Escrito por Edmilson Martins Neto
Capítulo Sete Onde Um Novo Plano É Revelado Ada deixou o grupo de amigos na frente da casa de Nayara e esta foi a primeira a pular do carro-forte. A garota adentrou a casa e viu Júlia sentada no meio da sala, ainda em prantos. Júlia encarou sua “mãe” com os olhos marejados e vermelhos de tanto derramar lágrimas. Nayara, que já tinha conseguindo segurar um pouco o choro, desabou ao lado da sua “filha” e a abraçou com força. Natália e Neto que entraram logo em seguida, ficaram encarando as duas. O garoto de óculos achou melhor não atrapalhar as duas meninas, as quais tentavam consolar uma a outra. Já Bernardinho, estava eufórico, entrou na casa correndo com um pacote pequeno na mão. - Isso estava na caixa de correio! – informou ele, dando o pacote a Neto. Todos, inclusive Júlia e Nayara olharam Neto rasgando o pacote. Havia alguns impressos com o símbolo do Samaúma Park Hotel e uma folha branca com o número 27027. - Samaúma? – estranhou Naná. – Esse hotel não fica na Praia do Caripi? - Sim. – confirmou Neto, franzindo a testa, achando tudo aquilo muito estranho. - Olha! – exaltou-se Bernardinho. – Esses papéis dão diárias grátis para a Casa da Árvore no hotel! O lugar mais netokristain.blogspot.com
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caro do Samaúma. Pelo que eu soube, uma diária custa em torno de trezentos reais! - Porque estão nos dando isso? – perguntou Nayara. - Querem levar você também, mãe! – alertou Júlia. – É uma armadilha! - Tente digitar esse número no celular que veio na caixa, Nay. – disse Natália, puxando o papel branco da mão de Neto e dando a amiga. Nayara digitou o número 27027 e a tela do celular piscou umas três vezes, antes da voz computadorizada se pronunciar com novas rimas:
Amigos fortes você tem Pena que puderam salvar ninguém Procura seus pais e seu irmão? Você e seus amigos, um deles encontrarão Isso é claro, se praia forem se divertir Pois lá, respostas hão de surgir. - Eu sabia! – gritou Júlia. – É uma armadilha, não podemos ir. - Júlia tem toda razão. É muito perigoso... – sussurrou Natália. – É tudo muito estranho... - Mas é a Casa da Árvore! – lembrou Bernardinho. - De graça! - Isso é o mais estranho. – disse Neto.
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- Tem razão... – suspirou Bernardinho, triste por não poder ir para Casa da Árvore. - Eu vou. – disse Nayara com convicção, fazendo todos a olharem. – Eu preciso ir. A mensagem diz que um deles nós vamos achar, um dos meus pais ou meu irmão. Se for verdade, um deles vai saber onde o outro está preso. Um deles vai saber quem é “ele” e quando eu souber, vou tratar que ele fique bastante tempo preso. - Mas e se a mensagem estiver mentindo? – indagou Júlia. – Você estará apenas se entregando. - “Quem não arrisca, não petisca.” – disse Neto. – Vou com você, Nay. - Eu também! – disse Bernardinho, sorrindo. - Fazer o quê... – Natália suspirou. Júlia encarou sua “mãe” com medo que ela também fosse levada. - Não precisa ir, se não quiser. – disse Nayara a ela. - Eu vou... – a menina abaixou a cabeça abraçando Nay com toda força. - Obrigado a todos vocês. – Nayara olhou cada amigo em particular. – Vocês realmente são verdadeiros amigos. - Não tem que agradecer, Nay. – disse Neto. – E agora, acho melhor eu ligar para polícia, avisando o desaparecimento dos seus pais e do seu irmão. - Acho que não vai adiantar de nada. – disse Bernardinho. – Não é só depois de quarenta e oito horas netokristain.blogspot.com
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depois de constado o desparecimento que eles podem fazer o registro? - Não custa nada tentar. – disse Neto pegando seu celular e saindo da sala. - Bem... – começou Nayara, sem saber o que dizer. – Peguem suas roupas de banho, amanhã de manhã vamos para praia. – ela forçou um sorriso. E todos sorriram para ela, só para tentar animá-la.
Breno estava sentado dentro da van que o carro-forte de Ada tinha acertado. Ele estava de frente para um monitor mediano, olhando o rosto de um homem banhado pelas sombras. Apenas sua boca dava para ser vista. Breno contava-lhe como seus homens tiveram êxito em sequestrar Ryan Ruiz. - Ótimo. – disse “ele” no monitor. – O teste foi perfeito. Pudemos testá-la tanto fisicamente como emocionalmente. De fato, Nayara é uma garota excepcional. Entretanto, não é o bastante, eu vou torná-la perfeita. Hei de fazer um novo teste emocional nela! - Pensei que raptar toda família dela já fosse emoção o bastante, meu senhor. – comentou Breno. - Certamente. – assentiu “ele”. – Mas dessa vez iremos testá-la em um novo patamar emocional. Vamos testá-la amorosamente, usando ele.
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A foto de um garoto de cabelos arrepiados apareceu em outro monitor ali na van. E junto com ela, todos os dados pessoais do jovem. - Gleick Marcell? – leu Breno. - Sim. – afirmou “ele”. - Esse não é o ex-namorado da Nayara? - Certíssimo. Ele tomará conta do próximo teste, o qual ocorrerá na praia, se tudo correr conforme os planos. - Meu senhor... – começou Breno. – Realmente o senhor pensou em tudo. - Como não poderia? Nayara Ruiz tem que ser perfeita para mim! - Mas, meu senhor... E se por ventura ela não atender suas expectativas, o que irá fazer com ela? - Ora... “Ele” abriu um sorriso que ia de uma orelha a outra, um sorriso que beirava a insanidade e com ele, respondeu: - Eu vou simplesmente “descartá-la”. OOOOOOO
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O mistério começou. E com ele, Nayara chorou. Seu irmão foi raptado. Seus pais ainda não foram achados
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Mais problemas hão de aparecer? O mistério há de se resolver? Na praia, as respostas encontrarão E nela, sangue acharão.
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