Revista Poliuretano Trcnologia & Aplicações Ed.489

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P u b l i c a ç ã o d a E d i t o r a d o A d m i n i s t r a d o r • A n o X • N º 4 9 • a b r i l / j u l h o • 2 012 Uma publicação para os mercados da construção civil, automotivo, calçados, mineração, isolamentos térmico e acústico, refrigeração, moveleiro, entre outros

Poliureia: o estádio de remo da Lagoa Rodrigo de Freitas Agentes de expansão Agroindústria: semirrígidas

Correias de PU w w w. f e i p u r. c o m . b r

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Impermeabilização

Retardantes de chama

Feicon-Batimat 2012

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ÍNDICE Seções 4 – Editorial • 8 – E-mails e consultas • 10 – Info PU • 45 – Isolamento Térmico • 46 – Alternativas ao HCFC-141b • 49 – Coberturas • 50 – Calçados

Feicon

Feicon-Batimat 2012

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Resistência ao fogo

Com presença discreta mas decisiva, o poliuretano foi o destaque de diversas empresas presentes à Feicon Batimat 2012, em São Paulo, SP, seja como material acabado ou adesivo e selante. Veja os principais destaques em poliuretano na exposição

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Construção civil

Em material assinado pela Masterpol Adesivos (Guarulhos, SP), José Garcia Quini apresenta diversas aplicações de poliuretano injetado, hidroativo e sob a forma de gel, na impermeabilização de superfícies de concreto. Veja em que consiste essa tecnologia

Bayer MaterialScience

Masterpol

Artigo técnico

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A Dow Química (São Paulo, SP) anunciou que a fabricação de TDI em Camaçari, BA, não irá continuar. Saiba o que motivou o fechamento da fábrica a partir de declarações da empresa e veja qual foi a reação do mercado, em depoimentos de distribuidores

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Peças em espuma semirrígida de poliuretano, fabricadas nacionalmente pela gaúcha Espumatec para a fabricante norteamericana de tratores e colheitadeiras John Deere, obedecem as mesmas especificações externas e utilizam matérias-primas Huntsman

Radial Revestimentos

Espumatec/John Deere

Correias de poliuretano são a principal escolha para indústrias alimentícias e outras que precisam de peças resistentes e, o mais importante, atóxicas para transporte de alimentos, produtos farmacêuticos e de higiene. Conheça esse tipo de produto

Poliureia

Agroindústria

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Uma edificação com maior uso possível de tecnologias de aproveitamento de energia renovável e maior grau de sustentabilidade possível é o objetivo do programa EcoCommercial Building, implantado recentemente pela Bayer MaterialScience, no Brasil

Correias

Reyle/Vigor

BocaoNews

Matéria-prima

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Os retardantes de chama para PU deixaram há muito tempo de ser novidade, sendo aplicados em diversos segmentos, conforme uma série de normas. Apesar disso, eles não são tão usados quanto poderiam. Conheça os principais tipos e as tendências do mercado

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Veja em que consistiu a aplicação de revestimento de poliureia híbrida no estádio de remo da cidade do Rio de Janeiro, feita em arquibancadas que precisaram de estanqueidade perfeita por causa da construção de cinemas e restaurantes abaixo delas

Guia de Anunciantes Acmos ..................................................... 17 Air Products............................................. 13 Amino ..................................................... 05 Arinos...............................................4ª capa BASF ................................................2ª capa Bayer ......................................................... 7 Evonik ..................................................... 33 ExpoEstádio ............................................. 15 Fiberpu .................................................... 31

Hennecke ................................................ 24 Huntsman.........................................3ª capa Embrapol ................................................. 13 Interplast ................................................. 19 Jet-Set ...................................................... 21 Mac Siscon .............................................. 41 Masterpol ................................................ 27 MCassab.................................................. 11 Navalshore .............................................. 23

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Painéis Setoriais ....................................... 35 Painel Mineração ..................................... 41 PR 3 ........................................................ 29 Prêmio Excelência ................................... 25 Retaprene ................................................ 43 Revista Poliuretano - Tecnologia & Aplicações ............ 9 Scandiflex................................................ 39 Tecnologia de Materiais ........................... 30

a B R I L • j U N H O • 2012

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EDITORIAL O mundo é pequeno Quanto mais a história avança, mais o ser humano percebe que o mundo é, de fato muito pequeno. Concorrência acirrada com outros países e o aparecimento de oportunidades para além das fronteiras são apenas alguns dos sinais de que o mundo está diminuindo de tamanho cada vez mais. Nesta edição da Revista Poliuretano – Tecnologia & Aplicações você verá como são adaptadas, para o território nacional, soluções em poliuretano que deram certo no exterior e, ainda mais importante, que seguem parâmetros de qualidade e segurança até então inexistentes por aqui. O que isso significa? Que a qualidade tornase cada vez mais um parâmetro global, para além das regulamentações de cada país. Você verá também a quantas anda a tecnologia em retardantes de chama, quais mercados já os utilizam por padrão e outros que estão em vias de utilizá-los, respondendo a normas locais ou, o que é mais comum, internacionais. Poderá conferir também alguns aspectos das tecnologias de correias de poliuretano, a melhor solução para a indústria alimentícia, que não pode mais aceitar produtos que contaminem os alimentos. O poliuretano, que é atóxico, é o produto ideal para esse mercado. E muitas notícias mais. Boa leitura! Rodrigo Contrera Editor técnico

Painel Construção Naval No dia 02 de agosto de 2012, será realizado o Painel Construção Naval, um seminário técnico que tem como objetivo apresentar as novas tecnologias em plásticos de performance diferenciada (composites, poliuretano e plásticos de engenharia) para esta indústria, assim como mostrar as políticas de incentivo e os projetos em andamento para embarcações no Brasil e demais países da América do Sul.

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O maior encontro de profissionais de composites, poliuretano e plásticos de engenharia da América Latina

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Painéis Setoriais Os Painéis Setoriais mostrarão soluções técnicas em composites, poliuretano e plásticos de engenharia para diversos setores industriais. Veja a programação no site www.feiplar.com.br

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E-MAILS & CONSULTAS www.artsim.com.br A Revista Poliuretano - Tecnologia & Aplicações é uma publicação da Editora do Administrador Ltda., uma empresa do Grupo ArtSim, distribuída para fornecedores de matérias-primas e equipamentos para o setor de poliuretano, fabricantes de peças em PU (transformadores) e indústrias usuárias

Diretora Executiva Simone Martins Souza (Mtb 027303) simone@artsim.com.br Jornalista Rodrigo Contrera (editor técnico) Marketing e Eventos Tamara Leite Representantes de Vendas Bernardo Nogales Rosely Pinho Tabatha Magalhães RH Giselle Almeida Circulação Cristiane Shirley Guimarães Internet André Tavares de Oliveira Projeto Gráfico, Diagramação Elisângela Souza Hiratsuka Marcelo Marcondes Marin Pré-impressão e impressão ArtSim Proj. Gráficos Ltda. - 11 2899-6359 www.artsim.com.br Tiragem 8.000 exemplares DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA: América do Sul

Editora do Administrador Ltda. Administração, Redação e Publicidade R. José Gonçalves, 96 05727-250 – São Paulo – SP PABX: (11)2899-6363 e-mail: consultoria@artsim.com.br www.tecnologiademateriais.com.br É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer matéria desta publicação sem autorização prévia da Editora do Administrador. Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores. As opiniões expressas nestes artigos não são necessariamente adotadas pela Revista Poliuretano - Tecnologia & Aplicações. A Revista também não se responsabiliza pelo conteúdo divulgado nos anúncios, mesmo os informes publicitários. Circulação abril/junho de 2012 Capa Poliureia: Radial Revestimentos Correias de PU: Reyle/Chocolates Pan Impermeabilização: Masterpol

Gostaria de comprar a Revista Poliuretano – Tecnologia & Aplicações. Marcelo Gullo, Imperjato Solicito uma cotação para isolamento térmico/acústico de uma parte de dentro de um contêiner. A intenção é realizar o isolamento de sala de controle do restante do contêiner (com equipamentos, etc) e manter refrigerada com ar condicionado. • Temperatura do contêiner: MAX 40°C • Temperatura da sala: MIN 15°C • Ruído: bombas, agitadores,etc • Espessura camada isol: 50mm • Material: lã de rocha (ou especificação do fornecedor) Placas: laterais (2), teto, portas (2), divisória (com janela de vidro para processo). Wagner Yatsuda, Alfa Laval

Veja os assuntos abordados no Tecnologia de Materiais on line. Para ler a notícia, acesse o site www.tecnologiademateriais.com.br e faça a consulta com o assunto indicado abaixo: Assunto

Durômetro e medidores de espessura Bayer traz ao Brasil sistema de PU inovador ABIQUIM: dados do 1º trimestre Setor de componentes tem queda nas exportações Inscrições para o 14º prêmio Abrafati – Petrobras Tênis Flex da Kidy acompanha todas as brincadeiras Déficit comercial em químicos chega a US$ 5,7 bi Toyota irá montar fábrica de empilhadeiras no Brasil Indústria: conteúdo local será de 55% Electrolux, uma das empresas mais éticas do mundo Dow fecha sua planta de TDI em Camaçari Lanxess obtém lucro recorde em 2011 Adirplast alerta para o perigo da desindustrialização do setor de plásticos no Brasil Construção civil Casa inteligente Ferroviário Meta de 10 km de metrô por ano será cumprida, diz secretário

Necessito de informações relacionadas a fornecedor (es) de espuma de poliéster. Vocês poderiam me auxiliar? Cláudio Voth, Senai Trabalho para uma empresa que produz canos e tubos localizada em Caxias do Sul/ RS/Brasil e que está interessada em importar matéria-prima, principalmente a resina de poliuretano. Vimos pelo site que ouve um Congreso Sudamericano de Composites, Poliuretano y Plásticos de Ingeniería. Gostaria de receber maiores informações sobre fornecedores, para futuras cotações, etc. Francine Dalsoglio, Sullog Logística Parabéns pela revista. É de grande importância ao nosso setor. Fabiano Mazetto, Eco Blaster A nossa empresa atua no segmento de construções de casas pré-fabricadas em uma junção de estruturas metálicas com painéis de poliuretano tipo sanduíche. Estamos com um problema junto à homologação deste produto na questão de painéis para atender uma redução de 35db de isolamento. Gostaria de saber se podem indicar alguma empresa que fabrica um painel sanduíche de PUR ou PIR com testes já homologados pelo IPT, tanto na questão de fogo como isolamento sonoro com bons resultados. Fabiano Rocioli.

E-mails

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Twitter

consultoria@artsim.com.br ou fax: 55 (11) 2899-6395

Retardantes de chama: Clariant Feicon-Batimat 2012: Feicon

Descritivo da notícia

Equipamentos Decoração Mercado Calçados Concurso Calçados Economia Transportes Automotivo Appliances Empresas Mercado Economia

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2012

PAUTA EDITORIAL* Junho/Julho

Poliol poliéter

Julho/Agosto

Equipamentos

Setembro/Outubro

Novembro/Dezembro

Catálogo Oficial de Visitação da FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012

Cobertura completa da FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012

Data de fechamento

Adesivos e selantes p/ móveis

Agentes de expansão

Isolamento acústico

Sistemas: calçados

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Reciclagem

Mineração

Composites de poliuretano

Mercado automotivo

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Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia

Mais informações: PU na ind. eletroeletrônica

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Datas de fechamento 16/07

30/07 *Esta pauta poderá ser alterada sem aviso prévio

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INFO PU UBE INAUGURA 2ª PLANTA DE PCD NA ESPANHA

EMPRESA LANÇA PALMINHA COM MATÉRIA - PRIMA

UBE

INOVADORA

Unidade II PCD da UBE na Espanha

A UBE Latin America (São Paulo, SP) inaugurou uma segunda planta de PCD (policarbonato diol) em Castellón, Espanha. Iniciando as operações em abril, a nova fábrica tem capacidade de 3000 t/ano e operará juntamente com a primeira com capacidade de 2500 t/ano. A iniciativa tem como objetivo garantir o fornecimento e disponibilidade do material para poliuretanos de alta durabilidade para o mercado europeu, americano e latino-americano. O PCD é um poliol para produção de resinas de poliuretanos base solvente ou base aquosa, e fabricação de elastômeros. Os potenciais usuários do produto são os que atualmente produzem resinas de poliuretanos, especialmente se utilizam produtos como PTMG (Politetrametilenoglicol) ou se usam poliésteres especiais ou policaprolactona. A principal característica de coatings e elastômeros baseados em PCD é sua elevada durabilidade frente a qualquer agente de degradação: temperatura, UV, agentes químicos, óleos ou hidrólise.

ADIRPLAST ALERTA PARA A DESINDUSTRIALIZAÇÃO DO SETOR DE PLÁSTICOS

Segundo dados Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), em 2011 houve uma queda de 1,5% da produção física do setor. Isso mostra um encolhimento das 6 milhões de toneladas produzidas em 2010 para 5,9 milhões no ano passado. Como consequência, o crescimento total da economia deverá ficar abaixo de 3%, após crescimento de 7,5% em 2010. Ainda de acordo com o documento, a desindustrialização vem se intensificando no país desde 2008. Em 1985, a indústria de transformação representou 27% do PIB, em 2011 deve ter chegado a menos de 16% e mantida a atual situação, ao fim de 2012 será inferior a 15%.

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A LRM Injetados (Novo Hamburgo, RS) trouxe da Itália um novo material para fabricação de palmilhas com características diferenciadas. Batizado de PU LTX, o novo material é superior aos usuais látex e EVS por não desgastar rapidamente como o primeiro e por não perder memória tão facilmente quanto o segundo. O PU LTX não reage quimicamente com a água, não perde capacidade de flexão e não esfarela. Para chegar ao produto final (a palmilha), a empresa utilizou máquinas italianas de alto grau de automação para transformação de poliuretano poliéster. O resultado é uma palmilha confortável, durável e com grande poder de absorção de impacto. A construção civil pode se encarregar dos resíduos da palmilha, que são misturados no chamado concreto leve, atribuindo proteção acústica e maior conforto térmico.

BAYER TRAZ AO BRASIL SISTEMA INOVADOR

Utilizado nos Estados Unidos e Europa, o sistema Multitec, da Bayer MaterialScience, agora está sendo comercializado no Brasil. O sistema Multitec substitui a resina poliéster reforçada com fibra de vidro para a produção de banheiras. Com excelentes propriedades mecânicas e desempenho superior em termos de isolamento térmico e acústico em relação a outras alternativas, o Multitec tem o mais rápido ciclo de cura de todos os produtos utilizados, o que garante maior agilidade de processo e ganhos de produtividade. “O Multitec será utilizado inicialmente na fabricação de banheiras de luxo. Com suas propriedades térmicas e mecânicas, possibilita a fabricação de peças melhores tanto para manter a água quente por mais tempo quanto para proporcionar mais conforto acústico durante o banho”, explica o gerente de Marketing e Aplicação Técnica da Bayer MaterialScience, André Borba. Segundo o executivo, este é um mercado que movimenta R$ 120 milhões por ano no Brasil e que deve aumentar em 15% até 2014. O Multitec é aplicado com o auxílio de máquinas e deixa uma baixíssima quantidade de resíduos, o que garante maior segurança dos trabalhadores, com um local de produção mais limpo e com baixo grau de agressão ao meio ambiente. A previsão é que as primeiras banheiras revestidas com o Multitec estejam disponíveis no mercado no segundo semestre de 2012.

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NOVOS CATALISADORES

ALTA NO FATURAMENTO DA Espuma flexível de PU: emissões reduzidas

A Air Products (São Paulo, SP) lançou dois novos catalisadores amínicos no mercado: o Dabco RE530, catalisador de gelificação, e o Dabco RE630, catalisador de sopro. O Dabco RE530 é o primeiro de uma série de catalisadores amínicos da empresa de emissões reduzidas (RE) desenvolvido para uso em espuma flexível. Podendo ser usado na produção de bloco contínuo ou descontínuo e moldada, o Dabco RE530 mantém ou, em alguns casos, melhora as propriedades físicas da espuma. O produto permite ser usado em até metade da quantidade de catalisadores de gel como o Dabco 33-LV, com custos em uso similares, e ainda reduz o impacto ambiental das emissões nas formulações como também o odor característico dos catalisadores na espuma. O Dabco RE530 pode ser usado com cocatalisadores organometálicos, aminas terciárias e aminas não-fugitivas tradicionais. O produto pode ser usado com agentes de expansão como água, CO2, cloreto de metileno ou alternativos. A empresa também dispõe do Dabco RE533, uma versão diluída 50% do Dabco RE530, o que facilita a pesagem na produção. Já o Dabco RE630 é um catalisador livre de BDMAEE e de baixas emissões que pode ser usado como alternativa ao Dabco BL-11. O produto mantém ou melhora as propriedades físicas da espuma em relação às versões com catalisadores convencionais.

UBE NA AMERICAN COATINGS SHOW

Ocorrida no início de maio na cidade de Indianápolis, IN, nos Estados Unidos, a American Coatings Show teve a participação, dentre outras empresas, da UBE Latin America (São Paulo, SP), que se destaca pela fabricação de matérias-primas de grande abrangência para poliuretano, em especial químicos multifuncionais com elevado desempenho ambiental. Das linhas da empresa, três produtos da UBE se destacam: o 1,6 hexanodiol, o 1,5 pentanodiol e o policarbonato diol. Este último, matéria-prima para poliuretano que proporciona elevada funcionalidade, é produzido e comercializado a partir de três bases globais, no Japão, Espanha e Tailândia. O produto, de elevado interesse como matéria-prima crítica para melhorar a funcionalidade de

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INDÚSTRIA CALÇADISTA

Calçados: mercado com desafios a enfrentar

De acordo com a terceira edição do Relatório Setorial da Indústria de Calçados do Brasil, divulgado pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), a produção calçadista faturou, em 2011, R$ 21,8 bilhões, sendo que as 8,2 mil fábricas de calçados produziram 819 milhões de pares no último exercício. Em oitavo lugar no ranking dos maiores exportadores de calçados do mundo, o Brasil exportou 113 milhões de pares, uma queda de 21% sobre o ano anterior. O faturamento caiu 13% na mesma comparação, totalizando US$ 1,3 bilhão. Os modelos femininos responderam por 56% do total fabricado no País em 2011, enquanto os sapatos masculinos tiveram uma participação de 21%. Os calçados infantis e bebês representaram 20,5%, e os calçados Unissex ficaram com uma fatia de 3%.

HUNSTMAN DIVULGA RESULTADOS DO 1º TRIMESTRE E ALCANÇA LUCROS RECORDES

Os destaques do primeiro trimestre de 2012 foram os seguintes: crescimento do faturamento de 9% comparado ao mesmo período do ano anterior; renda líquida tributável para a Huntsman Corporation de 163 milhões de dólares comparada a 62 milhões de dólares no mesmo período do ano anterior; aumento de 31% do EBITDA ajustado (para 397 milhões de dólares) comparado ao mesmo período do ano anterior e aumento de 64% da receita diluída por ação, alcançando

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INFO PU OUTRA CAPA APPLE PARA IPAD Apple

0,74 dólares se comparada ao mesmo período do ano anterior. “Nossos resultados para o primeiro trimestre de 2012 representaram uma performance recorde. Aumentos nos preços de venda do MDI e margens atraentes em nosso negócio de PO/ MTBE (óxido de propileno/ metil tércio butil éter) foram notáveis. Para o futuro, esperamos ainda consideráveis benefícios financeiros derivados de nossos esforços de reestruturação. Apesar de certos desafios econômicos em várias partes do globo, estou otimista quanto ao potencial de nossos ganhos”, disse Peter R. Huntsman, presidente e CEO da empresa.

Smart Case: confortável

ARINOS NO SETOR CALÇADISTA

A Arinos, uma empresa do Grupo Univar, traz ao mercado calçadista duas novas linhas de produtos de poliuretano: TPU e PU derramado. A aplicação de TPU já é bem difundida no mercado nacional e a Arinos conta com a linha de produtos de um dos maiores fabricantes da China de TPU, a Yantai Wanhua. São produtos com ótima resistência à abrasão, oferecidos em duas versões, para a produção de tacos e solas . Também distribui o PU derramado, da Era Polymers (Austrália), com uma gama de materiais de média (PPG) e alta performance (PTMEG), que visa atender as especificações da produção de tacos, para aplicações manuais ou em máquinas. Mais informações - www.univarbrasil.com.br

Bem parecida com a Smart Cover, a Smart Case é uma evolução da irmã mais nova, vislumbrada para ajudar os mais desastrados a manterem seus iPads intactos. A proteção traseira extra é o diferencial desta nova capa. Assim como a Smart Cover, a nova capa da Apple se dobra e coloca o iPad numa posição confortável para conversar no FaceTime, assistir a filmes ou deixar o iPad mais inclinado – posição perfeita para digitar. Os imãs responsáveis por apagar a tela quando a capa fechar continuam presentes nessa versão. Ela está disponível em poliuretano, em seis opções de cores (branco, cinza escuro, azul, verde, rosa e vermelho), sendo compatível com iPads de segunda e terceira gerações.

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INFO PU ASSINTECAL LANÇA

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FÓRUM DE INSPIRAÇÕES PARA O VERÃO 2013

A Assintecal (Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos) (Novo Hamburgo, RS) lançou o Fórum de Inspirações Verão 2013 da associação, em que ela, em parceria com suas associadas, mostram alguns dos mais interessantes modelos de componentes em diversos tipos de materiais, dentre os quais poliuretano. Pela Amazonas (Franca, SP), foram destaque o solado de borracha com pigmentação metalizada (foto 1) e o solado de poliuretano com borracha (foto 2); já pela Magma (São Paulo, SP), destacam-se o tecido de PU com estampa metalizada (foto 3); a Alfasul (Jaú, SP), por sua vez, destaca o coagulado de PU com estampado floral (foto 4), e a BHZ Design (Nova Lima, MG), o sintético de PU estampado gravado com aplicação metalizada (foto 5); a Crespi do Brasil (Novo Hamburgo, RS) mostra o seu laminado sintético 100% de PU (foto 6), e a Duvinil (Novo Hamburgo, RS), o laminado sintético misto PU/PVC (foto 7); a Intexco (Campo Bom, RS) apresenta seu laminado de PU para aplicações em calçados e artefatos (foto 8), e a Jomo (Novo Hamburgo, RS), sua palmilha com 50% de PET reciclado e 50% de algodão em espuma de poliuretano (foto 9). A Rubras (Três Coroas, RS) mostra seu laminado de PU expandido para cabedal de estampa degradê (foto 10) e a LRM Injetados (Novo Hamburgo, RS), o conjunto palmilha de ABS e meia pata de PU bidensidade na palmilha (foto 11).

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INFO PU NOVA PISTOLA DA POLUYRETHANE MACHINERY CORP

A Polyurethane Machinery Corporation (PMC) (Lakewood, NJ, Estados Unidos) lançou a nova pistola de spray AP-2 Spray Gun. De baixo custo, a pistola utiliza gatilho curto para reduzir a fadiga do operador, válvulas de checagem para máxima performance, válvula de purga de ar para evitar que os produtos químicos entrem nas passagens de ar da pistola, design avançado e outras características importantes, tais como possibilidade de ser manuseada em diferentes configurações, fácil desmontagem e manutenção, construção modular, etc.

RODAS SÓLIDAS DE POLIURETANO

Disponíveis em diâmetros de 4 a 10 polegadas, rodas de poliuretano sólido 60D Premium incorporam luvas de retenção de rolamentos de metal, o que previne a falha prematura em aplicações de alta velocidade e cargas elevadas. As rodas que não marcam são resistentes a graxa, óleo, químicos e umidade, sendo indicadas para aplicações que requerem operações suaves e fácil rolamento.

ELASTOPAN GRIPTEC DA BASF DEIXA CALÇADOS MAIS LEVES E SEGUROS

ALCHEMIE LANÇA NOVOS MATERIAIS PARA RIM

A Alchemie (Warwick, Inglaterra) lançou recentemente sua nova série de borrachas de poliuretano 3500. A série 3500 representa um novo encaminhamento da produção da empresa. O primeiro produto disponível será o PU 3523, um material com 50 Shore A. Essa nova série de produtos é orientada a aplicações moldadas que requeiram muito alta resistência a desgaste, resistência à abrasão e estabilidade dimensional. Aplicações típicas são a moldagem de concreto e de peças sanitárias como sancas. A série se estenderá para outras durezas Shore A. Outras vantagens do novo material são a baixa viscosidade de mistura, a fácil pigmentação e o fácil processamento, inclusive com relações de mistura muito simples.

WOODBRIDGE DESENVOLVE

A BASF lançou no mercado o sistema de poliuretano flexível Elastopan GripTec. A tecnologia proporciona excelente custo-benefício, já que o produto é mais resistente e resiliente que os similares usualmente aplicados em solados. O Elastopan GripTec foi utilizado em parceria com a Amazonas em calçados da marca “Pegada“. “O trabalho em conjunto permitiu aliar design a desempenho no produto, agregando muito valor ao nosso negócio”, afirmou Fernando França, Gerente do Departamento de Marketing e Vendas de Poliuretanos da BASF para a América do Sul. Esta aplicação do produto trouxe resultados importantes para a Amazonas. “O calçado foi muito bem recebido pelo consumidor”, explicou Fábio Moreira, gerente da divisão de solados da Amazonas. O Elastopan Grip Tec apresenta excelente resistência ao escorregamento, o que significa mais segurança ao usuário do calçado. Além disso, o produto proporciona mais conforto, porque é 30% mais leve que a borracha, material usado neste tipo de aplicação. “O calçado fica mais leve e confortável. Assim a vida útil do calçado é otimizada, com impacto direto em seu custo-benefício”, afirmou França.

ESPUMA RESISTENTE À CHAMA

A Woodbridge desenvolveu uma espuma diferenciada com retardância à chama para uma ampla gama de aplicações de isolamento térmico e acústico. A empresa anunciou que essa nova espuma consegue cumprir com os mais elevados requisitos dos vários mercados que usam produtos com essa matéria-prima. A espuma chama-se WhisperTech e cumpre com os requisitos de flamabilidade UL-94 V0, o que significa que ela é autoextinguível se exposta à chama aberta, seja em ensaios horizontais ou verticais. A formulação pode ser adaptada para atender quesitos de coloração (inclusive negro), envelhecimento com calor, envelhecimento com umidade e desempenho em termos de não permitir gotejamento a partir da espuma. As espumas WhisperTech podem ser transformadas de inúmeras formas, inclusive assumindo geometrias complexas para usos diferenciados.

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POLYURETHANES CONFERENCE EM ATLANTA

Irá ser realizada, de 24 a 26 de setembro, em Atlanta, Georgia, Estados Unidos, a 2012 Polyurethanes Technical Conference, tradicional congresso técnico para o ramo do poliuretano, em especial o mercado norte-americano. Durante o evento, ocorrerá o Polyurethane Innovation Award, premiação para o setor que engloba aplicações em poliuretano para todos os segmentos de mercado. Os dois eventos são organizados e patrocinados pelo Center for the Polyurethanes Industry (Centro para a Indústria do Poliuretano ou CPI) do American Chemistry Council. Mais informações: http://polyurethane.americanchemistry.com

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Poliuretano, destaque em soluções para construção civil

Feicon

FEICON-BATIMAT 2012

Feicon Batimat 2012: presença maciça do público alvo

Com presença discreta mas decisiva, o poliuretano foi o destaque de diversas empresas presentes à Feicon Batimat 2012, em São Paulo, SP. Veja os principais destaques em poliuretano na exposição

amaZoNaS

Cola PUR monocomponente

O Grupo Amazonas (Franca, SP), fabricante de adesivos e componentes para calçados, apresentou a cola PUR, monocomponente à base de poliuretano, que endurece com a umidade e que é indicada para colagens de alta resistência, como em esquadrias de madeira, escadas, madeiras estratificadas, engrossamento de painéis de MDF e aglomerados, cerâmicas, materiais de betão e espumas rígidas.

amiNo

A Amino (Diadema, SP), fabricante de sistemas de poliuretano para vários mercados, apresentou, no estande da Super Telhas (Santa Bárbara D’Oeste, SP), suas soluções para recobrimento e Alguns produtos do amplo revestimentos com portifólio da Amino poliureia e poliuretano. A empresa apresentou também sistemas poliuretânicos para injeção de telha, adesivos para colagem de chapas em

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PU e EPS para o segmento de telhas, piso autonivelante, diversos tipos de selantes e máquinas da parceira Graco para o setor de construção.

BraSiliT

A Brasilit (São Paulo, SP), empresa do grupo Saint Gobain, apresentou o Selamax, adesivo selante impermeável, elástico e desenvolvido à base de Selamax poliuretano, indicado para a vedação de coberturas, reparos em diversos tipos de telhas – como fibrocimento, shingle, cerâmica ou concreto. Com excelente resistência a intempéries, raios solares (UV) e alta flexibilidade a baixas temperaturas, o Selamax ainda pode ser aplicado na vedação em calhas e rufos, colagens não-estruturais de materiais como vidros, madeiras, alumínio e aço e em calafetagem.

DÂNica

A Dânica (Joinville, SC) lançou a telha sanduíche TermoHouse, produzida em aço pré-pintado nas duas faces com núcleo isolante de poliuretano rígido (PUR)/ poliisocianurato (PIR). As telhas, segundo o fabricante, bloqueiam até 95% a entrada de calor ou frio, são leves (de 5 a 11 kg/m2) e fáceis de instalar. Ainda segundo a Dânica, as telhas proporcionam economia de até 70% na estrutura do telhado, além de economizarem entre 5 e 21%

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FEICON-BATIMAT 2012 interior do ambiente, gerando também economia de energia e dos sistemas de climatização, sendo que a propriedade isolante protege o usuário também de ruídos externos.

iTW

TermoHouse: isolamento eficiente

a energia de ar condicionado. Com 1 metro de largura e comprimento sob medida, as telhas usam um aço especial, idêntico ao usado em veículos, são duráveis e ideais para obras residenciais. Estão disponíveis nas cores terracota, branco pérola, cinza ardósia e marfim para a face superior, e branco, mogno e cerejeira para a inferior. As telhas possuem visual idêntico ao de telhas coloniais de barro, e são produzidas desde abril deste ano.

iNTerFiX

A Interfix (Novo Hamburgo, RS) apresentou sua tradicional linha de espumas expansivas de poliuretano Unispuma monocomponente, indicada para colagem, fixação, preenchimento de espaços, isolamento térmico e acústico, vedação e acabamento. Utilizada para instalação de batentes de portas, janelas, aparelhos de ar condicionado, telhas, placas de isolamento térmico, banheiras de hidromassagem, etc., a Unispuma vem em caixa com 12 unidades de 500 ml/490 g.

iSoeSTe

A Isoeste (Anápolis, GO) lançou a Isotelha Colonial, que consiste na combinação de matéria-prima de alta qualidade, processo avançado, conforto, resistência, economia, sustentabilidade e design avançado. Com formato monolítico de perfeito acabamento, a Isotelha Colonial possui revestimento externo em chapa de aço de 0,50 mm com um design que remete ao telhado colonial clássico, disponível em dois tipos de acabamentos, como aço galvalume ou aço pré-pintado. Com núcleo de poliuretano de alta densidade, retardante ao fogo e não absorvente de água, o produto proporciona alto grau de isolamento térmico e acústico com espessura média de 40 mm que acompanha as ondulações. O revestimento externo inferior em filme de alumínio 0,04 mm, plano, tipo forro, substitui lajes e forros convencionais como gesso ou PVC. A telha tem largura útil de 1000 mm e comprimentos que variam de 1750 mm a 7000 mm, e aceita uma inclinação de até 15%. Segundo a empresa, o produto obedece os conceitos de equilíbrio ambiental e de sustentabilidade, pois não agride o meio ambiente, não gera desperdícios ou entulhos na obra e garante economia de mão de obra e material, reduzindo 61% da estrutura do telhado com maior rapidez na montagem. O núcleo de poliuretano proporciona mínima transmissão de calor e ruídos para o

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A ITW PPF Brasil (Valinhos, SP) destacou os adesivos da linha Ultraflex, composta por produtos destinados ao segmento de construção civil tais como poliuretanos, polímeros MS, fixa cubas, mastiques e impermeabilizantes de última geração, que substituem com vantagem o uso de mantas asfálticas.

kaTer

A chinesa Kater (Guangdong) apresentou, dentre sua ampla linha de produtos voltados ao ramo da construção, seus selante de poliuretano Kater 521. O Kater 521 é um selante monocomponente orientado para selagem de juntas, portas, janelas, telhados, etc., curado por contato com a umidade do ar. Outros selantes da empresa são voltados em especial para a indústria automobilística.

kimeSeal

A empresa portuguesa Kimeseal (Agueda) apresentou, dentre seus vários produtos, seu prego líquido base PU/ SBR/Neoprene e suas espumas expansivas de poliuretano.

mBP

O grupo MBP (Metalúrgica Barra do Piraí) (Barra do Piraí, RJ) apresentou suas soluções construtivas em perfis de diversos tipos, com ou sem núcleo de poliuretano ou poliisocianurato (PIR) para construções as mais diversas, como por exemplo frigoríficos, fachadas, coberturas, etc.

Sistemas construtivos MBP: versatilidade

PUlViTec

Poly Spuma, espuma expansiva base PU

Conhecida por fabricar produtos químicos para construção civil e outros mercados (como o náutico), a Pulvitec (São Pau-

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Anun


FEICON-BATIMAT 2012 lo, SP) apresentou diversos adesivos base poliuretano, como por exemplo o Poly Fixcuba, adesivo selante pastoso à base de poliuretano, monocomponente, desenvolvido para colagem e vedação de cubas inox ou porcelana em pias de mármore ou granito. Outro produto em PU mostrado pela empresa foi a Poly Spuma, espuma expansiva com excelente aderência em madeiras, metal, vidro, alvenaria e concreto. A Poly Spuma serve para vedar, fixar, chumbar, colar, selar e calafetar.

Sicmol

A Sicmol (Goiânia, GO) apresentou sua linha de gabinetes fabricados em MDF com pintura ultravioleta e pintura poliuretânica, que se caracteriza por altas durabilidade, resistência química e baixa porosidade. Alguns modelos são kits completos com lavatórios, espelhos e armários superiores. Além dos modelos flexíveis, a adaptação de cubas, pedras e lavatórios segue o gosto do cliente.

Sayerlack

A Sayerlack (Cajamar, SP), em parceria com a companhia alemã Heinrich Koing, trouxe ao Brasil soluções para resolver os problemas mais comuns em diversos tipos de superfícies e acabamentos. Uma dessas soluções é a Caneta Ponta Pincel, com laca acrílica, indicada para reparos rápidos e precisos, que não resseca, não vaza e dura muito mais. Está disponível também o Kit caneta e cera, composto de caneta, cera e espátula, indicado para reparar riscos e arranhões. A Stain Impregnante Base Água é outro lançamento da marca. Reúne a mais avançada tecnologia para cuidar da madeira sem descuidar do meio ambiente e garante proteção total a madeiras internas e externas – como vigas, corrimões, decks, móveis de jardim, entre outros. Além de conter ultrabloqueador solar e hidrorrepelente, conta com quatro cores disponíveis - castanheira, mogno inglês, natural e imbuia. A empresa também apresentou seu verniz PU transparente e fosco e o fundo PU madeira e MDF.

Sika

Sikalastic 560: resistência aos raios UV

A Sika (Osasco, SP) lançou a Sikalastic 560, uma membrana líquida de poliuretano e acrílico, monocomponente, para aplicação a frio, livre de solventes, de elevada elasticidade e resistente aos raios ultravioleta. Com excelente aderência em substratos porosos e não porosos, a Sikalastic 560 não tem emendas e é permeável ao vapor d’água. Com validade de 12 meses, a membrana é vendida na cor branca.

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ARTIGO TÉCNICO

Injeção de Poliuretano em concreto Josué Garcia Quini Masterpol Adesivos

Masterpol

Injeção de poliuretano hidroativo

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O tamponamento gerado pela espuma é apenas provisório, pois as espumas de poliuretano contêm células fechadas e também abertas por onde a água pode percolar com o passar do tempo e causar um vazamento. Por esta razão, geralmente após o uso do poliuretano hidroativo injeta-se outro poliuretano não expansivo, flexível e capaz de selar os poros da espuma formada e do concreto. Este poliuretano também é chamado muitas vezes de gel de poliuretano. Em fissuras onde não exista fluxo de água pode-se optar pela injeção apenas do gel. O gel de poliuretano é destinado à injeção e selamento permanente de trincas com movimentação em reservatórios, tanques, estações de tratamento, túneis, etc., com ou sem presença de água. Ele não forma espuma em contato com superfícies molhadas e o tempo de cura relativamente longo permite o preenchimento das fissuras e selamento dos vazamentos. A injeção do gel de poliuretano é feita após a mistura dos componentes poliol e isocianato com tempo de manuseio de 60 a 120 min. Ela deve ser feita até o vazamento do excesso pelos furos, como mostrado na foto abaixo. Masterpol

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lgumas patologias comuns do concreto, como por exemplo fissuras, que levam à perda da estanqueidade de uma estrutura, podem ser corrigidas pelo uso de injeções de produtos químicos. Em muitos casos, após feita a impermeabilização podem ocorrer fissuras no concreto que comprometem a impermeabilização como, por exemplo, em reservatórios de água. Nesses casos, em que a operação de esvaziamento do reservatório para reparo da impermeabilização é dificultoso, pode-se optar por fazer uma injeção de poliuretano para reparo pontual. Em outras situações, onde a impermeabilização não é viável como, por exemplo, em túneis ou barragens, opta-se por esta técnica corretiva sempre que necessário. A aplicação por meio de injeção pressurizada destes produtos visa recuperar a integridade do concreto, sendo esta uma técnica complementar à impermeabilização. Diferentes materiais têm sido utilizados nesta técnica, sendo os mais comuns o poliuretano, epóxi, microcimentos e acrílicos. Dentre eles, o poliuretano ocupa lugar de destaque pelo número de produtos disponíveis com características distintas entre si. Dentre os produtos em poliuretano, os mais utilizados são formulações hidroativas, flexíveis e rígidas. Os hidroativos destinam-se à injeção e tamponamento provisório de infiltrações, podendo ser aplicados contra o fluxo de água sob pressão, preenchendo trincas e falhas do substrato, sendo recomendados para tratamento de infiltrações em reservatórios, tanques, estações de tratamento, túneis etc. Os poliuretanos hidroativos apresentam reação rápida de expansão em contato com superfícies molhadas. Esses poliuretanos liberam gás carbônico por reação química e expandem em até 40 vezes o volume inicial. Geralmente a expansão inicia entre 30 a 60s de acordo com a dosagem de catalisadores feita pelo aplicador no momento da injeção. A foto a seguir ilustra a formação da espuma após a injeção de poliuretano hidroativo.

Injeção de gel de poliuretano

Entre os poliuretanos para injeção, há ainda um sistema rígido para injeção estrutural em trincas, fissuras e cavidades com ou sem fluxo de água. São sistemas bicomponentes de cura rápida, em geral de 30 a 60s, por uso de equipamentos que dosam, misturam e injetam diretamente no concreto. Este poliuretano também forma espuma em contato com superfícies molhadas, porém com menor expansão do que os chamados hidroativos, formando um polímero rígido com alta resistência mecânica e química. Antes da injeção no concreto deve-se efetuar a limpeza da trinca removendo partículas soltas, poeira e outros contaminantes com ar comprimido. Em seguida, deve-se perfurar o concreto e instalar os bicos de perfuração em

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Masterpol

duas linhas de bicos de cada lado da fissura alternadamente, com distância entre eles de 25 cm. O furo deverá ter um ângulo de 45º com a face do concreto, indo em direção à fissura. Deve-se então limpar os furos e instalar os bicos de perfuração. A foto abaixo mostra a aplicação ocorrendo em pontos da estrutura onde ocorreram vazamentos.

Masterpol

ARTIGO TÉCNICO

Posicionamento dos bicos de injeção

Os poliuretanos hidroativos e gel são injetados por equipamentos pressurizados chamados de bombas monocomponentes. A dosagem dos componentes poliol, isocianato e catalisador é feita em um recipiente separado da bomba, sendo que esta mistura é colocada na bomba e feita então a injeção. O poliuretano estrutural é composto por um componente poliol e outro isocianato que são dosados e misturados pelo equipamento bicomponente. Após a dosagem os dois componentes são misturados pelo equipamento e imediatamente injetados nas fissuras. A foto a seguir ilustra uma bomba monocomponente de injeção de poliuretano. 205x135_Poliuretano:Layout 1 27.02.2012 10:19 Uhr Seite 1

Bomba monocomponente de injeção de poliuretano

A injeção dos produtos deve ser feita até o transbordamento pelas fissuras e, dependendo da absorção do produto pelo concreto, pode ser necessária uma nova aplicação de modo a preencher os espaços vazios. Após a cura deve-se remover o excesso do produto sobre o concreto, remover os bicos de aplicação e preencher os furos com groute.

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Fechamento da fábrica de TDI afeta o mercado

BocaoNews

MATÉRIA-PRIMA

A Dow Química (São Paulo, SP) anunciou que a fabricação de TDI em Camaçari, BA, não irá continuar. Saiba o que motivou o fechamento da fábrica e veja qual foi a reação do mercado, em depoimentos de distribuidores

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o último dia 2 de abril, o mercado brasileiro e latino-americano de poliuretanos recebeu uma notícia bombástica. Num release distribuído à imprensa, a Dow Química (São Paulo, SP), uma dos maiores companhias em atividade nesse setor, anunciou o fechamento de sua unidade de fabricação de tolueno diisocianato (TDI), em Camaçari, na Bahia. Único site no Brasil dessa matéria-prima básica para poliuretanos (em especial para espumas flexíveis), a planta de Camaçari produzia anualmente 60 mil toneladas de TDI. Agora, na América Latina, a única fábrica do produto está na Argentina e é da PRIII (Córdoba), empresa com escritório de representação em São Paulo, SP. A Dow havia fechado outras plantas de TDI no mundo, a última em Freeport, Texas, Estados Unidos, responsável pela fabricação de 100 mil toneladas anuais

MOTIVOS

Segundo a empresa, a decisão de fechar a fábrica foi muito difícil, especialmente em virtude da longa participação na indústria de poliuretanos, e nos mercados atendidos pelo produto no Brasil e América Latina. Os motivos para essa decisão foram vários. Um deles foi a ausência de lucratividade, nos últimos anos, da planta. Outro foi a necessidade de realizar altos investimentos na fábrica para atender aos elevados padrões de EH&S (Meio Ambiente, Saúde e Segurança) seguidos pela empresa e o impacto negativo dessa decisão na lucratividade da fábrica, o que tornaria a melhoria da planta uma opção inviável, informou a Dow. Em acréscimo a isso, a empresa salientou que durante o período necessário para implantar novos investimentos a operação da planta ficaria num nível de risco indesejado e elevado de EH&S. Desde outubro de 2011, a planta de Camaçari estava parada para a manutenção programada. Com a decisão, tomada após uma minuciosa análise de todas as opções estratégicas, a Dow optou por não reiniciá-la.

PRESENÇA

Segundo a Dow, o fechamento da planta não impactará a presença da empresa no mercado de PU. Para a empresa, os poliuretanos continuam sendo uma indústria essencial e importante para a empresa em todo o mundo, e no Brasil a empresa focará estrategicamente seus investimentos nas áreas de óxido de propileno (PO) e derivados, como polióis poliéteres e propileno glicol. A empresa também salientou que continuará com sua operação de

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poliol no Guarujá, SP, mantendo sua posição como produtor líder de polióis poliéteres no mundo e maior produtor na região sul.

IMPACTO

Admitindo o impacto da decisão no mercado, grandemente abastecido pela fábrica, a Dow disse estar tomando medidas necessárias para honrar os compromissos com o mercado e fornecer TDI por meio da importação de outras plantas. A empresa disse também estar trabalhando para assegurar o suprimento e a logística correta para viabilizar economicamente o fornecimento do produto para o mercado.

REAÇÕES DO MERCADO A decisão da Dow de fechar a fábrica de TDI de Camaçari afetou fortemente o mercado brasileiro, segundo distribuidores. “O fechamento da planta inicialmente provocou elevados prejuízos para a indústria”, disse Alysson Padovani, gerente comercial da área química da MCassab (São Paulo, SP). “Nos meses de janeiro, fevereiro e março, o mercado amargurou falta de material”, disse Henrique Bavoso, diretor da unidade de negócios Poliuretano da Arinos-Univar (Osasco, SP). “Fabricantes de espumas em geral precisaram parar as fábricas e dar férias coletivas aos funcionários. Além disso, a alta do produto no primeiro trimestre afetou o fluxo de caixa e os custos de fabricação das empresas”, disse Padovani. “Houve restrições de volumes em praticamente todo o mercado”, completou Bavoso, para quem agora as empresas e todo o mercado precisam aprender a trabalhar na nova situação (importação de 100% do TDI), mantendo estoques que atendam o “lead time” das importações (média de 60 dias) e contar com atrasos de embarques e outros problemas. Segundo Padovani, o mercado agiu rapidamente, elevando fortemente o nível de importação do produto em relação aos últimos anos, com importação de regiões não tradicionais, como França, Polônia, Coreia, etc. “A falta do produto também está relacionada com o andamento dos mercados internacionais. Se a Ásia e Europa consumirem mais, o mercado brasileiro irá sentir falta de produto”, acrescentou. Para Bavoso, a elevação inicial dos preços do produto no mercado local foi pontual, devendo os preços se estabilizarem num patamar razoável para vendedores e compradores. “Mas o preço internacional subiu e se mantém num patamar alto”, completou.

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AGROINDÚSTRIA Case John Deere: especificação de fora, tecnologia nacional fabricadas nacionalmente pela gaúcha Espumatec para a fabricante norteamericana de tratores e colheitadeiras John Deere, obedecem as mesmas especificações externas e utilizam matérias-primas Huntsman. Confira algumas de suas características

F

Espumatec/ John Deere

Peças em espuma semirrígida de poliuretano,

Interior de cabines: peças em espuma semirrígida de PU garantem isolamento e acabamento de qualidade

acilmente identificáveis em todo o mundo pela cor verde claro, os tratores e colheitadeiras John Deere são veículos com acabamento de excelente qualidade, tanto em componentes mecânicos quanto em peças aparentes e não-aparentes. Internamente, os veículos John Deere utilizam peças em espuma semirrígida de poliuretano com revestimento em vinil. Essas peças são fabricadas em empresas da Alemanha e do Brasil. No Brasil, a empresa responsável pela sua fabricação desde meados de 2007 é a Espumatec (Caxias do Sul, RS).

de peças em função das variações na montagem. As peças respondem pelo revestimento interno das cabines (teto, painel, cobertura do filtro de ar, consoles e acabamentos) e são fabricadas em semirrígida de PU por oferecerem excelente desempenho acústico e de conforto. A espuma semirrígida só é usada em revestimentos internos, pois no caso de peças externas, se expostas ao sol, chuva, etc. ocorrem significativas alterações técnicas.

diVersidade

Produzidas em baixa escala (volume mensal de até 1,5 mil peças nos meses de safra), as peças em espuma semirrígida de poliuretano variam, em peso, de 100 g a 2,6 kg, devendo, por questões de qualidade, não apresentar bolhas na superfície e adesivação perfeita do revestimento vinílico (napa) no poliuretano. Isso significa que as peças não devem, no acabamento final, apresentar bolhas, cortes, marcas ou manchas. Segundo a Espumatec, a John Deere exige um processo produtivo totalmente controlado e uma rastreabilidade completa dos produtos.

Espumatec

Em espuma semirrígida de PU, a Espumatec fabrica 5 peças para os tratores John Deere e 11 para as colheitadeiras, sendo que neste último caso são 19 modelos diferentes

escala

esPeciFicação

Inicialmente homologadas na Alemanha, as peças em PU semirrígido produzidas pela Espumatec fazem uso de formulações que atendem características específicas e devem permitir certa maleabilidade, de forma a facilitar a montagem das peças nas cabines. As matérias-primas para as peças são da Huntsman. No caso brasileiro, a filial da empresa fornece as mesmas matérias-primas oferecidas na Alemanha. As características a que as peças devem obedecer estão na tabela 1.

Laterais e parte traseira da cabine

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Tabela 1 – Características técnicas para as peças em PU semirrígido para os veículos John Deere Característica técnica

Espumatec

AGROINDÚSTRIA Patamares aceitos

Resistência à flexão

13 N/mm2

Módulo de elasticidade

600 N/mm2

Resistência à tração

200 kgf/cm2

Ensaio de ruptura

10 KJ/m2

Alongamento à ruptura

2%

Densidade moldada

300 +/- 30 kg/m3

Flamabilidade

Máxima de 100 mm/min

Temperaturas de uso

De -200º C a + 150º C

Processabilidade

Para a produção das peças, a Espumatec precisou utilizar moldes aquecidos internamente associados a um sistema de vácuo para a conformação do vinil. As injeções utilizam equipamentos de alta pressão, com matérias-primas em temperatura controlada e devidamente pressurizadas. As peças precisam também passar por um processo de polimento, para evitar que imperfeições sejam transferidas à parte nobre da peça.

Painel do teto da cabine

Adaptação

A especificação e produção das peças na empresa nacional levou, desde o início até a introdução completa na linha, um ano de trabalho, pois a matéria-prima ainda não estava nacionalizada e os revestimentos requeriam propriedades especiais, dentre elas elevada flexibilidade para facilitar a montagem e alcançar boa qualidade de acabamento final. Os produtos finais obedecem a normas ABNT, ASTM e DIN específicas, conforme ensaios realizados em laboratórios certificados.

A Petroquímica Rio Terceiro é um dos principais produtores de TDI no Mercosul, que se distingue pela qualidade de seus produtos e serviços, além do cuidado especial com a cadeia de suprimentos. A PR3 do Brasil comercializa e distribui de forma eficiente TDI e Poliol em todo o território Brasileiro. A PR3 do Brasil agradece a todos que reconhecem o nível de qualidade de nossos serviços bem como a dedicação e profissionalismo que sempre dispomos aos nossos clientes. PR3 do Brasil Ltda. Rua Arizona, 1.349 – São Paulo - SP Tels.: (11) 3488-1907 - (11) 3488-1919

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Espumatec/John Deere

Espumatec

balha com outras formulações de espuma semirrígida para outros clientes como Agco, Stara e CNH, inclusive fornecendo peças (revestimentos internos de teto) reforçadas com mantas de fibra de vidro para aumentar a resistência mecânica da peça, que é montada nos veículos (ônibus e colheitadeiras) em Revestimento interno da posição vertical. coluna da cabine

Espumatec

AGROINDÚSTRIA

Laterais da cabine

Vantagens

O poliuretano oferece diversas vantagens em relação a peças feitas de outros tipos de plásticos (termoplásticos, por exemplo): em primeiro lugar, o semirrígido garante um bom desempenho acústico, não gerando ruídos com o passar do tempo, e por outro lado o poliuretano garante um toque mais refinado, por utilizar vinil, que gera um fator de conforto diferenciado ao operador. Os materiais utilizados são autoextinguíveis e suportam altas faixas de temperatura sem perder as propriedades. A Espumatec tra-

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Parassol e forro de teto

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Fiberpu Developing Equipment

Solução em Aplicação de Poliuretano

Portfólio da Empresa: Com ampla experiência em desenvolvimento de equipamentos no ramo de POLIURETANO e com mais de 11 anos de mercado, Marcelo Vilaça, diretor da empresa Fiberpu, anuncia para o mercado o lançamento de um equipamento de baixa pressão completo com automação via CLP, e reservatórios de materiais encamisados para melhor controle de temperatura de POLIOL e ISOCIANATO. Além destas características, o equipamento tem excelente custo-benefício, pois apresenta CUSTO INFERIOR AOS DEMAIS EQUIPAMENTOS do mercado. Outro benefício oferecido aos clientes da Fiberpu é a facilidade de negociação e suas formas de pagamento.

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Características do Equipamento: Cabeçote dinâmico com 7000 RPM Reservatórios de material encamisado Automação via CLP Mangueiras de materiais em alta pressão Teclado de comando no cabeçote Misturador de materiais nos reservatórios Braço com pistão pneumático

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RESISTÊNCIA AO FOGO

Aditivos que acompanham a evolução dos mercados Fogo: ocorrência exige retardantes de vários tipos

Os retardantes a chama para poliuretano deixaram há muito tempo de ser novidade. Mas, apesar disso, não são tão usados quanto poderiam. Conheça os principais tipos e as tendências do mercado

N

ão é de hoje que o mercado de poliuretano reconhece a importância de se adotarem retardantes de chama em mais e mais aplicações para diversos mercados. Mas sua real adoção permanece, em alguns casos, uma incógnita. Por que usá-los se o próprio mercado não exige e se, além de encarecerem o produto final, não têm o seu uso, em alguns casos, sequer recomendado por normas de caracterização da espuma ou do produto final?

EXIGÊNCIAS

A necessidade de se usar retardantes de chama na formulação de produtos em poliuretano depende de cada mercado e às vezes mesmo caso a caso. “O mercado de retardantes de chama para PU no Brasil não segue uma legislação rígida sobre o tema, sendo que, para baratear o custo, acabam não usando-os”, disse Alysson Padovani, gerente comercial da área química da MCassab (São Paulo, SP), distribuidora de retardantes Lanxess (São Paulo, SP). “Acontece, porém, que em alguns segmentos as exigências vêm se alterando e aí surgem brechas para os retardantes”.

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MERCADOS

Quais são os mercados que tradicionalmente mais exigem o uso de retardantes de chama? “Os únicos produtos, dentre os mercados para peças e aplicações em poliuretano, que oferecem alguma proteção em caso de incêndio, são os eletroeletrônicos, fios e cabos e para transportes”, disse Armando Oliva, consultor em poliuretanos especializado no aspecto de retardância de chama. “As normas, nesses casos, são bem conhecidas e são costumeiramente seguidas pelos fabricantes por motivos óbvios, quais sejam, a segurança dos clientes finais”, afirmou.

NORMAS

As normas a que Oliva se refere são especificamente duas, a UL-94 e a NBR 6245. “A UL-94 é um critério de flamabilidade internacional amplamente utilizado pelos fabricantes de peças para eletroeletrônico, que o adotam voluntariamente no país”, explicou Oliva. “Já a NBR 6245 tem a ver com a avaliação da queima medindo o índice de oxigênio, sendo utilizada em conjunto com a primeira”.

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RESISTÊNCIA AO FOGO Para Geraldo Fideles, gerente da Polyorganic (São Paulo, SP), o mercado de resinas aditivadas com retardantes a chama é crescente, ainda mais agora com a Copa do Mundo. “As exigências estão voltadas à segurança dos produtos, e nesses casos a norma tradicionalmente usada é a UL-94 V0”.

TIPOS

Os retardantes a chama para poliuretano são de dois tipos: reativos e não-reativos. “Os não-reativos são fáceis de usar, agindo como uma carga líquida que é incorporada ao polímero, no caso do poliuretano ao poliol”, explicou Oliva. “Apesar de às vezes ocorrerem problemas como descoloração ou amarelamento, as soluções para isso são fáceis de encontrar, ajustando-se a formulação”. Já com os reativos a questão é mais delicada, pois os retardantes consomem isocianatos (se ligam quimicamente ao polímero) e, apesar de atenderem requisitos de flamabilidade, podem interferir seriamente no polímero. “Nesses casos, os ajustes são mais complexos e difíceis, devendo ser executados caso a caso”, disse.

HALOGENADOS

A resistência ao fogo é uma denominação genérica que inclui principalmente a resistência à queima, mas que também pode dizer respeito à não geração de substâncias tóxicas. É neste quesito que importa se os retardantes são ou não halogenados (os halogenados liberam substâncias nocivas ao ser humano). “O maior mercado em poliuretano ainda são os halogenados, devido ao menor custo dos produtos. A ausência de normas específicas também ajuda a ainda sugerir o uso dos halogenados”, disse Padovani, da MCassab. “Nossos aditivos halogenados por cloreto atendem ao rigor das normas no quesito V0 (propagação da chama), e servem também para espumas flexíveis e rígidas de poliuretano, assim como para peças especiais moldadas para o segmento automotivo”, afirmou Fideles, da Polyorganic.

Já os retardantes não-halogenados atendem também os requisitos de não liberação de substâncias tóxicas com a queima do produto. “Nossos produtos são à base de fósforo, por exemplo, assim como à base de TEP (trietil fosfato)”, informou Fideles, segundo o qual esse tipo de produto atende ainda outras normas, como a NBR 9178, a MVSS 302 (para o setor automotivo), a California 117 (para móveis e colchões) e outras similares. Os produtos não-halogenados emitem pouca fumaça, proporcionam baixo fogging e baixa emissão de compostos orgânicos voláteis. “Graças a essas normas, que precisam ser seguidas a partir da matriz da empresa, exige-se em alguns casos que os retardantes sejam não-halogenados”, disse Padovani.

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“Os retardantes não-halogenados possuem alta eficiência para várias normas, alta resistência ao envelhecimento do produto final, alta estabilidade contra emissões, baixos valores de densidade de fumaça e pequeno impacto nas propriedades mecâncias na espuma”, disse Paulo Ghidetti, coordenador técnico para a América Latina/BU Additives da Clariant (São Paulo, SP). “Produtos não-halogenados de alta eficiência (isto é, baixa dosagem) são os objetivos da indústria. Essas tendências lentamente se materializam em novos produtos”, afirmou Oliva. “Os mercados atendidos por não-halogenados são também outros, como o de construção civil, tintas e vernizes, etc. Produtos com esses retardantes são recicláveis.

OUTROS MERCADOS

NÃO-HALOGENADOS

PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

A maior resistência ao fogo determina, em parte, a maior qualidade do produto

E quanto aos mercados que não exigem, por norma, o uso de retardantes? “Há várias normas (NBR 11948, NBR 15366, NBR 9442 e NBR 7358, por exemplo) que, no mercado de construção civil, dizem respeito à flamabilidade dos materiais”, explicou Oliva. No caso de habitações novas, se a construção utilizar aplicações que conjuntamente a outros fatores não obedeçam a IT 10, do Corpo de Bombeiros, não se consegue Habite-se do local. “O principal mercado que vem crescendo para polióis formulados com retardante é o de construção civil e obras para órgãos governamentais”, disse Padovani, da MCassab. No caso de móveis, colchões e estofados, por outro lado, embora se apliquem a California 117 já citada e a BS 5852 inglesa, não há ainda critério para se avaliar a flamabilidade.

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6 - 8 de novembro del 2012

12 h às 21 h

Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia Expo Center Norte

Pavilhão Verde

São Paulo - SP - Brasil

Painéis Setoriais 2012 Realizados desde 2006, os Painéis Setoriais têm o objetivo de mostrar soluções específicas em composites, poliuretano e plásticos de engenharia para cada segmento industrial. São eventos exclusivos para fabricantes de peças e profissionais de indústrias usuárias. Confira a programação para este ano:

Março

Novembro

20/03 - Painel Petróleo & Gás (Rio de Janeiro, RJ) 22/03 - Painel Calçadista (Novo Hamburgo, RS)

(paralelamente a FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012)

Dia 6

Abril

11/04 - Painel Tecnologias de Materiais para Construção e Manutenção de Estádios e Centros Esportivos (São Paulo, SP) 25/04 - Painel Tecnologias para Abrasivos (São Paulo, SP)

Maio

Painel Isolamento Térmico Painel Automotivo Painel Energia Eólica

Dia 7

09/05 - Painel Puericultura (São Paulo, SP) 30/05 - Painel Energia Solar (São Paulo, SP)

Painel Espumas Flexíveis Painel Construção Civil Painel Náutico

Junho

Dia 8

13/06 - Painel Blindagem (São Paulo, SP) 27/06 - Painel Ferroviário (São Paulo, SP)

Painel Aeroespacial Painel Ambientes Agressivos Painel Sustentabilidade – Reciclagem e Matérias-primas de Fontes Renováveis

Agosto

02/08 - Painel Naval (Rio de Janeiro, RJ) 22/08 - Painel Mineração (Belo Horizonte, MG)

Seja um patrocinador destes eventos e divulgue as soluções de sua empresa

Setembro

12/09 - Painel Médico-Hospitalar (São Paulo, SP) Mais informações:

(55 11) 2899-6381/2899-6395

• consultoria@artsim.com.br

www.feiplar.com.br

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Divulgação Oficial

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Apoio:

Realização/ Organização

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CONSTRUÇÃO CIVIL

EcoCommercial Building da Bayer oferece soluções sustentáveis Uma edificação com maior uso possível de tecnologias de aproveitamento de energia renovável e maior grau de sustentabilidade possível é o objetivo do programa

O

Brasil foi escolhido pela Bayer MaterialScience (São Paulo, SP) para a implantação do Programa EcoCommercial Building, iniciativa que consiste em uma rede de parceiros integrada para oferecer ao mercado soluções inovadoras e eficientes na construção de edifícios sustentáveis. O programa engloba todo o processo construtivo – da análise e planejamento do projeto à utilização de tecnologias e operação dos prédios – resultando em edificações com menor impacto ambiental e boa/ótima viabilidade econômica. Iniciado mundialmente em 2009, o programa está agora sendo implantado no Brasil. Os outros países que já têm edifícios construídos a partir da mesma iniciativa são: Alemanha, Bélgica, Estados Unidos e Índia.

POLIURETANO

ainda maior mercado potencial desse tipo de tecnologia. O programa faz parte dos recursos investidos pela empresa em pesquisa e desenvolvimento (P&D), valor que em 2011 alcançou 237 milhões de euros no mundo. No Brasil, onde a empresa é fabricante exclusiva de MDI, matéria-prima básica para poliuretanos, o faturamento em 2011 alcançou 645 milhões de reais, 14% mais que no ano anterior.

EFEITOS AO MEIO AMBIENTE

Segundo a Bayer MaterialScience, a ênfase da empresa em soluções sustentáveis para o setor de construção civil se deve, em grande parte, ao fato de que esse mercado responde por importante parcela (30%) de todas as emissões de gases causadores do efeito estufa no mundo. Outro dado relevante mencionado pela empresa foi que os edifícios são responsáveis por cerca de 40% da demanda global de energia. Já no Brasil, esse índice é de 44%, sendo 22,1% de residências, 15% de edificações comerciais e 7,6% de edifícios públicos, segundo a EPE – Empresa de Pesquia Energética. Segundo o World Green Building Council, a construção de edifícios sustentáveis pode reduzir de 40 a 70% o consumo de água e cerca de 30% o uso de energia, gerando compensação média de 35% das emissões de gás carbônico (CO2) à atmosfera.

Em cerimônia ocorrida em São Paulo, a empresa divulgou a parceria com diversas empresas e mostrou algumas tecnologias Bayer que poderão ser utilizadas na iniciativa. O poliuretano foi destaque como isolante térmico sob a forma de painéis e por spray, como piso com baixas emissões de compostos orgânicos voláteis (VOCs, em inglês) e como pisos podotáteis (pisos para orientação de deficientes visuais, que podem ser sentidos pelos pés) de poliuretano termoplástico (TPU). Segundo Ulrich Ostertag, presidente da Bayer MaterialScience para a América Latina, a adoção de uma ou outra tecnologia Interior: climatização e pouco consumo de energia irá depender dos estudos feitos pela equipe brasileira na efetiva construção da edificação, que foi projeto do escritório do arquiteto Roberto Loeb.

Bayer

Bayer

EcoCommercial Building, implantado pela Bayer MaterialScience, no Brasil

MERCADO

Segundo Fernando Resende, executivo responsável no Brasil pelo Programa EcoCommercial Building, o país já responde pelo quarto mercado mundial em edificações sustentáveis, mas o programa visa chamar a atenção do mercado para o

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CONSTRUÇÃO CIVIL Bayer

VANTAGENS DO PU

O poliuretano será um dos materiais mais usados nas especificações do EcoCommercial Building, dentre outros motivos por seu diferenciado desempenho em termos de isolamento térmico em relação a outros materiais como EPS (isopor) e lã mineral. “O poliuretano permite construir paredes com o mesmo isolamento de paredes com EPS e lã mineral com muito menor espessura de parede, o que economiza espaço interno e custos de geração de energia para o isolamento”, afirmou Ilustração 1

Integração com a natureza

Thomas Roemer, vice-presidente mundial da Plataforma da Indústria da Construção da Bayer MaterialScience AG. Veja na Ilustração 1 um comparativo do poliuretano em relação a outros materiais.

CONJUNTURA

Poliuretanos

0,026 W/mK Espessura: 21 cm

EPS

0,035 W/mK Espessura: 25 cm

Lã mineral

0,040 W/mK Espessura: 32 cm

Soluções de isolamento de alta performance baseadas em poliuretanos • Melhor isolamento com a menor espessura de parede • Performance de isolamento consistente e durabilidade acima do ciclo de vida da construção • Aplicação fácil e versátil, pré-fabricado, processamento no local, elementos de construção sanduíche (leveza) • Eficiente em tempo, custo e energia

Segundo Ostertag, com a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas, surgirá uma oportunidade ímpar para que o mercado possa adotar os conceitos de sustentabilidade. “Hoje, cerca de 1% das edificações brasileiras é construída de acordo com conceitos sustentáveis”, disse ele. “Os eventos dos próximos anos e o aumento de investimentos no mercado interno certamente causará um grande salto no Brasil dessas tecnologias, fazendo com que sua adoção pelo Brasil se aproxime à sua adoção por países mais engajados, de cerca de 5%”.

EDIFICAÇÃO

O Programa EcoCommercial Building terá como objetivo construir uma edificação térrea, a ser posteriormente utilizada como área de convivência para os funcionários da empresa, no bairro do Socorro, em São Paulo, SP. Para sua construção, de acordo com o projeto do arquiteto Roberto Loeb, serão respeitadas as vegetações já presentes no local (as árvores serão integradas à construção) e utilizadas fontes de energia renovável, iluminação com lâmpadas LED, placas translúcidas de policarbonato para aproveitamento da luz natural, e revestimentos, adesivos e selantes com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis. Estima-se que a construção esteja pronta no primeiro trimestre do ano que vem, consumindo 50% menos energia e 70% menos água. O retorno do investimento adicional é estimado em 7 a 10 anos.

PARCEIRAS

As empresas parceiras da Bayer MaterialScience até agora envolvidas no programa são Acqua Brasilis (São Paulo, SP), Andaluz Acessibilidade (São Paulo, SP), Artecola (Campo Bom, RS), Command Commissioning (São Paulo, SP), Cushman & Wakefield (Barueri, SP), FCC (Campo Bom, RS), NS Brasil (Diadema, SP), Schneider Electric (São Paulo, SP) e Thermopol (Ribeirão Pires, SP).

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a B R I L • j U N H O • 2012

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Reyle/Vigor

CORREIAS Higiene e qualidade em poliuretano para o setor alimentício

Correias de poliuretano: assepsia e resistência

Correias de poliuretano são a principal escolha para indústrias alimentícias e outras que precisam de peças resistentes e, o mais importante, atóxicas para transporte de alimentos, produtos farmacêuticos e de higiene. Conheça esse tipo de produto

C

om o aprimoramento dos controles higiênicos e sanitários, a fabricação, manuseio e transporte de alimentos e produtos farmacêuticos, assim como de higiene e limpeza precisam obedecer cada vez mais a normas internacionais e nacionais que ajudem a resguardar a saúde da população.

alimentos

Na indústria alimentícia, os cuidados para prevenir contaminações estão em diversos pontos das fábricas. É preciso ter muitos cuidados, por exemplo, no transporte de produtos por correias. Essas correias podem estar presentes numa infinidade de lugares. Carnes, por exemplo, precisam passar por correias no interior de frigoríficos para, num determinado momento do processo, serem manuseadas e aprontadas para o consumo.

Poliuretano

O poliuretano é um dos melhores materiais para transporte de alimentos por correias. Por um motivo bem simples: elas são mais higiênicas e resistentes que as similares de PVC. “As correias de poliuretano são selecionadas quando há contato direto com o alimento porque apresentam maior resistência a gorduras animais e óleos vegetais”, disse Carlos Manzone, diretor comercial da Reyle (Santo André, SP). “Assim, o nível de degradação é muito menor e, consequentemente, a durabilidade é muito maior”.

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resistÊnCias

“As correias em PU trabalham 24 horas por dia, são silenciosas, têm vida útil prolongada e são resistentes a produtos químicos e temperaturas que variam de -10º C a 100º C”, disse Hamilton Braga, supervisor de marketing e vendas externas da Forbo Siegling Brasil (Itapevi, SP). “São correias resistentes a óleos e solventes e na composição podem ser antiestáticas”, afirmou Simonetta Landolina Coppola, diretora administrativa da Nurion-F Correias (Itaquaquecetuba, SP). “Por isso elas são ideais para transportar produtos in natura”, complementou.

normas

Fortemente regulado por normas de fabricação e uso, o mercado alimentício faz uso de uma grande série de normas orientadas a como devem ser as superfícies e os produtos da indústria que entram em contato direto com os alimentos. Nesse sentido, as entidades que, com base em normas, promovem certificação de produtos são normalmente o FDA (Food and Drugs Administration) e, no Brasil, o Instituto Adolfo Lutz (São Paulo, SP).

ÓrgÃos oFiCiais

“Além das normas da FDA e do Adolfo Lutz, existem a resolução 105/99 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e sua mais recente atualização, a RDC

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Untit


Crescimento

Comprometimento global Investimento sustentável Damos as boas vindas à Scandiflex a família Eastman. O líder global na fabricação de plastificantes não-ftalatos agora possui capacidade produtiva na América do Sul com a aquisição da Scandiflex em Mauá, São Paulo, Brasil. A produção de plastificantes no Brasil—maior mercado da América Latina—significa pra Eastman a expansão de suas plantas em locais estrategicamente espalhados nos quatro continentes, no intuito de abastecer todos esses mercados de uma forma eficiente. A mais de 80 anos a Eastman está comprometida com a indústria de plastificantes fornecendo ao mercado: • Excelente reputação • Produtos superiores • Fornecimento confiável • Excelência em atendimento Contate um representante da Eastman hoje e descubra mais sobre nossos plastificantes—0800-EASTMAN ou no Brasil 0800559989/ +5511 4512 9700 ou através de www.EastmanPlasticizers.com.

Líder global em plastificantes não-ftalatos

Eastman e Scandiflex são marcas registradas da Eastman Chemical Company. © Eastman Chemical Company, 2011.

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CORREIAS Reyle/Chocolates Pan

além de proporcionarem ótima resistência a líquidos, principalmente se comparados a tecidos de náilon em correias de borracha. “Os tecidos técnicos de poliéster são resistentes a esforços mecânicos nos sentidos longitudinal e transversal”, disse Braga, da Forbo Siegling.

FaBriCaÇÃo

51, que tratam e normatizam o contato e migração entre materiais plásticos de embalagens e equipamentos com os alimentos”, disse Manzone, da Reyle. “As normas estipulam realizar testes de análise das correias em órgão oficial e competente de acordo com o tipo de contato e alimento para obtenção de laudo positivo”. A resolução da Anvisa indica que a presença de óleos vegetais e gorduras animais é o item de maior agressão à correia e, embora o PU apresente melhor desempenho do que outros materiais, não existem requisitos preestabelecidos para casos não-alimentícios.

Segundo Manzone, são dois os principais processos de fabricação das correias de poliuretano. No processo mais comum, o poliuretano em pó ou pastoso é espalmado sob o tecido, que passa num forno contínuo para curar, sendo prensado na saída por um rolo refriLarguras e espessuras gerado. No outro processo, variadas: flexibilidade menos comum, é aplicado um filme de PU já curado sob o tecido, bastando a passagem no forno para a cura do adesivo. Os poliuretanos em filme são obtidos por extrusão ou balão e, dependendo do tipo de PU, são usados aditivos protetores contra UV. Existem também correias de PU sem lona, feitas com o polímero extrudado. “No caso dos PUs base água, a quantidade de sólidos é maior, o que permite reduzir a camada adesiva e obter o mesmo desempenho”, avaliou Manzone. A ausência de lona nas correias de PU elimina a contaminação do tecido interno pelas beiradas e a proliferação de bactérias.

em Que Consistem

Formatos

Mas, em que consistem as correias de poliuretano? “As correias são fabricadas em forno, com poliuretano derretido espalmado em tecido especial”, disse Simonetta Coppola, da Nurion-F. “Os tecidos em que o poliuretano é aplicado são todos 100% poliéster, na maioria com um monofilamento na trama para conferir maior rigidez na largura da correia”, disse Manzone, segundo o qual cada fabricante utiliza um determinado tipo de PU tanto para o top cover quanto para os adesivos e camadas internas. “Os poliuretanos mais comuns nos espalmados são os base solvente, embora também se utilize PU base água”, acrescentou Manzone.

matÉrias-Primas

Os tecidos em poliéster, previamente tratados para recebimento e adesão do plástico, são utilizados em correias porque mantêm a estabilidade térmica e química,

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O material não é o único item relevante envolvendo as correias para transporte de alimentos. Os formatos também são específicos. “As correias devem ser dimensionadas conforme o tamanho do transportador, devem ser alinhadas e possuir espessura adequada aos produtos que irão transportar”, disse Coppola.

Custos

Comparativamente, as correias em poliuretano são mais custosas que as similares de PVC. Porém, em função das exigências sanitárias, em diversos casos elas são as únicas que podem ser usadas para transporte de determinados alimentos. “A propagação microbiana é uma questão mundial, a partir da qual exige-se a substituição dos produtos em PVC pelos de PU”, disse Simonetta Coppola. Os custos são também relevantes em termos da espessura das correias. “Por pressão dos custos, as correias de PU precisam ser

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CORREIAS extremamente finas, com no máximo 2,0 mm de espessura”, disse Manzone. “Quando são necessárias correias com maior carga de tração (maior número de lonas e espessura), ainda são utilizadas correias de PVC e borracha”, afirmou.

Conjuntura

Assim como em outros mercados, a produção de correias no país vem sofrendo fortes ataques da concorrência, especialmente asiática. “O baixo custo e a melhor qualidade das correias asiáticas têm dificultado muito a produção local”, afirmou Manzone. “Cabe ao transformador brasileiro focar-se em correias especiais, fora do padrão, em que se pode agregar maior valor ao produto”.

Tecnologia

Apesar de a tecnologia ser bem conhecida, há evolução no desenvolvimento de correias de poliuretano. “Nós, da Nurion-F, estamos desenvolvendo correias com poliuretano especial, com maior resistência à ruptura e custo mais reduzido em relação aos produtos importados”, disse Coppola. “Há também novidades em design e gravação das correias, para produtos em que é necessária maior aderência”. “As correias têm melhorado em durabilidade e facilidade no acabamento das emendas”, afirmou Braga, da Forbo Siegling.

Outros mercados

Além do mercado alimentício, as correias de poliuretano podem ser usadas no processamento de chapas de madeiras (HDF, MDF, aglomerados, etc.), processamento de chapas metálicas (siderurgias e indústria automotiva), processamento Dentes: orientados para cada situação de estamparia na indústria têxtil, cosméticos e higiene pessoal. A indústria eletroeletrônica também usa correias de PU.

TPU

“Correias de poliuretano termoplástico (TPU) podem ser usadas em moinhos, guindastes, exaustores, elevadores, prensas e teares, etc.”, disse Alysson Padovani, gerente comercial da área química da MCassab (São Paulo, SP). “Essas aplicações exigem um produto com ótima dureza, flexibilidade, resistência a produtos químicos, etc.”

Distribuidor

›› Peças de Reposição ›› Assistência Técnica ›› Reparo de Bombas Dosadoras Hidromatic

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POLIUREIA

O case do estádio de remo da Lagoa Rodrigo de Freitas (RJ)

Laje com poliureia aplicada, Fase 1

Veja em que consistiu a aplicação de revestimento de poliureia híbrida no estádio de remo da cidade do Rio de Janeiro, feita em arquibancadas que precisaram de estanqueidade perfeita por causa da construção de cinemas e restaurantes abaixo delas

A

s Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro têm motivado a realização de diversas obras de revitalização ou construção de edificações que, vez ou outra, acabam por utilizar tecnologias inovadoras ou ainda não muito conhecidas no Brasil. O caso do estádio de remo da Lagoa Rodrigo de Freitas, nessa cidade, é um bom exemplo. A tecnologia em questão: revestimento em poliureia.

obrA

O estádio de remo da Lagoa possui arquibancadas embaixo das quais foram construídas 6 salas de cinema de última geração (fase 1 da obra) e um centro gastronômico com bares e vários restaurantes de alto nível (fase 2). Transformado dessa forma num novo centro de entretenimento de alto nível, o Complexo Lagoon, como foi chamado, exigia a aplicação de um sistema de revestimento à prova de falhas nas arquibancadas. A obra foi acirradamente disputada e a solução vitoriosa foi utilizar revestimento em poliureia híbrida.

CoNCorrÊNCIA

Escolhida para tocar a obra, a Radial Revestimentos (Guarulhos, SP) propôs a poliureia híbrida como opção a soluções impermeabilizantes com outros materiais . Se-

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gundo a Radial, essas outras tecnologias possuem pontos fracos que a poliureia híbrida, se corretamente aplicada, pode superar facilmente. Segundo a empresa, por exemplo, outros materiais são normalmente rígidas demais, não atendendo a solicitações de movimentação da obra, além de não costumarem apresentar bom comportamento em situações de intemperismo. Já outros materiais requerem proteções mecânicas, não são monolíticas e caso apresente-se na parte inferior da área impermeabilizada algum vazamento torna-se muito difícil a localização e o reparo do ponto de infiltração, uma vez que passa ser uma obrigatoriedade a quebra e remoção da proteção mecânica ou revestimentos finais que encontram-se acima desses materiais. A Radial utilizou, na obra, sistemas da Huntsman (São Paulo, SP).

CoNVeNCIMeNTo

Mas o convencimento exigiu uma argumentação técnica eficaz. “Por não ser especialista no assunto e receber ofertas de diversos sistemas, o cliente contratou um consultor de impermeabilização renomado que sopesou as alternativas”, contou Marcelo Lui, diretor da Radial Química. “Demonstramos nossos conhecimentos técnicos, especificamente a oportunidade de identificar os pontos de risco da obra e suas soluções, além de efetuar diagnósticos iniciais com diversos equipamentos”, lembrou. Segundo Lui, é importante, ao lidar com poliureia, preocupar-se com os detalhes

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POLIUREIA Radial Revestimentos

A obra

A fase 1 do revestimento das arquibancadas de remo envolveu uma área de 3,45 mil m2. Levou em torno de 90 dias. A fase 2 envolveu uma área de 1,837 mil m2, levando 39 dias. No total, foram cerca de 5,3 mil m2 de poliureia híbrida com cura ao toque em 35 s, espessura média de 2 mm, acabamento texturizado e características físico-químicas específicas, a partir de formulação da Radial Química. “Obras como essa podem ser feitas de forma muito mais rápida, mas ocorreram situações que impediram o trabalho contínuo”, recordou Lui.

Preparação

Aplicação de poliureia na arquibancada, Fase 1

a

e as interferências que possam causar o insucesso da obra. “A poliureia projetada não é e nunca será um sistema de uso convencional e barato. Ao invés disso, ela possui propriedades ímpares a serem ainda interpretadas, passando por isso a atender mercados com necessidades técnicas específicas e compradores que já acumularam prejuízos e dissabores com sistemas convencionais”, disse.

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Antes da aplicação da poliureia, a área teve de passar por tratamentos diversos. A Radial encontrou, por exemplo, superfícies heterogêneas tais como argamassas com porosidades diversas, concreto acabado liso, superfícies contaminadas, pontos desagregados e friáveis, ou seja, situações que requereram uma etapa de testes prévios para análise dos substratos e definição dos primers a serem aplicados e dos processos de trabalho necessários. “Nesta fase, foram efetuados testes de tração de testemunhos metálicos colados em diversos pontos da superfície, utilizando um dinamômetro eletrônico portátil, com o qual foi certificado que a resistência da base, na maior parte dos pontos, era suficiente para suportar as solicitações futuras”, explicou Lui.

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PrIMerS

Foi efetuada em seguida a remoção dos antigos bancos, lavagem e descontaminação, assim como feitos os lixamentos, regularizações, estucamentos de bicheiras (com adesivo poliuretânico tixotrópico) e o tratamento de juntas de dilatação estruturais e trincas. Feito isso, iniciou-se a aplicação de um primer de poliuretano bicomponente de baixa viscosidade e isento de elementos voláteis. “Na fase 2, foi necessária a recomposição de alguns pontos com argamassa cimentícia polimérica, com aplicação de um ‘wash primer’ base acrílica e posterior aplicação de um primer de poliuretano bicomponente de média viscosidade”, disse Lui, da Radial. “Não acreditamos em um único primer para aplicação do revestimento de poliureia, pois as obras não são iguais e em cada caso apresentam-se substratos com patologias e anomalias que requerem soluções com técnicas e produtos diferenciados”.

DeSAFIoS

Outro ponto relevante da obra, segundo a Radial, foi a definição da metodologia de arremate da impermeabilização nos chumbadores de fixação dos bancos plásticos. Eram, no caso, centenas de elementos metálicos que perfuram a base e que, portanto, geram um alto risco de vazamento. Essas áreas necessitaram de tratamento prévio e artesanal com um elastômero também à base de poliuretano.

oS eQUIPAMeNToS

A aplicação da poliureia fez uso de um trailer ou unidade de controle e aplicação composta por compressores, secadores de ar, unidade de projeção bicomponente ‘hot spray’ (com controles de temperatura e pressão de até 3,5 mil psi) e mangueira aquecida com 94 m de comprimento. Essa unidade é também composta de equipamentos que permitem um controle da umidade relativa do ar, da umidade do substrato, da viscosidade do produto, da espessura do revestimento aplicado e um equipamento para detecção de possíveis falhas no revestimento.

PoSSÍVeIS FALHAS

O equipamento para detecção de falhas é conhecido como Holiday detector. Ele emite uma carga elétrica de até 70 mil volts sobre o revestimento. Ao sobrepor-se sobre ponto falho, ele gera uma centelha elétrica e um alarme acusando a necessidade de reparo no ponto específico. “Os processos tradicionais de teste utilizam uma lâmina de água e são executados nos locais que permitem o confinamento, durando 72 horas”, explicou Lui, salientando que esses outros testes muitas vezes não acusam a falha existente. “O Holiday detector garante a total estanqueidade do sistema independente da execução dos testes tradicionais”.

PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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Radial Revestimentos

POLIUREIA

Teste de estanqueidade com o aparelho Holiday Detector, Fase 2

APLICAção

Com equipe de 6 funcionários, incluindo encarregado, aplicadores e ajudantes, a Radial aplicou a poliureia híbrida em condições climáticas adversas como forte vento, chuva, orvalho matinal, alta umidade relativa do ar e paralisações, mas mesmo assim, segundo Lui, conseguiu executar aplicações de 700 m2/dia de revestimento. “Além da decisão de flexibilizar os horários de trabalho, a Radial desenvolveu primers específicos para substratos úmidos, aditivação de produtos para melhorar o desempenho em condições de alta umidade relativa do ar e cura acelerada, dentre outras medidas de ordem técnica”, afirmou Lui. A garantia da obra é de 5 anos, mas deve permanecer de 10 a 15 anos sem alterações significativas caso a obra não sofra agressões mecânicas.

ProTeção Do CoNCreTo

Para Lui, da Radial, ainda não existe no Brasil a cultura de proteger estruturas de concreto contra a corrosão, o que faz com que a deterioração acelerada da armadura das estruturas de concreto se torne uma séria patologia que muitas vezes não avisa quando a estrutura vai ruir. “Há exemplos de pontes, viadutos e estádios cujas arquibancadas desabaram ou que precisaram ser interditados por passarem 10 ou 20 anos sem proteção”, informou. Contribui para isso o fato de que, segundo ele, mais de 80% dos engenheiros atuantes em construção civil desconhecem a fundo o sistema de proteção com revestimentos de poliureia. “Os cases de impermeabilização de poliureia expostas com mais de 10 ou 15 anos são com frequência encontrados apenas no exterior, porém no Brasil a insegurança do novo às vezes gera desconfiança”.

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ISOLAMENTO TÉRMICO

Isolamento com espuma de poliuretano por spray Craig DeWitt, Ph.D, Professional Engineer

P

rodutos de isolamento por espuma expansiva por spray, tais como os baseados em formulações de poliuretano, possuem diversos aspectos benéficos comparados a outras formas de isolamento. O isolamento com espuma por spray normalmente custa mais do que os produtos de isolamento alternativos, mas esse custo inicial pode ser compensado por outros benefícios da espuma de spray. Esses aspectos incluem benefícios associados com propriedades de aumento da resistência estrutural, propriedades aprimoradas de isolamento térmico e redução da infiltração de ar. Aplicação no telhado: benefícios estruturais

BENEFÍCIOS ESTRUTURAIS

A Clemson University tem pesquisado o uso de espuma por spray como sistema para telhados. A pesquisa da instituição se centra em como o retrofit ou as construções podem ser mais resistentes a furacões e outros eventos ocasionados por ventos. A pesquisa da universidade mostra que a espuma por spray pode melhorar a integridade dos telhados, da mesma forma como o uso de adesivos de construção ajudam a fixar os pisos. No caso de retrofit, a espuma pode ser aplicada por spray em ambos os lados das interseções pelo lado de dentro do telhado.

CONSTRUÇÕES NOVAS

Já numa construção nova, a espuma por spray pode ser aplicada no sistema de telhado como um todo. A espuma por spray torna o telhado significativamente mais robusto do que com a aplicação de parafusos ou outras fixações mecânicas. Mais informação sobre essa pesquisa pode ser conseguida no Departamento de Engenharia Civil da Clemson University.

BENEFÍCIOS TÉRMICOS E DE CONDUÇÃO DE AR

Um segundo aspecto da espuma por spray diz respeito às melhores características de isolamento térmico. O valor R ou valor de resistência térmica é medido sob condições laboratoriais. Já na prática os valores R são diferentes. Por exemplo, um isolamento classificado como R-13 instalado de forma inadequada pode proporcionar um patamar de apenas R-9. Além disso, os valores R podem ser ainda menores dados a ocorrência de vazios, de madeira, etc. na parede. A espuma por spray pode proporcionar um valor de R muito superior à parede simplesmente por preencher as cavidades ao redor de instalações elétricas e outras obstruções.

PESQUISA

Aplicação em paredes: preenchimento de vazios

O Oak Ridge National Lab tem testado diversos valores R para paredes como um todo em diversas combinações parede/ isolamento. Alguns desses resultados têm sido publicados em revistas e outras publicações como o Energy Design Update e podem ser encontrados na web.

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PAINEL ALTERNATIVAS AO HCFC-141b Honeywell apresenta o Solstice como agente de expansão Reunidos em São Paulo num evento de dois dias, especialistas de várias empresas explicaram as propriedades e desempenho de vários agentes de expansão alternativos ao HCFC-141b. Veja a segunda parte da cobertura, sobre os agentes da Honeywell norte-americana Honeywell: agentes de expansão Enovate (HFC-245fa), Solstice Líquido e Solstice Gasoso (também chamados de HBA-2 (1233zd(E)) e 1234ze(E)

S

egundo David Williams, da Honeywell norte-americana (Morristown, Nova Jersey), o caminho tecnológico natural na adoção de agentes de expansão envolve a passagem inicial por CFCs, que já são banidos, a posterior adoção de HCFCs, que assim como os CFCs possuem elevado potencial de aquecimento global e de empobrecimento da camada de ozônio, em seguida a adoção dos HFCs, que não empobrecem a camada de ozônio, mas possuem alto potencial de aquecimento global, e finalmente a adoção das olefinas, que além de não afetarem a camada de ozônio possuem baixo potencial de aquecimento global. No caso dos HCFCs e HFC, eles seguem o Protocolo de Montreal, enquanto as olefinas são as únicas a atenderem o Protocolo de Kyoto, a legislação norte-americana e as regulamentações de gases fluorados (F-Gas). Os agentes de expansão da Honeywell são fluorados e com base olefínica. Os fluorados são o Solstice Líquido (1233zd(E)) e o Solstice Gasoso (1234ze(E)). Veja na tabela 1 as principais propriedades físicas das duas variantes do Solstice comparadas ao HCFC-141b e ao Enovate (HFC-245fa), no caso do Solstice Líquido, e ao HFC-134a, no caso do Solstice Gasoso. O Enovate, também fabricado pela empresa, foi abordado por Williams no final de sua palestra.

Tabela 1 – Propriedades físicas de agentes de expansão

Solstice HCFCSolstice Enovate LBA 141b GBA

HFC134a

Peso molecular

130

117

134

114

102

Ponto de ebulição, oC

19

32

15

-19

-26

Limites de flamabilidade, 7,6 a Nenhum em % pelo 17,7 volume no ar

Nenhum Nenhum

Nenhum

Ponto de flash Nenhum Nenhum Nenhum Nenhum

Nenhum

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Veja agora a tabela 2, com as propriedades ambientais desses agentes de expansão. Tabela 2 – Propriedades ambientais Solstice LBA

HCFC141b

Enovate

Solstice GBA

HFC-134a

26 dias

9,3 anos

7,6 anos

14 dias

7,6 anos

~ 0*

0,11

~ 0*

~ 0*

~ 0*

<7

725

1030

<6

1030

VOC 3, reg. dos Não (estimativa) EUA

Não

Não

Toxicidade/ OEL

500 ppp

300 ppm

Permanência na atmosfera ODP

1

GWP100

2

300 ppm**

Não

(estimativa)

1000 ppm* *

Não

300 ppm

Ozone Depletion Potential, Potencial de Danos à Camada de Ozônio Global Warming Potential, Potencial de Aquecimento Global * Sem impacto em termos de danos à camada de ozônio, comumente referido como zero (0) (Wuebbles, Comunicação Privada) ** HON OEL Interna 1 2

Infere-se que tanto para o Solstice LBA quanto para o Solstice GBA, a curta permanência da substância na atmosfera leva a um ultra baixo impacto ambiental. Williams explicou que a empresa realizou aplicações, como ensaio, dos Solstice LBA na fabricação de refrigeradores comerciais, trabalhando em parceria com casas de sistema globais, produzindo 32 unidades completas com equipamentos de espumação convencionais, já presentes no chão da fábrica, e que os resultados do novo agente expansor foram muito similares aos do Enovate (HFC-245fa). Segundo ele, os parâmetros de processamento em escala mundial foram comparáveis em todos os aspectos, com densidades e pesos de preenchimento

46 6/20/12 4:45 PM


PAINEL ALTERNATIVAS AO HCFC-141b

19

18.5

Desempenho em lambda

Lambda, mW/mK

mínimo quase idênticos, tempo de desmoldagem igual ou melhorado e a compatibilidade com o liner em poliestireno de alto impacto excelente mesmo após 2 anos desde a fabricação. Em termos de condutividade térmica, como Williams relatou, o Solstice LBA mostrou um lambda menor em 8% em relação ao Enovate tanto em 1,7º C como em 24º C, como mostra o gráfico 1.

Ciclopentano

8%

Lambda: mW/m. ºK

18 17

8%

16

17.1

16.6

15.4

Temperatura média, ºC

15

Fonte: Estudo AHAM 3ª geração e dados Hon sobre o Solstice LBA

14

Gráfico 3 – Comparativo de lambda para diversos agentes de expansão

13

Como um resumo das características dos agentes de expansão analisados, o gráfico 4 abaixo mostra os diversos comportamentos desses agentes nas espumas.

12

Solstice LBA 1.7 º C

Enovate 1.7 º C

Solstice LBA 24 º C

Enovate 24 º C

Gráfico 1 – Dados de lambda para gabinetes de poliuretano rígido fabricados com Solstice LBA

-5 -10 -15 -20

Solstice LBA

Enovate LBA

Solstice LBA

Enovate LBA

Otimizado (2011)

Padrão (2011)

Drop In (2009)

Padrão (2009)

22 cuft

22 cuft

25 cuft

25 cuft 2%

-25 4%

-30 -35

Custo efetivo Meio-ambiente

0

Segurança

Consumo de energia abaixo do padrão do DOE (%)

A Honeywell realizou também ensaios de desempenho relacionados aos padrões estabelecidos pelo Departamento de Energia (DOE) dos Estados Unidos. Cinco refrigeradores foram testados, comparando-se o desempenho de espumas com Solstice LBA e Enovate. Os resultados estão no gráfico 2.

Desempenho

HCFC-141b

29.5%

Gráfico 2 – padrão de energia do DOE

Concluiu-se que a melhora em termos de queda no consumo de energia pela espuma com Solstice LBA em relação à com Enovate é de 4%, atingindo 29,5% em relação ao padrão do DOE. Para o Solstice LBA em drop in, o ganho foi de 2%. Comparado ao HCFC-141b, o Solstice LBA promove a mesma miscibilidade, mas atinge patamares superiores se comparado ao Enovate. Em resistências, o Solstice LBA promove melhorias em relação ao HCFC-141b nas mesmas densidades e se iguala ao Enovate. Quanto ao fator K, o Solstice melhora as características da espuma, tanto para espumas com Enovate (4%), com HCFC-141b (3%), HFC-245fa (4%) e com ciclopentano (12% a mais). O gráfico 3 mostra o desempenho em lambda das espumas com esses quatro agentes de expansão.

Enovate

Solstice LBA

Eficiência de energia

Facilidade de adoção por investimento de capital Custo mais baixo em relação à unidade Impacto de Aquecimento Global (direto) Impacto de Destruição da Camada de Ozônio Compostos Orgânicos Voláteis Flamabilidade Toxicidade

Gráfico 4 – Comparação de agentes de expansão Tabela 3 – Lambda In-Place (mW/mK @ 24 oC) HCFC-141b Ciclopentano Enovate Solstice

17 20 a 21 18 a 19 17 a 18

Conclui-se que o Solstice LBA promove adoção mais econômica, mais eficiente e ambientalmente superior. Williams fez também uma apresentação sobre resultados de aplicação do Solstice LBA em espumas de poliuretano por spray. As conclusões do estudo, que pode ser acessado em http://www.protocolodemontreal.org.br/eficiente/repositorio/ Seminario%20Metilal/643.pdf, são de que a pressão de vapor com o Solstice LBA diminui, enquanto a estabilidade da formulação não é afetada, e por sua vez o lambda em temperatura de 25º C é de 5 a 9% menor do que com o Enovate (lambda inicial). O lambda posterior é também menor (de 4 a 9%). Já em relação ao HCFC-141b, a condutividade térmica inicial de espumas com Solstice LBA é 3,9% menor.

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Hidrocarbonetos

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PAINEL ALTERNATIVAS AO HCFC-141b Avaliado em formulações para painéis, o Solstice LBA também apresentou vantagens, tanto em relação ao HCFC-141b quanto ao Enovate, sendo as principais delas a melhor estabilidade dimensional, especialmente em situações de alta temperatura (28 dias a 90º C), e temperaturas quentes e úmidas (a 70º C com 95% de umidade) e a menor condutividade térmica inicial em relação a todos os outros agentes de expansão inicial e após 28 dias. Em ganhos, o Solstice LBA proporciona condutividade térmica 4,6% menor (a 13º C) e 5,2% menor (a 24º C). As resistências à compressão (paralelas e perpendiculares) alcançadas são similares. O estudo de Williams também enfocou blendas de Solstice LBA com ciclopentano. Verificou-se que formulações com maior proporção de Solstice LBA apresentavam proporcionalmente melhor estabilidade dimensional, sendo que o mesmo ocorria em termos de condutividade térmica inicial (constituindo uma solução balanceada de custo e fator K) e em 28 dias. As resistências à compressão (paralelas e perpendiculares) alcançadas foram similares. O desempenho em termos de flamabilidade das blendas também melhora quanto mais Solstice LBA é adicionado na mistura. O Solstice GBA (em forma gasosa) foi também avaliado em comparação com o HFC-134a em painéis. Os resultados foram: melhor estabilidade dimensional em praticamente qualquer situação (exceto em condições quentes e úmidas durante 28 dias), resistência à compressão similar e a flexão do Solstice GBA superior. A condutividade térmica do Solstice GBA fica entre 4 a 5% inferior que a do HFC-134a, a depender da temperatura adotada.

Detalhando a situação dos dois tipos de Solstice (líquido e gasoso) em termos de toxicidade, adesão a regulamentações locais e comercialização, Williams afirmou que tanto o Solstice LBA como o GBA estarão à venda comercial em 2013. Semicomercialmente, o LBA estará disponível no final de 2012, enquanto o GBA pode já ser conseguido com a empresa. Williams concluiu afirmando que, para espumas, tanto o Solstice LBA como o GBA proporcionam melhor rendimento em termos de condutividade térmica do que os outros agentes de expansão (de terceira geração), mantendo, no caso do GBA, propriedades físicas comparáveis ao HFC-134a e, no caso do LBA, estabilidade dimensional similar à do Enovate e melhor do que a do ciclopentano. Em blendas LBA com ciclopentano, o resultado permite flexibilidade de formulação, com a ressalva de que a blenda tem potencial flamabilidade. Williams finalizou explicando resultados da blenda HFC-245fa com ciclopentano no mercado chinês de fabricação de eletrodomésticos, focando em especial o fator K de formulações apenas com HFC-245fa e com proporções de 40 a 50% de HFC-245fa, salientando que o desempenho da espuma melhora com o aumento da proporção de HFC-245fa. Em estabilidade dimensional, o resultado também melhora com maior proporção de HFC-245fa na mistura. Williams também explicou as vantagens do produto em aplicações por spray e em painéis, que também estão em http://www.protocolodemontreal.org.br/eficiente/repositorio/Seminario%20Metilal/643.pdf.

MUNDO Revestimento de tubos para transporte de água A norteamericana Triton Pipelining (Indianápolis, Indiana) lançou recentemente uma nova resina de poliuretano para aplicação em tubulações para transporte de água. Batizada de Fast-Line Plus e aprovada para uso em instalações na Inglaterra, França e Estados Unidos, a resina de poliuretano pode ser aplicada em pequenas (1 mm) ou grandes espessuras (5 mm) num sistema de aplicação única, utilizando equipamento por spray para tubulações de até 200 m. O resultado é uma barreira durável, resistente mecanicamente e à corrosão por todo o interior das tubulações. Veja na tabela 1 as principais propriedades mecânicas da resina.

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Tabela 1 – Resistências mecânicas da Fast-Line Plus

Teste

Método de teste

Resultado

Unidade

Resistência à tensão

BS EN ISO 527

40.6 (5,887)

MPa (psi)

Estresse à tensão na quebra

BS 2782:1005

3.83

%

3071 (445,295)

MPa (psi)

Módulo de tensão Resistência à flexão

BS EN ISO 178

65.9 (9,555)

MPa (psi)

Estresse de flexão

BS EN ISO 178

4.4

%

Módulo de flexão

BS EN ISO 178

2,838 (411,510)

MPa (psi)

ASTM D4541

26 (3,770)

MPa (psi)

Adesão Encolhimento

Nulo

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COBERTURAS

Poliuretano em telhados e impermeabilizações De 18 a 20 de junho, foi realizado o Tecobi – Evento Int. de Telhados, Coberturas e Impermeabilização, no Expo Center Norte, em São Paulo, SP, com o objetivo de apresentar novas soluções em sistemas e métodos aplicáveis aos topos das construções, e inovações e tendências mundiais em equipamentos. Conheça alguns dos produtos apresentados

SISTEMAS TERMOACÚSTICOS

Desenvolvidos para atender demandas voltadas para um maior conforto ambiental, utilizados em coberturas e também em fechamentos laterais, a solução da Roofway (Belo Horizonte, MG) utiliza, entre outros materiais, o poliuretano. Um dos modelos apresentados pela empresa é o Sistema termoacústico tipo sanduíche duplo zipado, que usa dupla camada de telhas zipadas e uma camada intermediária isolante termoacústica, oferecendo um resultado arquitetônico comparado com acabamento de forro (muitos usuários dispensam a utilização de forro).

IMPERMEABILIZANTES

Espuma expansiva de PU com expansão de 400%, facilidade de corte e acabamento, e alta aderência (para fixação de batentes, vedações diversas, etc.) foi um dos produtos mostrados pela Mactra (Itatiba, SP), que também expôs seu selante PU super flexível, com ótima resistência a agentes externos, sem exigência de primer e de fácil aplicação (não escorre), para ser usado em juntas de dilatação, vedação de esquadrias e calhas, juntas entre elementos construtivos e submersas, e rejuntamentos.

REVESTIMENTO DE POLIUREIA ANTICORROSIVO

À base de poliureia aromática aplicada por spray de alta pressão com controle de temperatura, o revestimento da Viapol (Caçapava, SP) consiste de 100% polímeros, sem solventes, que formam uma membrana impermeável após a aplicação, com elevado alongamento, e resistência mecânica e química.

PAINÉIS PARA PAREDES EXTERNAS E INTERNAS

A Panisol (São Paulo, SP) apresentou o painel isolante Isoparede, com excelente resistência mecânica, indicado para a construção de paredes externas e internas, forros e divisórias. O seu sistema de encaixe permite a fixação simples e rápida dos painéis à estrutura de apoio, sem a visualização dos parafusos na face externa. Os painéis isolantes são constituídos de duas chapas metálicas pré-pintadas ou não, com núcleo de espuma de poliuretano expandido. A espuma de poliuretano é injetada sob alta pressão, o que proporciona um excelente coeficiente de isolamento térmico. Além das chapas normalmente utilizadas (aço/galvalume ou alumínio, pré-pintados ou não), pode-se também utilizar o polietileno, PVC ou outros materiais sob consulta.

IMPERMEABILIZAÇÃO PARA COBERTURAS

A Duroshield (São Paulo, SP) mostrou os sistemas de impermeabilização do tipo TFC (Thick Film Coating), que associa as melhores e mais nobres características das tecnologias do poliuretano (alta flexibilidade, alta aderência) e da poliureia (alta resistência química, alta resistência à abrasão), protegendo a superfície com resistência aos raios UV e a ataques químicos. De alta flexibilidade e alongamento, garante perfeita estanqueidade e impermeabilidade da superfície, vedando-a de quaisquer infiltrações. Outra característica é a rápida aplicação e cura, que possibilitam a imediata liberação do local. Em 15 segundos está tudo seco e, em duas horas, até mesmo um carro pode passar em cima, levando a uma significativa redução da interrupção das operações em uma fábrica ou galpão. Reflexiva aos raios solares e de ampla capacidade selante, protege ainda contra corrosão, microorganismos e ataque de produtos químicos encontrados na atmosfera, além de amortecer ruídos e vibrações.

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Bayer

CALÇADOS Calçados EcoTrekker da Bayer, orientados para soluções sustentáveis EcoTrekker: peças com matérias-primas sustentáveis

De olho num mercado crescente, a Bayer MaterialScience criou um calçado-conceito (o EcoTrekker) com o qual pretende oferecer soluções ecologicamente corretas e de custo competitivo

U

ma equipe de pesquisadores da Bayer MaterialScience (São Paulo, SP) está se dedicando em pesquisar e desenvolver um calçado que promete servir como referência em soluções sustentáveis para o mercado. O EcoTrekker, como é chamado o sapato-conceito da empresa, será produzido, numa taxa de até 90%, com materiais ecologicamente corretos alinhados ao conceito de sustentabilidade e sem o uso de metais pesados em sua composição.

COMPOSIÇÃO

Bayer

No EcoTrekker, boa parte das matérias-primas tem origem renovável, sendo que todas elas são usadas para compor o calçado, o que não impede que sejam usadas isoladamente. As fontes renováveis dessas matérias-primas são o milho e a cana-de-açúcar. As peças produzidas com esses materiais vão

do solado (em que o PU tem excelente resistência à abrasão, potencial de conforto e fácil moldagem) aos anéis por onde passam os cadarços, passando pelas palmilhas (em que o PU é sinônimo de conforto) e pelos adesivos (em que o PU se caracteriza pela ótima propriedade de aderência).

COMPONENTES

O solado e a palmilha do EcoTrekker são feitos de espuma de poliuretano, enquanto o logo do calçado é composto de poliuretano termoplástico, o tecido sintético externo de poliuretano termoplástico coagulado e os adesivos também são de poliuretano. Segundo a empresa, a novidade do projeto está também no processamento, dado que todos os revestimentos e adesivos são à base de água e livres de solventes orgânicos. A performance do poliuretano usado pode ser ajustada em função do projeto específico ou de questões relacionadas a custos.

COMPROMISSO

“Existe um grande desafio para que indústrias de todo mundo desenvolvam produtos que, tanto no processo de fabricação quanto no descarte, não agridam o meio ambiente”, explica Ulrich Ostertag, presidente da Bayer MaterialScience na região América Latina. As pesquisas da empresa vão na direção de que o EcoTrekker e outros calçados com o mesmo conceito estejam no mercado mundial nos próximos anos. Atualmente, plásticos e borrachas usados em sapatos são feitos, quase exclusivamente, de derivados do petróleo. Em 2010, cerca de 20 bilhões de pares de calçados de todos os tipos foram produzidos no mundo.

Pesquisa em processamento

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