Humildade - Verdadeira Grandeza

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“Raramente nossa comunidade cristã pensa em humildade. Em sua postura determinada, C. J. Mahaney faz um alerta muito necessário, que desperta nossa atenção quanto a este importante assunto. Recomendo enfaticamente este livro.” Jerry Bridges A utor de T he P ursuit of H oliness “Meu amigo C. J. Mahaney aborda um tema de imensa importância. Visto que Deus resiste aos soberbos e dá graça aos humildes, o que seria mais importante do que entender e desenvolver a verdadeira humildade como um meio de receber graça? O livro de C. J. Mahaney é bíblico, honesto e repleto de discernimento. Precisamos de menos egoísmo e mais humildade, precisamos servir mais em nossas igrejas. Que Deus use este livro para nos trazer à memória que somente os humildes são sensatos.” Randy Alcorn A utor de H eaven and the G race and T ruth P aradox “Precisamos ser lembrados diariamente que Deus resiste aos soberbos. É necessário que nos falem novamente sobre o que significa a grandeza aos olhos de Deus. Isto é importante para os líderes de igrejas, de famílias e para qualquer pessoa que deseja ter uma vida de excelência, que é agradável a Deus. Sou grato a C. J. Mahaney pela sua maneira sincera e correta de tratar este pecador ‘aceito’. Que a verdade explicada neste livro o separe do orgulho e extraia de você um aroma agradável de humildade. Deus não somente resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” John MacArthur P astor e professor da G race C ommunity C hurch “C. J. Mahaney não é humilde. Pelo menos é isto que ele dirá a você. Esta é uma das razões que tanto o qualificam para escrever este livro. Eu o li. Vi humildade em sua vida – e na vida das pessoas a quem ele ensinou. Se você está lutando contra o orgulho – como eu estou – deveria ler também. E se não está engajado nessa luta, realmente precisa ler este livro!” Mark E. Dever P astor da I greja B atista C apitol H ill . A utor de N ove M ar cas de uma I greja S audável (E ditora F iel )


“Este é o livro certo, do homem certo, na hora certa. Mais do que qualquer outro homem que conheci, C. J. Mahaney ensinou-me o que a humildade realmente é. Este é um homem cuja humildade é um presente para toda a igreja. Ele sabe que a humildade é força e que Deus usa os humildes de forma poderosa. Ele entende o perigo do orgulho e nos convida a desejar um legado de grandeza – uma grandeza que mostra ao mundo inteiro a glória de Deus. Ele nos direciona a uma visão de mundo centralizada na cruz, a qual transformará cada dimensão da vida.” R. Albert Mohler Jr. P residente do S eminário B atista T eológico do S ul “Um livro maravilhoso, sério, centrado em Deus, fundamentado na Bíblia. O autor verdadeiramente exemplifica a humildade em sua própria vida. Em especial, apreciei as sugestões de Mahaney sobre as disciplinas práticas que nos ajudam a cultivar a humildade diante de Deus. Esta mensagem tem por finalidade alertar-nos, bem como nossas igrejas, quanto à autodestruição decorrente do orgulho. Esta mensagem também nos tornará gratos pelas pequenas bênçãos do dia-a-dia e nos aproximará mais de Deus.” Wayne Grudem P rofessor e pesquisador de B íblia e T eologia do S eminário de P hoenix “Em Humildade: A Verdadeira Grandeza, C. J. Mahaney fornece um manual claro e útil para o contínuo crescimento dos crentes, para a luta contra o orgulho e para o cultivo da humildade. C. J. Mahaney não é marinheiro de primeira viagem nesse conflito. Ele e sua estimada congregação manifestam a soberana obra da graça do Espírito, tanto em sua humildade pessoal quanto na congregacional e na forma séria como lidam com o orgulho. Um ‘cristão orgulhoso’ é uma antítese. Que o Senhor da Glória, que Se humilhou até à morte, use este livro para mortificar o seu orgulho e para lhe dar a verdadeira grandeza da abnegação e do serviço aos outros.” J . L i g o n D u n c a n III M inistro da F irst P resbyterian C hurch


Humildade Verdadeira Grandeza



Humildade Verdadeira Grandeza

C.J. Mahaney


Humildade - Verdadeira Grandeza Traduzido do original em inglês Humility – True Greatness por C. J. Mahaney Copyright © 2005 por Sovereign Grace Ministries Publicado por Multinomah Books, uma divisão de Random House, Inc. 12265 Oracle Boulevard, Suite 200 Colorado Springs, Colorado 80291 USA

Todos os direitos para tradução em outros idiomas devem ser contratados através de: Gospel Literature International P.O. Box 4060, Ontario, CA, 91761-1003 USA A presente tradução foi feita com permissão de Multnomah Books, uma divisão de Random House, Inc.

Primeira edição em português ©Editora Fiel 2008 Primeira reimpressão: 2011

Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Editora Fiel da Missão Evangélica Literária Proibida a reprodução deste livro por quaisquer meios, sem a permissão escrita dos editores, salvo em breves citações, com indicação da fonte.

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Presidente: James Richard Denham III Presidente emérito: James Richard Denham Jr. Editor: Tiago J. Santos Filho Tradução: Ana Paula Eusébio Pereira Revisão: Waleria Coicev e Marilene Paschoal Capa: Studiogearbox.com Diagramação: Wirley Correa ISBN: 978-85-99145-42-5


Para

o meu filho,

Chad.



Índice Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Parte I

Nosso Maior Amigo, Nosso Maior Inimigo A Batalha da Humildade Contra o Orgulho Capítulo 1 — A Promessa da Humildade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Capítulo 2 — Os Perigos do Orgulho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

Parte II

A Grande Inversão Nosso Salvador e o Segredo da Verdadeira Grandeza Capítulo 3 — A Grandeza Redefinida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Capítulo 4 — A Grandeza Demonstrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43


Parte III

Nossa Grande Busca A Prática da Verdadeira Humildade Capítulo 5 — Ao Iniciar Cada Dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 Capítulo 6 — Ao Findar Cada Dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 Capítulo 7 — Tenha um Foco Especial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Capítulo 8 — Identificando Evidências da Graça . . . . . . . . . . . . 81 Capítulo 9 — Encorajando Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 Capítulo 10 — Convidando e Buscando a Correção . . . . . . . . . 101 Capítulo 11 — Respondendo às Provações com Humildade 111 Capítulo 12 — Um Legado de Grandeza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125

Uma Palavra Final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135 Como Enfraquecer o Orgulho e Cultivar a Humildade Uma Lista de Sugestões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139 Agradecimentos Especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141


Prefácio

H

umildade é uma coisa engraçada. Por um lado, é uma característica extremamente desejável. A maioria de nós, como cristãos, diria que quer ser humilde, certo? Ou, pelo menos, queremos ser considerados humildes. Ao mesmo tempo, poucos de nós têm dado atenção ao que realmente significa ser humilde. Um número ainda menor de crentes tem considerado sobre o que é preciso para crescer em humildade. Em vez da verdadeira humildade, aprendemos certas palavras ou frases que, conforme pensamos, nos fazem parecer humildes: “Ah, pode acreditar, não me custa nada”, ou: “Qualquer um poderia ter feito isso”. Olhamos para baixo e encolhemos os ombros, ou talvez enrubescemos. Certamente, isso não é o que sentimos de verdade – por dentro nos congratulamos pelo quão humildes nos sentimos e parecemos ser. Desejamos esta reputação, mas não sabemos como conseguir a humildade verdadeira. Como crianças que brincam usando as roupas de seus pais, apenas encenamos a humildade; porém este tipo de atitude não é adequado a nós. Alegro-me por você ter se interessado por este livro. Creio que ele pode lhe ajudar a fazer da humildade mais do que uma mera en-


Humildade: Verdadeira Grandeza

cenação. Nestas páginas, você aprenderá como fazer da humildade o seu traje diário. O autor, C. J. Mahaney, é um querido amigo meu, e tenho passado muito tempo com ele. Temos trabalhado juntos, viajado juntos, e até morado juntos (quando eu era solteiro, aluguei um quarto no porão de sua casa, por um ano). Digo isso porque posso verificar a autenticidade do que C. J. escreve. Ele tem enfrentado as batalhas do orgulho com as quais todos nos deparamos. Pela graça de Deus, ele tem cultivado e buscado a humildade mais significativa – aquela que define uma vida inteira de comunhão com Deus. Para mim, o melhor exemplo deste tipo de humildade é o fato que, após vinte e sete anos servindo como pastor da Igreja Aliança da Vida, ele decidiu passar seu cargo para mim. Eu tenho apenas trinta anos, enquanto C. J. tem cinqüenta e um e está, em minha opinião, no auge de sua vida e ministério. Ainda assim, ele me treinou, orientou e alegremente permitiu que eu ocupasse o seu lugar. A maioria dos jovens pastores tem de começar sua própria igreja para terem a chance de liderar imediatamente, uma vez que poucos homens mais velhos estão dispostos a deixar o ministério ou partilhar uma posição de liderança. Mahaney não somente estava disposto a fazer esta transição, como também planejou-a por anos, a fim de que eu fosse bem-sucedido. Embora eu tenha iniciado meu ministério na Aliança da Vida há pouco tempo, o exemplo de C. J. me inspirou a olhar adiante, para o dia em que eu poderei fazer a mesma concessão ao próximo líder de nossa igreja. Quem sabe? Aquele menino de dez anos que corre pela igreja poderá, um dia, sentar-se à minha mesa. E quando este dia chegar, espero que eu tenha a mesma humildade de coração que Mahaney tem me mostrado. Pretendo continuar aprendendo com C. J. e sei que vocês aprenderão com ele à medida que lerem este livro. O que mais aprecio em Humildade: A Verdadeira Grandeza é que esta obra tira nossa atenção 12


Prefácio

do público humano, com o qual tão freqüentemente nos preocupamos, e nos faz lembrar dAquele que observa todas as coisas, nosso único Soberano e Salvador, cuja atenção pode ser conquistada por um coração e uma vida que exibem humildade genuína. Oro para que à medida que você lê, seu desejo pela verdadeira grandeza aos olhos de Deus cresça e transborde numa vida de verdadeira humildade. Joshua Harris

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Introdução

E

screver sobre humildade é uma experiência humilhante. Quem quer se oferecer para escrever sobre este assunto? Eu não quero. Enquanto eu finalizava este livro, por incontáveis vezes fui levado a pensar: Seu idiota! Por que você concordou em fazer isto? Eu poderia diverti-lo por horas relatando os comentários e as expressões faciais das pessoas quando ouviam que eu estava trabalhando num material com esse título. Entendo a reação delas. Se eu encontrasse alguém que presumisse ter algo a dizer sobre humildade, automaticamente o consideraria desqualificado para falar do assunto. Então, deixe-me esclarecer desde o início: Sou um homem orgulhoso buscando humildade pela graça de Deus. Não escrevo como uma autoridade no assunto, escrevo como um colega peregrino trilhando, com você, o caminho preparado para nós pelo nosso humilde Salvador. Só posso me dirigir a você com confiança no grande e gracioso Deus que prometeu dar graça aos humildes (veja Tiago 4.6; 1 Pedro 5.5). Esta promessa constitui o âmago deste livro. Ela foi feita a cada um de nós que se converte de seus pecados e confia no Salvador.


Humildade: Verdadeira Grandeza

A estrutura deste livro é simples e direta. Na primeira parte aprenderemos que, seja qual for a nossa idade ou vocação, a humildade é a nossa melhor amiga e o orgulho, o nosso maior inimigo. Na parte dois, descobriremos que a genuína humildade requer uma redefinição radical do significado de sucesso. Aprenderemos com Jesus Cristo, conforme Ele ensina seus discípulos, sobre a natureza da verdadeira grandeza e a razão pela qual a alcançamos, ou seja, somente por meio de sua morte na cruz, em favor de pecadores como você e eu. Finalmente, na parte três, veremos o assunto na prática. Falaremos sobre como cultivar a humildade e enfraquecer o orgulho a cada dia. Espero que você faça esta viagem comigo. Certamente, sei de muitos que seriam guias melhores, mas tenho experimentado a promessa da humildade. A promessa dEle é real, e foi feita a você.

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Parte I

Nosso Maior Amigo, Nosso Maior Inimigo A Batalha da Humildade Contra o Orgulho



1 A Promessa da Humildade

N

uma cultura que tão freqüentemente recompensa os orgulhosos – um mundo pronto a admirá-los e aplaudi-los, um mundo ávido para dar-lhes o rótulo de “excelente” – a humildade às vezes atrai a atenção com alguma surpresa. Veja, por exemplo, o livro Empresas Feitas Para Vencer, um sucesso de vendas. Desde 2001, este manual de liderança de Jim Collins tem se tornado um dos mais populares e influentes no mundo dos negócios. Raramente encontro um líder que não o tenha lido. O livro baseia-se na seguinte pergunta: Uma boa empresa pode se tornar uma grande empresa? E, se pode, como isso acontece? A fim de encontrar a resposta, Collins e um grupo de pesquisadores estudaram, durante cinco anos, onze corporações que deixaram de ser meramente boas empresas para se tornarem grandes empresas. Tive oportunidade de ouvir Jim Collins falar sobre esse tópico para um público de pastores e líderes de empresas. Em sua apresentação, Collins identificou duas qualidades específicas de caráter compartilhadas pelos diretores dessas empresas feitas para vencer. A primeira qualidade não foi uma surpresa: aqueles homens e mulheres executivos possuíam um incrível desejo profissional –


Humildade: Verdadeira Grandeza

eram batalhadores e se dispunham a suportar qualquer coisa para trazer sucesso à sua empresa. Entretanto, a segunda característica que tinham em comum não era algo que os pesquisadores esperavam encontrar. Aqueles líderes eram abnegados e modestos. Eles sempre se referiam à contribuição dos outros e não gostavam de chamar atenção para si mesmos. “Os líderes feitos para vencer nunca quiseram se tornar heróis extraordinários”, escreveu Collins. “Nunca desejaram ser colocados num pedestal nem almejaram se tornar ícones inacessíveis. Eles aparentemente eram pessoas comuns produzindo, com tranqüilidade, resultados extraordinários.” Quando Collins entrevistou pessoas que trabalharam para aqueles líderes, elas “sempre usavam palavras como: quieto, humilde, modesto, reservado, tímido, cortês, bem-educado, abnegado, tolerante, não era confiante em suas próprias habilidades e outras palavras semelhantes” para descrevê-los.1

Aos

olhos de

Deus

Nisso tudo, parece que há uma consciência do valor da humildade – reconhecimento de que a humildade funciona, de que ela é eficaz em outorgar respeito e confiança por parte das outras pessoas àqueles que a possuem. Sim, é espantoso, mas, às vezes, a humildade atrai a atenção do mundo. Entretanto, existe uma coisa ainda mais surpreendente: A humildade atrai a atenção de Deus. Em Isaías 66.2 lemos as seguintes palavras do Senhor: O homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra. 1 Collins, Jim. Empresas feitas para vencer. Editora Campus, 2001.

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A Promessa da Humildade

Esta profunda passagem nos direciona a uma motivação e a um propósito totalmente diferente a respeito da humildade. Uma motivação e um propósito que jamais encontraremos nas páginas de um manual de negócios. Nessa passagem, encontramos motivação e propósito alicerçados no impressionante fato de que a humildade atrai o olhar de nosso Soberano Deus. Se entendermos as circunstâncias em que esta passagem foi escrita, encontraremos um significado ainda mais rico. Aqui, Deus se dirige aos israelitas, um povo com uma identidade única. Escolhidos por Deus, dentre todas as nações da terra, eles possuíam tanto o templo quanto a Torá – a Lei de Deus. Mas, não tremeram da palavra de Deus. Em certo sentido, eles tinham tudo a seu favor, exceto o mais importante. Eles não eram humildes diante de Deus. Então, nessa passagem, Deus, em sua misericórdia, tira a atenção dos israelitas da orgulhosa suposição de serem privilegiados como escolhidos de Deus, e da preocupação que eles tinham com os adornos da religião. Estas coisas não atraem seu olhar ativo e gracioso, mas a humildade o faz.

Deus

aj u d a a q u e l e s q u e . . .

Os olhos de Deus constituem um tema por toda a Escritura. Veja, por exemplo, as palavras de 2 Crônicas 16.9: “Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele”. Obviamente, Deus não tem olhos físicos; “Deus é espírito” (João 4.24). Ele não precisa de olhos físicos porque é onisciente. Nada escapa à sua atenção. Ele está ciente de todas as coisas. No entanto, embora conheça tudo, Ele procura por algo em particular, algo que atue como um ímã para capturar sua atenção, e O convide a se envolver conosco de forma ativa. Deus é, decididamente, atraído pela humildade. Uma pessoa humilde é aquela que 21


Humildade: Verdadeira Grandeza

atrai a atenção de Deus, e, neste sentido, atrair a atenção dEle também significa atrair sua graça – sua bondade imerecida. Pense nisto: há uma coisa que você pode fazer para atrair mais da força e ajuda graciosa, imerecida e sobrenatural de Deus! Que promessa! Atente mais uma vez para esta passagem tão conhecida: “Deus... dá graça aos humildes” (Tiago 4.6). Ao contrário do que algumas pessoas acreditam, Deus não auxilia “os que ajudam a si mesmos”, mas os que se humilham. Essa é a promessa da humildade. Deus é, pessoal e providencialmente, defensor dos humildes. E a graça que Ele estende aos humildes é indescritivelmente valiosa. Jonathan Edwards escreveu: “Os prazeres da humildade são os mais refinados, íntimos e primorosos deleites no mundo”.2 O propósito deste livro é ajudá-lo a receber e experimentar esses excelentes prazeres.

O

que é humildade?

Para mim, o livro de Jim Collins foi uma lembrança encorajadora de que mesmo num mundo que celebra os orgulhosos, a humildade ainda é valorizada. Entretanto, livros como Empresas Feitas Para Vencer têm limitações sérias. Eles são falhos em nos fazer entender a humildade porque não se baseiam numa visão de mundo bíblica. Nossa definição de humildade deve ser bíblica, e não apenas pragmática, e, para ser bíblica, deve começar com Deus. João Calvino escreveu: “É evidente que o homem nunca atinge um autoconhecimento verdadeiro sem que antes tenha contemplado a face de Deus, e após tal contemplação, tenha examinado a si mesmo”.3 Neste ponto, a seguinte definição pode nos ajudar: Humildade é 2 Edwards, Jonathan. Memoir of Jonathan Edwards. Diário do dia 2 de março de 1723. (http:// www.tracts.ukgo.com/memoir_jonathan_edwards.pdf Acessado em 3 de agosto de 2005.) 3 Calvin, John. Institutes of the christian religion. Vol. 1, Grand Rapids, MI. Wm. B. Eerdmans Publishing Company, 1990, p. 38.

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A Promessa da Humildade

avaliarmos a nós mesmos honestamente à luz da santidade de Deus e da nossa pecaminosidade. Esta é a realidade dupla na qual toda humildade genuína está alicerçada: a santidade de Deus e a nossa pecaminosidade. Sem uma consciência honesta destas duas realidades (e refletiremos sobre elas neste livro), toda auto-avaliação será distorcida e falharemos tanto em compreender quanto em praticar a verdadeira humildade. Deixaremos de experimentar a promessa e os prazeres que a humildade oferece. É por isso que quero orientá-lo a pedir a ajuda de Deus para avaliar sua vida honestamente, para entender se você está crescendo na humildade que atrai o olhar de Deus, e mais de sua graça.

Eu

tenho humildade?

Alguns anos atrás, nossa igreja – Igreja Aliança da Vida, em Gaithersburg, Maryland – celebrou seu vigésimo quinto aniversário. Naquela ocasião, nos reunimos com a finalidade de nos alegrarmos juntos. Gary Ricucci, um de nossos pastores e um dos fundadores da igreja, foi à frente a fim de apresentar um resumo de nossa história. Ele observou que, embora muita coisa houvesse mudado ao longo daqueles vinte e cinco anos – como a aparência de certos pastores, incluindo a minha – os valores específicos adotados pela igreja em sua fundação permaneceram inalterados. Naquela manhã, Jim, um membro da igreja e líder de pequenos grupos, ouvia, com atenção, o que Gary dizia. Antes de freqüentar a Aliança da Vida, ele fazia parte de uma congregação onde, lamentavelmente, aconteceu uma séria divisão. Conforme ele ouvia a descrição de Gary sobre os valores duradouros de nossa igreja, seus pensamentos ocuparam-se em comparar os valores evidentes em sua antiga igreja com os nossos. “Por que minha experiência foi tão diferente?”, Jim se perguntava. Ele ouviu Gary afirmar que, desde o início, a Igreja Aliança da 23


Humildade: Verdadeira Grandeza

Vida tinha amor pela Palavra de Deus. Jim disse para si mesmo: sim, nós tínhamos isso. Gary continuou: “Amávamos Jesus Cristo e éramos gratos pelo seu sacrifício substitutivo na cruz”. Sim, Jim pensou, nós tínhamos isso também. “Amávamos a graça e a adoração.” Sim, isso também. “Acreditávamos na importância dos relacionamentos”, Gary acrescentou. Mais uma vez, Jim respondeu intimamente: Certo, tínhamos isso. Então, Gary disse: “E havia uma forte ênfase na humildade, especialmente entre os líderes”. E Jim pensou: Não, isso não tínhamos. Perguntemos a nós mesmos: no que se refere aos valores segundo os quais vivemos, o que os outros dirão sobre nós um dia? Eles testificarão que a humildade era uma característica de nossa vida? Tantos empreendimentos humanos, tantos propósitos grandiosos da humanidade têm sido arruinados devido à falta de humildade dos envolvidos. No capítulo seguinte observaremos quão perigoso é o orgulho. Mas, nossa motivação para removê-lo deve ir além do conhecimento das ciladas que ele traz e de seus perigos. Nossa busca deveria ser conduzida pela maravilhosa promessa que a humildade nos garante: Deus dá graça aos humildes! O que você está edificando com sua vida? Um casamento? Uma família? Um trabalho? Uma igreja? Uma carreira? Em suas atividades, você tem consciência de que necessita da graça de Deus para dar a seus esforços valores duradouros? Você deseja a ajuda e a bênção providenciais de Deus? Então, permitamos que a promessa de humildade molde nossa vida e nossas escolhas; assim, nossos filhos e outras pessoas, um dia, olharão para o passado e dirão de nós: Eles tinham humildade. Tinham o que importa. 24


2 Os Perigos do Orgulho

W

inston Churchill, que aperfeiçoou a arte da crítica inteligente, certa vez descreveu um político adversário como um “modesto homenzinho, cheio de razões para ser modesto”. A última parte da observação que ele fez é uma descrição precisa da minha pessoa – embora eu não possa afirmar que sou humilde, certamente tenho muitos motivos para possuir humildade! Minha grande inaptidão é bem conhecida por todos que convivem comigo pelo menos algum tempo, e não estou exagerando. Se você falasse com alguns de meus amigos, eles confirmariam como continuamente os surpreendo com novas descobertas de minhas incapacidades. Eu até lhes forneço uma certa medida de entretenimento, principalmente no que diz respeito a habilidades manuais e à mecânica. Um dia, minha filha me informou que nosso carro estava fazendo um barulho estranho, então, saí para investigar. Ela tentou me avisar, mas eu não esperava o violento ruído que feriu meus ouvidos quando liguei o carro. Desliguei o motor imediatamente. Num momento como aquele, a sabedoria demanda uma atitude apenas: Sair do carro, entrar em casa, e ligar para um mecânico confiável.


Humildade: Verdadeira Grandeza

Esta seria a resposta apropriada e prudente. Em vez disso, segui o arrogante instinto masculino, o qual requer, no mínimo, que o homem levante o capô e olhe para o motor atentamente. Afinal de contas, os vizinhos podem estar assistindo a tudo e desejamos, pelo menos, dar a impressão de que entendemos alguma coisa de mecânica. Contudo, cresci num mundo envolvido com o atletismo e não com o automobilismo. E, para ser honesto, não sou habilidoso somente no que diz respeito a motores de carros, e sim ao carro inteiro. Para você não pensar que estou exagerando, permita-me interromper brevemente este relato, a fim de expor um outro. A história seguinte é verdadeira.

Precisando

d e aj u d a

Algum tempo atrás, uma pessoa me disse que o pneu traseiro do meu carro, o da esquerda – ou terá sido o da direita? – estava baixo. Na verdade, eu não tinha a menor idéia de como encher o pneu de um carro. Então, procurei um amigo – um amigo íntimo, só para você saber – e pedi a ajuda dele. Num momento como este, a reação piedosa e prestativa de um amigo seria responder alegremente: “Sim, deixe-me ajudá-lo”. Em vez disso, meu bom amigo exclamou: “Eu não acredito! Eu não acredito! Você não sabe como encher o pneu do seu carro?” Depois que ele parou de repetir isso, olhou-me firmemente e acrescentou: “Você, meu amigo, é um retardado”. Ele estava apenas se divertindo às minhas custas, mas, a verdade é que numa ocasião anterior, eu tentei encher o pneu sem ajuda de ninguém. Quando me ajoelhei para colocar a mangueira de ar na válvula do pneu – ou qualquer que seja o nome daquela “coisinha” onde você encaixa a mangueira ao pneu – o som barulhento que surgiu foi um “fuhhht! Fuhhhhhht!” intimidador! 26


Os Perigos do Orgulho

Depois, começou um tilintar alto: “ding ding ding ding!” De repente, fui tomado por um medo intenso de que o pneu do meu carro estivesse prestes a explodir. Vai explodir, disse comigo mesmo, e você vai morrer. E no seu funeral, todos os seus amigos – ao mesmo tempo em que limpam as lágrimas em meio ao pranto – balançarão a cabeça e dirão a si mesmos: “Que idiota!” Estou convencido de que o resultado da minha tentativa naquele dia serviu somente para deixar escapar mais ar do pneu do que eu podia colocar. E, conforme me afastava do posto de combustível, com um pneu murcho, quase podia ouvir a sutil risada do frentista me seguindo até em casa.

Contra

toda a lógica

Assim, compartilhada minha história pessoal, que autoconfiança infundada me motivaria a levantar o capô, naquele dia, a fim de examinar o motor? A única coisa que realmente sei fazer é verificar se o recipiente de água que limpa o pára-brisa precisa ser reabastecido. Então, verifiquei isso – com grande autoridade (ele estava quase cheio). Fechei o capô (também com grande autoridade) e, como um tolo orgulhoso que sou, entrei de novo no carro e o liguei mais uma vez – como se o simples fato de olhar o motor fosse suficiente para consertá-lo; como se as partes quebradas estivessem agora dizendo umas às outras: “Ele nos viu! Juntem-se de novo, rápido!” Quando girei a chave, o mesmo barulho violento se espalhou. Só então, entrei em casa e fiz o que deveria ter feito desde o início: Liguei para a oficina e contei a situação em que meu carro estava – completamente pronto para informá-los da minha convicção de que o problema não era o recipiente de água que limpa o pára-brisa. Agora você deve supor que, num ser humano normal, tal incapacidade não pode coexistir com uma medida significativa de orgulho. 27


Humildade: Verdadeira Grandeza

Uma pessoa como eu, tão carente de habilidades, naturalmente seria humilde, certo? Entretanto, sem dúvida, posso assegurar-lhe de que a incompetência e o orgulho são evidentes em minha vida. De fato, descobriremos neste livro como o orgulho parece ter, ao mesmo tempo, uma maneira estranha e segura de ignorar a lógica. Você consegue perceber isso? O pior é que nenhum de nós está livre dos efeitos do orgulho, os quais cegam as pessoas e desafiam a lógica. Embora ele se apresente de formas e em intensidades diferentes, ele contamina todos. A questão aqui não é se o orgulho existe em seu coração; e sim onde ele se encontra e como se expressa em sua vida. As Escrituras nos mostram que o orgulho está arraigado em nossa vida de forma perigosa e intensa, muito mais do que a maioria de nós admite ou consegue pensar. John Stott pensou sobre isso de forma clara e escreveu: “Em cada estágio de nosso desenvolvimento cristão, e em cada esfera de nosso discipulado, o orgulho é o nosso maior inimigo e a humildade, a nossa maior amiga”.1 Já vimos a promessa da humildade – o gracioso apoio de Deus. Mas também devemos estar conscientes dos grandes perigos do orgulho – não apenas ocasionalmente, ou sob certas circunstâncias, mas em todas as fases e situações. Durante nosso tempo nesta terra, e em cada aspecto de nossa vida, você e eu compartilhamos de um grande inimigo: o orgulho.

O

primeiro pecado

O orgulho tem uma história que precede Adão e Eva. Ao que parece, o orgulho foi o primeiro pecado. Isaías 14 registra a ruína de 1 Stott, John. “Pride, Humility & God”, Sovereign Grace Online, setembro/outubro de 2000. (http://www.sovereigngraceministries.org/sgo/v18no5/prt_pride.html Acessado em 3 de agosto de 2005).

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Os Perigos do Orgulho

um rei que não era apenas um governante terreno. Ele é a encarnação da arrogância que desafia Deus. A linguagem usada nessa passagem aparentemente se refere à rebelião e queda do próprio Satanás. Em Isaías 14.13, a motivação por trás da rebelião de Satanás é exposta: “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono”. Lideradas pelo orgulhoso Lúcifer, poderosas criaturas angélicas, dotadas de beleza e glória muito além de nossa compreensão, arrogantemente desejaram reconhecimento e prestígio iguais aos do próprio Deus. Em resposta, Deus os julgou rápida e severamente. O orgulho não só parece ser o primeiro pecado, mas também está no centro de todo pecado. “O orgulho”, escreveu John Stott, “é mais que o primeiro dos sete pecados mortais; ele é a essência de todo pecado”.2 De fato, da perspectiva de Deus, o orgulho parece ser o pecado mais sério. A partir de meus estudos nas Escrituras, estou convencido de que não existe coisa alguma que Deus odeie mais do que isso. É lógico que Deus, de um modo justo, odeia todo pecado, mas a evidência bíblica aponta, enfaticamente, para a conclusão de que não há pecado que O ofenda mais do que o orgulho. Quando a Palavra de Deus revela as coisas que “o Senhor aborrece” e que “sua alma abomina”, são os “olhos altivos” do homem que encabeçam a lista (Provérbios 6.16-17). E, quando a sabedoria personificada de Deus fala, as seguintes palavras são enfatizadas: “...a soberba, a arrogância... eu os aborreço” (Provérbios 8.13). Considere a perspectiva divina sobre o orgulho revelada em Provérbios 16.5: “Abominável é ao Senhor todo arrogante de coração; é evidente que não ficará impune”. Simplesmente não há, nas Escrituras, palavras mais fortes que essas no que se refere ao pecado. 2 Ibid.

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Humildade: Verdadeira Grandeza

Brigando

com

Deus

Por que Deus odeia tanto o orgulho? Eis a razão: Orgulho é quando seres humanos pecadores desejam o prestígio e a posição de Deus, e se recusam a reconhecer sua dependência dEle. Certa vez, Charles Bridges observou como o orgulho exalta o coração das pessoas contra Deus e “disputa por supremacia” com Ele. A seguinte definição da essência do orgulho é bíblica e repleta de discernimento: Disputar com Deus por supremacia e exaltar o coração contra Ele. Por razões pessoais, comecei a adotar esta definição de orgulho alguns anos atrás, depois de perceber que, em certa medida, eu ficara indiferente ao orgulho em minha vida. Embora reconhecesse que eu era orgulhoso, sabia que não estava suficientemente convicto disso. Assim, em vez de apenas confessar a Deus que “eu fui orgulhoso naquela situação” e implorar seu perdão, aprendi a dizer: “Senhor, naquele momento, com aquela atitude e ação, eu estava disputando contigo por supremacia. Foi isto o que aconteceu. Perdoa-me”. E, em vez de confessar a uma outra pessoa: “Foi com orgulho que fiz aquele comentário, por favor, você me perdoa?” Passei a dizer: “O que acabei de fazer foi disputar com Deus por supremacia”, e somente então pedia o perdão da pessoa. Esta prática aumentou, em meu coração, o senso de culpa quanto à seriedade desse pecado. O orgulho assume inumeráveis formas, mas possui apenas uma finalidade: autoglorificação. Este é o motivo e propósito final do orgulho – roubar de Deus a legítima glória e buscar a autoglorificação, disputando com Ele por supremacia. A pessoa orgulhosa procura glorificar a si mesma e não Deus, tentando assim privar Deus de algo que somente Ele é digno de receber. Não admira que Deus se oponha ao orgulho e o odeie. Que esta verdade permaneça em seu pensamento. 30


Os Perigos do Orgulho

A

oposição enérgica de

Deus

ao orgulho

Deixe-me perguntar-lhe: O que você odeia? Eu lhe direi o que odeio. Tenho duas listas. Uma delas consiste em coisas bobas e começa com comidas que, às vezes, penso terem surgido como resultado da Queda. Detesto bolo de carne, abomino chucrute e odeio queijo cottage. Odeio até quando alguém come queijo cottage em minha presença; perco o apetite. Também desprezo todo e qualquer clube de esporte profissional de Nova Iorque – isso simplesmente faz parte de minha herança, tendo nascido e crescido em Washington. Isso é só o começo, uma pequena amostra de minha lista tola de coisas que odeio. Contudo, também tenho uma lista séria. Estou certo de que você também tem uma. Odeio aborto. Odeio abuso de crianças. Odeio racismo. O que você odeia? Não há nada que você e eu possamos odiar com a mesma intensidade com que Deus odeia o orgulho. O ódio dEle é puro e santo. João Calvino escreveu: “Deus não suporta ver os seres criados usurpando sua glória, ainda que isto aconteça no menor grau. É intolerável para Ele a arrogância sacrílega daqueles que, glorificando a si mesmos, obscurecem a glória dEle o quanto podem”.3 E, porque Deus não suporta essa arrogância, Ele se revela nas Escrituras como energicamente contrário ao orgulho. Energicamente. “Deus resiste aos soberbos” (Tiago 4.6; 1 Pedro 5.5). “Resiste”, nesta frase, é um verbo no tempo presente e na voz ativa. Ele nos mostra que a oposição de Deus ao orgulho é uma atividade 3 Calvino, João. Commentary on the Book of Psalms. Salmos 9.1-3, tradução de James Anderson. Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1963, n.p.

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Humildade: Verdadeira Grandeza

imediata e constante. Os orgulhosos não escaparão da disciplina indefinidamente.

A

potência do orgulho

Para entendermos mais da perspectiva de Deus sobre o orgulho, uma boa idéia é observarmos seu poder peculiarmente destrutivo. Jonathan Edwards chamou o orgulho de “a pior víbora que há no coração” e “o maior perturbador da paz da alma e da doce comunhão com Cristo”. Ele classificou o orgulho como o pecado mais difícil de desarraigar e como “a mais escondida, secreta e enganosa de todas as lascívias”.4 A despeito dessa compreensão minuciosa a respeito da feiúra do orgulho, o próprio Edwards constantemente lutava contra seu orgulho (um fato que me dá esperança por saber que não estou sozinho nesta batalha). Edwards escreveu: “Que pobre verme enganado, cego, miserável, tolo e insensato eu sou, quando o orgulho age”.5 Em seus sermões e em seus vastos escritos, ele constantemente advertia contra o orgulho, principalmente aquele de natureza espiritual, o qual ele via como a maior causa do fim prematuro do Grande Avivamento, o qual trouxe tanta vitalidade espiritual à igreja nos dias de Edwards. O orgulho também enfraquece a unidade e pode dividir uma igreja. Mostre-me uma igreja onde há divisão, onde há brigas e lhe mostrarei uma igreja na qual existe orgulho. Além disso, ele derruba líderes. “O orgulho arruína pastores e igrejas mais do que qualquer outra coisa”, escreveu Mike Renihan.

4 Edwards, Jonathan. Advice to young converts. (Hartford Evangelical Tract Society, 1821), originalmente como uma carta para Deborah Hatheway, datada de 3 de Junho de 1741. 5 Edwards, Jonathan. Memoir of Jonathan Edwards. Do diário do dia 2 de março de 1723. (http:// www.tracts.ukgo.com/memoir_jonathan_edwards.pdf Acessado em 3 de agosto de 2005.)

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Os Perigos do Orgulho

“Ele é mais traiçoeiro na igreja do que gás radônio* em casa”.6 Quando você ler sobre a queda da próxima figura pública, lembre de Provérbios 16.18 – “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda”. A situação dessa pessoa pode parecer circunstancialmente complicada, mas, no fundo, é simples: A soberba precede a ruína.

As

misericordiosas advertências de

Deus

As advertências das Escrituras sobre o orgulho não poderiam ser mais sérias. Elas são uma expressão da misericórdia de Deus, destinadas ao nosso bem. Deus é misericordioso em nos advertir assim. Ele é misericordioso em revelar esse pecado ao nosso coração e identificar sua seriedade e possíveis conseqüências. Ele é misericordioso e tem a intenção de nos proteger. Por isso, por toda a sua Palavra, Deus expõe o orgulho como nosso maior inimigo. Ao desmascarar o orgulho – e ao nos apresentar à humildade, nossa maior amiga – Deus, estende diante de nós o caminho da verdadeira grandeza, um caminho que veremos mais claramente na vida e morte de nosso Salvador. Comecemos a trilhar juntos esse caminho no próximo capítulo.

6 Renihan, Mike. “A Pastor’s Pride and Joy”, Tabletalk, julho de 1999. * Gás radônio: Gás radioativo, de origem natural, presente em muitas áreas dos Estados Unidos, o qual causa câncer no pulmão.

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