaia. Se a

terceira guerra mundial começar, certamente será aqui. Bill Clinton chamou a região de: ‘o lugar mais perigoso do mundo’. Portanto, nem dá para se preocupar com as 34 mortes causadas pelas chuvas no norte da Índia durante os primeiros dias que estivemos por lá, acompanhadas de deslizamentos de terra que soterraram a estrada pela qual passaríamos no final de nosso roteiro. E particularmente quando este roteiro vai ser feito com um Mini. Por que um Mini? A Índia acabou de se transformar no 100º mercado da marca no mundo e nossa revista, que completa 50 anos, trouxe um Mini em sua primeira capa em 1962, portanto, achamos bacana ligar os dois assuntos numa aventura inédita, que dificilmente será superada. Temos a certeza de que nenhum conversível foi conduzido através de Khardung La e gostamos da ideia de seguirmos com seu teto arriado rumo ao teto do mundo. Uma palavra sobre ‘a mais alta estrada do mundo’: as autoridades indianas não confirmam, mas na verdade ela está alguns metros abaixo dos 5.602 m divulgados. Há duas passagens desfeitas no Tibete que são mais altas, uma delas utilizada semanalmente por uma linha de ônibus, o que talvez lhe dê a alcunha de ‘carroçável’. Esses 4

Não imaginávamos as diversas formas com que esta viagem tentaria de nos matar


mini no himalaia

Carro pequeno, grande aventura Nas províncias ‘seguras’ acima de Rohtang La. Serenas, místicas, cinematográficas

Seis lugares onde quase morremos Tudo acabou bem, mas ano que vem vamos testar o Mini em Mônaco

CHINA

SOB JURISDIÇÃO DO PAQUISTÃO (TERRITÓRIO DISPUTADO)

6

1 A única estrada sendo devorada por um deslizamento enquanto passamos nela

Hora do ‘rush’ em Rohtang La é bem pior que a hora do ‘rush’ na Marginal Tietê em São Paulo. O motivo são os deslizamentos

AKSAI KSAI CHIN KS (CONTROLADA PELA CHINA, REINVINDICADA PELA ÍNDIA)

2 Rohtang La – o Mini bateu o assoalho e escorregou até próximo do desfiladeiro 3 Pang – quase que o motor do Mini foi destruído aqui; a ‘gasolina’ vendida era diesel ou querosene, ou ambos

KHARDANG LA 5367m

5

INDIA LEh 3500m

4 Taglang La – tem o título de 2ª estrada mais alta do mundo. Um caminho apenas, que percorremos à noite

5 Khardung La – a maior altitude. Metade do oxigênio do nível do mar. Risco de vida

4

TAGLANG LA 5328m

3

PANG 6 Área de fronteira – A Índia disputa 4500m territórios com o Paquistão e China aqui, além de que a Caxemira quer GREAT HIMALAyA RANGE independência. Incursões chinesas aconteceram enquanto estávamos lá; a ROHTANG LA 3900m guerra é iminente SO LANG 2600m

1

2

MANALI

DELHI 550km

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mini no himalaia

Carro pequeno, grande aventura

Programe seu GPS para “evitar estradas cruzadas por rios e sujeitas a deslizamentos de terra e pedras” e ele o guiará até um caminho como este

Duas pás escavadeiras tentam resgatar um caminhão. O pior foi passar por ali depois do serviço feito

110 carmagazine.com.br I novembro 2012


Oliver checa o Mini para ver como ele está depois da passagem pelo inferno. Está incrivelmente bem

Milho grelhado na brasa é a especialidade na estrada. Um banquete aqui

ônibus são curtos, têm grande altura do solo e suspensões que permitem passar por lugares que deixariam um Land Rover em apuros. Não há registro de que um automóvel tenha passado por essas passagens. E elas estão no Tibete, seria necessária muita sorte para convencer as malhumoradas autoridades chinesas a permitirem que seguíssemos por elas. Portanto, Khardung La é oficialmente a mais alta estrada do mundo por onde se pode dirigir. Bem, antes de qualquer coisa você precisa chegar até ela. O fotógrafo Charlie Magee e eu chegamos à Nova Déli sob um calor de 48ºC e alta umidade, para encontrarmos Bunny Punia, um velho amigo jornalista indiano, que já cruzou a Khardung La em duas e quatro rodas, mas nunca em um carro tão baixo quanto um Mini. É um Cooper de 121 cv com câmbio automático de seis marchas, versão standard vendida na Índia. Terei um comboio de segurança: uma Toyota Fortuner, off-road feita na Índia e perfeita para cá, na verdade um SUV baseado numa Hilux, onde colocamos galões, pneus sobressalentes, rádios, um cabo de aço para reboque e suprimentos básicos de montanhismo, água e alguma comida rápida. Tudo será necessário. Uma viagem longa na Índia parece muito mais longa do que em qualquer outro lugar: de Nova Déli fizemos um trecho de dois dias até chegarmos às

Nos disseram que nosso hotel era alto o suficiente para ser seguro, mas ficava fora do caminho encostas da Cordilheira do Himalaia. Algumas horas depois e o Charlie já está achando que terá problemas de esterilidade no futuro, isso porque já havíamos recebido informações de que as ruas e estradas indianas eram uma experiência intensa, cansativa, terrível. Há vacas soltas pelas ruas e aquelas bicicletas com banco traseiro que servem de táxi, impulsionadas por seus franzinos condutores. Há famílias inteiras sobre um scooter, as crianças vulneráveis a acidentes no meio de um trânsito feroz e desordenado, agarradas à cintura de seus pais, com os olhos ardendo por causa da fumaça e da poeira, ou da chuva. Há várias obras viárias abandonadas, pontes, passagens, avenidas mais largas, além de outras, como cinemas, shoppings e centros comerciais. Há também uma flagrante agressão ao meio ambiente, grandes montanhas de lixo, nuvens densas de fumaça preta que saem de caminhões e ônibus antigos. Parece que aquela Índia mística está cada vez mais distante da Índia moderna. Passamos nossa primeira noite na relativamente calma Shimla, uma antiga cidade que ainda mantém fortes traços britânicos, numa

colina a 2.600 m; subir aos poucos a cada dia ajuda o corpo a se adaptar às altitudes anormais para nós. Quando dirigíamos à noite em direção ao hotel, ouvíamos o ruído forte da correnteza do rio, mas sem vê-lo; nos vilarejos mais baixos, vimos muita gente desabrigada sem saber o que fazer, e pela manhã, a maioria percebeu que perdeu suas casas e pertences. Nos disseram que nosso hotel era alto o suficiente para ser seguro, mas a estrada para chegar a ele não era, e chegar com os carros lá foi uma coisa muito tensa, mas os obstáculos piores estavam por vir. Apenas duas estradas levam às altas e exóticas províncias da Caxemira: Zanskar e Ladakh, no nordeste da Índia, e para Leh, sua maior cidade, a 3.500 m na base da passagem de Khardung La . Os suprimentos que abastecem toda esta região vieram de caminhão por aquelas duas estradas nos quatro meses de verão em que estão abertas e, apesar de serem marcadas com linhas importantes no mapa, chamá-las de ‘estrada’ é uma concessão muito otimista. Até se vê algum asfalto, mas muitos trechos inteiros de lama profunda, fendas, rios que a cruzam e apenas uma pista que o jogará no barranco num instante de desatenção. Ou 4

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para Rohtang La, ou ‘o campo dos cadáveres’, nome dado pelo povo de lá em

Desconfie de qualquer ponte. Fortes emoções a cada metro da viagem

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mini no himalaia

Carro pequeno, grande aventura Em alguns momentos convivemos com uma pequena faixa de asfalto, em alguns momentos

citação a vários que tentaram cruzá-lo Quando se está a dias de qualquer socorro você precisa confiar no seu carro. Prazer de dirigir não era necessário, mas o Mini preencheu as duas necessidades

quando cruzar com um caminhão e note que eles não diminuem para cruzar com outros veículos. Cada estrada tem seu ponto onde se veem vários carros atolados, mesmo com tempo bom. O nosso era um deles: Rohtang La, ou ‘o campo dos cadáveres’, nome dado pelo povo de lá em citação a vários que tentaram cruzá-lo. E parece que Rohtang pode matar nossa viagem também. De um vilarejo a 3.200 m podemos ver com ajuda de binóculos uma enorme fila de caminhões – muitos transportando combustível aeronáutico para o pequeno aeroporto de Leh – parados próximos da passagem. As pessoas informam que têm ocorrido deslizamentos por ali e não há jeito de seguir em frente, inclusive alguns caminhões despencaram, talvez os motoristas possam nos dizer sobre as condições reais da estrada. Alguns estão acampados na estrada, eles cozinham e tomam chá. Finalmente, por volta do meio dia, alguns caminhões e carros começam a passar no sentido contrário, com ocupantes que passaram a noite na montanha, dentro deles. Eles nos disseram que a estrada está apenas ‘passável’ e assim seguimos para checar se conseguiríamos cruzar com o Mini. O cenário na passagem é algo parecido com dirigir no inferno, qualquer tipo de inferno. A chuva forte e o peso dos caminhões reduziu a superfície para um lamaçal dos... infernos. Nuvens carregadas formam uma paisagem aterrorizante e opressiva. Ônibus que estão viajando há três dias desde Nova Déli estão desligados, com suas laterais lavadas pelo vômito de seus passageiros afetados pela altitude. O cheiro de urina é forte. Alguns trabalhadores vindos de Bihar, um dos lugares mais pobres da índia, tentar tapar algumas crateras com pedras que vieram junto dos deslizamentos para ajudar na passagem dos caminhões, até que um novo deslizamento feche a estrada novamente. A longa fila de caminhões à nossa frente impossibilitará nossa passagem antes do anoitecer, por isso, saímos com o Mini pela lateral da estrada e voltamos em direção a Solang, para tentarmos novamente pela manhã. Demos uns biscoitos a um garoto que morava nas montanhas para que nos deixasse estacionar o Mini em baixo de sua tenda. Vestindo apenas uma bata e nada mais, surpreendentemente ele nos mostrou seu telefone celular e disse que nos avisaria se algo acontecesse. As coisas não pareciam melhores na manhã seguinte. Uma grande pedra se soltou e caiu sobre um caminhão, arrastando-o para um barranco e destruindo ainda mais o piso. Havia soldados com duas escavadeira até o meio-dia, fazendo o mais surreal resgate de caminhão que já vi na vida: uma das pás empurrando o caminhão e a outra puxando-o pelo eixo traseiro, antes de arrastar a 1ª escavadeira com ele. Os tratores acabaram com o que poderia se chamar de resto de estrada, com pedras enormes enfiadas na lama. Olhando para o cenário, imaginei que o Mini deveria ter uns 50% de chance de ser destruído ali mesmo e 50% de passar com grandes problemas. Mas a situação piorava a cada momento por causa da 4

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Uma enorme cachoeira acima, outra abaixo. Seria um Mini conversível o veículo ideal aqui?

Placas que você não verá tão cedo ‘bro’ significa Border Roads Organiz ation (Organização das Estradas de Fronteira). Se eles gastassem menos em placas e mais em defensas e asfalto, talvez conseguissem melhorar os trágicos indicadores de mortes nessas estradas.

Nas ruas de Leh, antes da passagem. Para nós equivalia a Manhattan depois de tantas paisagens inóspitas

Cada fresta e canto cobertos de areia fina, mas tudo funcionando, inclusive ar-condicionado e mecanismo da capota

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mini no himalaia

Carro pequeno, grande aventura O Mini deve ser o único automóvel com lugares de sobra na Índia

chuva e a única estrada para Khardung La estava a dias de viagem em direção ao norte e nos foi avisado pelas autoridades que poderia estar fechada e em condições piores do que esta. O que mais poderia dar errado? Se o Mini atolasse eu não teria como prender uma corda nele para o resgate, então, o prendemos à Toyota antes de entrarmos juntos na pior parte. Agora sabemos que os dois podem ficar atolados e à mercê das pedras que caem intermitentemente, ou quem sabe um puxar o outro para o abismo. Fechei a capota do Mini, sentindo uma proteção a mais, nem que seja psicológica. E se nosso cabo se soltar? Poderíamos ferir alguma pessoa ali envolvida com os resgates e isso rende pena de prisão por lá. O momento era esse e não havia escolha. Demorou uns 30 segundos, com o Fortuner puxando o Mini para frente, enquanto ele raspava o assoalho nas pedras, gerando um barulho horrível. A sensação que tive ao chegar do outro lado é indescritível, a carga de adrenalina foi colossal: não apenas pela passagem em si, mas porque depois de 36 horas eu tinha a certeza de que seguiria viagem e com o Mini inteiro, sem nenhum dano visível e com o computador de bordo informando: OK, sem problemas. Charlie trouxe o tema do filme Italian Job de 1969 - (refilmado em 2003 com o título de Uma Saída de Mestre no Brasil) onde alguns Minis sobem e descem escadas, andam sobre trilhos – e ele estava guardado. Acho que ele deveria deixar para tocá-la na Caxemira, onde parecia mais

Minha alegria do lado de lá era indescritível. O Mini aguentou bem, sem problemas visíveis apropriado. Mas depois da passagem em Rohtang, tudo mudou; Led Zeppelin é ideal, e no volume mais alto. Paramos num pequeno hotel com camas duras, mas com TV por satélite, aonde vimos algumas imagens do mundo, ao lado de alguns tibetanos hipnotizados pela tela, antes de encaramos 350 km até Leh, através do mais fantástico cenário que você poderia ver nesse mundo. Porque estas altas, remotas, serenas e protegidas províncias são praticamente inatingíveis, elas estão longe do caos das cidades do resto da Índia. As estradas são quase desertas, o povo claramente tibetano. Sorriem facilmente e acenam quando passamos. Os superlativos que usei não estão à altura de Khardung La. Foram as paisagens de Zanskar e Ladakh, um meio ambiente quase impossível de acessar, com suas vastas planícies limitadas por montanhas distantes com picos cobertos de neve, de rios caudalosos largos com margens de areia que contrastam com o cinza e o tom metálico das montanhas, de cenários ainda mais maravilhosos que se renovam a cada curva, que o incitam a parar a todo instante para bater uma foto, ou dirigir até a próxima, mais alta, bonita paisagem. Estamos bem no alto agora, o altímetro aponta 5.000 m e eu aqui cantando o hino do

meu time, relembrando discursos famosos de estadistas, tudo para me certificar de que meu estado de confusão mental está sob controle e estou apto a dirigir, o sol arde como se estivéssemos próximos dele, queimando meu nariz e bochechas, enquanto ouvimos os pacotes de salgadinhos de queijo estourando no porta-malas, conforme a pressão cai. 350 km parecem 3.500 quando você tem que escanear cada centímetro da estrada a procura de buracos e a velocidade diminui quando o asfalto acaba e ela se transforma num deserto. O inferno de Rohtang acabou com nosso planejamento e o posto onde pretendíamos abastecer está fechado, forçando-nos a comprar combustível na rua, num pequeno caminhão do mercado negro. O vendedor, totalmente bêbado, aparece com dois galões e começa a tentar abastecer a Fortuner com diesel ao mesmo tempo em que fuma um cigarro. Ele insiste que no segundo galão destinado ao Mini há gasolina, mas nosso olfato não concorda e acabamos comprando de outro, sóbrio. Reabastecidos, dirigimos até meia-noite para completarmos os 350 km, o que significa dirigir através da passagem Taglang La – no escuro. Quando foi exatamente que pensei se seria uma boa ideia escalar a segunda mais alta passagem do mundo, à noite, sob temperaturas congelantes, num Mini com a capota arriada. E o Mini não parecia incomodado com a 4 novembro 2012 I carmagazine.com.br 115


mini no himalaia

Carro pequeno, grande aventura

O Mini no topo do mundo a 5.367 m, ao lado da disputada fronteira chinesa. Foi por isso que fizemos todo este sacrifício...

viagem até então. Minhas observações sobre o carro podem não ser relevantes se você não for conduzir o seu a 5.400 metros de altitude, mas fiquei realmente impressionado com a resistência deste carrinho. Por causa da terrível passagem em Rohtang, o escapamento está todo amassado por baixo, parece a superfície de uma bola de golfe, assim como os bujões de óleo do cárter e câmbio, que foram ‘retrabalhados’, mas não deixaram uma gota sequer de lubrificante pingar. Uma mangueira do radiador correu de seu suporte, mas foi facilmente recolocada. O interior e o sistema de acionamento da capota foram cobertos por uma fina camada de poeira que mais parece talco, mas tudo permaneceu funcionando perfeitamente. Os pneus Continental com tecnologia Runflat não furaram em nenhum momento, nem sobre estradas cobertas por pedras pontiagudas e afiadas em milhares de quilômetros. O motor perdeu um pouco de torque a partir dos 4.000 m; nas partidas, a marcha lenta ficava inconsistente, à procura de oxigênio, até se autorregular. E muito importante, os freios sempre estiveram ali, principalmente nos momentos em que um caminhão aparecia na direção contrária, ou quando eram necessários em trechos de descidas acentuadas intermináveis. Se você pretende vender seu carro em diversos mercados, tem que ter a garantia de sua robustez e adaptação a condição adversas e o Mini mostrou isso. E isso ajuda muito quando você está a 116 carmagazine.com.br I novembro 2012

centenas de quilômetros de um sinal de celular, hospital, ou qualquer outro tipo de auxílio. Leh, população: 28 mil, onde me sinto o centro das atenções a bordo de meu Mini conversível: todo mundo, desde monges budistas até turistas ocidentais lançam olhares sobre meu ‘supercarro’ e as pessoas dali, que nunca viram uma capota retrátil, me obrigam a mostrá-la em ação. No final, 50 km de Leh, mais dois quilômetros verticais para Khardung La parecem brincadeira perto do que passamos, mas insistimos em buscar uma benção para o carro por um monge no Monastério de Tsemo, estrada acima. As bandeirinhas abençoadas que eles colocaram no para-brisa parecem teriam trabalho um pouco à frente. A subida demorou duas horas, o asfalto terminou quando faltavam 15 km, deixando-nos duas enormes pedras para negociarmos, pelas quais o Mini passou sem problemas, mas a centímetros de uma ribanceira enorme. Depois disso, contornamos uma curva e ela estava lá: Khardung La, 5.367 m registrados no altímetro, o lugar mais alto do mundo onde se pode dirigir um carro. Estive lendo sobre este lugar nos últimos dez anos, planejei esta viagem por meses e cheguei a me convencer, duas vezes nos últimos dias, que não conseguiria chegar até aqui. Finalmente consegui, saltei para fora do Mini, mas quase caí de volta com a tontura,

enjoo e dor de cabeça causada pela falta de oxigênio. Daí você anda em passos estreitos pela passagem de 50 metros olhando para os picos do Himalaia ao fundo, mas na mesma altura deles, lendo avisos em inglês e espanhol para que não sacrifique nenhum animal ali. Há uma cabana com oxigênio disponível, que recusamos, mas aceitamos uma xícara de chá na mais alta cafeteria do mundo, onde se ouve cânticos budistas sendo entoados em meio a um mar de bandeirinhas de oração, cenário ideal para finalizarmos esta epopeia com o mais inglês dos carros alemães, que não poderia acabar de forma mais tradicional: um destacamento de soldados indianos jogando críquete, aos quais me juntei. Logo depois começou a nevar e subitamente percebi que era hora de voltar. Sabe quando você fica com a impressão que abusou de sua sorte até o limite?

Mini Cooper Conversível Preço R$ 60 mil (na Europa) À venda Disponível Motor 4 cil. 1.598 cc 16V, 121 cv @ 6.000 rpm, 16,3 kgfm @ 4.250 rpm Transmissão Seis marchas automático, tração dianteira Suspensão McPherson dianteira, Multi-Link traseira Peso/material 1.205 kg/aço Comprimento/largura/altura 3.723/1.683/1.414 mm Desempenho 0 a 100 km/h em 11,1 s, 190 km/h, 18 km/l, 154 g CO2/km


Este rapaz cuidou do Mini durante a noite. Ele não tinha roupas, mas disse que nos ligaria de seu celular. Postos de abastecimento na estrada? Não.

Oliver comemora com um charuto. Onde o ar tem 50% a menos de oxigênio, não parece uma boa ideia...

Havia balões de oxigênio, que não precisamos, na mais alta cafeteria do mundo que serve chá quente, este nós tomamos novembro 2012 I carmagazine.com.br 117


entrevista

O maior designer de todos os tempos

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Giorgetto Giugiaro

Ele criou o Panda, Golf, Alfasud, Esprit e centenas de outros. Conheça o maior designer de todos os tempos Nesses 50 anos da CAR inglesa Giugiaro tem sido ‘o cara’. Ele falou sobre sua carreira, seu trabalho e sobre a grande polêmica chamada Miura

A

Por: Guy Bird Fotografia: Greg Pajo

car magazine inglesa completou 50 anos. E citou 50 carros marcantes desse período, quatro deles são de Giorgetto Giugiaro, sem dúvida o maior designer automotivo de todos os tempos. Ele assinou mais de 200 projetos que se transformaram em mais de 60 milhões de vendas e dezenas de conceitos maravilhosos que nos fizeram sonhar. Seu currículo é impecável. É o único designer que estava em atividade quando nossa revista foi lançada em 1962 e ainda está na ativa, o que lhe dá a permissão de opinar sobre todas as mudanças no estilo dos automóveis nesse período e de projetar o que virá nos próximos 50. Ao chegar à Italdesign, seu estúdio instalado em Turim, estilo campus universitário (agora parte do VW Group) é difícil não se deparar com o logotipo Giugiaro por todos os lados – até nos pacotinhos de açúcar que acompanham o expresso perfeito tirado na hora, para que você não se esqueça de onde está. Mas se hoje o império Giugiaro é imponente e mais se parece com um departamento de uma grande corporação, essa imagem contrasta diretamente com seu

início, fato que fica claro logo que ele começa a falar. Com 74 anos, ele se lembra claramente de suas origens no vilarejo de Garessio, próximo da fronteira com a França, invadido pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, mas também de uma época cercada de cores e formas. “Estudei num colégio onde a arte era levada a sério”, ele nos conta. O jovem Giugiaro era um pintor com grande talento, mas seu pai, que também era artista, direcionou seu filho de 14 anos para o desenho industrial, “para colocar meus pés no chão. Os tempos de pós-guerra eram difíceis. Pintar, meu pai me explicou, é apenas um lado da criação artística, um estilo 2D. O esboço de uma mesa, explicou, é muito diferente do projeto de uma mesa”.

De artista para designer

O professor de pintura do Giugiaro foi coincidentemente o tio de Dante Giacosa – designer do lendário Fiat Topolino e do 500. “Eu estudava arte durante o dia e desenho técnico à noite e este esforço convenceu o Sr. Giacosa a me contratar na Fiat com apenas 17 anos”. Por alguns anos, Giugiaro aprendeu bastante, mas se frustrou bastante também. “Percebi, assim como um pedreiro no meio de um monte de outros pedreiros, que jamais chegaria a ser arquiteto por lá”, lembra. E enquanto pensava em trocar a Fiat pela Academia de Arte e voltar a ser artista, conheceu Nuccio Bertone no Salão de Turim de 1959. Franco Scaglione, designer principal de Bertone havia acabado de sair e Nuccio procurava um substituto. Ele gostou dos desenhos mostrados por Giugiaro, mas queria algo mais real, dando-lhe uma semana para mostrar seu potencial. Ao mesmo tempo, Bertone mostrou os desenhos de Giugiaro para a Alfa Romeo. A Alfa gostou do que viu e Giugiaro foi contratado por Bertone, ganhando 50% a mais e a promessa de liberação do serviço militar. No final, não conseguiu, porém Giugiaro serviu próximo de Turim, o que possibilitava que o visitasse todas as sextas-feiras para ver o que ele tinha desenhado. Giugiaro conseguiu ser dispensado da 4 novembro 2012 I carmagazine.com.br 119


entrevista

O maior designer de todos os tempos Os anos dourados

maioria de suas obrigações militares ao produzir quadros e telas com a imagem de seus superiores. Ele aprendeu tão pouco sobre técnicas militares que nos exercícios de campo seus companheiros de tropa tratavam de ficar bem longe dele e de seu armamento. Ele ri muito ao se lembrar disso. O carro no qual trabalhou durante o serviço militar entrou em produção em 1963, o Giulia GT, consolidando uma grande parceria. Parceria que acabaria em 1965, quando Giugiaro se casou e recebeu convite para trabalhar na Ghia, pelo dobro do salário e “uma posição gerencial que Bertone simplesmente não tinha como me oferecer”.

Miura, a grande controvérsia

Um de seus últimos projetos na Bertone acabou sendo o mais polêmico. Mesmo passados 50 anos, é o primeiro modelo que ele faz questão de mostrar durante a entrevista no escritório cheio de coisas, mas organizado. Modelos em escala estão espalhados ao lado de imagens de outros produtos, além de pilhas de desenhos artísticos meticulosamente catalogados para cada projeto. No meio disso tudo ele nos mostra um desenho datado de 3 de novembro de 1964: “Competizione Bizzarrini”. Os traços básicos revelam as linhas que seriam do Lamborghini Miura de 1966, creditado a Gandini, seu sucessor. Giugiaro havia sido encarregado de traçar as linhas de carroceria de um esportivo com motor entre-eixos em 1965, mas deixou a empresa antes que o projeto fosse concluído. Um dos primeiros trabalhos do Gandini na Bertone foi construir um protótipo desse carro em argila. O resultado foi o icônico, sensacional e de traseira inovadora Miura de 1966. “Sempre que pergunto sobre os desenhos que deixei lá, Giugiaro afirma: não sei”, nos conta, ao mesmo tempo em que a conversa casual e leve ganha contornos mais carregados, antes de deixar uma pergunta no ar: “Antes do Miura, o que o Gandini desenhou? Você se influencia pelo que vê, mas cada pessoa tem seu traço pessoal, você aprende e cria seu estilo próprio. O Gandini é um excelente designer, mas infelizmente não trilhou caminho próprio na profissão”.

Seu Golf Mk1 quadradão redefiniu o design dos carros compactos em 1974. Mas parece que Giugiaro aprecia belas curvas também...

Miura? “Deixei alguns desenhos, talvez o Gandini os achou”

Giugiaro foi estimulado pela rivalidade? De qualquer maneira, desde o fim dos anos 60 até o início dos 80, o trabalho do Giugiaro, Gandini e do estúdio Pininfarina, criou o que se pode chamar de época de ouro do design automobilístico. Giugiaro criou seu próprio estúdio, a Italdesign em 1968, junto do engenheiro Aldo Mantovani. Características importantes começaram a ser estabelecidas, como os ângulos futuristas da Alfasud de 1972, à simples elegância do Golf Mk1 de 1974. A Volkswagen já adorava o trabalho de Giugiaro, tanto que lhe deu carta branca no projeto do Golf, colocando-o rapidamente em produção, para responder às vendas em baixa do fusca. Esta liberdade lhe deu a oportunidade de criar um dois volumes de linhas retas, com eixo traseiro deslocado para trás, criando um hatchback com inclinação traseira de 45º, que redefiniu o conceito do design dos carros compactos. Este seria o primeiro carro de produção em massa de Giugiaro e seu maior sucesso também, contribuindo significativamente na recuperação econômica da Volkswagen. Ele também se autocredita a criação do MPV com os conceitos NY Taxi de 1976 e Lancia Megagamma, que utilizavam teto e bancos altos e espaços inteligentes para carga. Aplicou estes conceitos quando foi procurado pela Fiat em 1976 para desenhar um utilitário de baixo custo para substituir o 500 e o 600. Ironicamente, o Panda de 1980 foi o carro preferido pelos arquitetos, que adoraram sua funcionalidade. “Pessoas com menos dinheiro não o queriam”, informa Giugiaro. “Elas preferiam um carro usado com mais prestígio, como um BMW ou Alfa. O Panda era como uma calça jeans, quando era vestido por pedreiros e carpinteiros ninguém as queria, mas quando os astros de Hollywood começaram a usá-las, virou moda e todos queriam”. Os desenhos de Giugiaro também fizeram bem à cultura popular. Seu conceito Lotus Esprit de 1972 (baseado num Europa alongado) que se transformou no Esprit S1 de 1976, acabou se imortalizando ao virar submarino no filme: “O Espião que me Amava” de 1977, da saga James Bond. “De Volta para o Futuro” também não seria o mesmo sem o DeLorean DMC-12 com portas asa-de-gaivota. Em 1981 foi criada uma divisão na Italdesign destinada a produtos fora do mundo do automóvel, que poderiam se valer das ideias de Giugiaro, de onde saíram câmeras para a Nikon, órgão eletrônicos para a Bontempi, além de botas para esqui, óculos

O Hall da Fama do Giugiaro Number

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ALFASUD 1972 A principal razão do porque amamos a Alfa até hoje. Linhas atemporais e um excelente chassi. Alquimia automotiva perfeita

Lotus Esprit concept 1972 Marcou época e acabou se imortalizando ao virar submarino no filme: “O Espião que me Amava” da saga James Bond

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Alfa Romeo Giulia Sprint GT 1963 Concebido para o Bertone numa barraca durante o serviço militar em 1959. Começava uma grande carreira

Chevrolet Testudo 1963 O primeiro carroconceito de verdade do Bertone, acesso através do para-brisa móvel Impraticável mas influenciador

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Maserati Ghibli mk1 1966 Duas portas, dois bancos, GT com motor V8 e a lendária frente tubarão, desenhado na Ghia e lançado no Salão de Turim

Porsche Tapiro 1970 Linhas afiadas e marca que seria registrada do Giugiaro: janela dentro da janela. Carros angulares estavam na moda

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de sol, tratores ou até um novo formato de macarrão. Nos anos 90 Giugiaro desenhou linhas leves para supercarros da BMW (Nazca C2 e C3) e uma linha de conceitos para a Bugatti, para mais tarde, em 2002, o conceito Alfa Brera, o Fiat Grande Punto em 2005 e o esperto e inteligente Próton Emma em 2010, mostrando que estava atualizado.

A Volkswagen assume a Italdesign

O Piëch disse ‘quer ser parte do VW Group?’ Ele queria 90%. Estou muito feliz.

Não são brinquedos, são modelos em escala. Uma criança adoraria trabalhar aqui Os sachês de açúcar têm logotipo Giugiaro. Nenhuma dúvida de onde você está Brincando em frente a seu desenho do conceito Machimoto de 1986. Ele gargalhou em frente a ele

O cenário do design e da produção mudou no século XXI; modernas técnicas construtivas permitiram que grandes fabricantes absorvessem marcas de pouco volume e as fabricassem na própria linha. Ao contrário da Pininfarina e Bertone, a Italdesign nunca foi uma construtora, por isso não sofreu este impacto, apesar de ver as encomendas diminuírem muito. “Antes da entrada do VW Group, nossos maiores clientes eram empresas chinesas que não tinham departamento de design, ao mesmo tempo em que víamos as montadoras expandir suas áreas de estilo próprias. Produzíamos design para terceiros, mas sabíamos que o espaço se reduziria cada vez mais. Os chineses não gostam de gastar, portanto, vimos nossas margens diminuírem também. Mesmo assim tínhamos boas encomendas quando assinamos com a VW, assim, nossa margem de negociação era boa, acreditávamos”. Giugiaro encontrou outro gigante da indústria automobilística no Salão de Genebra em 2010, Ferdinand Piëch. “Éramos amigos, amigos de verdade, desde os anos 70 quando desenhei o Golf”, nos conta, “e eu sabia que naquele momento minha empresa precisava de investimento externo para se expandir e prosperar. Aí o Piëch disse: ‘Quer fazer parte do nosso grupo? Você vai continuar a administrar da mesma forma que faz hoje, queremos 90% da empresa, os restantes 10% ficam com sua família’. O VW Group tem dez marcas, o que significa diversão suficiente, fiquei muito feliz”.

Sobre o SUV Bentley…

Com o respaldo da VW, o time do Giugiaro trabalha para expandir para 900 o número de conceitos desenhados, oferecer propostas alternativas e construir protótipos para todas as marcas do grupo. A conexão com o VW Group é feita através do chefe geral, o italiano Walter de Silva, o que torna as coisas mais fáceis. “Temos a mesma visão; é uma colaboração tranquila”, Giugiaro afirma. “Trabalhamos em sintonia em projetos que nos são confiados”. Vejamos o que ele pensa sobre algumas das marcas da VW em particular. Perguntei-lhe especificamente sobre o altamente controverso

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VW Golf mk1 1974 O melhor desenho do Golf de todos os tempos. Leve, simples, elegante e prático. Ajudou muito na recuperação financeira da VW

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Alfa Romeo NY Taxi 1976 Sob encomenda do Museu da Arte Moderna de Nova York, Giugiaro repensou os tradicionais táxis amarelos. Nascia o MPV

BMW M1 1978 Em 1972 o BMW Turbo mostrava a visão de Giugiaro para a marca, cujos traços ainda estão presentes, foi o melhor dos Série M

Lancia Delta 1979 De linhas simples, hatchback compacto que ditou regras no rally com o modelo Delta Integrale

Fiat Panda 1980 Muita funcionalidade com o conceito ‘menos é mais’. Giugiaro ainda tem uma versão 4x4 que usa para ir até sua cabana nas montanhas

DeLorean DMC-12 1981 De alumínio com portas asa-de-gaivota, desenhado em Turim, construído em Belfast e lenda em Hollywood. ‘Pense McFly, pense!’

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entrevista

O maior designer de todos os tempos Bentley EXP 9F SUV, como exemplo mais recente. Ele é diplomático e honesto. “Este conceito não é muito esportivo. É um teste, claro, mas ainda tem que ser trabalhado em direção à alma da Bentley. Ter o teto alto, sim, mas como ele é um carro aristocrata, luxuoso – e esportivo – ainda carece de muito trabalho. Não sei exatamente o que faremos com ele, não está claro ainda na minha cabeça”.

como o design automotivo mudou

Tendo testemunhado os últimos 50 anos do design automotivo, ele não se sente à vontade para afirmar. “Houve uma incrível mudança na qualidade, segurança, isolação, de como o carro lida com os erros do motorista e claro, um inegável progresso na estética. Isso foi além de nossas expectativas”. No entanto, enquanto muita coisa mudou, outros processos permanecem inalterados. Tudo começa com um perfil lateral em escala 1:10 projetado sobre um grande painel, de onde ele começa a ser renderizado em 3D no computador (ele gosta da rapidez atual para ver suas ideias quase materializadas). Carros são feitos para carregar pessoas, essa é a premissa. “Só poderá haver uma revolução no ponto de vista da arquitetura de um carro, quando houver mudança na forma com que é movimentado. Seres humanos continuarão usando-os, portanto, os carros tendem a ficar mais confortáveis, funcionais. Vejo também mais design artístico. Assim como na música, desenhar um carro requer harmonia em todos os sentidos. As pessoas nunca entenderão racionalmente isso, mas sentirão o efeito”.

Giugiaro, por Giugiaro

Computadores são legais, mas todo design começa com um traço 1:10

Como presente de 70º aniversário, seu filho Fabrizio fez esta réplica estilo Lamborghini, baseando-se em alguns de seus desenhos. Não foi presente do Gandini, com certeza

Capsula 1982 Conceito radical com conjunto motriz instalado no chassi e carroceria totalmente personalizável, a grande moda de hoje. Futurista?

Machimoto 1986 Meio termo entre carro e motocicleta com uma faixa que revelava o painel inferior transparente. Desenho até hoje na parede do estúdio

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Lucciola 1993 Um compacto urbano quadrado que deu origem ao Daewoo Matiz. Forte influência ecológica

Apesar desta sensibilidade enorme, inacreditável energia e sucesso, Giugiaro não é uma pessoa inatingível ou arrogante. Ele tem fortes convicções sobre o quanto cada projeto seguirá em frente, mesmo quando sabe que suas ideias não serão totalmente aproveitadas. “O cliente terá todos os desenhos na sua frente e juntos escolheremos um deles. Quando um modelo é concebido, se o cliente decidir mudar para outro desenho que não seja o meu, ainda terei a última palavra, por isso procuramos trabalhar com a maior sinergia possível em busca do melhor resultado”. Equilibrando uma administração sólida e bom humor, ele está sempre sorrindo, conta piadas e fica feliz quando sugiro uma foto ao lado de um desenho em tamanho natural do conceito Machimoto de 1986, o qual finge dirigir. Seu ego não é tão grande quanto aqueles sachês de açúcar poderiam sugerir. Chegamos a um longo corredor com pé direito alto, dominado por uma escada cercada de pequenos pilares que parece levar ao céu, mas que não leva a lugar nenhum. Parece a entrada de um templo. Pergunto a sua assessora de imprensa onde a escada vai dar e ela cochicha que esses degraus levariam ao super estúdio de Giugiaro, mas ele preferiu trabalhar em outro, mais simples e no mesmo nível do pessoal todo. Seu sucesso como designer nos últimos 50 e poucos anos, se traduz na capacidade de casar criatividade acima da média com soluções pragmáticas, num ambiente de grande organização. Perguntado sobre para onde irá o design automotivo nos próximos 50 anos, ele gosta da ideia do jato individual. “Talvez teremos uma mochila e... pifff!, estaremos voando”, ri, enquanto faz um ruído com os lábios comprimidos, imitando uma turbina. “Na Nova Zelândia elas já existem. Talvez voaremos como pássaros e aí, quem se importará com carros?” Então ele dá um pequeno aviso em tom profético aos aspirantes a designers de carros: “Tenham muita boa vontade e estudem muito, à exaustão, sobre as possibilidades técnicas para realizar sonhos. Porque sonhos são possíveis”. Depois disso sorri, aperta minha mão e o maior designer de todos os tempos vai ao encontro de seu próximo compromisso.

Bugatti EB118 1998 O conceito Gran Turismo duas portas foi parte de um documentário sobre como uma marca pode ser revivida. Decoração interna ‘art deco’

Alfa Romeo Brera concept 2002 Conceito totalmente curvilíneo na direção oposta dos desenhos leves dos anos 90. Não entrou em produção, ninguém capturou seu espírito

Proton Emas 2010 Carro urbano elétrico de proporções inteligentes e motor ‘range extender’ da Lotus Engineering



show de imagens

Copa Fiat 2012

Copa Fiat 2012 A Copa Fiat completou sua terceira temporada consagrando Cacá Bueno como tri campeão do torneio. O campeonato promovido com sucesso pela família do piloto de F1 Felipe Massa, ganhou em emoção com o aumento de potência dos Línea em 2012 o que proporcionou imagens incríveis, que você confere através das lentes do fotógrafos Duda Bairros e Luca Bassani

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O tricampeonato de Cacテ。 Bueno foi comemorado na テコltima etapa no autテウdromo do Velopark

テ》ila Abreu se concentra para a largada do GP Bahia 2012

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O carioca Luir Miranda estreou na Copa Fiat em 2012

O acidente com o piloto Mauri Zaccarelli no circuito de Brasília só teve consequências materiais

A marca da temporada de 2012 foi o bom público que compareceu nos autódromos

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show de imagens

Copa Fiat 2012

O vice campeão da temporada André Bragantini comemora a vitória em Interlagos

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show de imagens

Copa Fiat 2012

Ulisses Silva decola com vontade o seu Fiat Linea na chicane de Interlagos

Felipe Massa participou em Interlagos dos treinos livres e foi o mais rรกpido do dia, na frente do rei da categoria Cacรก Bueno 128


Christian Fittipaldi beija a filha antes da largada da Copa Fiat

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show de imagens

Copa Fiat 2012

Vencedor em Interlagos , André Bragantini tentou mas não conseguiu impedir o tri campeonato de Cacá em 2012

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